8 de maio
A Associação Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos – MOG – a propósito da celebração do Dia Mundial do...

O encontro vai decorrer entre as 17h00 e as 19h00 no Largo Manuel da Costa nº. 8, em Queluz (em frente ao Palácio de Queluz) e terá um lanche de confraternização para todos os convidados. O evento para além de dirigido a associados, doentes, familiares e cuidadores, contará também com a presença de alguns médicos especialistas em oncologia e ginecologia, como Henrique Nabais – Diretor da Unidade de Ginecologia da Fundação Champalimaud; João Casanova – especialista em Ginecologia Oncológica; Isabel Rocha – especialista em ginecologia da Sociedade Portuguesa de Ginecologia; Mónica Nave – médica oncologista especialista em tumores ginecológicos, entre outros.

Outras personalidades da sociedade também se vão juntar à celebração desta Dia Mundial do Cancro do Ovário e inauguração da sede da MOG, como a escritora Alice Vieira; o ilustrador Henrique Cayatte; o fotógrafo António Homem Cardoso, entre outros convidados.

Para mais informações sobre o Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos, visite a página da associação em https://mogportugal.pt/.

 

 

Projeto MORfood
Combater a desnutrição infantil em países em vias de desenvolvimento é o grande objetivo do projeto “MORfood -...

O projeto, com a duração de três anos, tem um financiamento de cerca de 230 mil euros, atribuído pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela Aga Khan, uma fundação que apoia projetos nos domínios da saúde e educação, nomeadamente o desenvolvimento científico e tecnológico dirigido ao progresso da qualidade de vida no continente africano.

Além da equipa da Universidade de Coimbra, através da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), da Faculdade de Farmácia (FFUC) e da PRODEQ - Associação sem fins lucrativos do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da FCTUC, também participam no projeto investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e da Universidade Agostinho Neto (UAN), em Angola.

O MORfood foca-se em produzir microcápsulas ricas em compostos bioativos extraídos de Moringa oleifera, conhecida como a planta da vida, que serão incorporadas em determinados alimentos (pão, iogurtes e sumos) para crianças em idade escolar, entre os 4 e 10 anos.

A Moringa oleifera, uma espécie nativa do norte da Índia, Paquistão e Afeganistão, e muito cultivada em países tropicais e subtropicais de África, Ásia e América Latina, é uma das plantas «mais nutritivas do mundo, muito rica, por exemplo, em proteínas, vitaminas e minerais, como cálcio e potássio. É uma planta que já é utilizada pelas populações africanas para combater um conjunto alargado de patologias, tais como asma, bronquite, hipertensão, diabetes, entre muitas outras. O nosso estudo centra-se nos extratos das folhas, a parte da planta mais rica em nutrientes», explica Licínio

Ferreira, docente da FCTUC e investigador do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF).

A equipa apostou na microencapsulação para enriquecer os alimentos, porque, segundo o coordenador do estudo, é uma tecnologia que apresenta muitas vantagens, neste caso «protege a atividade biológica de alguns compostos que são extraídos da planta e que de outra forma se degradariam. Por exemplo, no caso do pão, um dos alimentos que selecionámos, as microcápsulas podem ser introduzidas na própria farinha, e se os compostos não estiverem incorporados dentro destas microcápsulas, as suas propriedades iriam degradar-se e desaparecer durante o fabrico do pão, daí a importância das microcápsulas».

Nesta primeira etapa do projeto, os investigadores estão a caracterizar as amostras de folhas de moringa provenientes de Angola, de modo a obter a composição fitoquímica e nutricional das folhas. Após essa caracterização, que é fundamental, seguem-se os estudos de extração de compostos e seleção dos mais adequados ao objetivo do projeto, ou seja, compostos importantes para combater a desnutrição infantil.

Antes da fase da microencapsulação, os extratos serão selecionados, «porque eventualmente haverá compostos indesejáveis que têm de ser removidos. Desta seleção, obteremos frações enriquecidas de macronutrientes e micronutrientes que são benéficos para combater a desnutrição infantil, nomeadamente hidratos de carbono, vitaminas, sais minerais, entre outros», esclarece Lícino Ferreira.

No final do projeto, os alimentos funcionais (enriquecidos) com microcápsulas carregadas de nutrientes extraídos de moringa vão ser testados junto de crianças angolanas. São os chamados testes de aceitabilidade sensorial, para aferir a reação da população infantil a este tipo de alimentos.

Natural de Angola e conhecedor da realidade da desnutrição infantil naquele país, Licínio Ferreira nota que a desnutrição infantil é um grande flagelo mundial. «Segundo o relatório de 2020 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 8,9% da população mundial estava desnutrida em 2019, o que

representa 690 milhões de pessoas. Ainda segundo esse relatório, este número corresponde a um aumento de 60 milhões de pessoas em comparação a 2014. É um flagelo que tende a agravar-se ao longo dos anos».

Se o projeto alcançar os resultados esperados, a equipa tentará depois estabelecer uma parceria com a UNICEF, de modo a que os alimentos enriquecidos com extratos de moringa possam chegar a um maior número de países em vias de desenvolvimento.

68% desenvolve nódulos e 7 a 15% dos doentes poderá ter cancro
Em Portugal, mais de um milhão de portugueses sofre com problemas da tiroide, principalmente mulher

A tiroide tem como principal função produzir e libertar na circulação sanguínea as hormonas responsáveis pelo controlo do organismo. Localizada na base do pescoço, produz as hormonas responsáveis por regular vários órgãos - desde a pele, ao coração, passando pela função cerebral, intestinos, peso e metabolismo.

Tanto a diminuição (hipotiroidismo) como o aumento da produção de hormonas (hipertiroidismo) leva ao aparecimento de doenças. Cláudia Freitas, médica endocrinologista no Atrys Centro Médico Avançado, em Santa Maria da Feira, alerta para a necessidade de um rápido diagnóstico e um tratamento eficaz. "As doenças da tiroide são muito frequentes na população. O risco de cancro depende sempre da idade, do sexo, de antecedentes pessoais e historial familiar, mas o hipo e o hipertiroidismo exigem rapidez de resposta, pois a tiroide influencia todos os sistemas do corpo humano e tem um forte impacto na saúde", diz a especialista.

Atualmente é possível, por exemplo, tratar quistos benignos sem cirurgia graças à injeção de etanol.

Cláudia Freitas defende uma abordagem multidisciplinar às doenças que afetam esta glândula, combinando inovadoras técnicas de diagnóstico e tratamento. "Na Consulta de Alta Resolução de Tiroide da Atrys, a equipa de endocrinologistas trabalha de forma próxima com especialistas de Medicina Nuclear, Oncologia, Radioncologia e Cirurgia. Só assim é possível oferecer o tratamento mais adequado e uma resposta ampla ao doente, sempre com foco na rapidez e prevenção", explica a médica.

Numa só consulta, é possível solicitar exames, realizar ecografias e até executar a citologia, se necessário, de forma a acelerar o diagnóstico e dar início ao tratamento.

Os sintomas podem ser pouco específicos e, inicialmente, a doença até pode ser completamente silenciosa – mas habitualmente tem manifestações cardiovasculares, psicológicas, neurológicas, ósseas e metabólicas, entre outras.

O tratamento é principalmente médico, mas em muitas situações é necessário recorrer a tratamento definitivo com iodo radioativo ou cirurgia.

O hipo e o hipertiroidismo exigem tratamento rápido e eficaz, já que são condições que influenciam todos os sistemas do corpo humano e têm forte impacto na saúde do indivíduo. Regra geral, o doente fica compensado com a medicação, mas deve ficar sob maior ou menor vigilância médica em função da idade ou da existência de outras patologias.

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sistema de saúde público da Galiza
O Instituto Português de Oncologia do Porto recebeu a visita oficial de uma delegação da Consellería de Sanidade da Xunta de...

O Servizo Galego de Saúde promoveu esta visita por entender que o IPO do Porto é uma instituição hospitalar de referência em áreas cruciais na oncologia, nomeadamente na Medicina de Precisão, Epidemiologia, VBHC – Value-Based Healthcare e terapêutica com células CAR-T em Portugal.

“É uma honra e um grande prazer poder acolher no IPO Porto uma delegação de alto nível da Consellería de Sanidade da Xunta de Galicia, partilhando as vivências, experiências e projetos em curso. Estamos convictos que esta visita constituirá a base de uma colaboração mais estreita e profícua na Euro-região Galiza-Norte de Portugal na área da Saúde, incluindo as vertentes assistencial, formativa e investigacional”, refere Rui Henrique, presidente do IPO do Porto.

O Servizo Galego de Saúde é o sistema de saúde público da Galiza, Espanha. A política e o financiamento dos cuidados de saúde são da responsabilidade da Consellería de Saúde, um departamento de nível ministerial da Xunta de Galicia, o governo regional desta Comunidade Autónoma.

 

Conclusões do Estudo Índice de Saúde Sustentável 2021/22
Mesmo em plena pandemia, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) permitiu um retorno de 7,5 mil milhões de euros para a economia...

A maioria dos portugueses (52%) faltou pelo menos um dia ao trabalho devido a questões relacionadas com saúde. A prestação de cuidados de saúde através do SNS permitiu evitar a ausência laboral de 2,8 dias, o que se traduziu numa poupança de mil milhões de euros. Permitiu, ainda, evitar 9,9 dias de trabalho perdidos em produtividade, resultando numa poupança de 3,9 mil milhões de euros. No total, o SNS permitiu uma poupança global de 5 mil milhões de euros (impacto por via dos salários), um aumento de 500 milhões face a 2020. Considerando o impacto dessa poupança por via dos salários e a relação entre a produtividade/remuneração do trabalho (valores referência do INE), é possível determinar que os cuidados concedidos pelo SNS permitiram um retorno para a economia que ronda os 7,5 mil milhões de euros.

O Índice de Sustentabilidade subiu de 87,9 para os 92,5 pontos, explicado pelo significativo aumento da atividade (13%), que foi superior ao aumento da despesa (8%) e levou a um respetivo aumento da produtividade. “Num ano onde se registaram bastantes constrangimentos devido à pandemia, a atividade do SNS aumentou a um ritmo superior à  despesa, refletindo-se num aumento da produtividade, que acaba por ditar esta subida do índice de sustentabilidade da saúde. Olhando ainda para os outros parâmetros que compõem este índice, houve um ligeiro aumento da qualidade dos serviços de saúde percecionada pelos cidadãos (+0,7 pontos face ao ano anterior) e um considerável aumento na qualidade técnica, que passou dos 55,7 para os 63,4 pontos, valor superior aos registados no pré-pandemia, em 2019 (58,8 pontos)”, explica Pedro Simões Coelho, professor da NOVA IMS e coordenador principal do projeto Índice de Saúde Sustentável.

Pela primeira vez, o estudo analisou a perspetiva dos cidadãos em relação ao futuro e inovação em Saúde. A generalidade dos portugueses considera importante melhorar o acesso a meios de diagnóstico (97%), à medicina personalizada (96%) e aos medicamentos inovadores (95%). Já a telemedicina é considerada uma área de investimento importante, mas apenas por 77% dos inquiridos.

O estudo revela ainda que perto de dois terços dos portugueses (62%) acederam a cuidados de saúde como forma de prevenção e não por se sentirem necessariamente doentes. O estudo revela ainda que cerca de 65% dos utentes estaria disponível para fornecer dados sobre a sua saúde, através de um dispositivo eletrónico, com o objetivo de receber aconselhamento e 66% disponível para ter uma teleconsulta na próxima vez que seja necessário.

Questionados sobre aquelas que serão as doenças do futuro, a maioria dos portugueses destacam a doenças oncológicas (62%), seguidas das doenças cardiovasculares (26%) e a Saúde Mental (25%). Curiosamente, e apesar da pandemia de Covid-19, apenas 5% dos inquiridos consideraram as doenças infeciosas.

A maioria dos portugueses (77%) considera o seu estado de saúde atual “bom” ou “muito bom”, uma percentagem significativamente superior à registada no ano anterior (59,8%). O índice que reflete o estado de saúde dos portugueses, numa escala 0 a 100, apresenta o valor 75,7. Se a este valor fosse retirado o contributo do SNS, o indicador ficaria apenas pelos 63,2 pontos, o que demonstra o forte contributo que SNS tem no estado de saúde dos portugueses.

Na ótica dos utentes, os profissionais de saúde e a qualidade da informação fornecida pelos mesmos continuam a ser o ponto forte do SNS e que merece ser valorizado. A facilidade de acesso aos cuidados é um dos pontos a melhorar, assim como os tempos de espera entre marcação e a realização dos atos médicos.

Iniciada em 2014, a parceria entre a biofarmacêutica AbbVie e a NOVA IMS resultou na criação do primeiro índice capaz de quantificar a sustentabilidade do SNS, através da análise de dimensões como a atividade, a despesa, a dívida e a qualidade (técnica e percecionada). O estudo “Índice de Saúde Sustentável” procura ainda compreender os contributos económicos e não económicos do SNS, conhecer o impacto dos custos de utilização do sistema no nível de utilização do mesmo e identificar pontos fortes e fracos do SNS, bem como possíveis áreas prioritárias de atuação.

Investigação do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho
A equipa de investigadores da Universidade do Minho espera que o desenvolvimento de um tubo endotraqueal antimicrobiano possa...

Por ano, na Europa, cerca de 4 milhões de pessoas contraem infeções no contexto hospitalar que, em casos extremos, podem levar à morte. Mais de metade dessas infeções estão relacionadas com o uso de dispositivos médicos, sujeitos à colonização por microrganismos patogénicos (causadores ou transmissores de infeções graves e, frequentemente, fatais). A pensar nestes elevados números de mortalidade e morbilidade associados às infeções relacionadas com biomateriais, uma equipa de investigadores do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho está a desenvolver um revestimento antimicrobiano a ser aplicado na superfície dos tubos endotraqueais (TET), os dispositivos que asseguram a ventilação assistida dos pacientes.

“A pneumonia associada à ventilação mecânica (VAP, em inglês) é a segunda infeção hospitalar mais comum, contribuindo com mais de 50% dos casos das unidades de cuidados intensivos”, explica Susana Lopes, investigadora do CEB responsável pelo projeto.

Embora os TET ajudem a salvar vidas, acrescenta a cientista, “são também um fator de risco para o estabelecimento deste tipo de infeção pulmonar, por prejudicarem os mecanismos naturais de defesa e permitirem a entrada direta dos microrganismos nos pulmões”.

É isto que a equipa de investigadores está então a solucionar: com o POLY-PrevEnTT, nome atribuído ao projeto, os cientistas estão a desenvolver um revestimento capaz de prevenir a presença de microrganismos na superfície dos TET e, consequentemente, reduzir as infeções hospitalares.

Esta estratégia permitirá ainda diminuir o tempo e custos inerentes à hospitalização/recuperação dos pacientes, as terapias adicionais e as taxas de morbilidade e mortalidade associadas à VAP. Uma alternativa “segura, biocompatível e estável a longo prazo, com baixa propensão para induzir resistência microbiana”, ao contrário dos comuns tubos feitos de PVC, sublinha Susana Lopes.

Com uma estratégia de revestimento de amplo espectro, biocompatível e realista já identificada e caracterizada, isto é, “bem-sucedida contra diversos tipos de microrganismos, nomeadamente bactérias e fungos” e “eficaz na prevenção do desenvolvimento de biofilmes (comunidades de microrganismos difíceis de tratar com antibióticos)”, os investigadores vão agora avançar para a validação clínica deste tipo de tubos endotraqueais, num modelo artificial que simula um paciente submetido a ventilação mecânica. A ideia é, esclarece a responsável pelo projeto, aplicar e comercializar esta solução.

 

 

Desenvolvimento da profissão
Responsáveis de 18 instituições públicas do país com programas de educação em Enfermagem assinaram, ontem (dia 2 de maio), em...

Aida Cruz Mendes, Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), que acolheu a cerimónia, referiu que, «apesar de 141 anos de trabalho formativo» e de «três décadas» passadas sobre a integração desta área do saber no ensino superior, «ficaram por resolver algumas indefinições, dificuldades e barreiras à formação dos enfermeiros e à consolidação da área científica de Enfermagem». Situações que, no entender da dirigente, «advêm da necessária integração no mundo globalizado, mas com diferentes ritmos de desenvolvimento».

«Nestas situações, a par de uma tendência positiva de tentar englobar todos e não deixar ninguém para trás, compete, igualmente, àqueles que se encontram numa situação mais favorável de desenvolvimento, tudo fazer para que as regulamentações emanadas não sejam inibidoras desse mesmo desenvolvimento», mas que «antes impulsionem as reformas necessárias para que todos atinjam a maturidade da formação académica e a autonomia profissional», defendeu a Presidente da ESEnfC.

Para Aida Cruz Mendes, «a cobertura nacional do ensino de Enfermagem é uma vantagem para o país», mas «a fragmentação da academia de Enfermagem dificulta o amplo debate de ideias que permite a consolidação e o desenvolvimento da massa crítica necessário ao seu fortalecimento».

A professora da ESEnfC sublinhou que, «ao longo destas três últimas décadas», os docentes de Enfermagem «mostraram capacidade e competência para investigar e criar conhecimento», permitiram a «formação especializada em diferentes áreas clínicas» e colaboraram na «formação ao longo da vida de milhares de enfermeiros, cumprindo a sua responsabilidade social de assegurar que os profissionais de saúde se mantém atualizados».

Tendo, também, como finalidade «defender a qualidade da formação e o interesse público», o CNEPE «fomentará o diálogo e a procura da obtenção de consensos alargados», respeitando «a autonomia das instituições de ensino superior que o integram», lê-se na carta de princípios deste órgão consultivo.

O documento foi, ontem, assinado pelas três escolas superiores de Enfermagem não integradas (de Coimbra, de Lisboa e do Porto), pelas escolas superiores de Enfermagem das universidades de Évora e do Minho, pelas escolas superiores de Saúde dos institutos politécnicos de Beja, Bragança, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu, e pelas escolas superiores de Saúde das universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Madeira e Trás[1]os-Montes e Alto Douro

A VI Edição regressa com as M-Talks e o famoso M-Debate
É já neste mês que o Festival Mental regressa a Lisboa. A VI edição decorre de 19 a 27 de maio e volta a trazer-nos temas...

Este ano o M-Debate foca-se num dos assuntos mais falados do momento, a Saúde Digital. Cada vez mais, o nosso dia-a-dia é vivido através de um ecrã, mas será que temos direito à privacidade? Será que depois de uma sobre-exposição de todos os momentos da nossa vida, através de contínuos posts nas variadas redes sociais, temos direito ao esquecimento? Que direitos e deveres temos enquanto profissionais?  É sobre isso mesmo que se vai discutir. 

Com a participação de Fernando Alvim, locutor e humorista, Miguel Oliveira da Ordem dos Psicólogos, José Pereira advogado associado da Abreu Advogados e com moderação da jornalista Alexandra Costa, o público está convidado a intervir ao longo dos 90 minutos.

O M-Debate ocorre no dia 19 de maio às 21h na sala 2 do Cinema São Jorge com entrada gratuita.

As M-Talks começam dia 20 de maio às 20h30, com o tema o Medo. No dia 21 de maio, às 20h30 será discutido o tema Trauma e Separação e por fim no dia 22 de maio, às 20h30 haverá uma M-Talk sobre Direitos e Humanos e Saúde Mental. 

As M-Talks são complementadas por uma longa-metragem especificamente escolhida para cada tema e contam com painéis de luxo que incluem profissionais das mais diversas áreas que vão do jornalismo às artes, com maior ênfase nos profissionais de saúde mental, que diariamente conversam com o público e ajudam a esclarecer dúvidas. 

 

Dados IPST
A doação e transplantação de órgãos, tecidos e células está a aumentar em Portugal, após a reorganização da atividade dos...

De acordo com a nota divulgada pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), “após dois anos de pandemia, que obrigaram a uma reorganização da atividade hospitalar, assistimos à retoma da atividade de doação e transplantação de órgãos, tecidos e células, com aumento de forma generalizada em todas as áreas”.

Segundo o IPST, a doação de órgãos de dador falecido aumentou cerca de 19%, com mais 49 dadores, verificando-se ainda um aumento de 12% na transplantação com mais 86 órgãos transplantados em 2021, quando comparado ao ano de 2020.

O instituto salienta ainda que “o número de transplantes realizados a partir de dador vivo apresenta um ligeiro decréscimo, quando comparado com a atividade de 2020. Ainda assim, destaca-se realização de dois transplantes renais ao abrigo do protocolo internacional com Espanha e Itália”.

O IPST refere também que a atividade com tecidos e células apresenta também tendência crescente, tendo-se observado um aumento de cerca de 15% do número de tecidos colhidos. “Relativamente à atividade com células, mantem-se estável o número de dadores tipados, mas ainda assim, verifica-se um aumento do número de transplantes de progenitores hematopoiéticos realizados em 2021 de cerca de 4%”.

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP (IPST), através da Coordenação Nacional da Transplantação, divulga os dados da atividade de colheita e transplantação de órgãos, tecidos e células de 2021, numa sessão que irá decorrer, esta terça-feira, 3 de maio, entre as 9h45 e as 12h45, no Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa – Área Funcional da Transplantação (Hospital Pulido Valente).

Observatório de Saúde apresenta “Os portugueses e a Saúde no pós-pandemia”
No que diz respeito aos serviços de Saúde em Portugal, apenas 15% dos inquiridos revelou estar muito satisfeito com o acesso...

Coordenado por Ana Passos e Lourdes Martín, da Universidade Europeia, “Os portugueses e a Saúde no pós-pandemia” revela ainda que são os inquiridos entre os 36 e os 45 anos os que mais valorizam o acesso aos cuidados de saúde no SNS e o tempo de espera para a realização de uma intervenção cirúrgica. O estudo indica ainda que são os residentes do Norte do país os que mais valorizam o acesso aos cuidados de saúde no SNS e que simultaneamente consideram menos importante a liberdade de escolha entre o setor público e o setor privado da saúde.

Do total de inquiridos, 78% refere ter Médico de Família, sendo que 48,7% menciona ter dificuldades em aceder a Consultas de Especialidade e, de entre estes, 30,2% aguarda há mais de três meses por esse tipo de Consulta. No que respeita ao acesso a Exames de Diagnóstico, 35,4% refere dificuldades em realizar Exames de Diagnóstico, sendo que 27,2% aguarda há mais de três meses pela realização de um Exame de Diagnóstico.

“A diferença apontada pelo estudo entre os níveis médios de importância e satisfação atribuído pelos inquiridos a diversos aspetos dos serviços de Saúde, sugere a necessidade de se realizarem ações concretas de melhoria, nomeadamente, na diminuição do tempo de espera de uma intervenção cirúrgica e o tempo de espera de consultas de especialidade”, destaca a autora do estudo, Ana Passos.

Relativamente à caracterização da utilização dos serviços de Saúde, 89,3% dos inquiridos afirma ter recorrido a um serviço no último ano, num dos diferentes setores. Destes, 51,5% afirma utilizar regularmente o Serviço Nacional de Saúde (a maioria, uma vez por ano ou a cada 6 meses), enquanto 67,7% admite ter recorrido ao setor privado, a maioria, uma vez por ano.

No que diz respeito aos utilizadores do SNS, os serviços mais procurados são os Cuidados de Saúde Primários (Médico de Família, outro médico em Centro de Saúde ou USF). Já no setor privado, os serviços mais utilizados (56%) são as Consultas Médicas de Especialidade nos Cuidados de Saúde Hospitalares.

Quanto à qualidade dos serviços de Saúde, no geral (público e privado) verifica-se um padrão de respostas positivo, destacando-se o bom atendimento (em média 97% dos inquiridos), esclarecimento claro e percetível (89%), conforto e informação (87%). 

Do total de inquiridos, 73,4% refere ainda ser titular de uma cobertura de financiamento complementar ao SNS, com a grande maioria dos inquiridos (66,3%) a classificar o seu estado de saúde atual como bom ou muito bom.

“Os portugueses e a Saúde no pós-pandemia” foi realizado através de um inquérito online, entre os dias 22 de fevereiro e 19 de março de 2022. Trata-se de uma amostra não probabilística “bola de neve” não representativa da população portuguesa, embora de abrangência nacional. O estudo baseou-se na recolha de 2.028 respostas de inquiridos, com idade igual ou superior a 18 anos, que aceitaram voluntariamente participar no estudo.

Trata-se do primeiro estudo do Observatório de Saúde, criado no âmbito da missão da Universidade Europeia da transferência de conhecimento através da investigação aplicada, cujo princípio orientador é a melhoria da qualidade da informação disponível no apoio aos decisores e no reforço das competências dos cidadãos em matéria de literacia em saúde.

O Observatório de Saúde da Universidade Europeia tem por objetivos a investigação na área da saúde, do sistema e dos serviços de saúde, nomeadamente, através do desenvolvimento de um barómetro de monitorização e avaliação das políticas públicas. Desta forma, a Universidade Europeia pretende contribuir para o desenvolvimento do setor da Saúde, para a promoção da Saúde e a melhoria do bem-estar da população, bem como, para a melhoria do processo de tomada de decisão e qualificação das políticas públicas.

O que precisa saber
Estima-se que, em todo o mundo, existam cerca 242 milhões de doentes asmáticos.

“A asma é uma doença crónica, não tem cura, mas tem tratamento”. Esta é a principal mensagem que a Imunoalergologista, Ana Mendes, pretende passar relativamente a uma patologia que, em Portugal, se estima que afete cerca de 6,8% da população. E que, apesar da sua prevalência, ainda não é bem compreendida. Senão vejamos: segundo a especialista ainda muitos são aqueles que acreditam que só é necessário recorrer a medicação nos momentos de crise. “Este mito é o mais prevalente e faz com que grande parte dos asmáticos não tenha a sua doença controlada”, revela. Por outro lado, admite que ainda há a ideia de que esta é uma doença que só atinge as crianças. “Apesar de ser frequente em crianças, atinge qualquer grupo etário”, sublinha. Além disso, apesar de lhe poderem ser atribuídos vários graus de gravidade, indo do ligeiro a grave, esta é uma doença que, devidamente, controlada, e ao contrário do que muitos julgam, permite uma vida ativa perfeitamente normal.  

“A asma é uma doença crónica habitualmente caraterizada por inflamação dos brônquios e obstrução variável dos mesmos, traduzindo-se clinicamente por sintomas como dispneia (falta de ar), pieira (chiadeira peito), aperto torácico ou tosse, que variam em intensidade e duração e podem ser intercalados por períodos assintomáticos”, começa por explicar a especialista em Imunoalergologia com o intuito de desmistificar a doença.

“Estes sintomas podem limitar as atividades diárias, interferir no sono, levarem a ausência escolar ou laboral ou, quando mais intensos, obrigarem a ida ao Serviço de Urgência hospitalar”, acrescenta adiantando que “a asma pode-se dizer controlada ou não controlada, consoante a presença de sintomas e limitações”.

Quanto à sua gravidade, a especialista explica que esta pode variar entre ligeira, moderada e grave, classificando-se “de acordo com a medicação de base que é necessária para controlar a doença, ou seja, quanto maior o nível de terapêutica exigido para que o doente esteja bem, mais grave é a asma”.

Entre os fatores que podem potenciar ou desencadear crises estão: “infeções virais, exposição a ambientes poluídos ou cheiros ativos, exposição a alérgenos (no caso da asma alérgica), ar frio, alguns tipos de exercício e o riso”. No entanto, Ana Mendes, reforça que estas crises são mais frequentes se a patologia não estiver sob controlo.

“O diagnóstico é feito com base na história clínica, mediante a presença recorrente dos sintomas já atrás mencionados e deve ser complementado pela realização de exames funcionais respiratórios: um aumento do valor de FEV1 >200 mL e/ou >12% em relação ao valor basal após prova de broncodilatação é indicativo de asma.  De referir que a observação física do doente pode ser completamente normal no período intercrise e, por isso, não faz parte dos critérios de diagnóstico”, acrescenta.

No que diz respeito ao tratamento, e neste caso em específico ao tratamento da asma grave, a especialista avança que este “difere dos outros essencialmente pela necessidade de adaptar a medicação e o plano terapêutico àquele doente”.

“A asma grave é um subgrupo da asma de difícil controlo. Nestes doentes temos de verificar, como em todos, a adesão à terapêutica, verificar a técnica inalatória, avaliar e eliminar fatores agravantes (ex.: tabaco, exposição ambiental), tratar doenças concomitantes (comorbilidades) e depois, subir degraus de terapêutica”, explica adiantando que, embora neste grupo de doentes a terapêutica com biológicos seja uma opção, “é necessário identificar qual a etiologia (origem) da sua asma (endótipo) para podermos adequar a escolha do biológico”. “Estes doentes requerem uma avaliação mais extensiva e intensiva e um acompanhamento mais apertado, de preferência, por uma equipa multidisciplinar que possa avaliar todos aqueles fatores que possam fazer descompensar a asma”, reforça a médica.

“A asma mantem-se sob controlo fazendo medicação de base diária”, sublinha, referindo que, como esta é uma patologia que pode variar de gravidade ao longo do tempo, é essencial que todos os doentes, desde os casos mais ligeiros aos mais graves, não descurem a avaliação periódica, de modo a alterar a terapêutica, caso seja necessário. Por outro lado, afirma ainda que “a adesão à terapêutica e a verificação da técnica inalatória avaliadas de forma regular são essenciais”.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Workshops online na primeira quinzena de maio
A BebéVida regressa com novos workshops online para futuros papás, a decorrer durante a primeira quinzena de maio. Desde a...

O laboratório de criopreservação de tecidos e células estaminais, BebéVida, continua a realizar workshops online, totalmente gratuitos, focados em vários desafios da parentalidade, de forma a garantir que todos os papás e mamãs possam participar, independentemente da sua localização.

Para a primeira quinzena de maio, a BebéVida tem planeadas várias sessões online dirigidas por especialistas na área da saúde materna e obstetrícia:

Primeiros cuidados ao recém nascido”: dia 3 de maio, das 19h00 às 20h00, conduzido pela Enfermeira Ângela Baptista, especialista em saúde infantil e pediatria

Aromaterapia na Gravidez”: ainda dia 3 de maio, no mesmo horário, com a participação de Cátia Fernandes, aromaterapeuta.

O Sono do Bebé”: 4 de maio, das 18h00 às 19h00, com a presença da Enfermeira Patrícia Oliveira, especialista em saúde materna e obstetrícia.

Benefícios da amamentação par a mamã”: dia 5 de maio, das 21h00 às 22h00, orientado pela enfermeira Cátia Costa, especialista em saúde materna e obstetrícia.

Trabalho de Parto: o que deve saber”: 6 de maio, das 19h00 às 20h00, apresentado pelas enfermeiras Paula Brito e Alzira Morim, ambas especialistas em saúde materna e obstetrícia.

A importância da vigilância ecográfica na gravidez”: realiza-se dia 13 de maio, das 19h00 e é apresentado pela Dra. Mónica Calado Araújo, médica obstetra.

Durante a primeira quinzena de maio, vão ainda realizar-se múltiplas experiências “My Eco Baby” em vários pontos, de norte a sul do país. As sessões são destinadas a grávidas a partir das 17 semanas de gestação e contam com a realização de ecografias 3D/4D, em cidades como:  Cortegaça (2/5), Braga (3/5), Marco de Canaveses (4/5), Amarante (5/5), Elvas (9/5), Viseu e Lisboa (ambas no dia 10/5), Portimão e Vila Nova de Cerveira (ambas no dia 12/5) e, por fim, Faro (no dia 13/5). A inscrição prévia é obrigatória e pode ser feita aqui.

A BebéVida optou por realizar os workshops em formato digital a partir da chegada da pandemia em 2020, de forma a garantir a segurança de todos os participantes e continuar a estar ao lado dos papás e mamãs numa fase tão especial das suas vidas. Embora a participação nos workshops online seja gratuita, é necessária a inscrição prévia no website da BebéVida.

 

Sexualidade
Em Portugal, a masturbação tem vindo a ser um assunto cada vez mais frequente, novas pesquisas mostr

A consciencialização para a importância do bem-estar sexual tem vindo a crescer a passos largos nos últimos anos. Estudos mostram que o termo "sexual wellness” teve um aumento de 850% de pesquisas na internet2. Quando se trata de praticar o bem-estar sexual, o amor-próprio é uma ótima porta de entrada e pode ser explorado através da masturbação, um espaço onde não existe certo ou errado, julgamentos ou constrangimentos e traz enormes vantagens ao nível da saúde mental e física.No entanto, ainda existe muita desinformação quando se fala de masturbação e a Satisfyer pretende ajudar a clarificar o assunto através de alguns mitos bastante comuns:

A masturbação, aquando de uma relação, é errada

Há frequentemente um estigma em torno da masturbação quando se está numa relação, acreditando que esta não é necessária, ou que de alguma forma está errado. Na cultura portuguesa a masturbação é frequentemente vista como um refúgio sexual para solteiros ou solteiras, para compensar a falta de sexo, mas a investigação confirmou, em todos os géneros, que uma relação sem sexo acaba por diminuir também a masturbação3. A chave para uma boa relação sexual é a comunicação e para sabermos o que comunicar, para sabermos o que queremos e o que gostamos, o conhecimento do nosso corpo é essencial.

A masturbação diminui a sensibilidade

Outro mito é que, com a prática recorrente da masturbação, o clítoris ou pénis ficarão sem sensibilidade e não será possível desfrutar dos orgasmos em casal. Um estudo divulgado pelo Journal of sexual medicine garante que a utilização de um vibrador aumenta a sensibilidade e melhora a função sexual, tornando o corpo mais suscetível de usufruir dos orgasmos4

A masturbação à noite perturba o sono

Muito pelo contrário! A masturbação melhora o sono! Quando temos um orgasmo, estamos a proporcionar ao nosso corpo um impulso neuroquímico. A oxitocina, "a hormona do amor", é produzida, o que causa uma sensação de calor e ajuda a induzir o relaxamento. Ao combinar isto com a serotonina, prolactina e norepinefrina, também libertadas para ajudar a levar o corpo a um estado de descanso profundo durante toda a noite, contribuímos para uma boa noite de sono5.

A masturbação não tem benefícios comprovados para a saúde

Muitas pessoas desconhecem os benefícios comprovados da masturbação para a saúde. É apenas visto como um momento lúdico, mas vai além disso, pois ajuda tanto o corpo como a mente. Os muitos benefícios incluem um aumento da circulação no corpo e a tonificação dos músculos do pavimento pélvico, o que pode contribuir de forma positiva para problemas como a incontinência, além da autoestima. Uma ejaculação masculina mais frequente reduz em 31% o risco de cancro da próstata.

A masturbação pode ajudar a prevenir a constipação e a reforçar o sistema imunitário. As pessoas que têm orgasmos mais frequentemente têm níveis elevados de leucócitos, que são os glóbulos brancos que ajudam a proteger o corpo das doenças.6Com os orgasmos vem também a libertação de DHEA, uma hormona natural antienvelhecimento que não só ajuda com o aspeto da pele como apoia a saúde e imunidade do cérebro. Por último, mas não menos importante, os orgasmos estão associados à longevidade, e está provado que ajudam a viver mais tempo com uma redução de 50% na mortalidade global7. A masturbação é literalmente um dos melhores recursos para explorar o potencial da cura natural do próprio corpo.

Referências:

1Estudo realizado pelo Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (SexLab) da Universidade do Porto, no âmbito do projeto internacional 'I-SHARE', 20202 Cult Beauty, 2018Psychology Today, 20094Journal of sexual medicine, 2009ZME science, 2020National Library of Medicine, effects of sexual arousal on lymphocyte and cytokine production,2004BMJ,  Sex and death are they related, findings from the Caerphilly study, 1997

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Clínica do Doente Crítico”
O Serviço de Medicina Intensiva (SMI) do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) acaba de inaugurar o projeto “Clínica...

“Com este projeto, pretende-se colaborar com as equipas que seguem os doentes após o internamento no SMI nas várias vertentes disponíveis no Hospital e potenciar ao máximo a recuperação destes doentes no ambulatório. Foi criado um modelo de seguimento do doente crítico, independentemente do destino intra-hospitalar do doente após alta do SMI, que permite a identificação precoce e o tratamento dos problemas ativos diretamente relacionados com a doença aguda e internamento no SMI. A convicção é a de que, através de uma articulação estreita e direta entre o HFF, o doente e os Cuidados de Saúde Primários, se conseguirá facilitar e garantir o acesso atempado do doente aos cuidados de saúde necessários e disponíveis, quer primários quer específicos”, explica Paulo Freitas, Diretor do Serviço de Medicina Intensiva.  

Os principais objetivos da “Clínica do Doente Crítico” são a melhoria da qualidade de vida do doente após internamento por doença crítica, reduzir a necessidade de recorrer ao Serviço de Urgência e obter uma redução da morbimortalidade a médio e longo prazo. O Serviço de Medicina Intensiva do HFF assegurará um acompanhamento multidisciplinar, e longitudinal de doentes com Síndrome de Cuidados Pós-Intensivos (PICS) num período máximo de 12 meses. Contará com várias consultas de avaliação: após saída do Serviço de Medicina Intensiva (primeira avaliação); antes da alta hospitalar (segunda avaliação); consulta presencial seis semanas após alta hospitalar (terceira avaliação) e telefonicamente aos 6 meses e um ano após a alta hospitalar.  

Para além das avaliações seriadas realizadas pelos elementos médico e de enfermagem do SMI ao longo de um ano, a “Clínica do Doente Crítico” conta com a estreita colaboração de áreas específicas, nomeadamente Cardiologia (David Roque), Consulta da Dor (Ana Pedro), Gastroenterologia  (Ana  Oliveira),  Medicina Física e de Reabilitação  e  Terapia  da  Fala  (Catarina Matos),  Nefrologia  (Ana  Pires),  Neuropsicologia  (Ana  Paula  Silva, André Carvalho), Nutrição Clínica (Paula Peixinho),  ORL (Diogo Raposo),  Pneumologia (Miguel Silveira) e Psiquiatria (Alice Luís).  

“Desta forma esperamos uma diminuição do número de reinternamentos”, frisa Paulo Freitas, diretor do Serviço de Medicina Intensiva do HFF. E acrescenta: “Os doentes que sobrevivem à fase crítica de doença podem apresentar disfunções físicas, psicológicas e neuro cognitivas graves, com impacto significativo na saúde do doente e seus cuidadores. A melhor aposta de recuperação incide no primeiro ano e é nesse período que pretendemos intervir e oferecer ao doente as melhores oportunidades”. 

O aumento da esperança média de vida e melhoria das técnicas de suporte de órgão tem permitido um maior número de admissões em ambiente de cuidados intensivos e crescente sobrevida após internamento. A avaliação, acompanhamento e tratamento das consequências a médio e longo prazo torna-se cada vez mais pertinente. 

Programação dedicada aos mais novos
O Festival Mental está de volta para a sexta edição, de 19 a 27 de maio, em Lisboa, com espaços dedicados às M-Talks, M-Jovem,...

Este ano, esta produção da Safe Space Portugal com co-produção da Coordenação Nacional das Políticas para a Saúde Mental, apresenta uma programação reforçada dedicada aos mais jovens, trazendo o cinema até eles com uma programação específica.

O M Cinema Jovem, é direcionado ao público a partir dos 12 anos de idade, em que serão exibidas curtas-metragens incluídas nos últimos dois anos do Festival Mental, assim como da seleção do ano presente. 

Estas obras abordam problemas sentidos por muitos jovens de uma forma mais dinâmica, contemporânea e que falam sobre saúde mental de uma forma simples e clara.

As curtas-metragens exibidas são "O Poema" (reposição); "Como ensinar a chorar" (reposição); "Algo terrível aconteceu ao Joey"; "Amor pós-confinamento" (reposição) e "24/7 Estudantes no limite".

As sessões têm lugar no Cinema São Jorge, sala 3, no dia 19 de maio com uma sessão às 10h30 e outra às 15h30. 

As M-Talks da VI Edição do Festival Mental abordarão os temas Medo, Direitos Humanos e Saúde Mental, e Trauma e Superação, para além do M-Debate – Saúde Digital sobre “o direito à privacidade e o direito ao esquecimento”.

 

5 a 7 de maio
O Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, com a chancela científica da Sociedade Portuguesa...

A Cerimónia Oficial de Abertura terá lugar às 14h15, do dia 6 de maio, no H2otel Congress & Medical Spa e, para além do habitual momento protocolar, contará ainda com as Conferências:

“O que é Cuidar...” a cargo da Prof. Doutora Joana Alexandre, docente e investigadora do ISCTE;

“Moda: expressão de arte e bem-estar” – a cargo de Carlos Gil, designer de moda.

Recorde-se que as II Jornadas de Reumatologia do CHUCB são uma iniciativa que pretende fomentar a partilha de conhecimentos, entre médicos e internos de reumatologia e outros profissionais de saúde, e do programa consta a realização de painéis temáticos e simpósios, nos dias 6 e 7 de maio, na unidade hoteleira acima referenciada. Acresce a estes, a realização de cursos pré-jornadas, que terão lugar no CHUCB, durante o período da tarde, do dia 5 de maio, tendo como público-alvo: médicos de Medicina Geral e Familiar, profissionais de saúde, não médicos e membros da Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

Com foco no estado da arte da Reumatologia em Portugal e no mundo, este evento visa debater os mais recentes conhecimentos, protocolos e guidelines da área e facilitar a aquisição de competências teórico-práticas, que promovam a prestação de cuidados de saúde, com qualidade e segurança.

O Programa das Jornadas pode ser consultado em: https://www.chcbeira.min-saude.pt/noticias/chucb-promove-em-maio-as-ii-jornadas-de-reumatologia

 

 

 

 

4 de maio
“Publicidade em Saúde e a Saúde da Publicidade” é o tema do próximo webinar da Plataforma Saúde em Diálogo, que terá lugar no...

limites à publicidade em saúde, com base na legislação existente e respetiva fiscalização. A intervenção da Entidade Reguladora da Saúde passará por abordar quais as suas funções neste âmbito e os meios de que dispõe para cumprir a sua missão. Estará também em foco o envolvimento das Ordens Profissionais, em particular da Ordem dos Médicos no combate às práticas abusivas em saúde.

“A promoção da literacia em saúde, um dos pilares de atuação da Plataforma Saúde em Diálogo, é um dos caminhos para controlar as situações abusivas de publicidade enganosa nesta área. É fundamental que os cidadãos conheçam os seus direitos e saibam como fazer as escolhas certas em saúde e como atuar sempre que se sintam alvo de práticas abusivas, o que contribui para aumentar os seus níveis de segurança e confiança no sistema. Todos temos um papel a assumir em defesa da saúde individual e coletiva”, esclarece a presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, Maria do Rosário Zincke. 

A sessão conta com a participação de Bárbara Soares, Técnica Superior de Regulação, Especialista do Departamento de Intervenção Administrativa e Sancionatória da Entidade Reguladora da Saúde; Daniel Torres Gonçalves, advogado da Sociedade de Advogados Raposo, Sá Miranda e Associados; e Inês Folhadela, consultora jurídica da Ordem dos Médicos. A moderação estará a cargo da jornalista Marina Caldas.

O webinar, em formato online, está aberto ao público em geral, mediante inscrição obrigatória aqui.

 

Depressão, mudança de humor
Hipóteses de uma mulher desenvolver ao longo da vida algum tipo de transtorno mental e de comportamento são 1,5 vezes maiores...

Já está comprovado cientificamente que as mulheres têm maior probabilidade de desenvolverem transtornos mentais. Como forma de prevenção ou tratamento, o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela, realizou um estudo mostrando como os exercícios físicos podem contribuir com a melhoria desses transtornos.

São inúmeros os motivos pelos quais as mulheres tendem a desenvolverem transtornos mentais, como dupla jornada de trabalho, diferenças biológicas, ciclo menstrual e menopausa, além de questões sociais como falta de escolaridade, de estabilidade financeira, desigualdade e a violência.

“Nessa relação de motivos incluímos a pandemia provocada pelo vírus da Covid-19. Ela trouxe a necessidade da população se isolar, o que também contribuiu para intensificação no surgimento de transtornos”, acrescentou Agrela.

O estudo traz ainda que as probabilidades de uma mulher desenvolver, ao longo da vida, algum tipo de transtorno mental e de comportamento são 1,5 vezes maiores do que as de um homem.

“Entre esses transtornos estão estados depressivos, mudanças de humor, transtornos alimentares, ansiedade, euforia exacerbada, fobias e transtorno dissociativo com perdas da memória, mudanças na consciência e uma perda da noção da própria identidade”, detalhou o neurocientista.

Além de opções como uso de medicamentos e terapias, a pesquisa também sugere como forma complementar de tratamento ou prevenção dessas doenças da mente, a prática de exercícios físicos. Fabiano afirma que essa prática melhora o funcionamento do corpo, regula o sono, desenvolve as funções cognitivas, traz sensação de bem-estar, aumenta a autoestima da mulher.

“Exercícios físicos ajudam a prevenir uma grande quantidade de doenças mentais, além de terem efeitos terapêuticos em diferentes grupos de transtornos mentais como ansiedade, transtornos de humor e alimentares, esquizofrenia e uso de substâncias”, afirmou Fabiano.

Entre as atividades físicas sugeridas no estudo estão exercícios aeróbicos, por exemplo, caminhada, corrida, pedalar, subir e descer escadas, pular e a prática de yoga.

Artigo publicado: https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/63946

Para construção de uma estratégia nacional de saúde focada nas necessidades das mulheres
Oito personalidades ligadas ao setor da Saúde reúnem-se para debater o estado de saúde das mulheres em Portugal. A constituição...

Liderado por Maria de Belém Roseira, este grupo de trabalho junta os responsáveis de diversas sociedades médicas como a Sociedade Portuguesa de Senologia, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia, a Sociedade Portuguesa de Oncologia, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Sociedade Portuguesa de Contraceção e a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Ao longo de três sessões, o grupo de especialistas contribuirá com o seu conhecimento e visão, dentro das suas áreas de especialidade, para iniciar um debate em torno do estado atual da saúde da mulher em Portugal. Serão ainda reunidas propostas do que poderá ser o futuro de uma estratégia nacional de saúde que tenha em conta as necessidades e especificidades das mulheres e que promovam a qualidade e acesso à saúde de mais de metade da população portuguesa.

Esta é uma iniciativa da Hologic, empresa de tecnologia médica especialista em saúde feminina e focada em melhorar o seu bem-estar em todo o mundo. A empresa é também responsável pelo lançamento do primeiro  Índice Mundial da Saúde das Mulheres, que que revelou existirem ainda necessidades de saúde por colmatar. Em Portugal, apenas 22% das mulheres afirmaram ter feito pelo menos um exame a qualquer um dos tipos de Doença de Transmissão Sexual, 64,5% não fez rastreio a qualquer tipo de cancro e apenas 46,2% fez exames à diabetes.

Para Maria de Belém Roseira, Presidente do Grupo de Trabalho, “as mulheres são pilar da sociedade. É indispensável que a abordagem das suas necessidades em saúde contemple as especificidades que lhe são próprias, para que os cuidados de que são credoras vão ao seu encontro.” 

Fazem parte deste grupo Ana Timóteo, Vice-Presidente Sociedade Portuguesa Cardiologia; Francisco Cavaleiro de Ferreira, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro; Fátima Palma, Presidente da Sociedade Portuguesa de Contraceção; José Carlos Marques, Presidente Sociedade Portuguesa de Senologia; Miguel Abreu, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia e Vera Pires da Silva, Grupo de Estudos de Saúde da Mulher da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.

 

Iniciativa #InspirarExpirar
Com o objetivo de aumentar a consciencialização para o impacto da asma grave e envolver asmáticos de todas as idades e os seus...

A campanha decorre nas redes sociais das duas entidades, entre os dias 3 e 10 de maio, e pretende que o público conheça melhor a asma grave e suas consequências, ao mesmo tempo que estimula as pessoas com asma grave a pensarem como seria viver com a sua doença controlada, utilizando a hashtag para debater metas aspiracionais e como estas podem preencher lacunas na educação, cuidados, consciencialização, entre outras vertentes da patologia.

Para Mário Morais de Almeida, presidente da APA, “é fundamental alertar para o impacto da asma grave na qualidade de vida das pessoas que dela sofrem, bem como promover informação que promova melhores cuidados de saúde e uma maior consciencialização por parte de todos os envolvidos, desde cuidadores, doentes a profissionais de saúde. Assim, estas campanhas revelam-se de uma enorme importância para o envolvimento de toda a comunidade, revelando a importância dos cuidados de saúde adequados e educação para os mesmos”.

A asma é uma realidade que afeta mais de 700 mil pessoas em Portugal, sendo que 20 a 30 mil portugueses sofrem de asma grave. As pessoas com asma grave convivem com sintomas persistentes e debilitantes a nível respiratório que podem levar a danos pulmonares a longo prazo se não for tratada adequadamente.

 

 

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