Em Coimbra
O novo Laboratório Central do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, resultante da fusão e concentração dos seis...

Uma nota de imprensa do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) enviada ontem à agência Lusa explica que, além destes dois milhões de euros de poupança, haverá ainda um aumento de receitas próprias em linha com as solicitações de outros hospitais.

Com a conclusão desta obra, diz ainda o CHUC, a nova estrutura, ao concentrar todas as valências, torna-se no “maior e mais completo laboratório do Serviço Nacional de Saúde” (SNS).

“É com orgulho que, no ano em que se comemoram os 35 anos do SNS, se possa anunciar uma obra desta importância, que dotará o país com um complexo laboratorial apetrechado ao nível europeu”, disse Martins Nunes, presidente do Conselho de Administração do CHUC.

Martins Nunes explicou também que esta obra resulta de “um grande esforço do Ministério da Saúde em investir em ganhos em saúde, na redução da despesa e em mais acesso para os doentes, e da determinação do CHUC para disponibilizar melhores equipamentos para servir a população”.

”Esta concentração poderá, a partir de 2015, atingir uma capacidade instalada até 15 milhões de análises/ano, a que corresponde um aumento de cerca de 50% da actual capacidade. O CHUC passa a ser autossuficiente em análises mais complexas e também passa a ter capacidade para tratar análises complexas e diferenciadas que outros hospitais, por norma, externizam”, diz nota de imprensa daquela unidade hospitalar enviada à agência Lusa.

O novo laboratório, anuncia ainda o CHUC, “ocupa uma área de 2.100 m2 no edifício de S. Jerónimo – Hospitais da Universidade de Coimbra e é constituído por um ‘core’ central, onde ficarão instalados os auto-analisadores, que representam 75% de todas as análises, e ainda por várias unidades diferenciadas, nomeadamente microbiologia, hematologia, imunologia, serologia infecciosa, imunoquímica, citometria de fluxo, assim como biologia molecular, cromatografia e espetrometria de massa, radioimunoensaio e autoimunidade”.

Incorporará igualmente “exames de genética, assim como exames do laboratório de saúde pública da ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro.

A área de colheita tem capacidade para atender, no local, 500 doentes/dia, servido por 12 postos de colheita.

Esta nova unidade, que representou um investimento de 500 mil euros em estruturas e na requalificação e redimensionamento do espaço (o equipamento já existe), está também preparada para a investigação e para o ensino.

O CHUC explica ainda que nos polos do Hospital Geral (vulgarmente designado por Covões) e do Hospital Pediátrico ficarão sediadas pequenas “unidades de resposta urgente”.

Foi construído um “pipe line” duplo (uma linha dedicada exclusivamente ao serviço de urgência e uma linha aos restantes serviços do hospital) para envio automatizado de amostras provenientes do edifício dos HUC, prevendo-se que seja estendido aos blocos de Celas e numa segunda fase ao Pediátrico.

Actualmente, o serviço de patologia clínica apresenta um orçamento de 12 milhões de euros/ano, com 19 médicos, mais sete internos e um estagiário, 21 técnicos superiores de saúde, um técnico superior, 84 técnicos de laboratório, 18 assistentes técnicos e 14 assistentes operacionais, num total de 165 funcionários.

Bastonário diz
O bastonário da Ordem dos Psicólogos disse ontem que o valor de três horas de juros da dívida portuguesa pagaria mais de 190...

Telmo Batista falava na sessão de abertura do segundo Congresso Nacional da Ordem dos Psicólogos Portugueses e IX Congresso Ibero-Americano de Psicologia, que decorreu em Lisboa.

Com estas contas, Telmo Batista quis demonstrar que a intervenção psicológica é “um investimento a longo prazo”.

“Remediar custa mais e causa mais danos”, sublinhou.

O bastonário disse que os psicólogos têm assistido ao “grande sofrimento” que os portugueses têm passado “em silêncio”, nomeadamente no tempo de crise que se vive.

Estes profissionais presenciam isso mesmo “nas escolas, nos centros de saúde, nos consultórios”, acrescentou.

A este propósito, afirmou que os psicólogos “compreendem as dificuldades em fazer crescer os serviços” neste contexto de crise.

“Os psicólogos não podem, contudo, aceitar que os seus pedidos sejam aceites depois de todos os outros, principalmente quando sabem que podem ajudar”, disse.

Além de lembrar a importância de aumentar a presença dos psicólogos nos serviços de saúde, Telmo Batista lamentou ainda que os seguros não cobrem os cuidados psicológicos.

Presente na sessão, o ministro da Saúde classificou os psicólogos como “uma ferramenta indispensável” em muitos serviços de saúde, como nas áreas das dependências, doentes crónicos, apoio aos jovens, entre outros.

Paulo Macedo reconheceu as dificuldades no mercado de trabalho com que os psicólogos se deparam, mas garantiu que o Ministério da Saúde tem vindo a recorrer a estes profissionais de forma crescente.

Este congresso, que decorre no Centro Cultural de Belém, conta com 2.150 participantes, de 28 países.

Ébola
O jovem guineense que introduziu no Senegal o único caso confirmado de vírus do ébola está curado, anunciou ontem um...

“Realizámos exames duas vezes. Ele (o doente) já não tem o vírus. Está curado”, declarou Pape Amadou Diack, director de saúde no ministério.

O jovem, estudante na Guiné-Conacri, um dos três países onde o vírus está mais activo, a par da Serra Leoa e Libéria, foi tratado no hospital Fann, em Dacar.

Após vários falsos alarmes, o Senegal tornou-se no fim de agosto o quinto país a ser atingido pela epidemia da febre hemorrágica que se está a espalhar na África Ocidental, com a descoberta do caso deste estudante guineense, que entrou no país mesmo antes do encerramento das fronteiras com a Guiné-Conacri, a 21 de agosto.

O jovem escapou à vigilância das autoridades sanitárias guineenses, que alertaram o Senegal.

O doente entrou em contacto com 67 pessoas, que têm sido alvo de monitorizações bi-diárias em Dacar, de acordo com o ministério.

Dois casos suspeitos tiveram resultados negativos, revelou ainda o ministério à agência de notícias France Presse.

O Senegal anunciou na segunda-feira a abertura de um “corredor humanitário” para permitir o acesso das organizações internacionais aos países atingidos pelo ébola, interrompido no seu território depois do encerramento das fronteiras.

O surto apareceu na Guiné-Conacri no início do ano, antes de entrar na Serra Leoa, na Libéria e na Nigéria.

A epidemia, a mais grave desde a identificação desta doença em 1976, já fez 2.296 mortos – dos quais mais de metade (1.224) só na Libéria – num total de 4.293 casos, de acordo com o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde.

Medting℠
Plataforma da Best Doctors ganha prémio “Gold Award” reconhecido pelo International Business Awards da revista Inc..

A Best Doctors viu a Medting℠, a sua plataforma de colaboração médica, ganhar o prémio “Gold Award” muito cobiçado nos International Business Awards de 2014 na categoria de "Melhor Produto/Serviço." Os vencedores foram seleccionados entre mais de 3.500 candidaturas recebidas de mais 60 países. Mais de 250 executivos em todo o mundo participaram no processo de avaliação.

A Medting℠ é uma solução de última geração baseada na Cloud que permite aos médicos colaborarem com mais facilidade e segurança, ao mesmo tempo que permite o acesso e partilha de imagens e vídeo de diagnósticos. A aplicação Medting℠, da Best Doctors, é num espaço ideal para fóruns online que permite reuniões acerca de doenças específicas, não interferindo com as preenchidas agendas médicas. A tecnologia está a mudar rapidamente o paradigma de saúde por derrubar barreiras geográficas oferendo à população, mesmo nos lugares mais remotos, o acesso aos melhores especialistas da medicina.

A revista Inc. anunciou ainda que a Best Doctors foi nomeada para a lista do seu reconhecido prémio na categoria de "Empresas Privadas que Mais Crescem na América", pela quarta vez consecutiva, juntamente com uma elite de marcas líderes. A Best Doctors® é uma empresa global de saúde que reúne os melhores profissionais de medicina que ajudam as pessoas a obterem o diagnóstico e tratamento adequados.

A Best Doctors cresceu para mais de 30 milhões de utilizadores em todo o mundo e viu a sua receita ascender aos 91% desde 2010 até 2013. Graças à aposta na inovação para oferecer diagnósticos e tratamentos correctos, a empresa conseguiu corrigir ou melhorar diagnósticos em 37% das dezenas de milhares de casos nos Estados Unidos em 2013, sendo que em 75% dos casos corrigiu ou melhorou o tratamento.

"A Best Doctors acredita que o diagnóstico e o plano de tratamento adequados devem ser a base de todas as decisões para os cuidados de saúde. É por isso que usamos tecnologias inovadoras que consigam reunir as mentes brilhantes do mundo na área da medicina que dedicam o seu tempo, atenção e conhecimento para conseguirem dar às pessoas as respostas corretas sobre os seus problemas de saúde", afirmou David Seligman, presidente e CEO da Best Doctors. "O trabalho da Best Doctors resulta na prevenção do sofrimento desnecessário, ajudando a evitar o desperdício de centenas de dólares nos cuidados de saúde, e tudo o que está inerente no processo de salvar vidas. Temos a honra de sermos reconhecidos e estamos ansiosos por transmitir esta abordagem centrada no paciente a muitas mais pessoas."

"Estes prémios demonstram os esforços incansáveis da melhor equipa de Médicos de todo o mundo que são apaixonados pela importância da inovação para ajudar a resolver alguns dos problemas de saúde mais complexos", acrescentou Seligman. "A Best Doctors continua a ser uma das empresas privadas que mais cresce na América, por isso mesmo.”

“A par da preocupação e cuidado para com o doente, o investimento na inovação tecnológica é uma prioridade da Best Doctors em Portugal”, diz Alberto Palha, Country Manager da Best Doctors Portugal.

Desde a sua fundação em 1989, a Best Doctors tem vindo a mudar o paradigma de como seus os membros experienciam os cuidados de saúde. A empresa líder na indústria reúne as mentes mais brilhantes pois é fundamental ter a capacidade de conseguir analisar cuidadosamente toda a história médica de cada paciente, e fazer as perguntas certas para chegar ao diagnóstico e tratamento mais adequados. Estes passos permitem à Best Doctors superar muitas das deficiências dos sistemas de cuidados de saúde sobrecarregados em todo o mundo.

"Sabemos que o sistema de saúde de hoje é fragmentado e muito demorado. Isso deixa muitas pessoas confusas sobre as decisões de direito médico como os próprios médicos percorrem um labirinto gigante ", acrescentou Seligman. "Na Best Doctors, a ênfase está na inovação e na prestação de um serviço que proporcione uma mudança de vida única para os milhões de membros em todo o mundo. Além disso, a nossa missão permanece constante: Ajudar os membros a tornar os “pressupostos” de cuidados de saúde, em informação correcta e mais acertada, e sabemos que o foco está no coração destes prémios e é por isto que estamos profundamente honrados."

DADOR
A aplicação DADOR faz parte da shortlist da área da Saúde, agora divulgada pelo World Summit Award (WSA), da Organização das...

Os vencedores vão ser anunciados no início de Fevereiro de 2015, no decurso do WSA-mobile Global Congress 2014 que terá lugar no Dubai, e serão escolhidos por um júri de peritos internacional.

A aplicação DADOR apela à doação de sangue, fornece informação sobre as reservas de sangue do Instituto Português do Sangue e Transplantação, grupos sanguíneos onde são necessárias mais doações e locais mais próximos para doar. Em casos de necessidade extrema, envia alertas para todos os utilizadores registados, compatíveis com o grupo sanguíneo em falta.

A DADOR permite conhecer em tempo real as necessidades e a gestão das reservas dos vários grupos sanguíneos as quais, em Portugal, se encontram dentro dos parâmetros europeus e acima de vários países da União Europeia.

Esta aplicação teve o patrocínio da Fundação Vodafone e foi criada e desenvolvida por Artur Paraiso, autor de diversas aplicações em sistemas de comunicação, coordenador da rede e sistemas da Universidade Nova de Lisboa e responsável para a Gestão de Sistemas do Instituto Português do Sangue e da Transplantação. Licenciado em Engenharia Electrotécnica e Telecomunicações pelo Instituto Superior Técnico, com pós graduações em comutação digital em Silicon Valley, S. Francisco, Califórnia, e em Management, na Suiça.

Num total de 459 aplicações avaliadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), Portugal concorreu com oito, tendo sido seleccionadas sete das concorrentes nacionais: Dador, Mobizy, iMed, Kiwaka, Rota do Românico, Expresso diário e ColorAdd.

Labesfal Genéricos
Dia 17 de setembro, arranca o projecto piloto “AGIR PARA NUTRIR”, uma acção que tem como objectivo identificar precocemente a...

A malnutrição por carência ou desnutrição assume nos dias de hoje dimensões preocupantes, com a prevalência a aumentar na população portuguesa, não só no contexto clínico como também no domínio da saúde pública.

“Ironicamente, na nossa sociedade caracterizada pelos excessos a nível do consumo alimentar, é frequente encontrarmos doentes desnutridos no hospital”, revela Diana Mendes, dietista no Hospital de Santa Marta.

Em Portugal, num estudo efectuado em 2010, em 6 hospitais públicos na região do grande Porto, numa amostra de 1.144 doentes, verificou-se que 1 em cada 3 apresentava desnutrição no momento de admissão hospitalar.

“Embora a desnutrição seja um grave problema de saúde e a sua prevalência na população portuguesa seja significativa e crescente, poucos são os casos identificados e diagnosticados no contexto comunitário. É frequente a desnutrição apenas ser identificada, diagnosticada e avaliada quando a pessoa recorre a cuidados hospitalares, geralmente num estado já muito avançado de carência”, esclarece Diana Mendes.

A perda de peso, a diminuição de apetite, o cansaço frequente, as doenças crónicas e, nas crianças, o atraso no crescimento são alguns dos sinais que poderão estar associados à desnutrição e aos quais a população deverá estar atenta.

Tendo em conta o desconhecimento quase generalizado da população sobre esta problemática e para contrariar a tardia identificação de casos de desnutrição, a Labesfal Genéricos lança o projeto piloto “AGIR PARA NUTRIR”, uma acção que vai permitir identificar precocemente a população em risco nutricional. Esta acção irá decorrer gratuitamente nas farmácias aderentes ao projecto e destina-se a idosos e adultos.

“É fundamental dotar os profissionais de saúde de conhecimentos sobre a identificação do risco nutricional, especialmente a nível comunitário. Neste plano, a Labesfal Genéricos considera que a farmácia é um local estratégico para identificar, encaminhar o utente ou realizar um primeiro aconselhamento nutricional. O ‘AGIR PARA NUTRIR’ vai identificar e tratar as pessoas atempadamente, procurando evitar entradas no hospital em estados de desnutrição, muitas vezes severos”, refere Ismael Gomes, director-geral da Labesfal Genéricos.

Inflamação da ptóstata
É o nome dado à inflamação da próstata, havendo três tipos de prostatite: prostatite aguda infeccios
Identificação da próstata no corpo do homem

O nome prostatite infecciosa pode induzir em erro, pois não se trata de uma doença contagiosa, não podendo ser considerada como sexualmente transmissível (uma DST). O modo como a próstata pode ser infectada não é muito claro. No entanto sabe-se que os agentes microbianos que causam a prostatite proveem geralmente da uretra, por refluxo de urina infectada para o interior dos ductos prostáticos.

A prostatite aguda é causada por bactérias, necessitando de urgente tratamento antibiótico. A prostatite crónica é geralmente causada por bactérias, mas também por fungos e parasitas. A prostatite não infecciosa é mais frequente do que a infecciosa, não sendo causada por bactérias nem por outros agentes microbianos. Na verdade a sua causa é desconhecida.

Os riscos de contrair esta inflamação aumentam com certas condições e procedimentos médicos, nomeadamente em casos de: recente instrumentação uretral no decorrer de uma intervenção cirúrgica ou em casos de retenção aguda da urina, existência de Hiperplasia Benigna da Próstrata (HBP) provocando dificuldade miccional, infecção urinária recente e qualquer malformação congénita do aparelho urinário.

Sintomas da prostatite

Os sintomas dependem do tipo de prostatite. Variam entre a quase inexistência de sintomas e sintomas súbitos e severos que obrigam a consulta médica, sendo mais intensos no caso da prostatite aguda e habitualmente pouco intensos na prostatite crónica e na não infecciosa. Quando presentes, podem incluir febre, arrepios, aumento da frequência urinária, micção dificultada com sensação de dor ou ardor, dor perineal, dores articulares e musculares, sangue na urina e ejaculação dolorosa. 

De notar que os sintomas da prostatite podem assemelhar-se aos sintomas de outras doenças, devido à proximidade anatómica entre a uretra, a bexiga e a próstata. Situações que afectem qualquer um destes órgãos podem dar origem à sobreposição de sintomas.

Diagnóstico da prostatite

Os exames mais comuns para diagnóstico da prostatite passam pelo toque rectal e pela colheita de urina pelo método dos 3 frascos para pesquisar a presença de glóbulos brancos e bactérias e que ajudará o médico a determinar se se trata de uma inflamação ou uma infecção e se é originada na uretra, bexiga ou próstata.

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Hiperplasia Benigna da Próstata: uma doença benigna mas preocupante

Doenças da próstata

Cancro da Próstata

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Tumor silencioso
O cancro da próstata, tumor maligno que se desenvolve no interior da glândula prostática, é dos canc

Em Portugal o cancro da próstata ocupa o terceiro lugar da incidência de doenças oncológicas e o segundo em taxa de mortalidade, sendo responsável por cerca de 1800 mortes por ano.

Assim como noutros cancros, a causa do cancro da próstata é desconhecida, sendo mais frequente em homens afro-americanos e em homens com um histórico familiar da doença.

Na maioria dos homens o cancro cresce de forma lenta e silenciosa, podendo mesmo muitos desconhecerem que têm a doença, daí que 50 a 70% dos doentes podem apresentar doença localizada avançada e/ou metastática no momento do diagnóstico. Se for detectada cedo pode ser eficazmente tratada e curada. Para tal é importante determinar o grau e o estádio do cancro. O grau indica a velocidade de crescimento do cancro – quanto maior o grau maior a probabilidade do cancro crescer e espalhar-se rapidamente, sendo o estádio do cancro determinado pelo tamanho e extensão do tumor.

Sintomas
Em fase inicial o cancro da próstata não tem qualquer sintoma. Numa fase posterior pode causar obstrução miccional. Os sintomas obstrutivos e irritativos são marcados por uma micção prolongada; a diminuição da força e calibre do jacto urinário; a dificuldade em interromper a micção; a sensação de micção incompleta; a retenção urinária aguda ou crónica; a incontinência urinária; o aumento de frequências miccionais diurnas e noturnas e a urgência miccional. 

Podem aparecer ainda outros tipos de sintomas como a dor à micção ou os resultados de uma insuficiência renal com anemia e quebra do estado geral.

Diagnóstico
Além dos exames prostáticos normais o diagnóstico do cancro da próstata é geralmente feito com base no PSA e na biopsia prostática.

PSA (antigénio específico da próstata) - é considerado um marcador tumoral cujo doseamento é utilizado no diagnóstico e determinação do estádio do cancro da próstata, bem como para monitorizar a evolução e a resposta à terapêutica instituída.

Biópsia - trata-se de um elemento fundamental para o diagnóstico do cancro da próstata, sobretudo nos casos em que a doença está localizada ou pouco avançada. Permite determinar elementos sobre o tipo de diferenciação celular, a arquitetura e o volume tumoral ou a permeação linfática, vascular e nervosa.

De modo a conseguir-se a cura do cancro da próstata é indispensável o seu diagnóstico precoce. Isto só é possível com a vigilância anual a partir dos 50 anos de idade. Caso haja história familiar de cancro da próstata a vigilância deverá iniciar-se aos 45 anos de idade.

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Dicionário de A a Z
A próstata é uma glândula do aparelho genital masculino localizada à frente do reto e logo abaixo da

Tem o tamanho de uma noz e é envolvida por um revestimento externo, a chamada cápsula prostática.

Produz parte do líquido que forma o esperma. O líquido produzido na próstata, designado por fluido prostático, junta-se ao líquido proveniente dos testículos (que contém os espermatozóides), das vesículas seminais (que produzem a maior parte do esperma) e ainda de outras glândulas mais pequenas, situadas em torno da uretra, contribuindo assim para a formação do esperma ou sémen. O fluido prostático é rico em nutrientes e enzimas, importantes para as características normais do esperma.

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Estudo
Trinta e cinco anos após a criação do Serviço Nacional de Saúde, e apesar dos “progressos assinaláveis em todos os indicadores...

O estudo “Evolução dos indicadores de saúde ao longo dos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, realizado pela geografa Paula Santana, da Universidade de Coimbra, vai ser apresentado quinta-feira no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, numa cerimónia para assinalar a efeméride.
De acordo com esta investigação sobre a saúde dos portugueses, “a transição epidemiológica não aconteceu da mesma forma em todo o país”, registando-se “alguns contrastes inter-regionais e intra-regionais, bem como as oposições norte-interior/norte-litoral, sul-interior/sul-litoral”.
“A análise regional e distrital da evolução, entre 1974 e 2012, das taxas de mortalidade infantil, neonatal, perinatal e específica de um a quatro anos demonstra ganhos em todo o território, embora a ritmos ainda diferentes, em função da evolução da demografia, das acessibilidades e das condições económicas e sociais dos distritos”, lê-se no estudo.
Em declarações à agência Lusa, Paula Santana disse que estas assimetrias persistem 35 anos depois da criação do SNS e, “em alguns casos, agravaram-se”.
“Apesar dos progressos assinaláveis em todos os indicadores de saúde dos portugueses, existirão sempre assimetrias em alguns indicadores, independentemente das medidas que possam ser tomadas”, refere.
Para Paula Santana, “tais assimetrias podem resultar, por exemplo, da composição etária das populações - populações mais envelhecidas apresentam piores de resultados em saúde do que populações mais jovens - ou de problemas de escala e acesso, já que pequenas povoações tendem a ser menos dotadas com equipamentos de saúde ou apoio social do que grandes aglomerações populacionais”.
“O que importa é que a variação dos indicadores seja cada vez mais explicada por este tipo de causas e menos por efectivos problemas de acesso a cuidados de saúde e existência de condições habitacionais degradadas”, prosseguiu.
A autora ressalva que “muito foi feito pelo poder local após o 25 de abril de 1974 e muitas das melhorias estão associadas à melhoria das condições de saneamento e fornecimento de água potável e electricidade, por exemplo, e, ainda, aos cuidados de saúde de proximidade (cuidados de saúde primários”).
Questionada sobre o impacto no SNS dos constrangimentos associados ao ajustamento financeiro que Portugal sofre, Paula Santana considera que “ainda não se pode identificar, com exatidão, o impacte da crise financeira e dos ajustamentos que Portugal sofreu na saúde das populações”.
“O que se sabe é que esse impacto tem sentido diverso, com alguns indicadores podendo melhorar por causa da crise e outros podendo piorar”, indicou, exemplificando: “A redução de circulação rodoviária ou a redução do consumo de calorias (dentro de certos limites, claro) podem ter efeitos benéficos sobre a mortalidade rodoviária ou sobre as doenças cardiovasculares”.
“Já o desemprego está claramente associado a piores estados de saúde e é crível que o seu aumento determine a deterioração do estado de saúde dos cidadãos”, adiantou.
A propósito do aumento de emigrantes portugueses, a autora prevê que “o estado geral de saúde dos portugueses residentes piore, uma vez que aumenta a proporção de idosos na população total”, isto tendo em conta que “os efectivos populacionais que têm emigrado mais são os jovens”.

Maior reunião de sempre em Portugal
Os serviços dos psicólogos precisam de ser cada vez mais usados em diferentes áreas, algo que está por acontecer, diz o...

Com a sessão de abertura marcada para hoje, ao 2.º Congresso Nacional da Ordem dos Psicólogos Portugueses junta-se o IX Congresso Ibero-Americano de Psicologia, o que faz com que até ao fim de semana estejam mais de 2.000 profissionais (de 11 países) no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com cerca de 1.650 intervenções previstas.
O objectivo é afirmar os psicólogos no espaço ibero-americano e reflectir sobre a psicologia, embora o bastonário já faça um diagnóstico: há psicólogos mas falta formas de eles chegarem mais a quem precisa.
“Nós temos de facto um conjunto muito apreciável de gente formada em psicologia, na Ordem temos inscritas cerca de 20 mil pessoas”, mas “a correspondência entre a produção dos psicólogos “ e a sua utilização nos serviços “tem de ser aumentada”, diz o bastonário, Telmo Mourinho Baptista, em declarações à Lusa.
E acrescenta: há uma necessidade, quanto a nós premente, de que se utilize mais os serviços dos psicólogos nas várias áreas. Isso ainda não esta totalmente feito e teremos de fazer todo um trabalho para que isso cresça nas várias áreas, da saúde, da educação, das organizações, do desporto, da justiça… há espaço para que haja uma maior utilização dos psicólogos.
Telmo Mourinho Baptista cita as estatísticas para dizer que uma em cada cinco pessoas pode vir a ter uma perturbação, de depressão a ansiedade, de perturbações decorrentes do stress, de consumo ou familiares. Todas com um “impacto muito grande na vida das pessoas” e para as quais “há respostas psicológicas muito claras”.
O bastonário não tem dúvidas de que há o reconhecimento da classe mas também não tem dúvidas de que é preciso encontrar formas de os psicólogos chegarem “mais às pessoas”. “Porque há muita gente a trabalhar no privado mas isso limita o acesso, e para garantir o acesso temos de ter soluções públicas de acesso mais próximo das pessoas”, diz.
Segundo o responsável há desemprego na classe (quatro mil licenciados registados nos Centros de Emprego) mas a psicologia tem mais do que as áreas tradicionais, como a psicologia comunitária, do desporto ou da justiça, que são “de excelência” para o futuro da profissão, que começa hoje a ser discutido por quase 2.200 psicólogos.

Estudo
O uso prolongado de uma droga prescrita por norma para a ansiedade e a insónia está associado a um aumento de risco de...

Se o uso crónico de benzodiazepinas causa de facto a doença cerebral é desconhecido, mas a associação é tão flagrante que a questão deveria ser examinada, defendem os autores.
A demência afecta cerca de 36 milhões de pessoas no mundo, uma quantidade que se prevê que duplique de 20 em 20 anos à medida que a esperança de vida aumenta e os nascidos na bolha demográfica do ‘baby boom’ envelhecem.
Investigadores na França e no Canadá, usando uma base de dados no Quebeque, identificaram 1.796 pessoas com a doença de Alzheimer, cuja saúde foi monitorizada durante pelo menos até seis anos antes de a doença ter sido diagnosticada.
Cada indivíduo foi comparado, por três vezes, com outros, agrupados por idade e género, para procurar alguma anormalidade.
A investigação apurou que os pacientes com um registo de uso intensivo de benzodiazepinas, durante pelo menos três meses, têm uma probabilidade de 51% de serem diagnosticados com Alzheimer. O risco aumenta com o uso daquela droga.
Os investigadores admitiram que o quadro é confuso.
As benzodiazepinas são usadas para tratar a falta de sono e a ansiedade – sintoma que também são comuns entre as pessoas no período anterior ao diagnóstico de Alzheimer.
Por outras palavras, mais do que causar Alzheimer, a droga esteve a ser usada para aliviar os seus sintomas iniciais, o que poderia explicar a associação estatística, relativizaram.
“As nossas descobertas são da maior importância para a saúde pública” e suscitam mais investigação, adiantou a equipa de investigação.
O estudo, publicado pelo British Medical Journal (BMJ), foi liderado por Sophie Billioti de Gage, da Universidade de Bordéus, no sudoeste de França.
Em comentário, Eric Karran, investigador da doença, considerou que o estudo reuniu informação com apenas cinco anos, quando os sintomas de Alzheimer frequentemente aparecem numa década ou mais antes do diagnóstico.
“Precisamos de investigação mais prolongada no tempo para perceber esta proposta associação e quais as razões subjacentes que possam existir”, adiantou.

Ébola
A epidemia do vírus Ébola ameaça a existência da Libéria, afirmou ontem o ministro da Defesa liberiano, ao discursar perante o...

“A existência da Libéria está ameaçada”, disse o governante Brownie Samukai deste país da África Ocidental, o mais afectado pela doença.
A doença “propaga-se como um fogo florestal, devorando tudo na sua passagem”.
O país “não tem suficientes infraestruturas, capacidades logísticas, experiência profissional e recursos financeiros para enfrentar a epidemia de maneira eficaz”, salientou.
A epidemia, a mais grave desde a identificação desta febre hemorrágica em 1976, já causou 2.296 mortos entre os 4.293 casos identificados, 1.224 morreram na Libéria, quantificou a Organização Mundial de Saúde num balanço que fez, relativo a 06 de setembro. Cerca de metade destes casos mortais foram assinalados nas últimas três semanas.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pretende convocar a reunião internacional sobre o Ébola no final de setembro, em Nova Iorque, por ocasião da Assembleia-Geral da organização, para suscitar contribuições para lutar contra a epidemia por parte dos governos, das organização não-governamentais e do sector privado, indicou o seu porta-voz Stéphane Dujarric.
Na segunda-feira, Ban Ki-moon falou ao telefone com o Presidente dos EUA, Barack Obama, que poderia participar na reunião, sublinhando “a necessidade de aumentar a urgência dos esforços internacionais”.
A embaixadora norte-americana na ONU, Samantha Power, que preside ao Conselho de Segurança em setembro, estimou que “ninguém pode hoje dizer que a resposta internacional ao Ébola é suficiente”.
Samantha Power apelou a uma cooperação entre a ONU, os bancos Mundial e Africano de Desenvolvimento e os governos para “examinar como intensificar esforços” para controlar a epidemia.
Defendeu ainda a “discussão do papel que o Conselho de Segurança pode ter” neste domínio, que é para os EUA “uma prioridade em termos de segurança nacional”.

Nos Açores
O responsável pela Ordem dos Médicos nos Açores assegurou ontem que todas as denúncias e processos que recebeu da Inspecção...

Jorge Santos sublinhou, em declarações à agência Lusa, que a Ordem actua do ponto de vista "ético", podendo sancionar médicos apenas desse ponto de vista, mas as ilegalidades e a "função policial" cabem a outras instâncias do "Estado democrático", como o Ministério Público, a quem cabe actuar a esse nível.
O responsável pela secção dos Açores da Ordem dos Médicos falava a propósito de declarações proferidas ontem por um deputado do PS no parlamento regional.
Num debate sobre baixas médicas, o deputado José San-Bento afirmou que "toda a gente sabe que há abusos" e referiu o caso de dois consultórios privados que têm "uma tabela de preços" para passar atestados sem sequer verem os doentes.
"E são fiscalizados, são levantados os processos e a Ordem dos Médicos nada faz", assegurou o deputado socialista.
Jorge Santos admitiu a possibilidade de "alguns atrasos" na reposta do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos aos processos que lhe são encaminhados de estruturas da Ordem de todo o país, mas rejeitou as críticas do deputado socialista.
O responsável pela Ordem nos Açores garantiu que além de encaminhar todas as denúncias e processos para o Conselho Disciplinar, tem também denunciado "casos suspeitos" à própria Inspecção Regional de Saúde.

OMS
O vírus do Ébola matou perto de 2.300 pessoas na África Ocidental desde o início da epidemia, anunciou ontem a Organização...

A febre hemorrágica Ébola fez 2.296 mortos em 4.293 casos (confirmados, prováveis e suspeitos), segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), referente a dados verificados até 06 de setembro.
O balanço anterior, publicado na sexta-feira, dava conta de 2.105 mortos em 3.967 casos assinalados na África Ocidental.
De acordo com os dados ontem divulgados, a OMS registou 1.224 vítimas mortais na Libéria, 555 na Guiné-Conacri e 509 na Serra Leoa.
A agência das Nações Unidas referiu ainda oito mortos na Nigéria em 21 casos (confirmados, prováveis e suspeitos). A OMS relatou igualmente três casos no Senegal, entre os quais está um doente confirmado.
Nos três países mais afectados pela epidemia, 47% dos casos mortais e 49% dos novos casos foram assinalados nos últimos 21 dias.
“A progressão dos casos continua a aumentar nos países onde a contaminação acontece em larga escala e de forma intensa: Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa”, indicou a organização.
Na segunda-feira, a OMS alertou que a Libéria deverá ver-se a braços com “muitos milhares de novos casos” nas “próximas três semanas”.
Com esta previsão, a OMS pretendeu alertar os parceiros internacionais que estão a tentar ajudar a Libéria para a necessidade de se prepararem para “aumentar os esforços actuais em três ou quatro vezes”.
O Ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, sendo o actual surto o mais grave desde então.
A OMS decretou, a 08 de agosto, o estado de emergência de saúde pública mundial.

Península de Setúbal
Os presidentes dos centros hospitalares de Setúbal, Barreiro/Montijo e Hospital Garcia de Orta pretendem diminuir a dependência...

"Acho que as três instituições da Península têm potencialidades e estruturas que respondem com qualidade às necessidades, sem prejuízo de haver uma ou outra situação de carência. Estas três estruturas têm capacidade para dar assistência com qualidade às pessoas da Península, cerca de 800 mil, em parceira com os Agrupamentos de Centro de Saúde (ACES)", disse à Lusa Alfredo Lacerda Cabral, presidente do Centro Hospitalar de Setúbal.
Os conselhos de administração dos Centros Hospitalares de Setúbal, Barreiro/Montijo e Hospital Garcia de Orta, realizaram hoje uma viagem em barco tradicional do Sado, em Setúbal, para assinalar os 35 anos do Serviço Nacional de Saúde.
Joaquim Ferro, presidente do Hospital Garcia de Orta, em Almada, defendeu que o hospital tem respondido "de uma forma exemplar" às necessidades da população, referindo que existe o objectivo de diminuir a dependência dos hospitais de Lisboa.
"Do ponto de vista da capacidade que temos instalada, poderia se diminuir a dependência dos hospitais de Lisboa em algumas especialidades. Temos feito um caminho, estamos melhores mas ainda existem doentes que vão para Lisboa. Entre os três hospitais temos que ter um reforço, numa ou outra área, de modo a conseguir mais autonomia de intervenção", afirmou.
Já Silveira Ribeiro, presidente do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, referiu que o número de profissionais existentes nos hospitais é suficiente, explicando que o problema está relacionado com algumas especialidades.
"Acho que até teremos profissionais a mais em número, agora a distribuição tem problemas em algumas especialidades médicas e também nos enfermeiros. A situação da anestesia é crítica. O nível de atendimento dos hospitais é razoável e temos que tentar resolver o máximo de situações de pessoas da Península", frisou.
Os responsáveis foram unânimes em considerar que a capacidade operatória não é aproveitada, devido à falta de anestesistas.
Em relação aos tempos de espera, em especial nos serviços de urgência, os responsáveis defendem que estão dentro do aceitável, apesar de destacarem alguns problemas que afectam os serviços.
"Temos os serviços estruturados para dar prioridade, nas urgências, a quem tem necessidade de uma resposta imediata. De um modo geral, os tempos de atendimento são aceitáveis", explicou Alfredo Lacerda Cabral.
Já Joaquim Ferro, do Garcia de Orta, rejeitou a ideia que o hospital esteja perto da rotura, referindo que o atendimento está "muito perto do recomendado" pela triagem de Manchester.
"Temos um atendimento nas urgências muito perto do recomendado pela triagem de Manchester. Temos dois meses de experiência com os cuidados de saúde primários para que os cuidados menos urgentes aí possam ter resposta e isso diminuiu a pressão na urgência", disse.
O responsável lembrou ainda que os hospitais têm várias camas ocupadas por pessoas com alta clínica, devido ao facto de não existirem camas suficientes na área dos cuidados continuados, o que depois provoca problemas nas urgências.
"Hoje temos um grau de sustentabilidade nas instituições que não existia e penso que não existem motivos de preocupação. As instituições da Península vivem um bom momento", concluiu.

Presidente da ARS de Lisboa diz
O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, afirmou ontem que a carência de...

"Temos uma carência clara e óbvia em recursos humanos, em especial de médicos. Temos carência de médicos de família, o que é grave e preocupante, não tendo uma solução fácil. Não é um problema de dinheiro ou vontade", disse em declarações à agência Lusa. Luís Cunha Ribeiro participou ontem numa viagem num barco tradicional do Sado, em Setúbal, organizada pelos conselhos de administração dos Centros Hospitalares de Setúbal, Barreiro/Montijo e Hospital Garcia de Orta, para assinalar os 35 anos do Serviço Nacional de Saúde. "A nível hospitalar existem especialidades deficitárias, como a anestesia e a anatomia patológica. A anestesia é responsável por grande parte das listas de espera. Não adianta ter cirurgiões, enfermeiros ou blocos se não tivermos anestesistas. Formar não se faz em dois meses ou dois anos, mas temos que encontrar soluções, porque as pessoas não podem ficar anos à espera", defendeu. Quanto aos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, Luís Cunha Ribeiro defendeu que é o maior êxito da democracia em Portugal. "O SNS já passou a infância, adolescência e é um adulto jovem, entrando na sua maturidade. O serviço é o maior êxito da democracia portuguesa. É um serviço que tem 10 milhões de potenciais clientes e os indicadores demonstram que é uma organização de sucesso", defendeu, apesar de referir que a crise tem reflexo no serviço.

Câmara de Lisboa
A Câmara de Lisboa quer pôr em marcha um plano de combate ao desperdício alimentar na cidade, pretendendo criar uma rede entre...

“A câmara de Lisboa deu aqui o primeiro passo enquanto primeiro município do país que terá uma estratégia de combate ao desperdício alimentar”, afirmou o comissário municipal do combate ao desperdício alimentar, João Gonçalves Pereira.
O também vereador centrista falava aos jornalistas à margem de um almoço de apresentação dos contributos daquele comissariado ao Governo, no plano nacional contra o desperdício alimentar.
Em maio, foi aprovado por unanimidade na reunião de câmara a criação deste comissariado, encarregue de criar um plano para a cidade.
Segundo João Gonçalves Pereira, “este comissariado não se pretende substituir a nenhuma outra instituição: nem aos restaurantes nem às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que recolhem. Cada um terá o seu papel”.
De acordo com o autarca, “o papel da Câmara Municipal será, no fundo, criar uma rede e congregar esforços” para que em toda a cidade haja recolha das refeições a mais, que depois serão “canalizadas para os que mais precisam”, defendeu.
João Gonçalves Pereira espera que o plano seja aprovado pela câmara até dezembro, para que em janeiro esteja em condições de ser executado.
Também presente, o vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa explicou que a autarquia, através deste comissariado (do qual também faz parte), já contactou várias entidades, organizações, organismos de Estado, tendo enviado 64 cartas no total.
João Afonso referiu que o contacto com os restaurantes é feito através de estruturas organizativas do sector.
O encontro contou ainda com a presença do secretário de Estado da Alimentação, Nuno Vieira e Brito que, em declarações aos jornalistas, defendeu que “Lisboa tem já uma tradição e um trabalho de rigor” nesta área.
O governante adiantou que “este ano, o Governo estabeleceu (...) um compromisso entre diferentes entidades”, como autarquias, confederações de agricultores, indústrias e universidades, no combate ao desperdício alimentar.
O resultado desse compromisso será apresentado a 16 de outubro, abrangendo vários sectores, como a produção, a comercialização, a distribuição, o ensino e as autarquias.
Uma das medidas a adoptar assenta nos mercados de proximidade e na “fruta feia”, que apesar de não ter o aspecto desejado, está apta para consumo, e poderá ser vendida a um preço mais baixo, exemplificou Nuno Vieira e Brito.
O encontro decorreu no Restaurante Laurentina, em Lisboa, que é considerado um exemplo no que toca ao aproveitamento das sobras.
O proprietário, Marco Pereira, foi um dos criadores do projecto ‘Re-food’, tendo lembrado que já anteriormente havia pessoas que faziam fila à porta do seu estabelecimento para ter uma refeição, por volta das 23:00.
O responsável admitiu que “sobra sempre” comida sendo que se trata de um restaurante de cozinha tradicional portuguesa, “com panela e tacho”, tornando-se “difícil” calcular as quantidades.
Entre os alimentos mais doados estão os pastéis de bacalhau, a sopa, o pão, o arroz e a batata cozida.
Actualmente, o desperdício alimentar em Portugal situa-se nos 17%, valor que está abaixo da média da União Europeia, de 30%.
Um dos objectivos do comissariado municipal é, ainda, criar uma plataforma nacional de conhecimento sobre o desperdício alimentar, para ter números mais actualizados e dados sobre os estabelecimentos.

Centro Hospitalar Barreiro/Montijo
O presidente do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, Silveira Ribeiro, anunciou ontem alterações no serviço de urgência, de modo...

"Vão ser feitas alterações físicas no serviço de urgência e algumas ao nível organizacional para agilizar melhor a transferência de doentes para os internamentos, diminuindo a pressão nas urgências", afirmou Silveira Ribeiro.
O responsável explicou também que por mais soluções que sejam encontradas, vão sempre haver problemas.
A Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros disse que existem doentes que permanecem no serviço de urgência do Hospitalar do Barreiro durante "dias ou semanas", depois de ter efectuado uma visita ao local.
O maior problema é a ineficiência dos circuitos de transferência interna dos doentes. Mesmo havendo vagas nos serviços de internamento os doentes permaneçam no serviço de urgência durante vários dias, nalguns casos várias semanas", refere em comunicado.
O enfermeiro Alexandre Tomás, presidente do Conselho Directivo Regional, referiu que estavam mais de 30 pessoas num serviço com capacidade para sete doentes, defendendo que a realidade encontrada é "muito adversa" para a prestação de cuidados de saúde e pode colocar em causa a segurança dos doentes.

Lamego
A Câmara de Lamego anunciou ontem que os doentes oncológicos vão ter pela primeira vez consultas gratuitas de acompanhamento...

Segundo a autarquia, este apoio é “alargado aos familiares dos doentes e a profissionais de saúde” e prestado “por técnicos de psicologia e serviço social que, em regime de voluntariado, serão responsáveis por um minucioso acompanhamento ao longo de todas as fases da doença”.
“Funcionando como complemento dos tratamentos médicos, esta terapêutica, segundo estudos científicos, permite minorar as elevadas taxas de perturbações psicopatológicas que dificultam bastante o processo de recuperação integral dos pacientes”, explica, em comunicado.
A criação na cidade de Lamego deste novo centro de recursos para a prestação de cuidados de psico-oncologia surgiu de uma vontade conjunta da Câmara, do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro e do Projecto +SER (cuja entidade coordenadora local é o Centro Social Paroquial de Penude).
A autarquia sublinha que “Lamego junta-se assim ao grupo restrito de cidades portuguesas que acolhem este serviço”.
Além da “melhoria significativa da qualidade de vida dos doentes e dos seus familiares”, este apoio irá contribuir para “a diminuição do tempo de recuperação clínica, uma adesão terapêutica mais adequada e a redução dos índices de perturbações depressivas e ansiosas”, acrescenta.
O centro de apoio funcionará na rua Marquês de Pombal, durante os dias úteis, estando aberto a todas as pessoas, independentemente da unidade de saúde onde estão a realizar o tratamento médico.

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