Dia 22 de setembro
A Joaquim Chaves Saúde vai realizar, no dia 22 de setembro, uma Reunião Clínica de Imunoalergologia para abordar a...

Esta sessão é especialmente relevante para médicos especialistas e internos das especialidades focadas, bem como profissionais de Medicina Geral e Familiar, pela importância do correto diagnóstico e referenciação da doença alérgica.

Esta iniciativa está inserida nas CORE Sessions, um ciclo de eventos científicos para partilha de conhecimento, conduzidos por profissionais de saúde da Joaquim Chaves Saúde, realizados no Auditório do Edifício CORE, a sede do Grupo. É, ainda, possível assistir à sessão através de emissão livestream.

Com início às 14h00, esta CORE Session conta com a participação de vários especialistas na área da Imunoalergologia, Pediatria, Otorrinolaringologia, Dermatologia, Pneumologia, Nutrição e Análises Clínicas para debater temas relacionados com a dermatite atópica, asma, rinite alérgica e rinossinusite, intolerância e alergia alimentar. A inscrição no evento poderá ser feita, até dia 20 de setembro, através do link: Reunião Clínica de Imunoalergologia.

 

Utilização efetiva, eficiente e de qualidade dos recursos públicos disponíveis
O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) e o Hospital Beatriz Ângelo (HBA) assinaram ontem um protocolo de...

Esta parceria vai permitir ao HBA uma poupança cerca de 400 mil euros/ano na realização de análises clínicas, uma redução de 8%, graças à internalização destes serviços no Serviço Nacional de Saúde (SNS), no CHULC, atividade até aqui assumida por uma entidade privada externa ao serviço público. Ao mesmo tempo, explica-se em comunicado, a parceria “permite maior agilidade na disponibilização dos resultados, o que contribui para mais qualidade e eficácia nos cuidados de saúde prestados às pessoas.”

A parceria visa a realização de colheitas de produtos biológicos, em regime de ambulatório, e consequente processamento dos mesmos no CHULC para as situações de urgência e emergência (também com resposta avançada no HBA) e para a atividade programada.

O HBA realiza, todos os anos, mais de 225 mil colheitas e 2,3 milhões de análises de medicina laboratorial, um encargo anual superior a 5 milhões de euros para aquisição de Serviços de Patologia Clínica. Estima-se que a atividade de urgência e de rotina ascenda a uma média diária de 450 análises clínicas no âmbito da Bioquímica (1,7 milhões/ano), Hematologia (351 mil/ano), Microbiologia (76 mil/ano), Imunologia (69 mil/ano), Biologia Molecular (59 mil/ano) e Serologia (26 mil/ano).

Por sua vez, o CHULC – que integra o Hospital de Santo António dos Capuchos, o Hospital de Santa Marta, a Maternidade Alfredo da Costa, o Hospital Curry Cabral, o Hospital Dona Estefânia e o Hospital de São José – reforça a condição de maior laboratório de Patologia Clínica do SNS, garantindo a realização de mais de 9 milhões de análises/ano.

“O projeto de gestão partilhada de recursos, pioneiro em Portugal, representa uma inovação de rentabilização da capacidade instalada no SNS, promovendo a cooperação e as sinergias entre estas duas unidades do SNS, permitindo melhorar a resposta aos utentes, rentabilizar a capacidade instalada na rede pública e reduzir o recurso a entidades externas, em benefício dos cidadãos, dos utentes, dos profissionais e do serviço público de saúde”, pode ler-se.

Tendo em vista uma utilização efetiva, eficiente e de qualidades dos recursos públicos disponíveis, “a tutela solicitou ao HBA que desencadeasse um trabalho de negociação com o CHULC, no sentido de avaliar a possibilidade de articulação entre estas instituições hospitalares do SNS, tendo em vista a internalização do funcionamento do Serviço de Patologia Clínica do HBA no CHULC. A parceria agora firmada sustenta-se numa avaliação da viabilidade económica e financeira”.

Segundo a informação avançada, vai ser ainda desenvolvida uma integração dos sistemas de informação e informáticas das duas instituições “para permitir acesso aos resultados em tempo real, de forma segura e com qualidade”.

Opinião
O Dia Internacional das Lesões da Coluna Vertebral é comemorado a 5 de setembro desde 2016, altura e

Muito há a fazer no nosso País, no acesso destes doentes ao SNS para o tratamento imediato e, depois, no seguimento em unidades de reabilitação. São poucos os Hospitais que têm equipas dedicadas ao trauma vertebromedular, disponíveis 24 horas por dia. Para além disso, a referenciação dos doentes a centros especializados é difícil, dependente de uma vaga de internamento nem sempre disponível a curto prazo, levando a internamentos mais prolongados no Hospital onde se tratou a lesão inicial, ocupando uma cama cirúrgica onde não se tem muitas vezes a melhor reabilitação. As administrações hospitalares e os profissionais de saúde fazem o que podem, com os meios que têm ao dispor,  apelando sempre a um maior investimento nesta área. É preciso fazer mais, inclusivamente com o envolvimento da Sociedade Civil, isto é, todos nós. Podemos contribuir doando para as diversas Associações dos Hospitais e Centros de Reabilitação, com voluntariado para ajudar a cuidar destes doentes e, sobretudo, alertando e consciencializando para os comportamentos perigosos.

Numa palavra, prevenção. Ficam alguns conselhos:

  • Prevenção na condução – Cumprir as regras do código da estrada, chamando-se a atenção para o uso do cinto de segurança e o cumprimento dos limites de velocidade. Não usar o telemóvel;
  • Prevenção nos mergulhos – Verificar a profundidade do local e não mergulhar em águas rasas com menos do dobro da altura; mergulhar apenas em locais vigiados e iluminados; assegurar-se de que não existem obstáculos como rochas ou bancos de areia; evitar comportamentos de risco como mergulhar de costas ou em corrida; não beber bebidas alcoólicas antes de mergulhar; no mar não se atirar de cabeça, entrar sempre primeiro a andar; na piscina escolher o local onde vai mergulhar de acordo com a profundidade, não correr em redor da piscina e respeitar sempre a sinalização;
  • Prevenção de quedas, principalmente na população idosa, dada a prevalência de osteoporose. Em casa, tirar os tapetes do chão, substituir as banheiras por bases de duche e não subir aos armários com ajuda de bancos (na população rural, não subir às árvores). Atenção especial aos degraus das escadas. Se a marcha for deficiente, fazer uso de bengala, canadiana ou andarilho;
  • Não desvalorizar os traumatismos e, na persistência de queixas, procurar ajuda especializada para ter um diagnóstico e evitar agravamento de lesões;
  • Finalmente, procurar ter uma vida ativa com exercício físico, adequado à idade. O fortalecimento dos músculos faz com que estes protejam a coluna e amobilidade articular dá amplitude, “lubrificando” as articulações. Nos mais idosos, preconizam-se as caminhadas, o pilates e a hidroginástica.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Assume funções a partir de setembro
Ignacio Schoendorff é o novo Diretor Geral da Gilead Sciences Portugal. Transita da Gilead Sciences Espanha onde desempenhava...

"É com grande satisfação que inicio esta nova etapa da minha carreira em Portugal. E logo numa altura em que a Gilead reforça o seu programa de investigação na área de VIH e se afirma como companhia de investigação na Oncologia. Abraço este novo desafio com a certeza que vou trabalhar com uma equipa extremamente profissional e dedicada, para juntos continuarmos a contribuir, com a nossa inovação, para a melhoria da qualidade de vida dos doentes”, afirma o novo responsável.

Ignacio Schoendorff entrou para a Gilead em junho de 2011 como Diretor da Unidade de Negócio VIH em Espanha. Em 2013, foi nomeado Diretor de Acesso ao Mercado e, em 2019, foi promovido a Diretor Executivo da mesma área. Antes da Gilead, trabalhou em várias posições de liderança em Vendas e Marketing, bem como em Recursos Humanos, em funções locais e regionais, na Novartis, Boehringer Ingelheim e Sanofi Aventis. Tem uma licenciatura em Biologia pela Universidade Complutense de Madrid, um Diploma em Agricultura e Pesca pela Pontifícia Universidade Comillas, ICADE e um Mestrado em Gestão pela ESADE Business School.

“A Europa enfrenta atualmente enormes desafios na área da saúde e Portugal não é exceção, mas estou certo de que trabalhando em conjunto com os nossos parceiros da comunidade e investigação, assim como das autoridades de saúde, saberemos encontrar o melhor caminho para dar a melhor resposta aos doentes”, acrescenta ainda o novo Diretor Geral da Gilead.

Casado e com três filhos, Ignacio Schoendorff irá mudar-se para Portugal onde trabalhará junto das autoridades de saúde, profissionais de saúde e outras entidades, estreitando as relações já estabelecidas e dando continuidade ao trabalho que a companhia tem vindo a desenvolver no nosso país, através do incentivo à melhoria da prestação de cuidados e disponibilização de terapêuticas inovadoras, seguindo a missão da empresa de responder às necessidades médicas não atendidas para doentes que vivem com doenças potencialmente fatais, criando um mundo mais saudável para todos.

 

Dia 8 de setembro
O Estação Viana Shopping em parceria com o Instituto Português do Sangue e do Transplante (IPST) e com a Associação de Dadores...

Para facilitar o acesso à doação de sangue, o Estação Viana Shopping recebe uma área própria de recolha de sangue. A partir das 15h00, vai estar presente no centro comercial uma equipa do IPST e da Associação de Dadores de Sangue da Meadela para recolher as doações dos visitantes do Estação Viana Shopping.

Até ao fim do ano, o Estação Viana Shopping recebe mais uma ação de recolha de sangue no dia 7 de dezembro.

“O Estação Viana Shopping recebe milhares de pessoas diariamente e faz-nos todo o sentido dar espaço e visibilidade a iniciativas diferenciadoras. Além de facilitar o processo de recolher sangue, estas ações também pretendem sensibilizar a comunidade que nos visita para a importância e a urgência da doação de sangue”, refere José Duarte Glória, diretor do Estação Viana Shopping.

 

Saúde sexual
Ao levantar uma questão pertinente importa que haja uma resposta esclarecedora.

Uma das mais importantes características do stresse remete para o facto do organismo se preparar de forma idêntica para qualquer tipo de acontecimento de ameaça ou desafio, não estando dependente da natureza ou do grau de perigo.

O acontecimento que leva à situação de stresse inclui, geralmente, um processo de avaliação cognitiva que passa por duas etapas. Uma avaliação primária, em que o sujeito perceciona o significado do acontecimento face ao seu bem-estar, que envolve uma avaliação do mundo exterior, vista de três formas: irrelevante; benigna e positiva; ou nociva e negativa. Os acontecimentos podem ser categorizados como sendo relativos a: perda, ameaça ou desafio.

A avaliação secundária inclui três momentos:

  • uma avaliação do próprio sujeito quanto aos recursos disponíveis face às exigências do momento;
  • a avaliação dos custos e benefícios das alternativas de resposta face às opções possíveis;
  • uma seleção das estratégias mais adequadas para lidar com a situação.

Quanto aos fatores situacionais, existe uma tendência a avaliar os acontecimentos como stressantes quando incluem marcadas exigências, face à sua indesejabilidade, intolerância ou se ocorrem em momentos inesperados. Podendo haver alguma clareza ou ambiguidade nestes acontecimentos.

O componente individual na origem do stresse e na resposta desencadeada, leva pessoas diferentes a apresentar respostas diversas. A componente individual do stresse depende de fatores que incluem aspetos intelectuais, motivacionais e características de personalidade, como a autoestima e o sistema de crenças e valores, e ainda a história de vida e o desenvolvimento psicodinâmico.

Assim, a diversidade de reações face aos acontecimentos stressantes não depende apenas da situação em si mesma, inclui também todas as variáveis individuais, tanto intraindividuais como interindividuais, também pode haver variações na resposta do mesmo indivíduo em vivências semelhantes, o que eleva o grau de complexidade.

As alterações psicofisiológicas induzidas por um acontecimento stressante levam a alterações fisiológicas que incluem: excitação do sistema nervoso simpático e parassimpático, com acréscimo na libertação de hormonas (ex.: catecolaminas, cortisol e epinefrina); alteração físicas com o aumento do ritmo cardíaco e da tensão arterial, da frequência respiratória e do potencial muscular; e por último, o aumento de fatores psicológicos como medo, ansiedade e fúria, redução da capacidade cognitiva e da intersensibilidade.

De uma forma geral, o stresse descontrolado pode levar a hábitos prejudiciais à saúde e a estilos de vida desadaptativos. Estas alterações vão influenciar a forma como o sujeito se sente na relação intrapessoal e interpessoal, interferindo também na vida sexual.

A libido é o termo utilizado para especificar o desejo sexual ou o impulso para a atividade sexual. Numa perspetiva evolucionária, a libido teve uma génese biológica ligada á reprodução da espécie humana, contudo, foi sofrendo, ao longo do tempo, a influencia de múltiplos fatores desenvolvimentais físicos, sociais e culturais, enriquecendo o material genético da espécie. Esta evolução no instinto sexual dos humanos levou ao aumento da frequência das ligações sexuais, sem limitações cíclicas observadas noutras espécies, melhorando a possibilidade na procriação e transformou-se numa vantagem seletiva.

A saúde sexual, caracterizada pela OMS, é descrita e percecionada como um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade. Não se restringe aos aspetos da saúde reprodutiva, inclui também, a possibilidade duma vida sexual agradável e segura, intimamente ligada ao respeito, proteção e realização dos direitos humanos das pessoas.

A diminuição da libido relacionada com o stresse decorre das alterações psicofisiológicas com repercussões no sistema nervoso autónomo, simpático e parassimpático.

No decurso da relação sexual, no homem, o parassimpático promove a ereção, e o simpático, a ejaculação. Na mulher, o parassimpático é responsável por produzir a ereção de todos os tecidos, aumentando o afluxo sanguíneo da genitália que leva uma maior produção de muco, facilitando a penetração. Os efeitos do stresse, previamente descritos, vão bloquear a preparação para o ato sexual.

No decurso de acontecimentos stressantes, o organismo ajusta-se a um “modo de sobrevivência”, havendo aumento de frequência cardíaca e maior afluxo de sangue aos órgãos nobres, diminuindo funções não prioritárias, como o sexo. Por outro lado, o acréscimo na libertação de hormonas de stresse, nomeadamente o cortisol, cujo acréscimo diminui a libido.

Paralelamente aos efeitos fisiológicos do stresse, temos de contar com os aspetos psicológicos. O stresse faz com que a mente esteja ocupada, esgotada e incapaz para a interação sexual. Podem também ocorrer alterações do humor, o que também diminui a libido.

Todos temos acontecimentos stressantes no quotidiano, contudo, se reservar um tempo para si, e conseguir identificar os fatores indutores de stresse, talvez isso possa ajudar a objetivar uma forma de os minimizar ou eliminar.

Para ajudar a reverter a resposta ao stresse pode adicionalmente, recorrer a exercícios de respiração, exercícios de relaxamento progressivo, meditação, aromoterapia, entre outas atividades que podem levar a uma estabilização geral. Em situações mais graves recorra á ajuda dum especialista.

Por fim, uma última proposta, recorra ao toque, este tem um poder analgésico poderoso e não precisa haver sexo. Esteja de mãos dadas com alguém afetivosexualmente compatível, perca-se num abraço de, pelo menos, 20 segundos. Desse abraço resulta uma descarga de oxitocina, uma hormona que combate o stresse.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
27 de setembro, em formato online
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), em parceria com a Associação Portuguesa das Empresas de...

A iniciativa surge no âmbito da revisão do Código de Ética Europeu pela MedTech Europe, a associação europeia que representa este setor, e que entrou em vigência este ano.

“A indústria dos dispositivos médicos continua empenhada em elevar os níveis de transparência no seu relacionamento com os profissionais de saúde mediante a adoção de uma rigorosa autorregulação. Desta forma, este Código define elevados padrões éticos nas atividades desenvolvidas pelas Empresas nossas Associadas no que respeita ao apoio à formação contínua dos profissionais de saúde”, comenta João Gonçalves, Diretor Executivo da APORMED.

Durante a sessão existirá um espaço dedicado a questões e discussão entre os associados da SPOT e os representantes da APORMED.

Para João Gamelas, presidente da SPOT: “É com entusiasmo que promovemos esta iniciativa que estamos certos de que será uma mais-valia para todos os ortopedistas, quer ao nível do conhecimento sobre a atualização europeia mais recente, mas também sobre a implementação prática destas medidas do setor dos dispositivos médicos no nosso dia-a-dia profissional”.

O Código de Ética poderá ser consultado aqui: Código_de_Boas_Práticas_Comerciais_da_APORMED_2023.pdf

Link para inscrição no webinar: https://zoom.us/meeting/register/tJUodemurDIpEtyw1bM1DBtaeWAfwSM5pyGB

 

Circuitos podem ser utilizados como sensores de biomonitorização, na área da saúde
Uma investigação levada a cabo por Manuel Reis Carneiro, aluno de doutoramento do Programa Carnegie Mellon Portugal (CMU...

Por ser produzida com água, esta tinta é mais sustentável, ecológica e reduz de forma significativa o impacto ambiental das soluções já existentes. Adesivos eletrónicos para monitorizar a saúde ou garantir a qualidade de produtos alimentares são algumas das utilizações possíveis.

Manuel Reis Carneiro, aluno de doutoramento do Programa CMU Portugal e investigador no Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra, integra uma equipa liderada por Mahmoud Tavakoli, que tem já uma vasta experiência no desenvolvimento de circuitos eletrónicos flexíveis. A produção destes circuitos, de forma fácil, rápida e económica tem sido um dos principais desafios da equipa de Coimbra, que dá agora um novo passo nessa direção ao desenvolver uma tinta que é sustentável e amiga do ambiente.

«A utilização de uma tinta à base de água para a impressão e produção dos circuitos eletrónicos flexíveis traz inúmeras vantagens. Por um lado, reduz radicalmente a pegada ecológica da produção porque não utiliza materiais poluentes. Por outro, torna muito mais fácil a reciclagem e posterior reutilização dos circuitos, que anteriormente consistia num procedimento complexo. Neste

caso basta colocar o circuito em álcool, os componentes e as partículas metálicas separam-se e estão aptos para serem reutilizados», explica Manuel Reis Carneiro.

Outra grande mais valia é que esta tinta, ao contrário das anteriores, não tem de ser refrigerada, pode ser mantida à temperatura ambiente durante cerca de um mês, o que facilita a sua preservação, reduz a pegada ecológica e os custos de manutenção.

Atualmente, estes circuitos flexíveis têm diversas aplicações, sobretudo na área da saúde como sensores de biomonitorização e adesivos capazes de registar dados de saúde de doentes, nomeadamente atividade muscular, respiração, temperatura corporal, batimentos cardíacos, atividade cerebral, ou até emoções. A maioria dos dispositivos médicos utilizados em contexto hospitalar, nomeadamente eléctrodos para eletrofisiologia, são de uso único e desperdiçados após uma utilização. Assim, a introdução desta nova tinta, que permite uma reciclagem fácil e económica, tem um impacto relevante na reutilização dos adesivos de monitorização, reduzindo significativamente o lixo eletrónico também conhecido por e-waste, gerado pelas soluções de uso único.

A indústria alimentar é outro dos setores que pode beneficiar com esta descoberta ao integrá-la na próxima geração de embalagens inteligentes. A equipa testou a aplicação desta nova tinta em adesivos que podem ser impressos em plástico e aplicados em embalagens de produtos alimentares perecíveis, para monitorizar a sua temperatura e garantir a sua qualidade. Desta forma é possível garantir a adequada preservação, registar qualquer problema que ocorra durante o armazenamento e informar o consumidor.

«Para já, os adesivos criados contam um sensor de temperatura que mede a temperatura (TºC) da embalagem e que avisa o utilizador quando existe risco de contaminação. Esta solução tem um custo de produção baixo, pelo que no futuro será viável incluir estes adesivos nas embalagens de bens perecíveis para controlar a sua qualidade. Neste momento, é possível monitorizar a temperatura da

embalagem e exposição a condições desfavoráveis, mas contamos conseguir no futuro controlar outros fatores como a pressão, humidade, posição, ou localização», revela.

A equipa do ISR da FCTUC tem feito progressos significativos na área de produção de circuitos eletrónicos flexíveis, de forma a viabilizar a produção destas soluções em termos de custos e em larga escala. Já é possível, por exemplo, produzir estes circuitos com recurso apenas a uma impressora 3D tradicional e foi apresentada, no ano passado, uma alternativa para a integração de microchips, em estado sólido, em materiais flexíveis e circuitos à base de polímeros elásticos.

A produção de tintas condutoras à base de água e a redução do impacto ambiental de resíduos eletrónicos é mais um passo nos objetivos da equipa. «À medida que o mundo se torna cada vez mais dependente de dispositivos eletrónicos, é crucial reconhecer e enfrentar os desafios ambientais apresentados pelos novos resíduos criados. Assim, pretendemos desenvolver sistemas eletrónicos inovadores baseados em eletrónica flexível, com diversas funcionalidades avançadas e aplicações tanto na medicina como na indústria, mas tendo sempre em conta a sustentabilidade, eficiência de recursos e um impacto ambiental mínimo», conclui.

O artigo científico “Recyclable Thin-Film Soft Electronics for Smart Packagingand E-Skins” pode ser consultado aqui.

 

A linha vai estar disponível de segunda a sexta-feira, ao longo de seis mesess
Os dados dos inquéritos feitos junto dos cuidadores informais pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais confirmam que...

A Europacolon há muito que se dedica ao apoio aos cuidadores informais nomeadamente com o projeto Connect para cuidadores de pessoas com doença oncológica, mas a Linha que agora lança será aberta a para apoiar cuidadores que apoiem qualquer pessoa, com qualquer doença.

De acordo com os dados do estudo feito em janeiro passado, que foi ouvir o que tinham a dizer os cuidadores informais sobre a sua saúde mental e bem-estar psicológico, 78% dos inquiridos admitiam ter sentido, em algum momento da sua vida de cuidadores, necessidade de apoio psicológico. E 84% partilhavam o desejo de ter esse tipo de apoio através de uma linha telefónica com profissionais especializados.

Até porque, segundo os dados do mesmo estudo, 83% já tinham sentido, em algum momento, que se encontravam em estado de burnout/exaustão emocional, com 79% a concordarem que o seu estado de saúde mental influencia o desempenho do seu papel de cuidador informal.

Disponível para todos os cuidadores informais, a Linha de Apoio Psicológico arranca agora no início de setembro e vai funcionar ao longo de seis meses, cinco dias por semana, de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 12h00 e as 15h00 e as 18h00, através dos números 960 199 759 ou 808 200 199 (custo de chamada local) e vai contar com o apoio de profissionais na área da psicologia, a quem caberá dar resposta às questões colocadas pelos cuidadores, num espaço onde vão poder partilhar as suas emoções e dificuldades psicológicas, ou apenas desabafar.

“Esta linha vem colmatar uma lacuna identificada pelos cuidadores informais e pretende dar um apoio que todos sabemos ser muito importante e que já havia sido identificado anteriormente com os estudos efetuados pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais”, refere Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal. “Porque ao melhorarmos o bem-estar psicológico e a saúde mental dos cuidadores estamos também a contribuir para a melhoria da qualidade de vida daqueles de quem cuidam. Apoios como este, precisam-se.”

 

De 7 a 9 de setembro
Com o regresso do festival de verão à capital algarvia para a sua décima edição, entre os dias 7 e 9 de setembro, a Lusíadas...

Este serviço médico irá também contar, nos três dias do festival, com duas ambulâncias e um buggy-maca, que estarão estrategicamente posicionados para suportar a ação da equipa clínica e serão úteis para agilizar a assistência e garantir a prestação de cuidados de saúde no evento.

Pedro Oliveira, CEO das unidades Lusíadas Saúde no Algarve afirma que “é gratificante voltar a ser o serviço médico oficial do Festival F, naquela que é a sua décima edição, por aquilo que o evento representa para a população algarvia. Esta parceria atesta a confiança no Saber Cuidar da Lusíadas Saúde e é, uma vez mais, o reconhecimento da vasta experiência dos profissionais do Grupo neste tipo de eventos”.

A associação da marca ao Festival F está alinhada com a missão da Lusíadas Saúde de saber cuidar das pessoas e das suas famílias, sendo indiscutível a relevância dos eventos lúdicos para a promoção do bem-estar dos portugueses.

Este ano, o Festival F conta com um cartaz exclusivamente nacional, com mais de 60 artistas, e estima receber cerca de 30 mil pessoas. Mimicat (dia 7), Calema (dia 7), Bispo (dia 8), Mariza (dia 8), Bárbara Tinoco (dia 9) e Pedro Abrunhosa (dia 9), são alguns dos nomes que irão atuar nos palcos do festival algarvio.

 

Mais de 16 anos de experiência na indústria farmacêutica
Luis Cordero Puentes é o novo diretor de Market Access para Espanha e Portugal. Neste seu novo cargo, Luis fará parte do Comité...

Luis tem mais de 16 anos de experiência na indústria farmacêutica e tem conhecimento profundo de tudo relacionado com acesso, precificação e reembolso, economia da saúde, etc. a nível europeu, nacional e regional. Cordero desenvolveu grande parte do seu percurso profissional na AstraZeneca. Na filial espanhola Luis ocupou vários cargos de responsabilidade, como vice-presidente de acesso ao mercado e assuntos governamentais ou vice-presidente da Fundação AstraZeneca, ocupando, na sua última etapa, o cargo de Global Market Access Director Vaccines and Infections da AstraZeneca para Europa e Canadá. Luis iniciou sua carreira na indústria farmacêutica na área de Acesso Regional da Lilly.

“Gostaria de agradecer à Ipsen a oportunidade de continuar a desenvolver a minha carreira profissional, numa área em que acredito poder contribuir, com um importante valor acrescentado, para a empresa e, especialmente, para os pacientes. Os projetos que a Ipsen enfrenta, tornam este novo desafio pessoal e profissional, apaixonante”, afirma Luis Cordero.

“Luis Cordero detém um profundo conhecimento na área de Market Access, pelo que estou certa de que será um apoio fulcral para enfrentar os desafios futuros, nos quais estamos a trabalhar ativamente, para dar resposta às necessidades dos nossos pacientes”, explica Aurora Berra de Unamuno, Diretora Geral da Ipsen Iberia.

Luis é formado em Farmácia e PdH pela Universidade de Santiago de Compostela; Mestrado em Farmacoeconomia pela Universidade Pompeu Fabra e vários programas de gestão do IESE Business School.

 

Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva
Mário Espiga de Macedo, presidente do júri que atribui o Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva, explicou a...

O elo entre Mário Espiga de Macedo e Pedro Marques da Silva começou há três décadas, durante um congresso da America Heart Association. O prémio é um tributo à memória de Pedro Marques da Silva, que defendia uma abordagem médica global.

Na arte de decifrar as doenças cardíacas, a investigação assume uma importância inquestionável. Mário Espiga de Macedo sublinhou que tem havido avanços significativos no conhecimento da fisiopatologia cardiovascular nos últimos anos. Assim, a investigação contínua nesta área é essencial para aprimorar os cuidados prestados aos pacientes e, consequentemente, melhorar a sua qualidade de vida.

O processo de candidatura para o Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva é anual, com os prazos a serem estabelecidos geralmente cerca de dois meses antes do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).

Os vencedores anteriores deste prémio tiveram um impacto significativo no avanço do conhecimento no campo do risco cardiovascular. As suas investigações rigorosas e metodologicamente sólidas têm o potencial de influenciar diretamente a prática clínica e, por conseguinte, a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes.

O presidente do júri deixou uma mensagem de incentivo aos investigadores e profissionais de Medicina que estão a ponderar participar no Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva: "Fazer investigação é uma componente essencial da formação médica de cada indivíduo e nunca deve ser considerado tempo desperdiçado. A investigação requer um rigor intelectual que é de grande utilidade na prática clínica diária."

O Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva é “uma celebração da amizade, dedicação científica e compromisso com a Medicina Interna. Através deste prémio, o legado de Pedro Marques da Silva é honrado e incentiva-se o progresso na compreensão e tratamento das doenças cardiovasculares”, concluiu.

As candidaturas à próxima edição do Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva, no valor de cinco mil euros e com o patrocínio da Bayer, abrem no próximo mês de novembro.

Iniciativa da SPLS quer envolver população na literacia em saúde
Miguel Vieira, que se sagrou campeão mundial de judo nos Jogos Mundiais da Associação Internacional de Desportos para Cegos ...

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) lança um novo projeto para promover a literacia em saúde na comunidade. Os Embaixadores da SPLS, personalidades portuguesas de destaque, vão trabalhar com esta sociedade científica em iniciativas de proximidade. Miguel Vieira, campeão de judo paralímpico, é a primeira figura confirmada. 

“Os Embaixadores são pessoas de referência regional ou nacional, que se destacam pela sua capacidade, resiliência, conhecimento, forma de estar na vida, exemplo de estilo de vida saudável, responsabilidade social, de seriedade e de ética”, explica a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida. “São pessoas especiais que também estão entre os cidadãos comuns e a quem queremos dar relevância”. 

Através deste projeto, a SPLS ambiciona dar “bons exemplos de vida”. Para Cristina Vaz de Almeida, existem, no dia a dia, “vários heróis que podem dar a cara para uma melhor literacia em saúde, daí a necessidade de se partilhar a história de casos de sucesso com reflexos para a saúde das pessoas”.  

O primeiro Embaixador confirmado é o judoca Miguel Vieira. “A sua incapacidade acabou por se tornar o seu melhor desafio de superação”, diz a presidente. “O Miguel tem uma profundidade na análise que faz da vida, tem uma presença impactante pela sua personalidade e acredito que nos pode ensinar muito sobre como ultrapassar desafios e como ter uma melhor saúde e bem-estar mental, físico e social”. 

“Receber o convite para ser Embaixador da SPLS é uma oportunidade e privilégio únicos no desenvolvimento e colaboração em promover, junto das pessoas, a importância da literacia em saúde em Portugal. Como Embaixador, atleta e campeão do mundo, espero abraçar com responsabilidade o cargo que me é atribuído, podendo, assim, informar os cidadãos em Portugal e além-fronteiras sobre a influência e o principal papel da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde”, acrescenta o atleta. 

Miguel Vieira sagrou-se campeão mundial de judo no final de agosto, depois de ter conquistado a medalha de ouro nos Jogos Mundiais da Associação Internacional de Desportos para Cegos (IBSA), que tiveram lugar em Birmingham, no Reino Unido. No início do mesmo mês, Miguel Vieira já tinha trazido para Portugal o ouro dos Campeonatos Paralímpicos Europeus.  

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde vai ainda anunciar brevemente os eventos que vão contar com a presença de Miguel Vieira. Todas as informações estarão disponíveis no site da sociedade científica, aqui.  

XLI Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Epidemiologia
Maior poder de decisão e maior proximidade institucional. Estes são apenas dois aspetos positivos que a descentralização dos...

É o que o explica José Ramón Repullo , Professor Emérito de Planeamento e Economia da Saúde da Escola Nacional de Saúde (Instituto de Saúde Carlos III), que participará na mesa aberta ao público, que se realizará no dia 5 de setembro, no âmbito do XLI Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Epidemiologia, sob o título “Aproximar as pessoas da saúde: ciência cidadã e epidemiologia para informar as decisões locais”.

Na sessão de debate aberto, que terá lugar às 17h00, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, participarão também Catarina Araújo, vereadora da Saúde, Qualidade de Vida e Desporto da Câmara Municipal do Porto; Ricardo Mexia, Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar; Eduarda Neves, representante da Associação APRe!; Emília Santos, vice-presidente da Câmara Municipal da Maia – Educação e Ciência/Saúde; Marco Santos, Presidente da Federação Nacional das Associações Juvenis; José Cavalheiro, Professor aposentado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; e José Ramón Repullo. O debate será moderado por Henrique Barros, Presidente da comissão científica do congresso e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.

Durante o painel, os especialistas irão refletir sobre como o conhecimento epidemiológico pode orientar ações e decisões políticas concretas, bem como o qual deve ser o papel da sociedade na tomada de decisões em saúde. Neste sentido, José Ramón Repullo considera que a descentralização dos cuidados de saúde em Espanha aumentou o poder de decisão dos cidadãos, tomando como exemplo a 'Maré Branca' de 2012 e a mobilização do Hospital Verín (Ourense) em 2019. No primeiro caso, a política de terceirização de hospitais e centros de saúde para o sector privado gerou uma ampla mobilização de profissionais de saúde e grupos de cidadãos, graças à qual o plano de privatização foi abandonado. No segundo, os poucos nascimentos levaram o governo regional a agendar, em 2019, a cessação da atividade obstétrica e o encaminhamento para o Hospital de Ourense, mas com os protestos, os cidadãos conseguiram que a medida fosse anulada.

“Há influência local na tomada de decisões. Além disso, as redes sociais facilitam a unificação das agendas dos meios de comunicação locais e centrais”, aponta José Ramón Repullo, que lembra ainda o papel que as associações de pacientes desempenharam em 2014 na compra de sofosbuvir e outros antivirais de ação direta para o tratamento de Hepatite C.

Segundo Repullo, outra das grandes vantagens da descentralização é a maior proximidade institucional com a sociedade: “É muito melhor do que depender de uma administração distante e impessoal ou de delegações locais com pouco poder de decisão”, destaca.

Além da tomada de decisões, o público em geral também desempenha um papel de liderança na ciência cidadã, entendida como ciência ou investigação que se realiza através da participação cidadã. “Ninguém melhor do que as pessoas ou as comunidades para conhecer os problemas verdadeiramente relevantes. Não pode haver saúde pública sem público”, lembra Henrique Barros. “Envolver os cidadãos em todo o processo de investigação epidemiológica é mais do que um desafio ou uma mudança de paradigma. Acima de tudo, é uma grande oportunidade para aproximar a ciência das necessidades sentidas pelas populações e pelas comunidades”, acrescenta.

Da mesma forma, Barros explica que, neste momento, o mundo da saúde enfrenta problemas importantes, como as dúvidas sobre vacinas, a necessidade de discutir uma nova regulamentação sanitária internacional ou de ter um tratado sobre pandemias. Em suma, é necessário redefinir a importância do conjunto de medidas a adotar em momentos excecionais, quando há crises sanitárias. Por isso, considera “fundamental” que os conhecimentos que os sustentam e a redação destes documentos “incorporem os cidadãos de uma forma muito ativa e muito representativa, porque desta forma a sociedade tomará como suas essas conclusões e ficará muito mais preparada para fazer parte da solução de qualquer crise sanitária.”

Voltando a um modelo centralizado, uma quimera

Em Espanha, nas últimas décadas, foram construídas e consolidadas dezassete instituições regionais, que constituem um bem essencial para o bem-estar dos cidadãos. Uma construção “desigual” de competências, mas que constitui o principal capital sobre o qual devem assentar futuras melhorias na governação da saúde. A desvantagem deste modelo, segundo Repullo, é a sua vulnerabilidade a interferências políticas e burocráticas. “A burocratização tornou a gestão lenta e pesada num serviço como o serviço de saúde, em que as exigências dos cidadãos e dos pacientes não admitem uma operação insensível às suas necessidades e preferências”, explica.

Neste sentido, Repullo é favorável à incorporação de uma melhor gestão do conhecimento no Sistema Nacional de Saúde, de mais recursos económicos para alocar aos programas, de sistemas de informação avançados, de avaliação de intervenções e de sistemas organizacionais modernos que apoiem o governo multinível. Da mesma forma, aponta a necessidade de contar o mais rápido possível com a Agência Estadual de Saúde Pública, cujo desenvolvimento foi adiado para a próxima legislatura.

No que diz respeito ao regresso a um modelo centralizado em que a competência sanitária é do Estado, proposta por certos partidos, Repullo considera que se trata de “uma proclamação política inviável”, uma quimera tendo em conta que a descentralização se baseia na Constituição e nos Estatutos de Autonomia. “O génio escapou da lâmpada há muitas décadas e não vai querer entrar novamente; trata-se de reeducar o génio para que ele se comporte da forma mais adequada e funcional possível”, conclui o especialista em relação ao sistema de saúde.

Próximas mesas

No dia 6 de setembro, pelas 11h30, terá lugar a Mesa de Abertura do XLI Encontro Anual da Sociedade Espanhola de Epidemiologia (SEE) e do XVIII Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE). Nela participarão Ana Isabel Ribeiro, Iván Martínez-Baz, Isabel Aguilar Palacio e Pello Latasa, que falarão sobre os desafios futuros que a epidemiologia terá de enfrentar.

Nesse mesmo dia 6 de setembro, às 14h30, realizar-se-á a mesa plenária “Que caminhos seguirão os métodos em epidemiologia?”.

Na quinta-feira, 7 de setembro, às 11h00, está marcada a segunda sessão plenária para falar sobre má conduta científica, como detetá-la e que papel desempenham as revistas e instituições científicas neste âmbito. À tarde, pelas 15h00, está marcada a terceira sessão plenária: “Registo eletrónico: uma ferramenta para a investigação clínica epidemiológica”. Discutirá o papel dos biobancos no estudo longitudinal de doenças crónicas não transmissíveis e a eficácia da vacina COVID-19, com base nos registos eletrónicos.

Na sexta-feira, 8 de setembro, às 12h00, uma mesa sobre como a epidemiologia tem contribuído para as decisões das políticas para saúde marcará o encerramento deste encontro científico.

 

 

Opinião
A diabetes é uma doença crónica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

O Deep Learning é uma abordagem avançada de inteligência artificial que permite que as máquinas aprendam a reconhecer padrões em grandes volumes de dados. No contexto da prevenção da diabetes, o Deep Learning é uma ferramenta valiosa para analisar vastos conjuntos de dados clínicos, permitindo identificar padrões e tendências que podem ser aplicados para aprimorar tanto a prevenção quanto o tratamento da doença.

Uma das principais áreas onde o Deep Learning pode ser aplicado na prevenção da diabetes é na identificação de fatores de risco. O uso de algoritmos de aprendizado de máquina pode ajudar a identificar padrões em grandes conjuntos de dados de pacientes com diabetes, permitindo que os prestadores de cuidados de saúde identifiquem fatores de risco com maior precisão. Isso pode levar a uma prevenção mais eficaz da doença, com intervenções direcionadas a pacientes com maior risco de desenvolver diabetes.

Outra área em que o Deep Learning pode ser útil na prevenção da diabetes é no rastreamento e diagnóstico precoce da doença. A análise de grandes conjuntos de dados clínicos pode ajudar a identificar padrões que possam indicar um risco aumentado de diabetes. Isso pode levar a um diagnóstico mais precoce e ao início do tratamento mais cedo, o que pode ajudar a prevenir ou retardar a progressão da doença.

O Deep Learning também pode ser usado para otimizar os esforços de prevenção da diabetes ao permitir a personalização do tratamento. Cada paciente com diabetes é único, com diferentes necessidades e respostas ao tratamento. O uso de algoritmos de aprendizado de máquina pode ajudar os prestadores de cuidados de saúde a identificar as melhores opções de tratamento para cada paciente, levando a um tratamento mais eficaz e uma melhor gestão da doença.

Em conclusão, o Deep Learning tem o potencial de transformar a prevenção da diabetes. Ao analisar grandes conjuntos de dados clínicos, o Deep Learning pode ajudar a identificar fatores de risco, rastrear e diagnosticar a doença precocemente e personalizar o tratamento para cada paciente. Isso pode levar a uma prevenção mais eficaz da diabetes e uma gestão mais eficaz da doença para aqueles que já a desenvolveram.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo anuncia nova organização dos cuidados de saúde
A Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS) está indignada com a nova organização dos cuidados de saúde,...

“É com grande surpresa e preocupação que assistimos ao anúncio, através da comunicação social, sobre uma nova organização dos cuidados de saúde que se intitula como a grande reforma do SNS para 2024”, refere António Neves, Secretário-Geral da FNS.

E acrescenta: “A FNS desconhece totalmente os termos em que se vai concretizar a aludida reforma do SNS, uma vez que não foi informada acerca dos seus termos, nem foi contactada para dar o seu eventual contributo”.

A FNS é a entidade que representa, através das associações suas filiadas, a generalidade do setor convencionado de meios complementares de diagnóstico e terapêutica em ambulatório (MCDT´s), representando mais de 4.000 postos de atendimento espalhados pelo país.

A rede do setor convencionado produz para o SNS mais de 300.000 atos por dia, mais de 100 milhões de atos por ano, dando resposta a cerca de 60.000 requisições médicas ao dia, ou seja, mais de 20 milhões de requisições por ano, o que representa mais de 90% da produção total do SNS, de MCDT´s em ambulatório.

“Como representantes do setor privado de saúde, registamos, com grande preocupação, a total inexistência de diálogo e partilha de qual é a estratégia do Governo e da DE-SNS nesta matéria. Em especial, quando se “anuncia” a extinção das 5 ARS´s existentes e a pulverização das suas competências e responsabilidades por 39 ULS´S”, conclui António Neves. 

Os pedidos de audiência da FNS ao Ministério da Saúde e à Direção Executiva do SNS, até ao momento, não obtiveram qualquer resposta.

A FNS e as suas Associações federadas, atentas ao caráter profundo da anunciada reforma, renovam a sua inteira e total disponibilidade para discutir uma transição serena e pacífica na reforma do SNS pretendida.

A Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS) tem como associações federadas a Associação Nacional de Cardiologistas (ANACARD), a Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), a Associação Nacional de Unidades de Diagnóstico por Imagem (ANAUDI), a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) e a Associação Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação (APMFR). 

Vacinação com duas doses num intervalo de 28 dias
Entre 3 de maio de 2022 e 30 de agosto de 2023, foram identificados 1050 casos laboratorialmente confirmados de Mpox em...

Segundo avança a Direção Geral da Saúde, no passado mês de junho, foi identificado um novo surto, após cerca de 3 meses sem casos reportados. Relativamente a este novo surto, entre 1 de junho e 30 de agosto de 2023, foram identificados 97 casos laboratorialmente confirmados, numa média de 5 novos casos por semana a serem reportados.

A DGS reforça, deste modo, “a necessidade dos profissionais de saúde e da sociedade civil moverem os seus esforços na deteção precoce de novos casos, o isolamento (evicção de contacto físico íntimo) de doentes durante o período de contagiosidade e a vacinação com duas doses num intervalo de 28 dias de grupos elegíveis, inclusive por autoproposta”. 

lista de locais de vacinação nas diferentes regiões do país encontra-se para consulta na página oficial da DGS.

 

Colocação de drenos tunelizados de longa duração
O Hospital Distrital de Santarém (HDS) iniciou recentemente uma técnica inovadora para o tratamento e alívio de sintomas em...

Segundo o diretor do Serviço de Pneumologia, Gustavo Reis, esta técnica poderá vir a beneficiar muitos doentes. “Os dois grupos principais serão os doentes com cancro do pulmão ou de outros órgãos em que ocorra envolvimento pleural com acumulação de líquido e também doentes com insuficiência cardíaca que podem também desenvolver derrame pleural recorrente sintomático”, explica.

De acordo com Luís Rodrigues, pneumologista no HDS, “este é um procedimento minimamente invasivo, com baixo risco de complicações, que proporciona um alívio sintomático rápido e significativo e permite realizar drenagens periódicas do líquido acumulado sempre que os sintomas o justifiquem sem necessidade de novas punções. Em muitos casos, o próprio doente ou seus cuidadores podem ser ensinados a fazer a drenagem no domicílio evitando deslocações e recurso ao hospital”.

O procedimento é realizado em regime de ambulatório, demorando 20-30 minutos e o doente pode voltar ao domicílio imediatamente após a realização do mesmo.

Ana Infante, presidente do Conselho de Administração (CA) do HDS, salienta que “a aposta crescente na diferenciação técnica tem sido um dos grandes objetivos do CA, de modo a oferecer os melhores cuidados aos seus utentes”.

 

Nutrição e Saúde
A conexão entre o cérebro e o intestino mostra-nos a importância de termos uma vida saudável, com um

Dentro do nosso sistema digestivo existem cerca de 500 milhões de neurónios e mais de 30 neurotransmissores, o que faz com que este seja responsável por emitir respostas emocionais e comportamentais.

Se a nossa flora intestinal não está bem, pode impactar com a nossa saúde mental. O que resulta em situações como ansiedade, depressão, entre outras. A serotonina, por exemplo, é um neurotransmissor produzido no intestino, que é enviado para o cérebro e está diretamente ligada ao nosso humor.

Toda a nossa rotina diária, a nossa alimentação e pensamentos, fazem com que o nosso intestino capte essas informações e as reproduza para o cérebro.

Já pratica algumas das estratégias abaixo descritas? Elas podem ajudar a cuidar da sua flora intestinal, dando suporte à saúde do seu cérebro.

  • Diminuir/eliminar o consumo de açúcar;
  • Ter uma alimentação integrativa;
  • Usar suplementos como probióticos (quando necessário) e pré-bióticos (alimentos dos probióticos);
  • Praticar exercício físico e meditação diariamente;
  • Hidratação (pode fazer o seguinte cálculo: multiplique o seu peso por 32ml. Ex: uma pessoa de 60kg x 32ml deveria ingerir no mínimo 1.920 ml de água por dia.

O que é que já está a fazer para manter esta conexão positiva? Já pensou que o nosso intestino é o nosso segundo cérebro?

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha de vacinação arranca na segunda quinzena de setembro
A vacina contra a gripe sazonal passa a ser gratuita, já em setembro, para todas as pessoas com 60 ou mais anos, bem como para...

Até agora, a vacina era recomendada a todos os cidadãos com 60 ou mais anos, mas só era gratuita acima dos 65 anos, inclusive, pelo que o alargamento agora aprovado garantirá uma maior equidade no acesso permitindo proteger ainda mais pessoas.

A gripe é uma doença viral aguda das vias respiratórias, que pode ter particular gravidade nas pessoas idosas ou com doenças crónicas. A vacinação é uma forma fundamental de prevenir ou de atenuar a doença. Deve proceder-se à vacinação anual, para manter uma proteção eficaz e adaptada às variações que o vírus da gripe apresenta de um inverno para outro, o que implica alterações na composição da vacina em cada época.

A campanha de vacinação terá início na segunda quinzena de setembro e os utentes com mais de 59 anos, assim como os elegíveis das outras faixas etárias, podem ser vacinados simultaneamente contra a COVID-19 e contra a gripe.

Recorde-se que, no último inverno, Portugal voltou a ultrapassar a meta de 75% de cobertura vacinal contra a gripe sazonal proposta pela Organização Mundial de Saúde. O sucesso da vacinação em Portugal deve-se ao empenho das profissionais de saúde e à adesão voluntária dos cidadãos, com quem voltamos a contar este inverno.

 

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