Especialistas, associação de doentes e cuidados chamam a atenção para a patologia
Na semana em que milhares de crianças regressam à escola, associação de doentes, cuidadores e dermatologistas chamam à atenção...

A dermatite atópica (D.A.) é uma doença inflamatória crónica da pele, que resulta da interação de vários fatores genéticos, imunológicos e ambientais, levando a uma disfunção da barreira de pele e à desregulação do sistema imunológico.

Não se trata de uma simples comichão, mas sim de uma comichão intensa e persistente, que resulta invariavelmente em lesões e feridas na pele, que provocam muito desconforto e podem, muitas vezes, resultar em infeções da pele.

10 a 20% das crianças e 1 em cada 10 adultos sofrem de Dermatite Atópica, tornando esta condição numa das doenças dermatológicas mais comuns.

90% dos casos de dermatite atópica surge antes dos 5 anos, com sintomas que podem persistir para o resto da vida.

Os sintomas da doença impactam seriamente as várias dimensões de vida dos doentes e das suas famílias. Muitas pessoas com D.A. sofrem com sintomas adicionais relacionados com a doença, como depressão, ansiedade, isolamento social.

Maria João Cruz, Médica dermatologista do Centro Hospitalar e Universitário de São João, Assistente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, diz que constata “todos os dias em consulta o elevadíssimo impacto multidimensional (económico, psicológico e social) que esta doença tem, não só na vida do doente, mas de todo a agregado familiar. Por isso, impõem-se um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, que permita o controlo dos sintomas de forma segura e eficaz.

Do ponto de vista da criança, esta dermatose pode impor consequências únicas, profundas, duradouras, irreversíveis, que nem sempre se correlacionam diretamente com a gravidade da doença e que serão tanto mais relevantes quanto mais tempo ela persistir. Destacam-se as alterações de humor (25% desenvolvem sintomas depressivos), da qualidade de sono (84% referem alterações do sono devido ao prurido), o absentismo escolar, os déficits de aprendizagem e a interferência direta na maioria das atividades do quotidiano (como na escolha do desporto ou na escolha do vestuário que melhor esconde as lesões). A estas ainda se acrescentam outras comorbilidades como a asma, a renite alérgica, as alergias alimentares e as infeções, todas com significativo impacto na vida destas crianças.

Do ponto de vista parental, tratar de uma criança com dermatite atópica moderada a grave implica uma enorme disponibilidade de tempo (absentismo laboral), desgaste psicológico e investimento financeiro. Não raramente, os cuidadores experimentam sentimentos de frustração e impotência face à recorrência da dermatose, ansiedade e angústia face ao sofrimento do doente e incerteza quanto ao seu futuro.” 

Segundo, Pedro Mendes Bastos, Médico especialista em Dermatologia e Venereologia, Conselheiro Científico da ADERMAP - Associação Dermatite Atópica Portugal, “longe vão os tempos em que a Dermatite Atópica era encarada como um problema menor. Hoje sabemos que estamos perante uma doença imunomediada, muito prevalente em crianças, mas transversal a todas as faixas etárias, e que acarreta um potencial devastador de criar oportunidades perdidas. Oportunidades perdidas e trajetórias de vida interrompidas que não têm mais lugar em 2023. Importa sublinhar que neste Dia Mundial da Dermatite Atópica a mensagem é de esperança!”

“Neste Dia Mundial da Dermatite Atópica unimo-nos para iluminar as consequências invisíveis que esta doença causa às crianças e adolescentes, com impactos nos seus familiares e cuidadores. Para além dos sintomas físicos, a doença não controlada acarreta consequências emocionais. Baixa autoestima, vergonha ou frustração são alguns dos sentimentos que as crianças e jovens podem experienciar, com impactos na sua vida escolar e social. Precisamos de continuar a alertar para a necessidade de uma abordagem holística e multidisciplinar, de acesso aos tratamentos e cuidados mais adequados à criança e jovem com Dermatite Atópica, com valorização dos sintomas físicos, mas também psicológicos muitas vezes escondidos. Só assim estaremos a promover a saúde e o bem-estar das pessoas que vivem com Dermatite Atópica e contribuir para um presente e futuro melhor”, afiram Joana Camilo, Presidente da ADERMAP - Associação Dermatite Atópica Portugal.

A D.A. é uma doença complexa, com sintomas e comorbidades que vão para além das lesões na pele. Osa dados mostra que 67% dos doentes com D.A. apresentam outras doenças atópicas concomitantes: 72% rinite, 37% asma, 31% alergia alimentar.

Integração da criança com diabetes
As aulas estão a começar e encontrar estratégias para ajudar os mais novos a terem a melhor experiên

“Uma boa integração em ambiente escolar deve ser um dos principais objetivos para melhorar a aceitação da diabetes, o controlo metabólico e a qualidade de vida. Como tal, é importante o trabalho de equipa entre os pais, a comunidade escolar e os profissionais de saúde que acompanham a criança.”, explica Raquel Coelho, pediatra e coordenadora médica do Departamento de Crianças e Jovens da APDP.

 A APDP deixa-lhe cinco conselhos para melhorar a relação da criança com diabetes e a escola:

  1. Conhecer a diabetes é fundamental

As crianças com DT1 podem ter dificuldade de integração no meio escolar devido aos cuidados inerentes à diabetes. Mesmo quando não existem casos de DT1 na família é importante o conhecimento para promover a inclusão destas crianças e de outras crianças com doença crónica, nas famílias e na sociedade em geral. A escola deverá ter um papel de destaque, promovendo a aceitação, a literacia e a integração.

  1. A equipa escolar deve ser uma aliada

O regresso às aulas não deve ser um momento de ansiedade para a criança que vive com DT1. É fundamental que o estabelecimento de ensino desenvolva todas as estratégias necessárias para o enquadramento e o apoio a estas crianças. Por exemplo, uma reunião de turma com profissionais de saúde pode ser um passo crítico para o sucesso da integração.

  1. O momento da refeição é importante

A colaboração da equipa da escola é determinante para ajudar na escolha dos alimentos. Acompanhar a refeição, informar os pais sobre alterações da rotina escolar, apoiar na administração de insulina e na contagem de hidratos de carbono, são algumas das ações que a equipa escolar pode realizar para garantir o bem-estar da criança que vive com DT1. As crianças com DT1 podem e devem ter uma alimentação saudável igual à dos restantes alunos.

  1. Atividade sempre

A atividade física é essencial para todos. Nas crianças com DT1 devem ser tidos em conta alguns cuidados, como vigiar a glicemia antes e após o exercício, eventualmente ajustar as doses de insulina e verificar a necessidade de reforço alimentar. A equipa de saúde que acompanha a criança será quem melhor pode aconselhar o professor de educação física e também a família e criança com DT1.

  1. A integração deve ser uma preocupação

Uma grande parte do dia da criança é passado na escola, sendo crucial a articulação entre os pais, a equipa de saúde e a equipa escolar, que deverá incorporar a gestão da diabetes no seu contexto. 

“A escola deve ser um local seguro onde as crianças com diabetes tipo 1 se sintam totalmente integradas. Para tal, é importante a partilha dos cuidados entre os familiares, a escola e a equipa de saúde. Os profissionais da escola devem estar capacitados para assegurar a prestação de cuidados em ambiente escolar.”, explica a pediatra.

A APDP organiza, de forma regular e programada, cursos para as equipas escolares. A inscrição é gratuita e pode ser feita através do email [email protected].

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha decorre através de MBWAY ou de transferência bancária
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) iniciou uma campanha de angariação de fundos para apoiar as populações afetadas pelo Terramoto...

Esta campanha decorre através de MBWAY ou de transferência bancária e vem na sequência do apelo humanitário realizado pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês). A organização estima serem necessários 100 milhões de francos suíços (cerca de 105 milhões de euros) para dar resposta às necessidades mais urgentes, que neste momento incluem água potável, alimentos e abrigo.

De acordo com o apelo do IFRC, que tem equipas a fazer a avaliação no terreno desde a primeira hora, prestando primeiros socorros e apoio psicossocial, ajudando a transportar feridos para os hospitais e evacuando pessoas de edifícios danificados, o valor angariado vai permitir também apoiar a medio-prazo as populações afetadas, garantindo-lhes condições sanitárias, alimentação, proteção e abrigo. Segundo a IFRC, as necessidades no terreno irão aumentar nos próximos dias e semanas.

Apoio a sobreviventes é uma maratona que durará meses

“Há urgência no resgate de sobreviventes e uma articulação para resposta a necessidades temporárias de curto e médio prazo, nomeadamente o acesso a água potável, abrigo, bens de primeira necessidade, saúde, meios de subsistência, saneamento e higiene. Esta resposta de emergência é uma maratona, não uma corrida de velocidade: as pessoas afetadas pelo terramoto necessitarão de apoio durante as próximas semanas e meses. Esta angariação de fundos da CVP vai permitir às equipas do Crescente Vermelho, que estão em quatro províncias de Marrocos, apoiarem com soluções efetivas as populações”, refere António Saraiva, Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa.

Mais informações sobre a campanha de angariação no site da CVP.

 

 

Mayo Clinic
Estudos recentes revelam uma tendência preocupante no que respeita à saúde cardiovascular dos adultos da comunidade LGBTQ+: a...

Rekha Mankad, cardiologista da Mayo Clinic, explica o que pode colocar os adultos da comunidade LGBTQ+ em maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares e o que pode ser feito para reduzir esse risco.

"A comunidade LGBTQ+ é um grupo de pessoas marginalizadas", explica Mankad. "Um dos primeiros problemas é que não fazem controlos de saúde frequentes".

Quando falamos de prevenção das doenças cardiovasculares, é muito importante saber quais são os fatores de risco.

Os fatores de risco mais comuns para as doenças cardíacas incluem:

  • Pressão arterial elevada
  • Colesterol elevado
  • Tabagismo
  • Diabetes
  • Estilo de vida sedentário
  • Obesidade

"Estas são coisas de que falamos com toda a gente, mas devemos consultar um profissional de saúde para falar sobre estes fatores de risco", explica Mankand.

Cerca de metade da população LGBTQ+ afirma ter sofrido discriminação no ambiente de cuidados de saúde, o que faz com que se sintam pouco à vontade para consultar um profissional de saúde, em comparação com as pessoas heterossexuais cisgénero.

"Se uma pessoa se sente ansiosa por ir ao médico, não vai falar sobre as coisas que representam um risco para a saúde do coração", explica.

Mankad diz que os fatores de stress adicionais exclusivos dos grupos marginalizados podem condicionar esta realidade.

"Existem fatores de stress interpessoal, como o autoestigma e questões relacionadas com a manutenção de segredos. Para além disso, há o preconceito de que foram alvo e, possivelmente, a violência", explica.

O stress pode levar a outros problemas

"Se uma pessoa tiver sofrido um aumento do stress, é provável que fique ansiosa ou deprimida", explica Mankand. "Além disso, é menos provável que saia e faça exercício porque se sente desconfortável num balneário. Estes são alguns dos muitos fatores que podem levar a uma maior probabilidade de desenvolver os fatores de risco de que falámos anteriormente e aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas."

Tendo em conta estas preocupações, é crucial que as pessoas da comunidade LGBTQ+ sejam proactivas em relação à sua saúde cardíaca.

"Eu diria às pessoas da comunidade para não hesitarem em consultar um profissional de saúde e falarem com ele honestamente", explica Mankand. "Falem com o profissional de saúde sobre as vossas preocupações de saúde como um todo, especificamente sobre a saúde cardiovascular, e elaborem um plano do que pode ser feito para proteger o coração a longo prazo."

Rede reforça presença no Norte do País
A CUF assinou um contrato de compra e venda com os acionistas do Grupo Clínica Médica Arrifana de Sousa, para aquisição da...

A rede CUF, composta por 24 hospitais e clínicas e com uma experiência de 78 anos na prestação de cuidados de saúde, fortalece a sua presença na região norte do país com a chegada aos concelhos do Tâmega e Sousa, onde irá reforçar a oferta de cuidados diferenciados e de qualidade na região, colocando-se ao serviço de cada vez mais portugueses. 

A concretização desta aquisição, de 100% do capital social da Arrifana de Sousa, ainda dependente da não oposição por parte da AdC e cuja notificação prévia será efetuada brevemente, está assente na estratégia de expansão e consolidação da CUF, que se mantém firme na intenção de continuar a chegar a cada vez mais territórios e pontos do país, consolidando a sua rede integrada de cuidados de saúde a nível nacional, de modo a responder às necessidades da população e do país. 

O Grupo Clínica Médica Arrifana de Sousa iniciou a sua atividade há 40 anos, em Penafiel, com um pequeno espaço de prestação de cuidados de saúde de Medicina Geral e Familiar e Enfermagem. No decorrer dos últimos anos sofreu um grande crescimento. Construiu um edifício de ambulatório, em Penafiel e clínicas em Lousada e no Marco de Canaveses, possuindo, ainda, clínicas em Paredes, Vila Meã, Alpendurada e, mais recentemente, arrendou e recuperou o Hospital da Misericórdia de Penafiel, atual Hospital Arrifana de Sousa. Este crescimento decorreu, naturalmente, da necessidade de expansão das diferentes especialidades médicas e cirúrgicas, meios auxiliares de diagnóstico, espaços de tratamento de Medicina Física e Reabilitação, que, atualmente, servem uma população de mais de meio milhão de habitantes. O Grupo é uma entidade de referência empresarial na região de Tâmega e Sousa, com cerca de 300 colaboradores.  

 

Especial Grávida Online
A Mamãs Sem Dúvidas organiza mais um workshop Especial Grávida Online, no dia 16 de setembro, das 14h30 às 18h00, mantendo o...

Este workshop está inserido na vertente online da 7ª edição da Maratona da Maternidade, que se realiza neste dia na cidade do Porto.

A Enfermeira Sónia Patrício, Especialista em Saúde Infantil e Pediatria, será a palestrante que iniciará a sessão com um Guia de sobrevivência para os pais de primeira viagem. De seguida a enfermeira Marta Mota, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, abordará como ultrapassar as principais dificuldades da amamentação.

O workshop prossegue com Diana Santos, Formadora do Laboratório BebéVida, que irá abordar a importância da colheita do cordão umbilical. Maggy Santos, empresária e futura mãe vai partilhar como adaptou o seu estilo de vida à gravidez, mantendo a atividade física e uma alimentação saudável.

Para finalizar, Ana Miguel, Fisioterapeuta Especializada em Saúde Pélvica, abordará a saúde do pavimento pélvico e o impacto na gravidez e no parto.

Participe na 7ª Maratona da Maternidade. Faça a caminhada solidária num lugar à sua escolha e depois, a partir das 14h30, venha assistir ao Especial Grávida Online.

Todos os participantes ficam habilitados a receber um mega cabaz de ofertas no valor de 4 mil euros.

Faça a sua inscrição em: https://bebevida.com/product/inscricao-maratona-maternidade/

"Cluster Ibérico desempenhará um papel significativo na história de crescimento desta empresa"
Ana Lopes acaba de ser nomeada para o cargo de Head of Iberian Cluster, com efeitos a 1 de setembro de 2023, da Zentiva.

Em outubro de 2021 a Zentiva entrou no mercado espanhol, marcando um importante passo no crescimento da empresa. No seguimento desta expansão geográfica, este ano foi tomada a decisão de unir os dois países, Portugal e Espanha, criando assim o Cluster Ibérico.

Este Cluster será liderado por Ana Lopes, uma líder com uma sólida experiência tanto no setor de medicamentos genéricos como de venda livre (OTC). Nos últimos cinco anos, Ana Lopes demonstrou ser uma líder excecional, empreendedora e focada no paciente, contribuindo para o notável sucesso da Zentiva como uma das principais empresas de genéricos sustentáveis no mercado português. Ana estará baseada em Lisboa para liderar a estratégia do Cluster Ibérico.

Expressando o seu entusiasmo e gratidão pela oportunidade, Ana Lopes afirmou: "Estou entusiasmada por liderar este Cluster e agradeço a todos os envolvidos por esta oportunidade. Para mim, não se trata de liderar dois países em separado mas sim de construir uma equipa coesa: Uma Equipa, a mesma Paixão e Missão. Acredito que o Cluster Ibérico desempenhará um papel significativo na história de crescimento desta empresa e, juntos, como uma equipa unida, continuaremos a fornecer medicamentos de qualidade e acessíveis às pessoas que deles dependem diariamente".

A criação do Cluster Ibérico é um passo importante no progresso global da empresa que irá, sem dúvida, beneficiar os pacientes e as comunidades de toda a região.

Opinião
Saúde Mental…segundo afirmam fontes da “Organização Mundial de Saúde”, não existe uma definição ofic

Sou psicóloga e trabalho em Saúde Mental, na RECOVERY IPSS, desde 2018, na Infância e Adolescência. Foi o início de um projeto que sempre acreditei e que me fez todo o sentido. Apesar das dificuldades iniciais de um projeto desconhecido, sempre acreditei, com toda a certeza, na importância e no futuro promissor deste projeto.

Durante estes anos, tem sido uma “luta contínua” contra o estigma de uma sociedade que ainda “desconhece” a diferença entre Saúde Mental e Deficiência Mental. Deparamo-nos, ainda nos dias de hoje, com olhares reprovadores, com comentários presunçosos quando percebem que trabalho ou que os nossos jovens estão internados numa Unidade de Saúde Mental. Grande parte da “sociedade” em que vivemos desconhece a realidade da Saúde Mental. Posso relatar episódios de saída com os nossos jovens, em que alguns têm marcas visíveis de automutilação, e que os transeuntes paravam a olhar e tinham comentários como “Diabos”. Muitas destas situações, destinadas diretamente aos adolescentes, que nos levavam a termos que intervir, explicando a situação e referindo a dor imensa que estas crianças sentem, numa tentativa de sensibilizar para a importância de todos nós cuidarmos da “nossa” Saúde Mental. Outro exemplo de que o estigma continua muito presente em situações do nosso dia a dia, é que as Escolas são as primeiras a colocar entraves na aceitação da inscrição dos nossos jovens, havendo, por vezes, necessidade de colocar o nosso nome e, não, o da instituição, para que seja aceite a sua colocação numa escola publica, sendo que, na maior parte das vezes, quando chegam à Unidade, se encontram em absentismo escolar e com total descrença pelo meio que envolve a escola. No período inicial, existe essa recusa em permanecer na escola, apresentam, por exemplo, crises de choro e fuga, sendo que estes meios públicos não estão preparados para lidar com este tipo de situações e jovens com este tipo de problemáticas. Existe, ainda hoje em dia, uma crença de que estes jovens são assim e que nunca vão conseguir ser alguém nesta “sociedade”, como também o facto da desvalorização pelo estão a sentir, referindo que são apenas chamadas de atenção.

Para mim, reabilitar adolescentes em Saúde Mental é prepará-los para o “Mundo lá fora”; as Perturbações existem, eles “apenas” têm que aprender a gerir os momentos de frustração e terem autoconhecimento para conseguirem ter uma vida – dita – normativa.

Na nossa Unidade já tivemos vários exemplos de jovens com diagnósticos como depressão, fobia social, que se encontravam em absentismo escolar, sem motivação e métodos de estudos. De referir que, com o trabalho desenvolvido nas nossas Unidades de Internamento e Socio Ocupacional, na RECOVERY IPSS, saíram alguns jovens já como alunos de Mérito; outros terminando o currículo regular com aproveitamento escolar, apesar de as dificuldades iniciais apresentadas (colmatadas com o acompanhamento de uma equipa multidisciplinar, que lhes demonstra a importância de regras estabelecidas, bem como a extrema importância de uma rotina). Importa, também, referir que durante o tratamento, existe uma preocupação para que os

nossos jovens consigam adquirir estratégias para lidar com cada uma das suas perturbações, bem como momentos de crise e frustração. Importante é, também, a redução da medicação, com muitos dos nossos jovens a terem alta sem necessidade à toma de medicação.

Importa, também, referir que existe, ainda, uma lacuna no que diz respeito à orientação parental relativamente aos jovens que são acompanhados nas nossas Unidades, sendo que, após o momento da Alta e realizados os follow-ups, percebemos que existe algum retrocesso, pois os jovens são preparados para lidar com as suas caraterísticas (existindo, também, um trabalho com os progenitores), mas os seus cuidadores, sem orientação e supervisão, não as conseguem colocar em prática. Ainda assim, são inúmeros os casos de sucesso que saíram das nossas Unidades, na RECOVERY IPSS.

Culmino parafraseando Carl Jung: «No fundo, não descobrimos na pessoa com transtorno mental nada de novo ou desconhecido: encontramos nele a base de nossa própria natureza».

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Entre os dias 21 a 23 de setembro
Na próxima semana, entre quinta-feira e sábado (21 a 23), vai decorrer, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da...

“A nossa intenção é de que esta iniciativa, de carácter anual, faça da Universidade de Coimbra um ponto de encontro entre cientistas de projeção internacional das áreas da perceção e da ação e jovens investigadores, que têm aqui a fantástica oportunidade de receber comentários sobre o seu trabalho. Procuramos ainda que este evento científico transforme a maneira como nós, enquanto comunidade académica nacional, olhamos para a ciência psicológica e para a psicologia”, destaca o docente e investigador da Universidade de Coimbra e coordenador do Cogbooster na UC, Jorge Almeida.

Este workshop vai contar com a presença de vários oradores internacionais de renome, especialistas nas áreas da perceção e ação cerebral, nomeadamente Laurel Buxbaum (Instituto Moss de Investigação em Reabilitação – MRRI), Erez Freud (Universidade de Iorque, Canadá), Leyla Isik (Universidade Johns Hopkins, Estados Unidos da América), Nancy Kanwisher (Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT, Estados Unidos da América), Bradford Mahon (Universidade Carnegie Mellon, Estados Unidos da América), Alex Martin (Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos da América) e Ricarda Schubotz (Universidade de Münster, Alemanha).

Durante os três dias do evento, vão decorrer ainda apresentações de pósteres científicos, apresentados por estudantes, jovens investigadores e investigadores pós-doutorados.

A comissão científica do workshop é composta por Alfonso Caramazza, neurocientista, professor da Universidade de Harvard e líder do projeto Cogbooster; Jorge Almeida; Paul Downing, da Universidade de Bangor (Reino Unido); Mel Goodale, da Universidade do Ontário Ocidental (Canadá); Zoe Kourtzi, da Universidade de Cambridge (Reino Unido); Angelika Lingnau, da Universidade de Ratisbona (Alemanha); e Isabel Pavão Martins, da Universidade de Lisboa.

As inscrições são feitas em www.uc.pt/cogbooster/saw/2023/workshop-registration/.

Ecoterapia utiliza ondas de ultrassom, que transmitem energia térmica, por um disparo
O Hospital CUF Sintra disponibiliza, pela primeira vez em Portugal, o tratamento de varizes tronculares por ecoterapia - um...

A ecoterapia da Sonovein utiliza ondas de ultrassom, que transmitem energia térmica, por um disparo de grande precisão - um foco menor que um grão de arroz. A precisão desta técnica é para Orlanda Castelbranco, Coordenadora de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital CUF Sintra, a principal vantagem deste tratamento: “as ondas de ultrassom ultrapassam a pele sem causar dano aos tecidos envolventes e, simultaneamente, atingem a parede posterior da veia o que permite a maior precisão do tratamento”.

Ao contrário da abordagem cirúrgica tradicional, este tratamento não é invasivo. “Não são necessários cortes, inserção de cateteres ou químicos e, por isso, não existem cicatrizes ou risco de infeção” esclarece a médica da CUF, acrescentando que “a ecoterapia não requer anestesia geral, utilização de bloco operatório ou internamento”. 

Para realizar este tratamento, o especialista está numa consola, junto ao doente, onde define o segmento da veia que vai ser alvo do disparo das ondas de ultrassom. De seguida, posiciona o braço do robô em cima da veia- idêntico a um aparelho de ecografia. “É através do braço robótico que são enviadas as ondas, que se vão concentrar na veia sob a forma de energia térmica, originando a retração e selagem da mesma. O resultado é visível no ecrã, permitindo a avaliação imediata dos resultados. Após um segmento tratado, mobilizamos o braço do robô para realizar o tratamento aos próximos segmentos da veia a tratar”, explica Orlanda Castelbranco. 

Entre as vantagens do tratamento de varizes tronculares por ecoterapia está a possibilidade de ser realizado em qualquer altura do ano- não é preciso esperar pelo inverno. “Quando sugerimos um procedimento cirúrgico para remover varizes, tendemos a recomendar o outono ou inverno, como as melhores épocas para realizar a cirurgia, pois assim o doente consegue evitar, com maior facilidade, o sol após o procedimento, prevenindo o surgimento de manchas e ajudando o processo de cicatrização das incisões. Além disso, no inverno é mais confortável utilizar as meias de compressão elástica, fundamentais para acelerar a recuperação de uma cirurgia convencional. Tudo isto, são preocupações desnecessárias quando propomos a ecoterapia para o tratamento das varizes, pois não existe qualquer limitação relacionada com a estação do ano em que o tratamento é feito”, compara a médica.

Outras das vantagens prende-se com o facto de não ser necessário interromper fármacos anticoagulantes, ao contrário do que tende a acontecer no tratamento cirúrgico das veias, e, também, a possibilidade das pessoas retornarem de imediato às atividades do seu dia-a-dia.

É um tratamento, particularmente, apropriado, não só para quem procura por uma solução com recuperação imediata, sem pensos subsequentes e mais estética - sem cicatrizes -, mas também para pessoas com contraindicação cirúrgica ou cujo risco cirúrgico seja considerado elevado. 

Esta tecnologia robótica já é utilizada em países como Espanha, França, Reino Unido, Itália e Áustria - agora, a equipa de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital CUF Sintra introduz, pela primeira vez, esta opção terapêutica para tratar as varizes tronculares. Orlanda Castelbranco refere que esta tecnologia “permite disponibilizar aos doentes portugueses o que de mais inovador existe a nível mundial, representando um progresso no tratamento de varizes, no nosso país”.

Estima-se que as varizes afetem mais de 50% das pessoas do sexo feminino, na faixa etária dos 70 anos. “Podem ter impacto na imagem corporal e na autoestima. Contudo, o seu efeito não é apenas estético, já que também podem provocar dor, calor, inchaço e desconforto, afetando a qualidade de vida dos doentes. Estes sintomas requerem avaliação médica, pois, segundo a médica da CUF: “são sinais de alerta para esta patologia, que, quando não tratada, pode ainda dar origem a complicações como tromboses, hemorragias ou úlceras venosas”.

 

Campanha de sensibilização
Para assinalar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, no dia 21 de setembro, os ativos geridos e comercializados pela CBRE...

A campanha “Imagine ter uma branca e…” pretende alertar para a doença e principais sintomas, bem como para a importância de um diagnóstico precoce, enquanto dá a conhecer as redes de apoio existentes, não só para os doentes, mas também para os seus cuidadores. Para isto, foram desenvolvidas parcerias com a Neuroinova e o Hospital da Trofa permitindo aos Centros Comerciais disponibilizar a todos os seus visitantes informações sobre a Doença de Alzheimer.

O Dia Mundial do Alzheimer será assim assinalado ao longo de todo o mês nos Centros Comerciais 8ª Avenida, Alameda Shop&Spot, Alma Shopping, LeiriaShopping,

LoureShopping, RioSul Shopping, Torreshopping, Nosso Shopping, Ubbo e Forum Madeira, que irão promover diversas atividades como palestras com médicos e especialistas da área, como o Dr. Almeida Nunes ou o Neurologista Prof. Dr. Vitor Tedim Cruz. Em todos os Centros, os visitantes poderão realizar exercícios de treino e estimulação cognitiva em formato físico e digital. Serão ainda convidados a escrever, em alguns dos espaços, num mural de memórias “em branco”, mensagens ou notas sobre o que gostariam de recordar.

A CBRE vai também assinalar este dia nos edifícios de escritórios que gere, através do programa Office’Play, um serviço exclusivo da CBRE que consiste na dinamização dos espaços comuns através de um programa de iniciativas e atividades ao longo do ano dedicados aos utilizadores dos edifícios.

Em todos os espaços geridos e comercializados pela CBRE será possível encontrar mensagens alusivas à Doença de Alzheimer, colocadas em pontos estratégicos e nos diversos suportes de comunicação.

“A doença de Alzheimer está presente na casa de milhares de portugueses, o que significa que muitos dos nossos visitantes acabam por ser impactados, direta ou indiretamente, por esta doença. Enquanto agentes ativos junto das comunidades, estamos sensíveis ao facto de muitas vezes estas famílias não saberem a quem recorrer ou quais as redes de apoio disponíveis e é aqui que podemos ter um papel fundamental, o de informar. A campanha “Imagine ter uma branca e…”, inserida no programa “Caring for Communities”, levou à operacionalização de diversas ações sociais, que acreditamos vão ajudara fazer a ponte entre as instituições e as famílias“, afirma Mónica Pinto Coelho, Marketing Director Iberia na CBRE.

São perto de 194 mil as pessoas em Portugal cujo dia a dia é afetado por gestos tão simples como não se recordarem do número de telefone, nome completo ou até a rua onde moram. Estima-se que, no nosso País, para entre 60% a 80% destes doentes, a demência seja o principal sintoma da Doença de Alzheimer.

Evento realiza-se no dia 19 de setembro
Saber que a saúde sexual vai além dos aspetos ligados à saúde reprodutiva, contemplando também o prazer e a segurança durante o...

Marcado para o dia 19 de setembro, o evento desenrola-se entre as 09h00 e as 17h00, apresentando um formato exclusivamente online e um programa focado em “Promover o autoconhecimento da mulher sobre saúde sexual, sexualidade e menstruação”.

Durante a manhã vão ser apresentadas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a promoção da saúde sexual, bem como identificados os sinais de saúde relacionados com o ciclo fértil feminino, além de ser feita uma análise sobre a saúde sexual e sexualidade durante gravidez, parto e pós-parto e, por último,  uma exposição dos casos de sucesso na recolha de células estaminas do Cordão Umbilical pela Maternidade Daniel de Matos e a evolução da aplicação destas células ao longo dos últimos 20 anos.

Neste evento a preservação do meio ambiente também terá lugar. Por estarmos numa época em que é tão importante cuidar do nosso planeta, e como os produtos menstruais nem sempre são benéficos para a Saúde do planeta, vai haver uma palestra sobre a menstruação e a sustentabilidade, seguido de uma apresentação sobre os melhores produtos de recolha menstrual.

Para concluir este dia, vão ser abordados os vários cuidados de higiene íntima aos quais a mulher deve dar atenção, desde a sua infância até à menopausa, uma vez que estes devem acompanhar a evolução do corpo, pelo que, idades diferentes requerem cuidados diferentes. 

 

Catástrofes em Marrocos e Líbia
Em três dias, o mundo testemunhou duas catástrofes naturais de grande escala, que deixaram milhares de mortos e feridos, e...

Sismo em Marrocos

Na noite de sexta-feira, 8 de setembro, um sismo de magnitude 6,8 atingiu Marrocos, o evento sísmico mais forte a atingir o país desde 1960. O sismo ocorreu pouco depois das 23h, quando a maioria das crianças e famílias estaria em casa a dormir. As réplicas continuam a abalar a região, aumentando o risco para as populações.

As Nações Unidas estimam que mais de 300.000 pessoas foram afetadas pelo sismo, principalmente em Marraquexe e nas montanhas do Alto Atlas. Segundo as autoridades, mais de 2.600 pessoas morreram, incluindo crianças, e milhares ficaram feridas. Estes números estão a aumentar a cada hora. A UNICEF calcula que cerca de 100.000 crianças foram afetadas pelo sismo, tendo em conta que representam quase um terço da população em Marrocos.

O sismo destruiu milhares de casas, deixando famílias sem abrigo e expostas ao frio da noite. Escolas, hospitais e outras infraestruturas essenciais foram danificadas pelo sismo, comprometendo o acesso à educação, à saúde e aos serviços básicos, o que afeta ainda mais as crianças.

As autoridades de Marrocos estão na linha da frente dos esforços de resposta à catástrofe. A UNICEF está preparada para ajudar no âmbito de uma resposta coordenada liderada pelo governo perante esta catástrofe.

A UNICEF está em comunicação constante com as autoridades e a preparar-se para apoiar os esforços governamentais nas regiões afetadas, conforme necessário, para restaurar os serviços públicos essenciais para a sobrevivência e bem-estar das crianças afetadas e respetivas famílias. A UNICEF coloca sempre as crianças em primeiro lugar em qualquer emergência, pois são sempre as mais vulneráveis.

Tempestade na Líbia

Na sequência das inundações causadas pela tempestade Daniel, o número de vítimas mortais na Líbia está a aumentar drasticamente. A UNICEF expressa as suas profundas condolências a todas as pessoas que perderam familiares nesta catástrofe. Estamos em contacto com as autoridades locais e prontos para apoiar as operações de socorro, fornecendo ajuda essencial às pessoas deslocadas, às crianças e aos hospitais.

Como resposta à emergência, a UNICEF está a mobilizar recursos vitais, incluindo equipamento médico essencial para ajudar 10.000 pessoas, roupas para proteger 500 crianças e 1.100 kits de higiene. As equipas da UNICEF estão preparadas para fornecer mais apoio conforme necessário.

Apelo à Solidariedade em Emergências

À medida que as necessidades crescem e as alterações climáticas aumentam a frequência, intensidade e duração das emergências, os apelos humanitários continuam a enfrentar grandes desafios de financiamento.

O Fundo para resposta a Emergências da UNICEF enfrenta um enorme desafio de financiamento para atender às crescentes necessidades humanitárias no mundo. Apesar da generosidade dos doadores, que contribuíram com 3,24 mil milhões de dólares até ao final de junho deste ano, o fundo ainda tem um défice de 70%. Tal significa que faltam 7,7 mil milhões de dólares para responder, entre outras, às situações de crise mais críticas em 12 países (Sudão, Burkina Faso, República Democrática do Congo, Myanmar, Haiti, Etiópia, Iémen, Somália, Sudão do Sul, Bangladesh, Afeganistão e República Árabe Síria), às quais acrescem as novas situações de emergência.

A UNICEF Portugal apela à generosidade de todos para contribuir para o Fundo de Emergência, que desempenha um papel crucial na resposta a emergências e na proteção das crianças em todo o mundo.

Enfermeiros voltam a tentar desbloquear negociações com Ministério
O Sindicato dos Enfermeiros – SE reúne amanhã, dia 13 de setembro de 2023, com o Ministério da Saúde, na sequência de uma...

Tal como explicou à saída da reunião de dia 8 de setembro, “a nova lei das Unidades de Saúde Familiar não valoriza a profissão, divide a classe e não acrescenta valor ao Serviço Nacional de Saúde”, frisa Pedro Costa. Este dirigente salienta que foi solicitado ao Ministério da Saúde que o diploma previsse na sua redação a abrangência a todos os Cuidados de Saúde Primários, independentemente do tipo de unidades. “Neste momento continuamos a relegar para segundo plano a saúde pública, saúde escolar, as unidades de cuidados na comunidade que prestam cuidados de saúde na rede nacional de cuidados continuados, grupos de risco ou com vulnerabilidade social”, adverte.

Pedro Costa alerta ainda que, na prática, “não estamos a reformar o que quer que seja, o que sucede é que, mais uma vez, estamos perante um grande remendo, transferindo recursos humanos escassos de um lado para outro, criando incentivos em que uns recebem 80% do valor previsto”.

Mais uma vez, no entender do presidente do SE, “a prevenção da doença e a promoção da saúde, que deveria ser a grande aposta, fica para segundo plano”. “Este é um trabalho que deveria ser feito com equipas motivadas e cientes de que os cuidados de saúde não são exclusivos de nenhum grupo profissional, mas antes o resultado e esforço de todos, motivo pelo qual qualquer incentivo e esforço da equipa deve ser valorizado com critérios objetivos e proporcionais”, acrescenta.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros lamenta a falta de abertura para as negociações que sido manifesta pelo Ministério da Saúde – à semelhança do que tem sucedido com os sindicatos médicos. E garante que “se nada for feito, vamos assistir a pedidos de mobilidade dos enfermeiros de unidades sem incentivos para unidades com incentivos, incluídas no novo diploma das USF”. No limite, lembra, “se não houver adesão dos enfermeiros à ‘grande aposta’ do governo, este diploma nunca vai sair do papel”.

Dia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) assinala-se a 15 de setembro
“Não à violência contra os profissionais de saúde” é a mais recente iniciativa dinamizada pela Miligrama Comunicação em Saúde....

De acordo com os dados partilhados pela plataforma Notifica, da Direção-Geral da Saúde (DGS), em 2022 existiram mais de 1.300 casos reportados de violência contra os profissionais de saúde.

Para Andreia Garcia, Diretora-Geral da Miligrama Comunicação em Saúde: “Como atuamos unicamente no setor da saúde, sentimos que também é nossa a responsabilidade de desenvolver estratégias de prevenção e combate a este crime público”.

A campanha será divulgada nas redes sociais e junto dos cuidados de saúde primários e hospitalares.

 

12 de setembro | Dia Europeu da Enxaqueca
Viver com enxaquecas é viver na incerteza.

Enxaqueca ou dor de cabeça?

Uma crise de enxaqueca não é o mesmo que uma dor de cabeça. São episódios distintos e não devem ser confundidos. Uma enxaqueca começa, de facto, com dores pulsáteis ou latejantes fortes, num dos lados da cabeça. No entanto, traz consigo outros sintomas como náuseas, vómitos e intolerância a estímulos como a luminosidade, o ruído ou os odores. Além destes sintomas podem ocorrer alterações temporárias na visão, formigueiro ou dormência, bem como dificuldade na compreensão e na articulação de palavras. Os episódios de enxaqueca podem durar até três dias.

(Con)viver com a enxaqueca

Viver com enxaqueca é limitador, mas essas limitações podem ser superadas através de algumas estratégias de prevenção e antecipação.

Apesar de imprevisíveis e com diferente impacto de indivíduo para indivíduo, há comportamentos comuns com tendência a provocar episódios. São eles o stress (que deve passar a ser controlado), alguns estímulos sensoriais como luzes fortes, sons altos e odores intensos (que devem ser evitados) e desajustes no ritmo de vida (que devem ser regrados, especialmente os períodos de descanso). A quantidade, a qualidade e a periodicidade da dieta também podem contribuir para despoletar uma crise de enxaquecas, a par do bem-estar emocional e da medicação. Aconselha-se uma gestão cuidada da terapêutica e atenção à saúde mental (deve procurar-se ajuda, sempre que necessário), uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício físico e de técnicas de relaxamento.

Quem é mais afetado?

Estima-se que a enxaqueca afete cerca de mil milhões de pessoas em todo o mundo. As mulheres têm três vezes mais probabilidade de sofrer de enxaquecas, sobretudo se estiverem em idade fértil (grande parte das mulheres tem crises perto da menstruação). A estatística mostra que uma em quatro mulheres vai sofrer de enxaqueca ao longo da vida. Caso tenham familiares próximos na mesma situação, a probabilidade é maior, especialmente se estes familiares forem as suas mães. Alterações como a gravidez ou a menopausa podem acalmar os sintomas, na mulher. No entanto, no pós-parto, estima-se que 25% das mulheres terão um episódio no prazo de duas semanas, e que até 50% terá uma crise durante o primeiro mês.

Não está só, informe-se e troque experiências

Quando bem usada, a internet pode ser uma fonte rica de informação. Lá pode encontrar dicas, ler testemunhos e ficar a perceber mais sobre esta doença. Procure sites fidedignos, validados por especialistas, como portal da associação Migra ou site Viver sem Enxaqueca.

Neste percurso complicado que é o tratamento e o controlo da doença, serão certamente um importante apoio.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entre 12 e 14 de outubro
As Jornadas de Senologia, organizadas pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), estão de regresso para a sua 20.ª edição....

De acordo com o presidente da SPS,  José Carlos Marques, o foco deste ano incidirá na problemática de que “cada vez mais os profissionais de saúde têm contacto com o cancro de mama em mulheres de idade jovem, o que obriga a estudos genéticos, desencadeando-se enormes desafios no diagnóstico, vigilância e abordagem das pessoas com a doença e dos familiares”. Evidencia, ainda, que a comunicação é muito importante nesta área, reforçando o papel fundamental da literacia na relação médico-doente.

Sabe-se que cerca de 10% dos cancros da mama estão relacionados com genes mutados e hereditários, nomeadamente os BRCA. E, perante uma mutação num gene, o risco de se desenvolver cancro da mama ou qualquer outro tipo de cancro pode chegar aos 80%, dependendo do historial familiar e do próprio gene alterado. Esta realidade convoca a intervenção das equipas multidisciplinares de Senologia, requerendo profissionais cada vez mais informados e especializados para um acompanhamento cada vez mais dirigido.

O dia que antecede as XX Jornadas de Senologia é dedicado à realização de dois cursos: o Curso de Mama para TSDT Radiologia e o Curso de Senologia e Inteligência Artificial – Da Teoria à Prática. Este último, destinado a médicos, pretende “mostrar de forma prática os ganhos na utilização de inteligência artificial aplicada não só na imagem, no diagnóstico imagiológico, mas também na Anatomia Patológica e na Cirurgia”. As formações permitirão a “possibilidade de experimentar e de perceber qual é o contributo da inteligência artificial que, seguramente, no futuro vai ter importância na atividade clínica”, refere o presidente da SPS.

programa das XX Jornadas de Senologia reúne diversas sessões científicas que visam transpor da teoria para a prática as problemáticas do quotidiano através da partilha de experiências entre os vários profissionais envolvidos no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do doente. Serão também apresentados trabalhos científicos originais e inovadores, culminando na distinção dos melhores, na cerimónia de encerramento.

Pela primeira vez, será atribuído o Prémio de Investigação Noémia Afonso pela sua contribuição na melhoria da intervenção clínica e pelo real impacto no desenvolvimento científico. “Surgiu da necessidade e do nosso desejo de homenagear a nossa colega que foi muito importante para a Senologia portuguesa, e que nos abandonou de forma prematura”, refere o Dr. José Carlos Marques.

Não é “apenas uma doença de pele”
No âmbito do Dia Mundial da Dermatite Atópica, que se assinala a 14 de setembro, a ADERMAP - Associação Dermatite Atópica...

A Dermatite Atópica (DA) é uma doença inflamatória da pele que se revela através de manchas descamativas, avermelhadas e que causam muita comichão, e que se reflete na esfera emocional e no bem-estar do doente afetado por esta doença, ao influenciar a sua aparência e ao causar sentimentos de impotência, frustração, baixa autoestima, ansiedade e depressão. A falta de controlo da doença pode determinar a diminuição do rendimento escolar e provocar o isolamento social.

A Dermatite Atópica é uma doença crónica, imunomediada, atualmente incurável, determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais, com um impacto elevado nas várias dimensões da vida dos doentes e das suas famílias. Esta doença afeta entre 10 a 20% das crianças e entre 1 a 3% dos adultos em todo o mundo. Estima-se que afete cerca de 360.000 pessoas em Portugal, sendo que 70.000 terão uma forma moderada a grave [1].

De acordo com Joana Camilo, Presidente da ADERMAP, “A DA pode surgir tanto em adultos como em crianças, podendo manifestar-se em várias idades e com diversos graus de severidade. É muito importante sensibilizarmos para a patologia, alertarmos para o fardo entre doentes e cuidadores a nível físico, emocional, social e económico, e reconhecermos a necessidade de acesso a cuidados que refletem a natureza multidimensional da dermatite atópica e aos tratamentos mais eficazes e seguros para a controlar, onde e quando são necessários. Este ano a campanha mundial é focada no peso psicológico e emocional que a dermatite atópica representa para as crianças e jovens que sofrem com a doença e nos seus cuidadores”.

Segundo Pedro Mendes Bastos, Médico Especialista em Dermatologia e Venereologia e Conselheiro Científico da ADERMAP "Mais um Dia Mundial da Dermatite Atópica. É inspirador constatar todos os passos que foram dados nos últimos anos no sentido de melhorar a vida das pessoas que lidam diariamente com a Dermatite Atópica, seja pessoalmente ou na família. Se inicialmente foram passos de bebé, estamos agora preparados para exigir mais, principalmente para que todos aqueles com formas moderadas a graves da doença possam ter acesso a um tratamento eficaz e seguro. Recuperar o tempo de vida perdido para a dermatite atópica é hoje possível.”

A Dermatite Atópica é uma das doenças de pele mais prevalentes no mundo e uma das menos reconhecidas. É uma doença visível de impactos invisíveis. Muitas vezes desvalorizada como “apenas uma doença de pele”, as reais necessidades dos doentes não têm sido globalmente atendidas de forma solidária e oportuna. Mas, para além de fonte de sentimentos negativos nas pessoas, a DA também alimenta a resiliência, a capacidade de superar desafios e de relativizar situações.

Neste Dia Mundial da Dermatite Atópica queremos alertar para os impactos invisíveis de uma doença visível, sensibilizando o público com um pedido real para serem ouvidos e compreendidos através de um diálogo ativo e concertação entre cidadãos, profissionais de saúde e órgãos decisores.

A campanha terá expressão nas redes sociais da ADERMAP através da hashtag #IfYouOnlyKnew combinada com #diamundialdadermatiteatopica, convidando a que todos participem e partilhem para que se possa olhar para a dermatite atópica e reconhecê-la como uma doença que pode ter um alto impacto na vida dos doentes e cuidadores.

Campanha arranca 12 de setembro em viversemenxaqueca.pt
O que é a enxaqueca? Será hereditária? Quem é mais afetado? Sofro de enxaqueca, com quem devo falar? Como devo fazê-lo? As...

Debilitante e imprevisível, viver com enxaqueca obriga a ajustes diários nas nossas rotinas. Um quotidiano que, não sendo fácil, pode ser simplificado: conhecer melhor a patologia, saber de que forma afeta a população e as pessoas, e perceber que ferramentas estão disponíveis para a gerir, podem ser importantes contributos para sua desmistificação.

A pensar em que sofre de enxaqueca, a Pfizer Portugal lançou a campanha “Viver sem Enxaqueca”. Disponível a partir de hoje em www.viversemenxaqueca.pt, conta com o apoio da associação Migra. Juntos, fornecem as ferramentas necessárias para conhecer a doença, controlá-la e, fundamentalmente, para guiar quem procura ajuda.

“Para além de ser fisicamente debilitante, a enxaqueca também é imprevisível, o que acaba por ter um impacto significativo na vida das pessoas que têm esta doença”, explica Susana Castro Marques, Diretora Médica da Pfizer Portugal. “Acreditamos que esta campanha é essencial para despertar a atenção de todos  para um problema silencioso e que é raramente falado.”

A enxaqueca pode surgir de forma inesperada e provocar sintomas e reações distintas. Afeta relações pessoais e profissionais, e pode tornar-se incapacitante. 62-69% da população sente que a doença interfere na sua atividade com as suas crianças e parceiros, e 20% teme perder o emprego por sua causa.

Não tem de ser assim – viver com enxaqueca pode ser descomplicado. Informe-se e tome as rédeas da sua saúde em www.viversemenxaqueca.pt.

 

Porto recebe 7ª Maratona da Maternidade dia 16 de setembro
A 7ª Maratona da Maternidade, que se realiza no próximo dia 16 de setembro às 10H00 na marginal marítima do Porto, conta já com...

As interessadas podem fazer a sua inscrição para o formato online aqui https://bebevida.com/product/inscricao-maratona-maternidade/. A inscrição tem um valor simbólico de três euros por pessoa. As receitas vão poder ajudar a Vida Norte a continuar a sua missão de ajudar grávidas em situação de fragilidade e a Stand4Good a apoiar estudantes universitários com comprovadas carências económicas.

Na componente online convidamos as famílias em todo o país a fazer uma caminhada, num local à sua escolha, e a partilhar fotos e vídeos nas suas redes sociais e identificando @bebevida.pt e as instituições @vidanorte e @stand4good. Desta forma, pretende-se envolver e incluir o maior número de pessoas a nível nacional. As inscrições na vertente online permitem às grávidas participar gratuitamente no Especial Grávida Online, entre as 14h30 e as 18H00 do dia 16 de setembro.

“O objetivo principal é reunir o maior número possível de grávidas, casais, familiares e amigos para celebrar a natalidade em Portugal” refere Luís Melo, Administrador da Bebé Vida. “Este evento é já um marco na história da BebéVida e das futuras mães e, acontece numa altura em que os últimos dados oficiais apontam para um crescimento de seis por cento de nascimentos em Portugal no primeiro semestre deste ano face ao ano passado”.

Maggy Santos, futura mamã, empresária e adepta de um estilo de vida saudável é a embaixadora desta 7ª edição da Maratona da Maternidade, organizada pela BebéVida, banco de tecidos e células estaminais cem por cento português.

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