2021 EU Health Award on Cancer Prevention
O Instituto Piaget é uma das instituições finalistas do Prémio de Saúde da União Europeia 2021 para a Prevenção do Cancro (2021...

A instituição de ensino portuguesa concorre a este prestigiado prémio, instituído pela Comissão Europeia, com o projeto “Dar Palco à Saúde” que visa a prevenção do cancro capacitando crianças e jovens a adoptar estilos de vida saudáveis através de uma alimentação saudável, atividade física regular, prevenção/redução do consumo de álcool e evitar o tabagismo. 

 Os vencedores nas várias categorias serão conhecidos na reunião anual da Plataforma de Política de Saúde da União Europeia, a realizar no próximo dia 4 de maio, em Bruxelas, e anunciados pela comissária europeia responsável pela Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides.

O projeto apresentado pelo Instituto Piaget representa uma nova fase de outro projeto já em curso, denominado “Prevenção de Cancro em Almada”, no qual foram aplicados centenas de inquéritos nas escolas de 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. Estes inquéritos tinham por objetivo avaliar as perceções sobre o cancro (o que a comunidade de alunos acha que sabe sobre cancro), conhecimentos sobre cancro (o que, de facto, sabem), comportamentos de risco relativamente ao cancro e o contexto socioeconómico familiar.

Esta caracterização – da qual resultaram também duas teses de mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde – permitiu conhecer aquela população específica e as suas fragilidades, desenhando-se com base nisso diferentes propostas de intervenção na comunidade. Uma das propostas é o recurso ao Teatro Fórum, com o projeto “Dar Palco à Saúde”, que será agora implementado numa fase já pós-pandemia.

O júri do concurso reconheceu os pressupostos apresentados pelo Instituto Piaget de que o pensamento crítico e a literacia em saúde são cruciais para uma boa qualidade de vida e sobrevivência da sociedade moderna. O objetivo do Instituto Piaget é, recorrendo à metodologia de transformação social Teatro Fórum, aumentar a literacia em saúde e o pensamento crítico numa comunidade escolar alargada no concelho de Almada, caracterizada como tendo uma alta percentagem de alunos “problemáticos” e ambientes familiares de baixo estatuto socioeconómico. 

“O projeto propõe-se usar o Teatro Fórum, uma ferramenta criativa, para desenvolver as competências cognitivas, sociais e emocionais dos alunos, aumentando a sua literacia em saúde, de forma a promover uma mudança sustentada na sua vida”, explica Luís Moreira, investigador responsável do projeto e coordenador executivo das áreas de investigação do Instituto Piaget.

Uma das características do Teatro Fórum é a oportunidade dada aos alunos, transformados em atores, de treinarem como criar uma nova narrativa de vida. Na apresentação da peça, a audiência é chamada a participar na resolução da “opressão” (a falta de literacia em saúde que cria indivíduos sem poder sobre a sua própria saúde/vida), permitindo a metodologia mudar não só os atores, mas também a audiência.

Apelo da Cord Blood Association para apoiar colaboradores
Como resultado da campanha de angariação de fundos que decorreu até ao final de março, o banco de tecidos e células estaminais...

Na sequência do apelo feito pela Cord Blood Association (CBA) para ajudar os colaboradores de dois bancos de tecidos e células estaminais sediados em Kiev, na Ucrânia, o laboratório de criopreservação português BebéVida doou 10€ por cada adesão ao seu serviço de criopreservação até ao final do mês de março, num total de 990€. 

“Ficamos muito satisfeitos por poder ajudar os nossos colegas a enfrentar esta tragédia que se abateu sobre as suas vidas. Esperamos que este donativo simbólico faça a diferença nas famílias destas pessoas que decidiram permanecer na Ucrânia numa altura tão difícil”, afirma Luís Melo, administrador da BebéVida. 

Como consequência da invasão da Rússia à Ucrânia, várias famílias tiveram que fugir do país, mas outras permaneceram para garantir a segurança e estabilidade dos serviços ucranianos, nomeadamente os serviços de saúde. Os dois bancos de células estaminais membros da CBA que solicitaram apoio, continuam a fazer todos os possíveis para entregar e processar o biomaterial, bem como manter o devido armazenamento criopreservado.  

O pedido de ajuda foi publicado no website do CBA, onde se podem ler variadas mensagens e relatos de representantes de bancos de criopreservação na Ucrânia. “O grupo Hemafund emprega mais de 150 especialistas altamente qualificados, a maioria mulheres com famílias e filhos”, disse Yaroslav Issakov, porta-voz do banco, referindo que “a guerra destruiu as suas vidas e roubou a paz dos seus filhos”. Yaroslav mencionou que “a nossa segurança foi reforçada e o pessoal que podemos proteger está alojado nos locais o mais seguros possível”.  

Esta é mais uma iniciativa solidária em que a BebéVida se envolve, paralela ao compromisso do laboratório assente em devolver à sociedade parte do que dela recebe, em que todos os anos distribui 5% dos resultados líquidos por instituições particulares de solidariedade social. 

 

Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP) lança campanha nacional
– No mês em que se assinala o Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, celebrado a 5 de maio, a Associação Portuguesa de...

A vertente educativa, composta por várias sessões de formação, pretende elucidar a comunidade de HP - doentes, familiares e cuidadores – sobre a patologia e promover o acesso a informação relevante para melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com esta doença rara, incapacitante e de difícil diagnóstico. As sessões vão decorrer no auditório do Hospital Garcia de Orta, no dia 14 de maio, contando com a presença de especialistas desta área (programa em anexo).

Por sua vez, a vertente desportiva, insere-se na campanha internacional #GetBreathlessForPH, dinamizada por todas as Associações de doentes na Europa. Em Portugal, esta iniciativa convidará toda a população a sentir-se como um doente de HP se sente num dia normal: sem fôlego! Através da promoção de atividade física, o evento que pretende aproximar os cidadãos comuns da realidade destes doentes, vai decorrer em Leiria, no dia 28 de maio, e as inscrições serão gratuitas (agenda em anexo).

Maria João Canas Saraiva, presidente da APHP, refere que “o tempo médio de diagnóstico de HP após os primeiros sintomas, é de 2 anos. É nosso dever enquanto Associação que luta por melhorar a qualidade de vida destes doentes, combater essa realidade e alertar para a importância de diagnosticar precocemente a patologia. Isso passa pela promoção de campanhas de sensibilização como a que vamos implementar este ano.”

Em Portugal, existem cera de 300 pessoas diagnosticadas com HP, sendo que os especialistas acreditam que este número seja superior ao registado. O subdiagnóstico leva a que muitos doentes levem anos a ser identificados e a iniciar o tratamento atempadamente. Apesar de ser uma doença incurável, o diagnóstico precoce pode garantir o controlo da doença e permitir o alívio dos sintomas através de tratamentos eficazes.

 

 

Mantimentos, kits de higiene e medicamentos
A Farmamundi e a Fundação IVI assinaram um acordo de colaboração para prestar assistência humanitária e acudir às necessidades...

O acordo foi assinado por Nicolás Garrido, Diretor de Inovação da Fundação IVI, e pelo presidente da Farmamundi, Ricard Troiano. A intervenção humanitária, que será realizada na região de Poltava, o ponto de refúgio da população que tem fugido das regiões de Sumy, Kharkiv, Kherson, Luhansk, Donetsk, Zaporizhia e Dnipropetrovsk, e que vai ter a duração de oito meses, será constituída por duas fases. Na primeira fase vão ser fornecidos suplementos nutricionais, bens de primeira necessidade e kits de higiene para 1000 pessoas deslocadas internamente ou refugiados chegam a Poltava, a maioria mulheres, menores, idosos e/ou com algum tipo de deficiência. E numa segunda fase, serão enviados mantimentos e equipamento médico de emergência. 

Para envolver a população neste projeto, foi criado um Comité de Emergência na Fundação IVI e o website Ivirma e Farmamundi com Ucrânia, onde são recolhidas informações atualizadas sobre a intervenção e onde foi disponibilizado um canal de doação para todas as pessoas que quiserem apoiar a intervenção humanitária da Farmamundi no terreno.  

"A colaboração de entidades como a Fundação IVI é fundamental e ajuda-nos a continuar com o nosso trabalho na Ucrânia, onde já estamos a servir mais de 4500 pessoas com uma logística extremamente difícil neste momento", explicou Joan Peris, diretora da Farmamundi.  

"A colaboração com uma organização como a Farmamundi, com tanta experiência em saúde nos países em desenvolvimento, está alinhada com a nossa estratégia de sustentabilidade de gerar alianças que gerem um impacto real na população local. Desde o primeiro minuto que toda a nossa equipa humana se dirigiu à emergência humanitária e este projeto cristaliza o compromisso de cada uma das pessoas que compõem a Fundação IVI", acrescenta o Dr. Nicolás Garrido. 

Esta iniciativa insere-se nas ações de Responsabilidade Social Corporativa que a Fundação IVI implementa desde 2008, alinhadas com o compromisso de garantir o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3, Saúde e Bem-Estar, das Nações Unidas. 

Semana Europeia da Imunização assinala-se de 24 a 30 de abril
De acordo com um novo estudo observacional, realizado pela GSK, pessoas com 50 ou mais anos que tiveram Covid-19 têm um risco...

O estudo, retrospetivo, observou adultos com 50 ou mais anos, utilizando informação de duas grandes bases de dados dos EUA, e fez a comparação entre pessoas que tiveram e que não tiveram COVID-19, tendo em consideração vários fatores de risco para o Herpes Zoster (Zona). As principais conclusões revelam que: indivíduos que contraíram COVID-19 tinham mais 15% de probabilidade de desenvolver Herpes Zoster (Zona) em comparação com os doentes de controlo, que nunca foram diagnosticados com COVID-19; o risco de desenvolver Herpes Zoster (Zona) foi considerado elevado durante os seis meses após o diagnóstico de COVID-19; os doentes que requereram hospitalização devido à COVID-19 tinham 21% mais de probabilidade de vir a ter Herpes Zoster (Zona). Pessoas vacinadas contra o Herpes Zoster ou a COVID-19 foram excluídas destas coortes.

“Esta é a primeira evidência epidemiológica que liga a infeção anterior por COVID-19 ao aumento do risco de Herpes Zoster em adultos mais velhos, que já correm maior risco devido ao declínio da imunidade relacionado com a idade. É importante que os profissionais de saúde estejam informados deste risco potencial aumentado para que os doentes possam ser diagnosticados e tratados precocemente caso desenvolvam Herpes Zoster após a infeção por COVID-19. Estes resultados também destacam a importância das medidas preventivas, como a vacinação, para proteger a saúde e o bem-estar de idosos que correm risco de vir a desenvolver doenças preveníveis pela vacinação, como é o caso do Herpes Zoster”, explica Temi Folaranmi, médico, Vice-presidente e Vaccines Theapeutic Head, do departamento médico da GSK nos EUA.

Herpes Zoster, também conhecida como Zona, é causada por uma reativação do vírus varicela zoster (VZV) – o mesmo vírus que causa a varicela –, que fica “adormecido” no corpo após a infecção primária inicial. Quase todos os adultos com mais de 50 anos têm este vírus latente no seu organismo. O declínio natural do sistema imunitário relacionado com a idade pode permitir que o VZV seja reativado, causando Herpes Zoster. Pessoas com um sistema imunitário suprimido ou comprometido têm também maior probabilidade de desenvolver um caso de herpes zoster.

Os autores do estudo, bem como outras publicações de relatórios de casos, sugerem que a Covid-19 pode desencadear um caso de Herpes Zoster ao causar uma disrupção das células do sistema imunitário, permitindo que o VZV seja assim reativado. No entanto, é necessária mais investigação para confirmar essa hipótese.

O Herpes Zoster apresenta-se, geralmente, como uma erupção cutânea dolorosa num dos lados do corpo ou do rosto. A maioria das pessoas que desenvolve a doença sente dor aguda, muitas vezes descrita como sensação de queimadura, o que pode causar perturbações significativas nas atividades diárias, podendo durar várias semanas.

 

Estudo
Cerca de 60% das pessoas infetadas com o vírus da Covid-19 continuam a apresentar pelo menos um sintoma da doença um ano após a...

O estudo, realizado por quatro investigadores do Instituto de Saúde do Luxemburgo, baseia-se no acompanhamento de 289 pessoas que contraíram Covid-19, com uma idade média de 40,2 anos, divididas em três grupos de acordo com a gravidade da infeção inicial: covid-19 assintomático, leve e moderado ou grave.

Os participantes foram convidados a completar um questionário detalhado, um ano após terem adoecido, sobre 64 sintomas comuns relacionados com a Covid persistente, para além de outros dois questionários sobre a qualidade do sono e o efeito dos sintomas respiratórios na qualidade de vida.

Os investigadores descobriram que os sintomas da Covid-19 que não desaparecem após 15 semanas são suscetíveis de durar pelo menos um ano. Entre 25% e 40% das pessoas com esta doença desenvolvem sintomas persistentes que podem afetar múltiplos órgãos ou mesmo levar a problemas de saúde mental.

Segundo mostram os dados recolhido, 59,5% dos participantes tiveram pelo menos um sintoma de Covid-19 persistente um ano após a infeção inicial, principalmente fadiga, falta de ar e irritabilidade.

Um terço (34,3%) sentiu fadiga um ano depois; 12,9% disse que os sintomas respiratórios estavam a afetar a sua qualidade de vida e mais de metade (54,2%) tinha problemas de sono.

Os participantes com Covid-19 moderado ou grave tinham duas vezes mais probabilidades de continuar com pelo menos um sintoma 12 meses mais tarde do que aqueles que tinham sido assintomáticos. Tendo tido Covid-19 moderado ou grave também foi associado a mais problemas de sono um ano mais tarde do que ser assintomático (63,8% vs. 38,6%, respetivamente).

Os participantes com uma forma leve da doença aguda eram mais propensos do que aqueles que tinham sido assintomáticos a ter pelo menos um sintoma por ano e a ter problemas para dormir, mas em menor grau do que aqueles com doença aguda moderada ou grave", disse Aurelie Fischer.

Um em cada sete participantes (14,2%) disse não imaginar como lidar com os sintomas a longo prazo.

A análise também mostra que alguns grupos de sintomas tendem a ocorrer juntos, sugerindo que existem vários tipos diferentes de Covid persistente.

"O nosso estudo apresenta uma descrição detalhada dos sintomas que persistem um ano após a infeção Covid-19, com base na gravidade inicial da doença. Mostra que a Covid prolongada ainda pode ter um enorme impacto na qualidade de vida, mesmo um ano após infeção aguda. Em geral, quanto mais grave a doença aguda, mais provável é que alguém tenha sintomas contínuos; no entanto, aqueles com uma infeção assintomática ou leve inicial também podem experimentar uma deterioração na sua qualidade de vida", diz Fischer.

 

Investigação prossegue
De acordo com os dados apresentados no Congresso da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas (ECCMID),...

Embora, "por enquanto, todas as hipóteses permaneçam abertas", como apontou Aikaterini Mougkou, investigador do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), na reunião, este subtipo de adenovírus é postulado como uma das causas possíveis.

A verdade é que em 74 dos casos, foi detetada uma infeção por adenovírus e em 18 deles o subtipo F41 foi identificado. De acordo com Raúl Rivas, professor de Microbiologia na Universidade de Salamanca, os adenovírus são agentes patogénicos muito comuns em humanos e podem causar diferentes tipos de infeções no trato respiratório, olhos, intestino, fígado, trato urinário ou adenoides.

No congresso, Meera Chand, diretora de infeções clínicas e emergentes da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido, salientou que no país também houve um aumento significativo na circulação de adenovírus nas últimas semanas. O aumento contrasta com a transmissão baixa previamente detetada, durante os meses de pico da pandemia.

Neste sentido, embora o envolvimento de outros fatores tóxicos ou ambientais não esteja excluído, está a ser investigada a relação entre a hepatite e uma maior suscetibilidade à exposição ao adenovírus. As autoridades também estão a trabalhar para identificar uma possível circulação novas variantes do adenovírus ou de outros agentes patogénicos de interesse, bem como se a infeção anterior por SARS-CoV-2 ou outros vírus podem favorecer uma maior vulnerabilidade.

Em 19 dos pacientes, o adenovírus e a coinfecção SARS-CoV-2 foram detetados. As autoridades sanitárias descartam completamente qualquer relação com a vacina contra a Covid-19, uma vez que a grande maioria das pessoas afetadas não tinha sido vacinada.

 

Semana Europeia da Vacinação 2022
Assinala-se, esta semana, a Semana Europeia da Vacinação.

A vacinação deve ser uma prioridade em todas as etapas da vida e é particularmente impactante na prevenção de doenças graves e potencialmente fatais como a pneumonia.

A pneumonia é responsável por 16 mortes diárias no nosso país – um óbito a cada 90 minutos, o tempo de um jogo de futebol. A maioria destes óbitos pode ser evitada através de vacinação.

A vacinação antipneumocócica está em PNV para todas as crianças nascidas a partir de 2015 e para alguns grupos de risco, e está recomendada a todos os adultos acima dos 65 anos e para os adultos que sofram de doenças crónicas ou que, por alguma razão, tenham um sistema imunitário mais fragilizado – se, por um lado, a pneumonia pode afetar tudo e todos, sabemos que pode ser mais complicada entre estes segmentos da população. Desde novembro de 2021 está recomendada para todas as pessoas cima dos 65 anos, beneficiando de um nível de comparticipação de 69%.

Para além dos grupos já identificados, também é o caso de quem teve COVID-19 grave. Dados recentes mostram que 30% a 50% dos adultos com diagnóstico de COVID-19 grave podem desenvolver anomalias pulmonares persistentes após a doença aguda, ficando, por isso, mais suscetíveis a infeções como a pneumonia.

Na Semana Europeia da Vacinação sublinhamos que qualquer ato de prevenção é preferível à cura e que por isso a vacinação deve ser uma prioridade de todos, independentemente da idade ou da fase da vida em que se encontrem.

Consideradas um dos maiores avanços na medicina, as vacinas são seguras. No caso da pneumonia, a sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias. Pertença ou não a um dos grupos de risco, a informação é, também, uma forma de prevenção. Fale com o seu médico e avalie a necessidade de se vacinar.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Distinção
Manuela Silva, médica do Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), é a vencedora do FLAD...

Sendo um dos prémios mais importantes na área da saúde mental no nosso país, vai permitir contratar e formar as pessoas que durante nove meses vão acompanhar quem integra este ensaio clínico.

O projeto vencedor – Effectiveness of the Critical Time Intervention-Task Shifting (CTI-TS) model for persons with serious mental illness discharged from inpatient psychiatric treatment facilities in Portugal – consistirá num ensaio clínico randomizado, monitorizado, que pretende avaliar a efetividade e possibilidade de implementação em Portugal de uma intervenção dirigida às pessoas com doença mental grave no período pós-internamento.

De acordo investigadora, este projeto “pretende avaliar os resultados de uma intervenção que se destina a melhorar a continuidade e a qualidade dos cuidados a pessoas com doença mental grave, que, infelizmente, muitas vezes têm uma grande descontinuidade nos cuidados que deveriam receber”.

Para este ensaio vão ser selecionados cerca de 150 doentes saídos de internamentos no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), Centro Hospitalar Lisboa Ocidental e Hospital Beatriz Ângelo.

De acordo com o CHULN, o objetivo agora é contratar quatro pessoas para cada um dos três serviços, formando dois pares por serviço. Cada um destes pares receberá formação para prestar cuidados a pessoas com problemas de saúde mental grave, sendo que uma das principais inovações deste ensaio é o facto de uma das pessoas destes grupos ser alguém que passou por uma experiência de doença mental grave, mas já recuperada ou estabilizada.

 

 

 

Estudo
A inteligência artificial reduziu em duas vezes a taxa de pólipos pré-cancerígenos não identificados nos exames de rastreio do...

A maioria dos pólipos intestinais são inofensivos, mas ao longo do tempo alguns podem evoluir para cancro, podendo ser fatais se descobertos nos estágios finais. O cancro colorretal é o segundo cancro mais mortal, tendo sido identificados 1,9 milhão de casos e registados 916.000 óbitos em 2020, em todo o mundo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde. A colonoscopia é um exame usado para detetar alterações ou anormalidades no intestino grosso (cólon) e no reto.

Entre fevereiro de 2020 e maio de 2021, 230 participantes deste estudo foram submetidos a duas colonoscopias comparativas no mesmo dia em oito hospitais e clínicas comunitárias nos EUA, no Reino Unido e na Itália. Enquanto uns foram avaliados através de uma colonoscopia com recurso a inteligência artificial, outros realizaram a colonoscopia padrão.

A taxa de falha na identificação de pólipos colorretais pré-cancerígenos foi estimada em 25%. Neste estudo, a taxa de falha na identificação foi de 15,5% no grupo submetido à colonoscopia com inteligência artificial. A taxa de falha na identificação foi de 32,4% no grupo que fez a colonoscopia padrão. A colonoscopia com inteligência artificial detetou que mais pólipos eram menores e mais planos, além de estarem na porção proximal e distal do cólon.

“O cancro colorretal é quase completamente prevenível com a triagem adequada”, disse o autor principal Michael B. Wallace, presidente da divisão de gastroenterologista e hepatologia na Sheikh Shakhbout Medical City em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. “O uso de inteligência artificial para detetar os pólipos intestinais e possivelmente salvar vidas é uma notícia bem-vinda e promissora para os doentes e suas famílias,” referiu Fred C. Andersen, professor de medicina na Mayo Clinic em Jacksonville, Flórida.

Além disso, as taxas de falso negativos foram de 6,8% no grupo que foi submetido à colonoscopia com inteligência artificial. E de 29,6% no grupo que fez a colonoscopia padrão. O resultado falso negativo indica que a pessoa não tem uma doença específica, quando de facto tem.

 

O primeiro na Península Ibérica
O Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira recebeu o selo de qualidade que o certifica como centro...

Esta referenciação de excelência é atribuída aos centros que reúnem características como: condições logísticas otimizadas, alto volume de cirurgias, elevado grau de complexidade das cirurgias, produção científica e formação de cirurgiões de outros hospitais.

Com tecnologia e equipamentos de topo, cerca de 140 endoscopias realizadas no tratamento de patologia lombar e cervical desde julho de 2020, vários trabalhos publicados em congressos e revistas internacionais e a prestar formação e apoio cirúrgico a vários ortopedistas e neurocirurgiões de todo o país, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira torna-se assim no primeiro centro de excelência em cirurgia endoscópica da coluna de toda a Península Ibérica.

A cirurgia endoscópica da coluna é uma técnica inovadora que tem como objetivo a descompressão das estruturas neurológicas, medula e raízes nervosas, através de uma abordagem minimamente invasiva, muito menos agressiva para o doente e por isso também mais segura, com internamentos mais curtos (regra geral de 1 dia), menos complicações associadas, praticamente sem risco de infeção e capaz de proporcionar uma recuperação mais rápida e com menos dor.

Também através desta abordagem endoscópica, minimamente invasiva, o Serviço de Ortopedia do CHUCB, sob direção de António Figueiredo, intervencionou pela primeira vez, no dia 20 de abril, uma hérnia cervical. Esta cirurgia permite tratar patologia cervical evitando fusões de disco, que nas indicações corretas, traz vários benefícios para a recuperação do doente. Foi realizada pelo ortopedista do CHUCB, Alfredo Carvalho, com o apoio do diretor clínico da RIWOSpine, Ali Guven.

 

 

Tumores raros
Os linfomas cutâneos de células T (LCCT) são uma forma rara, grave e potencialmente mortal de linfom

Epidemiologia

Os LCCT representam cerca 4% de todos os casos de linfoma não Hodgkin e até 80% de todos os linfomas cutâneos primários. Afetam cerca de 240 pessoas por cada milhão na Europa.

A Micose Fungóide (MF) e a Síndrome de Sézary (SS) representam aproximadamente 60% e 5% dos LCCT.

A Micose Fungóide (MF) normalmente não causa dor e caracteriza-se por afetar de forma variável a pele, com um subgrupo de doentes a apresentar ou desenvolver doença extracutânea. A Síndrome de Sézary (SS) é mais agressiva, caracterizada por afetar o sangue com células T neoplásicas.

Perfil do doente

A incidência aumenta com a idade, atingindo o seu ponto máximo por volta dos 80 anos, com picos precoces entre os 50 e os 60 anos, e tardios entre os 70 e os 80 anos.

É aproximadamente duas vezes mais comum entre os homens do que nas mulheres.

Entre os principais fatores de risco estão a exposição ao fumo de tabaco, exposição laboral a determinados hidrocarbonetos, obesidade e antecedentes de eczema nos 10 anos anteriores ao diagnóstico.

Diagnóstico tardio

O diagnóstico de LCCT nas fases iniciais é difícil pela presença de múltiplas manifestações clínicas.

A mediana do tempo desde o aparecimento dos sintomas até ao diagnóstico em séries retrospetivas e de três a quatro anos, mas pode ultrapassar a quatro décadas.

Tratamento da doença

Na Micose Fungóide (MF) ou na Síndrome de Sézary (SS) a maioria dos tratamentos disponíveis raramente consegue remissões a longo prazo.

Informações recentes sobre a patogénese dos LCCT identificaram novos objetivos terapêuticos potenciais, como as terapêuticas com anticorpos monoclonais. Tudo isso pode conduzir a um prometedor alargamento das opções de tratamento no LCCT no futuro.

Impacto na qualidade de vida

Os linfomas cutâneos podem ter um impacto na qualidade de vida relacionada com a saúde e no bem-estar psicológico dos doentes.

As alterações na pele e a comichão provocam:

  • Perturbações do sono
  • Fadiga
  • Depressão

Sobrevida

A sobrevivência desta doença em estadios avançados ronda os 4,7 anos. Quando há uma elevada carga tumoral no sangue é de 4,68 anos, em comparação com 29,28 anos quando não há.

 

Fontes:

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Kim YH, et al. Lancet Oncol. 2018;19(9):1192–1204.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
APEF realiza Congresso Português de Hepatologia em Fátima
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) vai realizar o Congresso Português de Hepatologia, entre os dias 28 e 30...

“Esta reunião presencial será, sem dúvida, uma grande aposta da APEF. Vão ser três dias intensos de discussão sobre temas dedicados à Hepatologia nacional, que permitirão não só a partilha de conhecimentos e de experiências, como também o contacto direto entre todos os participantes, profissionais de saúde”, realça José Presa, presidente da APEF.

E acrescenta: “Para esta edição apostámos num programa científico muito completo e equilibrado, por forma a que seja possível a revisão de temas marcantes. Acreditamos que será uma oportunidade única de aprendizagem para adaptarmos algumas das recomendações internacionais à nossa realidade nacional”.

O Congresso Português de Hepatologia assinala também a 25.ª Reunião Anual da APEF e contará com a participação de especialistas de renome, nacionais e internacionais, que apresentarão comunicações orais, partilhando experiências e debatendo vários assuntos da área da Hepatologia.

Para mais informações e inscrições consulte: https://apef.com.pt/congresso-portugues-de-hepatologia-2022/

 

“Ações Preventivas para redução do impacto sísmico nos hospitais”
O Hospital CUF Descobertas promove, no próximo dia 27 de abril, mais uma conferência no âmbito da iniciativa “Cultura no...

O papel das estruturas hospitalares na resposta à comunidade perante a ocorrência de catástrofes, sejam elas consequências de acidentes naturais como terramotos ou outros, é o mote para a conferência “Ações Preventivas para a Redução do Impacto Sísmico nos Hospitais”

Isabel Pais, Carlos Sousa Oliveira e Mónica Amaral Ferreira, do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, são os oradores desta conferência que irá abordar o nível de organização das estruturas hospitalares perante a eventualidade de uma catástrofe natural como um terramoto, de forma a não ficar comprometida a capacidade de resposta dos cuidados de saúde à população, nomeadamente em Lisboa, uma zona de considerável risco sísmico de Portugal Continental. 

A conferência, aberta à comunidade em geral, tem entrada livre, sujeita à capacidade da sala, sendo obrigatório o uso de máscara.

 

Estudo pioneiro
Uma investigação do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluiu que a imunoterapia, também conhecida...

Esta terapia que atua através da administração de doses controladas de extratos de alergénios, tem o objetivo de reeducar o sistema imunológico no sentido da tolerância e, assim, responder cada vez menos aos mesmos. Além de controlar e aliviar os sintomas, como acontece com os anti-histamínicos e dos corticoides nasais, as vacinas antialérgicas procuram combater a causa das alergias.  

Para garantir a sua eficácia, a imunoterapia dura geralmente de 3 a 5 anos, com a administração contínua da vacina de forma subcutânea ou oral, sendo que esta deve ser prescrita por um médico especialista em imunoalergologia.

Risco de desenvolver asma cai 25% com a imunoterapia, revela o estudo 

Para averiguar a sua eficácia na prevenção do desenvolvimento de asma, em indivíduos com sensibilidade a aeroalergénios – alergénios presentes no ar, como o pólen e os ácaros –, os investigadores realizaram uma meta-análise de 18 estudos previamente publicados, somando uma população total de 325 826 pessoas avaliadas.

Segundo Mariana Farraia, primeira autora do estudo e investigadora no Laboratório de Epidemiologia das doenças alérgicas , “a novidade é a abrangência dos estudos que avaliamos, porque incluímos, não só, ensaios clínicos, conduzidos em ambiente controlado, mas também utilizamos dados de estudos de vida real. Portanto, acabamos por juntar várias fontes de informação num só estudo, e chegar à conclusão de que é muito provável o efeito preventivo da imunoterapia na progressão da doença alérgica e no desenvolvimento de asma”.

Ao compilar os dados dos estudos abrangidos pela meta-análise, os investigadores puderem verificar uma diminuição de 25% no risco de desenvolver asma após a realização de imunoterapia contra a alergia ao pólen de gramíneas e aos ácaros.

Por outro lado, salienta-se que, apesar dos estudos analisados incluírem crianças e adultos, os efeitos da imunoterapia na prevenção da asma ficaram particularmente demonstrados nas crianças. Além disso, o efeito mostrou-se maior quando o tratamento durou pelo menos 3 anos, e quando os pacientes tinham sensibilidade a apenas um alergénio.

De acordo com os investigadores envolvidos neste trabalho, este estudo é o primeiro a solidificar a hipótese da existência de uma solução terapêutica a longo prazo para as alergias e para a asma, capaz de reverter o histórico natural destas doenças, que tendem a piorar progressivamente ao longo do tempo.

“Havia a perceção de que as vacinas antialérgicas poderiam modificar a história natural da doença, e este é um tema debatido há bastante tempo, com prós e contras envolvidos. O que este estudo vem, pela primeira vez, demonstrar, é que é possível mudar a história natural da doença com esta intervenção, o que é completamente inovador”, esclarece André Moreira, coordenador do estudo. 

A investigação, intitulada Allergen immunotherapy for asthma prevention: A systematic review and meta-analysis of randomized and non-randomized controlled studies, foi publicada na revista científica Allergy.

19 a 27 de maio
O Festival Mental regressa para a sua VI edição que acontece no Cinema São Jorge, Atmosfera M e Ferroviário de 19 a 27 de maio.

O Festival mantém na sua programação o M-Cinema - Mostra Internacional de Curtas e Longas-metragens, os painéis M-Talks seguidos de Filme Temático, M-Debate, Literatura, Dança, o M-Jovem, este ano com programação reforçada incluindo cinema, para além do já habitual teatro e Música com o evento My Story My Song.

O M-Cinema – Mostra Internacional de Curtas e Longas-Metragens iniciou o seu trajeto em 2018 com a abertura de uma OpenCall para submissões, através da plataforma FilmFreeway. Desde então as submissões não param de crescer, oriundas de todos os pontos do globo e cada vez mais de território nacional. Isto tem vindo a enriquecer a programação do M-Cinema que agora pode contar com as mais variadas abordagens cinematográficas sobre a saúde mental. As escolhas são feitas pela equipa residente de selecionadores, vindos das áreas da saúde mental e/ou do cinema.

O Mental Jovem conta com uma programação reforçada nesta edição. Pelo crescente pedido de escolas e interesse público para este target, 2022 trará um M-Cinema Jovem, curtas-metragens que visam o público jovem e duas peças de teatro distintas na forma e na encenação.

As M-Talks contam como sempre com painéis de luxo, moderados por jornalistas. Os temas em destaque este ano são Medo, Direitos Humanos e Saúde Mental e Trauma e Superação, com intervenientes de várias áreas de especialização: da saúde mental, ao cinema, à sociologia, alargando-se assim o âmbito quer nas perspetivas quer na excelência das conversas que para além do tema, têm como linha condutora o usual filme temático que segue a conversa.

O M-Debate tem como temática a Saúde Digital para falar claro e claramente sobre o Direito à Privacidade e o Direito a Desligar. O evento é de entrada livre e convida à participação ativa do público.

O M-Debate tem a participação de Fernando Alvim, locutor e humorista, Miguel Oliveira da Ordem dos Psicólogos Portugueses e José Pereira, associado da Abreu Advogados.

No programa há ainda espaço para a Dança, com o Núcleo de Dança Terapia do HPL que terá presença no último dia do Festival Mental no Cinema São Jorge.

A Literatura, com mais uma edição da chancela Mental, será assinada por Rita Tormenta, com o título “Centrifugar ângustias a 1600 rpm” e é apresentada no Atmosfera M dia 26 de Maio.

Para fechar o Mental em Lisboa não podia faltar a música, com o My Story My Song, um showcase onde os artistas são convidados a escolher temas que os ajudaram a ultrapassar momentos difíceis e a partilharem a sua história com a audiência. O cartaz deste ano tem como convidados JP Simões e Luiz Caracol, no Ferroviário dia 27 de Maio.

Para Ana Pinto Coelho, diretora e curadora do Mental, “o foco na Cultura é uma vertente essencial como grande aliada terapêutica da Saúde Mental, tanto na prevenção, como para ajudar a entender um Mundo de questões e problemas” e reforça que “o M-Cinema é uma faceta importante para nós” e que as M-Talks trazem “debates cada vez mais urgentes e atuais num mundo em permanente mudança”.

Este festival é uma produção da Safe Space Portugal, uma associação sem fins lucrativos, que nasceu em 2017 para promover a saúde mental, o bem-estar psicológico e combater a iliteracia sobre o tema.

Com a saúde pública como seu foque principal e com uma escolha de ambientes e espaços seguros, o Festival Mental convida à promoção, à partilha de experiências e à comunicação de ideias, enquanto se combate o estigma, preconceito e isolamento.

O Mental conta como sempre com a coprodução da Coordenação Nacional das políticas de Saúde Mental e nesta edição com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

A agenda está disponível em www.mental.pt/agenda e os bilhetes poderão ser adquiridos na TicketLine e nos próprios locais.

Dicas da Mayo Clinic
As cirurgias de artroplastia total da anca e do joelho estão entre os procedimentos que mais têm aum

De acordo com Matthew Abdel, um cirurgião ortopédico da Mayo Clinic especializado em artroplastia da anca e do joelho, os pacientes podem e devem fazer mudanças no estilo de vida antes da cirurgia para aumentar as suas hipóteses de sucesso na sua recuperação.

Estimular a educação, manter um peso saudável, promover uma boa nutrição e fazer exercício físico pode ajudar a reduzir a obesidade, diz Abdel. Isto é importante, uma vez que a obesidade pode levar a riscos mais elevados de complicações após a cirurgia.

Abdel afirma que se for submetido a uma artroplastia, pode melhorar os resultados cirúrgicos fazendo as seguintes mudanças no estilo de vida:

  • Perca peso com segurança antes da cirurgia, através de dietas e exercícios físicos. O índice de massa corporal-alvo é inferior a 40 kg/m2 (quilogramas por metro quadrado). No entanto, quanto mais perto estiver de 25 a 30 kg/m2, melhor. Mesmo uma perda de peso de 9 kg, completamente segura antes da cirurgia melhora os resultados.
  • Pare de usar todos os produtos que contenham nicotina, incluindo fumar cigarros e charutos e mascar tabaco, pelo menos seis semanas antes de fazer a cirurgia. Após a cirurgia, não utilize produtos de nicotina.
  • Pare de usar analgésicos narcóticos pelo menos duas semanas antes da cirurgia.
  • Se tiver diabetes, certifique-se de que a doença está sob controlo. O controlo adequado é definido como nível hga1C inferior a 7,5 antes da cirurgia. Faça também um controlo glicémico detalhado semanas antes da cirurgia.

No entanto, algumas outras mudanças de estilo de vida não ajudam a melhorar o resultado das artroplastias da anca e do joelho, alerta o especialista. Isto inclui tomar vitaminas e suplementos à base de plantas, usar cremes e dispositivos de estimulação elétrica.

Ainda não se sabe se práticas como fisioterapia antes da artroplastia da anca e do joelho, fisioterapia pós-operatória para artroplastias totais do joelho, e cuidados com a anca após a artroplastia total da anca melhoram os resultados do doente após a cirurgia.

O número de doentes com excesso de peso ou obesos está a aumentar em todo o mundo. Alguns pacientes perdem peso antes da artroplastia. No entanto, o cirurgião e os seus colegas investigadores demonstraram recentemente que os pacientes que foram submetidos a uma cirurgia bariátrica antes da artroplastia da anca ou do joelho continuaram a ter complicações significativas após o procedimento.

Os investigadores analisaram os resultados das artroplastias da anca e do joelho em pessoas que foram submetidas a uma cirurgia de perda de peso antes da cirurgia de artroplastia. Estes pacientes tinham mais complicações do que os pacientes que só tinham artroplastia, independentemente de terem índices de massa corporal elevados ou baixos. As complicações, que incluem infeção e instabilidade, afetaram o sucesso dos procedimentos.

"Pensamos que isto pode estar relacionado com o sistema subjacente de doentes bariátricos, como o microbioma intestinal e a variação genética subjacente do hospedeiro", revela Abdel. "Apesar de terem perdido peso, o estado dos tecidos moles e do colagénio subjacente ainda era o mesmo da sua natureza original”, justifica.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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As Conversas com Barriguinhas organizam, nos dias 26 e 28 de abril, duas sessões dedicadas ao pós-parto e à desmistificação das...

No dia em que o bebé nasce, as dúvidas multiplicam-se. Foram nove meses de preparação para esta viagem, que é a maternidade, e, afinal, com a descoberta, dia após dia, deste mundo novo, feito de instintos e experiências constantes, há ainda questões por esclarecer. Tantas vezes é esta a sensação, quando se é pai ou mãe pela primeira vez, que as Conversas com Barriguinhas dedicam as próximas sessões, dos dias 26 e 28 de abril, às 17h00, às dúvidas que podem surgir nos primeiros dias pós-parto.

Também os bebés se têm de ajustar a toda uma nova realidade, que é a vida fora do conforto da barriga da mãe. A pensar nisso, no dia 26 de abril, a enfermeira Conceição Santa-Martha aborda as mudanças que ocorrem a nível cardiovascular, respiratório e térmico durante a adaptação do recém-nascido à vida extrauterina. A especialista em Saúde Materna e Obstetrícia vai ainda desenvolver o tópico da clampagem tardia do cordão umbilical, das vantagens deste procedimento defendido pela Organização Mundial da Saúde, e da sua compatibilidade com a colheita de sangue do cordão umbilical do bebé.

Este evento conta também com a presença da osteopata especialista em Pediatria, Sofia Soares, da Fisiokids, que explicará as mais-valias da osteopatia nos primeiros tempos de vida. Em qualquer tipo de parto, o bebé está sempre sujeito a diversas pressões, quer externas quer internas, que podem afetá-lo. Consultar um osteopata para uma avaliação física pode ser útil para a saúde do recém-nascido e evitar dificuldades futuras.

Já na sessão do dia 28 de abril, a amamentação é tema de conversa com a enfermeira Gisélia Machado, especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, que vai dar a conhecer soluções para os pequenos problemas que podem surgir ao amamentar, desde lesões nos mamilos à produção insuficiente de leite.

E para esclarecer os pais e afastar quaisquer dúvidas que possam surgir sobre o regime de proteção da parentalidade, a advogada Carla Figueiredo também vai participar na sessão do dia 28 de abril. A jurista vai explicar os direitos dos pais e partilhar conselhos úteis, quer seja sobre o subsídio parental inicial exclusivo do pai ou da mãe, a duração, os prazos, ou os formulários e documentos necessários.

Ambas as sessões vão contar com a intervenção de um especialista da Crioestaminal, o único laboratório de Células Estaminais com acreditação internacional pela Association for the Advancement of Blood & Biotherapies (AABB), que vai responder a todas as dúvidas sobre a utilização das Células Estaminais do Cordão Umbilical como opção terapêutica no tratamento de inúmeras doenças em Portugal. Os futuros pais vão ficar a conhecer a importância de guardar ou doar as Células Estaminais do Cordão Umbilical para a saúde futuro do bebé e da família.

As sessões online das Conversas Com Barriguinhas realizam-se todas as semanas e têm como objetivo ajudar as grávidas e os casais portugueses a preparar a chegada do seu bebé, a partir do conforto da sua casa.

As incrições são gratuitas e podem ser feitas na plataforma da iniciativa.

“O Pulmão e o Ambiente”
Vai decorrer no próximo dia 30 de abril, pelas 14h00, no Centro Cultural de Belém, a terceira edição da conferência “O Pulmão e...

“Divulgar os principais desafios que a qualidade do ar que respiramos coloca à saúde no geral - e especificamente à saúde respiratória -, conhecer as principais implicações e resultados da recente Cimeira sobre as Alterações Climáticas (COP26), divulgar perspetivas nacionais e internacionais sobre a relação entre poluição do ar exterior e doenças respiratórias, conhecer o impacto potencial das novas recomendações e níveis de exposição da Organização Mundial de Saúde sobre a qualidade do ar e conhecer e divulgar dados sobre monitorização e estratégias de ventilação de edifícios” são alguns dos principais objetivos desta conferência destacados por Paula Rosa e António Jorge Ferreira, da SPP e moderadores das sessões.

Francisco Ferreira, Presidente da Associação Ambientalista ZERO, Filipa Marques, da Agência Portuguesa do Ambiente, Maria Neira, Diretora do Departamento de Ambiente, Alterações Climáticas e Saúde na Organização Mundial de Saúde, são alguns dos palestrantes confirmados. No final do programa vai ainda realizar-se uma mesa redonda dedicada à “qualidade do ar interior – desafios para melhorar a saúde respiratória” e que vai contar com a participação de João Carlos Winck, pneumologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e Manuel Gameiro Silva, professor na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

 

 

Opinião
Atualmente, e após a Era Covid-19, a sociedade encontra-se mais desperta para o impacto das doenças

Segundo os últimos dados do Observatório Nacional para as doenças respiratórias, o tumor maligno da traqueia, brônquios ou pulmão e a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) são a 4ª e 5ª principal causa de morte na União Europeia; saliento ainda que correspondem à 6ª e 10ª posições se avaliarmos os anos de vida perdidos por incapacidade (DALYs). No European Lung White Book é referido uma perda de valor causada pelas doenças respiratórias superior a três mil milhões de euros no ano de 2019. É assim categórica a importância de todas as medidas possíveis para minimizar este impacto na comunidade.

Neste contexto destaca-se a reabilitação respiratória (RR) no tratamento do doente respiratório. Esta é definida pelas sociedades científicas (American Thoracic Society /European Respiratory Society) como uma intervenção não farmacológica compreendendo um programa de exercício físico e educacional baseado em evidência, dirigido aos doentes sintomáticos tendo como objetivos uma maior autonomia e qualidade de vida, independente da gravidade da doença. Deve ser adaptada, personalizada a cada doente e incentiva-se a envolvência dos cuidadores com disponibilidade para sessões de exercício duas a três vezes por semana, acompanhadas de sessões de educação e apoio psicossocial periódicas durante 8-12 semanas. A equipa multidisciplinar deve ser composta por diferentes especialidades como a Pneumologia, Fisioterapia/Fisiatria, Enfermagem, Nutrição, Terapia Ocupacional, Psicologia e Assistente social. Destaca-se a importância, para todos os fumadores, da referenciação para a Consulta de Cessação Tabágica.

A RR já demonstrou o seu benefício nos doentes respiratórios crónicos, nomeadamente com o diagnóstico de DPOC, Bronquiectasias, patologia do interstício e hipertensão pulmonar. Os estudos clínicos demostraram melhoria estatisticamente significativa na prova de marcha de seis minutos (PM6’), na força muscular nos membros superiores e inferiores, e nos dados de qualidade de vida (Health Related Quality of Life, St. George’s Respiratory Questionnaire, Short form 36 health survey). Documentada igualmente a diminuição de custos com a saúde com redução do número de dias de hospitalizações e das exacerbações respiratórias.

E qual o papel da RR no plano de tratamento dos doentes com cancro do pulmão? Para além de um adequado diagnóstico e estadiamento anatómico da doença oncológica é fundamental avaliar o performance status e estadiamento funcional, podendo este ser determinante na decisão terapêutica, inclusive determinar a opção cirúrgica. A importância da RR é transversal neste contexto.

Nos doentes que se submeteram a um programa de RR pré-cirúrgico (4-6 semanas) demonstrou-se a diminuição da morbilidade e do número de dias de internamento pós-operatório, com diminuição da incidência de infeções hospitalares bem como da incidência de atelectasia.

Após uma ressecção pulmonar testemunha-se um declínio da capacidade para o exercício, no entanto, nos doentes sujeitos a uma intervenção de RR precoce esta é minimizada, objetivando-se melhoria PM6’ e da força muscular; descrita igualmente a redução de sintomas respiratórios aplicando a escala de Borg. Menos consistentes são os resultados na função pulmonar (FEV1 - Forced Expiratory Volume in one second; FVC - Forced Vital Capacity) nos diferentes estudos clínicos, carecendo de mais dados neste grupo de doentes.

O cancro do pulmão apresenta-se, na maioria dos casos, como uma doença localmente avançada ou metastizada obrigando a terapêuticas sistémicas mais agressivas (i.e. quimioterapia e imunoterapia) em monoterapia ou em associação, podendo condicionar toxicidades várias em doentes já per si debilitados com intolerância ao exercício e queixas de fadiga, caquexia ou fraqueza muscular impactando a qualidade de vida e a adesão ao tratamento; a utilização da radioterapia pode contribuir para o eventual desenvolvimento de pneumonites em doentes com alterações estruturais pulmonares.

A RR neste setting está a desbravar o seu caminho estando já reportados benefícios comprovados na capacidade para o exercício, mensurável através dos resultados de PM6’. Destaco sobretudo o estudo de Edbrooke et al publicado em 2019 no Thorax que evidenciou impacto na sobrevida no grupo de doentes em programa de RR, embora não estatisticamente significativo.

Cada sessão confere uma oportunidade para detetar atempadamente problemas e toxicidades evitando degradação das queixas e inclusive evitando eventuais internamentos.

Dada a multidisciplinaridade do programa e sua adaptabilidade permite a educação do doente, e seus cuidadores, para melhor se ajustar às alterações inerentes à evolução da sua doença oncológica, em estreita comunicação com equipa de cuidados paliativos.

No dia 21 de abril a Sociedade Portuguesa de Pneumologia assinala o Dia Nacional da Reabilitação Respiratória. É uma chamada de atenção para a Sociedade em geral, bem como para a comunidade médica. Reforçar a RR como um pilar do tratamento do doente respiratório crónico inclusive com cancro do pulmão. É importante quebrar barreiras, os receios do exercício adaptado e seguro - contribuir para o objetivo principal de toda a intervenção cínica que é a qualidade de vida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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