Associações querem
A Aliança Portuguesa das Associações das Doenças Raras defende a criação de um registo nacional que permita um acompanhamento...

A ideia é apresentada Marta Jacinto, presidente da aliança, a propósito da Conferência Nacional EUROPLAN, que decorre na Assembleia da República, nos próximos dias 27 e 28 de Fevereiro, para assinalar o Dia Mundial das Doenças Raras.

Com esta iniciativa as associações querem promover a estratégia nacional para as doenças raras e pressionar o Governo a traçar um plano de directivas, adequado à realidade portuguesa, explica.

“Um registo nacional é algo que seria muito útil para os doentes mas também para os decisores, permitindo dimensionar correctamente os serviços por exemplo, assegurando acompanhamento adequado dos doentes, mas infelizmente ainda não existe,” considera.

Segundo a responsável, estão actualmente descritas mais de 6.000 doenças raras, um número “muito grande”, que dificulta o seu conhecimento pela generalidade dos profissionais de saúde.

“Podem deparar-se com casos únicos de doenças das quais, na melhor das hipóteses, ouviram algo remoto durante a sua formação académica”, acrescentou, considerando que “não é razoável esperar que todos os profissionais conheçam a fundo todas as doenças raras”.

Para Marta Jacinto, o que é “imprescindível” é que sejam criados centros de referência para as doenças raras, através dos quais os profissionais de saúde especializados possam acompanhar os doentes ou formar profissionais que actuem em proximidade com os doentes.

A propósito dos medicamentos para as doenças raras, a presidente da aliança sublinha que são poucas as doenças para as quais há tratamento.

Existem os chamados medicamentos órfãos que não curam, mas permitem que a doença não progrida do mesmo modo.

“Estes medicamentos servem poucos doentes e, apesar de incentivos específicos à indústria farmacêutica, têm um maior custo de investigação, acabando geralmente por ter um custo muito elevado e longos atrasos até serem disponibilizados no SNS”, frisou.

No entanto, mais do que tratamentos ou terapias avulsas, as associações consideram que estas doenças requerem cuidados integrados, que não existem em Portugal para a grande maioria.

A Conferência Nacional EUROPLAN é uma iniciativa promovida pela Aliança, no âmbito do projecto EUROPLAN II, a par de outras 24 conferências em países distintos, e pretende debater a situação actual e apresentar propostas concretas de melhoria da vida das pessoas com doença rara.

Uma doença rara é aquela que afecta no máximo uma pessoa em cada 2000. Estima-se que as doenças raras afectem, ao todo, entre 6 a 8% da população, o que representa entre 24 e 36 milhões de pessoas na Comunidade Europeia (equivalente à população conjunta da Holanda, Bélgica e Luxemburgo).

DGS
Uma em cada três crianças em Portugal estão expostas ao fumo do tabaco, segundo dados divulgados pela Direcção-Geral da Saúde,...

As mensagens-chaves da campanha revelam que mais de 80% do fumo ambiental do tabaco é invisível, que os químicos tóxicos do fumo permanecem no interior da casa ou do carro e que não há um limiar seguro de exposição ao fumo.

“Quando alguém fuma, todos fumam à sua volta”, é um dos slogans da campanha, que custou cerca de 70 mil euros.

Para o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Leal da Costa, esta verba é pequena quando comparada com os mais de 500 milhões de euros gastos por ano com os fumadores no âmbito do Serviço Nacional de Saúde.

Com o grande objectivo de reduzir a exposição das crianças ao fumo ambiental do tabaco, a campanha vem alertar que fumar em casa, mesmo que não seja na presença dos menores, é igualmente prejudicial.

A directora do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo lembrou que o fumo do tabaco fica impregnado nas roupas, no pó, nos objectos e nas superfícies da casa ou do carro.

Assim, mesmo quem fuma numa divisão sem crianças, e ainda que com janelas abertas, não deixa de contribuir para que os menores sejam expostos ao fumo ambiental do cigarro.

Aliás, um estudo internacional demonstrou que “a contaminação pelo fumo do tabaco em casas de fumadores que tentam proteger as crianças, não fumando no seu quarto ou na sua presença, foi cinco a sete vezes superior à observada nas casas de não fumadores”.

Fumar nas viagens de carro é outro dos alvos da campanha, havendo evidência científica que demonstra que o carro fica igualmente poluído mesmo depois de o cigarro ter sido apagado ou quando é fumado com as janelas abertas.

Segundo um estudo realizado há cerca de três anos com crianças portuguesas a frequentar o 4º ano, 28% dos menores eram expostas ao fumo do tabaco no carro familiar.

Durante a apresentação da campanha, que passará pelas rádios, imprensa e televisão, o secretário de Estado disse esperar que a nova lei do tabaco chegue ao parlamento, onde tem de ser aprovada, ainda durante esta legislatura.

A ideia central da nova lei é impedir os novos restaurantes e cafés de terem espaços para fumadores.

Os novos restaurantes ou cafés já deverão estar assim proibidos de criar espaços para fumadores enquanto os que já existem terão um de adaptação para eliminar as zonas de fumadores.

Este período de adaptação é justificado por Leal da Costa com o investimento que alguns estabelecimentos fizeram em equipamentos para cumprir a lei e poder ter zonas de fumadores.

Sobre a possibilidade de comparticipar os medicamentos para ajudar a deixar de fumar, o governante garantiu que a ideia não foi abandonada, mas frisou que esses fármacos são importantes no âmbito da adesão a um programa de desabituação tabágica.

Outra ideia ainda em análise é atribuir a um ex-fumador uma “recompensa tardia” por ter deixado de fumar, devolvendo posteriormente (o todo ou em parte) o que tiver a ser gasto nos medicamentos para deixar de fumar.

Ministério está a estudar
O Ministério da Saúde está a estudar a passagem de alguns medicamentos que actualmente só se vendem com receita médica para a...

“Estão a ser estudados medicamentos de receita médica que podem passar a ser vendidos sem receita exclusivamente nas farmácias”, disse o Infarmed.

Isto significa que os medicamentos actualmente sujeitos a receita médica que mudem de categoria entram na chamada terceira lista, a dos Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica de dispensa exclusiva em farmácia (MNSRM-EF).

“É uma subcategoria dos Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM). São medicamentos que, embora possam ser dispensados sem prescrição médica, a respectiva dispensa é condicionada à intervenção do farmacêutico e aplicação de protocolos de dispensa”, esclarece o Infarmed.

A autoridade do medicamento sublinha ainda que estes medicamentos “não poderão passar para os locais de venda de MNSRM (vulgarmente denominados parafarmácias)”.

No entanto, lembra que o regulamento dos MNSRM-EF prevê que três anos após a entrada de medicamentos nesta lista, haverá lugar a uma nova avaliação que poderá determinar a sua passagem para venda em parafarmácias.

“O Infarmed irá reavaliar a atribuição/reclassificação do medicamento como MNSRM-EF, decorridos 3 anos após a sua atribuição/reclassificação. Desta reavaliação poderá decorrer a manutenção do estatuto quanto à dispensa (MNSRM-EF), ou a sua reclassificação como MNSRM, traduzindo-se assim no aumento do número de MNSRM disponíveis” noutros espaços comerciais.

O primeiro presidente do Infarmed, também ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, José Aranda da Silva, defendeu na quarta-feira o alargamento da lista de medicamentos não sujeitos a receita médica, para aumentar o acesso dos doentes às terapêuticas e poupar dinheiro ao Serviço Nacional de Saúde.

José Aranda da Silva lembrou que houve um alargamento da lista de medicamentos não sujeitos a receita médica com o ministro Correia de Campos, em 2005, “mas que ficou assim”, sendo que actualmente há muitos medicamentos que já só em Portugal é que são vendidos mediante receita médica.

“Há mais espaço para mais medicamentos não sujeitos a receita medica. Há alguns medicamentos com tantos anos e que já estão tão estudados que não se justifica manterem-se assim”, afirmou.

O que está em causa são medicamentos “com um perfil de segurança tão bem estabelecido que não se justifica serem sujeitos a receita”, disse, sublinhando que muitos deles não são sequer comparticipados.

Para o ex-bastonário, o fundamental é que haja “rigor” na escolha de medicamentos com “perfil de segurança muito grande” e “garantir que a segurança seja garantida”.

Para Aranda da Silva esta medida permitiria resolver situações menores de doenças sem esperar por consulta e facilitar a terapêutica de doenças crónicas.

Entre os medicamentos que actualmente são sujeitos a receita médica em Portugal, mas que são de venda livre noutros países, contam-se os anticonceptivos, as estatinas (para o colesterol) e algumas vacinas.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde quer garantir que as grávidas passam a ter prioridade na atribuição do médico de família, uma medida que...

O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Leal da Costa, afirmou aos jornalistas que o objectivo é “assegurar que toda a grávida tenha médico de família”.

Actualmente, as grávidas têm prioridade nos atendimentos nas unidades de saúde, mas não há nenhum mecanismo que garanta que lhes é atribuído médico de família primeiro do que aos restantes utentes.

O anúncio de que a medida será apresentada no âmbito do pacote de iniciativas de apoio à natalidade foi feito pelo secretário de Estado durante a apresentação de uma campanha sobre os malefícios do tabaco.

A directora do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, Emília Nunes, considerou que o grupo das grávidas necessita de uma atenção especial no que respeita ao abandono do tabaco.

Por isso, anunciou que está a ser concluído um manual específico de apoio à cessação tabágica na gravidez.

Pelos centros de saúde
As crianças portuguesas com as vacinas contra o sarampo em atraso e que vivam em zonas onde a cobertura vacinal não é óptima...

De acordo com a subdirectora-geral da Saúde Graça Freitas, a medida vai avançar brevemente e visa impedir que Portugal deixe de ter a actual cobertura vacinal, que é superior a 95%.

A decisão da autoridade de saúde portuguesa surgiu numa altura em que a secção europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um apelo aos políticos, profissionais de saúde e utentes para que potenciem a vacinação contra o sarampo nos grupos de risco.

Desde 2014, sete países europeus registaram 22.149 casos de sarampo, segundo a ONU. Nos Estados Unidos estão doentes cerca de 120 pessoas, em 14 estados.

No passado dia 18, uma criança de 18 meses morreu com sarampo na Alemanha, país que enfrenta o pior surto nos últimos anos desta doença altamente contagiosa.

Segundo Graça Freitas, Portugal tem taxas de cobertura nacional muito elevadas, o que não quer dizer que em determinadas populações não existam bolsas de risco.

É precisamente para reforçar estas populações de risco que a Direcção Geral da Saúde vai iniciar uma campanha a nível local.

Caberá aos centros de saúde em zonas que não são consideradas óptimas em termos de vacinação contra o sarampo, identificar as crianças com as vacinas em atraso e chamá-las para receberem as tomas em falta.

O Plano Nacional de Vacinação (PNV), através do qual o Serviço Nacional de Saúde (SNS) administra gratuitamente a vacina contra o sarampo, prevê a primeira dose aos 12 meses e a segunda entre os cinco e os seis anos.

No caso dos pais que não aceitem o convite dos centros de saúde para vacinarem os seus filhos, estes deverão assinar um termo de responsabilidade. Se não o fizerem, esta decisão será registada pelos serviços de saúde.

Graça Freitas acredita, contudo, que as tomas de vacina em falta se devem-se mais ao esquecimento dos pais portugueses do que propriamente a uma oposição a esta medida profilática.

De acordo com a OMS, o sarampo provocou 145.700 óbitos em 2013, comparativamente aos 122 mil registados em 2012.

Em Portugal, desde 2004 que não existem casos de sarampo, sendo os registados importados.

Desde que não vendam tabaco
O Infarmed é favorável ao alargamento da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica a outros espaços comerciais para...

“Desde que cumpridos os critérios legalmente definidos, independentemente do espaço onde se pretende a instalação do local de venda de MNSRM [medicamentos não sujeitos a receita médica], será autorizada a comercialização de MNSRM, independentemente da actividade comercial a que se dedique”, esclarece o Infarmed..

A autoridade do medicamento sublinha, contudo, que a legislação aplicável à venda destes medicamentos estabelece “que é proibida a venda de produtos do tabaco nos locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita médica”.

A Associação Nacional de Farmácias (ANF) defendeu na terça-feira a comercialização de medicamentos de venda livre em quiosques, bombas de gasolina e cafés, para aumentar o acesso da população aqueles produtos e a concorrência.

Esta ideia foi contestada pela Associação de Farmácias de Portugal (AFP), que alertou para os riscos associados à “banalização” da venda de medicamentos, lembrando que são um produto com características especiais.

A associação considera que tal medida traria “perigos de saúde pública” e questiona a capacidade das autoridades de saúde para garantir as condições de segurança exigidas no acondicionamento e disponibilização dos medicamentos aos cidadãos nestes locais.

O Infarmed clarifica que esses medicamentos estariam sujeitos às mesmas garantias de qualidade que todos os outros que são vendidos em farmácias e parafarmácias, afastando um cenário de risco para a saúde pública.

“Os MNSRM fornecidos fora das farmácias estão sujeitos ao mesmo regime de garantia e fiscalização da qualidade e segurança dos medicamentos que são fornecidos em farmácia” e os locais destinados à venda destes medicamentos estão sujeitos a um registo prévio no INFARMED, bem como o seu titular e responsável técnico estão sujeitos à fiscalização das entidades competentes, explica o Infarmed.

A autoridade do medicamento adianta ainda que só será permitida a comercialização de MNSRM depois de assegurada a sua efectiva segregação e facturação autónoma.

O Infarmed lembra ainda que estes medicamentos têm que estar disponíveis num local especificamente delimitado e apenas afecto à venda destes e de outros produtos de saúde.

Até que seja necessário
Os centros de saúde vão continuar com horários alargados até que o número de doentes que aparecem durante a noite seja residual...

As Administrações Regionais de Saúde (ARS), nomeadamente na Região de Lisboa e Vale do Tejo, tinham decidido alargar os horários de atendimento até ao dia 27 de Fevereiro, devido à época gripal e para evitar o congestionamento dos hospitais.

“As indicações que matemos para os centros de saúde são de manter o alargamento de horário durante este período. Os dados epidemiológicos é que vão determinar o termo desse alargamento. A época gripal está a diminuir, mas manda a boa cautela que só depois de demonstrada a não necessidade da abertura é que ela eventualmente será reduzida”, declarou o secretário de Estado Fernando Leal da Costa aos jornalistas à margem de um encontro para apresentar uma campanha sobre os malefícios do tabaco.

Segundo o governante, houve centros de saúde que chegaram a ter picos de 200 doentes urgentes por semana e atualmente já há afluências tão baixas como 10 doentes por semana.

A decisão final de manter o alargamento dos horários caberá sempre a cada unidade e às ARS.

A Direcção-geral da Saúde tem apelado aos portugueses que apresentem situações clínicas menos graves para recorrerem aos centros de saúde ou utilizarem a Linha Saúde 24 a “fim de evitar o congestionamento” dos serviços de urgência hospitalares.

Governo decide
O Governo decidiu estender a isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde a todos os menores de 18 anos e...

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência referiu que, até agora, estavam isentos de taxas moderadoras apenas as crianças até doze anos. Com a alteração hoje aprovada, que estende essa isenção a todos os menores de idade, "seis milhões de portugueses estão isentos de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde (SNS)", acrescentou Luís Marques Guedes.

No comunicado do Conselho de Ministros, o executivo PSD/CDS-PP justifica esta alteração ao regime de isenção de taxas moderadoras com o objetivo de "garantir a eliminação de quaisquer constrangimentos financeiros no acesso dos menores aos serviços de saúde assegurados pelo SNS".

Em declarações aos jornalistas durante a apresentação de uma campanha sobre o tabaco, em Lisboa, o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Leal da Costa, disse que este alargamento das isenções abrange um universo superior a 400 mil menores.

Também, o Governo "prorrogou, por três anos, o prazo de vigência do regime excepcional de contratação de médicos aposentados pelos serviços e estabelecimentos do SNS". Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, "procura-se, assim, dar resposta à carência de médicos e, deste modo, assegurar a manutenção dos cuidados de saúde a todos os cidadãos".

DGS
A Direcção-Geral da Saúde registou em Janeiro 33 notificações de violência contra profissionais de saúde no local de trabalho,...

Em Janeiro deste ano, foram registados pelo Observatório Nacional da Violência Contra os Profissionais de Saúde no Local de Trabalho 33 casos de violência contra profissionais de saúde, sendo que no ano de 2014 houve um total de 531 notificações, dando uma média de 44,3 episódios por mês e 1,45 por dia.

O número de casos em 2014 mais que duplicou face ao registo de 2013, que se situou nos 202 casos, sendo que o número de notificações tem vindo a aumentar desde 2007, ano em que se registaram 35 casos.

Em 2013, as notificações, realizadas no “site” da Direcção-Geral da Saúde (DGS), de forma voluntária e anónima, foram feitas na sua maioria por profissionais de saúde do sexo feminino.

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) apresentou o maior número de notificações em 2013, 87, seguida da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, com 69 notificações.

Das 202 notificações, o espaço físico mais referido, segundo a DGS, foi "a consulta externa" e os "serviços médicos", com 59 e 19 episódios respectivamente.

45% dos agressores em 2013 eram doentes, 34% profissionais de saúde e 16% familiares dos doentes, informou a DGS.

Mais de metade dos agressores são do sexo feminino e o grupo "etário predominante é de 40 a 49 anos, seguido do grupo etário de 50 a 59 anos".

Oitenta e um profissionais de saúde alvo de violência no local de trabalho referiram ainda estarem muito insatisfeitos quanto "à gestão do episódio de violência por parte da instituição".

Para além de os profissionais acabarem por "reportar mais" estas situações, o aumento poderá estar relacionado com um motivo "mais indirecto, que é a situação global que as pessoas estão a viver", disse Lusa Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM).

"As pessoas estão insatisfeitas no seu dia-a-dia e expressam com violência as suas emoções no hospital e nos centros de saúde", explanou, sublinhando que os utentes também se mostram "insatisfeitos com aquilo que lhes está a ser dado", em termos de cuidados de saúde, havendo "dificuldades nos transportes, na aquisição de medicamentos e pagamento das taxas moderadoras", apontou.

A própria Ordem tem-se apercebido de um aumento de situações de "violência física e psicológica", estando a constituir um grupo multidisciplinar dentro da secção para responder a estes casos.

Carlos Cortes salientou ainda que as próprias instituições têm de "dar apoio ao profissional", sendo reportado à Ordem que, muitas vezes, as vítimas deste tipo de violência "se sentem desprotegidas".

No próximo dia 12 de Março
Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas...

Portugal é um dos países da Europa que regista uma maior taxa de incidência de doentes com Insuficiência Renal Crónica (IRC) em terapêutica de substituição da função renal. Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, todos os anos surgem cerca de dois mil novos casos na fase terminal da doença existindo, actualmente, cerca de 18.3500 portugueses a realizar uma das técnicas de substituição da função renal. Os principais fatores de risco da IRC são a Diabetes e a Hipertensão Arterial, dois problemas em crescente na nossa sociedade.

Neste sentido, atendendo a que os dois principais factores de risco da IRC, continuam a ser a Diabetes e a Hipertensão Arterial, a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), ciente deste flagelo para toda a população, volta a realizar este ano os habituais rastreios gratuitos em Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Coimbra e Funchal, contribuindo assim para que esta questão da prevenção da Doença Renal Crónica, seja efectivamente alvo de uma maior atenção por parte das Autoridades Nacionais de Saúde.

Em Portugal
A nutrição é um factor-chave para os doentes com cancro, podendo ajudá-los a tolerar os tratamentos e a aumentar o potencial...

A professora e investigadora Paula Ravasco explicou que a nutrição em oncologia é uma área “deficitária em termos de formação específica”, ao contrário de outros países que já apostam fortemente nesta área de formação específica avançada há anos.

Paula Ravasco, que coordena o curso de formação avançada em Nutrição em Oncologia que se inicia esta semana na Universidade Católica Portuguesa, considera, por outro lado, que há muita informação disponível para a população em geral sobre as questões da nutrição em oncologia.

Trata-se muitas vezes de informação não suportada por evidência científica e que, inevitavelmente, acaba por influenciar as escolhas alimentares dos doentes.

Estudos recentes têm demonstrado que a nutrição adequada pode ser um factor terapêutico adjuvante durante o tratamento da doença oncológica.

Contudo, a intervenção nutricional deve ser feita de forma individualizada, tendo em consideração os hábitos e preferências dos doentes com alimentos escolhidos em função de cada doente, do tipo de tumor e do tipo de tratamento a que o doente vai ser submetido, afirmou Paula Ravasco, sendo desaconselhado que os doentes iniciem a toma de suplementos, independentemente da sua composição, sem supervisão médica.

Muitas substâncias que podem ser tomadas sem supervisão ou prescrição médica, além de poderem não ter qualquer efeito na doença, poderão mesmo ser prejudiciais à saúde da pessoa, fazendo assim também mal à doença.

A intervenção nutricional deve assim ser feita envolvendo todos os profissionais que tratam o doente, desde médicos, a enfermeiros e nutricionistas.

Paula Ravasco frisou que a nutrição individualizada é um factor-chave para um melhor prognóstico, uma vez que pode “modular o efeito dos tratamentos antineoplásicos”, tornando-os mais eficazes, “aumentando o potencial para um prognóstico mais favorável”.

Outra das componentes da formação avançada que começa esta semana em Lisboa é a nutrição como factor de risco ou fator protector na doença oncológica.

Dados científicos internacionais mostram que uma nutrição adequada em conjunto com estilos de vida saudáveis são capazes de prevenir cerca de 40% a 50% dos cancros a nível mundial.

O que conta é a alimentação como um todo, a que consiga veicular os nutrientes essenciais nas proporções certas para cada pessoa – e não um único alimento: “De facto o mais relevante na prevenção e terapêutica da doença é o conjunto equilibrado entre alimentação e estilos de vida”.

Segundo um especialista
As pessoas com arritmia cardíaca denominada fibrilhação auricular têm cinco vezes mais probabilidade de sofrer um Acidente...

Victor Gil, professor da Faculdade e Medicina de Lisboa e coordenador da unidade cardiovascular do hospital dos Lusíadas, disse que estes novos medicamentos “abrem uma nova esperança” no tratamento dos doentes com fibrilhação auricular, doença na origem de 20% do total de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), uma das principais causas de morte em Portugal.

No dia em que arranca no Algarve o 9.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, Victor Gil explicou que todos os “doentes hipertensos têm que manter a sua pressão arterial controlada ao longo da vida”, mas alertou que há “2,5% da população portuguesa” com fibrilhação auricular e que essa arritmia afecta “mais de 10% da população com mais de 80 anos”.

“Muitos dos AVC têm que ver com antecedentes de tensão arterial, mas há também um grupo muito importante de AVC associado ao aparecimento de uma arritmia, que é a fibrilhação auricular. Cerca de 20% ou mais dos AVC devem-se a essa arritmia e são geralmente evitáveis pelo uso adequado de medicamentos que dificultam a coagulação do sangue”, afirmou.

Estas pessoas, disse, “têm um risco de AVC cinco vezes superior ao da população normal”, mas “a maior parte deles são possíveis de evitar” com a administração dos “chamados anticoagulantes”.

“Essa terapêutica anticoagulante, até há uns anos atrás, era extremamente difícil de fazer, porque os medicamentos que existiam eram influenciados por muitos outros medicamentos, até por alimentos, e o controlo era inadequado na maior parte dos doentes”, contrapôs o especialista.

Victor Gil sublinhou que já “surgiram medicamentos mais modernos”, mais fáceis de utilizar e que permitem no universo desses doentes “evitar 70% dos AVC”, que são, advertiu, “uma das principais causas de morte em Portugal e fazem 200 vítimas fatais por 100 mil habitantes por ano”.

“Nesses doentes com a fibrilhação auricular, as consequências do AVC ainda são piores, porque geralmente os AVC nestes doentes têm origem num coágulo de sangue que se forma dentro do coração, coágulo que é grande e que vai ocluir uma extensa zona do cérebro. Têm o dobro da mortalidade e um grau de incapacidade também muito maior que os outros”, acrescentou.

Victor Gil recordou ainda que “o AVC é uma das principais causas de morte em Portugal, com cerca de 200 mortes por 100 mil habitantes por ano e cerca de 25 mil doentes internados por ano” devido às suas consequências graves, que provocam “incapacidade de alto grau em mais de 50% dos casos”.

Nesta época
Mais de 1,5 milhões de portugueses com mais de 60 anos foram vacinados contra a gripe nesta época, segundo os resultados finais...

De acordo com o relatório final do Vacinómetro para a presente época gripal foram vacinados 1.311.031 portugueses com mais de 65 anos (64,5% desta população) e 228.420 com idades entre os 60 e os 64 anos (35,3%).

Os doentes crónicos vacinados atingiram os 55,3%, enquanto 51,7% dos profissionais de risco optaram por esta medida profilática.

O Vacinómetro – que monitoriza a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários e recomendados – indica ainda que do total dos grupos inquiridos, 91,9% já tinha recebido a vacina contra a gripe em outras épocas, enquanto os restantes (8,1%) tomaram esta vacina pela primeira vez.

Em relação à época gripal anterior (2013/2014) registou-se um aumento da percentagem de pessoas vacinadas, passando de 62,2% para os 64,5%, no caso das pessoas com mais de 65 anos, e de 34,3% para 35,3% dos indivíduos com idades entre os 60 e os 64 anos.

Lançado em 2009, o Vacinómetro é uma iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio de uma farmacêutica.

Estudo
As pessoas diagnosticadas com Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção têm duas vezes mais probabilidade de...

Segundo o estudo divulgado, o risco é superior nas mulheres, devido a acidentes, sobretudo se a doença for diagnosticada na idade adulta.

As conclusões partem de uma investigação realizada desde 2013 junto de dois milhões de dinamarqueses, incluindo 32 mil pessoas que sofrem de Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (ADHD) desde o nascimento.

Um total de 107 pessoas afetadas com ADHD morreu durante o período de investigação.

“As pessoas diagnosticadas com ADHD tem o dobro das probabilidades de morte prematura do que as pessoas sem a doença”, refere o estudo coordenado por Soeren Dalsgaard, da Universidade de Aarhus, Dinamarca.

O ADHD é uma condição de falta de atenção, hiperactividade e comportamento impulsivo que perturbam a socialização e o processo de educação dos indivíduos.

Estudo revela
A maioria da população está informada sobre os malefícios do consumo excessivo de sal, um dos principais factores de risco para...

No estudo sobre a “Percepção da População sobre Hipertensão”, da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), a ser apresentado na quinta-feira, no 9º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, 56% da população considera estar mais informada sobre a hipertensão enquanto um problema de saúde pública, sendo que 47% acredita estar mais informada do que há cinco anos atrás.

Em declarações, o presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), Fernando Pinto, considerou este um dos resultados mais importantes do estudo, pois demonstra uma “melhoria significativa da consciência que as pessoas têm sobre o que é a hipertensão, o que a provoca e sobre os seus riscos, nomeadamente em termos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e enfarte.

Segundo Fernando Pinto, as doenças cérebro-cardiovasculares matam um em cada três portugueses e retiram em média 12 anos de vida útil.

Como “menos positivo” o responsável aponta o facto de, apesar de a maioria ter consciência de que o sal é mau para a saúde e é proporcionador de hipertensão, mas também das doenças que provoca, apenas um quarto mudou na prática os seus hábitos em relação à ingestão do sal.

De acordo com o estudo, 70% aponta o consumo excessivo de sal como a principal causa de hipertensão, seguido da má alimentação (56%) e do stress (40%).

O estudo indica ainda que 78% dos portugueses estão mais informados sobre os malefícios que uma dieta com alto teor de sódio pode provocar, mas mais de metade (54%) ainda desconhece o consumo diário de sal recomendado pela Organização Mundial de Saúde e apenas um quarto mudou os seus hábitos de consumo.

Recuando cinco anos atrás, verifica-se que esta percentagem se manteve inalterada, o que revela pouca preocupação na redução do consumo de sal, diz o estudo, sublinhando que 62% dos portugueses não verificam qual a quantidade de sal presente nos alimentos embalados e os que fazem não a identificam facilmente.

“Temos que continuar a alertar as pessoas para o risco do sal porque está a ter impacto. As pessoas estão mais conscientes. O outro passo menos fácil é fazer com que consigam habituar-se à redução do sal”, disse Fernando Pinto, comparando com os fumadores, que, apesar de conscientes do risco, têm dificuldade em deixar de fumar.

O responsável afirma que “o sal também é uma droga de adição” e que é preciso “tentar reduções progressivas”.

Para ajudar os portugueses a interpretar os rótulos dos alimentos, a SPH propôs a rotulagem dos alimentos com as cores do semáforo: vermelho para os alimentos com muito sal, amarelo com sal moderado e verde com pouco sal.

“Isto permitiria de forma rápida, no dia-a-dia fazer a escolha e levaria as empresas a reduzir o sal dos alimentos”, afirma, acrescentando que esta medida consta de uma directiva europeia que nunca foi transposta para Portugal, um dos países maiores consumidores de sal.

O estudo revela ainda que 85% da população considera que ter hipertensão é ter tensão alta e 61% percebe que é um problema grave de saúde, mas apenas 36% considera ser um problema muito grave e 28% desconhece os valores a partir dos quais se tem hipertensão.

Em termos dos principais riscos associados, 74% destaca o AVC e 61% o enfarte.

De acordo com Fernando Pinto, a hipertensão é o maior problema de saúde pública, com uma prevalência que atinge quase metade da população portuguesa (42%).

O presidente da SPH salienta ainda que se estima que haja um “aumento importante” de hipertensão nos jovens e adolescentes, fruto do consumo excessivo de sal, do sedentarismo e da obesidade.

STAL
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, Francisco Braz, afirmou em Coimbra que a delegação de...

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) considerou que a entrega de serviços nestas áreas às autarquias pode "liquidar o direito à saúde e à educação" e atribuiu ao Governo uma "visão retrógrada e passadista".

"A educação tem de ser a mesma em Trás-os-Montes ou no Algarve", apontou, exemplificando que, no caso da saúde, poderá depois haver "um município que decide ter um centro de saúde e outro não".

A descentralização, para além de não garantir "os meios financeiros" adequados, é uma forma de transformar as autarquias "numa extensão do Governo", protestou.

Francisco Braz falava aos jornalistas à margem de uma concentração de cerca de 50 sindicalistas e trabalhadores da região Centro junto à sede da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), onde entregaram dois documentos, um relativo à municipalização dos serviços e outro sobre a aplicação das 35 horas semanais de trabalho.

Num dos documentos entregues, o STAL afirmava que o processo de descentralização contribui "para a desagregação e destruição do Serviço Nacional de Saúde" e constitui um ataque "à escola pública".

O dirigente do STAL recordou ainda a luta de mais de "590 dias" pelas 35 horas semanais nos funcionários da administração local, frisando que o Governo "tenta, por todos os meios", impor a sua posição, estando neste momento "mais de 500 acordos assinados pelas autarquias" bloqueados.

"O Governo entende que tem que negociar pelas autarquias", criticou, defendendo que o poder central tem de "respeitar a autonomia" das autarquias.

O Governo aumentou o horário de trabalho dos funcionários públicos de 35 para 40 horas semanais, a partir de Outubro de 2013, mas a lei, que mereceu protestos dos partidos da oposição e de sindicatos da administração pública, acabou por ser analisada pelo Tribunal Constitucional (TC).

O TC não declarou a medida inconstitucional, mas deixou em aberto a possibilidade de as câmaras decidirem, cada uma por si, manter os horários de 35 horas para os trabalhadores da administração pública local, através de negociação de acordos coletivos de trabalho com os sindicatos.

Contudo, para que os acordos entrassem efectivamente em vigor deveriam ser promulgados para publicação pelo secretário de Estado da Administração Pública, que até hoje não assinou nenhum.

Francisco Braz mostrou ainda o seu "desagrado" para com a ANMP, por ter decidido não se reunir com o STAL.

"Valorizamos a última tomada de posição da ANMP relativamente às 35 horas de trabalho", mas a decisão de não se reunir com o sindicato "não é demonstrativo do diálogo que se quer ter", observou.

Fonte da ANMP disse que estava agendada para uma reunião com o STAL, "mas, ao ter conhecimento por uma entidade policial de que havia uma manifestação à mesma hora, a ANMP informou do cancelamento da reunião porque não se deixa manipular e entende que, em democracia, há regras que têm de ser respeitadas".

Estudo
De acordo com os dados publicados recentemente pela Agência Nacional de Estatísticas do Canadá, quatro em cada cinco pessoas...

“A lombalgia limita não apenas os tempos e posicionamentos dos actos sexuais como é apontada em diversos estudos como causadora da diminuição da líbido e da satisfação sexual”, esclarece o especialista Luís Teixeira.

As repercussões sexuais da lombalgia são muitas vezes subestimadas devido às barreiras e a preconceitos existentes entre o doente e o seu médico assistente na abordagem deste tema. A preparação dos clínicos, o tempo e a privacidade são algumas das causas apontadas para a pouca abordagem ao assunto, mas os preconceitos dos próprios doentes relativamente ao tema, continuam a ser o principal motivo indicado para a falta de esclarecimento com as consequências que daí advêm, conforme explica o cirurgião ortopédico que destaca “a hiperpressão aplicada às estruturas articulares e musculoligamentares da coluna vertebral aquando do acto sexual.”

Mas o caminho pode ser outro, conforme revela o especialista que admite que algumas posições sexuais e uma flexão menor de alguns membros podem ajudar numa redução significativa do desconforto sentido. “É um facto que a coluna vertebral se move durante o sexo e um dos conselhos que costumo dar passa por sugerir que a pessoa controle o movimento e que utilize menos a coluna e mais os joelhos ou o quadril, mantendo a sua coluna o mais neutra e com a menor tensão possível.”

Mas não podemos esquecer-nos que cada caso é um caso, conforme esclarece o cirurgião ortopédico: “As posições sexuais que são adequadas para um tipo de dor nas costas podem não ser as melhores para evitar algumas lesões na coluna”. Independentemente de cada posição e da postura certa, o importante, de acordo com o médico fundador do Centro de Cirurgia da Coluna, é que as pessoas recorram a um especialista para avaliar o seu caso para que “a dor nas costas não seja limitadora e não afecte a vida do doente física e psicologicamente. E que percebam que há alternativas para lidar com a dor.” Remata. 

Transplante inédito no mundo
Um adolescente italiano que sofre de cancro ósseo teve metade do seu pélvis substituído por uma prótese de titânio, no que é o...

O jovem de 18 anos estava submeter-se há um ano a um tratamento de quimioterapia contra um osteossarcoma pélvico, um tumor, mas os cirurgiões decidiram que um tratamento mais radical era necessário para assegurar a sua recuperação.

O hospital anunciou que numa operação de 11 horas e 30 minutos realizada na terça-feira, os cirurgiões removeram metade do osso da bacia do paciente e uma parte da anca afectados pelo cancro, substituindo-os por uma prótese, de titânio coberta por tântalo - um metal imune à corrosão usado principalmente em componentes electrónicos -, feita nos Estados Unidos.

A operação teve “um resultado excelente” e o paciente está agora numa terapia intensiva para o ajudar a adaptar-se à prótese, refere um comunicado do hospital.

Acção de apoio à Associação Portuguesa Contra a Leucemia
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia realiza no próximo dia 3 de Março, das 9h00 às 19h00, no Hall Central do Centro...

Para apoiar esta acção, a cantora Maria Ana Bobone, “madrinha” da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) que compôs o tema “My Wings” como hino da associação, estará também no local pelas 18h00 para contribuir pessoalmente para esta recolha e sensibilizar os visitantes do centro para a importância que cada um deles poderá ter como dador de sangue e de medula óssea.

Para ser potencial dador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 45 anos, ter pelo menos 50 kg e ser saudável. Para ser dador de sangue é preciso ter pelo menos 50 Kg, ter idade superior a 18 anos e ser saudável.

Reitor da UPorto destaca
O reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, avaliou os tempos actuais como "muito difíceis" e de ...

O reitor falava na sessão comemorativa dos 190 anos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) depois de tanto a directora desta instituição, Maria Amélia Ferreira, como representantes dos funcionários e dos estudantes terem aludido a constrangimentos financeiros.

"É verdade que vivemos tempos muito difíceis de limitações económicas. Tempo em que mais que mais do que nunca temos de adoptar políticas de governação inclusiva, de partilha e de combate ao desperdício", disse Sebastião Feyo de Azevedo.

O reitor da UP referiu que o programa horizonte 2020 prevê um bolo financeiro de cerca de 80 mil milhões de euros, 10% dos quais associados aos problemas societais da área da saúde, considerando que esta é "a maior verba de sempre para promover a ciência na Europa".

"Estão criadas condições para que a FMUP possa dinamizar ainda mais as suas actividades de investigação. Faz todo o sentido que a FMUP procure aproveitar as oportunidades de financiamento que esta estratégia europeia encerra", defendeu.

O alargamento dos cuidados médicos à população, o reforço da sustentabilidade dos sistemas de saúde, a proteção dos cidadãos europeus contra ameaças sanitárias de regiões transfronteiriças, bem como a promoção do envelhecimento ativo e saudável foram algumas das áreas que o reitor da Universidade do Porto (UP) enumerou como "apostas dos 28 Estados membros da União Europeia".

Sobre a FMUP, Feyo de Azevedo referiu que a formação académica ministrada nesta faculdade apresenta uma "qualidade" que a "iguala" às principais congéneres europeias.

Dados avançados pelo reitor dão conta de que o Mestrado Integrado de Medicina da FMUP registou consecutivamente em sete anos a classificação mais elevada de entrada nos concursos de acesso ao ensino superior.

Ao que se soma o facto de nos últimos 14 anos a FMUP ter liderado por 13 vezes o ranking das faculdades com notas que oscilaram entre os 181,0 e os 187,5 valores.

"O Porto tem condições excepcionais para se constituir como um grande centro internacional de formação e investigação na área da saúde", apontou o reitor.

Por fim, Sebastião Feyo de Azevedo aproveitou a presença de representantes da autarquia do Porto para falar de um projecto na área museológica. No seu discurso, referiu que a UP quer "abrir ao público já em 2016 colecções permanentes e temporárias no edifício da reitoria e na Casa Andresen", tendo como meta "com o envolvimento da comunidade, constituir "um valioso contributo museológico que seja uma referência nacional".

Já à margem da cerimónia, Sebastião Feyo de Azevedo explicou que este projecto - ao qual chamou "Museu da Universidade do Porto" - se traduz numa "espécie de rede ou plataforma entre todas as faculdades".

"Há muito trabalho já feito mas está um bocadinho disperso. Queremos disponibilizar os espólios de forma organizada à sociedade", explicou dando como exemplo colecções das faculdades de Ciências, Medicina ou Belas Artes.

O reitor avançou, ainda, que a UP tem como objectivo criar um futuro Museu da Saúde, ideia que por ter, assegurou, "dimensão nacional" obrigaria a captar apoios externos. "Se o projecto for de qualidade, vamos conseguir", concluiu.

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