Estudo
As células estaminais do tecido do cordão umbilical, obtidas de forma simples após o parto, são capazes de atenuar a lesão...

Os traumatismos cranianos constituem uma das principais causas de lesão neurológica em adultos, podendo causar graves sequelas ou, até mesmo, a morte. Após o processo primário de lesão neurológica, que acontece nos primeiros minutos após um traumatismo craniano e é irreversível, segue-se um processo secundário de lesão neurológica, atribuível, em grande parte, à inflamação do cérebro, que ocorre como resposta do organismo para controlar potenciais infeções e reparar as zonas lesadas.

“Embora possa ser inicialmente benéfica, esta resposta inflamatória persistente acaba por agravar a lesão cerebral sofrida”, explica a Dr.ª Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal. “À procura de uma resposta para conter a lesão neurológica decorrente de um traumatismo craniano, vários ensaios clínicos estão a testar novos agentes terapêuticos, entre os quais a aplicação de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical, que se tem destacado pelos seus efeitos anti-inflamatórios e regenerativos, bem como pelo seu perfil de segurança muito favorável”, acrescenta.

O estudo agora publicado pretendeu analisar os mecanismos subjacentes a esse efeito benéfico, incidindo na hipótese de que estas células promovem a regulação da resposta inflamatória que ocorre após um traumatismo craniano.

Os autores começaram por avaliar as diferenças na proporção de células pró- e anti-inflamatórias no sangue de doentes que sofreram traumatismo craniano, relativamente a pessoas saudáveis, e verificaram que nos primeiros havia uma proporção aumentada de células pró-inflamatórias. De seguida, avaliaram, em modelo animal, se a administração de células estaminais do tecido do cordão umbilical poderia repor o equilíbrio entre os dois tipos de células.

Nas suas experiências, descobriram que o tratamento com estas células aumentou a proporção de células anti-inflamatórias. Adicionalmente, o tratamento com células estaminais do cordão umbilical em modelo animal esteve associado a uma redução significativa da gravidade da lesão neurológica e a uma melhor recuperação cognitiva após traumatismo craniano. Ao investigar os mecanismos subjacentes, concluiu-se que, além do seu efeito anti-inflamatório, estas células promovem a regeneração da zona afetada através da estimulação do desenvolvimento de novos neurónios.

Com vista à sua implementação na prática clínica, os autores defendem a realização de ensaios clínicos que avaliem a segurança e eficácia desta estratégia em doentes humanos.

Protocolo de Cooperação para formação e investigação
O Cybersecurity Executive Program, um curso de cibersegurança direcionado para executivos e decisores de organizações públicas...

A coordenação científica do curso é da responsabilidade de António Casimiro, professor do Departamento de Informática da Ciências ULisboa; e a coordenação executiva está a cargo de Telmo Vieira, professor no Instituto Superior de Economia e Gestão da ULisboa e managing partner na PremiValor Consulting.

O Cybersecurity Executive Program insere-se no INNCYBER Innovation HUB, um acelerador de inovação na área da cibersegurança e é constituído por nove módulos, lecionados por professores e formadores da Ciências ULisboa, PremiValor Consulting, Gabinete Nacional de Segurança, Força Aérea Portuguesa, EDP, Altice, Banco de Portugal, PwC e Vieira de Almeida.

A Faculdade e a PremiValor Consulting assinaram em 2021 um protocolo de cooperação que visa o estabelecimento de parcerias em atividades de formação e de investigação, entre outros projetos. Esta semana foi assinado o regulamento do Cybersecurity Executive Program e ainda o regulamento do Data Science Executive Course, cuja coordenação científica é da responsabilidade de Luís Correia, professor do DI Ciências ULisboa, sendo que a primeira edição já está a ser preparada e será lançada em breve.

 

 

 

 

Relatório
Mais 71.689 pessoas receberam a dose de reforço da vacinação contra a Covid-19 na quarta-feira, dia 26 de janeiro, de acordo...

Com a vacinação primária completa contra a Covid-19 há agora quase 8,8 milhões de pessoas, mais 2.794 comparativamente com o dia anterior.

Ainda em relação ao dia anterior, foram também vacinadas mais 3.978 pessoas contra a gripe, elevando o total para 2,6 milhões.

Segundo os números da DGS, 92% das pessoas com 80 ou mais anos já receberam a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, no grupo etário dos 70 aos 79 anos a percentagem sobre para 94%. Entre os 60 e os 69 anos, receberam o reforço 87% das pessoas e entre os 50 e os 59 há 71% de vacinados com a dose de reforço.

 

VMER estaria inoperacional por falta de médico
A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar afirma, em comunicado de imprensa, lamentar “profundamente as recentes...

De acordo com a SPEPH, esta tem vindo a alertar para a falta de meios diferenciados com médico a bordo.  “Os primeiros meios de emergência médica pré-hospitalar que chegam ao local não são diferenciados, são ambulâncias tripuladas na sua grande maioria dos casos por bombeiros ou elementos da cruz vermelha portuguesa, que de certeza fizeram o que lhes compete - com a formação exigida, suporte básico de vida e pedido de apoio diferenciado, que nem sempre está disponível, e, esta é uma verdade incontornável, que não pode ser desmentida”, escreve.

“Todos sabemos, que cada vez mais não é possível, ter meios diferenciados com médico a bordo, não é exequível, além de ser insustentável, até porque o verdadeiro socorro inicial é executado pelas tripulações das ambulâncias que estão geograficamente colocadas em corpos de bombeiros e delegações da cruz vermelha portuguesa, é aqui, nestas tripulações que a aposta numa educação superior com clarividência cientifica com base na paramedicina deve ministrada, para que possam executar um socorro diferenciado assim que chegam junto de quem necessita, ganhando tempo, garantido a intervenção mais eficaz dos profissionais de saúde em ambiente hospitalar”, acrescenta.

Segundo a SPEPH a trivialização da formação das equipas pré-hospitalares, “retirando conteúdos programáticos, e alargando esta mesma formação a outras entidades, que a ministram sem qualquer controle, faz com que estas tripulações se limitem praticamente após a sua chegada ao local, a uma breve abordagem, e ao perdido apoio diferenciado, que pode ou não estar disponível”.

“É por estas situações, que são recorrentes infelizmente, que a SPEPH está afincadamente a trabalhar numa educação ao nível do que se faz internacionalmente para todos os intervenientes no que se quer num dito sistema integrado de emergência médica, semelhante aos Serviços de Emergência Médica de outros países, com décadas de experiência, desde logo com a sua eficácia garantida”, refere.

 

 

 

 

 

Uso de Baricitinib em doentes com formas graves de covid-19
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) conta com a inclusão do primeiro doente num ensaio clínico internacional...

Trata-se de um ensaio clínico de fase 3, internacional, multicêntrico, duplamente-cego, randomizado e controlado por placebo, em regiões da Europa com elevadas taxas de hospitalização por Covid-19 o que permitirá a obtenção de resultados sólidos do ponto de vista científico. Em Portugal, para além do CHUC, participam mais 8 centros. Integra-se na plataforma EU-SolidAct (https://eu-response.eu/eu-solidact/) - European DisCoVeRy for Solidarity: An Adaptive Pandemic and Emerging Infection Platform Trial, projeto de pesquisa pan-europeu, envolvido na investigação rápida e coordenada de medicamentos novos e reaproveitados para tratar a Covid-19, promovido pelo Hospital da Universidade de Oslo, decorrendo em 15 países europeus.

O médico intensivista Luís Linhares alude à mais-valia deste estudo para os doentes, (que tem apoio de coordenação, no CHUC, da Unidade de Inovação e Desenvolvimento/Centro de Ensaios Clínicos), dando nota que “foi demonstrado que a gravidade da Covid-19 se deve, em parte, a uma resposta inflamatória desregulada. O “Baricitinib”, (medicamento em estudo, imunomodulador já usado no tratamento da artrite reumatóide), poderá reduzir potencialmente a inflamação associada à Covid-19.

Apresenta, também, atividade antiviral direta, potencialmente impedindo a entrada celular e a infeciosidade do SARS-CoV-2. Este medicamento ajudará na medida em que poderá permitir uma nova linha de tratamento nas formas graves da Covid-19, precisamente através de imunomodulação, com expectativa de redução da mortalidade”.

E Luís Linhares prossegue referindo que “até agora, nenhum estudo dirigido e tão alargado avaliou a eficácia do “Baricitinib” no tratamento de doentes Covid-19 graves, incluindo aqueles sob suporte ventilatório mecânico invasivo. Se for comprovada a eficácia deste fármaco, prevê-se, quer a redução da mortalidade das formas graves de Covid-19, quer a redução do número de dias de ventilação mecânica invasiva e a consequente diminuição do tempo de internamento em unidade de cuidados intensivos e em meio hospitalar”.

 

 

Tumores
O cancro do pâncreas não é “particularmente comum”.

Com a ajuda dos especialistas da Mayo Clinic, mostramos-lhe as cinco coisas que todos devemos saber sobre aquele que é considerado um dos tipos de cancro mais mortais.

1. O cancro do pâncreas é agressivo e causa sintomas não específicos

Segundo o cirurgião da Mayo Clinic, Mark Truty, metade dos doentes apresentam doença metastizada no momento do diagnóstico.

Isto acontece por duas razões, explica. Primeiro, as células cancerígenas do pâncreas são particularmente agressivas. Acumulam-se, formam tumores e espalham-se rapidamente para os órgãos periféricos. Segundo, o cancro do pâncreas raramente causa sintomas antes de se espalhar para além do pâncreas. E quando causa sintomas, não são específicos, ou seja, que podem ser causados por muitas outras condições, como dor abdominal, dor nas costas ou perda de peso.

"Não é possível investigar cada pessoa com indigestão, azia, dor abdominal ou dor nas costas, porque uma pequena parte delas terá este cancro", diz Santhi Swaroop Vege, gastroenterologista da Clínica Mayo.

"Não é viável até olharmos para coisas realmente específicas, como icterícia ou a pele ficar amarela, ou fezes ficando mais claras, ou urina ficando mais escura, ou diabetes de início recente, que podemos associar sintomas com cancro do pâncreas", acrescenta Mark Truty.

A diabetes que, de um tempo para outro, se torna mais difícil de tratar é outro dos sintomas associados a esta doença.

2. O diagnóstico do cancro do pâncreas é um processo com várias etapas

Quando um médico suspeita de cancro do pâncreas, o primeiro passo é fazer testes de imagem para visualizar os órgãos internos. A tomografia computorizada (TC) é geralmente usada.

"Fazemos o que se chama uma tomografia protocolar do pâncreas", diz Vege. "Se o radiologista confirmar uma massa no pâncreas, então há 90% de hipóteses para que seja cancro do pâncreas." Se a TC não for possível por qualquer motivo ou se não for conclusiva, então a ressonância magnética pode ser utilizada. Se as imagens confirmarem uma forte probabilidade de cancro do pâncreas, o próximo passo é a realização de um exame de sangue”.

"A partir do momento em que temos uma tomografia sugerindo cancro do pâncreas, fazemos uma análise ao sangue para um marcador tumoral chamado CA19-9, uma vez que 85 a 90 por cento das pessoas com cancro do pâncreas têm valores elevados", diz o especialista. "Se o exame de sangue confirmar os valores elevados para CA19-9, então usamos isto como uma linha de referência para monitorizar a doença após o início do tratamento."

As análises ao sangue não confirmam o cancro do pâncreas, uma vez que há algumas pessoas com a doença que não têm níveis elevados de CA19-9. Um diagnóstico final requer uma biópsia (uma amostra de tecido para exame). "Nenhum cancro é um cancro até ter uma biópsia para o provar", sublinha o gastrenterologista da Mayo Clinic.

Na Clínica Mayo, uma amostra de tecido é tipicamente recolhida durante uma ecografia endoscópica (USE). Durante o procedimento, o dispositivo de ultrassom é passado através de um tubo fino e flexível (endoscópio) através do esófago e em direção ao estômago, através do qual uma agulha pode ser inserida no pâncreas para recolher tecido.

Em seguida, a amostra de tecido é examinada para confirmar o diagnóstico de cancro do pâncreas. Se o diagnóstico for confirmado, o tecido também é analisado para marcadores que podem ajudar a determinar o tratamento mais eficaz para o cancro da pessoa.

3. A causa da maioria dos cancros do pâncreas é desconhecida

Os médicos identificaram alguns fatores que podem aumentar o risco de cancro do pâncreas, como o tabagismo, diabetes, inflamação crónica do pâncreas (pancreatite), obesidade e histórico familiar, mas a causa ainda permanece incerta.

"Para a grande maioria dos pacientes, não há predisposição associada, além de alguns comportamentos, como o tabagismo ou a diabetes", diz Mark Truty.

"Aproximadamente 10% dos cancros do pâncreas têm uma base hereditária", acrescenta Santhi Swaroop Vege. "E apenas cerca de 8% dos cancros do pâncreas são cancros do pâncreas familiares, o que significa que o paciente tem um parente de primeiro grau ou de segundo grau com a doença."

Outros cancros do pâncreas estão relacionados com a história familiar das síndromes genéticas que podem aumentar o risco de cancro, incluindo uma mutação no gene BRCA2, síndrome de Lynch e síndrome do melanoma maligno atípico (FAMMM). "Apenas cerca de 2% dos cancros do pâncreas são considerados cancros cerebrais hereditários, que estão ligados a síndromes clínicas hereditárias", acrescenta.

A investigação demonstrou que a combinação de tabagismo, diabetes de longa data e uma dieta pobre aumenta o risco de cancro do pâncreas, além do risco que qualquer um destes fatores representa por si só.

4. Não há um rastreio para o cancro do pâncreas

Os médicos ainda não têm uma boa maneira de rastrear grandes partes da população para o cancro do pâncreas. "Não há um bom teste de rastreio que seja barato, eficaz, seguro e que possa ser aplicado como esfregaço de pap, mamografia ou colonoscopia", diz Vege.

"Para pessoas com parentes de primeiro grau com cancro do pâncreas (especialmente se tiverem dois parentes de segundo grau com a doença), estamos a fazer um tipo de rastreio de ressonância magnética todos os anos", diz Vege. "E possivelmente uma ecografia endoscópica a cada três anos."

Mas para pessoas sem histórico familiar de cancro do pâncreas, o rastreio não está disponível.

Estes dois especialistas, bem como outros investigadores da Clínica Mayo, estão a fazer a recolha de dados dos pacientes para obter pistas que os possam ajudar a desenvolver orientações para o rastreio do cancro do pâncreas. "Estamos a analisar dados de pacientes com diabetes de início recente diagnosticada com cancro do pâncreas", diz o Dr. Vege. "Para pessoas que também tiveram indigestão, sintomas abdominais e níveis elevados de CA19-9, adicionámos os níveis de glicose no sangue dos três anos anteriores e podemos desenvolver uma estimativa de risco de cerca de 50 a 74 por cento."

5. Os tratamentos e os resultados estão a ser otimizados

Para os doentes cujo cancro do pâncreas já se espalhou para outros órgãos no momento do diagnóstico, a quimioterapia é o tratamento primário. Os doentes cujo cancro está confinado ao pâncreas também podem ser candidatos à radiação e à cirurgia.

Se o tumor do paciente não afetar nenhum vaso sanguíneo significativo ou nenhuma veia e artérias críticas, os doentes geralmente são submetidos a uma operação para remover o tumor. "Fazemos isto há várias décadas", diz Truty. "Infelizmente, os resultados a longo prazo têm sido fracos. Uma parte significativa destes pacientes desenvolve doenças recorrentes e precoces em locais distantes, o que significa que o cancro já se tinha espalhado, e simplesmente não sabíamos disso."

Para determinar se a cirurgia é a melhor opção, são consideradas três perguntas:

  • Há alguma evidência de que o cancro se tenha espalhado?
  • O tumor pode ser removido sem que as células cancerígenas sejam deixadas para trás?
  • O paciente está a um nível de aptidão física adequado para tolerar a cirurgia e recuperar bem o suficiente para receber quimioterapia?

"Sabemos que os doentes que são submetidos a uma operação para remover tumores podem viver significativamente mais tempo do que os pacientes que não são operados", revela Truty. "Mas se fizermos a cirurgia e deixarmos as células cancerígenas para trás ou se o paciente tiver complicações e não puder tolerar quimioterapia, o benefício não faz sentido."

Vários especialistas estão agora a tratar os doentes antes da cirurgia com uma combinação de quimioterapia e mais ou menos radiação. Estão também a fazer operações mais extensas.

"Expandimos os nossos critérios para doentes aptos para cirurgia e estamos agora a operar pacientes cujos tumores afetam vasos sanguíneos importantes, como veias e artérias", diz o Truty. "A quimioterapia melhorada, a radiação adequada e as operações mais complexas melhoraram significativamente os resultados a longo prazo."

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Tratamento de doentes em risco
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou, esta quinta-feira, que o seu Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP)...

O CHMP analisou dados do ensaio EPIC-HR da fase II/III que envolveu cerca de 2080 doentes não hospitalizados com Covid-19 e que têm pelo menos uma condição subjacente que os coloca em risco de doença grave. Os pacientes no estudo foram aproximadamente divididos uniformemente entre aqueles que receberam Paxlovid e aqueles que receberam placebo, cinco dias após o início do sintoma. Os indivíduos não receberam, ou não, o tratamento com anticorpos.

A Pfizer reportou resultados do ensaio do mês passado que mostram que Paxlovid reduziu o risco de internamentos ou morte em 89% em comparação com placebo, quando tomado no prazo de três dias após o início do sintoma, e em 88% quando tomado no prazo de cinco dias.

A análise dos dados do CHMP concluiu que, no mês seguinte ao tratamento, 0,8% dos doentes do grupo Paxlovid foram hospitalizados por mais de 24 horas, contra 6,3% para o placebo. Além disso, não houve mortes entre os que tomaram o antiviral em comparação com nove mortes após administração de placebo. A EMA observou que a maioria dos pacientes no estudo foram infetados com a variante Delta do vírus SARS-CoV-2, mas estudos laboratoriais sugerem que Paxlovid também deve estar ativo contra Ómicron e outras variantes.

Entretanto, a reavaliação europeia concluiu que o antiviral oral da Pfizer tinha um perfil de segurança favorável, causando efeitos colaterais que eram geralmente leves. No entanto, a agência observou que o componente ritonavir do tratamento pode interferir com vários outros medicamentos, pelo que os avisos e conselhos para o efeito foram incluídos na informação do produto.

"Esta expressão de confiança em Paxlovid surge num momento crítico, à medida que a Europa aborda os desafios em curso da pandemia e à medida que as taxas de infeção estão a aumentar em muitos países em todo o mundo", comentou o CEO da Pfizer, Albert Bourla. Referiu que a empresa tem "uma forte pegada fabril na Europa, que ajudará a apoiar a produção de até 120 milhões de doses de Paxlovid a nível global". No início deste mês, a Pfizer disse que vai investir 520 milhões de euros (579 milhões de dólares) em França nos próximos cinco anos, incluindo a adição de uma unidade de produção para a Paxlovid, que envolverá inicialmente a produção de ingredientes farmacêuticos ativos numa das instalações da Novasep.

O tratamento antiviral oral está atualmente aprovado ou autorizado para uso de emergência em mais de 10 países, incluindo os EUA e o Reino Unido. Itália, Alemanha e Bélgica estão entre um grupo de países da UE que compraram o medicamento.

 

Henrique Girão assume a Direção do iCBR
Promover uma maior troca de ideias e experiências é o objetivo da nova Direção que, liderada pelo investigador Henrique Girão,...

“No iCBR-FMUC existe uma estreita articulação com a comunidade clínica: o objetivo é estudarmos novos mecanismos de doença e, com base nisso, encontrarmos novos alvos terapêuticos. No fundo, queremos levar a cabo uma abordagem transversal e holística, que nos permita abordar todas estas questões, desde a molécula até ao homem, criando, assim, condições que sustentem a translação do conhecimento adquirido, em benefício dos doentes: a doença, os doentes e a sociedade são o mote da nossa investigação”, salienta Henrique Girão.

Com mais de cem investigadores integrados doutorados, o iCBR-FMUC assenta em cinco grandes áreas: Envelhecimento, Ciências Cardiovasculares, Ciências da Visão, Neurociências e Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia. Com total confiança e muita esperança no conjunto de clínicos de “excecional qualidade”, o novo Diretor acredita que “é possível, com vontade, esforço e empenho, fazer do iCBR-FMUC uma unidade de investigação de excelência, de acordo com os mais exigentes padrões de qualidade a nível internacional”.

Outro dos objetivos traçados pela nova direção do iCBR-FMUC, passa pela captação e retenção de talentos e por uma maior proximidade à sociedade civil e a agentes económicos: “é fundamental que sejam criadas condições para atrair e reter jovens talentos e promover um maior envolvimento com a sociedade civil. A ciência já não se faz só para os cidadãos, mas com os cidadãos. Por isso, é fundamental uma estratégia que promova uma maior proximidade com os cidadãos. Além disso, temos também prevista uma reorganização do instituto, por forma a fomentarmos uma maior participação dos agentes económicos, enquanto agentes empreendedores. A ideia é a de que representantes da sociedade civil e do mundo empresarial passem a fazer parte integrante das nossas estruturas de estratégia científica da instituição”.

Neste novo cargo, que acumula com outras funções na área do ensino, gestão e investigação, Henrique Girão olha para uma Escola Médica como uma instituição cuja missão passa por “preparar os cidadãos para os problemas, desafios e oportunidades que o avanço científico e tecnológico oferece”. A este respeito, reforça que é necessário “descer do nosso pedestal e, de pés bem assentes na terra, aproximarmo-nos da sociedade, para perceber as suas inquietudes, os seus anseios e as suas expetativas, disponibilizando os nossos vastos e qualificados recursos para ajudar a resolver problemas que assolam e atormentam as pessoas”.

Para além da Direção do iCBR, Henrique Girão mantém a sua ligação à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra onde exerce, entre outras, funções de Subdiretor para a Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Co-Coordenador da Área Cardiovascular, Coordenador do Programa de Doutoramento em Ciências da Saúde e do Mestrado em Investigação Biomédica, Diretor do Laboratório de Microscopia e Bioimagem e do Laboratório de Comunicação em Saúde. No Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB) da Universidade de Coimbra, consórcio que reúne o iCBR e o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), Henrique Girão é Membro do Conselho Científico, Membro da Comissão Executiva e Coordenador do Grupo de Cardiologia Celular e Translacional (CARDICT), uma equipa multidisciplinar que integra clínicos, ligados à área cardiovascular, e investigadores.

Com foco no Sistema Locomotor, Medicina Regenerativa e Medicina Desportiva
A Clínica Espregueira - FIFA Medical Centre of Excellence - entidade de referência em Medicina e Traumatologia Desportiva, a...

A Clínica Móvel Espregueira desloca-se, semanalmente, às cidades de Aveiro (6as feiras de manhã e à tarde), Águeda (5as feiras à tarde), Amarante (4as feiras à tarde), Chaves (3as feiras de manhã e à tarde), Oliveira de Azeméis (5as feiras de manhã), Ponte de Lima (2as feiras de manhã), Viana do Castelo (2as feiras à tarde) e Vila Real (4as feiras de manhã).

Na Clínica Móvel existem numerosos tratamentos injetáveis de Medicina Regenerativa que permitem tratar patologias do sistema locomotor, através de produtos que desinflamam e estimulam a regeneração.

Munida de sala de consulta e gabinete para tratamentos diferenciados em Medicina Regenerativa, onde são efetuados tratamentos modernos ortobiológicos injetáveis, esta Clínica Móvel pode ajudar a resolver diversas patologias ortopédicas e, até mesmo, evitar cirurgias.

Esta unidade disponibiliza ainda uma consulta tripartida com o doente, o médico assistente e um especialista de reputação internacional (online). Esta modalidade permite ao doente do interior, o acesso aos mais diferenciados médicos especialistas.

A primeira consulta de avaliação é gratuita. Os agendamentos de consulta podem ser feitos pelo email [email protected], ou pelo telefone 220 100 112.

No próximo mês de março, entrará em funcionamento uma segunda Clínica Espregueira Móvel que cobrirá outra parte do território. Até 2025, a Clínica Espregueira investirá em mais duas unidades, por ano, até um total de 8, cobrindo assim um total de 40 cidades.

Estimulação cerebral profunda com anestesia geral
A Unidade de Doenças do Movimento e Cirurgia Funcional do Serviço de Neurocirurgia do Centro Hospitalar Universitário São João ...

"Desde o seu início, esta técnica tem sido efetuada sob anestesia local com o desconforto e sofrimento sistematicamente referidos pelos doentes. Mais recentemente alguns centros europeus de referência introduziram modificações técnicas capazes de a fazer sob anestesia geral com resultados idênticos, poupando quer a necessidade de suspender a medicação, quer a desagradável experiência sofrida pelos doentes ao longo das várias horas da cirurgia", explica Rui Vaz, diretor do Serviço de Neurocirurgia do CHUSJ, pioneiro nesta técnica em Portugal.

A Unidade de Doenças do Movimento e Cirurgia Funcional do CHUSJ dispõe atualmente das condições técnicas e o desenvolvimento suficientes para poder acompanhar esta evolução, iniciando esta técnica em Portugal e tendo contado, nestes primeiros dois casos, com a colaboração de Rick Schuurman, conhecido Neurocirurgião funcional holandês, com considerável experiência nesta técnica e autor do estudo Galaxy.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 66 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 41 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 17 em 41. Segue-se a região Norte com 15 óbitos registados, a região Centro com quatro, o Alentejo com três e o Algarve com dois.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 65.706 novos casos. A região Norte voltou a registar a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 27.594 seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 18.590 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 11.430 casos na região Centro, 2.713 no Alentejo e 2.883 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 944 infeções, e os Açores com 1.552.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 2.249 doentes internados, menos 64 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos sete doentes internados, desde o último balanço: 147.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 23.498 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.865.651 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 558.129 casos, mais 42.167 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 26.878 contactos, estando agora 573.235 pessoas em vigilância.

O Instituto SNS surge como resposta integrada e efetiva às pressões e desafios do SNS
O Sistema Nacional de Saúde precisa de ser mais eficiente e dar melhor resposta. O Health Cluster Portugal (HCP) – que junta...

Para o Health Cluster Portugal é consensual a necessidade de rever a organização do SNS, um sistema pensado há 40 anos que enfrenta pressões e desafios a que urge responder. Perante isso, Joaquim Cunha, Diretor Executivo Diretor do HCP, detalha que “entre estes constrangimentos merecem destaque a elevada centralização do financiamento, a vulnerabilidade aos ciclos políticos, a reduzida flexibilidade operacional e a acumulação sistemática de défices que colocam em causa a sua sustentabilidade”.

Assim, tendo em conta os desafios crescentes associados ao envelhecimento populacional e a maior prevalência de doenças crónicas, é urgente encontrar uma nova resposta de gestão do SNS. O Instituto SNS surge como uma entidade estrategicamente posicionada para responder de forma integrada e efetiva às pressões e desafios do SNS: Mandatado pelos Ministérios das Finanças e da Saúde, o Instituto SNS - Entidade Gestora do Serviço Nacional de Saúde assumiria três grandes funções:  a Gestão do SNS, abrangendo os recursos físicos, financeiros e humanos do SNS numa lógica optimizada e especializada; a Otimização do percurso do utente, melhorando sua experiência no SNS e apoiando estratégias de prevenção e participação em saúde e Articulação com a envolvente, articulando o SNS com a oferta global do sistema de Saúde português, industrias da saúde e entidades do SCTN.

 

APDP defende a implementação de medidas urgentes
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) recebe esta sexta-feira, às 11.30 horas, o Partido Comunista...

“Estamos a viver mais um pico da pandemia da covid-19. Mais do que nunca, é crucial adotar estratégias de retoma dos cuidados e rastreios às pessoas com diabetes”, afirma José Manuel Boavida, presidente da Associação, reforçando a importância de “garantir ainda o acompanhamento educativo de pessoas com pré-diabetes, para que não desenvolvam a doença, e o incentivo a uma cidadania ativa e um modelo participativo por parte dos cidadãos na gestão da sua saúde”.

“Não nos cansamos de alertar que mais de um milhão e meio de portugueses tem diabetes e que este número continua a aumentar em tempo de pandemia, o que equivale a uma diminuição da esperança média de vida, mas também a um aumento dos custos para o sistema de saúde. Este é o momento para agir, não podemos deixar para trás as pessoas com diabetes e outras doenças crónicas”, alerta João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

 A associação alinha-se assim com a opinião partilhada pela Organização Mundial de Saúde, que tem publicado várias orientações para o combate desta doença, colocando-a como tema central da sua agenda.

 

 

 

A primeira fase atribui 392.000 euros aos concorrentes vencedores
O projeto europeu eCare Health selecionou oito propostas de soluções inovadoras para gerir a fragilidade dos idosos, como...

Os oito selecionados nesta primeira fase, entre os quais a Universidade Politécnica de Madrid ou o Hospital Universitário de Getafe, irão desenvolver e testar as suas soluções nas quatro instituições compradoras em condições reais: o Consorci Sanitari Integral de Hospitalet e a Câmara Municipal de Santander em Espanha; a Azienda Sanitaria Locale de Benevento em Itália e o Hospital Universitário de Aachen na Alemanha.  

Os candidatos selecionados, todos eles PMEs e organizações de saúde, a maioria dos quais representados em Espanha, receberão 392.000 euros nesta primeira fase dos 3,9 milhões de euros atribuídos ao projeto. 

A eCare é financiado a 90% pela Comissão Europeia no âmbito do programa Horizonte 2020, e coordenado por um consórcio de oito entidades públicas e privadas. Através da prevenção e da gestão integrada proporcionada pelos projetos vencedores, o objetivo é promover a independência e o bem-estar dos idosos e reduzir a carga orçamental sobre os serviços de saúde. 

Foi lançado um concurso em julho de 2021, tendo sido recebidas um total de 19 propostas, representando 58 entidades participantes de oito países europeus. 

Processo de avaliação e desenvolvimento de protótipos 

A fragilidade afeta 1 em cada 4 adultos com mais de 85 anos de idade na Europa. Embora a longevidade seja uma das maiores realizações das sociedades modernas, a qualidade de vida dos adultos mais velhos nos seus últimos anos pode ser agravada por fragilidade e doenças crónicas. 

As ideias submetidas para soluções deste problema passarão por um processo de avaliação antes do Verão e as quatro melhores passarão à segunda fase de desenvolvimento de protótipos.

 

António Lacerda Sales, Maria da Luz Rosinha, Ana Sofia Antunes e João Soares representaram o partido
Uma resposta global e diferente para a diabetes é o pedido da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) que...

“Congratulamo-nos pela a visita do Partido Socialista à nossa sede, que teve como principal objetivo aumentar a compreensão relativamente ao que mais pode ser feito em relação à diabetes”, afirma José Manuel Boavida, presidente da associação.

Em 2019, antes do início da pandemia, Portugal era o segundo país da União Europeia com maior taxa de prevalência de diabetes entre adultos, sendo ultrapassado apenas pela Alemanha, e com a segunda maior taxa de amputações na OCDE, segundo o relatório “Visão geral da saúde: Europa”, publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).  Desde o início da pandemia, os problemas têm-se agravado. Foram tratadas menos pessoas com diabetes nos hospitais do SNS, mas com maior complexidade e gravidade da sua doença.

Para a APDP um dos próximos passos na estratégia para lidar com doenças como a diabetes passa pela adoção de uma resposta global para a definição, implementação e acompanhamento dos cuidados em diabetes em Portugal. Para José Manuel Boavida, “muito mais pode ser feito! Só no primeiro ano de pandemia, a proporção de pessoas com diabetes com registo de acompanhamento adequado diminuiu 56%”, reforçando que “a estratégia deve passar a ser da responsabilidade do Ministério da Saúde para que possa haver uma posição mais interventiva”.

A APDP apresentou aos representantes do PS várias propostas concretas, nomeadamente a de a associação assumir um papel de coordenação e liderança de uma nova visão clínica e social na prevenção e no controlo da diabetes.

Para o fazer, a associação tem como objetivo passar a ter um papel mais ativo. “A APDP começou para possibilitar a sobrevivência, tornou-se numa associação de doentes, mas hoje é muito mais do que isso. Somos líderes em cuidados de saúde para pessoas com diabetes, temos introduzido em Portugal várias inovações, destacando-nos na Organização Mundial de Saúde (OMS) pelas boas práticas que implementamos e queremos fazer mais e melhor pelo nosso país”, reforça João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

Outro dos passos que a associação considera relevantes é a participação no Projeto “Healthier Together” - Iniciativa Europeia para as Doenças Não Transmissíveis, que foi anunciado pela Comissão Europeia. A propósito disto, a APDP, a Sociedade Portuguesa de Diabetologia e a IDF Europa solicitaram à Ministra da Saúde, enquanto representantes no Grupo da Comissão Europeia para a Promoção da Saúde, Prevenção da Doença e Controlo das Doenças Não Transmissíveis, uma reunião para debater ideias e necessidades da comunidade da diabetes na promoção da prevenção, gestão e cuidados daa diabetes.

Cem startups candidatam-se a criar soluções na área das Demências
Cerca de 100 startups nacionais e internacionais responderam ao desafio de criar projetos piloto para soluções com impacto real...

Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia é o nome da nova iniciativa que junta várias entidades do setor da saúde Portugal e startups de várias partes do Mundo, para desenvolver soluções digitais e serviços capazes de trazer mais qualidade de vida às pessoas com demência e Doença de Alzheimer.

Durante o período de candidaturas, que terminou em dezembro, cerca de 100 startups apresentaram os seus projetos. Agora, as candidaturas serão avaliadas e serão selecionados alguns dos projetos que farão uma apresentação mais detalhada perante uma equipa de avaliadores.

Durante os próximos meses, a Roche, a Luz Saúde, o Hospital Lusíadas, a CUF, o Hospital de São João, o Campus Neurológico Sénior, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, bem como a Microsoft, a EIT Health, a BIAL, a AWS, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Champalimaud e a Alzheimer Portugal trabalharão em conjunto com as startups selecionadas.

Até setembro de 2022, as startups estarão focadas em trabalhar em soluções adaptadas a três desafios-chave previamente estabelecidas pelos parceiros:

  1. Educação e prevenção da doença, nomeadamente soluções que combatam o estigma em torno da Demência e que ajudem a preparar a sociedade para prevenir, detetar e lidar com a doença;
  2. Diagnóstico precoce e melhorado, com foco em tecnologias que permitam diagnosticar mais cedo, mas também melhor: de forma menos invasiva, mais rápida e eficaz, mas também mais compreensiva, avaliando o doente para um cuidado personalizado e humano;
  3. Gestão da doença e apoio a doentes e cuidadores, com foco em ferramentas que apoiem doentes e familiares a viver com e a gerir a doença e ajudem equipas a proporcionar um cuidado integrado em torno do doente.

Em setembro, cada solução desenhada na fase de ‘bootcamp’ será depois testada no contexto real e apresentada ao ecossistema de Saúde.

Após o primeiro ano de ação, o Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia tem uma ambição a cinco anos em que pretende evoluir e juntar novas entidades do sector da saúde.

Tendo em conta que a proporção de idosos na população está a aumentar em quase todos os países, o número de pessoas que sofrem de Demência deverá aumentar para 78 milhões em 2030 e 139 milhões em 2050, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Neste campo, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de Demência e pode ser um desafio para diagnosticar numa fase precoce. Dados do Relatório da Alzheimer Europe mostram que existem cerca de 46 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo. Já em Portugal, existiam cerca de 194 mil casos de demência, com predominância para a Doença de Alzheimer, em 2018 – número que deverá duplicar nos próximos anos.

A capacidade global para tratar a demência é limitada, por isso surge a necessidade de cooperação entre todos os intervenientes no ecossistema, desde prestadores de saúde, a associações, a parceiros de conhecimento e tecnologia.

De acordo com André Vasconcelos, Diretor-Geral da Roche Farmacêutica em Portugal, o Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia é um exemplo de como o trabalho de colaboração é essencial na área da saúde.

“Só através de parcerias alargadas conseguiremos responder melhor às necessidades dos doentes, tanto agora como no futuro. Nas demências é essencial continuarmos a trabalhar em conjunto para identificar as áreas onde as soluções são mais necessárias. E a colaboração entre empresas de saúde e de tecnologia é crucial para impulsionar o futuro dos cuidados de saúde, num momento em que sabemos que o digital nos pode ajudar a compreender mais sobre as doenças, sobre as suas causas e a ajudar as pessoas a viver mais e melhor”.

Segundo André Gonçalves, Gestor do Programa e Consultor Sénior na na Beta-i, “em conjunto com a Roche, estamos a atrair as melhores startups do sector da saúde e a criar um contexto que permitirá a stakeholders no mundo da Demência e na doença de Alzheimer co-desenvolver soluções num ambiente único de inovação aberta. Através da nossa metodologia colaborativa, conseguiremos assim criar uma comunidade que venha fazer face a desafios concretos, que promova melhorias na vida das pessoas com Demência, assim como na vida de quem as rodeia, e esclareça dúvidas, quer ajudando na vida quotidiana da comunidade: do diagnóstico precoce ao restante percurso do doente.”

Doença genética
Trata-se de uma síndrome genética que afeta, habitualmente, a pele e o sistema neurológico, mas que

De transmissão autossómica recessiva, a Neurofibromatose tem origem em mutações genéticas que, em metade dos casos, é transmitida de pais para filhos. Nos restantes casos, resulta de uma mutação genética espontânea.

Como existem diferentes mutações, com expressão nos genes que dão origem a este distúrbio, as suas manifestações clínicas também podem variar quer em apresentação, quer em gravidade.

Por este motivo, estão identificados vários tipos de Neurofibromatose com características clínicas específicas:

Neurofibromatose tipo 1

Neurofibromatose tipo 1 (NF1) é uma das doenças neurocutâneas mais frequentes e resulta da perda de expressão do gene NF1 (c17q11.2) responsável pela síntese de neurofibromina, uma proteína que intervém nos mecanismos reguladores da proliferação celular. Esta perda de expressão resulta no aumento da proliferação celular, favorecendo o desenvolvimento de neoplasias (a maioria dos tumores são benignos).

Embora a manifestações clínicas sejam variáveis, a presença de neurofibromas (tumores que se desenvolvem a partir de bainhas nervosas e consistem em misturas de células de Schwann, fibroblastos, células neuronais e mastócitos) está presente na grande maioria dos casos.

Estes tumores podem desenvolver-se na pele ou sob a mesma (fibromas plexiformes) e podem existir às centenas ao longo do corpo.

Os neurofibromas que se desenvolvem nos nervos podem afetar qualquer nervo do corpo. Habitualmente, estes crescem nas raízes dos nervos espinhais (as partes do nervo espinhal que emergem da medula espinhal através da coluna) causando poucos ou nenhum problema. No entanto, no caso de estes comprimirem a medula espinhal, podem causar paralisia ou distúrbios da sensação em diferentes partes do corpo, dependendo de que parte da medula espinhal é comprimida. Se os neurofibromas comprimirem os nervos periféricos, estes podem não funcionar normalmente e pode haver dor, formigamento, dormência ou fraqueza. Os tumores que afetam os nervos na cabeça podem causar cegueira, tontura, falta de coordenação ou fraqueza.

As manchas “café-com-leite” são outra característica da Neurofibromatose tipo 1.  Essas manchas chatas normalmente existem desde o nascimento ou aparecem durante a infância.

Neurofibromatose tipo 2

A Neurofibromatose tipo 2 (NF2) acomete 1 em cada 20 mil pessoas e geralmente é diagnosticada a partir da segunda década da vida, embora possa apresentar sintomas desde a infância.

O desenvolvimento de neuromas acústicos em um ou ambos os nervos auditivos é uma das principais características deste tipo de neurofibromatose. Estes tumores ao comprimirem os nervos podem causar perda auditiva, zumbido nos ouvidos, desequilíbrio, tontura e, às vezes, dor de cabeça ou fraqueza em algumas partes do rosto. Os sintomas podem aparecer durante a infância ou no início da idade adulta.

As pessoas podem ter também outros tipos de tumores, incluindo gliomas e meningiomas.

Schwannomatose

A Schwannomatose (SCH) é um tipo de neufibromatose geralmente diagnosticada a partir da terceira década da vida que atinge cerca de uma em cada 40 mil pessoas em todo o mundo.

Na schwannomatose, os tumores benignos (chamados de schwannomas) podem aparecer em quase todos os nervos do corpo, exceto nos nervos auditivos. Algumas pessoas podem ter vários schwannomas, outras têm apenas alguns.

O primeiro sintoma da schwannomatose é a dor. Esta pode surgir em qualquer parte do corpo e tornar-se crónica e intensa. Algumas pessoas apresentam dormência, formigueiro ou fraqueza nos dedos das mãos e dos pés.

Dependendo da localização dos tumores, podem surgir outro tipo de sintomas.

Nenhum tratamento consegue deter a progressão da neurofibromatose ou curá-la

Embora não exista nenhum tratamento específico para curar esta síndrome, alguns dos sintomas podem tratados.  Os neurofibromas que causam sintomas graves, por exemplo, podem ser removidos cirurgicamente ou com laser quando se tratam de tumores menores.

Caso estes tumores sejam malignos, pode ser necessário recorrer à quimioterapia.

Fontes:
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/s%C3%ADndromes-neurocut%C3%A2neas-em-crian%C3%A7as/neurofibromatose
https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/neurofibromatose/71/
http://www.spp.pt/Userfiles/File/App/Artigos/33/20121029184152_Actualizacao_Couto_C_43.pdf

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo de Fase II
A Moderna anunciou, esta quarta-feira, que deu início a estudo da Fase II que testa uma nova versão da vacina - mRNA-1273.529 -...

O ensaio, que está a ser conduzido nos EUA, deverá inscrever cerca de 600 adultos divididos em duas coortes. A primeira coorte incluirá pessoas que completaram a série primária de duas doses de Spikevax no mínimo seis meses antes, enquanto a segunda irá inscrever aqueles que receberam a injeção de reforço Spikevax também. Os participantes em ambos os grupos receberão uma dose única de reforço de mRNA-1273.529. A Moderna adiantou que também está a considerar incluir o mRNA-1273.529 no seu programa multivalente de reforço.

O anúncio surge na sequência da confirmação por parte da Pfizer e da BioNTech de que também já deram início a um estudo para avaliar o seu candidato à vacina Covid-19 baseado na variante Ómicron, com resultados preliminares previstos para o primeiro semestre.

Entretanto, a Moderna anunciou também que os dados de seis meses de neutralização dos anticorpos para o reforço Spikevax foram publicados no NEJM. A empresa divulgou resultados preliminares no mês passado que mostram que um curso de duas doses de Spikevax gerou anticorpos "baixos" neutralizantes contra a Ómicron, mas quando um aumento de 50μg da mesma vacina foi dado, os níveis de anticorpos subiram 37 vezes.

Os últimos resultados foram obtidos a partir de um grupo de participantes que receberam uma dose de reforço de Spikevax, mRNA-1273.211 ou mRNA-1273.213 – sendo os dois últimos candidatos multivalentes que a Moderna está a trabalhar. Os resultados mostraram que seis meses após o reforço Spikevax, os anticorpos neutralizantes diminuíram 6,3 vezes com a variante Omicron, mas ainda assim "permaneceram detetáveis" em todos os participantes. Isto compara-se com um declínio de 2,3 vezes em relação à estirpe original do vírus durante o mesmo período de tempo.

Entretanto, uma dose de reforço de 100μg de Spikevax, mRNA-1273.211 ou mRNA-1273.213 resultou numa atividade de anticorpo neutralizante semelhante, com os três reforços a obterem resultados 2,5 a 2,6 vezes mais altos do que os alcançados após a dose de 50μg de Spikevax.

 

 

Alterações na memória, distúrbios do sono, dificuldade em manter a concentração
Após ser infetado pelo coronavírus, o corpo humano inicia um processo inflamatório intenso que afeta todo o funcionamento do...

"O processo inflamatório provocado pelo vírus altera a viscosidade e as microvilosidades do líquor, principalmente na região do sistema límbico. Isso pode gerar diversas consequências, dentre elas, a encefalopatia, que modifica o funcionamento e as estruturas do cérebro”, alerta o neurocientista Fabiano de Abreu. 

No início da pandemia, não se sabia quais eram as consequências da COVID-19 no funcionamento neurológico. Atualmente, os cientistas estudam cada vez mais as sequelas do vírus no funcionamento cerebral: “recentemente recebi no meu departamento um extenso relatório de médicos e psicólogos que constataram um aumento do número de pacientes que reclamam de alterações pós infeção, ou seja, sequelas do coronavírus. São casos de transtorno de ansiedade, falta de memória, fadiga, depressão, entre outros", constata Fabiano de Abreu, que é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito e Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International.

Quem corre mais risco de ter sequelas da doença?

O Neurocientista explica que o fator genético exerce influência direta sobre como o corpo irá se comportar em contato com o vírus: "a genética determina as probabilidades, mas nós não a temos prescrita em um papel. Portanto, devemos tomar todo cuidado possível, já que os tecidos nervosos afetados pelo processo inflamatório do coronavírus são justamente aqueles que regulam os nossos neurotransmissores e consequentemente afetam nosso estado psicológico e as funções cerebrais”, afirma o neurocientista.

As sequelas da COVID-19 são provocadas pela ativação imunológica, que repercute em uma neuroinflamação e danos aos vasos sanguíneos cerebrais. As possíveis consequências são alterações na memória, distúrbios do sono, dificuldade em manter a concentração e perda de paladar e olfato.

O PhD em neurociência Fabiano de Abreu afirma que são necessários mais estudos sobre melhoria terapêutica: “não se trata de simplesmente contar os sintomas ou avaliar a personalidade para buscar os tratamentos de acordo com os distúrbios ou doenças. Deve-se analisar o paciente como um todo, incluindo o seu histórico e também comorbidades. Além das terapias tradicionais, é fundamental o processo de neuroplasticidade”, afirma o Professor Doutor Fabiano de Abreu. 

Além da COVID-19 e suas variantes, o especialista em neurociência alerta que outros vírus podem agravar o processo inflamatório: "com a chegada do carnaval, haverão aglomerações - o que é muito preocupante, já que o coronavírus em conjunto com outras patologias, como a gripe, torna-se ainda mais perigoso. É necessário cuidado: não podemos jogar a moeda da sorte e permitir que a doença ganhe ainda mais força", pontua o neurocientista Fabiano de Abreu.

 

 

Conferência no Hospital CUF Descobertas
Decorreu, ontem, no Hospital CUF Descobertas a conferência “Inteligência Artificial e Modelação Anatómica 3D na Prática Clínica...

De acordo com Carla Gomes, recentes descobertas na área da inteligência artificial estão a mudar o paradigma dos cuidados de saúde no mundo e deu alguns exemplos: “a inteligência artificial está a permitir um novo nível de recursos de processamento de imagens médicas que permitirão abordagens radicalmente diferentes, como cirurgias robóticas remotas ou, ainda, a criação automática de modelos 3D detalhados e anatomicamente precisos a partir de tomografias computadorizadas. Esses modelos podem, a título de exemplo, ser usados para preparar e planear uma cirurgia ou, ainda, para diagnóstico”. 

Para a investigadora, que tem vindo a desenvolver projetos de âmbito clínico em colaboração com a Mayo Clinic, nos Estados Unidos da América, a gama de possibilidades de aplicação da inteligência artificial na área da saúde é vasta e promissora. “Estão, igualmente, a ser fornecidos novos níveis de capacidade diagnóstica que irão impactar em todas as áreas da medicina".

A inteligência artificial terá, de acordo com Carla Gomes, um grande impacto na prevenção e monitorização da doença. “Permitirá um novo nível de medicina personalizada e preventiva, com recurso a vários dispositivos médicos que permitirão monitorizar de forma contínua, por exemplo, a pressão arterial ou recomendar ações preventivas de forma a orientar quem usa esses dispositivos.”  

A investigadora, conhecida pelo seu trabalho pioneiro no desenvolvimento de métodos computacionais para fazer face aos desafios da sustentabilidade, tem vindo a dedicar a sua investigação à Inteligência Artificial e mais recentemente aplicada à saúde.    

 

 

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