Regresso às aulas
Com o início de mais um ano letivo, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) relembra alguns dos

Miopia (dificuldade em ver ao longe), astigmatismo (visão distorcida) e hipermetropia (esforço aumentado com dificuldade em ver sobretudo ao perto) são os erros refrativos que podem afetar a nitidez da imagem dos olhos. Na criança particularmente perigosos quando presentes de forma assimétrica, ou seja, um olho com a imagem mais nítida, outro com a imagem mais desfocada, dando a ilusão aos pais de que as crianças veem bem. Se não forem corrigidos atempadamente, podem causar défices visuais permanentes, porque a criança tem tendência a evitar usar o olho com a imagem menos nítida, levando a que este fique mais “preguiçoso”, processo que chamamos de ambliopia.

Nas crianças as doenças mais comuns são o estrabismo e a ambliopia. Estrabismo denomina a existência de um desalinhamento ocular. Surge habitualmente nas crianças podendo, em muitas delas, estar presente desde a nascença. É importante diagnosticar e tratar esta doença quando a criança ainda é pequena pois, caso contrário, a visão de um dos olhos poderá ficar irremediavelmente diminuída e em alguns casos pode perder-se a oportunidade de recuperar a visão binocular. A criança com estrabismo tem tendência a usar menos o olho desviado, levando a que este vá ficando mais “preguiçoso” (ambliope).

Ricardo Parreira, coordenador de Grupo Português de Estrabismo e Oftalmologia Pediátrica da SPO, alerta: “É muito importante a correção do estrabismo desde cedo, não apenas pelas questões relacionadas com a saúde ocular, mas também pelas consequências que pode trazer na entrada para o período escolar. Pode levar a uma menor autoestima por parte da criança e a um aumento do risco de sofrer bullying, além do impacto no seu rendimento escolar”.

Pais e professores devem, por isso, manter um elevado grau de vigilância e valorizar os pequenos sinais de que algo pode não estar bem na saúde ocular das crianças, tais como:

  • Desinteresse na televisão;
  • Lentidão ou rejeição das tarefas que exigem esforço visual;
  • Fechar ou tapar um dos olhos;
  • Lacrimejo;
  • Dificuldade em suportar a luz (fotofobia);
  • Olhos vermelhos e inchados;
  • Dificuldade na leitura;
  • Erros a copiar do quadro.

Por último, num mundo cada vez mais globalizado e tecnológico, é importante limitar o tempo de exposição das crianças aos ecrãs, respeitando a importância das pausas oculares. De acordo com as recomendações da Organização Mundial (OMS), em 2019, as crianças menores de dois anos não devem ter qualquer tipo de exposição a ecrãs e as de dois aos cinco anos não devem estar expostas mais do que uma hora por dia. Há também evidência científica de que o contacto com a luz natural pode evitar o início da miopia. Neste sentido, pais, professores e educadores têm a missão de incentivar a realização de iniciativas que privilegiem a interação direta e optar por atividades mais lúdicas e ao livre.

Para saber mais informações sobre a saúde ocular, visite: https://spoftalmologia.pt/.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
De 5 a 8 de setembro
A cidade do Porto vai acolher, de 5 a 8 de setembro, a edição de 2023 do mais importante evento científico da Epidemiologia...

Sob mote “Epidemiologia para construir o futuro”, este ano debater-se-á o futuro da profissão epidemiológica, ouvindo com especial atenção a análise dos jovens epidemiologistas. Discutir-se-ão as ferramentas que a epidemiologia tem ao seu dispor e o seu contributo para o desenho de políticas públicas de saúde, bem como para a descentralização das decisões em saúde. Haverá espaço para falar também de alterações climáticas, já mencionadas, de ecoansiedade, de vulnerabilidade social e de saúde e género. Da mesma forma, foram programados espaços para debater o acompanhamento e o rastreio do cancro, a saúde urbana, a COVID-19 e suas sequelas, o VIH/sida, a saúde mental, a saúde materno-infantil, entre outros.

No âmbito das atividades pré-congresso, a edição deste ano volta a contemplar uma sessão de debate aberta a todos os cidadãos, que decorrerá no dia 5 de setembro, às 17h00, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto e para a qual gostávamos de o/a convidar.

Esta mesa-redonda juntará convidados ligados à saúde, aos órgãos de decisão e às associações locais - nomeadamente Catarina Araújo, Vereadora da CM Porto, Emília Neves, Vereadora da CM Maia, Ricardo Mexia, Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, José Ramón Repullo, Professor no Instituto de Salud Carlos III, Eduarda Neves, representante da APRe!, Marco Santos, Presidente FNAJ e José Cavalheiro, da FEUP – que será moderada por Henrique Barros, Presidente da Direção do ISPUP -  e será moderada por Henrique Barros, médico e Presidente da Direção do ISPUP. A discussão centrar-se-á em como aproximar as pessoas das decisões e as decisões das pessoas na saúde e procurará explorar como o conhecimento epidemiológico pode e deve orientar as decisões políticas e guiar a implementação desta “ciência cidadã”.

 

 

 

 

 

Relacionamentos
Vivemos numa correria constante e isso leva a que muitos casais fiquem presos nessa rotina agitada c

Felizmente, a terapia de casal pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar casais ocupados a equilibrarem a vida pessoal e profissional. Em seguida deixo algumas sugestões que poderão ajudar os casais mais afastados e reencontrarem-se.

Em primeiro lugar, é importante combinarem dar um tempo de qualidade à relação. É essencial que estes momentos sejam especiais e vos ajudem a concentrarem-se apenas um no outro. Podem fazê-lo, por exemplo, através da marcação de um fim-de-semana especial, todos os meses. Nesse período, é importante desligarem todos os dispositivos eletrónicos (por exemplo, telemóveis ou tablets) e concentrarem-se inteiramente na vossa relação.

Outro aspeto muito importante é procurarem aperfeiçoar a vossa comunicação. É certo que com agendas apertadas, encontrar tempo para uma conversa mais profunda, pode ser um grande desafio. No entanto, procurem reservar alguns minutos, todos os dias, para compartilhar experiências e expressar as vossas emoções, preocupações e desejos. Procurem não se interromper, recorrendo a técnicas de comunicação ativa em que cada um ouve respeitosa e atentamente o que o outro tem para dizer.

Embora possa parecer uma batalha perdida, é muito importante estabelecerem limites claros entre a vida pessoal e o trabalho. Muitas pessoas levam trabalho para casa, ou, mesmo não levando trabalho para casa, não conseguem libertar-se mentalmente dele. Por isso, é essencial definirem um tempo específico para o trabalho e desligarem-se totalmente dele, fora desse período. Isto irá ajudar-vos a desfrutar mais e a evitar que o stresse do trabalho afete a vossa vida a dois.

Além disso, é fundamental praticarem o apoio mútuo. O que é isto? Basicamente, em vez de competirem pela atenção e pelo sucesso profissional, procurem apoiar-se mutuamente! Celebrem as conquistas de cada um e mostrem a vossa disponibilidade e compreensão nos momentos mais desafiantes. Encontrem formas de dividir as responsabilidades do trabalho e da vida pessoal, como tarefas domésticas.

Finalmente, criem rituais diários que possam desfrutar mutuamente, como preparar uma refeição juntos, fazer uma caminhada juntos, ou ir a um bar. Este tipo de rituais pode ajudar a manter a conexão e a tornar os vossos momentos mais calorosos.

Os casais que aderem a sugestões aprendem mais facilmente a priorizar o tempo de qualidade, a aprimorar a comunicação, a estabelecer limites claros e a criar rituais diários permitindo que (re)encontrem o equilíbrio entre o amor e a carreira profissional.

Porém, é importante lembrar que cada casal é único e que as necessidades e circunstâncias de cada um podem variar. Portanto, procurar ajuda de um terapeuta de casal/conjugal é sempre preferível a qualquer recomendação ou livro de auto-ajuda, pois poderá oferecer uma orientação personalizada e estratégias especificas para cada casal.

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Estudo da Mayo Clinic mostra ligação ao trauma
Uma em cada três crianças terá pelo menos uma experiência stressante ou traumática na infância, incluindo experiências como o...

Os investigadores estudaram um grupo de mais de 1500 mulheres de meia-idade (com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos, com uma média de idades de 53 anos) que visitaram a Clínica da Menopausa e Saúde Sexual da Mulher no campus da Mayo Clinic, no Minnesota, entre 2015 e 2016, para tratar de questões relacionadas com a menopausa e a saúde sexual. As mulheres foram convidadas a preencher um inquérito antes da visita. O inquérito incluía perguntas sobre o histórico de experiências adversas na infância, bem como sobre a função sexual, abuso recente, humor, ansiedade, sintomas da menopausa e satisfação com a relação.

As informações recolhidas foram registadas num registo de saúde feminina da Mayo Clinic, denominado Registo de Dados sobre Experiências de Envelhecimento, Menopausa e Sexualidade (DREAMS). Os investigadores analisaram então a associação entre a disfunção sexual feminina e as experiências adversas na infância, definidas no estudo como experiências traumáticas durante a infância e a adolescência que conduziram a abusos físicos, emocionais ou sexuais, ou ao crescimento num lar com violência, consumo de drogas, problemas de saúde mental ou insegurança devido à separação dos pais, divórcio ou encarceramento.

O que os investigadores descobriram

Os investigadores descobriram que as mulheres que viveram quatro ou mais experiências adversas na infância tinham quase o dobro da probabilidade de serem sexualmente inativas, em comparação com as mulheres que não tiveram qualquer exposição adversa na infância, e tinham duas vezes mais probabilidades de ter disfunção sexual na meia-idade. O estudo define a disfunção sexual feminina como uma perturbação que envolve problemas persistentes com o desejo sexual, a excitação sexual, a lubrificação, a satisfação, o orgasmo e/ou a dor sexual, que estão associados a sofrimento pessoal para a mulher que experimenta estes sintomas.

"Esta associação parece ser independente de outros fatores que também afetam a função sexual feminina, como a idade, o estado da menopausa, a utilização de terapia hormonal, a ansiedade, a depressão, a satisfação conjugal e a história de abuso recente", explica Mariam Saadedine, investigadora da Mayo Clinic na Florida e primeira autora do estudo.

"Esta investigação contribui para a literatura que explora a função sexual nas mulheres", explica a cirurgiã Ekta Kapoor, diretora adjunta do Centro de Saúde da Mulher da Mayo Clinic e autora sénior do estudo. "A disfunção sexual tem um impacto significativo na qualidade de vida da mulher. Em consonância com estes resultados, encorajamos os profissionais de saúde a rastrear experiências adversas na infância com disfunção sexual e a oferecer tratamento multidisciplinar, incluindo encaminhamento e aconselhamento, conforme necessário. Se as consequências da adversidade na infância não forem tratadas adequadamente, outras intervenções para melhorar a função sexual podem não ser bem-sucedidas."

Os próximos passos desta investigação consistem em avaliar as associações entre experiências adversas na infância e disfunção sexual feminina num grupo mais diversificado de mulheres, incluindo mulheres de meios socioeconómicos mais baixos e mulheres com acesso limitado a cuidados de saúde.

Pode ler o artigo completo, aqui.

Advertem enfermeiros
Publicado ontem em Diário da República, o Decreto-Lei n.º 75/2023, que define uma medida especial de aceleração do...

Tanto que, adverte o presidente do SE, Pedro Costa, “vai necessitar de uma circular orientadora” que permita uma “aplicação uniforme, igualitária e justa da lei”, para que a carreira dos enfermeiros com este vínculo profissional não fique “refém das diferentes interpretações das administrações dos estabelecimentos de saúde, à medida dos respetivos interesses”.

O diploma pretende abranger 350 mil trabalhadores, sendo que só 200 mil são contratos de trabalho em funções públicas.

A redação dada ao decreto-lei “permite que a lei seja aplicada a uns a não a todos os enfermeiros”, enfatiza Pedro Costa. “Se para os contratos em funções publicas é clara a sua abrangência, para os contratos individuais de trabalho, tal qual está plasmada, parece que não é para abranger todos”, reforça.

Segundo estipula o quinto parágrafo polémico do DL em questão, a medida tem “impacto nas entidades públicas empresariais integradas no Serviço Nacional de Saúde, por via dos acordos coletivos de trabalho existentes, mantendo-se para os demais contratos individuais de trabalho o desenvolvimento das carreiras previsto nos correspondentes instrumentos de regulamentação coletiva”.

Mas, na leitura do Sindicato dos Enfermeiros - SE, o decreto-lei n.º 75/2023, se não for acompanhado de uma circular orientadora, “vai criar uma divisão e uma discriminação na classe, como já aconteceu com decreto-lei n.º 80-B/2022”.

Aliás, foi na decorrência deste último, o qual estabeleceu os termos da contagem de pontos em sede de avaliação do desempenho dos trabalhadores enfermeiros à data da transição para as carreiras de enfermagem e especial de enfermagem, que o SE detetou e coligiu evidência de cerca de 800 irregularidades na aplicação da lei, “afetando milhares de enfermeiros devido a uma interpretação restritiva das diferentes intuições hospitalares”.

Irregularidades essas que, passado praticamente um ano, “ainda não estão resolvidas e algumas vão seguir mesmo para a via judicial”, acentua Pedro Costa.

Ou seja, o decreto-lei n.º 75/2023, assevera, “vem resolver uma parte do problema, mas volta a criar - e a prolongar - outro, daí dizermos que é um acelerador de remendos, que urge resolver e que tomaremos em mãos na próxima ronda negocial com o Ministério da Saúde”, previsivelmente já em setembro.

Saúde Mental
Caraterizados por “episódios intensos de medo que podem surgir de forma abrupta ou devido à exposiçã

Segundo Paulo Dias, neuropsicólogo e hipnoterapeuta, “quando somos confrontados com situações (reais ou imaginárias) que possam ser consideradas como ameaçadoras, o mecanismo de defesa do nosso cérebro desencadeia uma resposta de luta/fuga para nos proteger ou evitar o sofrimento”. O medo é, assim, uma emoção universal, natural, que sinaliza “possíveis situações de perigo”. O problema surge quando “esta resposta é ativada de forma excessiva ou inadequada, mesmo quando não há uma ameaça real”, podendo despoletar os chamados ataques de pânico. Estes podem começar a ser frequentes, “como se o sistema de alarme do corpo fosse ativado erroneamente, levando a uma cascata de sintomas físicos e emocionais intensos”, explica o especialista. Durante estes episódios de medo intenso, “é possível experimentar uma combinação de vários sintomas, tais como batimentos cardíacos acelerados, dificuldade em respirar, sudorese, tremores, dormência nas mãos e nos pés, oscilações da temperatura corporal, desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar separado de si mesmo), entre muitos outros”.

Embora as suas causas não sejam totalmente compreendidas, existem fatores “que se assumem enquanto risco para os desenvolver”, como por exemplo: “questões genéticas (Se um pai ou mãe tiver um histórico de ataques de pânico, pode existir um maior risco de um filho os desenvolver), experiências traumáticas (exposição a eventos geradores de emoções e pensamentos negativos), personalidade (tendência a preocupações excessivas, perfeccionismo ou alta sensibilidade à ansiedade), fatores ambientais (o uso excessivo de substâncias estimulantes, incluindo cafeína e drogas ilícitas, podem desencadear sintomas de pânico)”. De acordo com Paulo Dias, “a combinação destes fatores de risco pode variar de pessoa para pessoa e a sua origem pode ser complexa e multifacetada. Algumas pessoas podem desenvolver ataques de pânico sem qualquer fator de risco aparente, enquanto outras podem ter múltiplos fatores envolvidos”.

Curiosamente, embora os ataques de pânico possam surgir em qualquer pessoa, independentemente do género, estes são mais frequentes entre as mulheres, existindo ainda uma correlação com a ansiedade. “Por um lado, enquanto a ansiedade é uma resposta adaptativa a situações de stress, os ataques de pânico são episódios agudos de medo intenso que podem ocorrer inesperadamente e sem uma causa aparente, sendo caracterizados por sintomas físicos intensos e uma sensação de perigo iminente. Por outro lado, os ataques de pânico podem gerar uma ansiedade antecipatória, ou seja, a pessoa pode começar a preocupar-se excessivamente com a possibilidade de ter um ataque em determinadas situações. Essa preocupação constante pode agravar a ansiedade e criar um ciclo vicioso, no qual a ansiedade alimenta os ataques de pânico e os ataques de pânico reforçam a ansiedade”, explica o hipnoterapeuta.

«Os ataques de pânico podem condicionar a vida numa espécie de prisão»

 De acordo com o especialista das Clínicas Dr. Alberto Lopes, é muito comum, após sofrer um ataque de pânico, “a pessoa evitar a atividade que o desencadeou ou o ambiente em que ele ocorreu”.

“Uma das principais implicações desta condição é a limitação nas atividades diárias. Por exemplo, quem teve um ataque de pânico enquanto conduzia no trânsito, pode não querer mais conduzir e quem o teve no trabalho, pode desejar afastar-se do emprego ou até mesmo trocar de local de trabalho”, acrescenta.

Por outro lado, revela que “a ansiedade gerada pela preocupação constante e persistente de poder desenvolver um ataque sem aviso prévio, leva a que a pessoa comece a evitar determinados lugares ou situações e, por conseguinte, isola-se socialmente o que irá promover um declínio do seu autocuidado podendo reforçar sintomas que potencializem quadros depressivos, ansiosos e hipocondríacos”.

Maria José Rodrigues teve o seu primeiro ataque de pânico durante uma viagem de trabalho, fora da cidade de Londres, onde reside. “Estava a conduzir e, de repente, entrei em pânico e desde então deixei de conseguir conduzir e estar sozinha”, recorda adiantando que, como o seu emprego exigia a realização de muitas deslocações, acabou por se demitir. “Nunca mais conduzi, não entrava em autocarros, comboios e aviões, nunca mais consegui fazer uma vida normal”, conta acrescentando que a situação foi crescendo até não saber lidar com o que lhe estava a acontecer. “Eu já tinha um ataque de pânico só de pensar que ia sair de casa ou ficar sozinha (tinha um ataque de pânico só de pensar que ia ter um ataque de pânico)”, admite revelando que estes episódios surgiam diariamente, nas mais variadas situações.

Maria procurou ajuda médica tendo-lhe sido diagnosticada uma depressão. No entanto, acabou sem suporte psicológico, apenas com a prescrição de um medicamento SOS para ajudar a travar as crises.

“Como não sabia lidar com os ataques de pânico, comecei a sofrer de agorafobia e isso limitava-me a sair. Não respirava nem mesmo ao ar livre. Deixei de trabalhar, sair, conduzir... foi como se tivesse parado no tempo”, explica.

A conselho de um familiar, acabou por procurar ajuda junto da Clínica Dr. Alberto Lopes, recorrendo à hipnoterapia. “Eu nem queria fazer, já não tinha esperança...”, admite.

Acabou por fazer um tratamento mensal de 6 sessões “através de videochamada (porque vivo em Londres)”. E, apesar de ter sido um processo que levou o seu tempo, a pouco e pouco, retomou as atividades e regressou à vida. “Lentamente, consegui pegar no carro, apanhar o autocarro, o comboio e até viajar. É um processo lento, mas efetivo”, afiança revelando que com a hipnoterapia voltou a ganhar confiança em si própria e “a controlar o medo de ter ataques de pânico”. “A hipnoterapia é um passo muito importante nestes casos, recomendo a 100%”, diz feliz.

Segundo Paulo Dias, o tratamento dos ataques de pânico “geralmente envolve uma abordagem terapêutica multidimensional e, em alguns casos, é necessário a prescrição de medicamentos, com o objetivo de minimizar o impacto severo que os sintomas físicos podem gerar”.

No entanto, “a hipnoterapia, uma combinação entre a hipnose (estado alterado, modificado ou expandido da consciência que permite ultrapassar as resistências dos mecanismos de defesa do consciente) e de técnicas terapêuticas, tem demonstrado ser eficaz neste tipo de quadro clínico”. E explica: “Em hipnose a mente torna-se mais recetiva às sugestões positivas, permite explorar de uma forma mais profunda as origens emocionais (traumas) dos ataques de pânico e a identificar padrões de pensamento negativos, substituindo-os por pensamentos mais saudáveis e funcionais. Além disso, a hipnose também pode ser usada para ensinar técnicas de relaxamento que ajudem a reduzir a ansiedade e a promover um maior autocontrolo”.

Ressalva que este tratamento é estabelecido caso a caso, consoante a necessidade do paciente, sendo que, do mesmo modo, “a cura não é instantânea”. “Desde a avaliação prévia e definição de objetivos, ao conjunto de sessões onde serão utilizadas técnicas de intervenção com hipnose, o tratamento consistirá em ajudar a reduzir ou mesmo eliminar a frequência e intensidade dos ataques de pânico. Assim, através desta abordagem é ensinado técnicas de auto-hipnose que promovam um maior autocontrolo e relaxamento, identificar e restruturar determinados eventos traumáticos ocorridos no passado e dessensibilizar o medo intenso que possa estar relacionado com o aparecimento dos ataques de pânico”, revela reforçando que o sucesso desta terapia “requer tempo, esforço e comprometimento”. “Cada pessoa responde de maneira diferente ao tratamento e é importante ter expectativas realistas”, sublinha.

Que estratégias podem ser utilizadas para evitar um novo ataque de pânico?

“Embora seja difícil evitar ter um ataque de pânico, existem atitudes e comportamentos que podem prevenir que ele piore ou fique fora do controlo:

  1. Aprender sobre os ataques de pânico e entender os processos físicos e mentais envolvidos pode ajudar a reduzir o medo e a ansiedade associados a eles.
  2. Praticar técnicas de relaxamento, pode ajudar a reduzir a ansiedade e a tensão física, diminuindo a probabilidade de um ataque de pânico.
  3. Identificar as fontes de stress e desenvolver estratégias eficazes para lidar com elas pode ser útil.
  4. Promover o autocuidado, uma alimentação equilibrada, sono regulado e prática de exercício físico, irá ajudar a manter uma rotina diária consistente e saudável”, indica o especialista.
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Na próxima década 75% dos doentes deverão utilizar serviços de Saúde Digital
A partir do próximo ano letivo 2023/24, os estudantes do Mestrado Integrado de Medicina (MIM) do Instituto de Ciências...

Esta área, em forte expansão, que inclui o uso das tecnologias da informação e comunicação na saúde, permitirá aumentar as competências digitais, literacia em saúde digital, compreender o impacto e ganhos em saúde do uso de tecnologias como robótica, realidade mista, realidade virtual, entre outros, tem suscitado crescente curiosidade na comunidade académica e a sua incorporação era premente no ideal de vanguarda e inovação na formação da Universidade do Porto e do ICBAS.

Para o Diretor do Mestrado Integrado em Medicina, António Araújo, “a Medicina está a evoluir a passos largos e a incorporar todo o espectro do ‘digital’ na sua prática clínica diária, desde a telemedicina à realidade virtual, passando pela inteligência artificial e a robótica. Assim, o MIM do ICBAS tem a obrigação de facultar aos seus estudantes conhecimentos nesta área de futuro e que vai moldar uma Medicina diferente, permitindo-lhes, com esta nova unidade curricular, tomar contacto e aprofundar os seus conhecimentos nesta área”.
 
Esta nova UC, que será lecionada no 5.º ano do MIM, pretende “mostrar que a Saúde Digital é o garante da sustentabilidade da saúde no futuro e a forma de garantir equidade no acesso às práticas que clínicas que conduzem aos melhores outcomes em saúde para os cidadãos”, salienta Rita Veloso, coordenadora da futura UC de e-Saúde, assegurando que “no final os estudantes ficarão aptos a definir e compreender a transição digital na saúde, os principais desafios em matéria de segurança dos dados de saúde e as principais tendências atuais e futuras da saúde digital”.
 
Numa era em que as soluções digitais têm potencial para transformar os sistemas de saúde, proporcionando melhores e qualidade através de avanços tecnológicos. É expectável que, em dez anos, 75% dos doentes utilizem serviços de saúde digital, nomeadamente na gestão do bem-estar, no acesso aos cuidados de saúde e na gestão das doenças crónicas. 

Segundo Mariana Almeida, presidente da Associação de Estudantes do ICBAS para "a saúde como a conhecemos está a transformar-se de dia para dia, de geração em geração. Enquanto estudantes do Mestrado Integrado em Medicina do século XXI, torna-se fulcral que a nossa formação não se foque apenas nas competências técnico-científicas que servirão como base para a nossa prática enquanto profissionais de saúde, mas que também incida sobre as diversas temáticas que nos últimos anos têm vindo a crescer cada vez mais e a tornar-se não só relevantes como indispensáveis para o investimento nos serviços de saúde e na sua qualidade. 

Celebrar a natalidade em Portugal
A BebéVida, banco de tecidos e células estaminais cem por cento português, vai organizar a sétima edição da "Maratona da...

“O objetivo principal é reunir o maior número possível de grávidas, casais, familiares e amigos para celebrar a natalidade em Portugal” refere Luís Melo, Administrador da Bebé Vida. “Este evento é já um marco na história da BebéVida e das futuras mães e, acontece numa altura em que os últimos dados oficiais apontam para um crescimento de seis por cento de nascimentos em Portugal no primeiro semestre deste ano face ao ano passado”.

A desportista e blogger Maggy Santos, que está grávida, será a Madrinha desta 7ª Edição da Maratona da Maternidade.

A "Maratona da Maternidade" consiste numa caminhada de três quilómetros, entre o Edifício Transparente e a Praia do Molhe. Nesse mesmo dia o Edifício Transparente vai receber a Feira da Maternidade onde todos os participantes poderão receber amostras e brindes dos patrocinadores e desfrutar da experiência de uma ecografia emocional 4D gratuita, entre outras atividades.

A inscrição na caminhada terá um valor simbólico de três euros por pessoa, que dá acesso ao Kit Maratona a ser entregue no dia do evento no Edifício Transparente. O Kit Maratona é composto por uma t-shirt, mochila, vouchers e várias ofertas. As receitas vão poder ajudar a Vida Norte a continuar a sua missão de ajudar grávidas em situação de fragilidade e a Stand4Good a apoiar estudantes universitários com comprovadas carências económicas.

É importante destacar que o evento também terá uma componente online. Convidamos as famílias em todo o país a fazer uma caminhada, num local à sua escolha, e a partilhar fotos e vídeos nas suas redes sociais e identificando @bebevida.pt e as instituições @vidanorte e @stand4good. Desta forma, pretende-se envolver e incluir o maior número de pessoas a nível nacional.

Os interessados podem fazer a sua inscrição para o formato presencial ou online aqui - https://bebevida.com/product/inscricao-maratona-maternidade/

 

 

 

1 e 2 de setembro
O Grupo de Estudos de Cancro do Pulmão (GECP) vai marcar presença no The Tall Ships Race, que decorre de 31 de agosto a 3 de...

Nos dias 1 e 2 de setembro, o GECP vai levar a cabo uma campanha de sensibilização intitulada "Hoje é um bom dia para deixar de fumar". O expositor do GECP, no recinto do evento, vai estar aberto a todos aqueles que queiram conhecer mais sobre os malefícios do tabagismo, bem como as opções disponíveis para iniciar um caminho em direção a uma vida livre de tabaco. Vários membros do GECP estarão disponíveis para fornecer informações sobre estilos de vida saudáveis e responder a dúvidas sobre cessação tabágica e cancro do pulmão. Haverá ainda lugar à distribuição de brindes com mensagens que enaltecem o orgulho em ser não fumador.

Com esta campanha o GECP pretende mostrar, sobretudo às camadas mais jovens da população, porque razão devem abandonar o hábito de fumar ou, melhor ainda, nunca começar. De acordo com Teresa Almodovar, Presidente da Direção do GECP, “acreditamos que este evento é a oportunidade ideal para alcançar um público mais jovem e transmitir mensagens importantes sobre os riscos associados ao tabagismo e os benefícios de parar de fumar”. Ao impactar este público, o GECP pretende inspirar uma geração mais saudável e consciente, fornecendo-lhes “informações centradas, sobretudo, nos benefícios imediatos em deixar de fumar, tais como, a melhoria do aspeto físico e da aptidão física, o fim do mau hálito e dos dentes amarelos e a economia financeira. Hoje sabemos que, especialmente entre os jovens, enfatizar as vantagens a curto prazo tem um efeito extremamente benéfico em termos de consciencialização e tomada de decisões informadas”, refere a pneumologista.

O tabaco continua a ser o principal fator de risco para o aparecimento de várias doenças oncológicas, entre elas o cancro do pulmão, um dos mais mortais em Portugal e no mundo. “O cancro do pulmão já não é mais uma doença exclusiva dos homens acima dos 70 anos com hábitos tabágicos, tendo-se verificado, nos últimos tempos, uma mudança de paradigma com o aumento de diagnósticos em homens e mulheres na década de 40”, explica. Esta tendência destaca assim a importância de educar os jovens sobre os riscos do tabagismo, independentemente da sua idade ou género. Já as novas formas de tabaco (cigarros eletrónicos e tabaco aquecido), tão apreciadas por este público, apresentam igualmente riscos graves para a saúde, ideia que o GECP também pretende reforçar com esta campanha.

“A nossa presença no evento The Tall Ships Race tem como objetivo criar uma experiência agradável a todos aqueles que connosco se cruzem, mas também reforçar a mensagem de que a saúde pulmonar é um assunto sério que pode ser abordado de forma positiva”, conclui a especialista. 

32 meses após o início do tratamento, a paralisia foi curada
A assimetria facial de uma doente com paralisia de Bell foi corrigida, sem qualquer anomalia ou efeito secundário. Trata-se de...

Durante sete anos, a doente recorreu a tratamentos que são utilizados atualmente para aliviar os sintomas iniciais da doença, como esteroides ou massagens que podem auxiliar na recuperação, mas sem sucesso. A paralisia persistia, acompanhada de tremores musculares e uma assimetria facial que lhe desfigurava o rosto e impedia que o olho esquerdo se fechasse completamente.

Aos 49 anos de idade, quando iniciou o tratamento experimental com células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical, começou a recuperar gradualmente. O tratamento consistiu na injeção destas células uniformemente distribuídas no lado afetado da face da doente. O procedimento foi realizado oito vezes, de dois em dois meses, ao longo de 14 meses.  

Nos três meses após o primeiro tratamento, a doente experienciou rápidas melhorias, como, por exemplo, na capacidade de fechar o olho, conseguindo fechá-lo na totalidade após 22 meses do início do tratamento experimental. A sobrancelha do lado afetado e os lábios também voltaram à posição original, tendo-se ainda registado melhorias na fala. Ao fim de 32 meses de acompanhamento, a paralisia foi curada sem recaídas.

“Trata-se de um caso clínico de sucesso, que demonstra o potencial das células estaminais do tecido do cordão umbilical numa doença que pode causar várias incapacidades e prejudicar a autoestima dos doentes, podendo ser muito útil em casos de recuperação insuficiente face aos tratamentos atualmente disponíveis”, afirma Ana Moreira, do Departamento de I&D da Crioestaminal.

A paralisia de Bell consiste numa paralisia facial em que os músculos faciais do lado afetado ficam súbita ou gradualmente paralisados, provocando assimetrias no rosto, podendo, em casos mais severos, verificar-se insuficiência oral temporária, que afeta funções essenciais como a fala, ou lesões oculares permanentes devido à incapacidade de fechar a pálpebra do lado afetado.

Dada a importância da expressão facial para a sensação de bem-estar, esta condição pode comprometer também a qualidade de vida e causar uma profunda angústia social, que pode levar, em alguns casos, a depressão.

Embora, aproximadamente, 75% dos doentes consiga recuperar espontaneamente da doença, em 25% dos casos a paralisia persiste, com assimetria facial moderada a severa.

A causa desta doença é ainda desconhecida, mas alguns investigadores acreditam que pode ser resultado de um dano no sistema nervoso facial decorrente da resposta imunitária ao vírus do herpes, inflamação, isquemia ou fatores hereditários.

Foi já demonstrado que as células estaminais mesenquimais do cordão umbilical desempenham um papel importante na supressão da função do vírus do herpes e na eliminação da inflamação. Para além disso, segregam proteínas com atividade biológica que protegem e regeneram células neuronais, apresentando ainda potencial de diferenciação, propiciando, deste modo, a regeneração do local da lesão.

“Os investigadores envolvidos neste estudo consideraram que, por estas razões, as células estaminais mesenquimais do cordão umbilical teriam potencial para tratar doentes com paralisia de Bell que não recuperam espontaneamente”, sublinha Ana Moreira.

Perante os resultados obtidos, os investigadores sugerem a realização de um estudo clínico com um maior número de doentes que permita fornecer mais evidências sobre a eficácia das células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical no tratamento de doentes com esta paralisia facial persistente.

Opinião
A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na construção de uma sociedade mais inclusiva e i

Enquanto é inegável que assistimos a um aumento na disponibilidade de sistemas de apoio à audição e intérpretes da Língua Gestual Portuguesa, é igualmente verdade que essas soluções esbarram numa carência de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos e financeiros. Ainda que muitos programas televisivos tenham atualmente intérpretes, é fundamental perceber que a vida de uma pessoa surda não se restringe ao entretenimento televisivo. As barreiras persistem nos domínios da cultura e do conhecimento, apenas para mencionar dois exemplos.

É tempo de a tecnologia apoiar e dar o seu contributo. As soluções já existem, já estão desenhadas, mas é necessário colocá-las ao serviço de todos. Esta é uma das missões do Fórum de Saúde XXI, enquanto movimento da sociedade civil: levar a Saúde a todas e a todos, sem exceção.

Em setembro, marcaremos um passo significativo, talvez mesmo o mais relevante, rumo a uma sociedade inclusiva. No âmbito do Global Health Forum, agendado para os dias 29 e 30 de setembro, abordaremos este tópico na sessão paralela intitulada “Innovation Promoting Inclusion: Hearing Health What’s the Future”. Além disso, apresentaremos uma inovação que ambiciona revolucionar os modelos de organização de conferências. Através da tecnologia desenvolvida por uma empresa portuguesa, a sessão será legendada em direto, tanto em português quanto em inglês. Assim, asseguramos que ninguém será excluído, independentemente de ser ouvinte ou não, português ou não.

O nosso objetivo é garantir que todos contribuem para esta discussão. Ninguém deve ser excluído do diálogo sobre o futuro da saúde. Portugal tem mais de 120 mil pessoas surdas ou com algum grau de perda auditiva que diariamente lidam com dificuldades em aceder a conteúdos.

Transformar a sociedade, na saúde e não só, é incluir todos, é mudar o que está menos bem e potenciar o que há de melhor. O pequeno, porém, significativo, passo que estamos a dar durante a conferência representa apenas um vislumbre do que a tecnologia pode oferecer no futuro. Esta tecnologia pode, facilmente, ser aplicada noutras áreas, como numa sala de aula, num teatro ou num serviço do Estado.

Cada um de nós possui a capacidade de fazer a diferença, e cada gesto contribui para consolidar um futuro verdadeiramente inclusivo e diversificado.

 

Autores: 
Andrea Lima - Fundadora e Diretora-Executiva do Fórum Saúde XXI
Ricardo Miranda - Presidente da OUVIR - Associação Portuguesa de Portadores de Próteses e Implantes Auditivos

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Sendo uma geração que enfrenta numerosas pressões sociais e o stress acrescido da recente pandemia, a geração Z está a recorrer...

Com base numa extensa investigação, entrevistas e análises, este estudo abrangente oferece uma visão das características, preferências e comportamentos da Geração Z (pessoas nascidas entre meados da década de 1990 e o início da década de 2010) quando se trata de abordar a sua saúde e bem-estar pessoais, e fornece orientações práticas para as empresas e os profissionais de marketing neste setor que procuram compreender e envolver-se com este grupo demográfico.

Com o nativismo digital como caraterística definidora, esta geração está pronta a revolucionar o setor dos cuidados de saúde e a impulsionar as tendências dos consumidores de cuidados de saúde nos próximos anos.

Entre os principais factos e estatísticas do relatório, a Oliver Wyman conclui que a Geração Z, conhecida pela sua atitude pró-ativa em relação à sua saúde física e mental, também referiu sentir-se pior do que as outras gerações. No entanto, revelam uma vontade notável de explorar uma variedade de soluções, tanto convencionais como alternativas, para melhorar o seu bem-estar geral. Com uma forte ênfase em soluções baseadas em dados, a Geração Z valoriza a capacidade de medir e acompanhar o seu progresso, procurando uma sensação de controlo sobre todo o seu historial de saúde.

A saúde mental como prioridade

De acordo com a investigação da Oliver Wyman, a saúde mental será um dos maiores desafios que esta geração enfrenta. O bem-estar da Geração Z foi significativamente afetado pela pandemia, uma vez que enfrentaram acontecimentos e ambientes desmoralizantes na vida familiar, na escola e nas relações. Muitos Zs passaram os primeiros dois anos da sua vida profissional isolados, a olhar para um ecrã de computador a partir de casa. Estas experiências afetaram o seu bem-estar geral e emocional, com quase 50% dos inquiridos da Geração Z a declararem ter recebido tratamento para a ansiedade, depressão, perturbação de stress pós-traumático, perturbação obsessivo-compulsiva ou outros problemas de saúde mental. Este número é quase o dobro do registado nas outras gerações, o que realça a necessidade urgente de cuidados de saúde mental acessíveis e eficazes.

Os Z têm 1,9 vezes mais probabilidades de sofrer de problemas de saúde mental do que as outras gerações. Uma das razões para estes números elevados pode ser a pressão que exercem sobre si próprios. Sendo uma geração conhecida por valorizar e defender o ativismo e a inclusão, também têm expectativas cada vez mais elevadas em muitos aspetos da vida, o que facilita a desilusão.

1. Dados recolhidos do relatório “Oliver Wyman Forum Global Consumer Sentiment Survey, September 2020-present, N = 2.916”

No entanto, a Geração Z também está mais disposta do que outras gerações a falar abertamente sobre saúde mental. Estão a quebrar barreiras e a envolver-se em conversas que anteriormente eram consideradas privadas ou embaraçosas. Não se trata apenas de saúde mental, a Geração Z está a falar abertamente sobre outros temas que anteriormente eram tabu, como a saúde das mulheres ou a toxicodependência.

Por exemplo, de acordo com o estudo, a Geração Z tem 63% mais probabilidades do que outras gerações de falar abertamente sobre ciclos menstruais no local de trabalho. Também 41% destes jovens, no mesmo ambiente, têm mais probabilidades do que outras gerações de falar abertamente sobre a dependência e os desafios que lhe estão associados, refletindo o empenho da Geração Z em eliminar o estigma e em promover uma sociedade mais inclusiva e solidária.

Um novo perfil de doente: digital, remoto e informado

O envolvimento da Geração Z com o seu historial de saúde vai para além das conversas, estendendo-se à procura ativa de orientação para navegar no sistema de saúde. É duas vezes mais provável que as outras gerações partilhem informações pessoais de saúde em troca de conselhos sobre a melhor forma de navegar no sistema, o que demonstra o seu desejo de obter informações valiosas e ajuda personalizada para gerir eficazmente a sua saúde.

Para se ligarem à Geração Z, os prestadores de serviços de saúde e bem-estar têm de conceber experiências que sejam relaxantes, estimulantes, restauradoras e positivas. A Geração Z está à procura de uma sensação semelhante ao de um spa: querem uma pausa dos problemas do mundo e experiências que os acalmem. No entanto, também esperam ter acesso às mais recentes técnicas e investigações médicas, garantindo que os tratamentos que escolhem são baseados em provas científicas. A este respeito, os prestadores de serviços devem encontrar um equilíbrio entre proporcionar um ambiente relaxante e oferecer soluções eficazes apoiadas por uma investigação rigorosa.

 

2. Dados recolhidos do relatório “Oliver Wyman Forum Global Consumer Sentiment Survey, September 2020–present, N = 2,916”

A afinidade da Geração Z com os dados e a tecnologia também desempenha um papel importante nas suas preferências de saúde. Preferem dispositivos portáteis e outras tecnologias que lhes permitam medir e monitorizar a sua saúde. Mais de metade dos membros da Geração Z afirmam que partilhariam os dados dos seus dispositivos portáteis com a sua seguradora, uma aplicação de terceiros ou um centro de saúde, muito mais do que as outras gerações. Esta vontade de partilhar dados de saúde demonstra o seu desejo de experiências de saúde personalizadas e baseadas em dados. A Geração Z também está disposta a incorporar a tecnologia no seu apoio à saúde mental, com 24% a utilizarem já (ou a terem utilizado nos últimos 2 anos) serviços de terapia em linha.

Por conseguinte, os prestadores de cuidados de saúde devem adaptar-se às expectativas digitais da Geração Z e adotar tecnologias que facilitem experiências de cuidados de saúde convenientes e acessíveis. A Geração Z espera que os seus prestadores de cuidados de saúde estejam prontamente disponíveis online e que participem em conversas contínuas através de uma variedade de canais digitais. Quer se trate de enviar mensagens de texto através de um portal específico do consultório, de receber respostas rápidas após enviar uma mensagem de texto para o número de telefone pessoal de um médico ou de fazer uma videochamada para discutir os resultados dos exames, esta geração valoriza um nível mais elevado de envolvimento e acessibilidade por parte dos seus prestadores de cuidados de saúde.

A Oliver Wyman sublinha a importância de os prestadores de cuidados de saúde adaptarem as suas ofertas às expectativas da Geração Z, a fim de beneficiarem de um maior envolvimento e de uma relação mais forte entre doentes e prestadores de cuidados de saúde. É crucial, reiteram no estudo, que os prestadores de cuidados de saúde criem experiências que não só satisfaçam as expectativas da Geração Z, mas também promovam a confiança, a inclusão e os cuidados personalizados.

De 3 a 8 de setembro
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) lança uma nova edição do seu Campo de Férias anual, com os objetivos...

“Nos campos de férias da APDP falamos de assuntos sérios, mas de forma leve e descontraída. O nosso principal foco é garantir que estes jovens se sentem apoiados e percebam que não estão sozinhos!”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Através do apoio de 10 profissionais de saúde, incluindo médicos, endocrinologistas e pediatras, enfermeiros, uma psicóloga, uma nutricionista e de seis monitores, os jovens vão aprender a gerir melhor a sua doença através do exercício físico, da alimentação e da otimização das terapêuticas. Além disso, terão oportunidade para partilharem as suas vivências, aprendendo com as dos outros. Tudo isto de uma forma lúdica e apelativa.

“A diabetes é ainda uma doença pouco compreendida, apesar de todos os esforços que a APDP tem feito e continua a fazer para sensibilizar a população. E, por vezes, a aceitação por parte dos jovens que lidam diariamente com a diabetes tipo 1 pressupõe um longo percurso de autoaceitação.”, refere João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, acrescentando: “A verdade é que é possível ter uma vida normal através da correta gestão da diabetes”.

"Este é também um momento para conhecerem outros jovens com diabetes tipo 1, cultivando amizades baseadas na entreajuda e compreensão.”, remata José Manuel Boavida.

A APDP organiza campos de férias para jovens desde 1998. Aprender e ensinar num ambiente descontraído e agradável, com um sistema de suporte entre os jovens e a equipa de educadores, permite enquadrar melhor a diabetes nas suas vidas.

 

 

Pós-Graduação em Direito em Saúde e Bioética e Programa Avançado em Comunicação Integrada em Saúde
A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Europeia vai reforçar a oferta formativa na área da Saúde com o lançamento de...

A Pós-Graduação em Direito em Saúde e Bioética é um programa inovador que alia o rigor científico à componente prática e experimental. A formação prática assenta em casos reais e é lecionada por profissionais multidisciplinares de referência no setor. Esta formação pretende preparar clínicos, investigadores, administradores, advogados e outros profissionais para os desafios da bioética e do direito de amanhã.

O Programa Avançado em Comunicação Integrada em Saúde é um programa que combina um modelo académico teórico e prático em ambientes simulados, dotando os participantes de técnicas e conhecimentos que lhes permitam desenvolver uma abordagem integrada da comunicação, a fim de promover a saúde e o bem-estar num contexto One Health.

Estes programas oferecem competências transversais aos profissionais de saúde que os tornam mais capazes de comunicar melhor com o paciente e de tornar a sua relação mais segura, dotando-os de conhecimentos éticos, legais e de comunicação aplicada.

“Ao investir na área da saúde, a Faculdade de Saúde da Universidade Europeia demonstra o compromisso de formar profissionais competentes e bem preparados, além de contribuir para o avanço do conhecimento e da qualidade dos serviços de saúde no país e no mundo. Estes 2 novos cursos assentam no nosso Modelo Académico de base experiencial, muito inovador e com provas dadas em Espanha (e que pretendemos replicar para Portugal), o que constitui uma mais-valia na oferta da melhor formação aos nossos estudantes”, afirma a Diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Europeia, Lourdes Martin.

Sob a coordenação de Susana Antas Videira, a Pós-Graduação em Direito em Saúde e Bioética tem como objetivo compreender os fundamentos dos desafios centrais da bioética, construir instrumentos para pensar criticamente sobre ética nos cuidados de saúde, e a confiança para desenvolver e partilhar uma posição individual. A Pós-Graduação tem início a 27 de outubro em formato presencial.

O Programa Avançado em Comunicação Integrada em Saúde conta com um corpo docente nacional e internacional com experiência clínica e multidisciplinar – especialistas em comunicação e psicologia. Acresce que conta com a parceria estratégica com a Universidad Europea de Madrid, que inclui o Hospital Simulado, equipado com alta tecnologia e com uma abordagem One Health. O Programa tem início a 27 de outubro em formato presencial e conta com a coordenação de Ricardo Mena e Teresa Santos.

A Universidade Europeia anunciou em maio deste ano a criação da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), a 4ª faculdade da instituição, reforçando a oferta formativa em novas áreas de conhecimento e a capacidade de diferenciação. A oferta da Faculdade de Ciências da Saúde irá ser reforçada com novos programas, tendo para já formações nas áreas da Nutrição, Medicina Dentária, Health Management, Health Insurance, Digital Health e Bioética, entre outras.

O que diz um neurologista
As temperaturas elevadas aumentam o risco de problemas relacionados com o calor, como a desidratação

O clima afeta o risco de sofrer um AVC?

"O clima e a temperatura influenciam a ocorrência de AVC e, normalmente, são extremos de temperatura: muito, muito quente, muito, muito frio", começa por explicar Robert Brown. “Ou quando o tempo está extremamente húmido”. Segundo o especialista, o aumento do risco de AVC pode estar relacionado com os efeitos do calor, da humidade e do frio extremos no corpo.

"Fatores associados à pressão arterial e mesmo alguns fatores relacionados com certas doenças cardíacas", acrescenta.

Um AVC é uma emergência médica. Quanto mais cedo for tratado, melhores serão as hipóteses de recuperação.

"Existem muitos tratamentos disponíveis no momento em que uma pessoa apresenta sintomas relacionados com o AVC", explica Brown. "Os tratamentos incluem medicamentos trombolíticos ou medicamentos concebidos para tentar dissolver o coágulo numa artéria que está a bloquear o fluxo sanguíneo para o cérebro."

Por vezes, alguns tratamentos podem ser utilizados para remover diretamente o bloqueio da artéria.

No que se trata de sintomas o neurologista recorda a regra dos cinco F’s, sendo que estes podem surgir de forma isolada ou combinada:

  1. Face: pode ficar assimétrica de uma forma súbita com uma das pálpebras estarem descaídas. Estes sinais poderão ser melhor percebidos se a pessoa afetada tentar sorrir.
  2. Força: é comum um braço ou uma perna perderem subitamente a força ou ocorrer uma súbita falta de equilíbrio.
  3. Fala: pode parecer estranha ou incompreensível e o discurso não fazer sentido. Com frequência, o paciente parece não compreender o que lhe é dito.
  4. Falta de visão súbita: de um ou de ambos os olhos, é um sintoma frequente, bem como a visão dupla.
  5. Forte dor de cabeça: igualmente, é importante valorizar uma dor de cabeça súbita e muito intensa, diferente do padrão habitual e sem causa aparente.

Para ajudar a confirmar os sintomas, explica o médico, “peça à pessoa para sorrir e verifique se o seu rosto está paralisado; verifique se a pessoa consegue levantar os dois braços e se perdeu a força; peça à pessoa para repetir uma frase como uma canção e verifique se existe alguma dificuldade de articulação”

“Na presença de algum destes sintomas, é altura de chamar os serviços de emergência!”, sublinha recordando a importância destes doentes serem assistidos o mais rápido possível.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Internacional da Consciencialização para a Colangite Biliar Primária assinala-se a 10 de setembro
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma ação de consciencialização para a Colangite Biliar...

“A Colangite Biliar Primária é uma doença crónica cuja causa ainda está por identificar. Em muitos casos, a doença mantém-se ligeira ou moderada, sem perturbações do funcionamento do fígado. Sabe-se que é uma condição autoimune, que se manifesta através de inflamação nas ramificações intra-hepáticas das vias biliares”, esclarece Arsénio Santos, presidente da APEF.

Os sintomas iniciais mais comuns são fadiga e comichão na pele (prurido). Embora menos frequentes, existem também outras manifestações a ter em conta, tais como: dor abdominal; escurecimento da pele; pequenas manchas amarelas ou brancas sob a pele ou ao redor dos olhos. Algumas pessoas apresentam também queixas de boca e olhos secos e dores nos ossos, músculos e articulações.

O médico explica que apesar de não ter cura, esta doença tem tratamento se for diagnosticada atempadamente. “A sua deteção pode ser feita precocemente, através de análises ao sangue, ao detetar alteração das análises hepáticas, principalmente da fosfatase alcalina. A verdade é que o tratamento evita, na maioria das vezes, a sua complicação mais temível, que é a evolução para cirrose hepática. A cirrose é a quarta maior causa de morte precoce em Portugal e, em muitos casos, só é solucionada através do transplante de fígado”, realça Arsénio Santos.

De acordo com a progressão da doença, podem surgir sintomas associados à cirrose: icterícia, acumulação de líquido no abdómen ou em outras partes do corpo (ascite) e sangramento interno na parte superior do estômago e do esófago, devido à dilatação das veias (varizes). A osteoporose é outra das complicações da CBP. Apesar de ser mais comum em fases finais da doença, também pode ocorrer inicialmente. Além disso, as pessoas com cirrose apresentam risco aumentado de cancro do fígado (carcinoma hepatocelular).

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 2 mil casos de Colangite Biliar Primária, o que a torna uma doença rara e pouco conhecida, atingindo maioritariamente as pessoas do sexo feminino, mais precisamente, nove mulheres por cada homem; pessoas com membros da família afetados e pessoas do norte da Europa. As idades mais comuns de diagnóstico situam-se entre os 40 e os 60 anos, em ambos os sexos.

Criopreservação das células estaminais permite tratar mais de 80 doenças
A BebéVida foi o laboratório escolhido para recolher as células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical de Hugo...

“Depois de um processo tão complicado como este, o nascimento do Hugo é o momento mais feliz da minha vida. A opção pela criopreservação acabou por ser uma opção natural pois tudo o que desejo é proteger o Hugo. Espero não vir a ter de recorrer às células, mas prevenir é melhor que remediar, e é impossível ignorar os benefícios desta alternativa” afirma Ângela Ferreira.

Segundo Inês Almeida da BebéVida, a recolha das células estaminais ocorre após o nascimento do bebé e é realizada pelo profissional de saúde que acompanhou o parto. “A partir desse dia, iniciamos um processo que segue procedimentos rigorosos e técnicas que permitem guardar as amostras por 25 anos”.

“As células estaminais adultas têm como principal função a reparação e manutenção dos tecidos e órgãos sempre que necessário. Criopreservar o sangue e o tecido do cordão umbilical é uma decisão simples, que pode fazer toda a diferença. A colheita é não invasiva e indolor, quer para a mãe quer para o bebé. Ao guardar as células estaminais, a mãe terá ao seu dispor uma opção terapêutica para o tratamento de mais de 80 doenças como leucemias, linfomas, anemias, doenças hereditárias do sistema imunitário, doenças metabólicas hereditárias e oncológicas. Apresentam ainda resultados no âmbito da Medicina Regenerativa, em condições do foro cardíaco, Alzheimer e Parkinson” afirma.

E acrescenta: “O sangue do cordão umbilical é 100% compatível com o próprio e existe uma probabilidade acima de 25% da amostra ser compatível entre irmãos dos mesmos progenitores. A utilização do sangue do cordão umbilical apresenta um melhor prognóstico de recuperação e uma menor probabilidade de incidências pós-transplante”.

 

 

Uma das instituições de ensino superior mais procuradas a nível nacional
Na edição de 2023 do Concurso Nacional de Acesso, a Escola Superior de Enfermagem do Porto obteve a nota de ingresso mais alta...

Este ano, com um total de 1.190 candidatos às 257 vagas disponíveis para ingresso no Curso de Licenciatura em Enfermagem, a ESEP mantém um rácio que atesta uma posição elevada a nível nacional, com cerca de 4,6 candidatos por vaga disponível.

Nos resultadosrecentemente divulgados, a média do último colocado foi de 158,5 valores. Do total de candidatos, 440 estudantes escolheram a Escola Superior de Enfermagem do Porto como primeira opção, reforçando a posição cimeira da instituição no ensino da enfermagem.

Pelo sexto ano consecutivo, a Escola Superior de Enfermagem do Porto preencheu a totalidade do número de vagas disponíveis na 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior.

Em reação a estes resultados, Luís Carvalho, Presidente da Escola Superior de Enfermagem do Porto, refere que “os resultados alcançados demonstram a confiança e reconhecimento da comunidade na nossa Escola.”.

A Escola Superior de Enfermagem do Porto encontra-se, assim, entre as instituições de ensino superior mais procuradas a nível nacional.

 

 

Bolsas incentivam à excelência académica
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), por meio do Centro de Ensino e Investigação em Medicina Interna (EIMI), tem...

Segundo Inês Chora, coordenadora do EIMI, esta iniciativa tem como intuito incentivar a investigação clínica e o desenvolvimento académico dos médicos de Medicina Interna.  Através deste apoio financeiro à propina de doutoramento, a SPMI e o EIMI procuram reconhecer a importância destes profissionais na promoção do conhecimento e na inovação das ciências médicas, bem como a sua contribuição para a qualidade do ensino da Medicina.

Desde o seu lançamento em 2019, esta bolsa já beneficiou 12 médicos internistas, reforçando o compromisso contínuo da SPMI e do EIMI em impulsionar o crescimento académico e científico nesta área.

Inês Chora realça também a importância da investigação na prática da Medicina. Descreve a investigação como uma ferramenta que expande horizontes, permitindo aos internistas curiosos explorar novos domínios de conhecimento.

A investigação não se resume apenas a obter resultados, mas envolve também o processo de aprendizagem e descoberta que acompanha cada projeto.

A avaliação dos projetos candidatos a esta bolsa é conduzida por um júri composto por três elementos, nomeadamente membros da comissão coordenadora do EIMI e um membro da direção da SPMI. A coordenadora esclarece que os projetos são avaliados considerando um leque diversificado de critérios, tais como a relevância científica, o impacto na prática clínica da Medicina Interna, a originalidade, a metodologia e a exequibilidade do projeto.

No que diz respeito à continuidade desta iniciativa, Inês Chora acredita que a SPMI e o EIMI estão empenhados em manter o apoio à investigação de qualidade entre os médicos internistas. Através da atribuição de propinas de doutoramento e de bolsas de investigação em Medicina Interna, pretende-se continuar a estimular a prática de investigação entre estes profissionais.

As candidaturas para a Propina de Doutoramento de 2023 estão abertas até dia 30 de setembro e podem ser feitas aqui: https://www.spmi.pt/candidaturas-propina-de-doutoramento-2023/

 

Promoção da Literacia em Saúde
No âmbito da promoção da literacia em saúde, a Médis, marca do Grupo Ageas Portugal, une-se à Sociedade Portuguesa de Literacia...

De acordo com os dados mais recentes do Global Burden Disease (2019), a má nutrição em todas as suas formas (alimentação inadequada, excesso de peso e obesidade e desnutrição) é o principal fator de risco para a carga da doença no nosso país.

Segundo dados do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável, da Direção Geral de Saúde, estima-se que, em Portugal, mais de 12 mil mortes estejam associadas a uma alimentação inadequada. Calcula-se ainda que, em 2030, o número de óbitos provenientes de uma alimentação descuidada deverá ultrapassar o número de mortes causadas pelo tabagismo.

Tendo em consideração esta dimensão, e aliando o regresso de muitos portugueses à sua rotina diária, surge o projeto “Por falar em comida”, que pretende a promoção de melhores hábitos alimentares. A iniciativa da Médis conta com a coordenação científica da SPLS e tem como objetivo contribuir para capacitar as pessoas com as ferramentas necessárias para a tomada de decisões mais informadas sobre a sua própria saúde.

“A Médis decidiu, uma vez mais, apostar num projeto que disponibiliza ferramentas com o intuito de ajudar as pessoas a tomarem as melhores decisões para uma alimentação mais saudável, tão importante para a saúde física e mental”, refere Teresa Bartolomeu, Responsável pela Oferta de Saúde do Grupo Ageas Portugal. “A proteção da saúde é a nossa principal prioridade e é por isso que, nos últimos anos, a Médis tem apostado numa forte componente de literacia em saúde, quer na vertente dos cuidados de saúde, quer na promoção de comportamentos mais saudáveis”, remata a responsável.

Ainda sobre a iniciativa, Cristina Vaz de Almeida, Presidente da SPLS, afirma que “cada vez mais a alimentação tem evidências na saúde da população e não é por acaso que a SPLS se associa à Médis para fazer este programa, baseado na evidência científica. Queremos comunicar com a população e, em especial, com todos os decisores sobre a alimentação – sejam pais, gestores das organizações, jovens, adultos e/ou pessoas mais velhas. A alimentação é um fator fundamental de equilíbrio e longevidade e pretendemos que as pessoas sejam mais conscientes das suas decisões em saúde e estejam motivadas para comer de uma forma mais saudável”.

Além da disponibilização de artigos, a iniciativa inclui um podcast (disponível em vídeo e áudio) que compila, ao longo dos vários episódios, os contributos sobre alimentação saudável de dez convidados das mais diversas áreas da saúde. Entre os vários assuntos, destacam-se a alimentação económica e sustentável, a alimentação e a saúde cardiovascular, a alimentação na infância e juventude e as novas tendências na indústria alimentar.

Os conteúdos de "Por Falar em Comida" estarão disponíveis para livre consulta em www.medis.pt/, sendo que os Clientes Médis receberão ainda newsletters semanais, cada uma delas dedicada a um dos seis temas abordados no projeto.

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