E a mais escolas, no último ano
Sintomatologia depressiva entre os jovens no país volta, amanhã, a ser debatida em Coimbra, no XII Encontro Mais Contigo,...

Problemas do foro da saúde mental dos jovens relacionados com o sono e com a excessiva exposição aos ecrãs são temas de duas conferências, amanhã de manhã, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), no âmbito do XII Encontro Mais Contigo, espaço onde serão, ainda, divulgados os resultados das intervenções realizadas, no último ano letivo (2022-2023), pelo programa de prevenção de comportamentos suicidários em meio escolar, Mais Contigo

Com uma conferência inicial às 9h00 (“Mais Contigo - Resultados 2022/2023”), da responsabilidade da equipa coordenadora do programa, o encontro, este ano a ter lugar nas instalações da ESEnfC em Santo António dos Olivais (Auditório do Polo A), prossegue com as conferências “Ecrãs e saúde mental” (9h30, pelo psiquiatra José Vieira Andrade) e “Sono e saúde mental” (10h45, pela psicóloga Teresa Rebelo Pinto).

Com uma conferência inicial às 9h00 (“Mais Contigo - Resultados 2022/2023”), da responsabilidade da equipa coordenadora do programa, o encontro, este ano a ter lugar nas instalações da ESEnfC em Santo António dos Olivais (Auditório do Polo A), prossegue com as conferências “Ecrãs e saúde mental” (9h30, pelo psiquiatra José Vieira Andrade) e “Sono e saúde mental” (10h45, pela psicóloga Teresa Rebelo Pinto).

Intervirão na sessão de abertura, Rosa Reis Marques (presidente da ARS do Centro), João Redondo (Coordenação Regional de Saúde Mental da ARS do Centro), Fernando Amaral (Presidente da ESEnfC), Áurea Andrade (enfermeira diretora do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra) e José Carlos Santos (coordenador do Programa Mais Contigo).

Aumento de procura de ajuda de pedopsiquiatria na fase pós-pandemia

O período da tarde será preenchido com dois painéis, com testemunhos do ponto de vista experiencial e regional, o primeiro (14h00) por profissionais de saúde (equipas locais Mais Contigo) e o segundo (14h45) por alunos, pais e professores. 

Serão relatadas experiências de parceiros do projeto na Madeira, em Leiria, Vouzela, Coimbra, Valpaços, Porto e região do Alto Ave. E feitas partilhas relacionadas com atividades realizadas nas comemorações do Dia Mais Contigo, por escolas de Estremoz, Porto, Lourinhã, Vouzela e Campia, Queluz (Lisboa) e Coimbra.

De acordo com a organização do encontro, «na fase pós-pandemia parece ser unânime a constatação do aumento de procura de ajuda junto dos serviços de pedopsiquiatria e outros, por parte de crianças e adolescentes», donde «medidas de prevenção reforçam a sua importância, numa procura de prevenir comportamentos de risco, detetar precocemente sofrimento mental e prestar ajuda no mais curto espaço de tempo».

Em funcionamento há 13 anos, o programa Mais Contigo, que trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência, é reconhecido como uma boa prática pela Direção-Geral da Saúde e pelo ICN – Conselho Internacional de Enfermeiros. E beneficia do apoio da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental (Serviço Nacional de Saúde).

Saúde mental e saúde oral são as áreas mais problemáticas por razões de natureza financeira
As necessidades não satisfeitas no acesso a cuidados de saúde em Portugal são substancialmente superiores às registadas a nível...

Ultrapassando a média europeia de 13%, a falta de acesso aos cuidados de saúde em Portugal é maioritariamente associada a razões de ordem financeira (25,6%), sendo particularmente problemática no acesso aos cuidados de saúde oral (29%) e saúde mental (28%). As variáveis acesso a cuidados médicos (13%) e aquisição de medicamentos prescritos (7%) revelam-se menos relevantes mas superiores às médias europeias (5,5% e 4,2%, respetivamente). Adicionalmente, cerca de 30% das pessoas não acederam a cuidados de saúde devido ao tempo de espera (acima da média europeia de 19%).

Quando analisado o total da população (e não apenas o conjunto das pessoas com necessidades de saúde) verifica-se que cerca de 6% da população portuguesa reportou necessidades não satisfeitas no acesso a cuidados médicos.  Também neste grupo o acesso a cuidados de saúde oral e de saúde mental é particularmente problemático sendo as principais razões para as elevadas necessidades não satisfeitas no acesso a este tipo de cuidados em Portugal de natureza financeira. No caso da saúde mental estima-se que 3,7% da população europeia tenha tido necessidades não satisfeitas enquanto Portugal regista um valor substancialmente superior (27,8%). Relativamente à saúde oral as necessidades não satisfeitas a nível europeu situam-se nos 11% enquanto Portugal regista, mais uma vez, um valor mais elevado e que se situa nos 29%.

Analisados os dados relativos ao Inquérito elaborado pela Nova SBE em Portugal no que se refere a medicamentos verifica-se cerca de 9% da população não comprou todos os medicamentos que devia tendo 29% optado por reduzir a sua fatura através da escolha de medicamentos genéricos. Os custos das consultas, dos transportes e o receio de perder um dia de salário foram destacados pelos inquiridos como barreiras no acesso a cuidados de saúde (4%, 2% e 5%, respetivamente). De entre as barreiras (não financeiras) no acesso a cuidados de saúde é de destacar que 9% da população portuguesa teve consultas ou exames cancelados e cerca de 6% optou por não ir a uma consulta ou a um exame por receio de contágio com a COVID-19.

A análise dos diferentes indicadores observados na presente Nota Informativa – baseados nas Estatísticas Europeias sobre Rendimentos e Condições de Vida (EU-SILC), inquérito de Saúde Europeu (EHIS) e Inquérito da Nova SBE sobre o Acesso a Cuidados de Saúde (IACS) – coloca Portugal numa situação desfavorável face aos restantes países europeus. ‘As necessidades não satisfeitas no acesso a cuidados de saúde são substancialmente superiores às registadas a nível europeu e, de acordo com o Inquérito de Acesso a Cuidados de Saúde, aumentaram em 2022’ referem os investigadores acrescentando 'o acesso aos cuidados de saúde mental e de saúde oral surge como a principal preocupação (…) e refletem os níveis de cobertura mais reduzidos nestas áreas oferecidos pelo sistema de saúde português, em particular pelo SNS’.   As barreiras financeiras (que surgem muitas vezes como consequência da potencial falta de cobertura por parte do SNS) ‘não estão relacionadas com o volume das taxas moderadoras – que progressivamente têm vindo a ser eliminadas. O acesso a cuidados de saúde no SNS implica despesas que extravasam a discussão relativa às taxas moderadoras (..) uma ida a consultas ou urgências envolve um conjunto de despesas significativo, associadas a medicamentos, transportes, alimentação, entre outros. Assegurar o acesso a cuidados de saúde passa por endereçar as barreiras identificadas, muitas delas de natureza financeira, permitindo reduzir as necessidades não satisfeitas’, concluem.

Opinião
A 26 de setembro celebra-se o Dia Mundial da Contraceção, data instituída pelas Nações Unidas desde

Existe uma diversidade de métodos contracetivos disponíveis, para responder às necessidades específicas de cada um. O aconselhamento é crucial, garantindo que as pessoas possam escolher o que funciona melhor para elas, tendo em consideração fatores como o estilo de vida, saúde, planos futuros e expetativas. Os métodos contracetivos vão desde opções hormonais, como pílulas contracetivas, anel vaginal, adesivos e injeções, a métodos de barreira, como preservativos e diafragmas, e contracetivos reversíveis de longa duração (LARC), como dispositivos intrauterinos (DIU) e implantes. Cada método tem o seu próprio conjunto de benefícios e riscos potenciais e, ao oferecer opções diversificadas, as pessoas podem encontrar o que melhor se adapta às suas preferências e necessidades.

Segundo um estudo sobre as tendências em contraceção na população portuguesa, NEST-C, realizado em 2021, a pílula continua a ser o método contracetivo mais utilizado - 70% dos casos. O atributo mais apreciado na pílula é o controlo da menstruação e as principais características apontadas de uma pílula “ideal” são o bom controlo do ciclo, menor risco de trombose e a redução da menstruação.

Este estudo revela também novas preocupações das mulheres em relação ao meio ambiente: 28% já ouviram falar sobre o impacto negativo das hormonas nos ecossistemas naturais, especialmente aquíferos, sendo este conhecimento mais prevalente nas mais jovens (entre os 15 e os 19 anos), que consideram o uso de pílulas com menor impacto ambiental.

De facto, os estrogénios naturais e sintéticos encontram-se frequentemente nos ecossistemas, em particular nos aquáticos, devido à sua utilização na alimentação do gado e à utilização no ser humano em contracetivos orais ou no tratamento da menopausa. O seu impacto é uma preocupação crescente, tendo já sido incorporados na lista de compostos sob vigilância da União Europeia. Nas águas portuguesas foram já calculados valores médios destas hormonas em quantidades capazes de provocar consequências negativas. Os estrogénios, designadamente o estriol, o estradiol e o etinilestradiol (este último presente na maioria das pílulas disponíveis no mercado), podem induzir, mesmo em baixas concentrações ambientais, efeitos nocivos ecotoxicológicos sobre o sistema endócrino e imunitário de algumas espécies animais. Nomeadamente, reduzem o crescimento dos peixes e afetam o seu desenvolvimento sexual e capacidade reprodutiva.

Recentemente, foi introduzido no mercado um contracetivo hormonal oral com um novo estrogénio na sua composição, o estetrol. Este é sintetizado exclusivamente pelo fígado fetal durante a gravidez e produzido para uso clínico a partir de fontes vegetais. Tem um mecanismo de ação singular, atuando conforme o tecido alvo. Desta forma, classifica-se como um estrogénio nativo com uma atividade tecidual seletiva, que apresenta um menor impacto endócrino e metabólico, nomeadamente no fígado, mama e metabolismo lipídico. Por isso, parece apresentar melhor perfil de segurança para a mulher, mantendo a eficácia contracetiva, quando comparado com as restantes pílulas. A somar a estes benefícios para a mulher, o estetrol diferencia-se dos restantes estrogénios quanto ao impacto ambiental, pois a sua degradação não produz resíduos metabolicamente ativos. Além disso, os estudos de avaliação de risco ambiental com estetrol sugerem que este estrogénio nativo não afetará o ecossistema aquático e apresenta um perfil ambiental mais favorável do que o etinilestradiol e é menos suscetível de afetar a capacidade reprodutiva dos peixes. Estaremos assim perante a chamada contraceção verde?

Atualmente, os avanços na medicina, para além de irem ao encontro das necessidades do ser humano, mas cada vez mais, têm de entrar em linha de conta com as preocupações ambientais e com a crescente importância do conceito de sustentabilidade.

Neste Dia Mundial da Contraceção, celebremos os esforços desenvolvidos para empoderar os indivíduos a fazerem escolhas que estejam de acordo com os seus objetivos de saúde reprodutiva. Ao proporcionarmos o acesso a uma multiplicidade de métodos contracetivos e ao promovermos a tomada de decisões informadas, podemos contribuir coletivamente para sociedades mais saudáveis, para a igualdade de género e para uma melhor qualidade de vida em todo o mundo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Coligação global incentiva os jovens a tomar decisões informadas sobre contraceção
Quase metade das gravidezes que ocorrem anualmente, a nível mundial, não são planeadas e mantêm-se em 121 milhões por ano (332...

O planeamento familiar, livre acesso a todos os métodos contracetivos e conhecimento sobre a proteção contra infeções sexualmente transmissíveis são essenciais para um mundo em que todas as gravidezes são planeadas. No entanto, um obstáculo crucial para atingir esse objetivo foi revelado nos dados mais recentes de 68 países sobre independência corporal, demonstrando que uma estimativa de 44% das mulheres e raparigas com parceiros ainda não podem tomar decisões sobre os seus cuidados de saúde, sexo ou contraceção. Este relatório concluiu que 24% não podem recusar sexo, 25% não podem tomar decisões sobre os seus próprios cuidados de saúde e 11% não podem tomar decisões especificamente sobre contraceção. 

Para as mulheres, a incapacidade de escolher representa uma barreira à sua liberdade e independência corporal; globalmente, constitui uma barreira ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) até 2030. As metas dos ODS sobre a utilização de contracetivos afetam também a capacidade de cumprir restantes ODS globais, como a igualdade de género, boa saúde e bem-estar, eliminação da pobreza, educação de qualidade para todos e promoção do crescimento económico sustentável. 

“É devastador que, apesar de todo o progresso feito no sentido de aumentar o acesso à contraceção, existam ainda 257 milhões de mulheres no mundo que não têm esse direito”, afirma Claus Runge, Diretor de Market Access, Public Affairs and Sustainability, Bayer. “Os jovens, incluindo os mais vulneráveis, precisam de apoio e acesso a informações exatas que abordem as suas necessidades, direitos e preocupações, juntamente com os recursos, as ferramentas e as capacidades necessárias para tomarem as suas próprias decisões. É por este motivo que a Bayer pretende permitir que 100 milhões de mulheres por ano, em países de rendimento baixo e médio-baixo (PRMB), consigam satisfazer as suas necessidades em contraceção, até 2030. Em 2022, já impactámos 44 milhões de mulheres em PRMB. As nossas parcerias com The Challenge Initiative (TCI) são essenciais para alcançar este objetivo.”  

O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) encara o ainda elevado número de gravidezes não planeadas como um insucesso global na defesa de um direito humano básico de todas as mulheres e raparigas.  Em 2021, havia ainda, a nível mundial, uma estimativa de 257 milhões de mulheres que pretendiam evitar a gravidez, mas não utilizavam métodos de contraceção eficazes e, dessas, 172 milhões não utilizavam nenhum método.

 Os programas de planeamento familiar fizeram uma enorme diferença a nível mundial, e mais mulheres estão a fazer escolhas informadas sobre contraceção; por exemplo, em comparação com há uma década, mais 87 milhões de mulheres e raparigas de PRMB estão a utilizar métodos de contraceção. No entanto, muitas mais destas mulheres continuam a não poder escolher o método contracetivo que mais satisfaz as suas necessidades, devido a numerosas barreiras de acesso. Estas variam entre ausência de sensibilização, a incapacidade de pagamento, limitações baseadas na idade ou no estado civil, ao mesmo tempo que a vergonha, o estigma, o medo, a pobreza, a desigualdade de género e muitos outros fatores prejudicam a capacidade das mulheres e das raparigas de exercerem o seu poder de escolha e procurarem obter contracetivos. Os mitos e as perceções erradas persistentes sobre a contraceção são também barreiras à utilização de métodos contracetivos. 

A análise de dados de 150 países destaca que existem barreiras ao acesso e à utilização de cuidados de saúde sexual e reprodutiva eficazes em todos os contextos e não apenas naqueles onde os recursos são escassos. Esta análise, a primeira estimativa de sempre por país baseada em modelos para quase todos os países do mundo, também reforça a grande variação entre países nas taxas e na incidência de gravidez não planeada. 

O impacto de uma gravidez não planeada e, consequentemente, dos danos reais à qualidade de vida de uma mulher é incalculável. As consequências podem durar toda a vida e alargar-se a comunidades inteiras.  

A redução do número de mulheres que se encontram nesta situação está correlacionada com o aumento do crescimento económico, o desenvolvimento socioeconómico e a promoção da saúde pública. Os investimentos em cuidados de saúde sexual e reprodutiva resultam em benefícios que se repercutem nas comunidades e nos países e se multiplicam ao longo de gerações, contrariamente à ausência de investimento que, por sua vez, subtrai às gerações atuais e futuras o potencial para prosperarem.

Talk-Show sobre doença dermatológica
O segundo episódio da 2.ª temporada do talk-show Dermatoque, iniciativa da Lilly Portugal, regressa dia 28 de setembro, às...

Com um toque de vida real, “Um olhar para além da doença dermatológica: acesso e adesão ao tratamento” é motivo de discussão na voz dos médicos dermatologistas Tiago Torres e Paulo Ferreira, aos quais se junta Jaime Melancia, presidente da Associação Portuguesa da Psoríase, assegurando a partilha de conhecimento e perspetivas diferenciadas na área.

Num episódio que explora temáticas além do mundo dermatológico, à distância de um toque, vão procurar conversar sobre os desafios de acesso e adesão ao tratamento na psoríase.

O evento decorrerá em formato online, com transmissão em direto, e possibilidade de colocar questões através do chat disponível.

As inscrições podem ser feitas aqui e os episódios anteriores revistos aqui.

 

No ano em que empresa completa o 10º aniversário
Lucie Perrin é a nova diretora-geral da AbbVie em Portugal. Com mais de 15 anos de experiência na indústria farmacêutica, onde...

“É com enorme entusiasmo que assumo a direção-geral da AbbVie em Portugal, num momento tão importante para a companhia, que completa este ano o seu 10º aniversário. Encaro com responsabilidade o compromisso de trabalhar em estreita colaboração com todos os parceiros para assegurar o acesso dos portugueses aos medicamentos inovadores e contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde”, declara Lucie Perrin.

Licenciada em Biologia, com um Mestrado em Marketing e Gestão aplicado à área da Saúde, pela Universidade de Lille, Lucie Perrin iniciou o seu percurso na indústria farmacêutica em 2012, como Government Affairs Manager para a Europa nos laboratórios Abbott, numa altura em que já decorria o processo de separação que deu origem à AbbVie.

Ao longo dos anos, desempenhou na filial francesa da AbbVie e a nível europeu, diversas funções comerciais e de acesso ao mercado nas áreas de Imunologia, Reumatologia e Neurociências. Nos últimos dois anos, ocupava o cargo de Head of Market Access para a Europa.

Lucie Perrin sucede assim a Antonio Della Croce, que liderava a filial portuguesa desde 2020 e que agora assume a direção-geral da AbbVie na República Checa e Eslováquia.

 

Pfizer Talks: Desafios do século XXI
“A inteligência emocional é um conceito que já surgiu há uns anos, mas aparecia sempre muito ligado aos contextos profissionais...

Este é um excerto da conversa com a convidada Rosário Carmona e Costa, Psicóloga Clínica e Fundadora do Belong, que falou sobre a sua experiência sobre inteligência emocional, no primeiro episódio da 7ª temporada das Pfizer Talks, projeto de literacia desenvolvido pela Pfizer Portugal. Esta temporada tem como tema principal “Os grandes desafios do século XXI”.

Através de reflexões simples e descomplicadas, a Pfizer pretende abordar assuntos atuais e complexos, presentes no dia-a-dia de todos, com o objetivo de informar a sociedade com consciência e sensibilidade.

“Procuramos responder, com a ajuda de especialistas de várias áreas, a questões que podem ser definidas como alguns dos maiores desafios do século XXI. Acreditamos que o futuro apresenta-nos cada vez mais interrogações que merecem ser debatidas para benefício de todos. Da vontade de encontrar respostas, nasce mais uma temporada das Pfizer Talks”, explica Paulo Teixeira, Diretor Geral da Pfizer em Portugal.

Mais uma vez, a Pfizer convidou especialistas de diferentes áreas a partilharem a sua perspetiva e experiência sobre inteligência emocional, mercado de trabalho, literacia alimentar, inteligência artificial, e obesidade. Os convidados foram ainda desafiados a partilhar a questão que considerem mais premente sobre o tema do seu episódio.

Os episódios serão disponibilizados semanalmente através do Youtube e redes sociais da Pfizer Portugal. Esta nova temporada encontra-se também disponível em formato de Podcast.

 

50% da parcela não comparticipada
Os beneficiários do Complemento Social para Idosos (CSI) têm, a partir de hoje, desconto imediato aquando a aquisição de...

De acordo com o comunicado de imprensa do Ministério da Saúde, “os utentes deixam de ter de apresentar a fatura de aquisição dos medicamentos no centro de saúde, de requerer os Benefícios Adicionais de Saúde (desconto de 50% na parcela do preço não comparticipada pelo Estado), e de aguardar pelo processamento e pagamento do reembolso, juntamente com a pensão e o CSI.”

Com esta alteração, introduzida no âmbito do programa SIMPLEX, os beneficiários deste apoio ficam automaticamente dispensados do pagamento de 50% da parcela não comparticipada no preço dos medicamentos.

Esta medida entrou em vigor esta segunda-feira, 25 de setembro, em Portugal continental, “e resulta da aplicação de procedimentos eletrónicos que permitem que todas as pessoas abrangidas tenham acesso imediato e automático ao benefício”.

O Ministério da Saúde faz saber ainda que beneficiários do CSI “continuam a ter direito ao reembolso das despesas que tenham com a aquisição de óculos e lentes (75% da despesa, até ao limite de 100€, de dois em dois anos) e com a aquisição de próteses dentárias removíveis (75% da despesa, até ao limite de 250€, de três em três anos)”.

Estes beneficiários podem ainda aceder, de forma gratuita, às consultas de dentista/ estomatologista, através do cheque-dentista, entre uma lista de profissionais de saúde oral disponível no centro de saúde.

 

"A prestação de cuidados diferenciadores é extremamente exigente, mas é possível", afirma Diretora Técnica
O Abrigo, em Santa Maria da Feira, é a primeira instituição em Portugal a receber o Selo Humanitude, uma distinção...

Com este reconhecimento, O Abrigo valida a sua missão de prestar cuidados a pessoas idosas, baseados na ternura, demonstrando que é possível um lar de idosos ser um lugar de vida.

Desde 2014, O Abrigo adotou práticas que orientam a atuação dos profissionais, baseadas na metodologia Gineste-Marescotti e na filosofia de cuidados Humanitude, que privilegiam intervenções não-farmacológicas no controlo e redução de Comportamentos de Agitação Patológica, fornecendo técnicas específicas que melhoram a qualidade de vida da pessoa cuidada e dos cuidadores.

Nove anos depois, o lar de idosos regista 99% de aceitação dos cuidados por parte dos utentes, significando que apenas 1% expressa agitação e recusa nos cuidados.

Este modo de cuidar no envelhecimento, cujos lemas são «O toque ternura» e «Viver e morrer de pé», tem produzido mudanças assinaláveis, evidenciando-se como uma ferramenta eficaz na promoção da qualidade e da humanização dos cuidados de saúde.

No relatório da auditoria realizada pelo Instituto Gineste-Marescotti Portugal, que resultou na atribuição do Selo Humanitude, é referida “a graciosidade da equipa na prestação de cuidados. Os gestos das cuidadoras parecem fáceis e espontâneos, mas, revelam treino e profissionalização: são delicados, precisos e eficazes”.  

Neste documento é também enaltecida a "dociabilidade ambiental”. “O som, o cheiro, os espaços e o ambiente são harmoniosos, agradáveis e estimulam sensorialmente de uma forma positiva as pessoas que vivem e trabalham nesta casa.”

São ainda destacados os procedimentos de trabalho que “garantem que a casa é organizada sem haver sobreposição das tarefas às necessidades e bem-estar das pessoas cuidadas”.

Além da prestação de cuidados com a grelha de captura sensorial, a auditoria avaliou dimensões relacionadas com: a vida da casa; procedimentos de trabalho; ocupação do tempo; cuidados de alimentação; registos e dinâmica de funcionamento.

"A prestação de cuidados diferenciadores é extremamente exigente, mas é possível. É um orgulho enorme para a nossa equipa termos a validação externa e internacional de que o trabalho que desenvolvemos todos os dias respeita as pessoas de quem cuidamos. Este Selo é uma garantia de qualidade que aumenta o compromisso com o trabalho que desenvolvemos, confirma que estamos no bom caminho para garantir a dignidade nos cuidados a pessoas idosas e pode também aumentar a segurança das famílias na escolha de um lar. Estou convicta que este é um passo muito importante para a mudança organizacional dos lares de idosos em Portugal. Este é o tempo para que esta mudança se faça sentir”, afirma Alexandra Ferreira da Silva, Diretora Técnica do Centro de Solidariedade Social de São João de Ver – O Abrigo.

Consultas dedicadas e integradas ajudam a devolver a autonomia às pessoas com limitação visual
A propósito do Dia Mundial da Retina, que se assinalou neste domingo (24 de setembro), a Associação Protetora dos Diabéticos de...

“A baixa visão não permite que as pessoas realizem as suas tarefas diárias com facilidade e segurança, obrigando-as a um esforço acrescido. É uma visão intermédia entre a cegueira e a visão normal.”, explica Isabel Correia, enfermeira coordenadora do Departamento de Oftalmologia da APDP. “Tarefas como leitura, trabalhos manuais, uso de telemóvel, preparação de medicamentos, caminhar ou sair de casa são atividades que se podem tornar difíceis ou até dependentes de terceiros. Por outro lado, a gestão da diabetes também é dificultada pela baixa visão.”

Segundo dados do The Diabetic Retinopathy Barometer Report – Global Findings, publicado pela Federação Internacional da Diabetes, 1 em cada 3 pessoas que vivem com diabetes terá retinopatia diabética ao longo da sua vida. 20% têm dificuldade em manter o controlo da sua doença devido à limitação visual.

Para dar resposta às limitações diárias provocadas pela baixa visão, a APDP implementou, em 2022, uma consulta dedicada de apoio às pessoas com este problema, fornecendo ferramentas e estratégias específicas para promover a autonomia na vigilância e no controlo da diabetes.

“Com a criação desta consulta foi possível que 65% das pessoas conseguissem passar a distinguir e a organizar autonomamente a sua medicação. Adicionalmente, como exemplo, 26% têm menos quedas, 10% conseguem identificar a sua correspondência e mais de 60% voltaram a conseguir distinguir notas e moedas. Isto mostra que, com o ensino de estratégias adaptativas, as pessoas conseguem ajustar-se à baixa visão, recuperando a sua autonomia e melhorando a gestão da diabetes”, refere Isabel Correia.

Para José Manuel Boavida, presidente da APDP, “seria fundamental o alargamento deste exemplo da consulta de baixa visão a nível nacional. A APDP está sempre disponível para colaborar, tem o conhecimento e os recursos necessários para capacitar os profissionais de saúde na abordagem à situação de baixa visão”.

Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC) explica
A contraceção verde, conhecida pelos métodos contracetivos com menor impacto ambiental, está a tornar-se a melhor opção para...

Segundo os especialistas, a nova geração de contraceção oral, com estrogénios naturais, apresenta também vantagens para a saúde da mulher. Além de terem menos impacto no organismo, a sua eficácia como método contracetivo é comprovada.

É crucial promover cada vez mais a discussão deste tipo de temas e perceber de que forma a contraceção pode influenciar o meio ambiente. O aconselhamento contracetivo é fundamental, e as mulheres devem ser informadas de forma clara sobre os métodos disponíveis. Devem escolher de forma livre, tendo em conta as suas necessidades e expetativas, para garantir uma maior eficácia na sua utilização.

Fátima Palma, ginecologista e presidente da SPDC, realça que “ao longo do tempo, temos observado a evolução natural da contraceção, com uma progressiva redução das doses de estrogénios, bem como o surgimento de novos estrogénios com impacto zero no meio ambiente. As novas formulações são cada vez mais bioidênticas, ou seja, hormonas semelhantes às produzidas pelo nosso organismo, e com ação seletiva, minimizando o seu impacto na saúde”.

 

Coimbra recebe simpósio “Vamos falar sobre crianças”
“Vamos falar sobre crianças” é o tema do simpósio que marca o início em Portugal do projeto europeu Let’s Talk About Children ...

No próximo dia 13 de outubro o Auditório do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra recebe especialistas de diversas áreas para abordar temas como a “Saúde Mental das Famílias e a Justiça”, a “Saúde Mental das Famílias e a Educação” e a “Saúde Mental das Famílias e Vulnerabilidade Social”. O simpósio conta ainda com a conferência de Tytti Solantaus, pedopsiquiatra, criadora do programa e metodologia LTC.

Os interessados podem fazer a sua inscrição aqui: https://forms.office.com/e/R02xpJKpRN

O objetivo principal deste projeto inovador é a promoção da saúde mental de crianças oriundas de contextos familiares vulneráveis, como, por exemplo, famílias em que há casos de doença mental, carências económicas ou dificuldades na integração social. Vai envolver profissionais das áreas da saúde e educação para que possam adquirir novas competências para trabalhar com as famílias em prol do bem-estar das crianças.

Para Joaquim Cerejeira, coordenador do projeto LTC em Portugal, “o LTC foi desenvolvido para ajudar as famílias, profissionais da educação (educadores de infância e professores) e profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos) a apoiarem o bem-estar, a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças e jovens, em colaboração uns com os outros. A intervenção LTC envolve a construção de um entendimento partilhado sobre a criança/jovem em casa e na escola, bem como a adoção de medidas baseadas nesse entendimento. O objetivo é contribuir para que a criança/jovem tenha uma vida quotidiana que favoreça o seu bem-estar, a sua aprendizagem e o seu desenvolvimento, e criar uma colaboração de apoio mútuo entre a família, criança/jovem, os profissionais de saúde e de educação”.

Na prática, o LTC consiste em sessões de conversa com a participação das pessoas identificadas pelos pais para explorar oportunidades de apoio à criança ou jovem. A conversa centra-se na vida quotidiana deles uma vez que as interações e rotinas diárias são importantes para o seu bem-estar. Os participantes identificam os pontos fortes e as fragilidades da vida da criança/jovem o que permite valorizar os pontos fortes e encontrar soluções para as fragilidades, graças ao plano de ação.

Por exemplo, para uma criança com uma personalidade forte e volátil, estar num grupo agitado pode levar a dificuldades de comportamento e aprendizagem, que também se podem manifestar como irritabilidade em casa. Se uma criança é tímida, um ambiente doméstico que se tornou isolado devido à depressão do(s) cuidador(es) pode tornar a criança ainda mais reservada na creche. Situações como estas são fragilidades. É importante identificá-las e tê-las em conta na vida quotidiana da criança em casa e na escola, antes que surjam eventuais problemas.

“Todas as famílias têm pontos fortes únicos, que os membros da família nem sempre reconhecem ou valorizam. O LTC é um recurso que ajuda as famílias a identificar e a desenvolver os seus pontos fortes na vida quotidiana e a encontrar soluções para questões difíceis. O programa foi concebido para apoiar as famílias e fornecer-lhes as ferramentas de que necessitam para enfrentar os desafios quotidianos”, conclui Joaquim Cerejeira.

Coordenado pela Universidade de Turku (Finlândia), o projeto LTC foi financiado pela Comissão Europeia com cerca de 3 milhões de euros no âmbito do programa EU4Health. O Consórcio envolve 14 instituições oriundas de 9 países (Finlândia, Portugal, República Checa, Bélgica, Itália, Estónia, Grécia, Polónia e Roménia). A equipa de Portugal é liderada pela Universidade de Coimbra (Faculdade de Medicina), contando com a participação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Mais informações sobre o projeto LTC na Universidade de Coimbra, encontram-se disponíveis na página do projeto: https://letstalk.utu.fi/partners/universidade-de-coimbra-portugal/

No âmbito do Dia Mundial do Pulmão que se assinala hoje
“Acesso à prevenção e tratamento para todos. Não deixar ninguém para trás” – é este o mote instituído pelo Forum of...

São três as áreas essenciais, identificadas pela FIRS, para combater as desigualdades nas doenças respiratórias: melhorar o acesso à prevenção e aos tratamentos de cessação tabágica, alargar o acesso a dispositivos e tratamentos inalatórios e aumentar o acesso às vacinas contra a pneumonia nas crianças. De acordo com esta entidade, “para reduzir o peso global das doenças respiratórias é crucial agir nestas três áreas”, focando especialmente nas desigualdades existentes nos países de baixo e médio rendimento. 

O tabaco é a principal causa de doenças respiratórias, tais como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), cancro de pulmão e outras infeções respiratórias, pelo que é fundamental a existência acessível de intervenções educacionais, de aconselhamento e farmacológicas para a cessação tabágica. Também no tratamento de doenças como a asma ou DPOC é essencial o acesso mais alargado às terapêuticas, existindo países onde estes são inacessíveis. O terceiro aspeto diz respeito ao acesso por todas as crianças a medidas preventivas da pneumonia – a principal causa de morte por infeção nas crianças.

Para António Morais, presidente da SPP, “existem numerosas a e diversificadas doenças respiratórias que ultimamente têm tido uma grande inovação terapêutica, sendo, provavelmente, a Pneumologia uma das áreas com maior inovação na Medicina. Tem havido um avanço nas doenças que tinham um mau prognóstico e que, ultimamente, têm sido beneficiadas com a inovação terapêutica – o que tem permitido um aumento da qualidade de vida e da sobrevida. No entanto, efetivamente, essa inovação é cara e há alguma desigualdade no acesso. Não há dúvidas de que devemos trabalhar em mecanismos que evitem essa situação de desigualdade”.

O médico pneumologista acrescenta ainda que, em termos de prevenção, enquanto sociedade científica, “a SPP promove, há muito, diversas ações de sensibilização para as doenças respiratórias. É fundamental todos estarmos conscientes do peso que estas doenças assumem na mortalidade, quer a nível nacional quer a nível mundial, e reconhecermos o papel que algumas medidas assumem na prevenção das doenças pulmonares, entre as quais se destaca a cessação tabágica. É preciso que a população, mas também os decisores atribuam a devida importância à saúde respiratória tornando-a uma prioridade”. 

 

Projeto promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública, com o apoio da Roche
A participação efetiva das Associações de Doentes na definição e cocriação de políticas de saúde é o tema que inspira o debate...

As Associações de Doentes, em Portugal, e os Movimentos Sociais em Saúde, de uma forma geral, têm vindo a ocupar um lugar de relevância no espaço público, em larga medida pela sua atuação na defesa dos direitos das pessoas em contexto de saúde, mas também pelo compromisso desinteressado, pela entrega e pela responsabilidade com a qual conduzem a sua missão, em absoluta consonância com os princípios e valores subjacentes ao direito à proteção da saúde, enquanto direito humano fundamental. Contudo, e apesar do crescente reconhecimento que estas entidades têm vindo a alcançar, o seu efetivo envolvimento nos processos de tomada de decisão ou na cocriação de políticas públicas ou de cuidados de saúde é ainda residual. 

Para a Coordenadora da ACAD, Ana Rita Oliveira Goes, “através desta iniciativa, a Academia pretende desencadear uma reflexão sobre as potencialidades, os limites e desafios que se colocam à participação pública em saúde, compreendendo que estratégias podem ser adotadas para a operacionalizar e avaliar de forma efetiva e continuada. Naturalmente, o caso específico da participação das Associações de Doentes na criação, implementação e avaliação de políticas e cuidados de saúde merecerá lugar de destaque nesta discussão. Com efeito, as Associações de Doentes estão posicionadas de forma única para participarem neste diálogo, mas sabemos que os desafios para que isso se concretize são substanciais. Vivemos um período em que as Associações vão sendo mais chamadas a partilhar a sua perspetiva, mas precisamos de transitar para um nível de participação em que sejam verdadeiramente reconhecidas como atores legítimos, com impacto na decisão”, conclui. 

Este é um tema que não surge desligado da missão da Academia e que vai ao encontro dos objetivos de algumas das principais atividades previstas para esta edição, empenhada em reforçar a importância das parcerias nos processos de produção em saúde e em empoderar as Associações, e as pessoas que estas representam, tendo em vista a obtenção de melhores resultados em saúde.

André Vasconcelos, Diretor-Geral da Roche Farmacêutica, em Portugal, sustenta que com esta nova edição da ACAD, “a Roche pretende sublinhar o seu continuado compromisso com a visão de um sistema de saúde integrado, onde todos os intervenientes têm uma palavra a dizer na prossecução de um objetivo comum: proporcionar os melhores cuidados de saúde à população”.  

“Dado o profundo conhecimento que as associações de doentes detêm desta realidade, faz todo o sentido que tenham um papel mais ativo e substantivo na definição e implementação das políticas de saúde, em Portugal”, acrescenta.

Para a Roche, o balanço destes cinco anos de parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública, no âmbito da ACAD, é claramente positivo. “Acreditamos que este programa tem sido valorizado pelas Associações de Doentes e pela Academia e, para a Roche, tem sido também um processo de aprendizagem muito enriquecedor”.

A apresentação e enquadramento das atividades previstas para a 5ª Edição da ACAD terá, também, um lugar reservado no contexto desta iniciativa, onde Mauro Serapioni, Investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC), conduzirá uma conferência centrada nas potencialidades, limites e desafios à participação e envolvimento das Associações de Esta sessão de abertura contará ainda com  uma mesa-redonda em que participarão  Joana Viveiro, Diretora Executiva da Plataforma Saúde em Diálogo, Jorge Seguro Sanches, Deputado à Assembleia da República e Presidente da Subcomissão de Saúde Global,  Pedro Faleiro, Gestor do Projeto Incluir, do INFARMED I.P., e de Victor Ramos, Presidente do Conselho Nacional de Saúde, moderados pelo jornalista e docente Francisco Sena Santos.

A entrada no evento é livre, mas implica inscrição prévia através do preenchimento do formulário disponível aqui.

Cirurgia do tendão supraespinhoso ou da coifa dos rotadores
Anda à procura de informações sobre a cirurgia do tendão supraespinhoso ou da coifa dos rotadores?

O que é a operação ao tendão supraespinhoso?

A cirurgia da coifa dos rotadores, ou da reparação do tendão supraespinhoso é um procedimento médico realizado para reparar lesões no tendão supraespinhoso, um dos quatro tendões dos músculos da coifa dos rotadores.

Estes tendões desempenham um papel crucial na estabilização e mobilidade do ombro. Quando lesionados, podem resultar em dor intensa, fraqueza e limitação nos movimentos do membro superior.

Quando é que a operação ao tendão supraespinhoso é recomendada?

Esta cirurgia é frequentemente recomendada em casos de:

  • Lesões graves: Quando o tendão supraespinhoso sofre uma rutura significativa devido a um acidente, queda ou desgaste crônico.
  • Tendinite crónica: Quando a inflamação e o desgaste crônico afetam o tendão, resultando em dor persistente e perda de função.
  • Lesões parciais: Em alguns casos, as lesões parciais do tendão podem piorar com o tempo, exigindo intervenção cirúrgica.

Procedimento da operação ao tendão supraespinhoso

A cirurgia do tendão supraespinhoso envolve várias etapas:

  1. Anestesia: Geralmente, a cirurgia é realizada sob anestesia geral, para garantir que você não sinta dor durante o procedimento.
  2. Acesso ao tendão: O cirurgião fará pequenas incisões no ombro para acessar a articulação. Através dessas pequenas incisões ou portais, uma câmara de pequenas dimensões é utilizada para observar, diagnosticar e tratar as lesões existentes.
  3. Reparação do tendão: Se o tendão estiver parcialmente rasgado, o cirurgião pode repará-lo suturando a área danificada. Em casos de ruturas completas, o tendão pode ser reinserido ao osso usando pequenos implantes (âncoras) que fixam o tendão de volta ao local apropriado no osso.
  4. Imobilização: Após o término da cirurgia existe um período de imobilização, na qual se pretende que o processo de cicatrização do tendão aconteça.

Esse período dura quatro a seis semanas. Em seguida é necessário um processo de reabilitação

Recuperação após a operação

A recuperação da cirurgia do tendão supraespinhoso pode variar de pessoa para pessoa, mas geralmente inclui:

  • Imobilização

Precisará usar um suspensor braquial ou imobilizador por um período inicial para proteger o ombro.

  • Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um papel vital na recuperação. Ela ajudará a restaurar a força e a mobilidade do ombro gradualmente.

  • Exercícios em casa

O fisioterapeuta pode prescrever exercícios para serem realizados em casa, conforme sua recuperação avança.

Possíveis complicações e riscos

Como qualquer cirurgia, a cirurgia dos tendões da coifa / supraespinhoso apresenta alguns riscos, incluindo infeção, formação de cicatrizes, rigidez e recidiva da lesão.

Não hesite em questionar o seu médico sobre a sua gravidade e frequência.

Resultados esperados da operação ao tendão supraespinhoso

A maioria dos pacientes experimenta uma redução significativa na dor e uma melhoria na amplitude de movimento após a cirurgia dos tendões da coifa e em particular do supraespinhoso.

O tempo de recuperação varia, mas a maioria das pessoas pode retornar às atividades normais após um período de reabilitação dedicada de 4 a 6 meses.

A cirurgia do tendão supraespinhoso é uma intervenção eficaz para tratar lesões dolorosas e debilitantes no ombro.

Se deseja saber mais sobre este procedimento ou agendar uma consulta, entre em contato através do website: barbaracampos.pt

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dando continuidade ao compromisso com a investigação na área do AVC
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), em linha com o seu compromisso contínuo com a promoção da...

Todos os anos, a SPAVC seleciona, entre as candidaturas, o melhor projeto de investigação clínica dedicado ao estudo da doença vascular cerebral e atribui uma bolsa para financiar, parcial ou integralmente, a sua execução. Nesta edição de 2023, a iniciativa irá manter-se e a SPAVC atribuirá uma bolsa no valor de 5.000€. “Consideramos que esta é uma oportunidade para os profissionais de saúde desenvolverem investigação nesta área, contribuindo, assim, para avanços nas diferentes fases de abordagem do AVC”, afirma a Prof.ª Patrícia Canhão, presidente da Comissão Científica da SPAVC.

Os candidatos interessados podem enviar as suas candidaturas até ao dia 20 de janeiro de 2024, por via eletrónica, à Direção da SPAVC, através do email [email protected], num formulário disponibilizado no site da Sociedade, fazendo-se acompanhar de alguns elementos necessários para a apreciação do júri, que podem ser consultados no regulamento da candidatura (link do regulamento). De acordo com o regulamento, apenas serão considerados os projetos que envolvam trabalhos científicos a serem realizados, pelo menos em parte, em instituições portuguesas. Além disso, os projetos selecionados terão um prazo de execução de dois anos, a contar da data da atribuição da bolsa.

A Bolsa de Investigação em Doença Vascular Cerebral teve a sua designação alterada em 2023, com o acrescento da menção ao Prof. Castro Lopes, em homenagem ao fundador e presidente da Sociedade ao longo de 17 anos. “Esta designação reconhece o papel exímio do Prof. Castro Lopes no incentivo à investigação, sobretudo dos mais jovens. Reflete ainda o reconhecimento em relação à sua dedicação para o progresso no conhecimento sobre o AVC em Portugal”, refere a Prof.ª Patrícia Canhão. E completa: “o Prof. Castro Lopes teve um papel distinto na divulgação da Doença Vascular Cerebral e sua prevenção, proclamou e defendeu o acesso dos doentes com AVC aos cuidados agudos e de reabilitação, facilitou a formação dos profissionais, esteve sempre ao lado da melhor Ciência e da Investigação”.

Um dos objetivos da SPAVC, desde a sua fundação, é promover o estudo e investigação da doença vascular cerebral, pelo que muito cedo se instituiu esta Bolsa de Investigação, que tem reconhecido projetos importantes de Investigação Clínica. O Prof. Vítor Tedim Cruz, presidente da Direção da SPAVC, explica que “a atribuição desta bolsa é de extrema importância, pois representa um investimento no conhecimento que, por sua vez, vai impulsionar avanços fundamentais no tratamento e na prática clínica da doença vascular cerebral”.

O regulamento, disponível no site da SPAVC, abrange vários aspetos relacionados com o processo de candidatura, bem como do processo de avaliação, a composição do júri e as etapas de acompanhamento.

O vencedor da Bolsa de Investigação Prof. Castro Lopes será divulgado publicamente na cerimónia de encerramento do 18.º Congresso Português do AVC, no dia 3 de fevereiro de 2024, na cidade do Porto.

Dia Nacional da Sustentabilidade
Com o objetivo de promover o desenvolvimento e divulgação de medidas promotoras da sustentabilidade, a GS1 Portugal, entidade...

Constatando que, para as organizações, a sustentabilidade começa a ser perspetivada como uma “licença para operar” e uma condição de negócio, a GS1 Portugal disponibiliza à comunidade empresarial uma oferta integrada de serviços composta por consultoria em standards e rastreabilidade, cálculo de emissões de gases de efeito de estufa, programa Lean&Green de redução de emissões nas operações logísticas e de transportes e relatório de sustentabilidade.

O Pacto Ecológico Europeu, a Diretiva de Alegações ambientais, o Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis e, mais recentemente, a Diretiva de Relato Corporativo de Sustentabilidade (CSRD – Corporate Sustainability Reporting Directive) colocam às empresas desafios mais ambiciosos quanto à medição, monitorização, relato e, em alguns aspetos, redução do impacto das suas operações no ambiente, na sociedade e em termos de governança.

Nesse sentido, a GS1 Portugal propõe apoiar as empresas na resposta às novas obrigações que terão de assumir em matéria de sustentabilidade com esta oferta de serviços promotores da sustentabilidade.

O Sistema de Standards que a GS1 Portugal – Codipor representa em Portugal há 37 anos, quando viabilizou a utilização, entre outros standards, do código de barras, é, em si, condição de sustentabilidade pela eficiência e rastreabilidade que permite. Complementarmente à análise dos benefícios inerentes à utilização de standards na rastreabilidade e eficiência dos processos nas organizações – com impacto em sustentabilidade – a GS1 Portugal põe ao serviço da comunidade empresarial um serviço de cálculo das emissões de dióxido de carbono, de âmbito 1, 2 e 3, abrangendo as emissões da totalidade da cadeia de valor.

Em particular para as emissões inerentes às operações logísticas e de transportes, a GS1 Portugal coordena em Portugal e convida as empresas com operação logística e de transporte, direta ou indireta, a integrar o programa Lean&Green. Nesta certificação ambiental, as empresas participantes propõem-se a uma redução inicial de 20% das suas emissões inerentes a este tipo de operações. Esta meta de redução inicial é sucedida de metas de redução subsequentes, previamente definidas, revistas e validados por auditoras independentes, tendo como objetivo final a descarbonização, em linha com o previsto no Acordo de Paris e no Pacto Ecológico Europeu. Este programa já permitiu a redução de 2,5 megatoneladas de dióxido de carbono equivalente.

Para apoiar as empresas na sistematização de todas as suas evidências de impacto em termos ambientais, sociais e de governança (ESG – environmental, social and governance), a GS1 Portugal concebeu um serviço de elaboração e apoio à auditoria de Relatórios de Sustentabilidade, em reposta à Diretiva de Relato Corporativo de Sustentabilidade.

“A GS1 Portugal perspetiva a sustentabilidade como uma alavanca estratégica, com potencial impacto transversal em toda a sua atividade. Os serviços que disponibilizamos são agentes de eficiência que promovem um impacto favorável das empresas em termos ambientais, sociais e de governança, assente, entre outros aspetos, na rastreabilidade, na eficiência inerente à adoção de standards de negócio e na descarbonização, sem nunca descurar a dimensão social da operação - as pessoas -, e a governança. Adicionalmente, às empresas, acrescentam atributos à reputação, valor à experiência de consumidores e clientes e evidências ao cumprimento das expectativas das partes interessadas.”, explica João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal. “A interoperabilidade dos sistemas de partilha de dados e a colaboração entre os vários interlocutores das cadeias de abastecimento são essenciais para tornar os negócios mais transparentes, eficientes e sustentáveis.”, conclui.

As empresas são cada vez mais avaliadas pelo seu impacto e pela sua capacidade de ação. Nesse contexto, os serviços de sustentabilidade disponibilizados pela GS1 Portugal podem oferecer evidências de compromisso com a sustentabilidade, por parte das empresas.

Para mais informações, por favor, contactar a GS1 Portugal por e-mail ([email protected]) ou consultar o website.

Dia 13 de outubro
No próximo dia 13 de outubro, entra as 9.30h e as 12h, no anfiteatro 2 dos HUC-CHUC, no âmbito da celebração do Dia...

Este encontro incluirá uma visita à Exposição Fotográfica “De olhos e coração postos em casa”, desenvolvida por esta Equipa, pelo Grupo de Educadoras do Hospital Pediátrico, com a colaboração de diversas famílias e instituições de acolhimento.

A exposição transitará, depois, para o Piso 1 do Alma Shopping, onde poderá ser visitada entre os dias 14 e 20 de outubro, tendo como finalidade retratar a vida de crianças e adolescentes com doença crónica complexa e suas famílias, no seu ambiente e rotinas diárias, muito para além daquilo que é o cuidar em contexto hospitalar.

A Equipa Intra-hospitalar e Domiciliária de Suporte em Cuidados Paliativos Pediátricos do HP-CHUC foi a primeira equipa especializada em CPP a ser reconhecida pela Comissão Nacional de Cuidados Paliativos e, fruto de financiamento externo pela Fundação La Caixa, constitui a primeira e única equipa domiciliária em CPP em Portugal, prestando apoio em toda a Região Centro.

Refira-se, também, que é a primeira equipa com idoneidade formativa reconhecida nesta área, sendo pioneira na criação da Rede Funcional para os CPP, em estreita articulação com a ARS-Centro.

 

Tumores
Os nódulos da tiroide são uma patologia muito frequente, mas destes só 7 a 15% são malignos.

O número de casos diagnosticados por ano tem vindo a aumentar, a uma taxa de cerca de 5% por ano, devido a uma maior utilização de exames complementares de diagnóstico, ao rastreio e ao diagnóstico de tumores inferiores a 1 centímetro. Apesar deste aumento de casos diagnosticados, não se tem verificado um aumento da mortalidade associada ao cancro da tiroide porque, em geral, estes tumores de pequenas dimensões são indolentes, com baixa morbilidade e mortalidade.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por avaliação clínica de especialista desta área médica, seguido de exames complementares de diagnóstico, como a ecografia da tiroide, que permite caracterizar o nódulo, avaliar o risco de benignidade ou a suspeita de malignidade, bem como a existência de gânglios cervicais suspeitos e por citologia aspirativa ecoguiada do nódulo. O resultado deste último exame permite definir uma escala de benigno a maligno, com níveis indeterminados no meio (que pode obrigar a uma nova citologia). As análises sanguíneas da função tiroideia são habitualmente normais. Estão em estudo vários testes, como os moleculares, feitos através de citologia, que parecem muito promissores para aferir o diagnóstico e o prognóstico destes tumores.

Tratamento

O tratamento do carcinoma bem diferenciado da tiroide é cirúrgico. Nos tumores de baixo risco e pequenas dimensões a lobectomia, que corresponde à excisão de metade da tiroide, é suficiente para o controlo da doença, nos restantes é necessário realizar a tiroidectomia total, ou seja, retirar toda a glândula tiroideia. Se houver evidência de gânglios afetados deve ser feita a sua excisão através de uma linfadenectomia.

Se o tumor for agressivo ou com fatores de mau prognóstico, a terapêutica adjuvante é com iodo radioativo que tem poucos efeitos colaterais.

A terapêutica de substituição com hormona tiroideia é obrigatória nas tiroidectomias totais, mas também pode ser necessário nas lobectomias.

Complicações

As complicações mais preocupantes da cirurgia tiroideia são as paralisias das cordas vocais por lesão do nervo laríngeo recurrente e a hipocalcémia (baixa do cálcio no sangue) por lesão das glândulas paratiroideias. Estas lesões são mais frequentes na tiroidectomia total e menos frequentes em cirurgiões experientes nesta área.

Acompanhamento

O seguimento destes doentes é feito com exame clínico, análises específicas e ecografia cervical.

Como em todas as doenças oncológicas é fundamental uma equipa multidisciplinar que inclui as especialidades de Endocrinologia, Cirurgia, Radiologia, Anatomia Patológica, Medicina Nuclear e ORL.

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Carcinoma Medular da Tiroide 

Cirurgia é a primeira opção terapêutica 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Regulação da prática, promoção da qualidade dos cuidados de fisioterapia e garantia do direito à saúde
A Ordem dos Fisioterapeutas lançou uma campanha com o objetivo de sensibilizar a população em geral para a necessidade de...

A campanha, com a assinatura, “Juntos, pela Fisioterapia de excelência”, tem como objetivo afirmar o papel da Ordem dos Fisioterapeutas na regulação do acesso e do exercício da profissão ao zelar pelo cumprimento das regras éticas e deontológicas, defendendo assim os interesses dos utentes.

Com o foco temporal no contexto de apreciação, na especialidade, na Assembleia da República, da Proposta de Lei que altera os Estatutos das Associações Públicas Profissionais, o vídeo de campanha, que pode ser visualizado aqui [https://bit.ly/OF_JuntosPelaFisioterapiadeExcelencia], assume a Ordem dos Fisioterapeutas como «a voz de uma profissão que precisa de se fazer ouvir, na defesa do cidadão», alertando para as consequências da alteração do seu Estatuto.

A campanha “Juntos, pela Fisioterapia de excelência” incide essencialmente em mensagens difundidas nos meios digitais (Facebook, Instagram e Linkedin), tendo tido início com a publicação do Manifesto “Ordem dos Fisioterapeutas: a saúde em boas mãos!”.

Esta iniciativa termina com a divulgação de vídeos com testemunhos de fisioterapeutas sobre o papel da Ordem dos Fisioterapeutas na regulação da prática, na promoção da qualidade dos cuidados de fisioterapia e na garantia do direito à saúde de quem os procura.

 

 

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