Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 51 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 63 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 19 em 63. Segue-se a região Norte com 17 óbitos registados, a região Centro com 16, o Algarve e a Madeira com quatro óbitos cada, enquanto os Açores registaram mais três mortes, desde ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 50.888 novos casos. A região Norte voltou a registar a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 19.872 seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 14.243 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 10.625 casos na região Centro, 1.887 no Alentejo e 1.738 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 981 infeções, e os Açores com 1.542.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 2.437 doentes internados, menos 32 que ontem. As Unidades de cuidados intensivos também têm agora menos cinco doentes internados, desde o último balanço: 155.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 44.610 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 2.078.357 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 586.150 casos, menos 11.729 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 8.578 contactos, estando agora 633.177 pessoas em vigilância.

Estudo
De acordo com um estudo belga da Universidade de Ghent, 60% dos doentes que morreram devido à Covid-19 tinham uma grave...

Segunda uma investigação belga, as hipóteses de recuperar de uma infeção por COVID-19, ou de desenvolver apenas sintomas ligeiros, são significativamente superiores se tiver níveis adequados de selénio e zinco no sangue. Num novo estudo, em que foram recolhidas amostras de sangue a 138 doentes internados com Covid-19, nos dois hospitais belgas UZ Gent e AZ Jan Palfijn, a diferença entre a quantidade micronutrientes no organismo e na sobrevida foi impressionante.

Níveis baixos de micronutrientes agravam o prognóstico

O professor Gijs Du Laing, especialista em micronutrição, e a sua equipa, queriam verificar se os níveis de micronutrientes presentes no sangue afetariam o resultado de uma infeção por COVID-19. Estudos anteriores demonstraram que as pessoas com deficiências nutricionais foram afetadas de forma mais grave do que aquelas com níveis adequados dos diferentes nutrientes no sangue. Desta forma, os cientistas belgas decidiram conduzir o seu próprio estudo para verificar se encontravam resultados semelhante.

Quase 70% tinha carência de nutrientes

No cenário belga, Du Laing e seus colegas descobriram que dos doentes que sucumbiram à infeção, sete em cada dez tinham uma grave deficiência em selénio e zinco, dois micronutrientes que desempenham um papel fundamental na defesa do sistema imunitário. Por outro lado, os doentes que apresentavam níveis suficientes destes dois micronutrientes, ou apenas uma deficiência marginal, tiveram melhores hipóteses de sobreviver e recuperaram mais rapidamente da infeção.

Maior impacto do que as doenças crónicas

O que surpreendeu os investigadores foi o facto de a deficiência nestes micronutrientes ser um fator de risco com mais impacto do que a diabetes, cancro, obesidade ou doença cardiovascular, que normalmente estão associados a um pior prognóstico da Covid-19.

Aparentemente, os níveis de micronutrientes são algo que merece uma análise mais minuciosa. Um estudo alemão que foi publicado anteriormente associou baixos níveis de selénio e zinco a uma pior recuperação da Covid-19, e investigações chinesas demonstraram que nas regiões com níveis mais elevados de selénio no solo, ocorreram substancialmente menos mortes relacionadas com a Covid-19.

A suplementação faz a diferença

É fundamental que uma alimentação saudável e equilibrada inclua nutrientes essenciais como o selénio, o zinco e outros que protegem e reforçam o sistema imunitário. No entanto, para muitas pessoas é um desafio obter quantidades adequadas dos diferentes nutrientes na alimentação. A suplementação pode ser uma alternativa útil neste caso. Estudos têm demonstrado que a suplementação de micronutrientes contribui, de facto, para a melhoria da saúde. Um bom exemplo é o estudo inovador KiSel-10, em que idosos na Suécia receberam suplementos com levedura de selénio de qualidade farmacêutica e coenzima Q10. Os participantes suplementados neste estudo viram uma redução de 54% na mortalidade cardiovascular e uma melhoria significativa na qualidade de vida.

Fontes:

Du Laing, G .; Petrovic, M .; Lachat, C .; De Boevre, M .; Klingenberg, G.J .; Sun, Q .; De Saeger, S .; De Clercq, J .; Ide, L .; Vandekerckhove, L .; Schomburg, L. Curso e Sobrevivência de Pacientes COVID-19 com

Comorbidades em Relação ao Status do Elemento de Traço na Admissão Hospitalar. Nutrients 2021, 13, 3304. https://doi.org/10.3390/nu13103304

Investigação na área do exercício físico e cancro
Os doentes com cancro têm um elevado risco de malnutrição, o que tem um impacto muito negativo nos resultados dos tratamentos,...

A importância da suplementação nutricional, incluindo a vitamina D, na função do músculo, e a importância do exercício físico ao longo da jornada do doente oncológico são alguns dos temas que vão estar em destaque na 2.ª edição do Symposium ONCOFIT “From Sports Lab to Cancer Clinic” que vai decorrer nos dias 18 e 19 de março, no Centro de Reabilitação do Norte - Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. 

Elsa Madureira, uma das moderadoras do simpósio, explica que “tanto por efeito do cancro como dos tratamentos, dão-se alterações na composição corporal, nomeadamente uma diminuição (depleção) da massa muscular, bem como alterações na capacidade do doente de se alimentar ou aproveitar os nutrientes”.  

A especialista alerta que uma alimentação inadequada pode conduzir à malnutrição, aumentando os níveis de toxicidade no organismo, o que tem consequências no plano de tratamento e nos seus resultados práticos. “Daí ser necessária uma intervenção nutricional individualizada e, em algumas situações, ser recomendada a suplementação de alguns nutrientes. É o caso das proteínas, dos ácidos gordos ómega 3 e da vitamina D que ajudam a melhorar a saúde muscular nos doentes que perderam massa muscular”, acrescenta. 

De acordo com nutricionista, a depleção muscular é a característica mais marcante da malnutrição oncológica, a qual está relacionada com a ação das citocinas pro-inflamatórias e outros mediadores tumorais que atuam em vários órgãos, além de alguns fármacos utilizados no tratamento oncológico (quimioterapia e imunoterapia). Por isso, “uma ingestão alimentar inadequada tanto em energia como em proteínas e insuficiente em alguns micronutrientes (ou o comprometimento da absorção intestinal) assim como a inatividade física, também contribuem para esta depleção da massa muscular”, refere Elsa Madureira. 

Na sua opinião, é possível promover o anabolismo muscular nestes doentes através de uma intervenção multimodal. “É necessária a associação de uma alimentação adequada à prática de exercício físico orientado. Esta intervenção deve ser o mais precoce possível, se possível ainda antes do início dos tratamentos, mas durante os mesmos é igualmente importante e eficaz”, salienta. Mas acrescenta que “a intervenção nutricional deve ser sempre individualizada e adequada à situação clínica, sociofamiliar da pessoa e aos gostos/preferências/tolerâncias do doente”. 

As recomendações nutricionais passam pela adequação do aporte energético e proteico. “Quanto à qualidade das proteínas, as de fonte animal são as que melhores resultados promovem a nível da síntese muscular”. Sugere ainda uma distribuição da ingestão proteica ao longo do dia, repartida em porções relativamente semelhantes pelas várias refeições diárias. Afirma que “os ácidos gordos polinsaturados n-3 (alguns óleos vegetais e de peixes), graças à sua ação anti-inflamatória, parecem ter um efeito positivo no controlo do processo de caquexia (síndrome multifatorial que leva a perda de massa muscular associada à resposta inflamatória e falta de apetite) e no aumento do apetite, pelo que é recomendada a sua ingestão”. 

O conceituado fisiologista do exercício Lee Jones é um dos oradores 

Nesta 2.ª edição do Symposium ONCOFIT “From Sports Lab to Cancer Clinic” – um encontro de partilha de conhecimento sobre o exercício físico enquanto tratamento de suporte em Oncologia, baseado na evidência científica – são esperados especialistas das mais diversas áreas, como do Exercício, Nutrição, Psicologia, Oncologia, Cardiologia, Reabilitação e ainda enfermeiros e fisioterapeutas. 

O Symposium é organizado pela Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO), através do programa ONCOMOVE, que inclui profissionais de diversas áreas para dar resposta à necessidade de cuidados de suporte mais completos e abrangentes, baseados na evidência, na área da Oncologia. 

Um dos oradores convidados é o professor Lee Jones, investigador do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, e um dos mais conceituados fisiologistas do exercício do mundo. Confirmada está também a presença do professor Nicolas Hart, da Flinders University, (Austrália) e membro da Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC), que inclui representantes de 70 países. 

 As inscrições estão abertas AQUI e o prazo para submissão de resumos termina no próximo dia 14 de fevereiro. Os trabalhos aceites serão publicados na revista Motricidade. 

Consulte AQUI programa científico preliminar. 

 

Dia Mundial do Doente assinala-se no dia 11 de fevereiro
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) acaba de lançar o podcast “À Conversa com o seu Fígado”, que reúne uma...

“Com a criação destes podcasts sobre vários temas relacionados com o fígado, pretendemos facilitar o acesso aos conteúdos mais importantes para as pessoas que tenham dificuldades na sua leitura ou que, simplesmente, têm preferência por ouvir a informação”, afirma José Presa, presidente da APEF.

E acrescenta: “A APEF pretende contribuir para a literacia em saúde da população. Pessoas mais informadas sobre os fatores de risco para as doenças do fígado, formas de as prevenir, de as diagnosticar e de tratar, formam uma sociedade mais saudável.”

As doenças hepáticas são as que resultam da lesão do fígado, podendo afetar a sua função tão essencial à nossa sobrevivência. As mais comuns são o fígado gordo, as hepatites, a cirrose hepática e o cancro do fígado. Na maior parte dos casos tratam-se de situações resultantes de hábitos de vida pouco saudáveis - como alimentação inadequada, sedentarismo, consumo de álcool e drogas, entre outros - pelo que podem e devem ser prevenidas.

Acompanhe o podcast da APEF no Spotify aqui: https://open.spotify.com/show/6X07pXsey24xWvuZpSAzP3?si=7fef8077ab1e4834

 

 

Potenciar a prestação de cuidados de saúde de qualidade
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca acaba de criar o Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia (OFTACRI)...

“A experiência desenvolvida pelo Serviço de Oftalmologia do HFF, tem permitido a diferenciação da sua atividade clínica, conseguindo estar na vanguarda de diversas áreas de especialização, nomeadamente a retinopatia da prematuridade, a cirurgia do segmento anterior, o glaucoma, entre outros”, enaltece Alexandra Ferreira, vogal executiva do Conselho de Administração do HFF. E acrescenta: “Até 2024 prevemos um acréscimo significativo de atividade, com um aumento de 6,4% nas consultas totais e 23,3% nas primeiras consultas o que irá permitir uma melhoria da acessibilidade dos doentes com necessidade de cuidados de saúde de oftalmologia em particular cuidados mais diferenciados”.

Dirigido pela assistente graduada sénior de oftalmologia Isabel Prieto, o OFTACRI é composto por uma equipa multidisciplinar de 53 profissionais do HFF, de diferentes grupos profissionais, especialidades e competências.

“A visão do OFTACRI é tentar assumir-se como uma referência nacional da área oftalmológica, promovendo a inovação e o ensino, numa ótica de melhoria contínua da atividade assistencial, assente na humanização e na proximidade com o doente”, explica Isabel Prieto.

Os serviços prestados pelo OFTACRI, passam pelas consultas de oftalmologia geral e das subespecialidades de contactologia; córnea e cirurgia implanto-refractiva; estrabismo e oftalmologia pediátrica e neonatologia; inflamação ocular; glaucoma; retina médica e cirúrgica; retinopatia diabética; serviço de urgência em funcionamento das 8h às 20h, nos dias úteis; meios complementares de diagnóstico e de terapêutica; atividade cirúrgica em regime ambulatório e convencional.

A criação do OFTACRI dará continuidade também às atividades desenvolvidas atualmente pelo Serviço de Oftalmologia do HFF, tais como o tratamento da retinopatia da prematuridade ou técnicas inovadoras na reconstrução do segmento anterior.

O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca abrange uma comunidade de 550 mil habitantes dos Concelhos de Amadora e de Sintra, onde se tem verificado um aumento da procura de cuidados urgentes ao nível da oftalmologia, tanto nas crianças como nos adultos, devido a doenças como os erros refrativos, a catarata, o glaucoma e as doenças como a degenerescência macular relacionada com a idade. Com o OFTACRI pretende-se responder às necessidades de saúde visual da população de abrangência do HFF.

Fibromialgia – quando o profissional é a terapêutica
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai realizar um novo webinar sobre Fibromialgia nesta...

Saber+2.0: Webinar Fibromialgia – quando o profissional é a terapêutica irá decorrer através da plataforma online Cisco Webex.

Esta sessão tem como objetivos descrever o impacto global da Fibromialgia e as dificuldades inerentes ao diagnóstico; conhecer os principais tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos; refletir sobre a importância da colaboração multiprofissional e da comunicação e entrevista motivacional com a pessoa e conhecer de que forma as intervenções cognitivo-comportamentais podem ajudar a minorar os sintomas e a promover a felicidade.

José Pereira da Silva, Diretor do Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e Professor Catedrático de Reumatologia na Universidade de Coimbra (UC), será palestrante neste evento online, moderado e comentado pela Enfermeira Ana Teixeira Pinto, Diretora de Operações da MyFibromyalgia - GracefulNature Lda.

Este Webinar é aberto a todos os enfermeiros e irá atribuir 0,35 Créditos de Desenvolvimento Profissional, sendo a inscrição gratuita, mas obrigatória no Balcão Único AQUI.

 

Dia Mundial do Cancro
A União Internacional para o Controlo do Cancro (UICC) escolheu para 2022 o tema “Por cuidados mais justos” para assinalar o...

De acordo com dados também da OEC, na Europa, 1 em cada 5 doentes ainda não está a receber o tratamento de quimioterapia ou a intervenção cirúrgica de que necessita. A acrescentar a este facto, durante a pandemia, 100 milhões de testes de rastreio foram cancelados na Europa, o que levou a um atraso nos diagnósticos de cancro devido à Covid-19.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) foi realizado um estudo em 61 países, que envolveu 20 mil doentes e permitiu concluir que o tipo de confinamento teve impactos diferentes nos doentes oncológicos: “um em cada sete doentes oncológicos não foram submetidos à cirurgia que estaria indicada durante o confinamento total, o que representa 15% dos doentes”.

A campanha lançada este ano pela UICC “Por cuidados mais justos” vai ainda mais longe que o contexto pandémico e reforça que todos os doentes oncológicos merecem ter acesso a cuidados de saúde, independentemente do seu rendimento, educação, etnia ou formação – fatores que podem definir de forma injusta o nível de cuidados prestados no que diz respeito ao tratamento do cancro.

Durante o ano de 2020, estima-se que 10 milhões de pessoas tenham morrido de cancro e que 70% destas mortes tenham ocorrido em países de baixo a médio rendimento.

É neste contexto que em 2022 o primeiro passo foi reconhecer o problema e procurar compreender as desigualdades que existem no tratamento do cancro em todo o mundo, no próximo ano em 2023, o caminho é juntar vozes e forças dos que querem combater este flagelo e, em 2024, desafiar quem está no poder a assumir o compromisso de encontrar soluções que tornem os acessos aos cuidados oncológicos mais equitativos em todas as partes do globo.

“Este é um compromisso no qual a Bayer se revê, na totalidade, e muitos têm sido os esforços que temos feito para que o acesso aos cuidados de saúde seja garantido de forma igual. A nível nacional começámos o ano com mais um passo importante na área da oncologia, contribuindo para o acesso dos doentes à inovação de um tratamento para o combate ao cancro da próstata, permitindo a estes doentes viver mais e melhor”, afirma Isabel Fonseca Santos, Medical Director da Bayer Portugal.

Saiba mais informação sobre esta campanha aqui: https://www.worldcancerday.org/

 

 

CHUC publica investigação sobre a resposta imune celular em profissionais com infeção prévia por SARS-CoV-2
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem vindo a conduzir um estudo sobre a resposta imune celular (i.e....

De acordo com Artur Paiva, investigador do Serviço de Patologia Clínica do CHUC, “os resultados obtidos neste estudo, que foi aceite para publicação na revista científica internacional Clinical and Experimental Medicine, revelaram que, seis meses após a infeção por SARS-CoV-2, 48 dos 50 participantes recuperados da infeção mantinham proteção contra o vírus, ou pela presença de anticorpos IgG, ou por linfócitos T específicos. No entanto, 8 dos 50 participantes (16%), não apresentavam linfócitos T específicos para SARS-CoV-2. Este dado é relevante porque está demonstrado que, em outros coronavírus, são os linfócitos T que asseguram a imunidade a longo prazo, desconhecendo-se, ainda, se esta circunstância também é válida para o SARS-CoV-2.”

Artur Paiva prossegue, referindo que “após a administração de uma dose da vacina aos indivíduos recuperados da infeção, verificou-se um aumento notável dos níveis de anticorpos IgG e IgA, e de linfócitos T específicos para SARS-CoV-2. Relativamente aos 8 indivíduos que não apresentavam linfócitos T específicos para o vírus, 7 deles desenvolveram-nos após a vacina. No entanto, estes 8 indivíduos apresentaram uma resposta imune consideravelmente mais fraca do que os restantes. Estes dados levam-nos a colocar a hipótese de ser possível detetar precocemente indivíduos com fraca resposta à vacina e que, por isso, possam beneficiar de doses de reforço.”

Refere, também, Artur Paiva que se verificou, ainda, que “a vacina consegue mobilizar e ativar uma subpopulação de linfócitos T, os linfócitos T helper foliculares (Tfh), que têm a função de promover e regular a produção de anticorpos. Alguns estudos mostram que, durante a infeção por SARS-CoV-2, há diminuição da produção de linfócitos Tfh, e que estas células não funcionam devidamente, o que compromete a produção de anticorpos e resulta numa resposta imune pouco eficaz contra o vírus. De acordo com nosso estudo, as pessoas que tinham sido infetadas há 6 meses ainda apresentavam níveis baixos de linfócitos Tfh, no entanto, uma dose de vacina revelou-se suficiente para reestabelecer os níveis destas células.”

“Confirmou-se que a resposta imune é muito mais forte em indivíduos recuperados da infeção após uma dose de vacina, do que em indivíduos naive após a toma de duas doses. Também a análise do comportamento de outras células imunes, e o acompanhamento dos indivíduos vacinados durante os próximos meses, vai permitir novas conclusões importantes sobre a proteção a longo prazo conferida pela vacina contra a COVID-19”, conclui Artur Paiva.


Linfócitos T específicos para SARS-CoV-2 num indivíduo recuperado de infeção com uma dose de vacina (à esquerda) e num indivíduo naive com duas doses de vacina (à direita). Cada ponto escuro corresponde a um linfócito T específico para SARS-CoV-2.

Workshops da BebéVida
A BebéVida, laboratório de criopreservação de células e tecidos estaminais, vai realizar entre os dias 4 e 16 de fevereiro,...

No dia 4 de fevereiro, entre as 19h00 e as 20h00, a Enfermeira Gina Pinho, especialista em saúde materna e obstetrícia, vai abordar o papel do pai na gravidez e no pós-parto, ajudando a clarificar de que forma é que os pais podem ajudar mais e melhor a mulher grávida e no período do puerpério.

A preparação do enxoval e da mala de maternidade vai ser o mote do workshop de dia 8 fevereiro, que tem início marcado para as 21h00, em que a Enfermeira Cátia Costa, especialista em saúde materna e obstetrícia, vai explicar o que não deve ser esquecido para facilitar a chegada do bebé.

Por sua vez, no dia 11 de fevereiro, entre as 19h00 e as 20h00, o tema da sessão é “Desconfortos na Gravidez”, e vai contar com o contributo da Enfermeira Deolinda Frois, especialista em saúde materna e obstetrícia, que vai partilhar especialmente com as grávidas conselhos úteis para ajudar a diminuir os desconfortos associados à gestação.

No dia 16 de fevereiro, às 18h00, será a vez da sessão dedicada a desmistificar a saúde oral da mulher no pós parto, que será conduzido por Daniela Soares, médica dentista odontopediatra. Os cuidados de saúde oral são particularmente importantes nesta fase da vida da mulher pois devido às alterações hormonais próprias da gravidez, a gengiva pode doer, sangrar facilmente e a situação agrava-se se não existirem cuidados adequados de higiene oral.

Nestas sessões online, o uso da câmara nas sessões é obrigatório, não sendo permitido gravar.

Na primeira quinzena de fevereiro, a BebéVida irá igualmente realizar várias experiências “Eco My Baby”, sessões de ecografias 3D/4D dirigidas a grávidas a partir das 17 semanas de gestação, em diferentes pontos do país, nomeadamente: São João da Madeira (dia 1), Coimbra (dia 2), Matosinhos, Aveiro e Albufeira (dia 3), Porto (dias 4 e 8), Lisboa, Vila Nova de Gaia e Guarda (dia 7), Setúbal (dia 8) e Vila Real de Santo António (dia 10).

Quer os workshops, como as sessões de ecografias são de participação gratuita, sendo apenas necessária inscrição prévia. Para saber mais sobre os próximos eventos da BebéVida consulte o website do laboratório aqui.

 

 

 

Doença aumenta risco cardiovascular
Trata-se de uma condição genética caracterizada pelo excesso de mau colesterol, responsável pela doe
 Hipercolesterolemia Familiar aumenta o risco de doença cardiovascular

Doença cardíaca isquémica, Acidente Vascular Cerebral, Doença Vascular Periférica ou Aneurisma são as principais complicações associadas à Hipercolesterolemia Familiar, também conhecida por Colesterol Hereditário. Trata- se de uma doença silenciosa que atinge adultos e crianças, sendo a história familiar determinante para o seu diagnóstico. “Quanto mais cedo for diagnosticada, melhor o prognóstico”, chama à atenção Elsa Gaspar, especialista em Medicina Interna do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, sendo o rastreio indicado a partir dos 5 anos de idade em crianças com suspeita de hipercolesterolemia familiar heterozigótica. Em Portugal estima-se que existam mais de 20 mil casos da doença.

“A Hipercolesterolemia Familiar (FH) corresponde a uma dislipidemia monogénica que causa doença cardiovascular prematura devido a uma elevação precoce e permanente dos níveis plasmáticos de colesterol LDL (c-LDL)”, começa por explicar a especialista esclarecendo que se trata de uma doença genética autossómica dominante. “Significando que cada indivíduo, com esta alteração genética, tem 50% de probabilidade de a transmitir aos seus descendentes”, adianta.

De acordo com a especialista, existem dois tipos de Hipercolesterolemia Familiar: a heterozigótica e a homozigótica, sendo esta última mais rara e potencialmente fatal.  

“A hipercolesterolemia familiar homozigótica (HFho) caracteriza-se por doença aterosclerótica grave e prematura, com valores de colesterol total superiores a 500 mg/dl”, revela Elsa Gaspar que indica que a maioria destes doentes desenvolve doença cardiovascular e estenose da artéria da aorta antes dos 20 anos “e a mortalidade acontece antes da terceira década de vida”. Estima-se que esta forma de FH atinge 1 pessoa em 1 milhão.

Quanto à Hipercolesterolemia Familiar Heterozigótica (HFhe), quando não tratada leva ao desenvolvimento de doença cardiovascular antes dos 55 anos (no sexo masculino) ou antes dos 60 anos nas mulheres.

 Apesar de se poder tratar de uma doença silenciosa a especialista chama a atenção para alguns sinais que podem alertar para esta condição, como a presença de xantomas tendinosos – “formações nodulares nos tendões que resultam de depósitos de colesterol” – ou aparecimento de arco corneano/senil antes dos 45 anos e que se caracteriza por um anel esbranquiçado no contorno da íris. “Embora não seja específico, pode estar associado à Hipercolesterolemia Familiar”, refere a especialista.

No entanto, Elsa Gaspar reforça: “o sinal de alerta mas relevante é o contexto familiar. Se houver história num familiar de primeiro grau de hipercolesterolemia e enfarte agudo do miocárdio, angina de peito, AVC, doença arterial periférica ou morte súbita, antes dos 55 anos nos homens ou antes dos 60 anos nas mulheres, deve ser realizado o rastreio do perfil lipídico”.

A falta de informação sobre o tema e a falta deste rastreio em idade precoce é responsável pelo subdiagnóstico da doença que é hoje subtratada no nosso país.

“Caso haja suspeita de HF, o doente deve ser encaminhado para um centro especializado em lipidologia, onde poderá ser efetuado o estudo e aconselhamento genético, tendo em vista uma terapêutica precoce e eficaz”, sublinha Elsa Gaspar para quem é de extrema importância ainda a promoção de hábitos de vida saudável, quer a nível alimentar, quer a nível da prática de exercício físico.

O diagnóstico é feito, pois, mediante a análise dos valores de c-LDL (≥190 mg/dl), história familiar e o teste genético que estabelece o diagnóstico definitivo.

Quanto à terapêutica, está aconselhado o uso de “estatinas, que reduzem a síntese endógena de colesterol a nível hepático, aprovadas também para as crianças; a ezetimiba, que reduz a absorção de colesterol a nível intestinal, e os anticorpos monoclonais inibidores da PCSK9, que nesta patologia demonstram grande eficácia na redução do c-LDL”.

Eficácia do tratamento: “é um alívio os valores do colesterol estarem baixos”

Com valores altos de colesterol LDL, Josezinha Dias conviveu com Colesterol Hereditário a partir do final da adolescência. A irmã e a prima partilhavam da mesma condição sem ninguém suspeitar que esta pudesse estar associada a uma doença genética.

A verdade é que, embora soubesse que os seus valores estariam fora dos parâmetros considerados normais e saudáveis, Josezinha nunca tinha ouvido falar nesta patologia e o alerta surge após o diagnóstico da prima. “O diagnóstico veio na sequência de um exame que a minha prima fez e que a diagnosticou com Hipercolesterolemia Familiar. Tendo em conta esta informação, avancei com o contacto à minha médica de família”, recorda acrescentando que “a nível de antecedentes familiares (…) além do meu avô, a minha mãe também tinha Hipercolesterolemia Familiar, embora não com os valores que eu apresentava”.

Até ter iniciado o tratamento indicado para esta condição, e apesar de sempre ter tido cuidado com a alimentação e prática de exercício físico, a verdade é que os valores elevados de LDL teimavam em subir. “Aos 42 anos tive um enfarte com valores entre os 625 e os 650mg/dl a tomar medicação”, revela explicando que “as reais mudanças surgiram com o tratamento correto, em que os valores baixaram da noite para o dia”. Aliviada, Josezinha já não vive permanentemente em alerta com a possibilidade do colesterol lhe “entupir as veias e sofrer mais um enfarte”.

De modo a sensibilizar para uma doença silenciosa que atinge mais de 20 mil portugueses, Josezinha deixa o apelo: “procurar o máximo de informação possível e falar com o médico de família. Atualmente com os tratamentos existentes conseguem-se muitas coisas”.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo Mayo Clinic
O cancro, infeções e doenças cardíacas representam os maiores riscos para as pessoas que recebem um transplante de rim, e não a...

"A medicação imunossupressora para prevenir a rejeição é muitas vezes o foco quando se trata de cuidados pós-transplante de pacientes. Mas este estudo destaca o risco crescente de mortes por cancro e infeções para doentes transplantados, especialmente em doentes mais velhos e pessoas com diabetes", diz Andrew Bentall, nefrologista da Clínica Mayo e o primeiro coautor do estudo. O estudo foi recentemente publicado na revista médica Transplantation Direct.

O estudo, o maior a examinar as razões da perda do rim transplantado, envolveu 5.752 doentes submetidos a um transplante renal através dos programas de transplante da Mayo Clinic no Arizona, Florida ou Minnesota entre 2006 e 2018. Entre os pacientes, 691 morreram com o rim em funcionamento. Os investigadores descobriram que 20% dos pacientes morreram de cancro; 19,7 por cento de infeção; e 12,6 por cento da doença cardíaca.

Outros 553 pacientes falharam o transplante devido a uma insuficiência renal. Destes doentes, 38,7 por cento dos rins dos doentes falharam devido à rejeição; 18,6 por cento devido a doenças glomerulares; e 13,9 por cento devido a lesão tubular.

Os investigadores descobriram dois tipos de recetores de transplante de rim que estão em alto risco após o transplante. O primeiro grupo inclui pacientes mais jovens, não diabéticos que desenvolvem insuficiência renal devido à rejeição do órgão. O segundo grupo inclui doentes idosos, muitas vezes diabéticos, que estão em risco de morte devido a causas não associadas à rejeição de órgãos, incluindo cancro, infeções e doenças cardíacas.

Bentall diz que este estudo deixa claro que os profissionais de saúde precisam de tratar estas duas populações de forma diferente para minimizar os riscos. Para os pacientes mais jovens, isto inclui um foco na medicação imunossupressora para prevenir a rejeição. Para os doentes idosos, muitas vezes diabéticos, é essencial tratar problemas de saúde crónicos como obesidade, hipertensão arterial e diabetes. Direcionar o foco para estas mudanças de estilo de vida é fundamental para melhorar os resultados a longo prazo para os recetores de transplantes renais.

"É importante para estes doentes idosos que os profissionais de saúde enfatizem a necessidade de mudanças contínuas de estilo de vida que tratem a obesidade, a pressão arterial alta e a diabetes. Isto inclui perda de peso, exercício físico e novas estratégias para lidar com diabetes", diz. "Fazer estas alterações pode ter um impacto potencial nos resultados da vida do paciente e dos rins mais do que terapias imunossupressoras."

Vencedores vão participar no pitch global
A Automaise e CBR Genomics foram as vencedoras nacionais da 3.ª edição do Zurich Innovation Championship, concurso de startups...

Automaise, sediada em Braga, apresentou uma solução para o tratamento e gestão dos pedidos e solicitações submetidas diariamente às seguradoras, por parte dos clientes, parceiros ou prestadores. Estes pedidos podem estar associados a várias tipologias de seguros e consistem em solicitações que requerem uma avaliação individual, que levará à decisão do segurador no sentido de aprovar ou rejeitar. Estes processos implicam diversas dimensões de análise, vários níveis de aprovação, intervenção direta de profissionais especializados e, por estes motivos, são morosos e têm custo associado elevado.  A solução da Automaise, com recurso a Inteligência Artificial (deep learning), introduz automação nestes processos de análise e decisão, tornando-os mais céleres e gerando um impacto positivo direto na qualidade do serviço prestado ao cliente.

O projeto apresentado pela CBR Genomics, startup de MedTech sediada em Cantanhede, responde a um problema que, embora pouco divulgado, é de enorme impacto: uma em cada seis pessoas tem no seu ADN uma alteração genética responsável pelo desenvolvimento de doenças e cujo conhecimento atempado traz enormes benefícios para a saúde. A missão da CBR Genomics é colocar a genómica ao serviço da medicina e, neste sentido, desenvolveu a gama de serviços DNA.files, ferramentas de apoio à decisão clínica baseadas na informação do ADN dos pacientes. A partir de uma simples amostra de saliva, a informação inscrita no ADN é “lida” e, após a sua análise, é transmitida ao médico de forma muito simples e focada na ação clínica. Esta abordagem, suportada pelo conhecimento do ADN, é transformadora na forma como a saúde das pessoas é gerida, pois possibilita a prevenção ou a mitigação de doenças através de intervenções clínicas precoces.

“Selecionámos dois projetos bastante distintos, mas com enorme potencial de escala ao nível global. As duas startups apresentaram soluções muito interessantes e inovadoras que podem não só melhorar a qualidade de vida das pessoas, como a eficiência do setor segurador. Para nós é muito gratificante poder aprender e colaborar com estes projetos que podem influenciar, e muito, o futuro das empresas e da sociedade”, refere António Bico, CEO da Zurich em Portugal.

A terceira edição do Zurich Innovation Championship foi a mais concorrida de sempre, com a submissão de 2672 candidaturas em todo o mundo. As 42 startups que enviaram candidatura para a Zurich em Portugal são oriundas da Alemanha, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, Irlanda, Itália, Japão, Portugal e Reino Unido. Destas, a Zurich Portugal selecionou sete start-ups para o pitch nacional, de onde se sagraram vencedoras as portuguesas Automaise e CBR Genomics.

“É com muito entusiasmo que assistimos à edição mais concorrida de sempre do Zurich Innovation Championship. É sinal de que, a cada edição, conseguimos criar um movimento de inovação global que nos dá a possibilidade de colaborar com talentos externos, o que acaba por influenciar a nossa cultura e estratégia de inovação” acrescenta Carlos Fonseca, COO da Zurich em Portugal.

Durante o mês de fevereiro a Zurich Portugal trabalhará com as duas startups na preparação do pitch global, fase que decorrerá em março. Na fase global serão selecionadas 12 startups para uma fase de aceleração de três meses (de abril a junho), em que cada startup trabalhará com especialistas da Zurich na elaboração de um plano operacional, com um apoio financeiro até USD 100.000. Depois da fase de aceleração, decorrerá a fase de implementação, até setembro de 2022, e em outubro será feita a apresentação pública das 12 soluções selecionadas.

 

Investigação
Uma pesquisa realizada por cientistas da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Nova Iorque propõe um novo mecanismo...

"Para revelar a relação entre o tom da pele e a sensibilidade da pele em humanos, analisámos diferentes tons de pele através de uma meta-análise com indivíduos de diferentes raças/etnias e também com ratos de laboratório sobre o calor da pele e sensibilidade mecânica", explica o investigador Kentaro Ono, do Centro de Investigação Clínica da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Nova Iorque.

O artigo aponta os impactos da pigmentação na pele humana: " a pigmentação é capaz de afetar a termoregulação e a fotoproteção dos raios ultravioleta (UV). A pele mais escura é capaz de reduzir os danos dos raios UVA no ADN. No entanto, no caso de algumas populações não-equatoriais, pode ser que a pele clara facilite o processo de síntese de vitamina D sob baixa intensidade da radiação ultravioleta", alerta o cientista Kentaro Ono.

Os cientistas argumentam no estudo que a sensibilidade da pele é afetada de diferentes maneiras pela pigmentação da pele. Através de estudos realizados com humanos e ratos de laboratório, os investigadores argumentam que há inconsistência na dor térmica entre indivíduos de diferentes etnias. Este facto deve-se à regulação hormonal do eixo HPA8 e aos polimorfismos de nucleótidos (SNPs) nos genes recetores.

O investigador Kentaro Ono comenta os resultados: "mostramos que a dopamina dos melanócitos ativa o recetor de dopamina D1 nos neurónios sensoriais primários. A ativação dopaminérgica aumenta a expressão do recetor catiónico TRPV1 sensível ao calor e reduz a expressão do canal mecanicamente sensível. Também é possível observar que o limite térmico é menor e que o limiar mecânico é maior na pele pigmentada", aponta o cientista.

 

95% dos doentes tinha pelo menos um dos quatro fatores de risco identificados
Uma equipa de investigadores que acompanhou mais de 200 doentes durante um período de três meses, depois de terem sido...

O estudo, publicado na revista Cell, encontrou quatro fatores que podem ser identificados precocemente após a infeção com o coronavírus e que podem estar correlacionados com um risco acrescido de manifestar sintomas duradouros semanas depois.

Estes quatro indicadores são diabetes tipo 2, o nível de ARN viral no sangue no início da infeção, a reativação do vírus Epstein-Barr, responsável pela mononucleose, e a presença de autoanticorpos.

Durante o estudo, os cientistas avaliaram 209 doentes, entre os 18 e os 69 anos, que testaram positivo para a Covid-19 entre 2020 e os primeiros meses de 2021, alguns dos quais foram hospitalizados. Verificou-se que 37% dos pacientes relataram três ou mais sintomas de Covid persistente durante dois a três meses durante a infeção, enquanto 24% relataram um ou dois sintomas, e 39% não reportaram nenhum.

Entre os doentes com três ou mais sintomas, 95% tinha pelo menos um dos quatro fatores de risco identificados na pesquisa, sendo os anticorpos os mais frequentes.

 

Estudo
Os adultos com deficiência têm pior prognóstico quando hospitalizados com Covid-19, quando comparados com outros doentes,...

As diferenças foram especialmente pronunciadas em pessoas com menos de 65 anos.

"A consideração das necessidades relacionadas com a deficiência tem estado em grande parte ausente da resposta Covid-19, uma vez que a elegibilidade da vacina baseia-se principalmente na idade e na comorbilidade médica, são feitos poucos estudos para doentes com deficiência que estão no hospital, e os dados sobre a deficiência muitas vezes não são recolhidos em programas de vigilância", diz Hilary Brown da Universidade de Toronto Scarborough no Canadá.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 30 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 49 mortes em território nacional. O...

A região Norte foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 24 em 49. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com 11 óbitos registados, a região Centro com oito, o Algarve com quatro e o Alentejo e Madeira com um óbito cada.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 27.916 novos casos. A região Norte voltou a registar a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 14.536 seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 7.038 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 3.362 casos na região Centro, 662 no Alentejo e 983 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 537 infeções, e os Açores com 798.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 2.469 doentes internados, mais 72 que ontem. As Unidades de cuidados intensivos mantêm o mesmo número doentes internados, desde o último balanço: 160.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 39.596 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 2.033.747 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 586.150 casos, menos 11.729 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 8.578 contactos, estando agora 633.177 pessoas em vigilância.

Mitigar eventos adversos
O Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEForMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), vai realizar...

“Os formandos podem esperar uma aprendizagem global sobre os aspetos essenciais da qualidade e segurança do doente, algo que é verdadeiramente importante para a prestação de cuidados de saúde. Esta área do conhecimento tem sido omissa a nível da formação pré e pós-graduada”, avança Maria João Lobão, uma das responsáveis por ministrar a formação.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um em cada dez doentes admitidos para tratamento em ambiente hospitalar sofrerá um evento adverso associado à prestação de cuidados de saúde.

“É muito importante que os médicos, nomeadamente de medicina interna, possam contribuir para a construção de ambientes seguros e para a prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade nos hospitais onde trabalham”, frisa ainda a responsável.

Entre outros conhecimentos e ferramentas, os formandos vão ter a oportunidade de aprender a identificar, classificar e analisar as causas dos principais eventos adversos em saúde; conhecer os mecanismos subjacentes ao erro em saúde; identificar quem são as vítimas de um evento adverso em saúde e conhecer recursos disponíveis para gestão das mesmas; definir conceitos e conhecer as ferramentas básicas na área da gestão do risco e de compreender o conceito de Cultura de Segurança (Just culture/no blame culture) dos serviços e organizações de saúde.

“Os eventos adversos são incidentes que decorrem durante a prestação de cuidados de saúde e que se traduzem em dano para o doente. No extremo, poderão até ser causa de lesão permanente ou morte. A sua ocorrência é universal, constituindo um problema de saúde pública à escala mundial. A OMS colocou a Segurança Doente como uma prioridade na agenda da saúde. Em 2019, no decurso da Assembleia Mundial da Saúde, o dia 17 de Setembro foi inclusivamente declarado como o dia Mundial da Segurança do doente.”, destaca Maria João Lobão.

O curso destina-se a médicos Internos ou Especialistas de Medicina Interna, médicos de outras especialidades médicas, médicos do Ano Comum e todos profissionais de saúde interessados na área. Terá como formadores ainda Paulo Sousa, Sofia Guerra Paiva, Carlos Palos, Andreia Duarte e Isabel Pereira Lopes. Tem duração de oito horas, em regime presencial. Mais informações em: https://www.spmi.pt/curso-de-qualidade-e-seguranca-do-doente

Trabalho de parto e a vacinação na grávida e no recém-nascido
Durante gravidez, todos os momentos são especiais, mas esta também é uma altura repleta de dúvidas. Por isso, a Mamãs e Bebés...

Geralmente, as grávidas têm sempre algum receio em relação ao trabalho de parto, nomeadamente se este irá ocorrer sem qualquer contratempo. Mas além disso, surgem também outras questões como “Como sei que entrei em trabalho de parto?”, “Como sei que está na hora de ir para a maternidade?”, “Quanto tempo demora o trabalho de parto?” e “O que posso fazer para um parto mais rápido? E menos doloroso?”. Sob o mote “Trabalho de parto: todas as dúvidas”, Queila Guedes, Enfermeira na área da maternidade, irá explicar tudo o que o trabalho de parte envolve, de modo a tranquilizar as participantes.

A enfermeira Queila Guedes irá também conduzir a segunda sessão do Workshop, “A vacinação na grávida e no recém-nascido”. A vacinação na gravidez é uma oportunidade de prevenção de doenças para a própria mulher, mas também para o recém-nascido pela passagem de anticorpos. Assim, nesta sessão, as futuras mamãs poderão saber qual a importância da vacinação e quais as suas vantagens, tanto para a mãe como para o bebé, assim como quais as vacinas que cada um deve tomar e quando. 

Por último, será ainda abordada a importância da “Criopreservação das células estaminais”. A equipa de profissionais da BebéCord explicará o que são as células estaminais, qual a diferença entre o sangue e o tecido do cordão umbilical, e quais as aplicações e potencial terapêutico das mesmas. 

A inscrição é feita através deste link.

 

Dor reduzida em 14%
Um estudo científico, pioneiro promovido pela Fundação Juegaterapia e realizado no Hospital La Paz em Madrid, confirmou...

Esta é a primeira vez que o efeito benéfico da utilização de videojogos na gestão da dor aguda foi estudado. A melhoria dos pacientes pediátricos foi já demonstrada do ponto de vista psicológico, pois a ansiedade causada pela hospitalização é reduzida, favorecendo a tranquilização mental em tais situações.

A investigação compara a influência da utilização de consolas de videojogos na dor das crianças, as doses de morfina necessárias e o nível de ativação do sistema simpático/parassimpático com dispositivos de monitorização de última geração (Analgesia-Nociception Index e Algiscan).

Com esta campanha, a Fundação Juegaterapia apela à doação de consolas agora, precisamente após o Natal, quando as antigas estão a ser substituídas pelas novas que chegaram a casa das crianças como presentes na época festiva. Além disso, com a divulgação dos resultados deste estudo científico, a Fundação pretende também chegar aos departamentos médicos hospitalares a fim de incluir os videojogos nos protocolos das terapias de saúde.

Consumo de morfina reduzido em 20% enquanto as crianças jogam consola

A dor sentida pelas crianças durante a observação foi menor devido a uma diminuição de 20% no consumo diário de morfina; este dado faz referência à dor basal (dor presente durante ≥12 horas/dia.) e ao humor, com uma diminuição de até 44% nos momentos mais intensos, a dor incidental (relacionada com um fator identificável, geralmente previsível). Todas estas medições foram realizadas através de uma Escala Analógica Visual.

Aumento de 14% no tom parassimpático, que promove a cura

A nocicepção aguda (perceção consciente da dor) está associada a alterações na regulação do equilíbrio simpático-parassimpático. Quando confrontado com uma ameaça física, o nosso corpo ativa o sistema simpático para nos ajudar a fugir desta agressão mas, ao mesmo tempo, atua negativamente, aumentando a pressão arterial e o ritmo cardíaco, entre outras consequências. A forma de contrariar esta situação é ativando o sistema parassimpático, que promove a recuperação fisiológica.

Dor reduzida em 14%

Neste estudo, às crianças com cancro que sofriam de mucosite, uma das consequências pós-quimioterapia mais dolorosas que as impede até de engolir saliva, foram oferecidas consolas para que jogassem videojogos enquanto eram monitorizadas com dois dispositivos: o Analgesia-Nociception Index Monitor (ANIR), que mede o ritmo cardíaco, e o sistema de pupilometria de vídeo AlgiscanR. Concluiu-se que não houve alteração no tamanho da pupila, apesar da administração de uma dose menor de morfina, indicando assim um aumento de 14% no tom parassimpático e 14% no alívio da dor.

Francisco Reinoso-Barbero, chefe da Unidade da Dor do Hospital Infantil de La Paz em Madrid e coautor do estudo, salienta que "as implicações clínicas destas descobertas seriam importantes, porque os videojogos poderiam ser incluídos como parte do plano terapêutico não farmacológico para a mucosite oncológica pediátrica".

Nas palavras de Mario Alonso Puig, médico e Patrono Honorário da Fundação Juegaterapia, "o sistema nervoso simpático em crianças com cancro é ativado quando confrontado com uma situação tão dura como a de ser internada no hospital. O sistema nervoso simpático mobiliza o corpo para que possamos fugir de uma ameaça, de um perigo. Contudo, a criança doente não pode fugir porque está de alguma forma 'ancorada' à sua quimioterapia. O sistema nervoso simpático, quando mantido ativo de forma sustentada, tem consequências muito negativas sobre o corpo. A mesma área do sistema nervoso que nos protege contra certos tipos de ameaças, o sistema nervoso simpático, está neste caso a trabalhar contra nós. A ativação sustentada do sistema nervoso simpático sobrecarrega o coração, promove a tensão arterial elevada e dificulta também o funcionamento do sistema imunitário, o que é essencial para enfrentar a doença.

Alonso Puig acrescenta também que: "quando uma criança está imersa num jogo de que gosta, isto paralisa a geração de pensamentos perturbadores que produzem ansiedade, geram dor e ativam o sistema nervoso simpático, dada a interação estreita entre a mente e o corpo. Através da imersão total na brincadeira, a criança doente ativa o seu sistema nervoso parassimpático. Esta outra área do sistema nervoso vegetativo tem duas funções: por um lado, favorece a interação social e, por outro, ajuda a manter a homeostase ou o equilíbrio interno do organismo, reduzindo também danos nos diferentes órgãos do corpo". Além disso, "observamos nestas crianças uma maior tranquilidade, uma redução da tensão emocional que mostra que se sentem seguras". No final, tudo pode ser resumido com o nosso lema: "a quimioterapia a brincar passa a voar", salienta o Dr. Alonso Puig.

A investigação foi publicada no Journal of Medical Internet Research sob o título "The Association Between Pain Relief Using Video Games and an Increase in Vagal Tone in Children With Cancer: Analytic Observational Estudo With a Quasi-Experimental Pre/Posttest Methodology".

Opinião
O raquitismo hipofosfatémico ou XLH (do inglês X-linked hypophosphatemia) é uma doença hereditária q

O nosso organismo recebe o fósforo através das fontes alimentares (alimentos lácteos, carne, peixe, etc.) e os níveis do mesmo dependem, entre outros fatores, da absorção intestinal e da excreção renal. O fósforo desempenha muitas e importantes funções no corpo humano, sendo fundamental para a saúde dos ossos, dentes e músculos.

Esta doença tem uma incidência de 3,9 por 100.000 nascimentos e é a causa mais comum de hipofosfatémia hereditária, correspondendo a cerca de 80% dos casos. Tem uma forma de transmissão dominante ligada ao X, o que significa que se um doente homem tiver XLH todas as suas filhas mulheres irão também tê-la e nenhum dos seus homens a terá, enquanto que se uma mulher tiver a doença tem 50% de probabilidade de a transmitir a todos os seus filhos (homens e mulheres). No entanto, cerca de 20 a 30% dos casos tratam-se de mutações de novo, ou seja, que surgiram pela primeira vez no doente sem que os seus pais estejam afetados.

A doença é devida a uma mutação no gene PHEX, que provoca o aumento de uma hormona, o FGF-23. Esta hormona tem vários efeitos no organismo, entre os quais:

  • bloqueia os transportadores renais de fósforo, impedindo a reabsorção do mesmo, pelo que há perda renal de fósforo e, consequentemente, hipofosfatémia;
  • impede a produção renal de calcitriol, o qual é a forma ativa da vitamina D e que é responsável pela absorção intestinal de fósforo; assim, estes baixos níveis de calcitriol vão também contribuir para a hipofosfatémia.

Estes baixos níveis de fósforo vão, deste modo, causar alterações sobretudo a nível dos ossos, músculos e dentes.

A doença habitualmente manifesta-se quando a criança começa a andar, dado que os ossos se encontram pouco mineralizados e, portanto, são mais "moles", e ao suportarem o peso do tronco quando a criança se coloca de pé vão acabar por se deformar, habitualmente com encurvamento.

As manifestações clínicas da XLH podem variar ao longo da vida. Assim, na criança as manifestações mais típicas são: atraso no crescimento, crescimento desproporcionado (o tronco tem maior comprimento que os membros inferiores), craniossinostose (deformidade do crânio), atraso no desenvolvimento motor, alterações na marcha e deformidade óssea a nível dos membros inferiores, sendo o mais habitual o varismo (o joelho fica virado para fora), mas podendo também surgir valgismo (joelho virado para dentro) ou outras alterações.

Na idade adulta podem surgir: fraturas e pseudofraturas; alterações reumatológicas, como artrite e calcificações extra-ósseas; e perda auditiva. Existem ainda manifestações que são comuns a ambos os grupos etários, como a baixa estatura, as cáries e abcessos dentários, a dor nos ossos e articulações, as alterações na marcha, pelo que esta doença tem assim um elevado impacto psicossocial e acarreta uma diminuição na qualidade de vida. Há ainda a destacar que a magnitude das manifestações clínicas varia muito de doente para doente, inclusive na mesma família.

Dado o mecanismo fisiopatológico da XLH, é fácil inferir quais as suas alterações laboratoriais: aumento do fósforo urinário/diminuição da taxa de reabsorção do fósforo, diminuição do fósforo sérico e aumento da fosfatase alcalina (um dos marcadores da saúde óssea). Dado que esta doença é causada por um aumento da FGF23, esta hormona poderá também estar aumentada no sangue. O cálcio sérico tem habitualmente níveis normais. A hormona paratiroideia ou PTH (hormona produzida pelas glândulas paratiroideias, localizadas junto à tiroide, cuja principal função é a regulação do cálcio no organismo) está habitualmente normal ou elevada. A nível radiológico pode ser possível observar alargamento das metáfises (zona onde se encontra a cartilagem que assegura o crescimento ósseo) com deformidade em taça, irregularidade da placa de crescimento, deformidade dos membros inferiores, etc.

O diagnóstico da XLH baseia-se na colheita da história clínica, importando perceber se existe história familiar, os sintomas do doente, a idade de aquisição da marcha, que medicamentos tomou, etc.; no exame físico, no qual se avalia o crescimento, a deformidade dos MI e a presença ou não de alterações dentárias e de deformidade craniana; na avaliação laboratorial, sendo necessário realizar análises ao sangue e à urina, com as quais se procura perceber se existem as alterações já descritas e excluir outras causas para as alterações encontradas; na realização de radiografias; e eventualmente, no pedido de um teste genético, sobretudo se não existir história familiar da doença. O diagnóstico da doença é habitualmente feito na infância, mas existem doentes, com manifestações mais ligeiras, que são apenas diagnosticados na idade adulta.

Num doente com história familiar positiva compatível o diagnóstico é (ou deveria ser) realizado mais precocemente, dado que os filhos de doentes com XLH deverão ser logo sinalizados para avaliação médica. No caso de um doente com uma mutação de novo o diagnóstico é habitualmente mais demorado, dado não haver história familiar e agravado pelo facto de, numa fase inicial da vida, o varismo (a deformidade dos membros inferiores mais frequente na XLH) poderá ser uma alteração fisiológica, presente nas crianças saudáveis e acabando por corrigir ao longo do crescimento (ao contrário do que acontece na XLH, na qual a mesma se vai agravando), pelo que inicialmente não desencadeia suspeita clínica. De realçar que quanto mais precoce for o diagnóstico da doença e mais cedo for iniciado o tratamento, melhor irá ser o prognóstico, nomeadamente no que diz respeito aos efeitos ao nível do crescimento.

O acompanhamento destes doentes requer uma intervenção multidisciplinar, que envolve diversos profissionais de saúde e várias especialidades médicas: nefrologista ou endocrinologista, ortopedista, estomatologista ou dentista, fisiatra, neurocirurgião, otorrinolaringologista, reumatologista, genetista, enfermeiro, psicólogo, etc.

Como mensagem final, gostaria de relembrar a extrema importância de um diagnóstico e início de tratamento atempados, dado que a precocidade dos mesmos vai ter um impacto muito significativo no prognóstico desta doença. Assim, todos os doentes com XLH deverão ser educados no sentido de que os seus filhos deverão ser avaliados nos primeiros meses de vida por médico especialista, já que, e tal como já referido, todas as filhas mulheres de um homem com XLH irão ter a doença e, no caso de uma mulher com XLH, existe uma probabilidade de 50% dos seus filhos homens ou mulheres herdarem a doença; por outro lado, na suspeita clínica de XLH (criança que começa a cruzar percentis de crescimento, com deformidade dos membros e alterações da marcha) o doente deverá realizar uma avaliação metabólica por forma a excluir esta ou outras formas de raquitismo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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