Minimizar as dificuldades e obstáculos que o Cuidador Informal enfrenta diariamente

Estudantes de medicina integram projeto de cooperação na área do apoio ao Cuidador Informal

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Câmara Municipal de Coimbra estabelecem protocolo de cooperação na área dos Cuidados Continuados e Paliativos e Solidariedade Social

Promover programas e projetos de âmbito educacional na área dos Cuidados Continuados e Paliativos e Solidariedade Social é o objetivo de um protocolo de cooperação assinado hoje pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e o Município de Coimbra.

Esta é uma parceria que irá envolver o Núcleo Universitário de Voluntariado dos Estudantes de Medicina (NUVEM), levando-os a apoiar o pelouro da Ação Social da Câmara Municipal de Coimbra na implementação e promoção de programas e projetos de âmbito educacional na área dos Cuidados Continuados e Paliativos e Solidariedade Social.

Através desta parceria de cooperação serão implementadas ações com vista a contribuir para minimizar as dificuldades e obstáculos que o Cuidador Informal enfrenta diariamente, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida. O projeto pretende ainda implementar ações de capacitação e formação para o desenvolvimento de competências de cuidar, no âmbito de um plano de intervenção específico.

Com uma forte componente pedagógica este é um projeto que para Marília Dourado, coordenadora do Centro de Estudos e Desenvolvimento dos Cuidados Continuados e Paliativos (CEDCCP), irá permitir que os jovens estudantes de medicina, durante a sua formação, tomem contacto com aquela que é a realidade de pessoas que, pela sua condição social, familiar, de saúde ou pela idade, apresentam diferentes necessidades de apoio: “Promover este tipo de relação não só irá ajudar os futuros médicos a conhecer a realidade de quem precisa de apoio como ajudá-los a conhecer melhor a Pessoa Humana, a perceber o seu papel na sociedade e a desenvolver a empatia, e a aptidão para cuidar, promovendo também a inserção daquelas pessoas na sociedade, tornarem-se socialmente mais responsáveis. Tal como disse um dia William Osle, considerado um dos ícones da medicina moderna: o bom médico trata a doença, mas O grande médico trata a pessoa doente”, acrescenta.

Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra considera que as relações médico-doente e a solidariedade são dois importantes aspetos no que toca à formação de médicos: “ao colocar os estudantes em contacto direto com a realidade vivida pelas pessoas com as mais variadas limitações estaremos a contribuir decisivamente para o desenvolvimento de competências sociais, comportamentais, relacionais e de empatia que são fundamentais para o desempenho daqueles que serão os futuros médicos”.

Este é um projeto que irá incidir em dois tipos de apoio: por um lado procura apoiar e ajuda o Cuidador Informal que presta assistência a alguém que, pela sua idade ou como resultado de uma condição crónica, tem um grau de incapacidade variável, que o impede de realizar todas as ações necessárias a uma existência humanamente digna, por outro lado irá contribuir para apoiar socialmente as pessoas que se encontram numa situação de solidão.

Fonte: 
Multicom
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Universidade de Coimbra