Conheça esta Síndrome
Apesar de não ser uma doença fisicamente incapacitante, dolorosa ou fatal, a Bexiga Hiperativa tem u

“A bexiga hiperativa é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas”, começa por explicar Miguel Ramos, indicando que “o sintoma dominante é a imperiosidade miccional, que pode ou não ser acompanhado de incontinência urinária e que é habitualmente acompanhado por aumento da frequência urinária”.  Em Portugal e na Europa, estima-se que cerca de 16% da população adulta tenha por vezes sintomas de bexiga hiperativa.

De acordo com o especialista, há fatores de risco associados: “A idade - a prevalência da BH aumenta com a idade”. E embora as mulheres sejam muito mais afetadas em idades mais precoces - sendo mais comum em mulheres do que em homens com menos de 60 anos -, acima dos 75 anos, o número de homens afetados aumenta exponencialmente.

Por outro lado, explica que esta síndrome “está também associada a doença cerebrovascular, pelo que a prevenção de fatores de risco vasculares é importante”.  

“A Diabetes e o síndrome metabólico é um dos principais fatores de risco para bexiga hiperativa e no homem a hiperplasia da próstata quando associada a obstrução infravesical. É também mais comum em pessoas com distúrbios funcionais do intestino”, acrescenta o especialista em urologia.

O seu diagnóstico é essencialmente clínico, “sendo necessário usar alguns meios auxiliares de diagnóstico essencialmente para excluir outras patologias. Nomeadamente, exames à urina e ecografia. Nalguns casos pode estar indicado a realização de exame urodinâmico”.

Quanto ao tratamento, o Presidente da Associação Portuguesa de Urologia explica que “o tratamento de primeira linha é comportamental, também existem vários fármacos eficazes na melhoria dos sintomas. Em situações mais extremas, recorre-se a cirurgia”.

Segundo, o especialista a teoria comportamental tem várias vertentes: “informação sobre a patologia e maneira de evitar os sintomas; alterações de estilo de vida e controlo dos fatores de risco (como, por exemplo, dieta e controlo do stresse e ansiedade); treino da bexiga e reabilitação do pavimento pélvico”. “Estas medidas são basilares pois podem melhorar os sintomas de forma duradoura e só depois da instituição destas medidas deve ser considerada outra terapêutica”, sublinha.

O tratamento cirúrgico está reservado para quando as medidas conservadoras e farmacológicas não são eficazes ou não são toleradas pelos efeitos laterais.

Em matéria de prevenção, Miguel Ramos recomenda:

  • Controlar peso corporal com exercício físico regular, incluindo também exercícios do pavimento pélvico; 
  • Reduzir consumo de bebidas gaseificadas, café e álcool;
  • Deixar de fumar;
  • e controlar doenças crónicas como a diabetes.

“Este distúrbio, além dos custos financeiros para o indivíduo, tem também custos para a sociedade, pois estão associados a depressão, quedas, problemas do sono e fadiga que perturbam a vida familiar e a vida profissional”, explica o médico urologista.

A falta de informação por parte dos doentes, cuidadores e dos prestadores de saúde é uma das principais causas para a desvalorização dos sintomas. Por outro lado, o sentimento de vergonha e a noção errada de que é “um problema da idade”, contribuem para o atraso no diagnóstico.

Assim, é importante que esteja atento aos sintomas e que lhe dê a devida importância.  Procure o seu médico assistente, “que após avaliação inicial, poderá iniciar a terapêutica e nalguns casos referenciar a consulta de urologia”, aconselha o urologista.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
BIOMEET Session sobre Inovação nas Doenças Raras
A P-BIO, Associação Portuguesa de Bioindústria, regressa à organização das BIOMEET Sessions com uma sessão, a 30 de maio, a...

O debate será moderado por Margarida Menezes Ferreira, consultora independente de qualidade para o desenvolvimento de medicamentos de terapia avançada e biofármacos, cujo percurso profissional inclui 23 anos como investigadora no INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e 20 anos como representante de Portugal e especialista em Biológicos na EMA – European Medicines Agency.

Os especialistas convidados são Vasant Jadhav (Senior Vice-President of Research, na Alnylam Pharmaceuticals), Pablo Rendo (Global Project Head for Rare Disease and Red Blood Disorders Gene Therapy Programs, na Sanofi) e Sian O’Neill (Senior Director Patient Advocacy, na PTC Therapeutics). Estes três oradores são especialistas de empresas biotecnológicas líderes do setor, que irão apresentar e discutir os últimos avanços nas soluções inovadoras para o tratamento de doenças raras e iniciativas envolvendo os pacientes.

Esta sessão é organizada pelo Grupo de Trabalho de Doenças Raras da P-BIO e será realizada online, via Zoom, em inglês, com legendas em simultâneo. Aceda ao link da sessão em p-bio.org.

 

 

Estudo
Um estudo do Departamento de Ciências da Terra (DCT) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)...

A investigação sobre os resíduos mineiros em autocombustão em Portugal, com inicio em 2007, além de incidir sobre a identificação de autocombustão de resíduos mineiros resultantes da exploração de carvão no passado, tem como objetivos identificar e compreender os impactes desse processo no ambiente, particularmente nos solos, nas águas e na atmosfera.

«O impacte mais significativo poderá estar relacionado com as emissões de compostos orgânicos voláteis durante a combustão. Foram detetadas substâncias, nomeadamente hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e outros compostos orgânicos, que são emitidas para a atmosfera e que são prejudiciais para a saúde humana. Esta situação pode ser particularmente preocupante quando as escombreiras em autocombustão se encontram perto de áreas habitadas», revela Joana Ribeiro, professora do DCT e autora do estudo.

De acordo com a investigadora da FCTUC, em Portugal, são conhecidos três casos de escombreiras de resíduos mineiros de carvão cuja ignição começou em 2005 devido a incêndios florestais. Uma dessas escombreiras, em São Pedro da Cova, Gondomar, permanece em autocombustão há quase duas décadas, sendo uma fonte de contaminação para a atmosfera

devido à emissão de compostos orgânicos voláteis que resultam da combustão do carvão, e para o meio envolvente devido à drenagem ácida. Em 2017, outras duas escombreiras entraram em combustão, também devido a incêndios florestais, mas nestes casos a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) implementou um projeto de reabilitação que permitiu a extinção da combustão.

«Há sempre formas de resolver situações como a da escombreira de São Pedro da Cova, no entanto, são dispendiosas e complexas», assegura Joana Ribeiro, acrescentando que existem várias soluções, nomeadamente a que foi aplicada pela EDM que inclui a remobilização do material do local, arrefecimento com água e um agente retardador da temperatura, recolocação e compactação no local. «Essa compactação é fundamental uma vez que faz com o acesso e a circulação do oxigénio no interior da escombreira, que alimenta o processo de combustão, seja limitado», garante.

Segundo a professora do DCT, este é um processo que acontece em todo o mundo e que tem não só impacte ambiental e na saúde, mas também a nível económico, uma vez que pode ocorrer numa mina de carvão e nas camadas de carvão propriamente ditas, alterando e inviabilizando o recurso geológico.

Assim, Joana Ribeiro considera «muito importante fazer uma inventariação das escombreiras de carvão que existem em Portugal, das respetivas características e condições de deposição, assim como da situação em relação ao enquadramento em zonas florestais. Desta forma, o risco de ignição e consequente autocombustão de escombreiras de carvão poderia ser minimizado através da gestão florestal e territorial adequada», conclui.

Para além da participação de investigadores do DCT da FCTUC, a investigação contou também com investigadores da Universidade do Porto.

Alimentação e suplementação
Com os vários papéis que desempenhamos na vida e com as responsabilidades na esfera pessoal e profis

O segredo para ter mais energia ao longo do dia está em ter alguns cuidados que contribuem para melhorar a nossa saúde e bem-estar, tais como manter uma alimentação nutritiva e adequada rica em legumes e frutas, beber bastante água, dormir bem e tomar suplementação vitamínica como complemento em fases mais desafiantes da nossa vida.

As vitaminas e minerais, conhecidos como micronutrientes, são um aliado essencial para o bom funcionamento do organismo e trazem múltiplos benefícios para a nossa saúde. Há, pelo menos, cinco vitaminas e minerais que vão ajudar o seu corpo a produzir energia para que tenha mais vitalidade no seu dia-a-dia:

  • O Zinco: este é um mineral que entra em mais de 300 processos metabólicos no nosso corpo, ou seja, é essencial para a manutenção dos nossos níveis de energia e de disposição. Para que este mineral não nos falte, não nos podemos esquecer de ingerir alimentos como os iogurtes e o grão de bico.
  • O Magnésio: amêndoas, espinafres e abacates, o que é que têm em comum? São três alimentos ricos em magnésio, um mineral que está presente em reações biológicas desde os nossos músculos até ao cérebro. O magnésio permite que o corpo produza energia, enfrente as adversidades de uma vida acelerada e se mantenha saudável.
  • Vitaminas do complexo B: são conhecidas pela sua função de restabelecer e aumentar a energia. Temos de ter atenção a estas vitaminas, dado que o nosso organismo não tem a capacidade de as produzir e elas são essenciais para que o nosso corpo transforme os alimentos que ingerimos em energia. A B6, por exemplo, vai auxiliar na redução do cansaço e na manutenção do bem-estar físico. Pode encontrá-la na carne, no arroz e até em sementes de girassol. Por outro lado, numa vida acelerada convém ter o nosso sistema nervoso a funcionar corretamente e, para isso, temos as vitaminas B3 e B12, que ajudam no bom funcionamento do mesmo. Para ter a certeza que estas vitaminas estão presentes podemos optar por alimentos como o marisco, salmão, leite e amendoins.
  • Vitaminas Antioxidantes: quando andamos de um lado para o outro, acabamos por estar expostos a agentes agressores que vão prejudicar o funcionamento do nosso organismo. Desta forma, torna-se importante ter uma alimentação que forneça antioxidantes para reforçar o combate face a estes agentes e reparar os danos que estes possam causar. A Vitamina E, A e C, presentes em sementes, citrinos, morangos, batata-doce ou até a gema do ovo, vão ajudá-lo a reforçar a sua imunidade e a manter o seu ritmo.
  • Coenzima Q10: é uma substância, semelhante às vitaminas, importante e necessária para o funcionamento de muitos órgãos e reações químicas no organismo. Fornece energia às células e tem atividade antioxidante, estando presente em pequenas quantidades em carnes e peixes.
  • O Ferro: é responsável por manter o oxigénio a circular no nosso corpo, pelo que a falta deste mineral vai afetar negativamente o desempenho no trabalho e pode prejudicar as nossas capacidades cognitivas. Ostras, lentilhas e carne bovina são alguns alimentos onde podemos ir buscar este elemento essencial para o nosso organismo.
Fonte: 
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Projeto "INVICTUS: Patient-Centric INitiative for Voluntary Inclusion in Clinical Trials"
O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) desenvolveu o projeto "INVICTUS: Patient-Centric INitiative for...

Assim, no site da instituição, o utente encontra informações úteis, numa lógica de transparência relativamente à atividade do Centro de Investigação e Ensaios Clínicos (tais como os procedimentos e os benefícios potenciais para os participantes, procedimentos internos oficiais e indicadores-chave de desempenho). O aumento da transparência e da qualidade dos dados atrairá mais e melhores ensaios clínicos no futuro, beneficiando assim um número cada vez maior de utentes, que poderão participar de forma informada e empoderada. Na mesma plataforma, os utentes podem candidatar-se espontaneamente aos ensaios clínicos que decorrem no CHUSJ e que estejam ainda a recrutar participantes, através de um formulário online.

“O CHUSJ, neste momento, tem 92 ensaios clínicos ativos. O nosso objetivo é duplicar estes valores, certos de que estes representam excelentes ganhos em saúde para os utentes, mas também para a instituição e para o país. Mas, para isso, precisamos de simplificar o acesso dos utentes a estes ensaios. Não só para potenciar a inovação disponível no hospital, mas também numa lógica de promoção da literacia em saúde”, destaca Maria João Baptista, Presidente do Conselho de Administração do CHUSJ.

Os ensaios clínicos são fundamentais para desenvolver e trazer novas terapêuticas aos utentes. Eles são o meio de transpor o resultado da mais avançada investigação biomédica laboratorial para a realidade clínica, permitindo testar novas formas de tratar ou prevenir doenças, frequentes e raras. Trata-se de uma atividade de grande inovação que utiliza produtos de elevado grau de maturidade na cadeia de investigação e desenvolvimento. Todos os processos são planeados, implementados, avaliados e auditados de forma rigorosa, de forma a minimizar os riscos gerados pela exposição humana ao produto experimental, maximizando simultaneamente a probabilidade de eficácia clínica. 

No entanto, os ensaios clínicos ainda são complexos e desconhecidos para a maioria das pessoas, o que pode gerar alguma desconfiança e diminuir a participação. Em suma, o projeto "INVICTUS: Patient-Centric INitiative for Voluntary Inclusion in Clinical Trials" tem como objetivo informar o público sobre ensaios clínicos, utilizando uma linguagem clara e compreensível por todos. O site do CHUSJ e a app mySãoJoão constituem os canais onde qualquer pessoa se pode voluntariar.

 

Skincare
A vitamina A é uma vitamina lipossolúvel com várias funções importantes no nosso organismo: renovaçã

Esta vitamina é um micronutriente que provém de várias fontes. Um grupo, chamado retinóides, é obtido em alimentos de origem animal (leite humano, fígado, gema de ovo, entre outros) e inclui o retinol. O outro grupo, chamado de carotenóides (provitamina A), provém de fontes de origem vegetal (vegetais verdes e amarelos, frutas amarelo-alaranjadas, óleos e frutas oleaginosas) e inclui o betacaroteno. O corpo humano converte o betacaroteno em vitamina A. Os principais carotenóides, têm propriedades biológicas importantes, incluindo atividades antioxidantes e fotoprotetoras.

défice de vitamina A pode manifestar-se como deficiência subclínica ou como deficiência clínica, sendo mais frequente nos países subdesenvolvidos. Carateriza-se por sintomas diversos, tais como diarreia, cegueira noturna, olhos secos e problemas da pele e mucosas, entre outros.

São vários os benefícios conhecidos da vitamina A e dos seus derivados para a pele. Entre os principais, destacam-se:

  • controlo da acne (regulando a produção de sebo, diminuindo a inflamação e estimulando a renovação cutânea)
  • redução de linhas e rugas finas e melhoria da elasticidade e firmeza (estimulando a produção de colagénio, elastina e angiogénese)
  • redução e controlo de alterações pigmentares (aumentando a renovação celular e diminuindo o risco de hiperpigmentação)
  • controlo da psoríase e outras patologias cutâneas

 Existem 3 formas de vitamina A (retinol, retinal e ácido retinóico) que coletivamente são conhecidas como retinóides. A forma “ativa” da vitamina A na pele reconhecida e utilizada pelos receptores é o ácido retinóico, também conhecido como tretinoína. O ácido retinóico (tretinoína) é conhecido por regular o crescimento e a diferenciação dos queratinócitos da pele, responsáveis pela sua estrutura e função de barreira. Embora seja reconhecida a sua eficácia na redução do fotoenvelhecimento, hiperpigmentações, linhas finas e rugas, esta forma específica de vitamina A também é muito irritante e com potenciais efeitos teratogénicos. Por essas razões, é proibida a utilização do ácido retinóico/tretinoína em cosméticos, sendo o seu uso reservado apenas para produtos sujeitos a prescrição médica.  

Os tipos de vitamina A encontrados em cosméticos são:

  • Retinol – a forma mais popular de vitamina A em skincare, com comportamento semelhante ao ácido retinóico, podendo ser bastante irritante. A sua concentração nos produtos é limitada e variável entre países, não sendo utilizado em produtos de higiene cutânea.
  • Retinaldeído – é facilmente convertido na pele em ácido retinóico e também oferece benefícios muito semelhantes, mas com menor irritação.
  • Propionato e Acetato de Retinol – menos irritantes e mais estáveis que o retinol, com desempenho semelhante.
  • Palmitato de Retinol – muito menos irritante que o retinol e mais estável em fórmulas, mas com uma ação mais suave e controlada.

Os efeitos laterais associados ao uso da vitamina A podem ser vários, incluindo a irritação cutânea, secura e fotossensibilidade. Sendo assim, os cosméticos com vitamina A devem ser usados com precaução em peles sensíveis ou reativas, e evitados em peles com hipersensibilidade ou alergia a este componente, assim como em peles de bebés ou crianças. Devem ser também evitados em mulheres grávidas, a realizar tratamentos de fertilidade ou a amamentar, já que existem outras alternativas no mercado mais seguras para estes casos. Por último, estes produtos são desaconselhados em indivíduos com infeções ativas na pele ou reações inflamatórias não esclarecidas.

O retinol e derivados não devem usados em conjunto com as seguintes substâncias:

  • Alfahidroxiácidos (como o ácido glicólico) e Betahidroxiácidos (como o ácido salicílico), pois podem causar uma irritação e secura acrescida à pele
  • Vitamina C, que deve ser usada preferencialmente de manhã e com um pH mais ácido, ao contrário do retinol que deve ser usado num pH mais alcalino e preferencialmente à noite
  • Peróxido de Benzoílo, já que podem cancelar mutuamente o seu efeito

O uso de vitamina A ou derivados deve ser iniciado de forma pausada e progressiva. O primeiro passo deve ser sempre a limpeza da pele com um produto apropriado e não agressivo. Em segundo lugar, deve-se priorizar sempre a hidratação cutânea prévia (por exemplo com um sérum de ácido hialurónico), com vista a diminuir o risco de irritação cutânea posterior. A mesma hidratação pode também ser reaplicada após o retinol, se o paciente sentir necessidade. Em terceiro lugar, é aconselhado optar inicialmente por formulações mais suaves e com uma menor concentração de retinol ou derivados, para uma adaptação progressiva da pele. A dose inicial deve ser mais ou menos do tamanho de uma ervilha para toda a face, sendo aplicado de três em três dias na primeira semana. Se houver boa tolerância da pele, pode ser aumentada a aplicação para dias alternados nas semanas seguintes, antes de passar para um esquema de uso diária. Por último e, acima de tudo, o paciente deve ter calma e ponderação neste processo, percebendo que como diz o ditado “a pressa é inimiga da perfeição”.

São inúmeras as alternativas atualmente disponíveis no mercado, com variadas formulações e valores. Enumero de seguida alguns dos 10 produtos mais interessantes que tive a oportunidade de experimentar, sem ordem de preferência:

  • Intensive Retinol Sérum e Creme da Esthederm
  • Endocare Renewal e Confort Cream da Cantabria
  • Retinol 0.3 da Skinceuticals
  • Retinal Intense da ISDIN
  • Retinol Specialist da Vichy
  • Eternalist A.G.E. Retinol da Sensilis
  • Retinol Renew Shot da Martiderm
  • Time Booster e Re-Time Sérum da Fillmed
  • NCEF Intensive da Filorga

Autor: 

André P. Lourenço
Especialista em Medicina Geral e Familiar
Pós-graduado em Medicina Estética - UFP 
Pós-graduado em Geriatria - FMUP

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Contando com o contributo de quem já enfrentou o desafio
A Novo Nordisk Portugal lança hoje uma nova campanha de sensibilização para o tema da Obesidade, intitulada “O Que Eles Não...

A campanha irá, ao longo de dois meses, dar a conhecer o testemunho de pessoas com Obesidade ou que acompanham o desafio diário de quem vive com a doença, como forma de sensibilizar a população para uma das grandes pandemias do século XXI, e desmistificar os preconceitos que ainda persistem sobre o tema.

“O que eles não sabem é que pode não ter a ver apenas com o estilo de vida” ou “O que eles não sabem é que viver com Obesidade não é o que pensam” são algumas mensagens utilizadas nesta campanha que visa alertar, também, para a importância de procurar apoio médico especializado para uma correta gestão do peso.

Os apresentadores José Carlos Malato e a Tia Cátia, figuras bem conhecidas do panorama televisivo, aceitaram dar rosto à campanha “O Que Eles Não Sabem” e partilham, com os seus testemunhos, a verdade sobre como é viver com Obesidade e os desafios pelos quais passaram ao longo da sua vida.

Os testemunhos podem ser conhecidos no site A Verdade sobre o Peso, onde é disponibilizado, também, um localizador para encontrar apoio médico.

A propósito desta campanha, Paula Barriga, Diretora-Geral da Novo Nordisk Portugal, refere que “todos temos um papel importante na promoção da literacia em saúde e na comunicação responsável sobre temas que constituem verdadeiros desafios de saúde pública, como é o caso da Obesidade”.

A Obesidade, reconhecida como uma doença pela Organização Mundial de Saúde, é uma doença crónica complexa em que a acumulação anormal ou excessiva de gordura corporal compromete a saúde, aumenta o risco de complicações médicas e reduz a esperança de vida.

Neste processo, o cérebro desempenha um papel fundamental, nomeadamente ao influenciar o equilíbrio energético e o apetite em resposta ao ambiente e às necessidades energéticas do corpo, exercendo alterações hormonais e metabólicas muito poderosas que são ativadas para evitar a fome.

3 de junho
Em celebração do seu segundo aniversário, assinalado a 29 de maio, a RD-Portugal, União das Associações das Doenças Raras de...

O IRIS Concerts, produzido pela Cartola de Artistas, produtora artística dos eventos Candlelight By Fever em Portugal, é projetado para cativar os sentidos e envolver os participantes num ambiente singular de arte interativa e música. A partir das 21h00, o público é convidado a imergir num mundo de luz, cor e criatividade com a curadoria do Studio Kubix com várias instalações de arte interativa, pulseiras de luz exclusivas e animadores, iluminando e tornando o Parque Palmela num local mágico e inspirador.

Quanto à música, os mais nostálgicos vão poder recordar os sucessos musicais dos anos 2000 através do concerto ao vivo dos Stout Covers Band e com uma seleção de DJs da AIMEC Portugal.

Durante o IRIS Concerts, os participantes vão poder desfrutar também de um bar completo e de diversas opções gastronómicas oferecidas por food trucks selecionados.

O valor das receitas reverte inteiramente para a RD-Portugal.

Obtenha mais informações sobre o evento aqui.

 

“Sem equilibrar a organização não existe uma eficaz gestão da doença”, diz Estevão Pape
A organização e gestão da diabetes em Portugal vai estar em destaque na 9ª Reunião Temática do Núcleo de Estudos da Diabetes...

Este encontro conta com a participação das principais autoridades nacionais na área da diabetes: Ricardo Mestre, Secretário de Estado da Saúde, Sónia do Vale, Coordenadora do Programa Nacional da Diabetes, Pedro Cunha, Presidente do Colégio de Medicina Interna da Ordem dos Médicos e Luís Campos, do GAPS, vão analisar a atual situação nacional sobre esta patologia

Para Estevão Pape, Coordenador do NEDM, “num momento em que tanto se aborda a reorganização do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nós ousamos levar a efeito uma reunião sobre um tema de organização e gestão, quer da doença da diabetes, quer da assistência da diabetes, ou seja, das consultas, das entidades, dos grupos e equipas que tratam as pessoas com esta doença”.

Ainda segundo Estevão Pape “sem equilibrar a organização não existe uma eficaz gestão da doença. Não basta ter novos fármacos, novas realidades, novos tratamentos, novas maneiras de educação terapêutica. Se não há equipas organizadas não basta ter fármacos modernos e eficazes. É preciso estarmos organizados em equipas multidisciplinares. É um passo importante para que lancemos o debate que até agora não tem sido lançado especificamente a nível da diabetes”.

Cerca de 12% dos portugueses são diabéticos e dentro de um ano serão 15%. A hospitalização de doentes diabéticos tem uma expressão muito grande, nos serviços de Medicina Interna os diabéticos representam 30% dos internamentos. Em Portugal são realizadas 12 milhões de consultas anuais no sistema público e 8 milhões no sistema privado.

Consulte aqui o programa - https://www.admedic.pt/uploads/programa_9-reunia-o-tema-tica-do-nedm.pdf

 

 

DGS e DGE
O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo da Direção-Geral de Saúde e a Direção-Geral da Educação vão...

O Manual, que se constitui num guia para profissionais de saúde e de educação, possibilita uma melhor compreensão do tema, apresentando propostas de métodos e de meios a utilizar para aumentar a literacia em saúde que permitam fazer escolhas responsáveis e uma vida livre do consumo do tabaco.

No presente manual os autores relatam a sua experiência de trabalho nas Escolas EB 2,3 do concelho de Palmela no processo de construção, implementação e avaliação do Projeto E-STOPS. 

Este Projeto, pioneiro e inovador, teve início no ano letivo de 2013/2014, nas escolas do Concelho de Palmela, junto das turmas do 7.º ano, tendo tido continuidade nos anos letivos seguintes, junto dos alunos das turmas dos 8.º e 9.º anos. 

O Manual foi delineado para abranger o 3.º ciclo do Ensino Básico, tendo por base uma sucessão estruturada de conteúdos e de atividades que tiveram em consideração a fase evolutiva dos jovens nestas idades, à luz dos princípios da escola promotora de saúde. Integra um total de 20 sessões programadas: sete sessões para o 7.º ano, seis para o 8.º ano e sete para o 9.º ano.

A apresentação do “Manual de Implementação – Escolas sem Tabaco a Olha a Promoção da Saúde” terá transmissão em streaming, em link a divulgar brevemente.

 

 

 

Dia 23 de junho
A Equipa para a Prevenção da Violência em Adultos (EPVA) do Hospital do Espírito Santo de Évora assinala o Dia Mundial da...

De acordo com o HESE, a iniciativa pretende alertar para este flagelo da nossa sociedade, um fenómeno tendencialmente crescente que requer obrigatoriamente atenção e intervenção por parte de todos os cidadãos, em especial dos profissionais de saúde. Durante a manhã a temática incidirá nos sub-temas: a importância da articulação interinstitucional e a investigação e jurisprudência e contará com a presença de profissionais da área da saúde, da Segurança Social e da GNR e da PSP.

O aumento de ano para ano, do número de pessoas idosas, vítimas de violência, impõe uma análise rigorosa da realidade social, sobretudo das dinâmicas/relações interpessoais, uma vez que os dados demonstram na maioria uma correlação entre o agressor e a vítima, enquadrável no crime de violência doméstica.  A Organização Mundial de Saúde define a violência contra a pessoa idosa, como: “A ação única ou repetida, ou a falta de resposta adequada, que causa angústia ou dano a uma pessoa idosa e que ocorre dentro de qualquer relação onde exista uma expectativa de confiança”.  

Existem vários sinais que podem indiciar a prática de violência contra a pessoa idosa. No entanto, os dados mostram que há uma predisposição para as vítimas esconderem situações de violência, por temerem o seu agravamento, não quererem preocupar as famílias, ou ainda por limitações físicas e/ou mentais. A violência pode apresentar várias formas, física, psicológica/verbal, sexual, negligência e abandono e/ou financeira/económica. 

A tomada de consciência relativamente à violência contra a pessoa idosa é urgente e indispensável, pois só através dela é possível PREVENIR e consequentemente diminuir o seu risco.  

No dia 15 de junho de 2023, assinala-se mais um Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa, mas o Seminário será dia 23 e contará com a presença da Coordenadora Nacional do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida Casuística, Daniela Machado.

Apresentação de alguns livros que abordam a saúde
O Grupo editorial LIDEL marca presença, como habitual, na 93ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que começa hoje dia 25 e...

Ao longo destas seis décadas, a LIDEL tem mantido um compromisso com a produção de conteúdos atualizados e relevantes em diversas áreas do saber. Com um catálogo diversificado, a editora tem sido um parceiro fundamental para estudantes, profissionais e entusiastas que buscam conhecimento e informação de qualidade.

Na 93ª edição da Feira do Livro de Lisboa, o Grupo LIDEL destaca livros com temas diversificados, tais como a formação, a nutrição, o envelhecimento e o 5G. Com uma programação repleta de eventos e lançamentos de obras notáveis, a LIDEL convida todos os entusiastas da literatura e do conhecimento a participarem desta celebração cultural.

No dia 3 de junho, às 17h, na Praça Amarela, a LIDEL terá o prazer de lançar o livro "Sabemos Comer? Estratégias para o mundo atual” da autoria do conselheiro médico de várias caras conhecidas, José Maria Tallon. Depois de mais de 213 mil pacientes atendidos, e de mais de 2.000.000 de quilos perdidos o autor apresenta este livro inovador que oferece aos leitores estratégias essenciais para uma alimentação consciente e saudável, em sintonia com os desafios do mundo moderno. O lançamento será um evento imperdível para todos aqueles que buscam melhorar seus hábitos alimentares e adquirir conhecimentos valiosos.

No mesmo dia, às 19h45, no Auditório Poente, a LIDEL terá uma sessão de apresentação com o médico Armando de Medeiros, autor do best seller da área da saúde “Saber Envelhecer – Uma Viagem pela Saúde dos Séniores”. Nesta obra profunda e perspicaz, os leitores são convidados a embarcar numa jornada única, explorando questões essenciais relacionadas com a saúde e o envelhecimento. A sessão com o autor promete ser enriquecedora, proporcionando insights valiosos e práticos sobre como viver uma vida plena e saudável na terceira idade.

A participação da LIDEL na Feira do Livro de Lisboa de 2023 reforça o compromisso da editora em promover a disseminação do conhecimento, abrangendo diversos temas e públicos. A pensar em quem não tem oportunidade de visitar presencialmente a feira do Livro de Lisboa, o Grupo LIDEL lançou no site www.lidel.pt a promoção “Livros em Festa”, com descontos que vão até aos 40%, até dia 11 de junho.

Saúde da mulher
Assinala-se, no dia 28 de maio, o Dia Internacional da Saúde Feminina, uma data em que importa relem

Um terço dos problemas de saúde das mulheres entre os 15 e os 44 anos ocorre devido a questões de saúde sexual e reprodutiva que podiam ser evitadas. Com um compromisso de mais de 80 anos de investigação na área de saúde da mulher, a Bayer reuniu quatro conselhos que deve seguir para cuidar melhor de si:

  1. Conhecimento e aconselhamento sobre a contraceção - Os métodos contracetivos trouxeram maior liberdade sexual e empoderamento às mulheres, permitindo-lhes planear a gravidez de acordo com o seu projeto de vida. É crucial conhecer as várias opções disponíveis e aconselhar-se junto de um profissional de saúde sobre os respetivos riscos e benefícios, de modo a encontrar o método que mais se adequa ao seu caso.
  2. Cuidados de higiene adequados – Ter o melhor cuidado possível com a higiene íntima é fundamental para evitar a proliferação de bactérias e o aparecimento de infeções vaginais, como a candidíase ou vaginose bacteriana. A maioria das doenças vaginais são fáceis de tratar, mas podem trazer consequências físicas e psicológicas se não forem tratadas atempada e adequadamente. A higiene regular e adequada é o primeiro passo para manter o pH normal da vagina.
  3. Realização de rastreios com regularidade – O equilíbrio hormonal influencia diretamente a saúde sexual. Assim, importa que as consultas e os exames ginecológicos sejam realizados regularmente, permitindo detetar doenças sexualmente transmissíveis, ou outras doenças ginecológicas que podem impactar significativamente a vida da mulher.
  4. Adotar um estilo de vida saudável – Adotar hábitos saudáveis no nosso dia-a-dia ajuda muito em qualquer aspeto, incluindo na saúde sexual e reprodutiva individual. Evitar o tabaco e substâncias nocivas ao organismo, praticar exercício físico com regularidade, controlar o peso e manter uma alimentação equilibrada, são algumas medidas que protegem a saúde sexual e reprodutiva da mulher de possíveis danos de fatores que podem levar a infertilidade.

 

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Portugueses não dormem, andam stressados e ansiosos
O KuantoKusta revelou hoje uma análise que indica que os portugueses cada vez dormem menos, andam ansiosos e stressados e a...

De acordo com o comparador de preços e marketplace, entre 1 de janeiro e 20 de maio de 2023, registaram-se aumentos de cerca de 184% na procura por MNSRM para o sistema nervoso, e 98% nos suplementos para o sono, stress e ansiedade, comparativamente com o período de 15 de agosto a 31 de dezembro de 2022.

“A tendência de crescimento na procura destes produtos tem sido constante desde o início do ano, o que revela uma notória preocupação dos portugueses com a sua saúde mental e bem-estar. Com os desafios e preocupações que enfrentamos um pouco por todo o país, é essencial que procuremos cuidar do nosso bem-estar”, explica Ana Rego, gestora de comunicação do KuantoKusta.

A mesma responsável alerta ainda que “é muito importante que os consumidores consultem profissionais de saúde antes de iniciar o uso de suplementos ou medicamentos”.

OS gastos médios com este suplementos e medicamentos chegam aos 22,61€

 

 

Mulheres em idade reprodutiva sofrem frequentemente de hipotiroidismo
As doenças da tiroide atingem cerca de uma em cada 10 pessoas em Portugal, mas estão subdiagnosticad

De acordo com Paula Celada, ginecologista do IVI Valência, as mulheres em idade reprodutiva sofrem, muitas vezes, de alterações da glândula da tiroide que podem resultar numa produção excessiva da hormona da tiroide (hipertiroidismo) ou menor (hipotiroidismo). "Quando falamos de hiper ou hipotiroidismo, observamos, com frequência, alterações no ciclo menstrual das mulheres que, por vezes, produzem ciclos anovulatórios. Estas alterações causam maior dificuldade em conseguir uma gravidez espontânea", explica. 

Além disso, o bom funcionamento da glândula da tiroide afeta a gravidez. "O hipotiroidismo   não tratado está associado a uma maior taxa de aborto, descolamento da placenta, pré-eclâmpsia ou baixo peso das crianças no momento do parto. Também está comprovado que existe uma associação entre hipotiroidismo e neurodesenvolvimento fetal", acrescenta Paula Celada. 

Por outro lado, embora seja mais frequente entre as mulheres, o hipotiroidismo também afeta os homens, uma vez que tem impacto na qualidade dos espermatozoides, podendo alterar a morfologia e motilidade dos espermatozoides. Tudo isto diminui a fertilidade masculina. 

Diagnóstico e tratamento   

A especialista esclarece que diagnosticar e tratar patologias da tiroide é muito simples. Em primeiro lugar, um exame de sangue pode determinar se há alguma anormalidade na atividade da glândula da tiroide, seja por excesso ou por diminuição de função. Quanto ao tratamento, o funcionamento pode simplesmente ser restaurado com um suplemento hormonal, para que as funções se recuperem normalmente. 

Em relação às mulheres que querem ser mães, Celada é otimista: "Muitas vezes, a mera normalização da função da tiroide devolve a fertilidade às pacientes que conseguem alcançar a gestação espontaneamente. No caso de haver algum problema adicional de fertilidade ou de não se conseguir uma normalização do ciclo ovulatório, será possível alcançar uma gravidez com tratamentos de reprodução assistida ou através da fertilização in-vitro”.  

Para aliviar os problemas de fertilidade masculina, técnicas como a fertilização in vitro com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) podem ser a solução, permitindo a seleção dos melhores espermatozoides para fertilizar os óvulos. 

Uma vez alcançada a gravidez, a mulher deve ir ao seu endocrinologista para ajustar as doses do tratamento da tiroide, que podem variar ao longo da gravidez.  "Com um bom diagnóstico e com um bom tratamento da patologia da tiroide, conseguimos alcançar uma gravidez sem qualquer risco, quer para a mãe, quer para o bebé", conclui a médica.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O dia 24 de maio marcou o Dia Mundial da Esquizofrenia
Em Portugal, estima-se que a esquizofrenia afete cerca de 23 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, de acordo com os...

A esquizofrenia é uma doença neuropsiquiátrica complexa que afeta, segundo a Gedeon Ritcher aproximadamente 1 em cada 100 indivíduos em todo o mundo, ou seja, cerca de 80 milhões de doentes. Na mente do público – e frequentemente nos filmes de Hollywood – a doença é confundida com personalidade múltipla ou transtorno de personalidade dissociativa, mas a esquizofrenia não implica a presença de personalidades múltiplas. O termo ultrapassado "split of mind", portanto, não se refere à divisão da personalidade ou do eu, mas sim de que as funções emocionais, percetivas, cognitivas e comportamentais são perturbadas e desarmonizadas devido às características da doença. Infelizmente, na maioria dos casos, a esquizofrenia acompanha o doente durante toda a sua vida, no entanto, pode ser tratada de forma eficaz com medicamentos atuais e terapias de suporte usadas em adição à medicação, o que dá aos doentes a oportunidade de viver vidas ativas e significativas.

A esquizofrenia é um estado físico, social e mental substancial não apenas para os doentes, mas também para as suas famílias. De acordo com uma pesquisa realizada há dois anos pela Gedeon Richter Plc. em quatro países – Hungria, Rússia, Bulgária, República Checa – um dos problemas mais comuns enfrentados pelos familiares é a falta de informação, conforme indicado por mais da metade dos entrevistados.

Os efeitos sociais da doença também não devem ser ignorados: após o diagnóstico, os familiares encontram-se numa situação significativamente alterada. Um bom exemplo disso é que seis em cada dez parentes lutam para manter os seus empregos, e a situação financeira de quase todas as pessoas afetadas piora significativamente.

Uma das áreas de foco da Richter é o tratamento de transtornos psiquiátricos, e na Europa Ocidental, a Recordati trabalha em parceria a fim de apoiar pessoas que vivem com esquizofrenia e ajudar as suas famílias. É um trabalho constante para melhorar a qualidade de vida dos doentes com medicamentos seguros e eficazes, e também para fornecer informações confiáveis aos doentes, cuidadores e familiares por meio de um website dedicado.

A recente publicação, designada The Candid Book, para familiares e cuidadores de doentes com esquizofrenia também está disponível online. Oferece dicas práticas para navegar por questões difíceis. Ambas as entidades estão orgulhosas de que um medicamento desenvolvido e adequado para o tratamento da esquizofrenia, esteja agora disponível na maioria dos estados-membros da União Europeia e tenha sido homenageado com o prémio de Medicamento do Ano na Hungria.

Com o apoio da Align Technology
A fenda lábio-palatina designa-se como uma malformação, uma fissura na boca que não fechou durante os primeiros meses de...

Atualmente, é possível as crianças que vivem com fenda lábio-palatina terem um novo sorriso. Segundo a Global Standards of Care da Operation Smile, a fenda labial deve ser corrigida até aos seis meses de vida da criança; e a fenda palatina até a criança completar um ano.1 Sem tratamento, as fendas lábio-palatinas podem causar graves problemas de saúde que podem ser fatais, e as crianças que sobrevivem frequentemente enfrentam anos de isolamento social e bullying.

Desde 2013 que a Align Technology tem apoiado a Operation Smile, uma organização médica internacional sem fins lucrativos que tem proporcionado centenas de milhares de cirurgias gratuitas a pessoas nascidas com fendas lábio-palatinas em países de baixo e médio rendimento. Os cuidados das fendas lábio-palatinas são prestados por mais de 6.000 voluntários e a organização opera em mais de 30 países como o Brasil, República Dominicana, Etiópia ou Vietname. Além das cirurgias, a organização disponibiliza apoio em várias áreas como nutrição, os terapeutas ensinam aos pais técnicas de alimentação para os seus bebés, porque as crianças com fissuras muitas vezes não se conseguem alimentar corretamente e podem ficar malnutridas; terapia da fala, uma vez que a fenda lábio-palatina cria dificuldades à fala; cuidados de saúde oral, com médicos dentistas a ajudarem ao criar procedimentos especializados e a desenvolverem dispositivos que melhoram os resultados cirúrgicos dos pacientes e a saúde em geral; apoio psicológico, disponibilizado por psicólogos certificados que apoiam os pacientes e as suas famílias durante todo o seu tratamento; e cuidados ortodônticos, cruciais para um desenvolvimento oral saudável dos pacientes e para o desenvolvimento da sua confiança.

“É extraordinário testemunhar o impacto do trabalho da Operation Smile. Não só nas próprias crianças, mas também nos seus familiares, nos seus amigos e nos seus vizinhos. As crianças que antes eram intimidadas e excluídas pelos seus pares, estão agora a desenvolver-se, frequentam a escola e estão integradas na comunidade. Estamos orgulhosos do apoio que recebemos da Align Technology durante estes anos, isso permitiu-nos fazer mais e proporcionar o acesso a cuidados a ainda mais crianças, às suas famílias e às suas comunidades", referiu a Dra. Maria Moore, Presidente do Conselho de Administração da Operation Smile no Reino Unido.

Juan Manuel Frade, Diretor Geral da Align Technology para Portugal e Espanha, comentou a parceria “estamos muito orgulhosos da nossa parceria com a Operation Smile e por ajudar mais pessoas em todo o mundo a sorrir. A Operation Smile preconiza um futuro onde a saúde e a dignidade são melhoradas através de cirurgias seguras, uma missão em consonância com a nossa: transformar sorrisos e mudar vidas”.

A Align Technology já doou mais de 2,5 milhões de dólares, permitindo à organização proporcionar cirurgias e cuidados de saúde oral a centenas de milhares de pacientes nos países mais vulneráveis no mundo.

Estudo
A INTIMINA, marca que oferece a primeira gama de produtos dedicados ao cuidado da saúde íntima feminina, realizou um estudo em...

O estudo foi realizado no âmbito do Dia da Higiene Menstrual que se assinala mundialmente a 28 de maio, com o objetivo de sensibilizar, quebrar o silêncio, promover a consciencialização e mudar as normas sociais negativas em relação à higiene menstrual. Atualmente, milhões de mulheres e raparigas em todo o mundo encontram-se em situação de pobreza menstrual, prejudicando as oportunidades de educação, saúde e sociais, acabando impedidas de atingir o seu pleno potencial.

De acordo com as conclusões do estudo da INTIMINA, em Portugal não existem tradições de exclusão social relativamente à menstruação e existe um esforço coletivo entre família, escolas e organizações para que se aborde a menstruação como uma coisa natural e se promova informação adequada e generalizada. Assim, 90% das inquiridas confirmam que falam abertamente sobre menstruação com a família e amigos e mais de metade afirma que não conhece o termo “pobreza menstrual”.

Quando questionadas sobre o custo de ter período, 30% das jovens refere não ter noção, ou por não fazer as contas ou pela gestão financeira ser realizada por terceiros. Já 5 em cada 10 revela saber que gasta mais de 5€ por mês em produtos de higiene menstrual. Contudo, quando inquiridas sobre se já sentiram dificuldades financeiras para adquirir produtos de higiene menstrual, uma em cada 10 revelou que sim e que esse fator já condicionou a frequência com que trocam de produto menstrual por dia.

Os tradicionais pensos e tampões descartáveis são os produtos mais usados pela maioria das inquiridas, no entanto, são os mais caros, com 16% a revelar que gasta mais de 10€ por mês em produtos menstruais. Por outro lado, duas em cada 10 jovens, revelam que, por já usarem um produto menstrual reutilizável, não têm gastos mensais com o período. Ou seja, um copo menstrual (que em Portugal ronda os 30€) faz com que, após a compra, não existam gastos adicionais. Ou, em rigor, considerando uma vida útil de 10 anos do copo, o custo mensal de ter período seja cerca de 0,30 cêntimos.

Mas, então, qual o motivo para a maioria das inquiridas ainda ter gastos mensais com o período? 93% revela que nunca experimentaram um copo menstrual e apenas 16% afirma que não se preocupa com a sustentabilidade na menstruação. Com a missão de reforçar a preocupação das boas práticas de sustentabilidade menstrual e incentivar a experimentação de produtos menstruais amigos do ambiente, a INTIMINA desenvolve cada vez mais iniciativas para, em conjunto com as mulheres, fazerem parte da mudança. Destaque para a Greentimina, uma calculadora de resíduos menstruais que permite calcular a quantidade de resíduos produzidos, desenvolvida para que se possa ver de forma clara o impacto ambiental da menstruação, promovendo a consciencialização. Para incentivar a experimentação, a INTIMINA desenvolveu o Lily Cup One, um copo menstrual criado especialmente para novas utilizadoras que estão hesitantes em experimentar. Pequeno, cómodo e prático – com argola de remoção fácil e aro duplo para evitar fugas; universal a todos os tipos de fluxo e 100% de silicone de grau médico, é saudável para o corpo, além de isento de odores, secura ou irritação.

O estudo revelou ainda resultados otimistas quanto à preocupação das jovens na gestão da higiene menstrual, seja a nível social, económico e sustentável, contudo, ainda há um caminho a percorrer. Há quem sinta dificuldades em ter acesso a produtos de higiene menstrual (10,46%), quem não esteja preocupada com o impacto ambiental (16,8%) e quem não tenha noção da realidade da pobreza menstrual na sociedade (58,42%), pelo estigma que ainda existe em abordar estes temas.

“Olhar para a mulher na sua total liberdade e igualdade”
Mais conhecimento da população sobre a forma de ver a mulher, mais rastreios de saúde, melhor acesso digital à formação dos...

A presidente da sociedade científica acredita que “este plano deve reconhecer a importância da literacia em saúde e apresentar medidas precisas sobre acesso, prevenção, promoção e capacitação das mulheres”.

A proposta vai ao encontro daquilo que já se faz noutros países: a adoção de uma orientação nacional que responda às necessidades da saúde feminina. Entre as propostas, a SPLS defende um foco na saúde holística da mulher integrada num determinado contexto, na saúde reprodutiva e planeamento familiar, na prevenção e rastreio de doenças, como as infeções sexualmente transmissíveis (IST), e no investimento em pesquisas científicas para melhorar a compreensão das questões de saúde específicas das mulheres. 

Cristina Vaz de Almeida, presidente da SPLS, recorda que, em Portugal, “apenas 22% das mulheres afirmaram ter feito um exame para detetar qualquer tipo de IST, de acordo com o Índice Mundial da Saúde das Mulheres de 2022”. Além disso, relembrando um relatório do Instituto Europeu para a Igualdade de Género de 2021, diz que “a saúde das mulheres portuguesas é pior do que a dos homens: têm mais dificuldade em pagar despesas de saúde mental e dentárias e vivem menos tempo com qualidade de vida depois dos 65 anos”. 

O plano deve também dar destaque à implementação de estratégias para a promoção da saúde mental, focando-se na prevenção, deteção e tratamento de condições como depressão, ansiedade e violência doméstica. Atualmente, os transtornos alimentares figuram na lista de doenças psiquiátricas com maior prevalência em indivíduos do sexo feminino. 

A sociedade científica defende ainda que é fundamental olhar para as mulheres em situação de vulnerabilidade, como idosas, reclusas e vítimas de violência de género. “É necessário que consigamos responder a todos os pedidos de ajuda, principalmente dos grupos que, perante as suas vulnerabilidades, tendem a esconder-se mais ou recusam pedir ajuda por vergonha ou receio”. Cristina Vaz de Almeida afirma que o diploma deve também deixar claro a responsabilidade das instituições de saúde em dar uma resposta assertiva e inclusiva aos membros da comunidade LGBTQI+, como mulheres transgéneras. 

Saúde materna e acesso das mulheres aos lugares de topo na saúde são outras das preocupações da associação. Para já, a SPLS recomenda a criação de um grupo de trabalho que possa estudar e analisar estas e outras propostas. “Uma estratégia nacional de saúde da mulher é importante para garantir que as mulheres recebam cuidados de saúde abrangentes, específicos e acessíveis, promovendo a sua saúde e bem-estar. É preciso olhar para a mulher de uma forma holística, na sua total liberdade e igualdade”, conclui.

Prémio Hologic Saúde da Mulher
O Prémio Hologic Saúde da Mulher 2023, no seu primeiro ano e no valor de 12 mil euros, é hoje atribuído à investigação liderada...

O estudo “Impacto clínico do VGF como um biomarcador preditivo e de prognóstico para a metastização cerebral em mulheres com cancro da mama” antecipa o desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico e terapêuticas que irão permitir melhorar a vigilância precoce das doentes, que podem beneficiar de terapias específicas e reduzir os custos associados ao tratamento.

Como explica a premiada, Ana Sofia Ribeiro, investigadora do i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto, “a deteção precoce permite um tratamento mais eficaz e com melhores resultados. Quase 98% das mulheres diagnosticadas com cancro da mama em estádios iniciais apresentam uma sobrevida significativamente melhor quando comparada com as 30% de doentes que são diagnosticadas nos estádios mais avançados. Com o nosso trabalho, antecipamos uma abordagem significativa e inovadora para enfrentar esta condição mortal, com vista a melhorar o diagnóstico e a terapêutica para mulheres com cancro de mama metastático cerebral”.

A investigadora acrescenta ainda que “o cancro da mama é a neoplasia maligna mais comum e a principal causa de morte em mulheres devido a metástases distantes no osso, pulmão, fígado e cérebro. Em particular, a metastização cerebral tem vindo a aumentar e apresenta as piores taxas de sobrevida entre as doentes com cancro da mama metastático. Desta forma, existe uma necessidade urgente de identificar biomarcadores preditivos, que nos ajudem a identificar as doentes que estão em maior risco para desenvolverem metástases cerebrais. Assim, poderemos acompanhar melhor estas doentes para além de promovermos o desenvolvimento de novos tratamentos”.

Para a presidente do júri do Prémio Hologic Saúde da Mulher, Maria do Carmo Fonseca, “o júri selecionou unanimemente este projeto por se tratar de um trabalho de investigação inovador e muito bem fundamentado, focado na metastização cerebral do cancro da mama. Atualmente não existem tratamentos eficazes para os cancros da mama que dão origem a metástases no cérebro, pelo que o trabalho premiado tem o potencial de gerar conhecimento de grande relevância para o acompanhamento médico das mulheres com este tipo de cancro. O prémio permitirá à jovem investigadora que lidera o projeto realizar mais experiências laboratoriais, aumentando assim a sua competitividade no processo de atração de fundos adicionais necessários para demonstrar a aplicabilidade clínica dos resultados”.

De acordo com Emilia De Alonso, Country Business Lead Iberia da Hologic, “o Hologic Women's Health Award reconhece claramente a importância das mulheres como um pilar fundamental para a prosperidade e desenvolvimento sustentável das sociedades. O nosso contínuo apoio a este prémio, hoje atribuído pela primeira vez, reforça o nosso compromisso em continuar a promover o conhecimento e o desenvolvimento da Saúde da Mulher em Portugal, com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida e bem-estar.”

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