ESEnfC inicia actividades de boas-vindas aos novos alunos
Tem lugar amanhã o início das actividades de boas-vindas aos novos alunos da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

O acolhimento dos novos alunos da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) realiza-se, a partir de amanhã, dia 17 de Setembro, com a sessão de boas-vindas aos estudantes do 1º ano da licenciatura a iniciar-se pelas 10h30, no Auditório Principal do Pólo B da instituição, em São Martinho do Bispo (margem esquerda).

Além das felicitações e de uma primeira apresentação da Escola pela Presidente da instituição, Maria da Conceição Bento, deverão, ainda, dirigir-se aos novos alunos da ESEnfC a presidente do Conselho Técnico-Científico (Ananda Maria Fernandes), a presidente do Conselho Pedagógico (Maria do Céu Carrageta), a presidente do Conselho para a Qualidade e Avaliação (Manuela Frederico-Ferreira), o provedor do estudante (João de Sousa Franco), o coordenador do 1º ano da licenciatura (Alfredo Cruz Lourenço) e a presidente da Associação de Estudantes (Rita Pinto).

“À Descoberta da ESEnfC à luz dos seus Projectos” é o mote do conjunto de iniciativas de integração na maior Escola de Enfermagem do país, que se estendem até ao fim de semana. São três dias de actividades, com visitas aos três pólos do estabelecimento de ensino superior, apresentação e discussão dos projectos da Escola.

No dia 17 (Pólo B) serão distribuídos materiais informativos, como o Guia do Estudante, havendo visitas à Biblioteca e a alguns laboratórios, à Associação de Estudantes, aos Serviços Académicos e à Reprografia. Haverá, também, um momento para apresentação da Comissão de Praxe.

No dia 18 (Pólos A e C), os estudantes vão poder conhecer órgãos e serviços da ESEnfC, sendo-lhes explicado o funcionamento do Gabinete de Relações Nacionais e Internacionais e do Conselho para a Qualidade e Avaliação.

Durante a manhã, haverá, ainda, visitas à Biblioteca e ao Centro de Simulação de Práticas Clínicas, assim como aos Serviços de Saúde e Serviço Social e à Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem.

Entre outras iniciativas, no dia 19 (Pólo B), pelas 10h00, será feita a apresentação do curso de licenciatura e do respectivo plano de estudos.

O programa de integração é organizado pelo Conselho Pedagógico e pela coordenação do 1º ano do curso de licenciatura em Enfermagem. Conta, ainda, com a colaboração da Associação de Estudantes, da Comissão de Praxe e do Gabinete de Apoio aos Projectos da ESEnfC.

 

Especialistas alertam
O presidente do Grupo de Infecção e Sépsis afirmou hoje no Porto que os antibióticos estão a diminuir a sua eficácia face ao...

João Jaime Sá referiu que por esse motivo formou-se a Aliança Mundial Contra a Resistência Antibiótica (WAAAR) que tem como objectivo primordial a preservação do antibiótico. Esta Aliança produziu uma Declaração onde reconhece que a questão “há muito extravasou a esfera dos cuidados hospitalares e exige um esforço dirigido não só à comunidade médica e científica, mas também ao público em geral e aos legisladores”.

O texto da Declaração Contra a Resistência aos Antibióticos da WAAAR, subscrito por 700 peritos de 55 países e apoiado por 140 sociedades académicas foi hoje divulgado, em conferência de imprensa, no Porto.

Em Portugal, o documento foi subscrito pelo Grupo de Infecção e Sépsis, pela Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, pela Aliança Portuguesa para a Preservação do Antibiótico e pela Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos.

Com o documento pretende-se sensibilizar a população em geral, prescritores/utilizadores de antibióticos (saúde humana, veterinária, agricultura), responsáveis políticos, líderes de opinião, organizações de doentes, indústria farmacêutica, organizações internacionais, para a necessidade de preservação do antibiótico, dos graves problemas de saúde que podem ocorrer devido ao recurso excessivo aos antibióticos e promover as medidas necessárias.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa para a Preservação do Antibiótico, Artur Paiva, explicou que o aumento das resistências é algo que tem 20/30 anos e a que os estados têm votado uma atenção crescente. “Portugal tem desde 1999 um programa nacional de controlo da infecção, mas tem apenas desde 2007, um programa para prevenção das resistências”, salientou.

“Em 2013, o Estado português resolveu juntar estes dois programas num único e, reconhecendo a importância do problema, deu-lhe um estatuto de programa de saúde prioritário”, sublinhou Artur Paiva.

De acordo com este especialista em Medicina Interna, “alertar a população para os riscos da toma inadvertida do antibiótico é muito importante”.

“A DGS tem esta consciência e está a publicar activamente uma serie de normas que ajudam os clínicos a prescrever de forma adequada e sensata” daí que “no final de 2013 tenha libertado uma norma que determina quais são as raras situações (são apenas cerca de 26 situações), em que é necessário usar antibióticos por mais do que sete dias. A maior parte das infecções agudas pode ser tratada com menos ou não mais do que sete dias”, acrescentou.

Segundo o especialista, a exposição excessiva a antibióticos está a criar “progressão das resistências das bactérias” de forma que “estamos perto de ter bactérias que são totalmente resistentes ao antibiótico. Só há duas respostas a isto, uma é criar novos antibióticos, que as bactérias desconheçam e para os quais não tenham criado mecanismos de resistência, outro é usar melhor os antibióticos que temos de forma a prolongar a sua vida útil”.

O documento que hoje foi apresentado defende a implementação de um conjunto de medidas, entre as quais o alerta do público em geral sobre a ameaça que a resistência aos antibióticos representa, a investigação básica e aplicada e desenvolvimento de novos antibióticos e a proposta à UNESCO para que inclua o “conceito do antibiótico” na lista do património imaterial da humanidade.

 

80% dos Enfermeiros portugueses não possui especialidade
A Universidade Católica Portuguesa reúne, em Lisboa, um grupo de peritos para debater o futuro das especialidades de enfermagem...

Em Portugal, existem 65.887 enfermeiros activos, sendo que o número de enfermeiros especialistas não chega aos 20%, segundo dados apresentados pela Ordem dos Enfermeiros.

“Os enfermeiros especialistas são os primeiros a emigrar à procura de uma melhor situação profissional pois recebem condições de excelência noutros países. Os cidadãos portugueses são os que mais perdem com a falta de enfermeiros especialistas”, salienta o Coordenador da Unidade de Ensino de Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa, Prof. Doutor Sérgio Deodato.

“Ao longo dos últimos 10 anos tem existido uma clara tendência no aumento da procura de especialidades de enfermagem, mas ainda não é suficiente para colmatar as necessidades.

Trata-se de um número muito reduzido porque a natureza dos cuidados que se prestam hoje, resultado do avanço científico e tecnológico, são especializados. Não é suposto que uma unidade de cuidados intensivos ou um serviço de urgência de um hospital, não disponha de uma equipa de enfermeiros especialistas nestas áreas”, conclui.

Para debater as problemáticas em causa, a UCP conta com as seguintes presenças:

  • Enfermeiro Alexandre Tomás, Presidente da Secção Regional do Sul
  • Enfermeira Maria Amélia José Monteiro, Presidente do Colégio de Especialidade de Enfermagem Saúde Infantil e Pediátrica da Ordem dos enfermeiros
  • Enfermeira Maria do Céu Ameixinha de Abreu, Presidente do Colégio de Especialidade de Enfermagem Comunitária da Ordem dos enfermeiros
  • Enfermeiro Joaquim Lopes, Presidente do Colégio de Especialidade de Enfermagem Saúde Mental e Psiquiátrica da Ordem dos enfermeiros 

  • Enfermeiro José Carlos Amado Martins, Presidente do Colégio de Especialidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Ordem dos enfermeiros

Data: 18 de Setembro de 2014

Horário: 18 horas

Local: Campus da Palma de Cima da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

Este encontro na Universidade Católica Portuguesa (UCP) está integrado na Sessão de Abertura do ano lectivo 2014/2015.

 

Cuidados a ter
O cordão umbilical é cortado logo a seguir ao nascimento do bebé.
Cordão umbilical

 

O coto (resto do cordão que fica preso pela mola) escurece, começa a secar e cai (por vezes dá-se uma pequena hemorragia, sem importância), dentro de um período máximo de duas semanas, deixando uma zona sensível, avermelhada, que também demora alguns dias a cicatrizar.

 

Este são os cuidados que deve ter:

  • Evitar o contacto directo do coto umbilical com as mãos;
  • Desinfectá-lo várias vezes ao dia (e sempre que estiver sujo com urina ou fezes) com compressas esterilizadas (10x10 cm) e álcool puro a 70º e deixar ficar ao ar;
  • Manter o coto umbilical seco e limpo até à cicatrização completa;
  • Não usar faixa umbilical;
  • Colocar a fralda abaixo da zona do umbigo;
  • Quando o coto tiver caído, desinfectar a zona, com um cotonete embebido em soluto de eosina aquosa a 2%, até secar a cicatriz.
Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Ébola:
A ONU alertou hoje que são precisos quase 800 milhões de euros para combater a epidemia de Ébola na África Ocidental, estimando...

O coordenador das Nações Unidas para o combate ao Ébola, David Nabarro, justificou em Genebra a avaliação da quantia necessária com a gravidade crescente da epidemia: há apenas um mês, a ONU pedia uma verba dez vezes inferior.

Mais de 22 milhões de pessoas vivem nas zonas onde se regista transmissão activa do vírus, e desse número, 4,3 milhões estão em zonas onde se verificaram 20 ou mais mortes.

Segundo os últimos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 4.985 pessoas foram infectadas e 2.461 morreram desde que começou o último surto de Ébola, em Dezembro do ano passado.

“O grande número de casos em lugares de forte densidade populacional e, simultaneamente, em aldeias remotas e de difícil acesso fazem com que este surto seja particularmente difícil de conter”, indicou o director-geral adjunto da OMS, Bruce Aylward.

O responsável defendeu que é preciso lançar programas de prevenção em todas as comunidades potencialmente afectadas.

Por seu lado, Valerie Amos, responsável das Nações Unidas na área da assistência humanitária, apelou aos esforços da comunidade internacional para evitar o "colapso total dos sistemas de saúde" nos países afectados pela epidemia, onde mais pessoas estão a morrer devido a doenças como a tuberculose, malária porque não têm a assistência médica de que precisam.

Valerie Amos apontou ainda o aumento da mortalidade infantil devido à situação crítica dos hospitais, principalmente a Libéria e a Serra Leoa, que a par da Guiné-Conacri, Nigéria e Senegal, são os países onde o Ébola já matou pessoas.

Estudo OCDE
Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico revela que existe mais oferta de cuidados de saúde...

Intitulado “Variações Geográficas nos Cuidados de Saúde – O que sabemos e o que pode ser feito para melhorar o desempenho do sistema de saúde?”, o relatório tem um capítulo dedicado a Portugal, que levanta questões sobre a eficiência e a equidade na prestação de cuidados de saúde.

O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que foi lançado hoje, em Berlim, indica que a grande variação das taxas de actividade de cuidados de saúde é “motivo de preocupação”, sugerindo que aceder a um tratamento específico depende, em grande medida, da região onde se mora, de acordo com uma nota da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), cujos docentes participaram na elaboração do documento.

“O número de procedimentos cardíacos, intervenções ao joelho e histerectomias é, pelo menos, duas vezes mais alto nas regiões onde há mais actividade, quando comparadas com localidades com menor actividade”, indica a mesma nota, referindo-se à situação sobre Portugal.

As variações apresentadas no relatório sugerem que, “ou estão a ser prestados cuidados de saúde desnecessários nas localidades onde existe maior actividade, ou verificam-se necessidades não satisfeitas nas regiões com menor actividade”.

Céu Mateus, investigadora da ENSP, disse à Lusa que nas regiões onde a oferta de cuidados é maior, haverá mais prestação de cuidados desnecessários. Por outro lado, adiantou, onde se regista mais carência de serviços, existem populações que recebem menos cuidados do que os necessários. Um dos exemplos apontados na investigação é a região do Alto Alentejo, onde existe “sete vezes maior probabilidade de fazer uma cirurgia de substituição total do joelho, do que os residentes do Pinhal Interior Norte, por exemplo”.  “Contudo, a taxa média de substituições do joelho em Portugal (74 por 100 mil) é inferior à verificada noutros países, como Austrália, Suíça, Finlândia, Canadá ou Alemanha”, prossegue a nota.

O relatório refere ainda que, “a par das necessidades e preferências do doente, o status socioeconómico e a prática médica, são factores que influenciam as taxas de cirurgia de substituição total do joelho”.

As recomendações existentes em Portugal para reduzir o número de cesarianas desnecessárias - através da disponibilização de orientações, auditorias, campanhas de comunicação dirigidas à população, implementação de registos, etc. - são referidas no documento como “exemplo de boas-práticas”.

Os especialistas apontam algumas “medidas que consideram ser promotoras da prestação de cuidados de saúde mais adequados, como a publicação de dados sobre os procedimentos mais caros ou de maior volume, maior segmentação dos públicos-alvo em campanhas de sensibilização e maior envolvimento dos doentes através da decisão partilhada sobre o processo de tratamento e medição dos resultados em saúde após intervenções cirúrgicas”.

Para Céu Mateus, os resultados do estudo podem “ajudar a reafectar os recursos para tentar prestar menos cuidados desnecessários e reorientar os recursos para os cuidados necessários”.

O relatório apresenta resultados de mais 12 países: Áustria, Bélgica, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Israel, Itália, Suíça, República Checa, Espanha e Reino Unido.

 

UNICEF
Angola é o país lusófono com a maior taxa estimada de mortalidade de menores de cinco anos e aquele em que foi menor a taxa de...

Segundo o relatório “Compromisso pela Sobrevivência Infantil – Um Promessa Renovada”, Angola registou em 2013 uma taxa estimada de mortalidade de menores de cinco anos de 167 (probabilidade de mortes por cada mil crianças nascidas vivas), enquanto para o Brasil, o melhor lusófono excluindo Portugal, a taxa estimada foi de 14.

Por ordem crescente, o segundo melhor país lusófono foi Cabo Verde, com 26 mortes prováveis em cada mil, seguido de São Tomé e Príncipe com 51, Timor Leste com 55, Moçambique com 87 mortes prováveis, Guiné Equatorial (membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa desde Julho deste ano) com 96 e Guiné-Bissau com 124.

Em relação à taxa de redução anual entre 1990 e 2013, Angola apresenta a menor taxa entre os lusófonos, 1,3%, e o Brasil a maior, 6,5%.

De acordo com o referido “relatório de progresso” do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Timor-Leste foi o segundo país lusófono, excluindo Portugal, a conseguir naquele período uma maior taxa de redução anual das mortes infantis, 5,0%, seguindo-se Moçambique (4,3%), Cabo Verde (3,8%), São Tomé e Príncipe (3,4%), Guiné Equatorial (2,8%) e Guiné-Bissau (2,6%).

Os dados divulgados hoje indicam ainda que o Brasil e Timor-Leste foram os dois lusófonos, excluindo Portugal, que já cumpriram o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio da ONU para a taxa de mortalidade de menores de cinco anos (pretendia-se uma redução em dois terços da taxa de 2000 a 2015).

No caso do Brasil, o objectivo para 2015 era que a taxa fosse de 21 e o país registou em 2013 uma taxa estimada de 14, enquanto Timor-Leste teve uma taxa estimada de 55 em 2013, sendo o seu objectivo para 2015 de 57.

Dos restantes lusófonos, Cabo Verde é o que está mais próximo de atingir o objectivo (taxa estimada de 26 em 2013 para uma taxa de 21 em 2015) e Angola o mais distante (167 em 2013 para 75 em 2015).

Em Portugal, a taxa estimada de mortalidade de menores de cinco anos foi de 15 em 1990 e de 04 em 2013 (abaixo dos 05 previstos no Objectivo do Milénio), indica o relatório da UNICEF. A taxa de taxa de redução anual entre 1990 e 2013 foi de 5,9%.

No relatório “Compromisso pela Sobrevivência Infantil – Um Promessa Renovada”, agência da ONU indica que “as taxas de sobrevivência infantil melhoraram substancialmente desde 1990 até agora, período em que o número absoluto de mortes de crianças menores de cinco anos diminuiu para metade - de 12.7 milhões para 6.3 milhões”. Ainda assim sublinha que “muitas destas mortes poderiam ser facilmente evitadas com intervenções simples, eficazes e de baixo custo antes, durante e imediatamente após o nascimento”.

Num total de 100 mil euros
A associação sem fins lucrativos Maratona da Saúde acaba de abrir concurso para um conjunto de prémios destinados a financiar...

Os Prémios Maratona da Saúde 2014 para a Investigação em Cancro conhecem este ano a primeira edição e terão um valor total de 100 mil euros, verba resultante dos donativos angariados durante o espectáculo televisivo anual da Maratona da Saúde, transmitido pela RTP em Março de 2014, e de outras iniciativas desenvolvidas por esta associação. O concurso para atribuição destes prémios está aberto à comunidade científica até ao dia 31 de Outubro e conta com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Os Prémios Maratona da Saúde foram criados com o objectivo de promover a investigação científica portuguesa em diferentes áreas da biomedicina. Na primeira edição destes prémios serão distinguidos os melhores projectos de investigação na área do cancro, sendo incentivadas as candidaturas que contemplem parcerias entre instituições de investigação sediadas em Portugal e hospitais ou outras instituições de saúde, nacionais ou estrangeiras. Os Prémios destinam-se a investigadores e médicos que se proponham desenvolver um projecto de investigação autónomo sob sua responsabilidade numa instituição sediada em Portugal.

A avaliação das candidaturas é realizada por um júri proposto pela Fundação para a Ciência e Tecnologia constituído por cientistas de reconhecido mérito internacional no domínio da biomedicina. Depois de seriados os melhores projectos a concurso, o Conselho Científico e a Direção da Maratona da Saúde validam a decisão do júri e terão a decisão final na atribuição dos prémios. O processo de avaliação e selecção é baseado em vários critérios, entre os quais o mérito científico dos candidatos e o impacto que o trabalho de investigação proposto poderá ter na descoberta de melhores tratamentos, cura e prevenção do cancro.

Em 2014, a Maratona da Saúde associou-se à RTP para lançar uma iniciativa inédita em Portugal que visa, através de um espectáculo solidário anual de muitas horas (maratona televisiva) sensibilizar a sociedade e angariar fundos para a investigação biomédica, essencial no combate a doenças ainda sem cura. Em cada ano a Maratona da Saúde dedicar-se-á a um tema específico, sobre o qual será delineado um plano de actividades. A primeira edição foi dedicada ao Cancro e nos próximos anos serão abordados temas como a Diabetes, as Doenças Cardiovasculares, Doenças Neurodegenerativas (Parkinson, Alzheimer, Autismo), e Doenças auto-imunes (Asma, Esclerose Múltipla, Alergias).

Em Março de 2014, o espectáculo solidário da Maratona da Saúde, transmitido em directo da Aula Magna pela RTP e pela RTP Internacional, contou com o apoio de milhares de Portugueses que se juntaram a esta causa, e com muitos parceiros que tornaram possível a organização deste evento. Durante as mais de 9 horas de emissão foram realizados mais de 230 mil donativos de todo o mundo através de chamadas telefónicas para o número de valor acrescentado e para os Call Centers, gentilmente cedidos pela Fundação PT, os quais contaram com mais de 100 voluntários ao nível nacional. A Caixa Geral de Depósitos e a Pricewaterhouse Coopers (PwC) também se juntaram a esta maratona televisiva na gestão e auditoria de todos os donativos que foram efectuados.

“Agradecemos o contributo de todos os que tornaram possível realizar este espectáculo e agradecemos também a todos os portugueses que contribuíram com os seus donativos. O seu envolvimento comprova que acreditam na capacidade da ciência que se faz em Portugal e nas descobertas que abrem novos caminhos à prevenção, ao diagnóstico e às terapêuticas de doenças que não têm cura definitiva”, refere António Coutinho, Presidente da Maratona da Saúde.

Para além do evento televisivo, a Maratona da Saúde desenvolveu, ao longo desta edição, um conjunto de iniciativas nas comunidades locais, sensibilizando para a importância da prevenção da doença e da investigação científica na descoberta de novos avanços. Entre estas, destacam-se o concurso Ciência em Cena, que decorreu em escolas de norte a sul do País em parceria com a empresa José de Mello Saúde, a Universidade de Coimbra, a Comissão Nacional da UNESCO, os Cientistas de Pé e a Fundação Calouste Gulbenkian; a participação de um grupo de cientistas na Corrida de São Silvestre de Lisboa, com o apoio da HMS Sports; o jogo de futebol solidário entre cientistas e ex-glórias do Benfica, com o apoio do Sport Lisboa Benfica; e vários projectos de crowdfunding com o apoio do PPL Crowdfunding. Refira-se ainda que a primeira edição da Maratona da Saúde contou com o apoio essencial de outros parceiros como o Instituto Gulbenkian de Ciência, a Reitoria da Universidade de Lisboa, a TBWA, a M design, a Cev Fiscalidade, a Lift Consulting, a VAC entre outros, e com o apoio institucional do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação e Ciência.

A Maratona da Saúde considera que permitir o avanço da ciência e do conhecimento em Portugal contribui para uma sociedade mais informada, motivada e competitiva, capaz de integrar os pilares essenciais do progresso económico global.

Os donativos à Maratona da Saúde podem ser realizados ao longo de todo ano através de chamadas de valor acrescentado para o 760 20 60 90 (0,60€+IVA) ou do IBAN: PT50 0035 0413 00044189730 73 BIC SWIFT: CGDIPTPL.

25 e 26 de Setembro em Coimbra
Especialistas debatem o impacto das infecções hospitalares em Portugal, uma taxa superior à média europeia, já que 1 em cada 10...

A taxa das infecções hospitalares em Portugal é superior à média europeia, situando-se nos 10,6%, o que demonstra que um em cada dez doentes é infectado nos hospitais nacionais. Para debater este problema e analisar o impacto socioeconómico que o mesmo representa no nosso país, cerca de 400 especialistas nacionais e internacionais estarão reunidos nos dias 25 e 26 de Setembro, no Congresso “Prevenir e Combater as Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS)”. O Ministro da Saúde, Paulo Macedo e o Director-Geral da Saúde, Francisco George estarão presentes na sessão de abertura.

Estas e outras temáticas, nomeadamente as formas de prevenção e as políticas de saúde no controlo das infecções hospitalares serão abordadas no congresso, organizado pela Associação Portuguesa de Infecção Hospitalar, instituição que integra a European Network to Promote Infection Prevention for Patient Safety – EUNETPIS, patrocinador científico do evento, que decorrerá no Centro de Congressos Hospitalar da Universidade de Coimbra.

Entidade Reguladora da Saúde
A Entidade Reguladora da Saúde deliberou que os prestadores devem assegurar que a mensagem publicitária sobre os cuidados que...

A deliberação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) surgiu após este regulador ter conhecimento de “diversas situações relativas a matérias relacionadas com actos de publicidade praticados pelos prestadores de cuidados de saúde que motivaram intervenções regulatórias para defesa dos direitos e interesses legítimos dos utentes”.

Segundo a ERS, os prestadores “devem garantir que toda e qualquer mensagem publicitária alusiva a serviços de saúde por si prestados contenha a identificação do prestador responsável pela prestação dos cuidados de saúde, de forma completa, exacta e não confundível com quaisquer outros prestadores de cuidados de saúde”.

Devem ainda, segundo o regulador, “garantir que toda e qualquer mensagem publicitária alusiva a serviços de saúde por si prestados, e independentemente do seu formato ou meio de divulgação, não fomente a procura ou a realização de actos de saúde desnecessários”.

“No caso de publicitarem cuidados de saúde cuja prestação implique, nos termos legais, o pagamento de taxas moderadoras, devem abster-se de adoptar comportamentos susceptíveis de eliminar ou reduzir o efeito de moderação legalmente pretendido e estabelecido com a previsão das referidas taxas moderadoras no âmbito do SNS e encargos de beneficiário no âmbito dos subsistemas públicos de saúde”, lê-se na deliberação.

Em Fevereiro, a ERS considerou ilegal uma campanha do Grupo Sanfil Medicina, em que o utente é dispensado do pagamento de taxas moderadoras, e deu cinco dias ao Grupo para comunicar a reposição da legalidade.

No mês anterior, o ministro da Saúde tinha anunciado que tinha pedido à ERS que se pronunciasse sobre a eventual irregularidade de uma campanha do grupo Sanfil em que o utente é dispensado do pagamento de taxas moderadoras e co-pagamentos.

Em causa estava uma publicidade a oferecer o pagamento das taxas. “Sanfil Medicina assinala 60 anos com oferta de taxas moderadoras e co-pagamentos”, dizia a mensagem que levantou dúvidas.

Na decisão da ERS, a que a Lusa teve acesso na altura, afirmava-se que há “um potencial impacto e prejuízo para a política de saúde” decorrente da campanha e que há um potencial ónus financeiro imposto ao Estado.

 

Relatório da ONU
O número de pessoas que passam fome no mundo diminuiu mais de 100 milhões na última década, mas a falta de alimentos ainda...

“O número de pessoas que sofrem de fome a nível mundial diminuiu mais de 100 milhões na última década e mais de 200 milhões desde 1990-92”, lê-se no relatório sobre insegurança alimentar no mundo publicado hoje em Roma pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Esta diminuição, segundo o documento, significa que pode ser alcançado o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) de reduzir para metade o número de pessoas desnutridas em 2015, desde que “se intensifiquem os esforços”.

A percentagem da população mundial a sofrer de subnutrição passou, nos últimos dez anos, de 18,7% para 11,3%.

Nos países em desenvolvimento, essa percentagem passou de 23,4% para 13,5%. Até à data, segundo o relatório, 63 países em desenvolvimento alcançaram aquele objectivo e seis deverão consegui-lo em 2015.

“Isto prova que podemos vencer a guerra contra a fome. Devemos inspirar os países a seguir em frente, com o apoio da comunidade internacional”, afirmam o director-geral da FAO, José Graziano da Silva, o presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Kanayo F. Nwanze, e a directora executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Ertharin Cousin.

Estes progressos assentam no entanto em profundas disparidades regionais. “O acesso aos alimentos melhorou significativamente em países que experimentaram um progresso económico, especialmente em zonas do leste e sudeste da Ásia”.

Em contrapartida, “persistem várias regiões e sub-regiões que estão muito atrasadas”, na Ásia e na África subsaariana, onde uma em cada quatro pessoas passa fome.

As organizações sublinham a necessidade de renovar o compromisso político para o combate à fome através de acções concretas e encorajam o cumprimento do acordo alcançado na Cimeira da União Africana de Junho passado, de acabar com a fome no continente até 2025.

Sublinhando que a insegurança alimentar e a subnutrição são problemas complexos que exigem soluções coordenadas, as organizações pedem aos governos que trabalhem em estreita colaboração com o sector privado e a sociedade civil.

“A erradicação da fome requer o estabelecimento de um ambiente favorável e um enfoque integrado”, que inclua investimentos privados e públicos para aumentar a produtividade agrícola, o acesso à terra, aos serviços, às tecnologias e aos mercados.

O relatório aponta ainda a necessidade de medidas para promover o desenvolvimento rural e a protecção social dos mais vulneráveis e de programas de nutrição específicos para mães e crianças menores de cinco anos.

 

Em Moura
O Centro de Saúde de Moura foi reforçado com três médicas de família cubanas para atenuar as “falhas” na área de medicina...

Segundo a Câmara de Moura, reportando-se a informações do Centro de Saúde, através do reforço com as três médicas “poderão doravante ser atenuadas as falhas, na área de medicina familiar, em todo o concelho”.

As três médicas de família estão a trabalhar no concelho no quadro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ao abrigo de um acordo de cooperação entre os estados português e cubano, explica a autarquia.

“Tal como tem sido sua prática há anos”, a Câmara de Moura refere que "dá apoio à instalação e ao alojamento" das novas médicas de família, “contribuindo também deste modo para uma melhor qualidade do SNS no concelho”.

A autarquia frisa que, “confrontada com a carência de médicos de família no concelho verificada nos últimos tempos, tem acompanhado a situação e manteve permanentes contactos com as autoridades de saúde locais e regionais no sentido de uma rápida resolução do problema”.

 

Estudo revela
Uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Psicologia da Universidade de Gothenburg, na Suécia, acaba de revelar que a...

Os resultados provaram que, embora a estabilidade emocional se mantivesse constante, os idosos passaram a ser menos extrovertidos, sendo que de todos os factores estudados (deficiência física, cognitiva, dificuldade em encontrar actividades sociais na velhice), esta mudança apenas se associava à perda auditiva, que pode levar, assim, ao desenvolvimento de uma nova personalidade, escreve o portal Sapo Saúde.

A investigação envolveu 400 indivíduos com idades compreendidas entre os 80 e 90 anos, estudados por um período de seis anos: de dois em dois anos era avaliada a capacidade mental, física e aspectos da personalidade (como a extroversão e estabilidade emocional) de cada um dos idosos.

“No âmbito do Dia Internacional do Idoso, queremos voltar a reforçar que a perda de audição já não tem de ser um obstáculo físico ou psicológico se for tratado atempadamente. Este estudo vem demonstrar que quando tal não acontece, este problema de saúde representa uma ameaça ao bem-estar de todos os idosos, dificultando assim o envelhecimento activo e uma saúde em pleno", refere Pedro Paiva, audiologista da MiniSom.

"Neste dia, nunca é demais reforçar a importância dos rastreios regulares à saúde auditiva, que a partir dos 40 anos devem ser realizados anualmente. Só assim é possível prevenir problemas futuros ou, no caso de pessoas que já sofram com o problema, optar pelo tratamento adequado, como por exemplo a utilização de aparelhos auditivos cada vez mais invisíveis, tecnológicos e adaptados às necessidades específicas de cada um”, acrescenta.

A presbiacusia, perda auditiva relacionada com o envelhecimento, tem tendência a manifestar-se a partir dos 50 anos. Os últimos dados apontam para que 60% da população nacional com mais de 65 anos venha a padecer desta complicação até 2015.

Estima-se ainda que, em média, o tempo entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a decisão de procurar ajuda especializada ronda os sete anos sendo muito importante realizar exames auditivos regulares para evitar que problemas sejam detectados tarde demais e acabem por se alastrar à saúde em geral.

 

Em segurança
O regresso às aulas é sempre um momento importante na vida das crianças dos jovens e das suas famíli
Regresso às aulas

 

 

 

 

 

 

 

Aqui deixamos-lhe alguns conselhos para que tudo decorra com segurança:

  • No transporte use sempre cinto de segurança e/ou uma cadeirinha adequada à idade, peso e tamanho das crianças;
  • As crianças devem sair e entrar da viatura sempre do lado do passeio;
  • A escola deve ser informada sobre doenças, alergias ou medicação das crianças;
  • Certifique-se que a escola tem procedimentos definidos para casos de acidentes e/ou outros em que seja necessária evacuação;
  • Atenção às réguas, esquadros e afins, pois têm arestas cortantes;
  • A roupa não deve ter cordões fixos na zona do pescoço, cintura e bainhas: podem ficar presos em equipamento ou veículos em movimento e causar lesões graves.
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Até ao final do ano
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) decidiu disponibilizar até Dezembro o novo medicamento para a hepatite C,...

Segundo manchete de hoje do Jornal Público, a Autoridade Nacional do Medicamento decidiu disponibilizar até Dezembro o novo medicamento para a hepatite C, aprovado na Europa em Janeiro, aos 100 a 150 doentes que se prevê que durante o próximo ano possam estar em risco de vida na sequência do agravamento da infecção.

Esta é uma solução transitória para os doentes com maior risco, enquanto tenta negociar um preço mais baixo com o laboratório que produz o fármaco. Pessoas com cirrose hepática e com as funções do fígado muito descompensadas vão ter prioridade.

O tratamento tem uma eficácia superior a 90%, mas custa 48 mil euros para apenas três meses, podendo alcançar os 150 mil euros por doente, segundo dados da autoridade, que estima que chegar a todos os doentes implicaria uma factura de mais de mil milhões de euros por ano. Ou seja, o orçamento anual que os hospitais gastam em todos os medicamentos. O preço do sofosbuvir, o fármaco do laboratório norte-americano Gilead Sciences, tem sido duramente criticado por várias personalidades do sector da saúde, com o ministro da Saúde, Paulo Macedo, a classificá-lo como “imoral” e com o presidente do conselho de administração do Hospital de São João (Porto), António Ferreira, a falar num valor “pornográfico”.

Nesta segunda-feira, o próprio presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, durante o seu discurso no âmbito das comemorações dos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, que decorreram na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, referiu o caso da hepatite C como um exemplo de uma doença que introduziu a palavra “comportabilidade” na entrada de inovadores no mercado, reforçando que estão a trabalhar “num conjunto de estratégias” para disponibilizar o medicamento

Com esse objectivo, Portugal juntou-se há alguns meses a outros países europeus que estão a tentar negociar com o laboratório um preço conjunto mais baixo através desta acção concertada – o que até agora não deu qualquer resultado. Um dos argumentos que está a ser utilizado é o fármaco já ser disponibilizado em países como o Egipto por apenas 800 euros.

Por agora, Infarmed consultou todos os hospitais do país para perceber quantos doentes estão registados com hepatite C. Ao todo, há 13.015 pessoas que serão divididas em grupos, consoante a fase da doença em que estão e o tipo de tratamento de que precisam. Os doentes que nunca fizeram qualquer medicamento vão começar por receber os que estão no mercado há mais tempo, visto que nem todos necessitam do mais inovador.

Por outro lado, as pessoas que foram submetidas sem sucesso às soluções que já estavam antes no mercado vão poder ter acesso ao fármaco inovador. Depois de tratados os 150 doentes até Dezembro, a ideia do Infarmed é que todos os anos o SNS consiga chegar a 1000 doentes com as várias alternativas de medicamentos. Entre as 1000 pessoas, a proporção das que recebem o inovador pelo risco de evoluir para casos como cirrose hepática será de cerca de 150.

Para introduzir objectividade na selecção dos doentes que vão ter acesso ao medicamento inovador, a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica do Infarmed reuniu no final de Agosto para elaborar um documento com as regras que devem estar na base das autorizações de utilização excepcional do fármaco. No documento, a que o PÚBLICO teve acesso, os peritos reconhecem os grandes benefícios do medicamento. Mas, ao mesmo tempo, admitem que o custo elevado “impõe a necessidade de uma avaliação fármaco-económica do seu impacto clínico no âmbito do SNS”.

Para dar resposta “de forma equitativa aos pedidos de tratamento já existentes”, os peritos dividem os doentes em dois grupos: aqueles em que a doença está controlada e cuja evolução deve ser monitorizada através de exames; e os que “evoluíram para estádios mais avançados de doença, com risco de mortalidade ou de ocorrência de complicações”. Para este último caso, o dos doentes que não responderam de forma positiva aos fármacos que já estão em pleno no mercado, os peritos entendem que “é necessário prever a possibilidade de não adiar o acesso” aos medicamentos inovadores “cuja eficácia tenha sido, já, formalmente reconhecida no tratamento de doentes com este perfil”.

A escolha dos doentes será feita através do recurso a elementos clínicos que vão dar origem a um valor que prevê o risco do doente em termos de mortalidade e de progressão da doença. As pessoas com cirrose hepática vão ter uma espécie de “via-verde” para o tratamento, sendo também privilegiados os casos em que a função hepática esteja descompensada ou em que o doente seja classificado em níveis já muito elevados do chamado “Score MELD”, um modelo para a doença hepática terminal.

A nível nacional os dados epidemiológicos apontam para que possam existir 100 mil pessoas infectadas com hepatite C, mas que muitas desconheçam que são portadoras do vírus, por a doença poder permanecer assintomática durante vários anos e por ter uma cura espontânea em 25% dos casos.

 

Ébola:
Na próxima quinta-feira o Conselho de Segurança da ONU realiza uma “reunião de emergência” sobre a epidemia de Ébola.

O Conselho de Segurança da ONU realizará uma “reunião de emergência” na quinta-feira à tarde sobre a epidemia de Ébola que está a atingir a África ocidental, anunciou hoje a embaixadora norte-americana na ONU, Samantha Power.

“É essencial que os membros do conselho discutam a situação da epidemia, concordem com uma resposta internacional coordenada e iniciem o processo de canalização dos recursos colectivos para deter a propagação da doença”, disse Power.

A diplomata, que preside ao Conselho em Setembro, precisou que Washington deseja que esta reunião conduza a “compromissos concretos” para combater a epidemia.

 

27 de Setembro
A 4.ª Conferência Nacional sobre a sesta, uma organização da Associação Portuguesa dos Amigos da Sesta, que defende meia hora...

Prates Miguel, presidente da Associação Portuguesa dos Amigos da Sesta (APAS), disse que o objectivo da iniciativa é “sensibilizar para a importância da sesta”, justificando a realização de mais uma conferência, após um interregno de cinco anos, porque “não é dormir que dá visibilidade à associação”. “Essa é a nossa maior batalha, não queremos uma sesta legislada”, afirmou Prates Miguel, assinalando que, da primeira vez que se abordou essa possibilidade, “o Ministério da Economia referiu que não estava nas previsões”.

O dirigente, advogado, adiantou que se pretende também “chamar a atenção das empresas para que contemplem a sesta”, criando “sítios próprios, recatados, silenciosos, onde os operários possam ‘ferrar o galho’ ou ‘cerrar a pestana’”.

A APAS visa a promoção e defesa da prática da sesta enquanto pausa de repouso intercalar na actividade laboral e conducente à harmonia dos ritmos biológicos, alívio do “stress” e melhoria da qualidade de vida.

Tem 240 associados, dos 18 distritos do país, e, entre eles, encontram-se “polícias, padres, donos de agências funerárias, médicos, funcionários públicos”, entre outros, como um pastor, embora “as pessoas ligadas à agricultura não sejam muitas”, referiu o responsável.

O sócio honorário é Mário Soares que, “enquanto primeiro-ministro e Presidente da República, era um adepto ferrenho da sesta”. “Quando lhe fui entregar o diploma, tive de esperar que ele se levantasse”, declarou o presidente da associação que, “verão ou inverno”, dorme a sesta todos os dias, sendo a excepção quando tem julgamentos marcados para as duas da tarde.

A conferência, com entrada livre e apoio da Câmara Municipal de Ansião, decorre no Centro Cultural e arranca às 10:00 com a projecção de um vídeo sobre a história da associação, sendo possível ver imagens de deputados na Assembleia da República a dormir. “Isso só vem dar razão à nossa associação”, continuou Prates Miguel.

Seguem-se as conferências “Sesta e evolução”, pelo biólogo Augusto Abade, da Universidade de Coimbra, e “Sesta e Desporto” pelo médico Nuno Campos.

O economista Manuel Marques Barreiro aborda depois “Sesta e produtividade”, enquanto a psicóloga clínica Vanda Clemente, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, tem como tema “Sesta na criança”.

“Privação do sono e protecção civil”, pelo professor Miguel Arriaga, da Escola Superior de Saúde de Portalegre, e “Sesta e saúde mental”, pelo professor João Claudino Junceiro, da mesma escola, completam os temas da conferência que encerra com um almoço.

Segundo o responsável, a conferência decorre de manhã, “porque a primeira foi à tarde e houve na plateia quem dormisse, não foi uma nem duas pessoas”.

“Isto é uma conferência para ninguém dormir”, acrescentou o presidente da APAS que quer no dia 27 transformar Ansião na capital da sesta, onde está sediada a APAS, prevendo-se que em 2015 a capital seja Campo Maior, no Alentejo.

 

Cientistas anunciam
Cientistas norte-americanos anunciaram ter inventado um dispositivo capaz de extrair bactérias, fungos e toxinas do sangue...

O dispositivo, que apenas foi testado em ratos, usa esferas magnéticas nanoscópicas (menos de um milésimo de milímetro) cobertas com uma proteína de sangue humano criada geneticamente, a MBL.

A proteína MBL liga-se aos agentes patogénicos e às toxinas, que podem ser extraídas do sangue através de nanopartículas magnéticas.

Uma vez limpo, o sangue é reintroduzido no organismo sem que a sua composição ou coagulação sejam modificadas.

A invenção destina-se a tratar as infecções do sangue, que afectam anualmente 18 milhões de pessoas em todo o mundo, com uma taxa de mortalidade de 30 a 50%.

Os micróbios na origem destas doenças são frequentemente resistentes aos antibióticos.

Se o aparelho se revelar eficaz nos testes em humanos poderá permitir “limpar fisicamente o sangue, retirando uma grande variedade de agentes patogénicos ou toxinas”, disse Donald Ingber, um dos autores da investigação, publicada na revista Nature Medicine.

O cientista acrescentou que o tratamento poderia ser realizado “mesmo antes de o agente patogénico ser formalmente identificado e de o tratamento com a antibiótico ideal ser escolhido”.

O investigador admitiu ainda a possibilidade de um dia o dispositivo “ser útil” no tratamento do Ébola, na medida em que a proteína MBL é capaz de se ligar com o vírus na origem desta febre hemorrágica.

A proteína poderia ainda ligar-se ao VIH, o vírus da Sida, e ao vírus de Marburgo, na origem de uma outra febre hemorrágica muito semelhante ao Ébola.

Durante a investigação, os cientistas infectaram ratos com duas bactérias - a staphylococcus aureus e a escherichia coli - e conseguiram retirar 90% das bactérias com esta invenção.

Ingber reconheceu que ainda serão necessários vários anos de experiências com animais maiores e com humanos, antes que o aparelho possa ser aprovado.

 

Região Centro:
Na Região Centro 75% dos serviços e instituições de saúde têm dotações inseguras nos cuidados de enfermagem, profissionais...

Esta conclusão é extraída das Visitas de Acompanhamento do Exercício Profissional (VAEP) que a Secção Regional do Centro (SRC) tem vindo a realizar em serviços de instituições públicas e privadas.

“Na generalidade não há instituições com dotações seguras. Claro que há excepções, e dentro de uma instituição poderão haver serviços e unidades que apresentam dotações seguras. É algo que está visível, que o Ministério sabe, mas é algo que continua a não ser primordial. Não se entende porquê, quando está em causa a população portuguesa e a sua saúde”, afirma o Presidente do Conselho de Enfermagem Regional do Centro.

Segundo o Enf.º Hélder Lourenço, as próprias administrações e direcções das instituições e serviços reconhecem essas lacunas e que, em última instância, as tentativas para as minimizar esbarram no bloqueio do Ministério das Finanças.

Dotações Seguras é o tema de uma conferência a decorrer no próximo dia 18 em Coimbra, e que terá como orador convidado o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), Enf.º Germano Couto. Enquadra-se num ciclo de conferências que a SRC realiza no Centro de Portugal até Janeiro de 2015.

A Ordem dos Enfermeiros aprovou em Maio a Norma Para o Cálculo das Dotações Seguras dos Cuidados de Enfermagem, que norteia o número adequado de profissionais para cada serviço, de acordo com as intervenções que realiza.

Não é apenas o número de enfermeiros que será importante para determinar a qualidade e a segurança dos cuidados em cada serviço, existem outros factores igualmente preponderantes, nomeadamente as condições de trabalho e a organização dos serviços.

Realça ainda que o levantamento realizado pela SRC revela que as organizações, sejam dos cuidados de saúde primários, sejam diferenciados, sejam até da Rede Nacional dos Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), “muitas vezes não levam em conta esse item” das Dotações Seguras.

“Estamos bastante aquém daquilo que é importante e que é considerado por nós essencial e básico para que se prestem cuidados de saúde à população da zona centro, com a qualidade mínima exigida para um cidadão, que a eles tem direito”, afirma.

Na sua perspectiva, o utente deve ser visto pelas instituições “como um todo e não como alguém que está de passagem”.

É importante que os enfermeiros tenham tempo para o acompanhamento adequado dos seus utentes, para prevenir alguma “intercorrência que faça com que rapidamente o cidadão regresse aos serviços de saúde porque o problema não foi debelado”, conclui o Presidente do Conselho de Enfermagem Regional do Centro.

Em 2014 a SRC efectuou Visitas de Acompanhamento do Exercício Profissional (VAEP) a 20 unidades em ACES (área dos cuidados primários), a 30 serviços em centros hospitalares ou unidades locais de saúde (área dos cuidados diferenciados), ainda 3 unidades da RNCCI e mais duas em unidades de saúde privadas da região.

Carenciados de Castelo de Paiva
Os munícipes carenciados de Castelo de Paiva vão poder adquirir medicamentos nas farmácias, assumindo a autarquia os custos...

Gonçalo Rocha, presidente do município, explicou à Lusa que a medida vai dar uma resposta integrada aos agregados de menores rendimentos.

As famílias vão ser dividias em função dos rendimentos e do número de elementos, factores relevantes para determinar o valor que cada agregado pode acorrer anualmente nas quatro farmácias aderentes.

Os munícipes abrangidos poderão adquirir medicamentos, fraldas para acamados e bebés, leite materno até um ano e vacinas para a meningite

Para Gonçalo Rocha, o “Cheque Farmácia”, assim se designa o apoio, “será fundamental para promover a justiça e a coesão social no concelho”.

“Vai ser uma medida transversal a toda a sociedade, desde que os munícipes reúnam os requisitos de acesso”, observou o edil, frisando que aquele apoio honra “um compromisso assumido com os paivenses”.

As aquisições terão de ser efectuadas nas farmácias do concelho, mediante a apresentação do um cartão específico.

A dotação global prevista para este ano é de 15 mil euros, mas o autarca admite que o período que separa do final do ano servirá para se fazer uma avaliação sobre se a medida do apoio será suficiente ou haverá necessidade de reforço.

“A nossa preocupação é que assegure a cobertura total daqueles que reúnem condições de acesso à medida”, assinalou.

Apesar das dificuldades financeiras por que passa a autarquia, o edil sublinha que “a resposta é de tal maneira importante que se justifica avançar com ela”.

Gonçalo Rocha recordou, por outro lado, que este apoio complementa outro já lançado pelo município, nomeadamente o transporte solidário aos hospitais que beneficia os doentes carenciados. “Essa é também uma medida que continua a funcionar e a dar uma resposta muito importante aos paivenses”, concluiu.

 

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