Greve
Várias centenas de enfermeiros estavam pelas 13:15 concentrados junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, num protesto que...

Segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins, os níveis de adesão à greve mantêm-se hoje acima dos 80% na larga maioria dos hospitais públicos.

Os dados do Sindicato apontam ainda para uma adesão média de 83,5% na quarta-feira, primeira dia de paralisação.

“Macedo escuta / os enfermeiros estão em luta” e “Enfermagem unida / jamais será vencida” são algumas das frases mais gritadas pelos enfermeiros concentrados junto ao Ministério, num protesto ruidoso e repleto de bandeiras do SEP.

No início do protesto, que começou pelas 12:30, alguns enfermeiros deitaram-se no chão na estrada, tentando demonstrar a exaustão que estes profissionais dizem sentir.

Para o SEP, “a grave carência de enfermeiros em todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não se minimiza com a contratação de apenas mais 700 enfermeiros, em 2015, além dos mil já anunciados a 18 de setembro”.

Numa reacção a estas declarações, o Ministério da Saúde veio lamentar o que considera ser a “banalização da greve”, sublinhando ainda ter-se comprometido com a “autorização de contratação de mais de 1.700 enfermeiros no período de outubro de 2014 a outubro de 2015”.

Além da contratação de mais enfermeiros, o SEP exige uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e nocturnas.

Bastonário defende
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa, defendeu hoje uma “redefinição do papel e uma reorganização...

Em declarações à Lusa, a propósito das comemorações do Dia do Farmacêutico, que se assinala na sexta-feira, no Porto, Carlos Maurício Barbosa propôs um papel mais activo dos farmacêuticos no acompanhamento dos doentes crónicos, nomeadamente dos hipertensos, diabéticos e asmáticos, entre outros, assim como na realização sistemática de rastreios.

O bastonário admite que muito desse trabalho já é feito de forma voluntária, mas o que a Ordem pretende é que passe a ser realizado “de forma sistemática e consagrada legalmente”.

“Deve ser um sistema integrado, não podemos trabalhar numa base voluntária como tem sido atá ao momento. O Estado deve exigir das farmácias e dos farmacêuticos aquilo que eles podem e devem dar”, sublinhou.

Assim, “nesta perspectiva de recentrar o sistema de saúde na proximidade, na promoção da saúde e na prevenção da doença, sentimos que os farmacêuticos têm um contributo que podem e devem dar, porque têm formação e qualificação para isso”, frisou Carlos Maurício Barbosa.

Em seu entender, “o acompanhamento de doentes crónicos é crucial para garantir, por exemplo, que os hipertensos estejam controlados e, assim, evitar complicações, como acidentes vasculares cerebrais, tromboses, perdas económicas e pessoais”.

O mesmo deve suceder com os diabéticos. O bastonário dos farmacêuticos referiu estudos que demonstram que “40% dos diabéticos não estão devidamente equilibrados e controlados. Isso leva a complicações graves”.

“Temos em Portugal 2.900 farmácias onde trabalham mais de oito mil farmacêuticos. Estão espalhados pelo país técnicos altamente qualificados que podem e devem dar um contributo ao nível da prevenção da doença e promoção da saúde”, insistiu.

O bastonário apontou a existência de “uma percentagem elevadíssima de doentes crónicos (hipertensos, diabéticos asmáticos, com colesterol elevado e outros) que precisam de ser devidamente acompanhados enquanto fazem as suas terapêuticas”.

“Muitos destes doentes não obstante façam as suas terapêuticas são doentes que não estão compensados, que não estão equilibrados e que precisavam que alguém olhe para eles entre as consultas médicas, que os oriente e os encaminhe para o seu médico de família antes da consulta programada”, sustentou.

As comemorações do Dia do Farmacêutico, que decorrem sexta-feira, no Porto, iniciam-se com o simpósio “O Farmacêutico no Sistema de Saúde”, no Salão Nobre da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

Rui Ivo
Rui Ivo, que ocupava as funções de vice–presidente da Administração Central do Sistema da Saúde, é o novo presidente deste...

As novas funções de Rui Ivo foram iniciadas no passado dia 11 de setembro, tendo substituído no cargo João Carvalho das Neves, cujo mandato tinha terminado a 31 de julho.

O conselho directivo da Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS) é agora composto por Rui dos Santos Ivo (presidente), Carla Gonçalo (vice-presidente) e os vogais Pedro Alexandre e Luís Matos.

Entre os vários cargos que desempenhou, Rui dos Santos Ivo foi presidente da autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed) e director executivo da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).

Em funções desde 11 de Setembro
A Administração Central do Sistema da Saúde tem novo presidente, depois de o mandato de João Carvalho das Neves ter terminado...

Rui Ivo, que ocupava as funções de vice-presidente da Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS), é o novo presidente deste organismo, que gere os recursos financeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As novas funções de Rui Ivo foram iniciadas no passado dia 11 de Setembro, tendo substituído no cargo João Carvalho das Neves, cujo mandato tinha terminado a 31 de Julho.

O conselho directivo da ACSS é agora composto por Rui dos Santos Ivo (presidente), Carla Gonçalo (vice-presidente) e os vogais Pedro Alexandre e Luís Matos.

Entre os vários cargos que desempenhou, Rui dos Santos Ivo foi presidente da autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed) e director executivo da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).

 

 

Ébola:
A Serra Leoa colocou sob quarentena, com efeitos imediatos, três regiões do país onde vivem 1,2 milhões de pessoas, para evitar...

“Os distritos Por Loko (norte) Moyamba (sul) estão sob quarentena com efeitos imediatos”, anunciou o Presidente, Ernest Bai Koroma, numa declaração televisiva na quarta-feira. Esta medida, que vai durar o tempo que for necessário, atinge mais de 1,2 milhões de pessoas.

Kenema e Kailahun, dois distritos do leste do país e epicentro da epidemia na Serra Leoa, estão sob quarentena desde o início de Agosto. Actualmente estão afectados cinco dos 14 distritos do país, que totalizam mais de um terço da população afectada pela restrição de circulação do Governo. “As pessoas que vivem nas zonas sob quarentena vão sofrer numerosas dificuldades, mas a sobrevivência dos cidadãos do nosso país é a nossa prioridade”, frisou o Presidente Koroma.

A epidemia de Ébola já causou a morte a pelo menos 2.811 pessoas, 5.864 das quais na África Ocidental como a Libéria, Guiné e Serra Leoa (onde foram registados 1.813 casos e 593 mortos).

 

Em Portugal
A luz solar na zona de Santiago do Cacém está a ser alvo de um estudo “pioneiro” em Portugal, por investigadores de uma...

A investigação, iniciada este mês, está a cargo da Universidade de Wuppertal (Alemanha) e incide na Aldeia dos Chãos, naquele concelho do litoral alentejano.

Durante três meses, dois sensores num edifício da aldeia vão transmitir, em permanência, dados sobre a luz solar local para a universidade alemã, para avaliação.

No próximo ano, talvez “ainda no primeiro trimestre”, o grupo de investigadores deverá deslocar-se a Santiago do Cacém para apresentar os resultados, adiantou hoje Maria Loureiro, da equipa coordenadora do projecto.

Maria Loureiro explicou à agência Lusa que este trabalho é “pioneiro em Portugal” e visa analisar “a composição das cores e o alcance ou intensidade das ondas” solares.

“Até cerca das 12:00, a luz do sol tem cores mais frias, mais claras, ou seja, tons de verde e de azuis, enquanto, das 12:00 até ao cair da noite, começam os tons quentes, como os laranjas e os lilases”, referiu.

Ora, continuou, “está comprovado cientificamente”, que esta luz da parte da tarde “é benéfica para a saúde”, nomeadamente “para o ritmo cardíaco, tensão arterial e combate da depressão”, favorecendo “ a descontracção e o bem-estar”, entre outros factores.

“Há alguns pontos no mundo que dispõem de uma composição de luz diferente de outros, com características benéficas” e Santiago do Cacém “pode ser um desses pontos”, disse. A hipótese é sustentada pela localização deste concelho do litoral alentejano e por indícios históricos que “apontam no mesmo sentido”, assumiu Maria Loureiro. “Pela altitude e distância do mar e pela disposição sobre montes e vales, parte-se do princípio que esta luz com estas características existe aí”, precisou. A névoa também presente “muitas vezes” na zona e que “transporta a luz”, supõem os cientistas, pode contribuir para “quebrá-la’ e reflecti-la de maneira diferente”.

O complexo arqueológico local de Miróbriga foi igualmente um factor considerado: “Foi edificada pelos romanos, mas já antes era celta” e estes dois povos “edificavam povoações em lugares que tinham uma energia boa, relacionada com a luz solar”.

Na altura, “estes efeitos sobre a saúde não eram comprováveis, mas há textos da antiga Miróbriga em que já se falava de uma luz particular na área”, acrescentou.

O estudo surge no âmbito de um projecto para uma herdade, junto a Aldeia dos Chãos e propriedade de Maria Loureiro, apoiado pela câmara municipal, que, a avançar, pretende combinar ecoturismo, investigação e ciência aplicadas, ecologia, cultura e arte. Os primeiros dados transmitidos pelos equipamentos “já foram promissores” e o objectivo, concluída a investigação e divulgados os resultados, é “certificar esta luz especial”, o que pode “atrair investimento e turismo na área do bem-estar” para o concelho, frisou a coordenadora.

A Câmara de Santiago do Cacém já enalteceu os “valores ecológicos” da investigação e o “impacto positivo” que poderá ter em domínios como “a eficiência energética, alimentação e saúde”.

 

Os diferentes tipos
Muitas pessoas utilizam os laxantes para aliviar a prisão de ventre.
Laxantes

Os agentes formadores de volume (farelo, psílio, policarbófilo de cálcio e metilcelulose) aumentam o volume das fezes. O volume aumentado estimula as contracções naturais do intestino e as fezes volumosas são mais moles e mais fáceis de expulsar. Os agentes formadores de volume actuam lenta e suavemente e são considerados um dos métodos mais seguros para facilitar evacuações regulares. Estes produtos ao princípio são tomados em pequenas quantidades. A dose vai sendo aumentada de modo gradual até se atingir a regularidade. As pessoas que utilizam agentes formadores de volume também devem beber líquidos em abundância.

Os agentes emolientes (amolecedores), como o docusato, aumentam a quantidade de água nas fezes. De facto, estes laxantes são detergentes que diminuem a tensão superficial das fezes, permitindo que a água penetre nelas com maior facilidade e as amoleça. O aumento da massa fecal estimula as contracções naturais do intestino grosso e ajuda as fezes amolecidas a deslocarem-se com maior facilidade para o exterior do organismo.

O óleo mineral amolece as fezes e facilita a sua eliminação do corpo. No entanto, pode diminuir a absorção de certas vitaminas lipossolúveis. Por outro lado, se uma pessoa (por exemplo, alguém que se encontre debilitado) inalar acidentalmente (aspirar) óleo mineral, poderá sofrer uma grave irritação pulmonar. Além disso, o óleo mineral escoa-se pelo recto.

Os agentes osmóticos atraem quantidades de água ao intestino grosso, tornando as fezes moles e fluidas. O excesso de líquido também torna as paredes do intestino grosso tensas, estimulando as contracções. Estes laxantes consistem em sais (normalmente de fosfato, de magnésio ou de sulfato) ou açúcares que quase não são absorvidos (por exemplo, lactulose e sorbitol). Alguns agentes osmóticos contêm sódio e por isso podem provocar retenção de líquidos em pessoas com doenças renais ou insuficiência cardíaca, sobretudo quando são administrados em doses elevadas ou de forma muito frequente. Os agentes osmóticos que contêm magnésio e fosfato passam parcialmente para o sangue, podendo ser prejudiciais em pessoas com insuficiência renal. Estes laxantes costumam actuar no prazo de 3 horas e são melhores no tratamento da prisão de ventre do que na sua prevenção. Também são utilizados para eliminar as fezes do intestino antes dum exame radiológico do tracto digestivo (gastrointestinal) e antes duma colonoscopia (exame do intestino grosso mediante um tubo flexível de visualização).

Os laxantes estimulantes estimulam directamente as paredes do intestino grosso, provocando a sua contracção e deslocando as fezes. Contêm substâncias irritantes como o sene, a cáscara-sagrada, a fenolftaleína, o bisacodilo ou o óleo de rícino. Normalmente, provocam uma evacuação semi-sólida no prazo de 6 a 8 horas, mas, muitas vezes, também provocam cólicas. Quando são administrados em forma de supositório, costumam actuar em 15 a 60 minutos. O uso prolongado de laxantes estimulantes pode danificar o intestino grosso. As pessoas que os utilizam podem tornar-se adictos destes laxantes, desenvolvendo a síndrome do intestino preguiçoso, o qual cria dependência deles. Os laxantes estimulantes são muitas vezes utilizados para esvaziar o intestino grosso antes de exames de diagnóstico e para prevenir ou tratar a prisão de ventre provocada pelos fármacos que atrasam as contracções do intestino grosso, como os opiáceos.

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A importância de uma flora intestinal saudável

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Repercussões orais da Doença Celíaca
A Estomatite Aftosa Recorrente (EAR) é caracterizada por uma ou múltiplas úlceras dolorosas, na muco
Aftas

As EAR estão categorizadas em minor, major e herpertiforme, sendo a minor a mais comum.

A etiologia da EAR é desconhecida, no entanto o trauma local, o stress, o desequilíbrio hormonal e a hipersensibilidade alimentar são factores predisponentes para a doença. Várias condições sistémicas estão também associadas à EAR, tais como doença de Behçet, a Sida, as reacções a medicamentos, a neutropenia cíclica, as deficiências nutricionais e hematínicas (ferro, ácido fólico, vitamina B12) e as doenças gastrointestinais (Doença de Crohn, Doença Celíaca).

Num estudo, realizado por Cheng e colaboradores, foi demonstrado que 42% dos pacientes celíacos apresentaram EAR, enquanto no grupo de controlo, apenas 23% apresentaram a condição patológica. Outros estudos relataram uma associação positiva entre a Doença Celíaca (DC) e a EAR.

Campisi realizou em 2007 um estudo sobre a prevalência de EAR em pacientes celíacos, verificando que 42% dos pacientes apresentavam EAR e que no grupo controlo, constituído por indivíduos saudáveis, apenas 7% apresentavam esta condição patológica. Em 2008, foi publicado pelo mesmo autor, um estudo de larga escala (269 doentes celíacos), onde se verificou que 22,7% dos pacientes celíacos apresentaram EAR em contraste com apenas 7% no grupo controlo.

No entanto, existem estudos nos quais os autores não encontraram associação entre EAR e doença celíaca.

É importante referir o significado que pode ter a EAR no diagnóstico da doença celíaca. Alguns autores estudaram a prevalência da DC em pacientes com EAR. Aydemir diagnosticou 2 casos de doença celíaca (4,8% de 41 pacientes) em pacientes com EAR. Num estudo mais recente, realizado por Shakeri, apenas 2,83% dos casos de EAR foram diagnosticados com doença celíaca.

A possível explicação para esta correlação hipotética entre a EAR e a DC é a típica deficiência hematínica (ferro, ácido fólico e vitamina B12) característica dos pacientes celíacos. Cerca de 20% dos pacientes apresentam este tipo de deficiência. Depois de diagnosticada a DC e implementada uma dieta livre de glúten, a EAR tem tendência a diminuir de incidência.

No entanto o valor preditivo positivo destas lesões para o diagnóstico da DC é muito baixo. A EAR por si só não justifica a realização de exames auxiliares para diagnosticar a DC, no entanto, é considerado de interesse clínico se a par de EAR se verificarem sinais e sintomas de má absorção intestinal.

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Estomatite aftosa

Aftas

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O que é?
O preservativo masculino é um invólucro de látex que é desenrolado sobre o pénis para evitar que sec
Preservativo masculino

Como é que os preservativos masculinos funcionam?
O preservativo é utilizado envolvendo o pénis e armazenando o sémen após a ejaculação, evitando que os espermatozoides entrem dentro da vagina.

Os preservativos de látex previnem da maioria das Doenças Sexualmente Transmissiveis (DST). Infelizmente e tal como outros métodos, o preservativo não é 100% fiável na protecção contra as DST. O Herpes e o Papiloma Vírus Humano (PVH) são um exemplo em que o preservativo não protegerá totalmente. Para além disso, o mau manuseamento do preservativo pode originar o rompimento do mesmo antes ou durante o acto sexual.

A única situação considerada segura para a não utilização do preservativo, é quando a sua relação é de confiança e de longa duração e o/a seu/sua parceiro/a obteve resultados negativos nos exames às DST.

Benefícios
Os preservativos são 97% eficazes e protegem contra a maioria das DST quando utilizados regularmente e correctamente. O preservativo é o único método contraceptivo que pode prevenir as DST.

Desvantagens

  • Muitas pessoas queixam-se de falta de sensibilidade;
  • O preservativo pode escorregar durante o acto sexual;
  • O mau manuseamento pode fazer com que o preservativo se rompa;
  • Alguns homens e mulheres podem ser alérgicos ao látex.

Onde comprar?
Podem ser comprados em farmácias, supermercados, lojas de conveniência, em alguns espaços nocturnos ou pode obtê-los gratuitamente no seu Centro de Saúde.

Preservativos, VPH e Hepatite B
Os preservativos oferecem protecção contra a maioria das DST, mas não protegem contra duas das mais comuns: o VPH e a Hepatite B.

O VPH pode ser transmitido pelo sexo ou apenas pelo contacto genital. Alguns tipos de VPH causam apenas verrugas de pele inofensivas, outros verrugas genitais mas alguns podem provocar mesmo o cancro do colo do útero. O exame ginecológico chamado Papanicolaou pode detectar este tipo de cancro, de modo a iniciar atempadamente o tratamento.

O vírus da Hepatite B transmite-se principalmente através do sémen ou sangue e mais raramente através da saliva ou de secreções vaginais. Um exame ao sangue permite detectar o virús. Existe uma vacina eficaz que permite proteger contra a Hepatite B e é aconselhável, caso seja uma pessoa sexualmente activa.

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Em criança de 2 anos
O hospital universitário de Okayama, no oeste do Japão, realizou o transplante de parte do pulmão de uma mulher no filho de...

O doente é um menino que tinha desenvolvido uma pneumonia aguda e que era incapaz de absorver oxigénio suficiente, nem mesmo com a ajuda de um respirador, pelo que os médicos consideraram necessário realizar transplantes em ambos os pulmões, informou a imprensa nipónica.

Perante a impossibilidade de implantar um órgão adulto devido ao tamanho excessivo, os médicos optaram por dividir o lóbulo médio do pulmão esquerdo da mãe em duas partes com o volume mínimo necessário para garantir o seu funcionamento.

A operação foi realizada a 31 de Agosto e o receptor respira normalmente depois de recuperar da cirurgia.

Exames médicos realizados previamente demonstraram que só o tecido de pulmão da mãe seria compatível com o corpo do menino.

Mãe e filho residem em Saitama, a norte de Tóquio.

 

Sindicato
Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde registaram uma adesão dos enfermeiros ao primeiro dia de greve de 83,45%, disse o...

Segundo o responsável, a greve no turno da tarde rondou os 85% e a “média dos três turnos foi de 83,45%, o que continua a confirmar o descontentamento dos enfermeiros face à ausência de propostas concretas”.

Os serviços mais afectados foram os blocos de cirurgia programada e de ambulatório, as consultas externas e também os centros de saúde, disse.

No entanto, esclareceu não ser possível fazer a contabilização do número de cirurgias ou de consultas canceladas ou adiadas, pois isso “implicaria pedir a cada uma das instituições de todo o país que verificassem quantas estavam programadas e dessas quantas não foram realizadas, sem a garantia de que esses dados fossem disponibilizados, pois não estão obrigadas a tal”.

Quanto aos centros de saúde, José Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse não dispor de dados contabilizados, porque o comportamento dos enfermeiros é muito díspar: em algumas unidades os profissionais simplesmente não fizeram greve e noutras “não apareceu ninguém ao serviço”.

De qualquer forma, reconhece que a greve nos cuidados primários é menos expressiva, porque com horário de trabalho fixo, “se fizerem greve e faltarem, os enfermeiros perdem a retribuição”.

Em conferência de imprensa o SEP voltou a apelar ao Ministério da Saúde para aumentar o número de admissões de enfermeiros, considerando que serão necessários de imediato pelo menos mais 2.500 profissionais, o mesmo número de enfermeiros que abandonaram o SNS nos últimos dois anos. Nas contas dos sindicalistas, faltam mais de 25 mil enfermeiros nos serviços públicos: 6.500 nos cuidados primários e 19 mil nos hospitais.

De acordo com o sindicato, a quase totalidade dos enfermeiros faz entre 48 a 56 horas por semana, está impedida de gozar as folgas que a lei impõe e não se perspectiva quando poderão gozar os milhares de dias em dívida.

Para o SEP, “a grave carência de enfermeiros em todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não se minimiza com a contratação de apenas mais 700 enfermeiros, em 2015, além dos mil já anunciados a 18 de Setembro”.

Nas contas dos sindicalistas, seriam precisos mais 25 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde, a juntar aos cerca de 39 mil existentes nos serviços públicos.

O SEP exige ainda uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e nocturnas.

 

Segundo dia de greve com concentração junto ao Ministério

Os enfermeiros portugueses cumprem hoje o segundo dia de greve e vão concentrar-se frente ao Ministério da Saúde contra a “grave carência” de profissionais nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da carreira.

Neste segundo dia de greve nacional, o SEP promove uma concentração junto ao Ministério da Saúde, mas admite que muitos dos enfermeiros possam não comparecer para “ficarem a descansar”, dado que atingiram o “limite da exaustão”, uma vez que chegam a trabalhar entre 10 a 20 dias seguidos, sem pausas.

 

Projecto “Saúde Porta a Porta"
A Câmara de Lisboa aprovou por unanimidade um projecto desenvolvido com a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova no...

O projecto “Saúde Porta a Porta” tem como principal objectivo “colmatar as lacunas existentes no acesso aos cuidados mais básicos de saúde e bem-estar de pessoas carenciadas da cidade de Lisboa”, lê-se na proposta debatida na reunião pública.

Visitas regulares a munícipes idosos ou em situação de carência de saúde ou socioeconómica, a diminuição do isolamento social, o acompanhamento e o aconselhamento sobre o estado de saúde e a sinalização de carências sociais ou de saúde são outros dos objectivos.

No âmbito deste projecto, as juntas de freguesia da Estrela e de Campo de Ourique vão referenciar até 20 idosos cada uma para receberem as visitas, que serão realizadas por alunos voluntários.

Na reunião o executivo, de maioria socialista, aprovou também por unanimidade o centro de alojamento de transição para pessoas sem-abrigo em Santa Apolónia, mas, por falta de acordo entre a câmara e a Santa Casa da Misericórdia em alguns pormenores, a proposta para a cedência de um edifício de equipamentos no Bairro Padre Cruz (Carnide) foi adiada.

Este edifício vai albergar uma creche e residências assistidas para idosos.

A criação do Plano Municipal para a Integração dos Imigrantes da Cidade foi também aprovada por unanimidade.

O documento visa permitir que os imigrantes se sintam como “parte da cidade”, segundo o vereador dos Direitos Sociais, João Afonso, que apresentou a proposta.

O plano estará em fase de concepção até meados do próximo ano, sendo posteriormente executado, até 2017, com vista a “promover medidas que contribuam para o conhecimento, valorização da diversidade cultural, bem como para o combate de fenómenos de exclusão social, discriminação e xenofobia”, refere a proposta.

Foi igualmente aprovada por unanimidade a proposta para alteração ao regulamento do Conselho Municipal para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens, que inclui a mudança de designação para Conselho Municipal para a Igualdade.

“O Conselho Municipal para a Igualdade tem como objectivo promover uma abordagem integrada e coerente da igualdade e não-discriminação em função da ascendência, sexo, raça ou origem étnica, língua, território de origem, religião ou crença, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social, orientação sexual, deficiência, idade e identidade de género em todas as políticas do município”, pode ler-se no documento.

Este organismo vai contar com parceiros como a Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero, a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e organizações que representam as comunidades ciganas, assinalou o vereador.

Os vereadores aprovaram também por unanimidade a constituição do Comissariado Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar, que reúne 49 entidades e é liderado pelo vereador do CDS-PP na câmara, João Gonçalves Pereira.

Além deste partido e da maioria socialista, o executivo é composto por vereadores do PSD e do PCP.

 

Especialistas alertam
Dançar ou correr ajudam a tratar a doença de Parkinson, mas em Portugal são poucos os doentes que fazem fisioterapia, alertam...

“O acesso à fisioterapia é ainda muito limitado, porque o número de sessões é limitado e hoje sabemos que é um benefício os doentes de Parkinson manterem programas mais continuados no tempo e mais intensivos”, alertou o neurologista Joaquim Ferreira.

Também a fisioterapia para doentes de Parkinson requer diferenciação. Segundo o investigador da Universidade de Lisboa, “a fisioterapia que se usa para tratar doentes com problemas ortopédicos ou que tiveram Acidentes Vasculares Cerebrais não é a mesma para os doentes de Parkinson”.

Fazer fisioterapia ou simplesmente actividades regulares como dança, caminhada em passo acelerado ou corrida são benéficas no tratamento de doentes de Parkinson, concluem estudos científicos, mas “a maior parte dos doentes em Portugal não faz qualquer programa de reabilitação”, disse.

Em Portugal, 18 mil pessoas padecem da doença, o que coloca Portugal na média dos países europeus.

Joaquim Ferreira preside ao Comité de Educação da Sociedade Internacional da Doença de Parkinson, que organiza, em Torres Vedras, entre quinta-feira e sábado o seu segundo encontro internacional de verão, depois de a primeira edição ter sido realizada na Holanda.

Durante três dias, médicos e terapeutas na área da reabilitação física vão contactar com dez dos melhores especialistas em Parkinson a nível mundial, entre eles Olivier Rascol, que no sábado vai falar sobre metodologias a adoptar no tratamento

O especialista, que é responsável da secção europeia da Sociedade Internacional da Doença de Parkinson, é um dos investigadores mais conhecidos na descoberta dos novos tratamentos para a doença.

Bastiaan Bloem, líder na investigação sobre os cuidados multidisciplinares de reabilitação no tratamento da doença e professor na Universidade Njimegen, na Holanda, vai intervir sobre esse tema.

O encontro junta 40 participantes vindos de todo o mundo, que vão ter a oportunidade de treinar novas metodologias de reabilitação com doentes do Campus Neurológico Sénior, em Torres Vedras, a única clínica do país especializada no tratamento e internamento de pessoas com doenças neurológicas, entre elas o Parkinson e alzheimer, onde decorre o encontro.

 

Sociedade Portuguesa da Contracepção e a Associação Para o Planeamento da Família
É sob o tema “A tua vida é o teu futuro” que este ano em 26 de Setembro se comemora mais uma vez o Dia Mundial da Contracepção.

A contracepção é essencial para promover a saúde sexual e reprodutiva, o desenvolvimento social e uma garantia para a autonomia dos cidadãos. Hoje falar de contracepção significa sobretudo promover uma escolha livre e informada sobre os métodos de contracepção respeitando as expectativas e decisões individuais.

Compete ao Estado garantir o acesso à Educação Sexual e a Serviços de Saúde adequados que possibilitem cumprir este direito, o qual integra, de resto, os compromissos com a comunidade internacional para impulsionar o desenvolvimento dos povos e a erradicação da pobreza (OMS: objectivos para o Desenvolvimento do Milénio). Em Portugal, a acessibilidade ao Planeamento Familiar, aos contraceptivos, à contracepção de emergência e à interrupção voluntária de gravidez, por opção da mulher, estão devidamente fundamentados na legislação, e no quadro normativo que rege o Serviço Nacional de Saúde. A evolução tem sido favorável e mesmo exemplar para outros países do mundo, mas ainda está longe de garantir o acesso pleno à saúde sexual e reprodutiva em condições igualitárias para os cidadãos.

Tal como na maioria dos países da Europa, em Portugal, a natalidade tem descido progressivamente atingindo actualmente valores preocupantes. Com alguma frequência vem a público a discussão da responsabilidade da contracepção e do aborto neste fenómeno. De facto, na ausência de uma causa biológica para o declínio da fertilidade é importante compreender bem as razões para os casais optarem por não ter filhos, terem menos filhos ou decidirem ter filhos mais tarde. Os factores envolvidos nesta decisão são múltiplos, variáveis, diferentes de país para país e reflectem a mudança cultural na atitude e nos papéis dos homens e das mulheres na comunidade e também a situação económica, as condições de vida e, especificamente, a segurança com que se encara o futuro, tendo a contracepção um papel facilitador no plano reprodutivo individual.

A Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC) e a Associação Para o Planeamento da Família (APF) reafirmam o facto de que o acesso à saúde sexual e reprodutiva é um direito fundamental do indivíduo e alertam que restrições no acesso à contracepção e ao aborto não conduzem ao aumento da natalidade mas sim ao risco de uma gravidez não desejada com todas as consequências físicas, psicológicas e sociais associadas.

 

Em Maio e Junho
Portugal registou duas ondas de calor este verão, assim classificadas por critérios meteorológicos, as quais não representaram...

Estas duas ondas de calor foram registadas em Maio e Junho e referem-se a períodos em que as temperaturas foram cinco graus superiores à média dos últimos 30 anos, durante seis dias.

De acordo com Graça Freitas, que coordena o plano de contingência para temperaturas extremas adversas, em vigor entre 15 de Maio e 15 de Setembro, estas ondas de calor não tiveram reflexo em termos de riscos de saúde.

“Não se registou maior procura dos serviços de saúde, mais morbilidade ou mortalidade associadas a temperaturas extremas”, disse.

Para este ano, o plano – que resultou do envolvimento de vários atores da saúde, como a segurança social, a protecção civil, instituições sociais, a meteorologia, entre outros – investiu “ainda mais no trabalho multi-institucional”.

O “Relatório da onda de calor de 23/06 a 14/07 de 2013 em Portugal Continental” revelou que o número de mortos em Portugal devido ao calor no verão aumentou 30% face ao ano anterior, o que correspondeu a mais 1.684 óbitos do que o esperado.

 

A partir de Outubro
Perto de 2 milhões de vacinas contra a gripe vão estar disponíveis em Portugal a partir do início de Outubro, continuando a ser...

Segundo Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúde, os cerca de dois milhões de vacinas vão ser distribuídos pelas farmácias e pelas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitiu hoje a orientação para a época vacinal 2014/2015, lembrando que os grupos-alvo prioritários são as pessoas com mais de 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos a partir dos seis meses de idade, grávidas e profissionais de saúde ou prestadores de cuidados em lares de idosos.

Embora não sendo um grupo prioritário, a vacina é também recomendada para quem tem entre 60 e 64 anos.

Para as pessoas com mais de 65 anos, a vacina é gratuita e estará disponível nos centros de saúde, sem necessidade de receita médica ou guia de tratamento.

Neste grupo etário, a DGS pretende obter uma taxa de vacinação de pelo menos 60%, quando na época gripal passada se registou uma cobertura de 57%.

A vacina é gratuita no SNS também para os residentes em lares da segurança social, das misericórdias e das instituições particulares de solidariedade, bem como para os doentes na rede de cuidados continuados integrados.

Nesta lista incluem-se ainda os doentes em diálise crónica, alguns profissionais de saúde com recomendação para a vacina e crianças institucionalizadas com doenças crónicas, entre outros grupos específicos.

Para as restantes pessoas, a vacina é disponibilizada nas farmácias, mediante receita médica, tal como nos anos anteriores. As receitas exclusivamente passadas para as vacinas têm validade até 31 de Dezembro deste ano.

Aliás, na sua orientação, a DGS frisa que a vacina pode ser administrada durante todo o Outono/Inverno, mas de preferência até ao fim de 2014.

 

Milhões de pessoas carecem de assistência médica
A Organização Mundial de Saúde alertou para a situação na Síria, onde milhões de pessoas carecem de assistência médica devido...

A representante da Organização Mundial da Saúde na Síria, Elizabeth Hoff, apelou para a “união de esforços” visando atenuar o sofrimento da população na Síria, onde “o pessoal médico está a ser alvo deliberado das partes em conflito” e “o sistema de saúde tem vindo a enfraquecer”.

“O efeito sobre a saúde dos sírios irá perdurar por gerações”, pelo que é “necessário unir esforços” para colmatar a situação, exortou Elizabeth Hoff.

A OMS estima que, desde que a guerra eclodiu em 2011, “aproximadamente um quarto dos hospitais públicos e quase um quinto dos centros de cuidados de saúde primários públicos foram destruídos", apontando que "há uma escassez de profissionais de saúde, principalmente cirurgiões, anestesistas e profissionais de saúde do sexo feminino”.

A agência das Nações Unidas refere que “o dramático aumento do número de feridos - uma média de 25 mil novos casos mensais – associada à falta severa de material cirúrgico (incluindo medicamentos anestésicos básicos), bem como frequentes cortes de energia tornam impossível os hospitais lidarem com a procura”.

De acordo com o director de um hospital na cidade de Homs, Salah Haithami, citado na nota da OMS, “em semanas más, o hospital chega a receber até 100 feridos”, mas muitas destas pessoas não são devidamente tratadas por falta de tratamentos básicos.

“As difíceis condições de vida, juntamente com uma queda acentuada na cobertura geral de vacinação, deixaram a população cada vez mais vulnerável a doenças transmissíveis como o sarampo, a febre tifóide e a tosse convulsa. Em Outubro de 2013, a poliovírus selvagem ressurgiu na Síria”, um “desastre", de acordo com o Salah Haithami.

No comunicado divulgado na página da Internet da OMS, a organização assinala que a ajuda sanitária disponibilizada pela agência da ONU tem que ser repartida pelos dois lados em conflito, mas “entre Julho e Agosto, mais de 70% de apoio da OMS foi para as áreas controladas pela oposição”.

A OMS já prestou assistência médica a mais de 8 milhões de sírios que ainda se encontram nas regiões controladas pelo governo e pela oposição, e tem prestado assistência a locais sitiados, tal como Gouta Oriental.

Este ano, a OMS recebeu mais de 39 milhões de euros para apoiar sua resposta à crise síria, verba doado por países como a China, Kuwait, Noruega, Reino Unido, Estados Unidos e o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

“Porém, mais de 94 milhões de euros são necessários para satisfazer as necessidades médicas urgentes do povo sírio até ao final de 2014”, refere a nota da OMS.

 

 

Orientação da Direcção-Geral da Saúde
Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de Janeiro, emite-se a Orientação seguinte.

A. Recomendações

1. A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os grupos alvo prioritários, descritos em detalhe no Anexo, que são:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;
  • Doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade;
  • Grávidas;
  • Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (lares de idosos, designadamente).

2. A vacina contra a gripe é gratuita no Serviço Nacional de Saúde para:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e está disponível nos centros de saúde, não necessitando de receita médica ou de guia de tratamento. Neste grupo etário pretende-se atingir uma taxa de vacinação de, pelo menos, 60%1;
  • Pessoas, independentemente da idade, nos seguintes contextos:

i. Residentes em lares de idosos de instituições particulares de solidariedade social (IPSS) com acordos de cooperação com a Segurança Social;

ii. Residentes em lares de idosos das Misericórdias Portuguesas;

iii. Residentes em Estabelecimentos Integrados para idosos (Lares com gestão directa da Segurança Social);

iv. Doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI);

v. Crianças e adolescentes institucionalizadas que apresentem doenças crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina (Anexo, Quadro II);

vi. Pessoas com deficiência acolhidas em Lares de Apoio, Lares Residenciais e Centros de Acolhimento Temporário;

vii. Pessoas apoiadas no domicílio pelos Serviços de Apoio Domiciliário com acordo de cooperação com a Segurança Social ou Misericórdias Portuguesas;

1 Na época gripal 2013/2014, estimou-se que se vacinaram cerca de 57% das pessoas com 65 ou mais anos.

viii. Doentes apoiados no domicílio pelas equipas de enfermagem das diferentes unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde ou com apoio domiciliário dos hospitais;

ix. Doentes internados em unidades de saúde dos ACES com internamento;

x. Doentes internados em hospitais do Serviço Nacional de Saúde que apresentem patologias crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina (Anexo, Quadro II). O médico responsável pelo doente decidirá a melhor altura para a vacinação intra-hospitalar: no decurso do internamento ou imediatamente antes da alta. Para a operacionalização da vacinação nos hospitais do SNS, as vacinas serão fornecidas pelas ARS respectivas;

xi. Doentes em diálise crónica;

xii. Profissionais de saúde do SNS com recomendação para serem vacinados (Anexo, Quadro I, ponto 3).

 

3. Além dos grupos prioritários, definidos no ponto 1., aconselha-se também a vacinação às pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos.

 

4. A vacina deve ser administrada, anualmente, durante todo o Outono/Inverno, de preferência até ao fim do ano civil.

 

5. Às crianças até aos 8 anos de idade (inclusive) que nunca tenham sido previamente vacinadas com a vacina trivalente, deve ser administrada uma 2ª dose, pelo menos, 4 semanas após a primeira.

 

6. A vacinação dos profissionais cuja actividade resulte num risco acrescido de contrair e/ou transmitir gripe deve seguir os critérios definidos pelos respectivos Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Caso a vacina seja recusada por um profissional que não tenha uma contra-indicação médica, o próprio deve assinar uma declaração de recusa que ficará arquivada no Serviço de Saúde Ocupacional. Os encargos resultantes desta vacinação são da responsabilidade da entidade empregadora (pública ou privada), de acordo com a legislação em vigor.

 

B. Informações

Composição da vacina

De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas trivalentes contra a gripe para a época 2013-2014, no Hemisfério Norte, têm a seguinte composição:

  • uma estirpe viral A(H1N1) idêntica a A/California/7/2009;
  • uma estirpe viral A(H3N2) idêntica a A/Texas/50/2012;
  • uma estirpe viral B (linhagem Yamagata) idêntica a B/Massachusetts/2/2012/Massachusetts/2/2012.

 

Posologia

Dose indicada, de acordo com a idade:

  • crianças dos 6 aos 35 meses: 0,25mL2;
  • crianças a partir dos 36 meses de idade e adultos: 0,5mL.
  • crianças até aos 8 anos (inclusive) vacinadas pela primeira vez devem fazer 2 doses com um intervalo de 4 semanas (ver ponto 2.)

 

2 Segundo informação dos RCM das vacinas, Fluarix®, Influvac®, Istivac®: “os dados clínicos são limitados; têm sido utilizadas doses de 0,25mL ou de 0,5 mL”. Os respectivos RCM (ponto 6.6) têm informação sobre o modo de administração de uma dose de 0,25 mL.

 

Contra-indicações e precauções

  • antecedentes de uma reacção grave a uma dose anterior da vacina;
  • antecedentes de reacção anafilática a qualquer dos componentes da vacina, nomeadamente aos excipientes ou às proteínas do ovo;
  • antecedentes de Síndroma de Guillain-Barré nas 6 semanas seguintes a uma dose anterior da vacina são considerados contra-indicação relativa. A decisão de vacinar deverá ser ponderada caso a caso.

 

O conteúdo desta Orientação não substitui a consulta dos Resumos das Características do Medicamento (RCM) das vacinas.

 

Vigilância epidemiológica

  • Os casos de síndrome gripal devem ser registados nas aplicações de registo clínico electrónico (SAM ou outro), permitindo monitorizar a evolução da epidemia de gripe;
  • No âmbito do Programa Nacional de Vigilância Integrada, Clínica e Laboratorial, da Síndroma Gripal, qualquer médico que detecte casos suspeitos de gripe, em particular no decurso de um surto, pode contactar o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (tel: 217526455 ou 217519216) para efeitos de vigilância laboratorial;
  • Os profissionais de saúde que detectem a ocorrência de surtos de gripe, principalmente em instituições, devem, de imediato, comunicá-los ao respectivo Delegado de Saúde.

 

C. Operacionalização da vacinação

Vacina gratuita

A vacina trivalente contra a gripe é cedida e administrada gratuitamente nos centros de saúde às pessoas mencionadas no ponto 2., sem necessidade de receita médica ou de guia de tratamento.

Os procedimentos para vacinação das pessoas institucionalizadas (ou com apoio domiciliário referido no ponto 2.) abrangidas pela vacina gratuita, são idênticos aos das épocas gripais anteriores e geridos localmente.

 

Vacina com prescrição médica

Para as pessoas não incluídas nos grupos abrangidos pela vacinação gratuita, a vacina é disponibilizada nas farmácias de oficina, nos mesmos moldes das épocas anteriores, através de prescrição médica.

As receitas médicas nas quais seja prescrita, exclusivamente, a vacina contra a gripe para a época gripal 2014/2015, emitidas a partir de 1 de Julho de 2014, são válidas até 31 de Dezembro do corrente ano3.

3 Despacho nº 9.183/2014, de 16 de Julho do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde

 

D. Avaliação

  • As vacinas administradas aos utentes e aos profissionais nos centros de saúde são registadas no módulo de vacinação do SINUS.
  • As vacinas administradas num centro de saúde que não o de inscrição, ou noutro local, podem ser transcritas para o módulo de vacinação do SINUS (seleccionando a opção Serviço: outros).
  • As vacinas administradas aos profissionais das instituições do Serviço Nacional de Saúde são alvo de um registo específico no âmbito da Saúde Ocupacional. A avaliação da cobertura vacinal, em cada instituição, por grupo profissional será enviada às respectivas Administrações Regionais de Saúde no final da época gripal.
  • Em todas as instituições nas quais se proceda à vacinação dos residentes/internados e dos profissionais tem que haver registo das vacinas administradas. As Unidades de Saúde Pública avaliarão a cobertura vacinal no final da época gripal.

 

Esta Orientação está disponível no portal da DGS: http://www.dgs.pt

Revogada a Orientação nº 012 de 25/09/2013

Coordenação de Graça Freitas (Direcção-Geral da Saúde), Paula Valente (ARS Alentejo, I.P. e Direcção-Geral da Saúde).

 

 

Circular Informativa N.º 206/CD/8.1.7.
O Infarmed emitiu uma circular informativa alertando para a comercialização de produtos cosméticos sem que estejam notificados.

Na sequência de uma acção de supervisão de mercado verificou-se que os produtos cosméticos da marca NPPE, oriundos de Taiwan, comercializados em Portugal pela empresa HF Cosméticos Lda., não se encontram notificados no Portal Europeu de Notificação de Produtos Cosméticos (CPNP).

Esta situação viola o estabelecido nos artigos 13.º e 25.º do Regulamento (CE) n.º 1223/2009, de 30 de Novembro, pelo que o Infarmed ordena a suspensão da comercialização de todos os produtos cosméticos da marca NPPE.

Face ao exposto, o Infarmed determina:

- As entidades que disponham destes produtos não os podem vender;

- Os consumidores que disponham destes produtos não os devem utilizar, por não ser possível garantir a sua qualidade e segurança.

 

Nos primeiros seis meses do ano
As autoridades de saúde angolanas registaram quase 1.700 casos de infecção por sarampo no primeiro semestre do ano, doença que...

Os dados constam de uma informação enviada hoje à agência Lusa pela delegação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Angola, numa altura em que decorre no país uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo.

“Apesar dos progressos realizados para a eliminação do sarampo, milhares de crianças angolanas continuam em risco de contrair esta doença e perder a vida, caso não seja reforçado o seu nível de imunização”, sublinha a OMS.

De acordo com aquela organização, a campanha de vacinação que arrancou em Angola na segunda-feira deverá chegar a 7,8 milhões de crianças - menos cerca de 3 milhões do que chegou a ser anunciado -, “com uma dose suplementar da vacina contra o sarampo, independentemente do seu estado vacinal”.

A OMS recorda que, citando dados das autoridades sanitárias angolanas, “devido às baixas coberturas de vacinação de rotina”, no primeiro semestre deste ano foram registados 1.688 casos de sarampo, “pondo em risco a sobrevivência e desenvolvimento das crianças”.

“No contexto das doenças preveníveis pela vacinação, o sarampo continua a representar uma das principais causas de morbilidade e mortalidade, causando sobrecarga dos serviços de saúde em relação aos custos de tratamento e sequelas derivadas da doença”, sublinha a organização.

A campanha “Juntos pela eliminação do Sarampo” vai decorrer nas 18 províncias do país, no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário, até 05 de Outubro.

Só em Luanda, as autoridades de saúde prevêem a vacinação de mais de dois milhões de crianças, com idades entre os seis meses e os 10 anos.

A OMS incluiu este ano Angola na lista de países que ainda registam surtos epidémicos de sarampo, com 4.458 casos notificados em 2012.

Dados estatísticos do Ministério da Saúde de Angola indicam que as infecções por sarampo provocaram no ano passado 305 óbitos.

Para atingir todas as crianças em idade vacinal, a campanha em curso em Angola desenvolve-se em três fases.

Inicialmente abrange zonas urbanas, as instituições escolares e de grande concentração populacional, seguindo-se áreas rurais, através de postos de vacinação fixos e móveis. Na próxima semana decorrerá “em zonas urbanas e rurais com baixa cobertura”.

 

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