Estudo
A exposição ao SARS-CoV-2 por infeção ou vacinação gera células imunitárias que fornecem imunidade a longo prazo. Estas células...

Onur Boyman, chefe do Departamento de Imunologia, e a sua equipa de investigação analisaram de perto a forma como esta proteção duradoura é formada. Juntamente com investigadores da ETH Zurique, identificaram vias de sinalização específicas que determinam quando as células imunitárias se tornam as chamadas células T da memória.

Os anticorpos específicos do vírus produzidos pelas células B são insuficientes para proteger eficazmente contra o novo coronavírus. A resposta imune celular ao SARS-CoV-2 é igualmente importante. Aqui, as células CD8+ T específicas do vírus desempenham um papel crucial, uma vez que podem identificar e matar células que foram infetadas pelo vírus. Estas células T citotóxicas eliminam vírus que estão escondidos dentro das células hospedeiras e ajudam a prevenir a propagação de milhões de vírus recém-formados.

"Estas células T são normalmente ativas apenas por um curto período de tempo e desaparecem rapidamente. Quando se trata de estabelecer imunidade protetora a longo prazo, é importante gerar células T de memória de longa duração que são ativadas muito rapidamente quando re-expostas ao vírus", explica Onur Boyman, que recorda que esta última capacidade é o que é conhecida como memória imunológica.

Estudos anteriores focaram-se em toda a população de células CD8+ T que se formaram em resposta ao vírus. Boyman e a sua equipa conseguiram agora rastrear clones individuais de células CD8+ T específicas da SARS-CoV-2 em pacientes com Covid-19, desde uma infeção viral aguda até um ano após a recuperação. Os investigadores também foram capazes de identificar as vias de sinalização responsáveis pela transição de células CD8+ T de assassinos de curta duração para células de memória de longa duração, e encontraram uma assinatura molecular distinta.

No seu estudo, os investigadores puderam demonstrar que a assinatura de células CD8+ T de memória de longa duração já estava presente durante a infeção aguda do SARS-CoV-2 e, portanto, estas células poderiam ser distinguidas dos seus congéneres de curta duração numa fase inicial. "A assinatura distintiva das células de memória continha sinais de mensageiros imunes, como interferões, que são uma parte importante da resposta imune contra a SARS-CoV-2 e também contribuem para controlar infeções virais", diz Onur Boyman.

 

Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) atualiza plano de contingência
Aqueles que já foram vacinados contra a Covid-19 com as vacinas da Pfizer e da Moderna deixam de ter de esperar sete dias para...

A alteração consta de uma nova atualização do plano de contingência do IPST para a sustentabilidade, qualidade e segurança do fornecimento de sangue e componentes sanguíneos durante a pandemia de Covid-19.

“Os potenciais dadores de sangue e de componentes sanguíneos vacinados com vacinas mRNA, (esquema vacinal primário ou dose de reforço) podem ser aceites como dadores de sangue caso se sintam bem e estejam assintomáticos”, refere o documento.

Quanto às pessoas candidatas à dádiva que tenham tido Covid-19, continuam a ter de “aguardar 14 dias após a resolução dos sintomas para se candidatarem novamente”, adiantou o instituto em comunicado.

O plano de contingência adianta ainda que não existem evidências científicas de complicações na dádiva ou na administração de substâncias de origem humana que possam ser atribuíveis à vacinação do dador.

“No momento desta atualização, continuam a não existir evidências da transmissão deste vírus através da transfusão. Não foi reportado nenhum caso de transmissão de vírus respiratórios, incluindo SARS-CoV-2, através de substâncias de origem humana ou medicamentos derivados do plasma, nem foi relatado aumento da morbilidade e mortalidade por Covid-19 em recetores de transfusão de sangue e componentes sanguíneos”, pode ler-se.

Nos últimos dias, o IPST tem apelado ao contributo de todos os potenciais dadores, numa “altura particularmente exigente” devido à pandemia de Covid-19 e face a “uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”.

Dia Mundial do Cancro assinala-se a 4 de fevereiro
O cancro da próstata representa a segunda causa de morte por cancro no homem, atrás do cancro do pul

Parte integrante do aparelho genito-urinário masculino, a próstata, habitualmente do tamanho de uma castanha, situa-se por baixo da bexiga e à frente do reto. Este órgão é responsável pela secreção de substâncias nutrientes e fluidificadoras do sémen, assim como pela sua emissão através da ejaculação. Situa-se na confluência das vias genital e urinária, atravessada pela uretra.

Epidemiologia

O cancro da próstata representa a segunda causa de morte por cancro no homem, atrás do cancro do pulmão. É, no entanto, o cancro mais frequente no homem acima dos 50 anos.

Em Portugal, o cancro da próstata atinge anualmente 3.500 a 4 mil portugueses, sendo que 1800 acabam por morrer. Representa cerca de 3,5% de todas as mortes e mais de 10% das mortes por cancro.

Fatores de risco

Apesar das causas do cancro da próstata não serem conhecidas, sabe-se que o fator hereditariedade, a idade e a raça negra têm um grande peso.

Sintomas/Diagnóstico

A vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata, uma vez que este não apresenta sintomas numa fase inicial.

Esta vigilância pode começar por volta dos 45 anos nos doentes sem fatores de risco devendo ser antecipada para os 40 anos de idade nos doentes de risco, e consiste no exame do toque retal e no doseamento do PSA (o antigénio específico da próstata), no sangue.

No toque retal é efetuada a palpação da próstata através do reto e permite verificar o tamanho e a consistência do órgão assim como a presença de nódulos.

O PSA á uma proteína produzida pela próstata e que pode estar elevada em caso de cancro da próstata.

Quando existe uma alteração no exame do toque rectal e/ou no doseamento do PSA deverá ser efetuada uma biópsia prostática. Esta biópsia da próstata que é a única técnica capaz de confirmar o diagnóstico é atualmente guiada por ecografia ou RMN e praticamente indolor.

Tratamento do cancro da próstata

Apesar de ser a segunda causa de morte por cancro no homem, quando detetado precocemente a possibilidade de cura é de cerca de 85%.

Embora existam diferentes opções terapêuticas, a prostatectomia radical é o tratamento mais eficaz para o cancro da próstata localizado. Com o desenvolvimento tecnológico, esta cirurgia que era habitualmente efetuada por via aberta, pode atualmente ser executada por via laparoscópica, e, mais recentemente, por via robótica, podendo diminuir assim as consequências associadas, nomeadamente a incontinência urinária e a disfunção erétil.

Nos doentes que, por questões médicas ou pessoais, não possam ser submetidos a cirurgia, a radioterapia externa com raios Gama ou a Braquiterapia são outras das opções terapêuticas com intuito curativo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados OMS
Uma subvariante da Ómicron, que segundo alguns estudos poderia ser mais contagiosa do que a variante original, foi detetada em...

Esta variante, que se espalha e sofre mutações rápidas, já se tornou dominante no mundo depois de ter sido detetada pela primeira vez, há dez semanas, na África Austral.

No seu boletim epidemiológico semanal, a OMS explica que esta variante, que representa mais de 93% de todas as amostras de coronavírus recolhidas no último mês, tem várias subvariantes: BA.1, BA.1, BA.2 e BA.3.

BA.1 e BA.1.1 – as primeiras versões identificadas – ainda representam mais de 96% das sequências de Ómicron enviadas para a base de dados global do GISAID.

 

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para as questões Onco-Oftalmológicas
Por ocasião do Dia Mundial da Luta contra o Cancro, assinalado a 4 de fevereiro, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO)...

“São vários os fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de lesões tumorais oculares, nomeadamente a genética, o estado imunitário, a cor da pele, a exposição à luz solar e radiação ultra-violeta. Um diagnóstico precoce e um tratamento adequado podem salvar a visão do olho afetado e, por vezes, salvar a vida do doente”, destaca João Pedro Marques, Coordenador do Grupo de Onco-Oftalmologia da SPO.

Os tumores oculares malignos podem ser primários (com origem no próprio olho) ou secundários (isto é, metástases de tumores à distância como, por exemplo, mama ou pulmão). Por outro lado, os tumores primários do olho podem também enviar metástases à distância para outros órgãos alvo, mais frequentemente o pulmão e o fígado, podendo colocar em risco a vida do doente.

Em idade pediátrica, o retinoblastoma é o tumor maligno intraocular primário mais frequente, surgindo até aos 5 anos de idade em cerca de 90% dos casos. O reflexo pupilar branco (leucocória) e o estrabismo, são os sinais mais frequentes e, sem tratamento, o retinoblastoma leva à morte entre 2 a 4 anos, por invasão do sistema nervoso central e metastização à distância. Contudo, se identificado e tratado precocemente, a sobrevida é muito elevada (90%).

Desde 2015 que o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) é Centro de Referência Nacional para o tratamento destes tumores, recebendo e tratando crianças de todo o país e também dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Em idade adulta, os tumores malignos intraoculares mais frequentes são o melanoma e as metástases. O melanoma da coroideia pode atingir grandes dimensões, provocar perda da visão e colocar em risco a vida. O seu tratamento deve ser realizado num Centro de Referência, que em Portugal se localiza também no CHUC. A metástase coroideia pode atingir um ou ambos os olhos de uma forma uni ou multifocal. Apresenta um crescimento rápido e provoca quase sempre alterações da visão. “Nalguns casos, a metástase ocular pode ser detetada antes do tumor primário, daí a importância de toda a população ter acesso a consultas regulares de Oftalmologia”, sublinha João Pedro Marques.

Neste Dia Mundial de Luta contra o Cancro, a SPO reforça a mensagem: independentemente do tipo de lesão tumoral, quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, maior a probabilidade de cura.

Este ano o Dia Mundial de Luta contra o Cancro é dedicado a alertar para as desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento dos vários tipos de cancro. O nível de educação, o rendimento, a localização geográfica, o género, a orientação sexual, a idade, a deficiência ou o estilo de vida são alguns dos fatores que afetam negativamente o acesso a cuidados diferenciados, um pouco por todo o Mundo e de forma transversal, a vários tipos de cancro.

Universidade Johns Hopkins
Uma investigação realizada por membros da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, conclui que os bloqueios e as restrições à...

Concretamente, a investigação considera que estas medidas contribuíram para a redução da atividade económica, para o aumento do desemprego, para a redução da escolaridade, para a agitação política, para a violência doméstica e para a redução da democracia liberal. E, por conseguinte, o estudo apela a uma revisão das políticas de confinamento e de bloqueio da mobilidade, uma vez que estas estratégias são mal fundamentadas e devem ser rejeitadas como um instrumento contra futuras pandemias.

O estudo vai além do confinamento, referindo qualquer mandato do governo que restringe diretamente as possibilidades de circulação de pessoas (NPI), tais como políticas que limitam o movimento interno, fecham escolas e empresas, e proíbem viagens internacionais.

 

Projeto do Capítulo Phi Xi da Sigma, sediado na Escola de Enfermagem de Coimbra
Nove estudantes de seis instituições do ensino superior público beneficiaram, até ao momento, de um fundo de apoio dirigido a...

Deste fundo, criado há um ano, pelo Capítulo Phi Xi da Sigma (sociedade honorífica de Enfermagem), que está sediado na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), foram utilizadas verbas para suprir necessidades daqueles estudantes – relacionadas com alojamento, refeições, propinas, transportes e exames médicos –, num montante superior a 1800 euros.

Este pequeno auxílio foi dado a alunos das escolas superiores de Enfermagem de Coimbra, de Lisboa e do Porto, assim como das escolas superiores de Saúde dos institutos politécnicos de Leiria, de Portalegre e de Santarém, revelaram os responsáveis do Fundo de Apoio de Emergência do Capítulo Phi Xi a Estudantes de Enfermagem, um projeto de extensão à comunidade coordenado pela professora a ESEnfC, Margarida Alexandra Moreira da Silva.

Compromisso com a conclusão do curso

Organizado com o objetivo de ajudar a mitigar os efeitos da pandemia por SARS-CoV-2 na área da educação, este capital visa concorrer para a redução da pobreza dos estudantes do curso de licenciatura em Enfermagem em comprovada situação de carência económica, desde que empenhados na conclusão do curso.

Deste modo, pretende «contribuir para evitar o abandono e o insucesso escolar, a nível do ensino superior público nacional (…), de forma a promover a inclusão social, a equidade e a igualdade de oportunidades», lê-se no regulamento do fundo, disponível no website da ESEnfC: https://www.esenfc.pt/pt/page/100004608/834.

Os custos inerentes ao projeto são suportados por iniciativas desenvolvidas pelo Capítulo Phi Xi, pelas associações de estudantes ou pela Federação Nacional de Estudantes de Enfermagem, por donativos (houve cinco em 2021) e protocolos que venham a ser estabelecidos.

De acordo com a equipa responsável por este projeto, «o sucesso do fundo está, também, dependente dos eventuais donativos de entidades e instituições que queiram associar-se a esta fundamental ajuda na vida dos estudantes e famílias».

Projeto também prevê apoio consultivo

Além de ajudas financeiras, esta cooperação prevê apoios consultivos (relacionados com informações e com o encaminhamento de estudantes para outros apoios sociais), que foram dados, em 2021, a 11 estudantes das escolas superiores de Enfermagem de Coimbra, de Lisboa e do Porto, da Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus (Universidade de Évora) e da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja.

Empresas e particulares podem contribuir para o Fundo de Apoio de Emergência do Capítulo Phi Xi a Estudantes de Enfermagem, através de uma de duas formas: ou por transferência bancária (IBAN: PT50 0007 0000 0012 6622 4432 3) – devendo, nesse caso, enviar-se comprovativo para [email protected], com o respetivo nome no descritivo da transferência –, ou na plataforma GoFundMe (pagamento com cartão).

Criada em 1922, a Sigma Theta Tau Internacional é uma sociedade honorífica de Enfermagem que dedica as suas atividades à melhoria da saúde das populações, através do desenvolvimento científico da prática de Enfermagem.

O capítulo Phi Xi da Sigma foi constituído, na ESEnfC, em setembro de 2011.

Proximidade aos utentes e a continuidade dos cuidados
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) começa esta semana a disponibilizar uma consulta de cirurgia geral no...

Disponível a toda a área de influência do ACeS Sintra e tratando-se de uma solução que pretende aumentar a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde “A consulta descentralizada nasce, assim, com o objetivo de prestar cuidados assistenciais, incluindo pequenas cirurgias, promovendo uma maior proximidade com o utente que já se desloca ao seu centro de saúde, visando, assim, um diagnóstico precoce e a referenciação mais atempada no Serviço Nacional de Saúde”, diz Vítor Nunes, diretor do Serviço de Cirurgia Geral do HFF.

A atividade assistencial que o Hospital se propõe assegurar assentará, nesta fase inicial, num período de consultas por semana, destinado a primeiras consultas da especialidade. À medida que as necessidades assim o ditarem, assegurar-se-á também a resposta em consultas de seguimento/subsequentes com o natural encaminhamento do utente para o HFF, sempre que a situação clínica assim o justificar.

Segundo Alexandra Ferreira, Vogal Executiva do Conselho de Administração do HFF, “prevê-se a realização de 800 consultas de cirurgia geral durante o ano 2022, e pretende-se um aumento gradual deste tipo de atividade. É objetivo do HFF o alargamento deste tipo de consulta descentralizada a outras especialidades, bem como a realização de consultas no ACeS Amadora, de forma a abranger toda a população da área de referência”.

Alinhados pelo propósito de verdadeiramente colocarem o doente no centro da prestação de cuidados e do sistema, o Hospital Fernando Fonseca (HFF) e o ACeS Sintra pretendem alargar esta resposta a outras especialidades/áreas de intervenção.

Expansão do negócio em Terapias Avançadas CDMO
A FUJIFILM Corporation anuncia o acordo para a aquisição da unidade de produção de terapia de células da Atara Biotherapeutics,...

A FUJIFILM Diosynth Biotechnologies, uma subsidiária da FUJIFILM Corporation, e líder mundial no desenvolvimento de contratos e produção (CDMO) com experiência no desenvolvimento e produção de biológicos, vacinas e terapias avançadas, vai gerir a nova unidade.

Através desta aquisição pela FUJIFILM Corporation, a FUJIFILM Diosynth Biotechnologies irá solidificar a sua posição de liderança enquanto fornecedor global na produção de soluções para terapias avançadas. Com mais de 8.361m², a unidade de produção é atualmente designada por “Atara T-cell Operations and Manufacturing (ATOM)” e está pronta a expandir-se de modo a suportar processos de produção de terapia de células, incluindo alogénicos T-cell e imunoterapias CAR T.

Para tal, a Fujifilm pretende manter na unidade os cerca de 140 postos de trabalho altamente qualificados. Como parte do acordo, a FUJIFILM Diosynth Biotechnologies e a Atara acordam um contrato de produção e serviços de longo prazo, passível de se extender até 10 anos para apoiar a produção do pipeline clínico da Atara, o que inclui o tabelecleucel (Tab-cel®) para o tratamento da doença linfoproliferativa pós-transplante ligada ao vírus Epstein-Barr (EBV+PTLD).

A unidade de produção de terapia celular vai impulsionar a produção global de CDMO da FUJIFILM Diosynth Biotechnologies pela Costa Oeste dos EUA e complementar os locais já existentes que prestam apoio ao mercado das terapias avançadas em College Station, no Texas (EUA), Watertown, em Massachusetts (EUA) e mais recentemente no BioCampus, no Reino Unido.

“Atualmente, a Fujifilm está a acelerar o crescimento na área de negócio das Ciências da Vida e continua a investir fortemente, quer em capital, quer em tecnologia, na área de negócios de CDMO,” afirma o presidente e CEO da FUJIFILM Corporation, Teiichi Goto. “Com esta aquisição, a Fujifilm poderá expandir a oferta de CDMO para terapias celulares avançadas. No futuro, ao disponibilizar uma oferta estável de biofarmacêuticos de alta qualidade, a Fujifilm irá avançar ainda mais no desenvolvimento de fármacos que deem resposta a necessidades médicas não satisfeitas.”

“Estamos entusiasmados com o facto desta aquisição nos permitir adicionar cerca de 140 colaboradores talentosos da unidade de produção de terapia celular da Atara na família da Press Release Release FUJIFILM Diosynth Biotechnologies. O know-how coletivo da equipa vai apoiar os nossos esforços como CDMO de classe mundial”, acrescentou Martin Meeson, CEO da FUJIFILM Diosynth Biotechnologies.

“Esperamos também adicionar a unidade à presença global da FUJIFILM Diosynth Biotechnologies e reforçar a expansão da nossa área de CDMO de terapias avançadas.”

“A FUJIFILM Diosynth Biotechnologies é uma empresa líder e reconhecida na produção e desenvolvimento que partilha a nossa cultura pioneira e acredita que a terapia de células alogénicas irá transformar o futuro da medicina”, afirmou Pascal Touchon, Presidente e CEO da Atara.

“Estamos muito orgulhosos dos nossos colaboradores ATOM e da nossa unidade e acreditamos que esta parceria estratégica vai de encontro às nossas necessidades de produção a longo prazo. A nossa equipa tem vindo a desenvolver processos para os nossos produtos, a elevá-los e a disponibilizar stock para ensaios clínicos e lançamento comercial do Tab-cel®. Acreditamos que hoje é o momento certo para estabelecer uma relação estratégica com a FUJIFILM Diosynth Biotechnologies, dando-nos acesso à capacidade de produção especializada de que iremos necessitar. Poderemos agora focar com confiança os nossos principais recursos no desenvolvimento e comercialização da nossa pipeline de terapêuticas inovadoras para doenças graves.”

Prevê-se a conclusão desta aquisição em abril de 2022. 

Plataforma com informação rigorosa sobre doenças oncológicas
Mais de 150 mil pessoas visitaram o site Infocancro no último ano, uma média acima das 400 visitas diárias. Para continuar o...

Validado cientificamente, o conteúdo do Infocancro apresenta-se como mais uma ferramenta no combate à baixa literacia em saúde. E é um site para todos: doentes, profissionais de saúde, representantes de associações de doentes, sociedades científicas e população em geral.

Entre as novidades do Infocancro contam-se conteúdos relativos ao carcinoma hepatocelular ou cancro do fígado, um tipo de cancro que até aqui não estava contemplado no site.

Destaque também para novas informações úteis sobre como comunicar às crianças um caso de cancro na família ou sobre o sofrimento emocional dos doentes e o papel dos psicólogos durante o processo de doença oncológica.

Promovido pela Roche como um elemento agregador de informação pública, o Infocancro apresenta agora estes e outros novos conteúdos lançados na semana em que se assinala o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro. Porque a informação é uma arma poderosa, que pode contribuir para ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com cancro.

O Diretor Médico da Roche, Ricardo Encarnação, assume que contribuir para o aumento da literacia em Saúde é um dos desígnios da companhia: “Dar informação de qualidade que possa ser compreendida por todos é também uma forma de não deixar ninguém para trás, de eliminar barreiras. A baixa literacia é um desafio global e todos devemos fazer a nossa parte para contornar este problema. As pessoas com baixa literacia em saúde têm enormes dificuldades em usar e compreender a informação em saúde, em orientarem-se no sistema e tendem a gerir pior a sua saúde. Uma das muitas lições que a pandemia de Covid-19 nos deixa é que a saúde nunca é apenas uma questão individual”.

Além das novas áreas, o Infocancro mantém dados sobre as causas do cancro, sintomas ou tratamentos, bem como espaço para esclarecimento de dúvidas comuns. Contém informação para quem enfrenta o diagnóstico e as novidades científicas e avanços que abrem caminho a novas possibilidades de tratamento.

Com 15 anos de existência, o Infocancro tem sido um espaço informativo em constante atualização e, há um ano, passou por um extenso trabalho de produção e atualização de conteúdos, a par de uma atualização de imagem.

O objetivo mantém-se sempre: que os portugueses possam consultar, num único lugar, informação rigorosa sobre doenças oncológicas.

Opinião
A opinião da comunidade médica é consensual: o exercício físico é essencial para a saúde e a marcha,

Esta constatação é óbvia pois a marcha é o modo de locomoção natural do Homem e o corpo está natural e perfeitamente adaptado para este tipo de exercício. Claro está que o exercício não é, de forma alguma, a solução para todos os males, mas a prática regular de uma atividade de intensidade baixa e moderada proporciona, sem sombra para dúvidas, uma melhoria na qualidade de vida.

Na verdade, a prática de um exercício suave, sem movimentos violentos, mas de uma forma prolongada e regular traz muitos benefícios. Basta andar a pé durante cerca de trinta minutos todos os dias para que, ao fim de algum tempo, possa notar as diferenças. Na prática, este tipo de exercício aeróbico aumenta a capacidade de transporte de oxigénio pelo sangue, melhorando a circulação.

Aconselha-se especialmente a pessoas que estão sentadas ou em pé durante longos períodos de tempo e que por isso, sofrem de problemas como varizes, por exemplo. Melhora o funcionamento e a eficiência dos aparelhos circulatório e respiratório e ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, como a aterosclerose. Os níveis de colesterol também podem ser reduzidos através da prática regular de exercício.

O simples facto de caminhar ajuda a fortalecer os músculos, a manter a flexibilidade das articulações e a aumentar a resistência dos ossos, ajudando assim a prevenir doenças como a osteoporose.

No caso especial dos idosos, os passeios a pé são muito aconselhados pois, ao contrário do que possa parecer, ficar em casa sem se mexer pode aumentar os riscos de uma fratura mais do que andar a pé diariamente.

Quando se pretende emagrecer, o ideal é conciliar o exercício físico com um regime alimentar para que a diminuição de peso seja mais efetiva. Por exemplo, se caminhar durante 30 minutos pode queimar cerca de 200 calorias. Há estudos que relacionam a prática de exercício regular com a prevenção de alguns tipos de cancro como o da mama ou do cólon, embora ainda permaneça por descobrir como se processa essa prevenção.

Recomenda-se que, no dia-a-dia, se adquiram alguns hábitos como o de usar as escadas em vez do elevador, por exemplo. Mas quando se refere que o andar a pé é benéfico, normalmente não bastam as tarefas domésticas ou as idas aos centros comerciais…

Deve caminhar de uma forma ritmada e continuada durante o período de tempo que tiver estabelecido. Com o decorrer do tempo, pode acelerar o ritmo, sem correr, e desde que não fique cansado.

Não se agarre mais a desculpas do tipo de não ter tempo para frequentar o ginásio ou outra instalação desportiva. Andar a pé é a forma mais simples, mais prática e acessível de se manter saudável. Não necessita de um equipamento especial, recomenda-se apenas que utilize um calçado confortável e adequado.

Tenha ainda atenção à postura enquanto anda e não se esqueça de beber água com frequência. Atualmente, as grandes cidades possuem parques, zonas à beira-rio e outros circuitos pedonais que poderá seguir. Fora das áreas urbanas poderá aproveitar também para apreciar o contacto com a Natureza. Ao mesmo tempo que anda, aproveite para movimentar os braços, levantar os ombros e fazer a extensão da coluna, ajudando assim a fortalecer outros músculos.

Para além dos benefícios físicos deste tipo de exercício físico, a caminhada é também um meio excelente de promover o bem-estar psicológico, reduzir o stresse, a ansiedade, sentimentos de depressão e de solidão. Se dispõe de pouco tempo disponível, convide os amigos e assim, aproveite para pôr a conversa em dia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Selecionados 40 projetos a nível global para um apoio de até 5 mil dólares cada um
‘When Cancer Grows Old’ é o programa de financiamento da Sanofi Genzyme destinado a organizações sem fins lucrativos que...

Os projetos distinguidos em Portugal pelo programa ‘When Cancer Grows Old’ estão intimamente ligados com a doença oncológica e o envelhecimento, sendo eles a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas, com o projeto ‘Mais Movimento Mais Vida (More Movement more life)’; Europacolon Portugal - Associação de Luta contra o Cancro do Intestino, com o projeto ‘Intervenção nos doentes oncológicos, do foro digestivo, em estado avançado (Cuidados Paliativos), no domicílio’; Fundação Rui Osório de Castro, com o projeto ‘PIPOP – Portuguese Paediatric Oncology Information Portal’; Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia, com o projeto ‘Prostata_Move’; e a Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia, com o projeto ‘Implementation of Geriatric assessment and management for older adults with cancer in clinical care’.

Para Francisco del Val, diretor geral da Sanofi Genzyme. “projetos como o ‘When Cancer Grows Old’ refletem o nosso compromisso atual e futuro com a área de oncologia e permitem-nos reconhecer parceiros chave no apoio à pessoa com cancro. As entidades distinguidas desenvolveram e apresentaram iniciativas diferenciadoras que visam dar resposta a necessidades dos doentes oncológicos e dos seus cuidadores de forma a permitirem que envelheçam com uma doença oncológica mantendo a qualidade de vida e atenuando o impacto emocional, social e económico da doença”.

A população mundial está a envelhecer mais rapidamente do que nunca. De acordo com um estudo da KPMG conduzido na China, Europa e Reino Unido, estima-se que o número de novos diagnósticos de cancro em pessoas com mais de 70 anos aumente 110% até 2040. Esta tendência implica também uma sobrecarga económica e social para os indivíduos, famílias, comunidades e sistemas de saúde em todo o mundo.

Este estudo também avaliou a carga económica e social do cancro e do envelhecimento analisando duas métricas diferentes - Ano de Vida Ajustado por Incapacidade (DALY) e carga do cuidador, concluindo que as políticas, práticas ou diretrizes relacionadas com o cancro muitas vezes falham em pessoas idosas, devido, principalmente, à falta de avaliações geriátricas ou formação geriátrica dentro da área de oncologia e ao reconhecimento insuficiente dos desafios físicos, emocionais ou económicos únicos que os idosos enfrentam.

Saiba mais em: https://www.sanofi.com/en/about-us/our-stories/when-cancer-grows-old

 

GileadPRO
Os Profissionais de Saúde (médicos, farmacêuticos e enfermeiros) têm disponível uma nova ferramenta digital – o GileadPRO – que...

Centrado nos Profissionais de Saúde, o GileadPRO é um portal que centraliza e facilita o acesso a informação das diferentes áreas terapêuticas, eventos e formação, acrescentando valor à prática clínica. Nele vão estar disponíveis conteúdos para as áreas de Oncologia, Covid-19, Hematologia e Hepatites Víricas, VIH e Antifúngicos.

“O acesso a informação de forma mais rápida e simples e a permanente atualização científica permitem um melhor e mais eficaz desenvolvimento de práticas clínicas, aspetos muito valorizados pelos profissionais de saúde. No GileadPRO terão acesso a informação exclusiva e privilegiada, de fácil acesso, que, acreditamos, permitirá ganhos na sua gestão diária”, refere Vitor Papão, Diretor Geral da Gilead Sciences em Portugal.

Disponível em www.gileadpro.pt este é também um espaço de comunicação, promoção e lançamento de novos produtos e áreas terapêuticas através de secções específicas para cada tema. Para além disso, tem também outras funcionalidades digitais e fontes de informação da Gilead, personalizando o conteúdo e a interação com o Profissional de Saúde de acordo com as suas necessidades e expetativas.

 

Duas doses não induziram resposta imune adequada
A Pfizer e a BioNTech anunciaram esta terça-feira que, na sequência de um pedido da FDA, iniciaram uma submissão para alargar a...

As empresas disseram que esperam ter luz verde da FDA para as duas primeiras doses de 3μg de uma série primária de três doses planeada nestas faixas etárias. Os dados de uma terceira dose, a ser administrada pelo menos oito semanas após a segunda, são esperados "nos próximos meses", acrescentam.

A Pfizer e a BioNTech dizem que a submissão se baseia na totalidade dos dados sobre a segurança, tolerabilidade, imunogenicidade e eficácia disponível de duas doses de Comirnaty. Um ensaio pediátrico inicialmente inscreveu 4500 crianças com idades entre os 6 meses e os 12 anos de idade, mas na sequência de algumas alterações de estudo, atualmente inclui cerca de 8300 participantes. Com base na porção de dose da fase I, as crianças dos 5 aos 12 anos receberam um calendário de duas doses de 10μg cada, enquanto os menores de 5 anos receberam uma dose de 3μg por cada injeção no estudo fase II/III.

Em dezembro, as empresas reportaram dados iniciais que mostravam que a Comirnaty não tinha conseguido desencadear uma resposta imunitária adequada entre os 2 e os 5 anos. Na altura, os parceiros também divulgaram planos para testar uma terceira dose de 3μg da vacina em crianças com menos de 5 anos, e uma terceira dose da formulação de 10μg nessas idades de 5 anos a 12 anos de idade. As empresas disseram que planeiam partilhar os seus dados com a Agência Europeia de Medicamentos e outros organismos reguladores também.

A Comirnaty já está autorizada nos EUA a usar em crianças com apenas 5 anos de idade, e se for dada autorização da FDA para esta coorte ainda mais jovem, seria a primeira vacina Covid-19 disponível para esta população. Se for dada a luz verde, a Pfizer e a BioNTech disseram que pretendem fornecer uma "ampla oferta" da dose de 3μg para satisfazer a procura.

O conselheiro médico da Casa Branca, Anthony Fauci, disse recentemente que esperava que a FDA autorizasse esta vacina para crianças com 5 anos de idade algures em fevereiro. Ele também sugeriu que as crianças mais novas provavelmente precisariam de três doses, porque duas doses não induziram uma resposta imune adequada neste grupo nos ensaios clínicos da Pfizer.

Protocolo
A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra estabeleceram...

Destinado a alunos do 4.º e 5.º anos do Mestrado Integrado em Medicina Dentária, este protocolo pretende recuperar uma parceria que, tendo sido estabelecida no início da criação do ensino de Medicina Dentária pela FMUC, durante muitos anos, permitiu que os alunos desenvolvessem rotações clínicas em vários serviços hospitalares, incluindo o IPO de Coimbra.

“Este protocolo vai ter uma relação bilateral, porque vai também, de alguma forma, permitir o acolhimento de profissionais do IPO para atividades diversas formativas no âmbito da nossa área da medicina dentária, não apenas clínica, mas na formação pós-graduada e, sobretudo, nas áreas de investigação”, refere, em comunicado, Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da FMUC.

A parceria entre instituições irá ainda permitir a realização de ações de formação também no âmbito de cursos de estudos avançados da FMUC (mestrados e pós-graduações), em que a área da oncologia oral seja fundamental.

“Com uma clara aposta na investigação, ambas as instituições assumem a vontade de levar a cabo projetos de investigação no âmbito epidemiológico (caracterização de perfis populacionais regionais), diagnóstico (estudo de técnicas inovadoras) e tratamento (estudos de eficácia)”, lê-se no comunicado.

 

Condição pode ser um sintoma de doenças graves
O inchaço nos pés é uma condição comum e que pode ser vista principalmente em pessoas de idade avanç

Insuficiência venosa

É recorrente que indivíduos que sofrem de varizes apresentarem inchaço nos pés: “quando nossas veias estão fracas, o sangue que chega às pernas fica represado e não consegue retornar ao coração. Além do inchaço nos pés, é possível observar também inchaço em outras áreas do corpo, como tornozelos”, explica o médico especialista em cardiologia Roberto Yano. Para realizar o diagnóstico de insuficiência venosa, é necessário realizar um ultrassom venoso dos membros inferiores.

Insuficiência hepática

O fígado gordo, a chamada esteatose hepática, quando não tratada, pode evoluir para a conhecida cirrose. O paciente cirrótico tem a pressão da sua veia porta aumentada, o que dificulta o retorno venoso de sangue das pernas para o coração, ocorrendo então inchaço nas pernas e nos pés, além de facilitar o extravasamento de líquido para a cavidade abdominal, resultando em ascite (barriga d´água).

Insuficiência renal

Os rins desempenham funções vitais no organismo, sendo uma delas garantir a excreção de líquidos e a osmorregulação (controle das concentrações de sais nos tecidos e células):  "se a função renal do paciente está desequilibrada, o organismo não será capaz de excretar os líquidos de maneira eficiente. Quando há acúmulo de líquidos no corpo, a primeira região afetada são os pés”, adverte o médico cardiologista Roberto Yano.

Insuficiência cardíaca

Os problemas cardíacos são capazes de gerar uma série de complicações ao paciente, dentre eles, o inchaço dos membros inferiores: “devido ao mal funcionamento do coração, principalmente do lado direito, pode ocorrer acúmulo de líquido nas pernas, que extravasa para o terceiro espaço, ocorrendo o edema de membros inferiores. O principal exame para realizar o diagnóstico desta patologia é o ecocardiograma, conhecido popularmente como ultrassom do coração”, pontua o médico.

Obesidade

A retenção de líquidos é um sintoma comum em pacientes que sofrem de obesidade. Além disso, o obeso tem mais hipóteses de ter insuficiência renal, insuficiência hepática e insuficiência cardíaca. Nestes casos, o mais indicado para diminuir o inchaço é o controlo do sobrepeso e a prática de exercícios físicos regulares a fim de promover uma vida mais saudável e prevenir diversas patologias cardíacas e extracardíacas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 51 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 63 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 19 em 63. Segue-se a região Norte com 17 óbitos registados, a região Centro com 16, o Algarve e a Madeira com quatro óbitos cada, enquanto os Açores registaram mais três mortes, desde ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 50.888 novos casos. A região Norte voltou a registar a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 19.872 seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 14.243 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 10.625 casos na região Centro, 1.887 no Alentejo e 1.738 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 981 infeções, e os Açores com 1.542.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 2.437 doentes internados, menos 32 que ontem. As Unidades de cuidados intensivos também têm agora menos cinco doentes internados, desde o último balanço: 155.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 44.610 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 2.078.357 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 586.150 casos, menos 11.729 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 8.578 contactos, estando agora 633.177 pessoas em vigilância.

Estudo
De acordo com um estudo belga da Universidade de Ghent, 60% dos doentes que morreram devido à Covid-19 tinham uma grave...

Segunda uma investigação belga, as hipóteses de recuperar de uma infeção por COVID-19, ou de desenvolver apenas sintomas ligeiros, são significativamente superiores se tiver níveis adequados de selénio e zinco no sangue. Num novo estudo, em que foram recolhidas amostras de sangue a 138 doentes internados com Covid-19, nos dois hospitais belgas UZ Gent e AZ Jan Palfijn, a diferença entre a quantidade micronutrientes no organismo e na sobrevida foi impressionante.

Níveis baixos de micronutrientes agravam o prognóstico

O professor Gijs Du Laing, especialista em micronutrição, e a sua equipa, queriam verificar se os níveis de micronutrientes presentes no sangue afetariam o resultado de uma infeção por COVID-19. Estudos anteriores demonstraram que as pessoas com deficiências nutricionais foram afetadas de forma mais grave do que aquelas com níveis adequados dos diferentes nutrientes no sangue. Desta forma, os cientistas belgas decidiram conduzir o seu próprio estudo para verificar se encontravam resultados semelhante.

Quase 70% tinha carência de nutrientes

No cenário belga, Du Laing e seus colegas descobriram que dos doentes que sucumbiram à infeção, sete em cada dez tinham uma grave deficiência em selénio e zinco, dois micronutrientes que desempenham um papel fundamental na defesa do sistema imunitário. Por outro lado, os doentes que apresentavam níveis suficientes destes dois micronutrientes, ou apenas uma deficiência marginal, tiveram melhores hipóteses de sobreviver e recuperaram mais rapidamente da infeção.

Maior impacto do que as doenças crónicas

O que surpreendeu os investigadores foi o facto de a deficiência nestes micronutrientes ser um fator de risco com mais impacto do que a diabetes, cancro, obesidade ou doença cardiovascular, que normalmente estão associados a um pior prognóstico da Covid-19.

Aparentemente, os níveis de micronutrientes são algo que merece uma análise mais minuciosa. Um estudo alemão que foi publicado anteriormente associou baixos níveis de selénio e zinco a uma pior recuperação da Covid-19, e investigações chinesas demonstraram que nas regiões com níveis mais elevados de selénio no solo, ocorreram substancialmente menos mortes relacionadas com a Covid-19.

A suplementação faz a diferença

É fundamental que uma alimentação saudável e equilibrada inclua nutrientes essenciais como o selénio, o zinco e outros que protegem e reforçam o sistema imunitário. No entanto, para muitas pessoas é um desafio obter quantidades adequadas dos diferentes nutrientes na alimentação. A suplementação pode ser uma alternativa útil neste caso. Estudos têm demonstrado que a suplementação de micronutrientes contribui, de facto, para a melhoria da saúde. Um bom exemplo é o estudo inovador KiSel-10, em que idosos na Suécia receberam suplementos com levedura de selénio de qualidade farmacêutica e coenzima Q10. Os participantes suplementados neste estudo viram uma redução de 54% na mortalidade cardiovascular e uma melhoria significativa na qualidade de vida.

Fontes:

Du Laing, G .; Petrovic, M .; Lachat, C .; De Boevre, M .; Klingenberg, G.J .; Sun, Q .; De Saeger, S .; De Clercq, J .; Ide, L .; Vandekerckhove, L .; Schomburg, L. Curso e Sobrevivência de Pacientes COVID-19 com

Comorbidades em Relação ao Status do Elemento de Traço na Admissão Hospitalar. Nutrients 2021, 13, 3304. https://doi.org/10.3390/nu13103304

Investigação na área do exercício físico e cancro
Os doentes com cancro têm um elevado risco de malnutrição, o que tem um impacto muito negativo nos resultados dos tratamentos,...

A importância da suplementação nutricional, incluindo a vitamina D, na função do músculo, e a importância do exercício físico ao longo da jornada do doente oncológico são alguns dos temas que vão estar em destaque na 2.ª edição do Symposium ONCOFIT “From Sports Lab to Cancer Clinic” que vai decorrer nos dias 18 e 19 de março, no Centro de Reabilitação do Norte - Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. 

Elsa Madureira, uma das moderadoras do simpósio, explica que “tanto por efeito do cancro como dos tratamentos, dão-se alterações na composição corporal, nomeadamente uma diminuição (depleção) da massa muscular, bem como alterações na capacidade do doente de se alimentar ou aproveitar os nutrientes”.  

A especialista alerta que uma alimentação inadequada pode conduzir à malnutrição, aumentando os níveis de toxicidade no organismo, o que tem consequências no plano de tratamento e nos seus resultados práticos. “Daí ser necessária uma intervenção nutricional individualizada e, em algumas situações, ser recomendada a suplementação de alguns nutrientes. É o caso das proteínas, dos ácidos gordos ómega 3 e da vitamina D que ajudam a melhorar a saúde muscular nos doentes que perderam massa muscular”, acrescenta. 

De acordo com nutricionista, a depleção muscular é a característica mais marcante da malnutrição oncológica, a qual está relacionada com a ação das citocinas pro-inflamatórias e outros mediadores tumorais que atuam em vários órgãos, além de alguns fármacos utilizados no tratamento oncológico (quimioterapia e imunoterapia). Por isso, “uma ingestão alimentar inadequada tanto em energia como em proteínas e insuficiente em alguns micronutrientes (ou o comprometimento da absorção intestinal) assim como a inatividade física, também contribuem para esta depleção da massa muscular”, refere Elsa Madureira. 

Na sua opinião, é possível promover o anabolismo muscular nestes doentes através de uma intervenção multimodal. “É necessária a associação de uma alimentação adequada à prática de exercício físico orientado. Esta intervenção deve ser o mais precoce possível, se possível ainda antes do início dos tratamentos, mas durante os mesmos é igualmente importante e eficaz”, salienta. Mas acrescenta que “a intervenção nutricional deve ser sempre individualizada e adequada à situação clínica, sociofamiliar da pessoa e aos gostos/preferências/tolerâncias do doente”. 

As recomendações nutricionais passam pela adequação do aporte energético e proteico. “Quanto à qualidade das proteínas, as de fonte animal são as que melhores resultados promovem a nível da síntese muscular”. Sugere ainda uma distribuição da ingestão proteica ao longo do dia, repartida em porções relativamente semelhantes pelas várias refeições diárias. Afirma que “os ácidos gordos polinsaturados n-3 (alguns óleos vegetais e de peixes), graças à sua ação anti-inflamatória, parecem ter um efeito positivo no controlo do processo de caquexia (síndrome multifatorial que leva a perda de massa muscular associada à resposta inflamatória e falta de apetite) e no aumento do apetite, pelo que é recomendada a sua ingestão”. 

O conceituado fisiologista do exercício Lee Jones é um dos oradores 

Nesta 2.ª edição do Symposium ONCOFIT “From Sports Lab to Cancer Clinic” – um encontro de partilha de conhecimento sobre o exercício físico enquanto tratamento de suporte em Oncologia, baseado na evidência científica – são esperados especialistas das mais diversas áreas, como do Exercício, Nutrição, Psicologia, Oncologia, Cardiologia, Reabilitação e ainda enfermeiros e fisioterapeutas. 

O Symposium é organizado pela Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO), através do programa ONCOMOVE, que inclui profissionais de diversas áreas para dar resposta à necessidade de cuidados de suporte mais completos e abrangentes, baseados na evidência, na área da Oncologia. 

Um dos oradores convidados é o professor Lee Jones, investigador do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, e um dos mais conceituados fisiologistas do exercício do mundo. Confirmada está também a presença do professor Nicolas Hart, da Flinders University, (Austrália) e membro da Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC), que inclui representantes de 70 países. 

 As inscrições estão abertas AQUI e o prazo para submissão de resumos termina no próximo dia 14 de fevereiro. Os trabalhos aceites serão publicados na revista Motricidade. 

Consulte AQUI programa científico preliminar. 

 

Dia Mundial do Doente assinala-se no dia 11 de fevereiro
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) acaba de lançar o podcast “À Conversa com o seu Fígado”, que reúne uma...

“Com a criação destes podcasts sobre vários temas relacionados com o fígado, pretendemos facilitar o acesso aos conteúdos mais importantes para as pessoas que tenham dificuldades na sua leitura ou que, simplesmente, têm preferência por ouvir a informação”, afirma José Presa, presidente da APEF.

E acrescenta: “A APEF pretende contribuir para a literacia em saúde da população. Pessoas mais informadas sobre os fatores de risco para as doenças do fígado, formas de as prevenir, de as diagnosticar e de tratar, formam uma sociedade mais saudável.”

As doenças hepáticas são as que resultam da lesão do fígado, podendo afetar a sua função tão essencial à nossa sobrevivência. As mais comuns são o fígado gordo, as hepatites, a cirrose hepática e o cancro do fígado. Na maior parte dos casos tratam-se de situações resultantes de hábitos de vida pouco saudáveis - como alimentação inadequada, sedentarismo, consumo de álcool e drogas, entre outros - pelo que podem e devem ser prevenidas.

Acompanhe o podcast da APEF no Spotify aqui: https://open.spotify.com/show/6X07pXsey24xWvuZpSAzP3?si=7fef8077ab1e4834

 

 

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