Estudo revela
Os pilotos da aviação e a tripulação de cabine têm duas vezes mais probabilidades de sofrerem de cancro da pele devido à...

A análise a 19 estudos, que envolveram mais de 266 mil pessoas, permitiu concluir que a incidência de melanoma é entre 2.21 e 2.22 mais elevada para pilotos e 2.09 superior para assistentes de bordo, ou mais do dobro da taxa da população em geral.

A taxa de incidência foi atribuída a raios ultravioletas que penetram nos aviões a alta altitude através das janelas do ‘cockpit’ e da fuselagem, disse a autora do estudo, Martina Sanlorenzo, da Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Os investigadores demonstraram que a 9.000 metros (30.000 pés) acima do nível do mar – a altitude de cruzeiro para a maioria dos aviões comerciais – os raios ultravioletas cancerígenos eram duas vezes mais poderosos.

Os níveis eram ainda mais elevados quando os aviões atravessam camadas espessas de nuvens, que refletem até 85 por cento dos raios prejudiciais.

O estudo mostrou ainda que apesar de ser reconhecido o risco para os pilotos e a tripulação, a exposição ultravioleta não é bem reconhecido como risco ocupacional.

Pesquisadores britânicos e australianos
Pesquisadores australianos e britânicos anunciaram ontem ter feito progressos na investigação de um novo medicamento anti...

Segundo os investigadores, apesar de o antibiótico, denominado Emetina, não ser usado como medicamento preventivo devido aos efeitos colaterais, o estudo demonstrou a sua eficácia no combate à malária, revelando o eventual desenvolvimento de uma droga contra a doença.

Anualmente, a malária causa mais de 600 mil mortes e infecta milhares de pessoas, sobretudo crianças africanas, a nível mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Num artigo publicado ontem na página do Walter and Eliza Hall Institute, o pesquisador Wilson Wong, corresponsável pelo estudo, refere que a equipa analisou os mecanismos de “complexo de proteínas” de ribossoma “responsável pela construção de todas as proteínas no interior da célula, baseado no ‘modelo’ de ADN”.

“Os antibióticos como emetina matam o parasita da malária por meio da ligação ao ribossoma e previnem a acção do parasita a partir da construção de proteínas de que necessita para a produção de energia, crescimento, reprodução e evasão do sistema imune”, explicou Wilson Wong, citado no artigo.

O pesquisador considerou que o conhecimento de Emetina de antibiótico como pactamicina (utilizado como ferramenta bioquímica resultante da sua capacidade em impedir certas etapas da síntese proteica) poderia ser utilizado como base para desenvolvimento de novas drogas contra a malária.

A equipa da Walter and Eliza Hall Institute, da Austrália, que trabalhou em parceria com a Imperial College of London, no Reino Unido, utilizou uma nova técnica de imagem chamada microscopia crio-eletrónica (crio-EM) para criar a estrutura do ribossoma do parasita da malária.

A técnica “permitiu-nos visualizar a estrutura de complexos de proteínas directamente de material celular, em vez de ter que a cristalizar, o que muitas vezes é difícil de fazer e requer grandes quantidades de material”, afirmou o investigador do Imperial College of London, Jake Baum.

Ébola
Mais de 1.900 pessoas morreram devido ao vírus do ébola, segundo um novo balanço da Organização Mundial de Saúde sobre a...

“De acordo com o último balanço desta semana, temos conhecimento de 3.500 casos (de infecção) confirmados na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria e de mais de 1.900 mortes”, disse ontem à imprensa a directora geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan.

A responsável, que falava em Washington, acrescentou que “a epidemia está a crescer”.

Os números ontem revelados mostram um forte aumento da mortalidade, depois de na semana passada a organização ter dado conta de 1.552 mortes em 3.069 infecções.

O número de mortes provocadas por esta epidemia, sem precedente após a aparição do vírus em 1976, ultrapassa assim a totalidade de vítimas mortais de todos os surtos anteriores.

Falando numa conferência de imprensa, Margaret Chan também disse esperar que a transmissão do vírus poderá ser travada em seis a nove meses graças à resposta internacional.

“Com uma resposta internacional coordenada, a mobilização de fundos e a vinda de especialistas técnicos, esperamos travar toda a transmissão entre seis a nove meses”, disse.

Comentando o roteiro, divulgado na semana passada, para combater esta epidemia, a responsável explicou que nos países onde o surto é mais intenso – Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa –, a OMS “quer reverter a tendência de infecção em três meses”.

Quanto ao Senegal e à República Democrática do Congo, onde já se registaram casos isolados de ébola, “pretendemos parar a transmissão localizada em oito semanas”, precisou Chan.

Perturbação psiquiátrica
Uma em cada quatro pessoas poderá ser afetada ao longo do seu percurso de vida por um problema de sa

Estudos realizados nos últimos 15 anos provam que as perturbações psiquiátricas tornaram-se a principal causa de incapacidade e uma das principais causas de morbilidade nas sociedades atuais. Das 10 principais causas de incapacidade, cinco são perturbações psiquiátricas (Comissão Nacional para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental, 2007).

Entre as doenças mentais que provocam maior deterioração da personalidade, das capacidades e funcionamento encontra-se a esquizofrenia.

A esquizofrenia é uma doença mental crónica, de alta prevalência, afetando 1% da população ao longo da vida. Compromete enormemente a capacidade produtiva e social dos indivíduos e causa enorme impacto nas suas famílias. É uma doença mental muito incapacitante, porque tem o seu início normalmente no final da adolescência ou início da idade adulta, caracterizando-se por alterações relevantes no pensamento e comportamento da pessoa doente.

O delírio, de diversas formas
Um doente com esquizofrenia pode apresentar vários sintomas da doença, em que alguns se caracterizam por perda da noção da realidade. O doente pode criar uma realidade fantasiosa, na qual acredita plenamente a ponto de duvidar da realidade do mundo e das pessoas ao seu redor. É o que chamamos de delíio. O delírio pode ter diversas temáticas. As mais comuns são a idéia de estar a ser perseguido por alguém, de ser observado ou de que as pessoas falam dele ou sabem de tudo que se passa na sua vida. Outras idéias fantasiosas, como religiosas, de culpa, de ciúme ou de grandeza também podem ocorrer.

Outro sintoma igualmente importante é a alucinação. A pessoa pode ouvir ou ver coisas que não existem ou não estão presentes, como escutar vozes dialogando entre si ou se referindo à própria pessoa, insultando-a ou ordenando que faça algo.

Assim como no delírio, o doente não tem nenhum controle sobre as alucinações.

Também na esquizofrenia o doente pode apresentar falta de vontade e de iniciativa em iniciar algumas atividades da vida quotidiana, o que não deve ser visto pelos familiares como sinal de preguiça ou má vontade.

Familiares devem procurar entender o doente
É importante que os familiares procurem compreender o doente, com as suas diferenças e limitações e estejam informados em que consiste esta doença que se chama esquizofrenia, porque as orientações políticas e de saúde vão no sentido de se manterem os doentes mentais na comunidade, o que realça a importância da família no cuidar do doente no domicílio.

Contudo, verifica-se que as necessidades das famílias associadas à tarefa do cuidar continuam a merecer pouca atenção por parte dos profissionais de saúde. Neste contexto, o enfermeiro tem um papel primordial na intervenção com a família, podendo começar logo no internamento reunindo o familiar para saber quais as suas dificuldades no ato de cuidar e que informação tem acerca da doença. Para dar resposta às dificuldades e necessidades da família os enfermeiros estão a desenvolver intervenções familiares, nomeadamente sessões de psicoeducação, que têm como principal objetivo: informar a família acerca da doença e da forma como lidar com o doente; reduzir os níveis de stress do ambiente familiar e melhorar os padrões de comunicação na família e as estratégias de coping (Organização Mundial de Saúde, 2002).

O enfermeiro desta forma capacita a família de competências para oferecer bons cuidados ao seu familiar no domicílio, ficando a conhecer a vivência com a pessoa de quem cuida.

Falta informação à família sobre a doença
Como enfermeira trabalho na área da psiquiatria no internamento, e verifiquei que os cuidadores informais/família têm falta de informação acerca da doença do seu familiar e dificuldades na forma como lidar com ele. Para colmatar essas dificuldades desenvolvo atividades com a família, nomeadamente as sessões de psicoeducação.

Estas sessões desenvolvidas com a família são realizadas também com o propósito de esta perceber que assume um papel primordial na prestação de cuidados à pessoa com esquizofrenia e que o processo de cuidar é muito mais do que a alimentação, a higiene, a mobilidade e a administração da medicação. É também estar alerta acerca dos sinais de recaída do doente (alterações no comportamento e pensamento do doente). Para evitar as recaídas a família deve saber lidar com o comportamento do doente e reconhecer quando o está a precisar da sua ajuda e da dos profissionais, conhecendo possíveis fatores desencadeantes de anteriores recaídas e também informações acerca da doença.

Estudos têm demonstrado que os cuidadores informais muitas vezes não sabem como resolver os problemas por desconhecerem a doença mental. Torna-se fundamental que as famílias sejam perspetivadas nas suas singularidades e, como tal, necessitam de ser ouvidas para receberem o apoio adequado.

Apesar do contexto socioeconómico em que vivemos é importante que não haja a destruturação da família, porque segundo estudos ainda são na maioria dos casos os familiares diretos que apoiam estes doentes, assumindo desta forma o papel de cuidadores informais (cuidador não profissional de saúde).

Cuidadores informais pouco valorizados pelos profissionais de saúde
Os cuidadores informais destes doentes passam por várias dificuldades que muitas vezes não são valorizadas pelos profissionais de saúde. Cuidar de um doente mental é algumas vezes dificultado pelas características da esquizofrenia, que em muitos casos o doente recusa admiti-la, tem uma postura negativa face ao seu tratamento, abandonando-o.

O tratamento principal da esquizofrenia passa pela toma da medicação, contudo a adesão ao tratamento é um das principais obstáculos e está intimamente ligado às recaídas. A questão dos efeitos secundários é uma dificuldade para muitos doentes com esquizofrenia e demarca muitas vezes a não adesão ao tratamento.

O empenhamento apropriado das famílias é de facto de extrema importância para a evolução mais favorável da doença. O ambiente social e emocional dentro da família está claramente correlacionado com as recaídas na esquizofrenia.

Marisa Rodrigues, Enfermeira Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Referências Bibliográficas
COMISSÃO NACIONAL PARA A REESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL – Relatório, proposta de plano de ação para a reestruturação e desenvolvimento dos serviços de saúde mental em Portugal 2007/2016. Ministério da Saúde, 2007. p. 84-85.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - Relatório mundial da saúde 2001- saúde mental: nova compreensão, nova esperança. Lisboa:1ª ed. Direção Geral de Saúde. 2002. ISBN 972-675-082-2.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Investigadores anunciam
Investigadores da Universidade britânica Bristol anunciaram hoje uma importante descoberta na luta contra as doenças autoimunes...

Hoje, a revista ScienceDaily refere que a equipa de pesquisadores descobriu como converter as células que agem como agressoras em protectoras contra a doença.

De acordo com a publicação científica, esta é uma descoberta que pode levar à utilização generalizada de imunoterapia específica de antigénio - substância que estimula a produção de anticorpos contra agressões - para o tratamento de muitas doenças autoimunes, incluindo a esclerose múltipla (MS), diabetes do tipo 1, doença de Graves, e lúpus eritematoso sistémico (LES).

Para o investigador David Wraith, que liderou a pesquisa, “a compreensão das bases moleculares da imunoterapia específica de antigénio abre novas e excitantes oportunidades para aumentar a selectividade da abordagem ao fornecer marcadores preciosos para medir tratamento eficaz. Estas conclusões têm implicações importantes para os muitos pacientes que sofrem de doenças autoimunes difíceis de tratar”.

A equipa de investigadores da Universidade de Bristol revelou como a administração de fragmentos de proteínas que normalmente são o alvo para o ataque leva à correcção da resposta autoimune, em que as células reagem contra o próprio corpo.

Este tipo de conversão tem sido aplicada às alergias, conhecidos como "dessensibilização alérgica", mas a sua aplicação à doenças autoimunes terá sido feita apenas recentemente.

Sanofi e Regeneron apresentam no Congresso ESC 2014
Alirocumab, um tratamento experimental para a hipercolesterolémia, demonstrou no ensaio ODYSSEY LONG TERM uma redução de 62 por...

Sanofi (EURONEXT: SAN e NYSE: SNY) e a Regeneron Pharmaceuticals, Inc. (NASDAQ: REGN) comunicaram nesta data informação detalhada dos resultados positivos de quatro ensaios de fase 3 ODYSSEY de alirocumab em pessoas com hipercolesterolémia. O alirocumab é um anticorpo monoclonal experimental que tem como alvo a PCSK9 (pró-proteína convertase subtilisina/quexina tipo 9). Os resultados dos quatro ensaios a decorrer, que atingiram o endpoint primário de eficácia, foram apresentados no dia 31 de agosto numa sessão Hot Line no Congresso Europeu de Cardiologia 2014, em Barcelona, Espanha.

“Nos quatro ensaios, o alirocumab mostrou reduções significativas e sustentadas no LDL-C durante o período de um ano, em associação com a terapêutica padrão com estatinas em diferentes tipos de doentes”, afirmou a Dr.ª Jennifer Robinson, Mestre em Saúde Pública, Diretora do Prevention Intervention Center, Professora dos Departamentos de Epidemiologia e Medicina, College of Public Health, na Universidade do Iowa. “Também nos sentimos encorajados pelo perfil de segurança consistente em todos os ensaios, incluindo o ODYSSEY LONG TERM, o maior ensaio de fase 3 de um inibidor de PCSK9 e com o período de seguimento mais longo registado até à data”.

Ensaio ODYSSEY LONG TERM

O ensaio ODYSSEY LONG TERM em dupla ocultação, com 2.341 doentes a decorrer, destina-se a avaliar a segurança e eficácia a longo prazo de alirocumab 150 miligramas (mg), a cada duas semanas, versus placebo em doentes com hipercolesterolémia e um risco elevado ou muito elevado de eventos cardiovasculares (CV), incluindo doentes com uma forma hereditária de colesterol elevado, conhecida como hipercolesterolémia familiar heterozigótica (HeFH, heterozygous familial hypercholesterolemia). Ambos os grupos do estudo estão a ser tratados com estatinas na dose máxima tolerada e alguns doentes estão a receber terapêuticas hipolipemiantes adicionais. Foi realizada uma análise de segurança intercalar pré-especificada quando todos os doentes atingiram um ano e, aproximadamente, 25 por cento deles atingiram os 18 meses de tratamento. Os dados essenciais apresentados incluem:

  • No endpoint primário de eficácia do ensaio, às 24 semanas, observou-se uma redução de 61 por cento dos níveis basais de LDL-C no grupo de alirocumab, em comparação com um aumento de 1 por cento no grupo de placebo (redução de 62 por cento no grupo de alirocumab comparado com placebo), p<0,0001.
  • Às 52 semanas, observou-se uma redução de 57 por cento dos níveis basais de LDL-C no grupo de alirocumab, em comparação com um aumento de 4 por cento no grupo de placebo (redução de 61 por cento no grupo de alirocumab comparado com placebo), p<0,0001.
  • 81 por cento dos doentes no grupo de alirocumab atingiram o objectivo de níveis de LDL-C pré-especificado (70 miligramas/decilitros [mg/dl] ou 100 mg/dl dependendo do risco de eventos CV na situação basal do doente) em comparação com 9 por cento no grupo de placebo (p<0,0001).
  • Os efeitos adversos mais comuns (≥5 por cento dos doentes) foram a nasofaringite (13 por cento com alirocumab; 13 por cento com placebo), as infecções do trato respiratório superior (7 por cento com alirocumab; 8 por cento com placebo) e reacções no local de injecção (6 por cento com alirocumab; 4 por cento com placebo).
  • Numa análise de segurança post-hoc, observou-se uma taxa de eventos CV major inferior (morte cardíaca, enfarte do miocárdio, AVC e angina instável exigindo hospitalização) no grupo de alirocumab em comparação com placebo (1,4 por cento comparados com 3,0 por cento, valor p nominal <0,01). Estes efeitos CV compõem o endpoint primário composto do ensaio ODYSSEY OUTCOMES com 18.000 doentes ainda a decorrer, e que avalia prospectivamente o potencial de alirocumab para demonstrar os benefícios CV.

Nesta data, também foram apresentados três ensaios adicionais (ODYSSEY COMBO II, FH I e FH II).

Nestes três ensaios, os doentes tratados com alirocumab receberam uma dose inicial de alirocumab 75 mg a cada duas semanas, aumentando para 150 mg, se necessário, para atingir os níveis de LDL-C pré-especificados. As doses de 75 mg e de 150 mg de alirocumab foram auto-administradas numa injecção única de um mililitro (ml).

“Na qualidade de médicos, muitas vezes iniciamos o tratamento dos doentes com uma dose mais baixa de um medicamento e apenas a aumentamos se for necessário. Nestes ensaios, a maioria dos doentes que começou com uma dose de 75 mg de alirocumab conseguiu atingir os objectivos de LDL-C alvo mantendo sempre a dose inicial”, afirmou o Dr. Christopher Cannon, Professor de Medicina da Harvard Medical School.

Ensaio ODYSSEY COMBO II

O ensaio ODYSSEY COMBO II em dupla ocultação, com 720 doentes, destina-se a avaliar a segurança e eficácia de alirocumab comparado com ezetimibe em doentes com hipercolesterolémia e com elevado risco de eventos CV, e que na situação basal apresentavam uma redução de LDL-C inadequada apesar da terapêutica com estatinas na dose máxima tolerada. Os dados essenciais apresentados incluem:

  • No endpoint primário do ensaio, às 24 semanas, observou-se uma redução de 51 por cento dos níveis basais de LDL-C no grupo de alirocumab em comparação com uma redução de 21 por cento no grupo de ezetimibe (redução de 30 por cento no grupo de alirocumab comparado com o grupo de ezetimibe), p<0,0001.
  • Às 52 semanas, observou-se uma redução de 50 por cento dos níveis basais de LDL-C no grupo de alirocumab em comparação com uma redução de 18 por cento no grupo de ezetimibe (redução de 32 por cento no grupo de alirocumab comparado com o grupo de ezetimibe), p<0,0001.
  • 77 por cento dos doentes no grupo de alirocumab atingiram um nível de LDL-C de 70 mg/dl às 24 semanas.
  • Aproximadamente 80 por cento dos doentes no grupo de alirocumab permaneceram na dose inicial de alirocumab 75 mg.
  • Os efeitos adversos mais comuns (superior ou igual a 5 por cento dos doentes) foram as infecções do trato respiratório superior (6,5 por cento com alirocumab; 6 por cento com ezetimibe), overdose acidental (6 por cento com alirocumab; 7 por cento com ezetimibe), tonturas (5 por cento com alirocumab; 5 por cento com ezetimibe) e mialgia (4 por cento com alirocumab; 5 por cento com ezetimibe).

Ensaios ODYSSEY FH I e FH II

Os ensaios ODYSSEY FH I e FH II incluíram um total de 738 doentes com HeFH e compararam o alirocumab a placebo. Todos os doentes estão com terapêutica de estatinas de dose máxima tolerada e a maioria também recebe ezetimibe. Apesar de receberem este nível elevado de terapêutica de fundo, os doentes nestes estudos tiveram níveis de LDL-C médios de 145 mg/dl (FH I) e 134 mg/dl (FH II). Os dados essenciais apresentados hoje para FH I e FH II incluem:

  • No endpoint primário dos ensaios, às 24 semanas, observou-se uma redução de 49 por cento dos níveis basais de LDL-C em ambos os ensaios FH I e FH II dos grupos de alirocumab em comparação com um aumento de 9 por cento no ensaio FH I e 3 por cento no ensaio FH II nos grupos de placebo, (redução de 58 e 51 comparado com placebo), p<0,0001.
  • Às 52 semanas, no ensaio FH I, observou-se uma redução de 47 por cento desde os níveis basais e no ensaio FH II, uma redução de 50 por cento nos grupos de alirocumab em comparação com um aumento de 9 e 8 por cento nos grupos de placebo, respectivamente (redução de 56 e 58 por cento em comparação com placebo), p<0,0001.
  • 72 por cento dos doentes tratados com alirocumab no ensaio FH I e 81 por cento dos doentes tratados com alirocumab no ensaio FH II atingiram o objectivo de LDL-C pré-especificado (70 mg/dl ou 100 mg/dl) às 24 semanas em comparação com 2 e 11 por cento nos grupos de placebo, respectivamente (p<0,0001).
  • Aproximadamente 50 por cento dos doentes nos grupos de alirocumab permaneceram na dose de 75 mg.
  • Nos dados agrupados de ambos os ensaios, os efeitos adversos mais comuns (superior ou igual a 5 por cento dos doentes) foram as reacções no local da injecção (11,5 por cento com alirocumab; 9 por cento com placebo), a nasofaringite (10 por cento com alirocumab; 11 por cento com placebo), a gripe (9 por cento com alirocumab; 6 por cento com placebo) e dores de cabeça (5,5 por cento com alirocumab; 7 por cento com placebo).

“Os doentes com hipercolesterolémia familiar heterozigótica têm muitas vezes níveis elevados de LDL-C apesar do tratamento com estatinas e outras opões”, afirmou o Dr. Michel Farnier, doutorado pela Point Medical, Dijon, em França. “Embora a grande maioria dos doentes nos ensaios ODYSSEY FH I e FH II apresentasse níveis de LDL-C elevados na situação basal, pelo menos 70 por cento dos doentes tratados com alirocumab atingiram os objectivos de tratamento”.

Os quatro ensaios ODYSSEY apresentados, junto com os resultados de outros seis estudos em fase 3, englobam mais de 5.000 doentes estudados em ensaios em dupla ocultação durante 24 e 104 semanas. A Sanofi e a Regeneron preveem submeter os dossiers regulamentares do alirocumab nos EUA e UE em finais de 2014. Nos EUA, as empresas tencionam utilizar um Voucher de Revisão Prioritária para obter o estatuto de revisão prioritária na submissão regulamentar do alirocumab.

O programa de ensaio clínico ODYSSEY ainda está a decorrer. Clique aqui para mais informações sobre os estudos ODYSSEY apresentados no Congresso da ESC 2014. O alirocumab está actualmente em desenvolvimento clínico e a sua segurança e eficácia não foram avaliadas por qualquer entidade regulamentar.

DGS admite subnotificação
Na última década foram notificados em Portugal 962 casos de doença dos legionários, segundo um relatório hoje divulgado pela...

A doença dos legionários é uma pneumonia causada por bactérias do género legionela, que podem existir em reservatórios naturais, como lagos e rios, ou em reservatórios artificiais como ares condicionados, humidificadores, piscinas, jacuzzis ou instalações termais.

Numa análise aos 10 anos do programa de vigilância da doença dos legionários, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) assume que existem algumas lacunas, apontando para uma subnotificação dos casos, a par de uma baixa proporção de inquéritos epidemiológicos e ambientais quando há confirmação da doença.

Todos os casos da doença notificados devem dar origem a um inquérito epidemiológico e ambiental. Contudo, entre 2004 e 2010 verificou-se que só foram realizados inquéritos ambientais em 36% das notificações e investigação epidemiológica em 73% dos casos notificados.

Segundo o relatório da DGS, verificaram-se também “assimetrias muito importantes” nas notificações por distritos. Porto e Braga registaram mais de 40% do total de casos notificados, quando abrangem apenas 25% da população nacional.

Pelo contrário, nas regiões autónomas dos Açores e Madeira (com 4,83% da população) apenas foram notificados 0,1% de casos.

Nas regiões autónomas, uma das causas para esta reduzida notificação pode ser “um reduzido número de exames complementares de diagnóstico para pesquisar a presença de legionela em casos de pneumonia".

Na década analisada, o ano de 2012 foi o que registou maior número de notificações da doença, com um total de 140 casos.

O grupo etário com mais casos notificados foi o dos 50-59 anos, sendo a doença mais frequente nos homens e o tabagismo o factor de risco mais associado à doença.

Em Portugal, a mortalidade por doença dos legionários situa-se nos 5% dos casos notificados, abaixo dos 7% da média da União Europeia.

Na República Checa
O menino britânico Ashya King vai receber tratamento para o seu tumor cerebral na República Checa, obtida a autorização do...

Em Espanha, a polícia libertou na terça-feira os pais do menino de cinco anos, depois de estes terem sido detidos no país, no âmbito de um mandado de captura por terem levado o filho do Hospital Universitário de Southampton sem o consentimento dos médicos, devido a dúvidas quanto ao tratamento que lhe estava a ser ministrado.

Outro filho do casal, Daniel King, disse à estação televisiva BBC que na terça-feira tinha visto o irmão, que agora está a ser tratado num hospital em Málaga, no sul de Espanha, e que este está fisicamente “bem” mas “emocionalmente muito confuso”.

Daniel King confirmou também que Ashya deverá viajar para o Centro de Terapia de Protões, em Praga, para receber tratamento especializado que não está disponível na Grã-Bretanha.

“A razão pela qual escolhemos Praga é por ser a melhor solução na Europa e também mais barata do que ir aos Estados Unidos”, explicou.

A avó Patricia King acrescentou que Ashya não conseguiria aguentar a pressão a bordo num voo de longo curso.

Brett King, de 51 anos, retirou o seu filho do hospital do sul de Inglaterra na semana passada, depois de ter denunciado que os médicos tinham impedido as suas tentativas de levar Ashya para o estrangeiro para fazer terapia com radiação de protões.

O pai do menino acusou igualmente os médicos de ameaçarem que pediriam uma providência cautelar e afastariam dele a criança se ele interferisse no plano de tratamento em curso.

O centro checo de Terapia de Protões indicou hoje que Gary Nicolin, um oncologista pediátrico consultor no hospital britânico, lhe enviou os relatórios clínicos completos de Ashya e que a terapia de protões é um método de tratamento adequado à sua doença, mas que ele terá primeiro de regressar a Inglaterra para se submeter a dois ciclos de quimioterapia.

“Ashya irá à República Checa para receber terapia de protões”, afirmou Jiri Kubes, director do serviço de terapia de protões daquele centro de Praga.

Este caso desencadeou a indignação geral no Reino Unido, onde cerca de 130.000 pessoas assinaram uma petição apelando para que o menino fosse entregue aos pais.

A avó Patricia King argumentou que o mandado de captura não deveria sequer ter sido emitido e acusou a polícia de Hampshire e o Hospital Geral de Southampton de se dedicarem a “mentiras e, depois, recuos”.

O ministério público britânico tinha declarado que os pais da criança eram suspeitos de “crueldade”, mas o Serviço de Acusação da Coroa Britânica disse na terça-feira que ia retirar o mandado de prisão, uma vez que Ashya tinha sido submetido a tratamento adequado.

Ébola
O enfermeiro britânico infectado com Ébola quando trabalhava na Serra Leoa recebeu hoje alta do hospital londrino em que estava...

“Tenho muita sorte”, disse William Pooley, que trabalhou numa das áreas mais atingidas do continente africano, onde acabou por contrair o vírus.

O britânico admitiu ter sentido alguns “sintomas desagradáveis” mas nada comparado com a sorte de cerca de 1500 dos 3000 pacientes infectados com a doença até ao momento, que “acabaram por morrer”.

O enfermeiro foi levado para o Royal Free Hospital - no norte de Londres -, a única unidade na cidade com um isolamento de “alto nível” e preparada para acolher pacientes com Ébola, por um avião C17 da força aérea britânica especialmente equipado.

A administração de ZMapp, um medicamento desenvolvido por cientistas norte-americanos, poderá estar na origem da recuperação do britânico.

Efeitos graves sobre a saúde
Com temperaturas elevadas e exposição prolongada ao sol podem surgir problemas que necessitem de cui
Sol e termómetro com temperaturas altas

O nosso corpo esforça-se por manter uma temperatura corporal interna constante de 37ºC ao longo do tempo. Durante os períodos de calor intenso, a principal forma de arrefecimento do corpo assenta na produção de suor, que depois se evapora. Mas, quando os níveis de humidade do ar aumentam, o suor não consegue evaporar tão depressa como seria aconselhável. A evaporação do suor pára completamente quando a humidade relativa atinge os 90%. Nestas circunstâncias, a temperatura do corpo aumenta e a consequente subida da produção do suor pode levar à desidratação excessiva, podendo provocar danos irreversíveis no cérebro ou em outros órgãos ou até mesmo à morte.

Em situações extremas de exposição ao calor intenso, particularmente durante vários dias consecutivos, podem surgir doenças relacionadas com o calor, que, pela sua gravidade, obrigam a cuidados médicos de emergência:

  • Cãibras por calor;
  • Esgotamento devido ao calor;
  • Golpes de calor.

Cãibras por calor

Podem resultar da simples exposição a calor intenso, quando se transpira muito após períodos de exercício físico intenso e de uma hidratação inadequada (só com água, sem substituição dos electrólitos perdidos na transpiração).

Embora menos graves do que o golpe de calor e o esgotamento, podem também necessitar de tratamento médico.

São especialmente perigosas em pessoas com problemas cardíacos ou com dietas hipossalinas (pobres em sal).

Sintomas:

  • Espasmos musculares dolorosos do abdómen e das extremidades do corpo (pernas e braços), provocados pela perda de sais e electrólitos.

O que fazer?

  • Parar o exercício, se for o caso e descansar num local fresco e calmo;
  • Esticar os músculos e massajar suavemente;
  • Beber sumos de fruta natural sem adição de açúcar e/ou bebidas contendo electrólitos (bebidas para desportistas);
  • Procurar ajuda médica se as cãibras persistirem.

Esgotamento devido ao calor

Resulta da alteração do metabolismo hidro-electrolítico provocada pela perda excessiva de água e de electrólitos pela sudação. Esta situação pode ser especialmente grave nas pessoas idosas e nas pessoas com hipertensão arterial.

Sintomas:

  • Sede intensa;
  • Grande sudação;
  • Palidez;
  • Cãibras musculares, cansaço e fraqueza;
  • Dor de cabeça;
  • Náuseas e vómitos;
  • Desmaio;
  • Temperatura do corpo normal, abaixo do normal ou ligeiramente acima do normal;
  • Pulso filiforme, alterando entre fraco e rápido;
  • Respiração rápida e superficial.

O que fazer?

Chamar de imediato o médico ou ligar para o número de emergência 112, seguindo os seguintes procedimentos até à sua chegada:

  • Mover o indivíduo para um local fresco ou para uma sala com ar condicionado;
  • Refrescar o indivíduo aplicando toalhas húmidas ou pulverizando com água fria o seu corpo;
  • Deitar o indivíduo e levantar-lhe as pernas;
  • Dar a beber sumos de fruta natural sem açúcar e/ou bebidas contendo electrólitos (bebidas para desportistas), se estiver consciente.

Golpe de calor

Ocorre quando o sistema de controlo da temperatura do corpo do indivíduo pára de trabalhar, deixando de produzir suor para proporcionar o arrefecimento do corpo. A temperatura corporal pode, em 10-15 minutos, atingir os 39ºC, provocando deficiências cerebrais ou até mesmo a morte se o indivíduo não for socorrido de forma rápida.

Sintomas:

  • Febre alta;
  • Pele vermelha, quente, seca, sem produção de suor;
  • Pulso rápido e forte;
  • Dor de cabeça;
  • Náuseas;
  • Tonturas;
  • Confusão;
  • Perda parcial ou total de consciência.

O que fazer?

Chamar de imediato um médico ou ligar para o número de emergência 112, seguindo os seguintes procedimentos até à sua chegada:

  • Mover o indivíduo para um local fresco ou para uma sala com ar condicionado;
  • Refrescar o indivíduo aplicando toalhas húmidas ou pulverizando com água fria o seu corpo;
  • Arejar o indivíduo agitando o ar vigorosamente ou com um ventilador;
  • Se não estiver consciente, não dar líquidos.

O golpe de calor requer ajuda médica imediata, uma vez que o tratamento demorado pode resultar em complicações a nível do cérebro, rins e coração.

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Ondas de calor

Vestuário e calor

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em diferentes grupos populacionais
A actividade física é fundamental ao longo de toda a vida, pois pode prevenir doenças, manter uma bo
Exercício físico mulheres crianças idosos

Nas crianças e nos adolescentes o exercício físico regular traduz-se em inúmeros benefícios tanto a nível físico como mental e social. Existem estudos que confirmam que um adolescente que participe regularmente em actividades físicas tem menor probabilidade de vir a tornar-se num fumador. Assim como a nível de resultados académicos e desenvolvimento das capacidades sociais, os resultados poderão ser muito mais positivos do que os de um adolescente que não pratique qualquer tipo de actividade física.

É cada vez mais difícil promover este tipo de actividades junto dos jovens, pois as novas tecnologias, a que uma grande parte adere facilmente, acabam por promover exactamente o contrário. A inactividade e o aumento de peso estão cada vez mais presentes entre os jovens, sendo por isso uma obrigação de cada estabelecimento de ensino promover e providenciar exercício físico adequado e em igualdade de circunstâncias, durante e após o horário escolar, para todos os alunos.

As mulheres podem desenvolver doenças cardiovasculares, sendo esta a causa de morte de metade das mulheres acima dos 50 anos. A prática de exercício físico regular, associado a bons hábitos alimentares, ajuda a prevenir este tipo de doenças assim como casos de diabetes não insulino-dependentes.

Após a menopausa o risco das mulheres virem a desenvolver osteoporose é mais elevado comparativamente ao sexo masculino, e, também aqui, a actividade física é um importante factor de prevenção desta doença.

Também a depressão é uma doença que afecta em maior número o sexo feminino, logo ao praticar exercício físico consegue-se diminuir o stress, a ansiedade e a solidão, três condições que contribuem em muito para a depressão.

É preciso ter em consideração que em meios rurais, ou de baixo nível socioeconómico, as mulheres participam activamente em trabalhos fisicamente mais árduos gerando assim estados físicos de exaustão. Nestes casos há que procurar actividades adequadas à condição física apresentada e se possível associadas a actividades de lazer.

O aumento de pessoas idosas é sem dúvida um sinal positivo de desenvolvimento. Mas para que este aumento da longevidade de vida seja saudável, há que ter em conta quais as condições e indepêndencia física e mental dessas pessoas.

A actividade física melhora a força, o equilíbrio, a coordenação, a flexibilidade, a resistência, a saúde mental, o controlo motor e a função cognitiva. Ajuda a prevenir as quedas (a maior causa de incapacidade entre a população idosa).

Caminhadas e sessões organizadas de exercício físico, adequadas a cada idoso, permitem o convívio social, reduzindo sentimentos de solidão ou de exclusão social.

Às pessoas com incapacidades devem ser fornecidas oportunidades e suporte para poderem praticar desporto e exercício físico adaptado às suas condições físicas.

O objectivo é ajudar as pessoas com incapacidades a melhorarem a sua força muscular, o seu bem-estar psicológico e a sua qualidade de vida, aumentando a possibilidade de poderem praticar diariamente actividade física.

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Fique a conhecer
Lembre-se que as crises de epilepsia acontecem sem aviso e afectam a consciência podendo criar algun
Cabeça de perfil com relâmpago

Segurança pessoal

  • Certifique-se que toda a família sabe o que esperar quando presencia uma crise epiléptica, sabe como prestar os primeiros socorros e sabe quando é necessário recorrer à urgência médica;
  • Use uma pulseira ou medalha de identificação médica;
  • Evite os factores que aumentam o risco de uma crise epiléptica - esquecer-se de tomar medicamentos; não dormir suficientemente; beber álcool; consumir drogas ilegais.
  • Experimente usar uma caixa para os remédios que o ajude a lembrar-se dos horários e doses;
  • Se tem um aviso antes de uma crise epiléptica, proteja-se sentando-se ou deitando-se.

Segurança na casa de banho

  • A porta da casa de banho deve abrir para fora, para o caso de alguém ter uma crise e cair de encontro a uma porta fechada esta pode ser aberta do outro lado;
  • Não se feche à chave dentro da casa de banho;
  • Se cai frequentemente durante as crises, tente utilizar um assento com resguardo para as costas quando toma banho;
  • Pense em montar uma pega na banheira onde se possa agarrar;
  • Certifique-se sempre que o ralo por onde escorre a água está desimpedido;
  • Cole antiderrapantes no chão da banheira;
  • Mantenha a casa de banho ventilada para não ficar muito quente;
  • Evite usar aparelhos eléctricos próximos da água;
  • Use espelhos inquebráveis na casa de banho.

Segurança na cozinha

  • Tente cozinhar e usar electrodomésticos apenas quando estiver mais alguém em casa;
  • Use o micro-ondas para cozinhar;
  • Quando usar o fogão, tente utilizar apenas os bicos traseiros;
  • Use luvas grandes acolchoadas ou tenazes quando utilizar um forno quente;
  • Use luvas de borracha ao manusear facas e a lavar pratos e artigos de vidro;
  • Tente usar preferencialmente recipientes de plástico em vez de vidro.

Segurança doméstica

  • Evite comprar móveis cortantes;
  • Utilize protectores de lareira ou então lareiras fechadas;
  • Evite fumar ou acender fogos quando está só;
  • Não transporte cinzas quentes da lareira ou velas acesas pela casa;
  • Quando está só evite subir para cadeiras ou escadotes;
  • Assegure-se que qualquer equipamento motorizado tem um corta corrente de segurança;
  • Assegure-se que as portas com acesso para o exterior estão bem fechadas;
  • Ponha portas de segurança no topo de degraus ingremes.

Segurança no trabalho

  • Evite subir a grandes alturas;
  • Organize as horas de trabalho de modo a não estar muito tempo sem dormir;
  • Se é sensível a luzes a piscar, tente limitar essa exposição;
  • Se o stress piora as suas crises tente arranjar um modo de reduzir esse stress.

Segurança nos transportes

  • Só deve tirar a carta de condução e conduzir mediante autorização médica;
  • Quando andar de bicicleta use capacete, joelheiras e cotoveleiras;
  • Não esteja nas bermas quando espera por um autocarro, metro ou comboio;
  • Se perde consciência durante uma crise epiléptica viaje acompanhado
  • Evite as escadas rolantes ou escadarias se estiver sozinho.

Segurança no lazer

  • Escolha cuidadosamente o tipo de desportos adequados à sua consição;
  • Exercite-se em superfícies suaves;
  • Quando dentro ou perto de água, utilize um colete salva-vidas;
  • Evite nadar sozinho;
  • Use protecção para a cabeça quando pratica desportos de contacto ou quando há maior risco de quedas ou lesões de cabeça;
  • Se esquiar, faça-o na companhia de um amigo;
  • Use um cinto de segurança e um gancho quando usar um elevador de esqui.

Segurança das crianças

  • Utilize um monitor de bebé no quarto da criança;
  • Evite utilizar camas elevadas, como a parte de cima de um beliche;
  • Se a criança teve uma crise que para ou uma série de crises muito seguidas consulte o seu médico para saber como proceder.

Segurança dos pais

  • Evite andar com a sua criança ao colo;
  • Sente-se no chão ou numa cama quando estiver a alimentar um bebé;
  • Vista, mude e dê banho ao bebé no chão;
  • Transporte o bebé num carrinho ou num berço com rodas;
  • Reveja a segurança do quarto onde a criança brinca.

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Conselhos de segurança para crises epilépticas

Epilepsia e a prática desportiva

Epilepsia: perguntas e respostas

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Prémio Internacional Arrigo Recordati
A 8ª edição atribuirá em 2015 um prémio no valor de 100 mil euros a um cientista pela sua descoberta sobre pesquisa na...

O prémio internacional de investigação científica Arrigo Recordati abriu inscrições para a 8ª edição, cujo prémio, no valor de 100 mil euros, é atribuído a cada dois anos a um cientista que se distingue pelo seu compromisso e descoberta na pesquisa em cardiologia.

Em 2015, este prémio irá reconhecer um investigador que se destaque no estudo científico da prevenção secundária e estratégias de redução de riscos em doentes cardiovasculares.

O prémio internacional foi criado em 2000 em memória do empresário farmacêutico italiano Arrigo Recordati e visa promover a investigação científica no campo da doença cardiovascular. Arrigo Recordati, que morreu de forma prematura em 1999, acreditava fortemente no poder da investigação como motor de desenvolvimento da indústria farmacêutica e da disponibilização de produtos benéficos para a saúde e bem-estar colectivo e individual.

“O Prémio Internacional de Investigação Científica Arrigo Recordati pretende com base no legado que o meu pai deixou, inspirar cientistas e investigadores para descobertas importantes que beneficiem pessoas em todo o mundo” afirmou Giovanni Recordati, o filho mais velho, actual presidente e CEO da Recordati.

Várias sociedades e organizações internacionais especializadas nas áreas de cardiologia e medicina internacionais estão a ser convidadas para nomearem candidatos que consideram merecer este prémio. O prémio é dirigido a cientistas de todas as nacionalidades que se encontrem inseridos em contextos institucionais e não sejam afiliados em empresas farmacêuticas ou de dispositivos médicos. As nomeações de candidatos só podem ser apresentadas por uma sociedade ou organização internacional convidada para o efeito.

O prazo para apresentação de candidaturas termina a 31 de Janeiro de 2015. O vencedor do prémio será anunciado durante a Reunião Anual da ESH (Sociedade Europeia de Hipertensão) que se realizará de 12 a 15 de Junho de 2015, em Milão.

Para farmacêuticos
Está agendado para Outubro, o Curso de Formação sobre “Doenças Infecciosas Víricas” dirigido a farmacêuticos. A Formação...

Desenvolvido com o objectivo de promover a aquisição e actualização de competências nas áreas clínica e farmacológica de doenças infecciosas provocadas por vírus, o curso vai focar-se nos vírus da Hepatite (C e B) e no Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

O Curso é constituído por 3 módulos sobre diferentes temáticas dentro das doenças infecciosas víricas, que serão testadas numa avaliação escrita final.

Os alunos melhor classificados terão a oportunidade de realizar um estágio num hospital internacional de referência, ainda a designar.

A organização do Curso está a cargo do Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar (CCEFH) da Ordem dos Farmacêuticos, em parceria com a Gilead Sciences.

As inscrições encontram-se a decorrer até ao próximo dia 26 de setembro. Para mais informações sobre este curso de formação, consulte a página oficial da OF.

Direcção-Geral da Saúde
A Direcção-Geral da Saúde emitiu ontem um orientação para doença por vírus ébola e procedimentos laboratoriais para Hospitais...

A orientação publicada é dirigida ao Sistema Nacional de Saúde (Instituições públicas e privadas), e pode ser consultada na íntegra aqui.

Médicos do Centro celebram
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos vai celebrar os 35 anos do Serviço Nacional de Saúde com dezenas de...

“Vamos para a rua comemorar com os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes.

Estes debates, exposições, actividades culturais, desportivas e de lazer visam demonstrar que a Ordem dos Médicos “defende a saúde e está do lado dos doentes”, num momento em que o SNS “está a atravessar muitas dificuldades”.

A qualidade deste serviço público, criado em 1979 por iniciativa do socialista António Arnaut, antigo ministro dos Assuntos Sociais, “está a ser posta em causa por via de opções e decisões políticas erradas”, afirmou António Cortes.

“As pessoas também têm de saber defender o Serviço Nacional de Saúde, que é um marco importante da sociedade portuguesa”, acrescentou.

O programa comemorativo começa na sexta-feira, às 18:30, com a inauguração de uma exposição da responsabilidade da escola universitária Associação Recreativa de Coimbra Artística (ARCA), no café Santa Cruz, na Baixa de Coimbra.

Data oficial da criação do SNS, em 1979, o dia 15 será assinalado, às 12:30, com a “rega da oliveira do Serviço Nacional de Saúde”, junto ao Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, onde aquela árvore foi plantada há alguns anos, na presença de António Arnaut, por iniciativa da Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra (LAHUC).

“Reconhecido como uma das principais conquistas da sociedade portuguesa, o SNS tem sido um instrumento determinante para a melhoria da qualidade de saúde”, segundo uma nota da estrutura regional da Ordem dos Médicos.

O SNS “vive momentos difíceis, de cortes nos seus recursos e capacidades”, acentua, indicando que ao programa se associam “entidades da sociedade civil, nomeadamente associações de doentes e a comunidade académica e empresarial”.

Ao comemorar os 35 anos do SNS, a SRCOM pretende “dar a conhecer os seus bons exemplos e os profissionais de saúde que lhe dão rosto” em todo o país.

A sessão inaugural das comemorações realiza-se na segunda-feira, às 11:30, em Coimbra, na sede da Secção Regional da Ordem dos Médicos, com a presença do reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, e do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado.

No entanto, o programa inclui eventos diversos nas restantes capitais de distrito do Centro: Aveiro, Castelo Branco, Guarda, Leiria e Viseu.

As comemorações terminam no dia 15, às 21:00, com a Gala do SNS, no Pavilhão Centro de Portugal, no Parque Verde do Mondego, em Coimbra, com a atuação da Orquestra Clássica do Centro e de um grupo de música de Coimbra, que integra Rui Pato e amigos.

Estão também previstas intervenções de Carlos Cortes, António Arnaut e José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, entre outros.

Farmacêutica anuncia
O grupo farmacêutico francês Sanofi anunciou hoje ter registado resultados positivos na última etapa do estudo para criar uma...

“Os resultados do estudo realizado na América Latina mostram uma redução global significativa em 60,8% dos casos de dengue, nas crianças e adolescentes com idades entre nove e 16 anos que receberam três doses da vacina”, afirmou o grupo em comunicado.

"Pela primeira vez, temos uma candidata a vacina que é capaz de fornecer protecção real para as pessoas em risco de dengue", disse o director do estudo clínico, Rivaldo Cunha.

O estudo foi realizado em 20.000 crianças que vivem no Brasil, Colômbia, México, Honduras e Porto Rico. Os resultados são consistentes com os de outro estudo realizado pela mesma empresa na Ásia, em 10.000 voluntários.

A doença é propagada pelo mosquito da febre-amarela (Aedes aegypti) e pelo mosquito tigre (Aedes albopictus) mas não se propaga de pessoa para pessoa, sendo comum nas áreas subtropicais da Ásia, América Latina e África.

A Organização Mundial de Saúde estima que entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas no mundo sejam infectadas todos os anos por dengue, doença para a qual não existe vacina ou antiviral efectivo e cujos sintomas são tratados com medicamentos para baixar a febre.

ONU alerta
O coordenador das Nações Unidas para o ébola, David Nabarro, alertou ontem que o número de infecções “cresce todos os dias mais...

Nabarro reuniu-se ontem com representantes dos Estados-membros da organização e com a directora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, e o secretário-geral adjunto da ONU, Jan Eliasson.

Após a deslocação à África Ocidental, foco principal do surto, o coordenador para a febre do ébola da ONU afirmou que “os passos seguintes são muito difíceis de prever” e que é necessária uma “coordenação mundial vital” para controlar a epidemia.

“Não podemos aceitar a ideia de que perdemos a batalha contra o ébola. Temos de reagir de maneira forte, porque a doença está a avançar mais depressa que os nossos esforços”, acrescentou, referindo que na última semana o número de infectados na Guiné, Serra Leoa e Libéria superou os 3.500 e que já se registaram mais de 1.500 vítimas mortais.

Para o responsável, “os cuidados básicos de saúde nos países afectados têm de manter-se” e há que garantir material e salários ao pessoal que trabalha no controlo da doença, além de assegurar tratamento em caso de ser infectado pelos pacientes.

Nabarro reiterou a necessidade de as linhas áreas internacionais restabelecerem os seus voos para os países afectados para facilitar o trabalho de socorro.

Para a directora-geral da OMS, todos os envolvidos nesta epidemia do ébola, que começou em março, “subestimaram a extensão, magnitude e complexidade daquele que é o maior surto na história da doença”, cujo vírus foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo.

Margaret Chan deu o exemplo de casos que representam falhanços no controlo da doença: um infectado da Libéria que viajou num avião para a Nigéria, e um infectado guineense que chegou de carro ao território senegalês.

“Tem de ficar claro que uma pessoa que está infectada não pode viajar”, declarou.

A organização pede que seja acelerado o processo para descobrir uma vacina: “Há duas ou três vacinas potenciais e é importante que a comunidade científica una as suas forças nesta situação sem precedentes. Temos de acelerar os testes experimentais e utilizá-los de uma forma eticamente aceitável antes que passem a ser produzidos de forma industrial”.

Apesar de tudo, a responsável da OMS recusou cair no alarmismo.

“A situação será controlada. Sabemos do que precisamos e sabemos como fazê-lo”, assegurou.

Sindicatos alertam
Representantes dos trabalhadores dos aeroportos portugueses garantiram ontem que falta informação e formação nesses locais, e...

Numa altura em que se contabilizam já mais de 1.500 mortos com a doença, quatro sindicatos que representam trabalhadores dos aeroportos alertaram, em comunicado, para “a ausência de informação/formação” e lembram que só os aeroportos explorados pela ANA (Aeroportos e Navegação Aérea) são utilizados por 32 milhões de passageiros por ano.

O comunicado surge depois de várias reuniões realizadas entre o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas e Sindicato de Hotelaria do Sul.

Aos trabalhadores que representam “é denominador comum” o “desconhecimento de qualquer procedimento operacional quando existe suspeita de um passageiro ou passageiros portadores de vírus“, como também desconhecem equipamentos de protecção individual adequados para eventuais situações suspeitas.

As organizações pediram uma reunião com o director-geral da Saúde, Francisco George, para tirar dúvidas, mas também para “reiterar a necessidade de implementação de um procedimento eficaz, que passe por acções de formação/informação aos trabalhadores nos aeroportos, assim como o acesso a equipamento de protecção individual que se considere necessário”, diz o comunicado.

Em agosto, a Direcção-Geral da Saúde começou a promover sessões de esclarecimento aos funcionários do Serviço SEF sobre o vírus do Ébola, para os “habilitar a discutir e aconselhar” os viajantes sobre a matéria. As sessões tiveram início a 22 de agosto, no aeroporto do Faro.

A 11 de agosto começaram a ser colocados cartazes e folhetos dirigidos, principalmente, a viajantes que estiveram em países afectados pelo vírus Ébola, com os procedimentos que devem ser adoptados, poucos dias antes de o Instituto Nacional de Emergência Médica testar os procedimentos.

A DGS indicou ainda o número 800242424 para aconselhamento de cidadãos e disse ter aberto uma linha directa para médicos e funcionários do SEF, com o objectivo de agilizar a actuação em caso de suspeita, nomeadamente o transporte adequado para os hospitais de referência a nível nacional - São João (Porto), Estefânia e Curry Cabral - e condições de isolamento.

Em Espanha
A justiça espanhola decretou ontem a libertação imediata dos pais que retiraram o seu filho, diagnosticado com um tumor, do...

O casal britânico Brett King e Naghemeh King, pais de Ashya, foi detido no sábado, em Málaga, no Sul de Espanha, com o menino de cinco anos e outros quatro filhos.

Na sequência da fuga, e depois de os médicos do hospital londrino terem dito que a vida da criança corria grave perigo se não recebesse tratamento, a polícia britânica emitiu um mandado de detenção europeu, por sequestro e maus tratos.

Porém, ontem, a justiça britânica anunciou que retirava o mandado de captura contra o casal. “Face ao recuo das autoridades britânicas”, a justiça espanhola decidiu então colocar os pais em “liberdade imediata”.

Já na segunda-feira, após ouvir os pais da criança, o juiz Ismael Moreno, da Audiência Nacional de Madrid, tinha recusado a extradição do casal, que pertence à confissão religiosa Testemunhas de Jeová e que se opõem a transfusões de sangue.

Num vídeo divulgado no canal YouTube, o pai da criança afirma que Ashya se encontra bem e que o retirou do hospital para poder receber um tratamento que a unidade londrina lhe tinha negado.

Ashya foi encontrado no sábado, pelas 20:30 locais, num hotel de Benajarafe, em Málaga, depois de o recepcionista do estabelecimento ter alertado a polícia.

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