Benefit patients with thyroid cancer
The European Medicines Agency (EMA) has recommended marketing authorisation for Lenvima (lenvatinib) for the treatment of...

Lenvima was reviewed under EMA’s accelerated assessment programme, as it provides a new treatment option for these patients.

Thyroid cancer is a rare disease which affects the thyroid, a small gland at the base of the neck that produces thyroid hormones. Thyroid carcinoma (DTC) is the most common type of thyroid cancer. It is generally treated with surgery, radioactive iodine and thyroxine therapy to suppress thyroid-stimulating hormone (TSH). Most people have a good prognosis following standard treatments. However, in a small group of patients, the cancer progresses despite treatment with radioactive iodine.

These patients currently have few treatment options. Patients may not experience symptoms of their disease until the cancer has progressed to an advanced stage and their prognosis is very poor.

Lenvima is a tyrosine kinase inhibitor. Tyrosine kinase inhibitors are a class of medicines that work by blocking certain enzymes known as tyrosine kinases. These enzymes can be found in some receptors on the surface of cancer cells and are involved in the growth and spread of cancer cells, and in the blood vessels that supply the tumours. To date, one tyrosine kinase inhibitor, Nexavar (sorafenib), has been approved in the European Union (EU) for the treatment of DTC in patients who no longer respond to treatment with radioactive iodine.

Because the type of cancer targeted by Lenvima is rare, the medicine received an orphan designation in 2013. Orphan designation and the associated incentives such as scientific advice are among the Agency’s most important instruments to encourage the development of medicines for patients suffering from rare diseases.

The main study on which Lenvima’s recommendation is based is a phase III trial including 392 patients with progressive DTC no longer responding to radioactive iodine, who were randomly assigned to receive either Lenvima or placebo. The study showed that patients treated with Lenvima lived on average 14.7 months longer without their disease progressing than patients treated with placebo.

A large proportion of people receiving Lenvima during the studies needed to reduce the dose or interrupt treatment because of side effects (mainly high blood pressure and excess protein in the urine). Overall EMA’s Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) considered that Lenvima has a safety profile which is consistent with other similar therapies and that side effects were predictable and manageable. However, the CHMP has requested a further study to investigate the most appropriate starting dose of Lenvima to optimise the benefits and reduce risks for patients who will be treated with the medicine.

The opinion adopted by the CHMP at its March 2015 meeting is an intermediary step on Lenvima’s path to patient access. The CHMP opinion will now be sent to the European Commission for the adoption of a decision on EU-wide marketing authorisation. Once a marketing authorisation has been granted, a decision about price and reimbursement will then take place at the level of each Member State considering the potential role/use of this medicine in the context of the national health system of that country.

Gardasil 9
The European Medicines Agency (EMA) has recommended Gardasil 9 (human papillomavirus vaccine) for the prevention of diseases...

Human papillomavirus (HPV) is a group of viruses that commonly affects both men and women. Infection with some types of HPV can cause abnormal tissue growth including warts, and changes to cells. Persistent infection with certain types of HPV can also cause cancers of the cervix, anus, vagina and vulva, as well as cancers of the mouth and throat. Nearly 100% of cervical cancers, 90% of anal cancers, 70% of vaginal cancers and 15% of vulvar cancers are caused by HPV.

Gardasil 9 is recommended for use in boys and girls from nine years of age to protect against cervical cancer and pre-malignant cervical lesions, vulvar and vaginal cancers and pre-malignant vulvar and vaginal lesions, pre-malignant anal lesions and anal cancers and external genital warts covered by HPV types 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 and 58.

Like Gardasil, it protects against the most common HPV types associated with disease (6, 11, 16, 18), but it also protects against five additional HPV types (31, 33, 45, 52 and 58).

Gardasil 9’s recommendation is based on four main studies, which looked at the efficacy of Gardasil 9 in protecting against disease caused by HPV types 31, 33, 45, 52 and 58, and also assessed whether Gardasil 9 continued to protect against HPV types 6, 11, 16, 18 compared with Gardasil.

The safety of Gardasil 9 was evaluated in more than 23,000 people in seven clinical trials. The assessment also took into account experience from the use of Gardasil, which has been authorised in the EU since 2006. The most commonly reported adverse reactions were injection site pain, swelling, redness, and headaches.

Gardasil 9 is administered in three separate injections, with the initial dose followed by additional injections given two and six months later. All three doses should be given within a one‑year period.

The company received scientific advice from the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) which pertained to clinical aspects of the company’s application.

The opinion adopted by the CHMP at its March 2015 meeting is an intermediary step on Gardasil 9’s path to patient access. The CHMP opinion will now be sent to the European Commission for the adoption of a decision on European Union (EU)-wide marketing authorisation. Once a marketing authorisation has been granted, a decision about price and reimbursement will then take place at the level of each Member State considering the potential role/use of this vaccine in the context of the national health system of that country.

Mais de 40% dos casos
Factores como stress, ansiedade e depressão afectam a saúde oral, potenciando o desgaste dentário, registando-se um aumento na...

Esta tendência parece estar associada ao aumento do consumo de antidepressivos. Bruxismo, consumo excessivo de alimentos ácidos e a utilização de dentífricos branqueadores abrasivos são outras das causas apontadas.

Os antidepressivos são frequentemente associados à redução da saliva e sensação de “boca seca”. A diminuição dos níveis de saliva - cuja função é proteger dentes e gengivas de infecções – potencia o aparecimento de infecções e a erosão dentária, levando à fractura. Também o bruxismo, que consiste no ranger ou apertar dos dentes, normalmente durante o sono, e que pode ser sintoma de stress, danifica o esmalte dentário, aumentando o risco de fractura, podendo levar à extracção do dente afectado.

Outro dos responsáveis pela erosão dentária é uma dieta excessivamente ácida, através do consumo frequente de alimentos como refrigerantes, bebidas desportivas, sumos de fruta ou vinho.

A utilização de pastas dentífricas branqueadoras é também um factor de risco, quando o nível de abrasividade é elevado. Segundo a Food and Drug Administration (FDA), o nível de abrasividade máximo recomendado nas pastas de dentes é de 200 RDA (Radioactive Dentin Abrasion - Abrasão Dentária Radioactiva).

Segundo Débora Rodríguez-Vilaboa, especialista em medicina dentária, “a escolha do dentífrico deve ter em conta um nível de erosão baixo, para evitar desgaste do esmalte, que irá potenciar o aparecimento de cáries e aumentar o risco de fractura”.

Em Portugal, estão disponíveis dentífricos com baixos índices de abrasividade, tal como a gama Yotuel, linha de higiene e branqueamento oral, composto por três opções de pasta dentífrica, elixir e caneta branqueadora. A gama regista o menor nível de abrasividade em produtos de branqueamento e está disponível em farmácias e parafarmácias.

Neuropsicólogo
A capacidade de suportar a dor está nos genes, disse à agência espanhola EFE o neuropsicólogo Francisco Rivero, que explicou...

Rivero referiu que há certas situações pessoais que determinam como se sente a dor, como o desemprego e o stress, e também são importantes a formação individual e a capacidade de entender como e porque se tem a dor, incluindo as expectativas de dispor de um tratamento para a doença que a provoca.

O investigador declarou que é necessário distinguir entre a dor aguda, que se sente de forma intensa e durante um período de tempo, e a crónica, que tem pessoas com doenças como a diabetes ou a fibromialgia.

O investigador disse que, às vezes, pensa-se que a dor física é uma coisa e a emocional é outra, mas para as estruturas cerebrais que as põem em funcionamento não há tal diferença. Assim, por exemplo, uma depressão, que tem origem psicológica, pode levar também à dor física.

Em torno da dor aguda foram feitos muitos estudos para saber o que acontece no cérebro, mas não há muitos trabalhos de investigação das reder cerebrais que estão implicada na dor crónica, reconheceu o investigador.

Explicou que a capacidade de suprimir a dor (a analgesia congénita) é muito raro, pois afecta um em cada milhão de pessoas, mas não é difícil encontrar quem suporte melhor a dor, acrescentando que foram agora encontrados genes que estão implicados neste processo de piorar ou aguentar a dor.

O investigador insistiu que estes genes indicam uma pré-disposição, pois há condicionantes externos, como situações pessoais que actuam na forma em como se vai desenvolver a dor.

Saber mais sobre boa alimentação
Fazer uma boa alimentação é muito importante para quem tem cancro, porque tanto a doença como o seu

A nutrição tem um papel importante no tratamento do cancro. Comer os alimentos certos antes, durante e depois do tratamento do cancro da mama pode ajudar a sentir-se bem e manter-se com mais força e energia. Todos os alimentos podem ser incluídos numa dieta saudável desde que estejam presentes de uma forma equilibrada.

As necessidades nutricionais de uma pessoa com cancro, tal como para a restante população saudável, variam com o sexo, a idade, o tipo de exercício físico praticado, a condição fisiológica, a composição corporal e o estilo de vida. Porém, fazer uma boa alimentação é muito importante para quem tem cancro, porque tanto a doença como o seu tratamento podem alterar a sua forma de comer, bem como alterar a forma como o corpo tolera certos alimentos e utiliza os seus nutrientes. Comer adequadamente significa ingerir uma variedade de alimentos que darão ao seu corpo os nutrientes necessários para ajudar a combater o cancro.

Comer adequadamente durante o seu tratamento pode ajudar a:

  • Sentir-se melhor,
  • Manter a sua força e energia,
  • Manter um peso desejável e as suas reservas nutricionais,
  • Tolerar melhor os efeitos secundários do tratamento,
  • Baixar o seu risco de infecção,
  • Recuperar mais rápido.

Proteínas

Efeitos no organismo
Crescimento, reparação do tecido celular, manutenção do sistema imunitário competente.

Depois da cirurgia, quimioterapia, radioterapia, poderá necessitar de consumir mais alimentos ricos em proteína para ajudar à recuperação dos tecidos e ao combate à infecção.

Na carência destas a recuperação poderá ser mais lenta já que o organismo necessita de ir recuperar as proteínas em falta ao músculo.

Fontes
Alimentos de origem animal, tais como os lacticínios magros (leite, queijo, iogurte, requeijão), peixe, carnes magras, ovos.

Também existem em quantidade apreciável em produtos de origem vegetal como as leguminosas frescas e secas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas e soja).

Gorduras

Efeitos no organismo
Grandes fornecedores de energia.

Coma preferencialmente alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas ou polinsaturadas.

Reduza o consumo de gorduras saturadas (presentes em alimentos como os lacticínios de elevado teor de gordura e outros derivados como as natas e manteiga, gordura de constituição das carnes vermelhas, pele de aves, produtos de salsicharia/charcutaria) porque aumentam os níveis de colesterol. Estas gorduras só devem corresponder a 10% da ingestão diária total de gorduras.

Elimine as gorduras trans da sua alimentação porque aumentam o “mau” colesterol e reduzem o “bom” colesterol. As gorduras trans resultantes das gorduras hidrogenadas obtidas no processamento industrial, alterações principais nos polinsaturados e estão presentes essencialmente nas carnes vermelhas, em muitos snacks, como as batatas fritas e as tiras de milho, nos chocolates, bolos de pastelaria, empadas e folhados.

Fontes
Monoinsaturadas: azeite, óleo de canola e amendoim.

Polinsaturadas: óleos vegetais (milho, girassol, soja, sésamo), frutos secos e gordura de constituição de carnes brancas. Peixes gordos como a sardinha, salmão e a cavala.

Hidratos de Carbono

Efeitos no organismo
Nutriente energético que deverá estar presente em maior proporção. São o “combustível” por excelência do organismo para a actividade física e para o correcto funcionamento dos órgãos.

Fontes
Arroz, farinha, massa, pão, flocos de cereais integrais, leguminosas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas e soja) e fruta.

Vitaminas e Minerais

Efeitos no organismo
Fundamentais para que o organismo funcione correctamente. Ajudam o corpo a utilizar a energia proveniente dos alimentos.

Fontes
A maioria encontra-se naturalmente nos alimentos. Podem também encontrar-se em suplementos alimentares quando é necessária uma quantidade adicional.

Antioxidantes

Efeitos no organismo
Combatem os radicais livres presentes no organismo que podem danificar as células.

Fontes
Vitamina A: hortícolas de cor verde escura ou alaranjada (brócolos, couve, cenoura, abóbora), fígado, peixe gordo (salmão, arenque, atum, sardinha).

Vitamina C: Frutas Cítricas (morangos, kiwi, papaia, manga, uvas, melão) e hortícolas como couve-galega, espinafres, couve-flor, couve-bruxelas, brócolos, pimentos vermelhos, tomate.

Vitamina E: hortícolas de cor verde escura, frutos gordos (avelãs, amêndoas e nozes), cereais integrais e seus derivados, óleos vegetais (óleo de milho, girassol, soja, amendoim).

Selénio: frutos do mar, hortícolas (brócolos, repolho, aipo, cebola, tomate, alho).

Zinco: frutos do mar, leguminosas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas e soja), levedura de cerveja.

Água

Efeitos no organismo
É vital para a saúde. Todas as células do corpo necessitam de água para funcionarem. A ingestão deficiente ou a perda de líquidos (vómitos ou diarreia) pode causar desidratação.

Fontes
Está presente nos alimentos, mas deve ser ingerida diariamente entre 1,5 e 3 litros. Outros alimentos líquidos, designadamente o leite, iogurte, frutos, produtos hortícolas têm na sua composição grande quantidade de água. Algumas preparações culinárias, como as sopas e caldeiradas, são boas fornecedoras de água.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo
Mais de 80% das pessoas que vivem actualmente em lares são “muito idosas”, têm múltiplas doenças, e mais de 30% têm demência,...

O estudo, que faz parte do projecto VIDAS – Valorização e Inovação em Demências, da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), teve a duração de um ano e envolveu 23 instituições e 1.500 idosos, que foram avaliados por especialistas para determinar o grau e a taxa de demências.

Em declarações, o psiquiatra Manuel Caldas de Almeida, responsável pelo estudo, explicou que “o projecto pretende, por um lado, saber a realidade da demência nos lares e nas instituições e, por outro lado, poder desenhar algumas estratégias para melhor responder a estas pessoas”.

O estudo veio confirmar que “há uma maioria muito alargada de pessoas nos lares com deterioração cognitiva” e mais de 30% com demência, disse Caldas de Almeida.

“Não só é um número elevado mas também há uma heterogeneidade grande. Ou seja, não podemos dizer que há só pessoas com demência muito avançada ou só com demência ligeira, há de tudo”, comentou.

Além destas situações, há também “um número elevadíssimo de pessoas com fragilidade geriátrica”, referiu o coordenador do estudo, que foi divulgado no seminário da UMP, a decorrer no Centro João Paulo II, em Fátima.

“Mais de 80% das pessoas nos lares são muito velhas - a média etária das 1.500 pessoas é de 82 anos - com múltiplas patologias” e os equipamentos não estão preparados para responder a estas situações.

Caldas de Almeida observou que o perfil das pessoas que reside em lares actualmente é diferente daquele para o qual estes equipamentos foram criados.

“São lares que foram feitos para dar resposta hoteleira, com suporte social, de cama, mesa e roupa lavada”, e neste momento estão “a ser utilizados por outro tipo de pessoas, muito mais dependentes, muito mais doentes e com demência”.

Esta situação obriga os lares a fazerem uma adaptação “a este grave problema de demência e da fragilidade geriátrica”, defendeu.

Esta questão foi contemplada no estudo que envolveu um projecto de avaliação e adaptação da arquitetura e do ambiente ao problema da demência.

A “boa notícia”, disse Caldas de Almeida, é que na maioria dos casos é possível adaptar estes lares para que estes idosos possam ali “viver com qualidade”.

O projecto Vidas também envolveu a formação de 500 profissionais que estão nestas instituições. “Claramente é uma área a apostar porque a competência dos profissionais é algo fundamental na qualidade de vida das pessoas com demência”, frisou.

O responsável explicou que se os lares tiverem profissionais competentes vão “evitar em muito a agitação e a agressividade e os problemas secundários da demência”.

Outra “boa notícia” é que estes 500 profissionais revelaram “uma enorme vontade e capacidade de aprendizagem” para cuidar destes idosos.

Comentando o facto de as pessoas que estão nos lares serem cada vez mais idosas, Caldas de Almeida disse que é “um bom sinal”, porque significa que as pessoas estão a conseguir ficar em casa mais tempo e que os apoios domiciliários estão a funcionar.

Ordem dos Farmacêuticos
A Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos promove várias Sessões de Discussão sobre o Uso Responsável do...

A “Acessibilidade ao medicamento no tempo certo”; “A problemática da Polimedicação”; “Optimização do uso dos Antibióticos”; “Os erros de medicação” e “Utilização de Genéricos” são os principais temas destas sessões, que visam reforçar a necessidade de encarar o uso responsável do medicamento como uma questão de saúde pública.

“O uso responsável do medicamento deve ser um desígnio de todos, desde o profissional de saúde ao utente. Através destas sessões pretendemos atingir o objectivo de sensibilizar para esta temática e discutir as oportunidades de melhoria no uso do medicamento junto da população e dos próprios profissionais de saúde”, afirma Ema Paulino, Presidente da Direcção da Secção Regional de Lisboa.

As Sessões de Discussão são dirigidas a profissionais de saúde, estudantes e a qualquer cidadão com interesse nesta temática. A entrada é gratuita, estando apenas sujeita a pré-inscrição.

As Sessões de Discussão contam com a participação de representantes de diversas instituições, nomeadamente: Ordem dos Farmacêuticos, Ordem dos Médicos, Ordem dos Enfermeiros, APIFARMA, INFARMED, Administrações Regionais de Saúde, Direcção-Geral de Saúde e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Temáticas:

  • Acessibilidade ao medicamento no tempo certo (Santarém Hotel, 8 de Abril)
  • Utilização de Genéricos (Sana Malhoa Hotel, 29 de Abril)
  • Os erros de medicação (Rossio Hotel – Portalegre, 14 de Maio)
  • Optimização do uso dos Antibióticos (Sana Malhoa Hotel, 27 de Maio)
  • A problemática da polimedicação (Vila Galé Marina, 23 de Junho)

“A campanha de consciencialização para o Uso Responsável do Medicamento, com o slogan “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”, tem como objectivo primordial alertar a população, promover as boas práticas e debater a temática do Uso Responsável do Medicamento, nomeadamente a sua pertinência, contexto internacional e nacional, e propostas para a sua aplicação de forma a maximizar o investimento em medicamentos, com vista à obtenção de ganhos em saúde”, finaliza Ema Paulino.

Estas edições do Ciclo de Conferências 2015 serão alvo de transmissão em directo (web conference) através do Portal da OF, em www.ordemfarmaceuticos.pt.

Relatório da Direcção-Geral da Saúde
Doença respiratória afecta sobretudo homens adultos e está relacionada com a obesidade e a hipertensão. Estudo da Direcção...

Os doentes com apneia obstrutiva do sono, uma doença respiratória que afecta sobretudo os homens acima dos 40 anos, esperam em média quase sete meses por um exame que confirme a patologia no Serviço Nacional de Saúde. Já os que acabam por recorrer ao sector privado conseguem ter uma resposta no período de um mês. O dado faz parte de um relatório publicado nesta quinta-feira pela Direcção-Geral da Saúde intitulado “Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono: epidemiologia, diagnóstico e tratamento”.

O documento do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias tem como base um estudo da Rede Médicos-Sentinela, que é constituída por um grupo de 117 médicos de família que trabalham nos centros de saúde e que recolhem voluntariamente dados sobre vários indicadores. Os dados reportados pelos médicos, que incluem doentes até 31 de Dezembro de 2013, apontam para a existência de 311 casos de apneia, com os doentes com uma idade média de quase 63 anos.

Os valores dos médicos sentinela, extrapolados para a população, correspondem a uma prevalência de apenas 0,67%, muito inferior ao que se sabe existir, pelo que os autores alertam tanto para problemas de registo como de diagnóstico. E insistem que o facto de os diagnósticos não serem feitos com maior rapidez pode trazer vários problemas aos doentes, já que a apneia pode ter “repercussões cardiovasculares”, além de “efeitos na morbilidade e mortalidade e também alterações neuropsicológicas que propiciam a ocorrência de acidentes laborais e de viação”. Em metade dos casos identificados os sintomas eram já graves.

Regra geral, outros estudos indicam que a apneia do sono afecta sobretudo os homens com mais de 40 anos e as estimativas apontam para que possa afectar até um total de 10% da população adulta. No geral, a proporção é de quase nove homens por cada mulher afectada. Uma diferença que se justifica por vários factores, como a forma como a gordura nos homens se distribui, concentrando-se mais no pescoço, maior comprimento da via respiratória e ausência de protecção hormonal através dos estrogénios.

Quanto a exames, o trabalho da Direcção-Geral da Saúde diz que a quase totalidade dos doentes com o diagnóstico de apneia realizou um estudo do sono. O exame mais comum foi a polissonografia, seguida da poligrafia do sono, ambas feitas em mais de 80% dos casos através do Serviço Nacional de Saúde. A polissonografia é o exame que se costuma realizar de forma mais frequente para confirmar a presença da doença, uma vez que permite perceber quando é que o doente tenta respirar e não consegue devido a uma obstrução.

Contudo, os autores destacam diferenças importantes no tempo de espera entre públicos e privados: “A média do tempo de espera em instituições públicas foi de 6,8 meses (mínimo de 0 meses e máximo de 36 meses). O tempo de espera para realização de estudo do sono em instituição privada foi de 1 mês, variando entre um mínimo de 0 meses e um máximo de 9 meses”. O estudo alerta que “embora os tempos de espera aconselhados rondem os 6 meses, salienta-se que em 29,1% dos casos estudados o tempo de espera foi superior ao recomendado (nalguns casos cerca de 3 anos)”.

“Tendo em conta que o diagnóstico e instituição precoce de tratamento previne a evolução da doença para formas mais graves, reduzindo, desse modo, a ocorrência das complicações cardiovasculares e neuropsicológicas, os resultados sugerem a vantagem em investir na melhoria da acessibilidade ao diagnóstico e, quando for caso disso, na redução de eventuais iniquidades em saúde”, acrescenta. Os dados permitiram também confirmar a associação entre a apneia do sono e outras características, como a obesidade que estava presente em quase 85% dos doentes. Além disso, 74,8% das pessoas tinham também hipertensão arterial e 38,7% diabetes.

O problema é que os doentes muitas vezes não percebem o que têm e são outros sintomas, como acordar muito cansado ou com dificuldades respiratórias, que lançam o alerta para a apneia, que se traduz em colapsos das vias aéreas superiores que se fazem sentir de forma intermitente durante o sono. Os afectados ficam com a respiração irregular e normalmente despertam várias vezes de noite.

Dia Nacional do Dador de Sangue
O grupo de trabalho formado em 2012 para estudar a questão continua sem conclusões, não se tendo reunido uma única vez no ano...

Em 2012 o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) formou um grupo de trabalho para apurar se homossexuais e bissexuais poderiam dar sangue. Mais de 26 meses depois, o grupo constituído por 12 pessoas continua sem ter apresentado qualquer relatório e nem uma única reunião no ano 2014, adianta o jornal Público.

Designado como Grupo de Trabalho sobre Comportamentos de Risco com Impacto na Segurança do Sangue e na Gestão de Dadores, este grupo tem elementos provenientes de várias instituições portuguesas ligadas à saúde cujas identidades o IPST se recusa a revelar. “Não posso dizer quem faz parte porque teria de pedir autorização às pessoas”, esclarece, em declarações ao Público, Gracinda de Sousa, da Direcção do instituto.

Apesar da insistência da ILGA Portugal ainda não foi partilhada qualquer informação relativamente ao estudo que está a ser levado a cabo, com o grupo de activismo homossexual a assegurar que o IPST se comprometeu com a apresentação de um relatório para Dezembro de 2014.

Entretanto, a ILGA confirma que tem recebido queixas de vários dadores que acusam o IPST de os ter excluído das suas listas. Confrontada com o assunto, Gracinda Sousa afirma que o IPST “com a orientação sexual das pessoas” e que apenas interessam as “práticas que podem ter impacto sobre a qualidade e a segurança do sangue.”

Farmacêuticos lusófonos
A Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa aprovou em Assembleia-geral, uma Carta da Farmácia que define os...

A Associação está reunida no seu XI Congresso em Maputo, Moçambique, durante os dias 26 e 27 de Março. O Congresso marca também a passagem de testemunho da presidência, a partir de agora assumida pelo Brasil.

A Carta da Farmácia e dos Farmacêuticos agora subscrita é um passo relevante no fomento das competências da profissão de farmacêutico e uma oportunidade de capacitação, partilha de conhecimento e consequente valorização do papel do farmacêutico e das farmácias.

Valmir Santi, actual vice-presidente do Conselho Federal de Farmácia do Brasil foi eleito novo presidente da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP), sucedendo ao moçambicano Lucilo Williams.

A AFPLP é uma associação de carácter profissional e científico, que visa a promoção das ciências farmacêuticas e a defesa dos interesses da profissão farmacêutica em todos os países de língua portuguesa.

Carta da Farmácia e dos Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa em anexo

Comemora-se hoje
Assinalada a 27 de Março, a data visa reconhecer a importância da contribuição desinteressada dos dadores benévolos.

O Dia Nacional do Dador de Sangue assinala-se dia 27 de Março. A data, instituída através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 40/86, visa reconhecer a importância da contribuição desinteressada dos dadores benévolos de sangue para o tratamento de doentes.

A institucionalização do Dia Nacional do Dador de Sangue constitui, assim, a expressão oficial desse reconhecimento e serve para evidenciar, junto da população em geral, o valor social e humano da dádiva de sangue, estimulando a sua prática e tornando mais conhecida a sua imprescindibilidade.

Podem doar sangue todas as pessoas com bom estado de saúde, com hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e 65 anos. Para uma primeira dádiva o limite de idade é aos 60 anos.

No site do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, entidade à qual compete, no âmbito das suas atribuições específicas, a promoção dos actos oficiais do Dia Nacional do Dador de Sangue, os interessados podem consultar uma agenda actualizada de todos os locais onde são realizadas diariamente colheitas de sangue.

Ordem dos Enfermeiros/Centro
A falta de condições para o exercício da actividade de Enfermagem na Região Centro agravou-se em 2014, mais nas instituições...

“Os cuidados de enfermagem prestados à população são inseguros e está em risco a saúde das populações, se atendermos à importância que os cuidados de enfermagem desempenham no total dos cuidados de saúde prestados”, sublinha a Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE).

Tais conclusões fazem parte do relatório de 2014 da SRC, resultante do Acompanhamento e Controlo do Exercício Profissional, que se traduziu na visita a 40 instituições e a 69 serviços, a maioria dos quais na sequência de exposições por “Dotações Inseguras” (insuficiência de profissionais para as necessidades do respectivo serviço).

O documento, que sábado será apresentado à Assembleia Regional do Centro da OE, a decorrer em Coimbra, identifica uma carência de cerca de 470 enfermeiros, que se deveriam somar aos 655 que nelas exerciam a actividade nesses 69 serviços.

Apenas 13 dos serviços visitados dispunham das adequadas dotações de enfermeiros, afirma a Presidente do Conselho Directivo Regional da SRC, Enfª Isabel Oliveira.

As maiores carências de enfermeiros em instituições públicas verificavam-se nos serviços de medicina e na Rede de Cuidados Continuados.

“Continuou a identificar-se dotações nos serviços públicos abaixo do limiar de segurança e o impacto positivo esperado com o aumento do horário de trabalho [de 35 para 40 horas semanais] dos enfermeiros não se constatou. O cenário nos serviços privados e sociais não é o melhor, diríamos, na maior parte dos casos, ainda piores”, lê-se nas conclusões do relatório.

O estado da prestação de cuidados de enfermagem na Região Centro – acrescenta – em termos genéricos é de más condições de trabalho, com excesso de horas acumuladas pelos profissionais, dotações inseguras, reduzido investimento em formação profissional e, por vezes, deficientes condições de instalações e de equipamentos.

Segundo a Enfª Isabel Oliveira, há locais de exercício da enfermagem, principalmente nos Cuidados de Saúde Primários, que “não têm efectivamente condições para estar a funcionar”, quer de salubridade, quer no controlo da infecção.

Alguns deles – acentua - “não têm circuitos para a triagem de resíduos, nem sequer condições adequadas para o acondicionamento de resíduos contaminados”, com consequências, quer para os profissionais, quer para os cidadãos.

“A problemática das dotações é a que mais motivo de preocupação suscita. Os cuidados de enfermagem prestados na Região Centro não são seguros e existem situações mesmo em que os próprios profissionais estão em risco”, sublinha o relatório, agora tornado público nas suas conclusões.

O maior obstáculo têm sido as dificuldades das administrações das instituições de saúde na contratação de enfermeiros por falta de autorização do Governo, quer para as substituições temporárias, quer para as aposentações, quer para outras carências reconhecidas pela própria Tutela.

As situações mais preocupantes nos serviços públicos encontradas pela SRC da Ordem dos Enfermeiros foram no Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, ao nível dos serviços hospitalares, e no Centro de Saúde Arnaldo Sampaio, em Leiria, ao nível dos Cuidados de Saúde Primários.

Ao nível dos restantes prestadores, os maiores problemas encontrados são nas estruturas residenciais de idosos, “não só pelas dotações insuficientes de enfermeiros, mas também pela frequente denúncia de usurpação de funções e graves défices em cuidados de saúde”.

O acompanhamento do exercício profissional nestas estruturas residenciais de idosos, do sector privado e social, “é particularmente difícil, pois frequentemente é impedida a realização” pelos seus responsáveis, inviabilizando o cumprimento de uma atribuição legal conferida à Ordem dos Enfermeiros.

Algumas das visitas a e essas instituições foram conseguidas pela OE após recorrer a outras entidades, nomeadamente à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde.

“Nós vamos às instituições sempre para ajudar. Nos lares, na maior dos casos, não nos querem lá. E esta recusa no acesso, não sendo possível avaliar as condições, podemos questionar-nos porque não nos querem lá. Fica a pergunta: será que têm alguma coisa a esconder?”, observa a presidente da SRC. 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
22 regiões do continente, Açores e Madeira apresentam hoje risco alto de exposição à radiação ultravioleta, informou o...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Aveiro, Beja, Bragança, Braga, Castelo Branco, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Portalegre, Porto Santo, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viseu, Vila Real, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada apresentam hoje risco alto de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com níveis altos, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protector solar.

De acordo com o IPMA, a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança, sendo que o índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, com onze.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade até ao meio da manhã, persistindo no litoral norte e centro até ao início da tarde e períodos de chuva fraca no litoral das regiões norte e centro até ao meio da manhã.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco predominando de noroeste, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde e a sul do Cabo Carvoeiro, sendo moderado a forte nas terras altas e subida de temperatura, sendo mais acentuada da máxima nas regiões do interior norte e centro.

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e vento fraco a moderado de nordeste, sendo moderado a forte de leste nas terras altas.

O IPMA prevê para os Açores períodos de céu muito nublado, aguaceiros fracos e vento sul muito fresco com rajadas até 60 a 65 quilómetros/hora.

 

Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 12 e 20 graus Celsius, no Porto entre 11 e 16, em Vila Real entre 8 e 21, em Bragança entre 7 e 23, em Viseu entre 7 e 19, na Guarda entre 6 e 17, em Castelo Branco entre 8 e 24, em Évora entre 9 e 23, em Beja entre 10 e 23, em Faro entre 12 e 22, no Funchal entre 13 e 20, em Ponta Delgada entre 14 e 18, em Angra do Heroísmo entre 14 e 19 e em Santa Cruz das Flores entre 15 e 20.

Instituto quer mais dadores regulares
Portugal está numa fase de perda de dadores de sangue, devido ao envelhecimento da população e à emigração, e as autoridades...

Segundo o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), a descida no número de dadores tem sido também acompanhada por uma descida no consumo de sangue, verificada não só em Portugal mas também noutros países, o que pode estar ligado ao recurso a cirurgias cada vez menos invasivas.

“Existe neste momento uma forte pressão sobre a disponibilidade dos dadores de sangue e nós mantemos o apelo para os que são dadores esporádicos ou para quem nunca deu sangue: venham dar sangue! Para continuarmos com alguma tranquilidade em termos da nossa suficiência em sangue”, afirmou Hélder Trindade, a propósito do Dia Nacional do Dador de Sangue, que hoje se assinala.

No ano passado, registou-se uma decida em relação ao número de colheitas de sangue, mas 2014 acabou por se passar com níveis seguros, excepção feita aos períodos críticos de Fevereiro e do verão.

Nos primeiros meses deste ano, não se resgistam diferenças significativas relativamente ao ano anterior, segundo Hélder Trindade.

O mês de Fevereiro voltou a ser complicado, fundamentalmente por causa do período gripal, o que levou na altura o IPST a lançar um apelo público à dádiva.

Apesar de nestes primeiros meses não haver diferença significativa em relação ao ano passado, o presidente do IPST não tem dúvidas de que o país passa por uma tendência de perda de dadores.

“Portugal está numa fase de perda dos dadores de sangue. Perda por envelhecimento da população, porque há uma forte tendência de emigração de pessoas ainda jovens e muitos dadores certamente integrados nesse contingente. Perda porque as empresas fecham mais as portas para que se possa colher sangue ou mais dificuldade em libertar o trabalhador para dar sangue”.

Sobre o seguro do dador de sangue, o IPST refere que os contratos de seguros de responsabilidade civil e acidentes pessoais para o dador e candidato a dador de sangue estão em vigor, nos vários estabelecimentos hospitalares, desde o início do ano passado.

Trata-se de contratos individualizados, em que cada instituição hospitalar celebrou o seu.

No IPST, que faz recolhas através de brigadas, estes contratos de seguro estão em vigor desde 1 de Março. Até ao momento, nenhum ainda foi accionado.

“Maratona da Saúde”
A Universidade do Algarve arrecadou dois dos quatro prémios da primeira edição do Prémios de Investigação “Maratona da Saúde”...

Ana Teresa Maia e Pedro Castelo-Branco são os investigadores responsáveis pelos projectos desenvolvidos no Centro de Investigação Biomédica da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade do Algarve (UALg).

Ana Teresa Maia, doutorada em genética humana, explicou que a candidatura do seu projecto ao prémio pretende fazer a caracterização de três marcadores que a investigação tem associado a uma elevada predisposição para o cancro da mama e ajudar a desenvolver terapias de prevenção do cancro da mama.

“Estamos a contribuir exactamente para identificar os grupos de risco antes de essas mulheres desenvolverem cancro para as podermos rastrear muito mais amiúde para que um dia se, eventualmente, desenvolverem cancro serem tratadas na fase mais precoce possível para que a doença tenha o menor impacto possível”, esclareceu.

A investigadora espera que no futuro seja possível fazer uma estimativa individual e o mais precisa possível dos riscos de desenvolvimento do cancro da mama, tendo por isso sublinhado a importância de identificar cada vez mais marcadores.

Cada projecto premiado pelo programa “Maratona da Saúde” vai receber 25 mil euros e foi escolhido entre mais de 80 projectos de investigação submetidos a concurso.

Pedro Castelo-Branco é o responsável pelo projecto premiado que pretende testar a capacidade de diagnóstico de um biomarcador que permite identificar no cancro da mama quais os tumores que são benignos ou malignos.

O biomarcador já foi testado em tumores cerebrais pediátricos e no cancro da próstata, através de consórcios internacionais, tendo tido “resultados bastante promissores”, permitindo perceber a potencialidade de um tumor progredir para um estado maligno, disse aquele investigador.

Segundo o docente da UALg, o biomarcador consegue identificar o mecanismo que permite que a enzima telomerase (responsável pela progressão do cancro) esteja activa.

Esta descoberta pode ser “aplicada a formas de cancro” que tenham “uma zona cinzenta”, em que não se sabe se “o tumor vai avançar ou não”, tais como leucemias, melanomas, cancro do cólon, bexiga, rins, cervical e endocervical, referiu.

O biomarcador “é extremamente importante” para se evitarem “tratamentos com efeitos secundários nefastos” quando estes não são necessários, sublinhou, afirmando que o método pode ajudar os médicos a decidir quando e como tratar o cancro.

Para além dos testes no cancro da mama, o investigador quer também avançar com testes do biomarcador no cancro do cólon e da bexiga.

Ana Teresa Maia admitindo ter ficado satisfeita com o prémio: “O nosso trabalho é árduo e o apoio à ciência escasseia hoje em dia. Iniciativas como a Maratona da Saúde são magníficas, louváveis e que me permitem a mim, por exemplo, continuar estes estudos”.

Desde hoje
Todas as Misericórdias do país podem candidatar-se, a partir de hoje, ao Fundo Rainha D. Leonor, destinado a apoiar projectos...

Em declarações, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Pedro Santana Lopes, adiantou que o fundo, com um valor inicial de cinco milhões de euros, foi criado na sequência de um acordo assinado em maio do ano passado entre a Misericórdia de Lisboa e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP).

Pedro Santana Lopes explicou que as Misericórdias de todo o país podem concorrer, através deste fundo, a um apoio para obras até ao máximo de 500 mil euros, tendo prioridade as instituições que não foram contempladas com fundos comunitários.

Contou que há vários casos de lares, unidades de cuidados continuados e outros equipamentos que lhes falta, por vezes, "60, 100 ou 200 mil euros para abrirem unidades que já têm investimentos muito significativos realizados, mas que a crise dos últimos anos levou a que não fosse possível" reunir as verbas para poderem funcionar.

“Ao longo destes anos algumas unidades estiveram paradas porque lhes falta muito pouco dinheiro” e a ideia do fundo foi “criar um quadro jurídico que habilite essa cooperação também financeira”, disse Santana Lopes, lembrando que a SCML tem uma natureza e um regime jurídico diferentes das outras Misericórdias.

“A responsabilidade que a Santa Casa tem de exploração exclusiva, entregue pelo Estado, dos jogos sociais levou a caminhos muitas vezes separados, não incompatibilizados, mas sem praticamente nenhuma colaboração, o que é algo estranho”, comentou.

O Fundo Rainha D. Leonor comporta ainda o Acordo Nossa Senhora do Manto que vida promover a criação de uma base de dados entre a Santa casa e as outras Misericórdias.

Esta base de dados registará os lugares existentes nos lares, centros de dia e nas unidades para pessoas com dependência física e demências em todo o país, possibilitando a integração de utentes da SCML nas vagas das Misericórdias espalhadas pelo país.

“Muitas vezes a Santa Casa já não tem lugares para as pessoas que a procuram, que são de outras terras” e esta cooperação favorecerá o atendimento mais próximo das famílias e reforçará a sustentabilidade financeiras das Misericórdias, explicou Santana Lopes.

Através do sítio do Fundo Rainha D. Leonor (www.fundorainhadonaleonor.com), lançado hoje numa cerimónia que reuniu o provedor da SCML e o presidente da UMP, Manuel Lemos, as Misericórdias passam a poder candidatar-se “a projectos que constituam respostas sociais prioritárias”.

Cada Misericórdia pode concorrer a um projecto por triénio, sendo anual a atribuição deste fundo.

“Os projectos devem ser necessários, sustentáveis e de qualidade”, sendo privilegiadas as áreas do envelhecimento, da deficiência, da saúde, do combate à pobreza e apoio à natalidade.

Igual à nicotina e o álcool
Alimentos altamente processados e ricos em açúcar e gordura causam efeitos semelhantes às drogas. Um novo estudo da...

Este é um dos primeiros estudos a examinar especificamente quais alimentos podem influenciar o ‘vício de comer’, o que se tornou um crescente interesse para cientistas e consumidores, considerando a epidemia da obesidade.

Estudos anteriores em animais concluem que alimentos altamente processados, ou alimentos com gordura ou hidratos de carbono refinados adicionados (como farinha branca e açúcar), podem ser capazes de desencadear o comportamento do vício alimentar. Estudos clínicos em humanos têm observado que alguns indivíduos preenchem os critérios de dependência de substância, quando essa substância é a comida.

Apesar dos alimentos altamente processados, conhecidos geralmente por serem mais saborosos e muitas vezes serem os preferidos, ainda não se sabe se estes tipos de alimentos podem desencadear respostas de dependência semelhante em seres humanos, nem se sabe quais alimentos específicos produzem estas respostas, disse Ashley Gearhardt, professora assistente de Psicologia da Universidade de Michigan (U-M).

Alimentos não processados, com nenhuma gordura ou hidratos de carbono refinados adicionados, como arroz integral e salmão, não foram associados com o comportamento de ‘vício de comer’.

Pessoas com estes sintomas de ‘vício alimentar’ ou com maior Índice de Massa Corporal relataram mais problemas com alimentos altamente processados, sugerindo que o consumo compulsivo pode estar particularmente ligado às propriedades "gratificantes" desses alimentos, disse Erica Schulte, estudante de doutoramento de Psicologia da U-M e principal autora do estudo.

“Se as propriedades de alguns alimentos estão associadas com o ‘vício de comer’ para algumas pessoas, isto pode impactar as directrizes de nutrição, como também as iniciativas de políticas públicas como, por exemplo, a venda desses alimentos a crianças,” disse Schulte.

Nicole Avena, professora assistente de Farmacologia e Sistemas Terapêuticos da Escola de Medicina Icahn, no Monte Sinai, em Nova York e coautora do estudo, também explica a importância das conclusões.

“Este é um primeiro passo para identificar os alimentos específicos e as propriedades dos que podem desencadear essa resposta viciante,” ela disse. “Isto pode ajudar a mudar a forma como abordamos o tratamento da obesidade. Pode não ser uma simples questão de reduzir o consumo de certos alimentos, mas em vez disso, adotar métodos usados para restringir o consumo do fumo, das bebidas e das drogas.

Pesquisas futuras devem examinar se os alimentos viciantes são capazes de desencadear alterações em circuitos cerebrais e de comportamento, como o abuso das drogas, disseram os pesquisadores.

Em Coimbra
Especialistas dos Estados Unidos da América, do Brasil e de Portugal discutem o papel das “intervenções breves” na mudança de...

Peritos internacionais na realização de “intervenções breves” no consumo de álcool e outras substâncias psicoactivas estão, hoje e amanhã, reunidos na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), acolhida pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), onde estão a fazer workshops dirigidos a meia centena de profissionais de saúde e de educação.

A iniciativa insere-se no âmbito de actuação do projecto “Prevenção do uso/abuso de álcool e outras substâncias psicoactivas: intervenções em contextos ao longo do ciclo vital”, inscrito na UICISA: E, sob coordenação da professora Teresa Barroso.

De acordo com a organização do encontro, “as ‘intervenções breves’ são procedimentos simples, baseados em pressupostos cognitivo-comportamentais, voltados para educação e motivação do paciente para mudança de comportamentos, têm um custo reduzido e mostraram ser eficazes na redução dos consumos e diminuição dos problemas relacionados com o álcool e outras substâncias psicoactivas”.

“Existe evidência científica da eficácia das intervenções breves em reduzir o consumo de álcool e outras substâncias psicoactivas, em particular se forem desenvolvidas no contexto dos cuidados de saúde primários. Em Portugal, a detecção precoce e as intervenções breves estão preconizadas no Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e outras Dependências (SICAD, 2013), contudo estas ainda não estão disseminadas nos contextos de cuidados de saúde primários”, afirma a professora da ESEnfC, Teresa Barroso.

Primeiro Dia Mundial do Cancro Colo Rectal
A Associação Internacional do Cancro Colo Rectal lança hoje a campanha de sensibilização Get Tested, no âmbito do primeiro Dia...

“O teste do biomarcador é essencial para aumentar as taxas de sobrevivência dos doentes recém-diagnosticados com cancro color rcetal metastático. Para estes novos doentes é de extrema importância conhecerem o resultado do seu teste antes de iniciar o tratamento”, explica  Fortunato Ciardiello, Presidente da Associação Internacional do Cancro Colo Rectal (ICCA) e Presidente da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO).

A campanha é apresentada em Bruxelas, no Parlamento Europeu, através de um White Paper que apela à utilização regular do teste biomarcador RAS, no âmbito de um plano de tratamento oncológico personalizado.

Philippe de Backer, Membro do Parlamento Europeu da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, refere que: “o cancro color rectal metastático é um exemplo de que selecionar uma abordagem terapêutica personalizada, através do uso de biomarcadores, pode fazer uma real diferença no sucesso do tratamento dos doentes. Todos os cidadãos, independentemente do local onde vivem, devem ter acesso a este teste após um diagnóstico de cancro colo rectal metastático (CCRm)”.

Para uma informação mais especializada, a campanha Get Tested criou o site www.GetTestedCampaign.com.

O site explica e disponibiliza:

  • O que é o teste RAS
  • O que é o cancro colo rectal metastático
  • O papel dos biomarcadores na seleção do tratamento
  • Links com informação dirigida aos doentes e informações de diversas Associações de Doentes.

A campanha Get Tested tem o apoio da Associação de Doentes com Doenças Oncológicas; Organização Bowel Cancer Australia; Bowel Cancer UK; CHU - Hôpitaux de Rouen; Fundação Ballroom Dancing For Cancer; Europacolon; Aliança Europeia da Medicina Personalizada; Aliança Europeia do Doente com Cancro; Aliança Global do Cancro do Colon; L'Istituto Nazionale Tumori (INT); Federação Italiana das Associações Voluntárias em Oncologia (FAVO); Seconda Università di Napoli; Merck Serono, Amgen e Sysmex Inostics.

Ao nível nacional, a campanha conta com o apoio da Europacolon Portugal; Grupo de Investigação do Cancro Digestivo e ONCO+.

 

Sobre a Associação Internacional do Cancro Colo Rectal
A Associação Internacional do Cancro Colo Rectal (ICCA) é uma iniciativa global que junta um grupo multidisciplinar de pessoas com interesse na gestão do cancro colo rectal e na melhoria dos cuidados do doente.

A ICCA é responsável pela campanha Get Tested, que tem como objectivo aumentar a sensibilização e compreensão da importância do teste do biomarcador na selecção do tratamento, como parte do desenvolvimento de um plano de tratamento personalizado do cancro, para os doentes recém-diagnosticados com cancro colo rectal metastático.

A ICCA está atualmente em fase de registo como Associação Internacional Sem Fins Lucrativos, em Bruxelas (INPMA).

Sobre o RAS
O RAS – um biomarcador preditivo – é o nome colectivo para o grupo de genes que inclui o KRAS e NRAS e que pode ser utilizado para ajudar a selecionar a terapêutica mais apropriada para cada doente com cancro colo rectal metastático.

No cancro colo rectal metastático, o RAS tem sido identificado como o biomarcador-chave que pode ajudar a prever qual será a resposta do doente com CCRm a tratamentos específicos, tornando-se importante conhecer o estado do RAS o mais cedo possível. Cerca de metade dos doentes com CCRm apresentam tumores com RAS não mutado e a outra metade apresentam tumores com RAS mutado.

Sobre o cancro colo rectal
O cancro colo rectal, também conhecido como cancro do intestino, é o 3º cancro mais comum nos homens e o 2º mais comum nas mulheres, a nível mundial. Em 2012 morreram mais de 694.000 pessoas com esta doença.

No estadio avançado, é conhecido por cancro colo rectal metastático (CCRm), pois o tumor primário no cólon ou recto já se encontra espalhado (metastizado) para outras partes do corpo, geralmente o fígado ou pulmões, tornando-o mais difícil de tratar.

As taxas de sobrevivência do CCRm são baixas, com apenas 10-12% dos doentes a sobreviver 5 anos após o diagnóstico. Contudo, análises recentes indicam que a escolha da terapêutica dirigida ao receptor do factor de crescimento epidérmico (terapêutica anti-EGFR) pode aumentar as taxas de sobrevivência dos doentes com CCRm cujos tumores não apresentam mutações no RAS, com taxas de sobrevivência acima dos 30 meses. Como reconhecimento do avanço que o teste RAS possibilitou na gestão do tratamento do CCRm, as guidelines de tratamento foram actualizadas na Europa e nos EUA, recomendando que todos os doentes com CCRm efectuem o teste RAS antes da terapêutica anti-EGFR.

A partir de 6ª feira
Os pólenes vão estar em níveis muito elevados em todo o país desde sexta-feira até ao dia 2 de Abril, informou a Sociedade...

Segundo as previsões do boletim polínico semanal, prevêem-se níveis muito elevados de pólenes em todas as regiões de Portugal Continental, tendência que vem com o aumento das temperaturas e a falta de chuva.

Já no Funchal e em Ponta Delgada os pólenes estarão em níveis baixos.

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica passa a divulgar, todas as quintas-feiras, o boletim polínico, durante a primavera, estação propícia a alergias.

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