Ministro da Saúde
O Ministro da Saúde admitiu que existe um milhão de portugueses sem médico de família, mas anunciou que os concursos que estão...

Paulo Macedo, que falava na Comissão Parlamentar de Saúde, afirmou que existem quatro concursos para a contratação de médicos, os quais deverão resultar em mais 500 mil utentes com médico de família até ao final do ano.

Ainda assim, o governante reconheceu que ainda existe um milhão de portugueses sem médico de família, número que ascendia aos dois milhões, segundo as contas de Paulo Macedo.

Segundo o ministro, o défice de médicos de família é maior nas Administrações Regionais de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve, existindo uma cobertura superior a 90% nas outras três regiões.

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra obtiveram um financiamento de 200 mil euros para aplicar um...

Uma equipa de investigadores do Serviço de Psicologia Médica (SPM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) “acaba de obter um financiamento de 200 mil euros para aplicar um programa pioneiro a nível internacional, que visa minimizar o elevado impacto negativo da depressão perinatal (gravidez e pós-parto)”, anunciou a Universidade de Coimbra (UC).

O financiamento para o projecto, denominado ‘Rastreio, prevenção e intervenção precoce na depressão perinatal - Eficácia de um novo programa nos cuidados de saúde primários’, foi atribuído pelo Programa Iniciativas de Saúde Pública, do European Economic Area Grants (EEA-Grants), no âmbito do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2009-2014.

Aquele mecanismo financeiro resulta de um memorando de entendimento entre Portugal e os países doadores, que são Islândia, Liechtenstein e Noruega.

O projecto consiste, em termos genéricos, na “aplicação a uma vasta amostra representativa de mulheres portuguesas, recrutadas nos cuidados de saúde primários e maternidades das regiões de Coimbra e de Aveiro, de um novo teste preditivo de auto-resposta”, intitulado ‘Rastreio e prevenção da depressão perinatal’.

Desenvolvido de raiz, em Coimbra, pela equipa do SPM da FMUC, “o teste avalia sintomas e factores de risco, permitindo prever quais as mulheres com maior probabilidade de ter depressão durante a gravidez e no período pós-parto”, adianta a UC.

Paralelamente, a equipa de investigadores envolvidos no estudo vai realizar “ensaios clínicos (aos níveis da prevenção e intervenção precoce), por forma a validar a eficácia do programa de rastreio”.

Para a coordenadora do projecto, Ana Telma Pereira, o objectivo da investigação, que dá continuidade ao trabalho científico desenvolvido na última década pelo SPM (e do qual resultaram “muitas publicações e apresentações internacionais”) é “continuar a contribuir para a minimização do elevado impacto negativo da depressão perinatal”.

Apesar de a depressão perinatal ser “um problema de saúde pública prevenível e tratável, sem programas de rastreio menos de 10% das mulheres afetadas recebem tratamento”, sublinha Ana Telma Pereira.

“Todas as mulheres no período perinatal poderão, potencialmente, beneficiar com esta intervenção, pois a todas será dada a oportunidade de serem avaliadas quanto à presença de sintomas de depressão perinatal e factores de risco associados”, salienta a investigadora.

As mulheres que mantenham ou a quem seja diagnosticada a patologia serão “encaminhadas para consulta externa de psiquiatria para avaliação e tratamento especializado por membros da equipa de investigação, no Centro de Responsabilidade Integrada de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)”, conclui Ana Telma Pereira.

Além da coordenadora do estudo, Ana Telma Pereira, e do diretor do SPM da FMUC, António Ferreira de Macedo, integram a equipa de investigadores envolvidos no projecto Maria João Soares e Mariana Marques, do SPM, e Carolina Roque, Miguel Bajouco, Nuno Madeira, Susana Renca e Vasco Nogueira, do Serviço de Psiquiatria do CHUC/FMUC.

Durante estudo sobre famílias portuguesas
Um grupo de investigadores descobriu, num estudo ao ADN de famílias portuguesas, um novo gene cuja mutação provoca uma forma...

Os investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) e da University College London (UCL) usaram uma tecnologia desenvolvida recentemente que permite, de uma forma relativamente rápida, a sequenciação de exomas, ou seja, a sequenciação de todos os genes do genoma humano ao mesmo tempo.

A tecnologia foi usada para estudar nove famílias portuguesas com Ataxia Recessiva com Apraxia Ocular (ARAO), identificadas durante um estudo nacional e sistemático em ataxias hereditárias realizado entre 1994 e 2004 em Portugal.

A investigação permitiu identificar um novo gene (PNKP) cuja mutação origina uma forma recessiva de ataxia, uma doença que se caracteriza pela falta de coordenação nos movimentos do corpo.

"Agora que sabemos qual é o gene envolvido na doença, sabemos qual é a via biológica que está afectada e este conhecimento permite focar os esforços para o desenvolvimento de novas terapias, ou para a experimentação de terapias já existentes para doenças relacionadas", afirmou José Miguel Brás, primeiro autor do estudo e investigador na UCL.

O cientista considera "de extrema importância" os estudos nacionais para a identificação de genes associados a formas familiares de doenças pois ajudam no diagnóstico, permitem determinar a existência da alteração genética noutros membros da mesma ou de outra família e podem identificar defeitos moleculares passíveis de serem tratados.

Rita Guerreiro, também investigadora na UCL, vincou o potencial que estes estudos têm para as famílias, mesmo sendo caros.

"Teria todo o interesse ver a continuação destes estudos a nível nacional de recrutamento e caracterização de famílias, não só para ataxias, mas para outras doenças neurológicas também", defendeu.

A descoberta feita pelos cientistas portugueses não terá um efeito imediato para encontrar uma cura para a Ataxia, mas é um passo na identificação de todos os genes que contribuem para estas doenças.

"Como estas famílias fazem parte de um estudo sistemático a nível nacional, sabemos que 30 a 40% têm uma alteração genética ainda por definir e estamos a trabalhar para darmos uma resposta a estas famílias também", referiu Rita Guerreiro.

O artigo, publicado no American Journal of Human Genetics, é resultado de uma colaboração entre o laboratório de José Brás e Rita Guerreiro na UCL, que se centra na investigação sobre doenças neurológicas e o IBMC, no Porto.

"Esta colaboração permitiu estabelecer o diagnóstico molecular nestas famílias e identificar a forma genética mais comum de Ataxia com Apraxia Ocular na população Portuguesa", referiu Isabel Alonso, investigadora no IBMC.

Programa Gilead
O programa Gilead Génese distinguiu 14 projectos, científicos e de iniciativa comunitária, que vão receber um total de 250 mil...

Entre os projectos premiados, anunciados pela Gilead Sciences Portugal, está uma iniciativa comunitária para levar a fisioterapia a casa dos doentes com fibrose quística, ou trabalhos científicos para perceber esta doença, para iniciar um repositório de dados clínicos biológicos que permitam compreender porque são diferentes o HIV-1 e o HIV-2 ou para criar uma nova técnica de diagnóstico de pneumonia por 'pneumocystis'.

O programa Gilead Génese, criado em 2013, tem como objectivo incentivar em Portugal a investigação clínica, a geração de dados e a criação de boas práticas de acompanhamento dos doentes, apoiar projectos na educação para a saúde, de intervenção comunitária e cívica, em áreas como o VIH/SIDA ou as hepatites virais crónicas B e C, assim como trabalhos sobre infecções fúngicas invasivas, fibrose quística e oncologia.

Na edição de 2014 do programa, candidataram-se mais de 60 projectos nacionais vindos de diferentes entidades científicas, de entidades académicas e da sociedade civil, tendo sido distinguidos 14 projectos, oito dos quais científicos e seis de iniciativa comunitária, "pelo seu potencial contributo para a dinamização da prática clínica, da melhoria da qualidade de vida dos doentes e dos resultados em saúde", refere a Gilead Sciences Portugal.

O projecto "Programa de Fisioterapia no domicílio para doentes com Fibrose Quística", da Associação Portuguesa de Fibrose Quística, é um dos exemplos de trabalhos distinguidos, referidos pela organização, e tem como objectivo melhorar a qualidade de vida destes doentes, já que a sua hospitalização "pode e deve ser levada ao mínimo", sendo os cuidados prestados em casa "uma alternativa válida ao internamento hospitalar".

A proposta da Fundação da Faculdade de Ciências da Unidersidade de Lisboa intitula-se "A sinalização pró-inflamatória como novo alvo terapêutico na Fibrose Quística" e pretende testar uma das características da doença, a indução da sinalização pro-inflamatória, para perceber os seus mecanismos e usá-los como alvo terapêutico facilitador da introdução de outras terapias que atinjam directamente a proteína que causa o problema.

O trabalho "Infecção por HIV-2: Repositório Clínico e Biológico" foi outro dos distinguidos com uma bolsa e pretende iniciar um repositório de dados clínicos biológicos que permitam compreender porque o HIV-1 é tão diferente do HIV-2, tendo Portugal "condições únicas para perceber esta diferença pois tem pessoas com os dois tipos de vírus".

O projecto "Imunonanodiagnóstico da pneumonia por Pneumocytis: uma abordagem inovadora baseada na associação de biossensores serológicos e nanopartículas", do Instituto de Medicina Tropical, aposta na criação de uma nova técnica de diagnóstico de pneumonia por 'pneumocystis', uma doença oportunista que surge em imunossuprimidos mas também em crianças e idosos, podendo levar à morte se não for tratada a tempo.

Dia Mundial do Rim
Sociedade Portuguesa de Nefrologia comemora Dia Mundial do Rim que se assinala a 12 de Março.

A Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) assinala, no dia 12 de Março, o Dia Mundial do Rim que, este ano com o tema “Saúde renal para todos”, visa sensibilizar a população para o que é a Doença Renal Crónica e para a importância da prevenção e de um diagnóstico precoce.

De acordo a Sociedade Portuguesa de Nefrologia se o diagnóstico for feito na fase inicial da doença, esta pode ser controlada e tratada. Numa fase avançada, a doença renal crónica pode também afectar a função óssea, levando a que o doente sofra de constantes fracturas, dores crónicas, problemas vasculares e até morte prematura.

A Doença Renal Crónica caracteriza-se pela existência de uma lesão renal que se faz acompanhar de um declínio mais ou menos lento mas progressivo das funções dos rins. É uma doença que pode atingir qualquer pessoa, independentemente do género ou idade, mas cuja incidência é maior no sexo masculino e nos adultos, o que faz com que seja considerada uma doença que atinge sobretudo as idades mais avançadas.

Em geral, a doença renal crónica evolui sem sintomas até às fases mais avançadas mas podem, no entanto, existir alguns sinais como a tensão arterial elevada, o urinar com mais frequência, sobretudo durante a noite, o aparecimento de urina espumosa, a fadiga causada por anemia relacionada com o “sofrimento” renal, o inchaço nos olhos e nos membros inferiores, principalmente ao acordar e ao final do dia, a falta de apetite, as náuseas e os vómitos, quando os valores da ureia no sangue já são muito elevados.

De acordo a Sociedade Portuguesa de Nefrologia a Doença Renal Crónica é mais fácil prevenir do que tratar e por isso é importante limitar a ingestão de álcool, suspender o tabaco, fazer exercício físico, controlar a hipertensão arterial e a diabetes, fazer uma alimentação variada, com alimentos frescos, rica em vegetais e frutos, pobre em gorduras, sem excessos de proteínas e com a ingestão de pouco sal.

A Doença Renal Crónica afecta cerca de 500 milhões de pessoas em todo o Mundo e é classificada como um sério caso de saúde pública.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca 2 mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

Dia Mundial

Em 2015, "Saúde renal para todos" é o tema das comemorações da data, dia 12 de Março. O Dia Mundial do Rim é uma iniciativa promovida pela Sociedade Internacional de Nefrologia (International Society of Nephrology) e da Federação Internacional das Sociedades Nefrológicas (International Foundation of Kidney Foundations).

Celebrada na segunda quinta-feira do mês de Março, a data visa aumentar a consciência da importância dos nossos rins na saúde em geral e reduzir a frequência e o impacto da doença renal e dos problemas de saúde associados em todo o mundo.

O Dia Mundial do Rim começou a ser celebrado em 2006. Todos os anos, a campanha destaca um tema específico. Em 2015, as comemorações decorrem sob o lema "Saúde renal para todos" (Kidney Health for All), apelando para a igualdade de acesso ao tratamento da doença renal.

Em 2015 é ainda lançado o desafio de “beber um copo de água” para comemorar os rins. Este gesto simbólico lembra que os rins são órgãos vitais e que devem ser cuidados; é uma maneira de tornar as pessoas mais conscientes sobre suas escolhas de estilo de vida.

Misericórdia do Porto
A Santa Casa de Misericórdia do Porto está a constituir uma equipa de desporto adaptado para juntar à integração e à...

"Ter deficiência não é uma fatalidade. O desporto adaptado pode ser o caminho para a integração plena e assumimos isso como o estado normal na sociedade e não como excepção", disse o provedor da Santa Casa de Misericórdia do Porto (SCMP), António Tavares.

A futura equipa de desporto adaptado integrará pacientes das três estruturas clínicas desta instituição - hospitais da Prelada e Conde Ferreira, bem como Centro de Reabilitação do Norte (CRN) - e também utentes do Centro Integrado de Apoio à Deficiência (CIAD).

Boccia, orientação de precisão, vela adaptada, iniciação ao basquetebol e ao andebol em cadeira de rodas, voleibol sentado, ténis de mesa e tiro ao arco são algumas das modalidades desportivas que fazem parte desta aposta da SCMP.

"Está mais que provada a influência do desporto não só na recuperação, mas na integração na sociedade", apontou o director clínico do CRN, Rúben Almeida.

A essa convicção de que o desporto facilita a recuperação da autoestima, a melhoria física, a capacidade de resistência e o desenvolvimento muscular, o responsável somou a importância da integração social através da competição.

"É importante que o doente se sinta capaz de integrar um grupo e também de competir com os seus pares", disse.

A opinião é partilhada pelo responsável do núcleo de desporto adaptado que já existe no hospital da Prelada, Gonçalo Borges, segundo o qual "o lazer pode existir", mas a reabilitação e a integração fomentam-se "ainda melhor" quando "as capacidades estão em competição".

"Não é só a reabilitação física que interessa. É também a reabilitação psíquica, cognitiva e emocional. Com a competição estamos a permitir que uma pessoa que tem uma incapacidade se coloque em posição de igualdade com os restantes", frisou Gonçalo Borges, defendendo a importância de este projecto colher apoio junto de federações desportivas.

A experiência da SCMP no desporto adaptado remonta a 2009, quando um enfermeiro, Joaquim Margarido, e um fisioterapeuta, Pedro Cunha, desafiaram os responsáveis da Prelada a apostar em modalidades como orientação de precisão e vela adaptada.

Entretanto, os atletas já passaram por cerca de meia centena as competições nacionais e internacionais, "com bons resultados", como sublinhou Gonçalo Borges, e em actividades que constituem "um excelente embrião para o futuro", como destacou o provedor da Misericórdia do Porto.

"É hora de formalizar esta aposta. Participar em actividades federativas e paralímpicas está no nosso objectivo", apontou António Tavares.

Formado o grupo de trabalho, sob a direcção do vice-provedor Canto Moniz e que integra vários profissionais de saúde e um professor de desporto adaptado, a expectativa é que no último semestre deste ano o projecto esteja a dar alguns frutos.

No CRN, localizado em Gaia, já existem cadeiras de rodas que permitem a prática de basquetebol ou ténis, entre outros desportos, bem como equipamento profissional para o boccia, indicou Rúben Almeida.

Já o responsável da Prelada acrescentou a esperança de que, com a formalização deste projecto, tanto a orientação, como a vela, que já alcançaram "alguma sustentabilidade", possam "ganhar força" para integrarem candidaturas a apoios comunitários.

Pela 1ª vez
Portugal vai ficar pela primeira vez abaixo dos 20 novos casos de tuberculose por cada cem mil habitantes, com um total de 1...

Portugal deixa assim de ser o único país da Europa ocidental com valores de incidência de tuberculose superiores àquele valor.

No entanto, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) sublinha que os distritos do Porto e de Lisboa continuam a ter incidências superiores à média nacional, pelo que “a luta contra a tuberculose não pode abrandar”.

Segundo dados provisórios, foram até à data comunicados à DGS 1.940 novos casos de tuberculose, o que, atendendo à estimativa da população residente em Portugal de 10.397.315 habitantes (cenário central do INE para 2014), traduz a taxa de 18,7 por 100 mil habitantes.

Mesmo admitindo a possibilidade de haver atrasos de comunicação, e portanto de esta taxa ser revista em alta, “a DGS confirma que a incidência deverá situar-se abaixo de 20 novos casos”.

Portugal era, até ao momento, o único país da Europa Ocidental com valores de incidência acima da chamada linha vermelha, “pelo que esta conquista assume especial relevo”, considera a DGS.

Protocolo de solidariedade entre instituições nacionais
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos assina um protocolo de colaboração e cooperação com a Associação Portuguesa de...

“É nosso objectivo trabalhar com organizações que visem o desenvolvimento dos cuidados paliativos em Portugal. A Associação Música nos Hospitais (APMHIS) vai ajudar-nos a proporcionar uma melhor qualidade de vida aos doentes que estão internados, na fase final da sua vida, onde a música poderá contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida”, explica Manuel Luís Capelas, Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP).

“A APMHIS já protagonizou concertos para mais de 160 mil pessoas em contexto hospitalar. Esta é uma outra forma de intervenção, que ajuda a aumentar o bem-estar de todos. Através da música conseguimos ajudar doentes, familiares e, até mesmo os profissionais de saúde, tantas vezes expostos ao stress”, afirma Ana Paula Góis, Vice-presidente da  APMHIS.

“Estamos, neste momento, a iniciar a identificação das Unidades de Cuidados Paliativos que gostariam de receber os músicos da Associação Portuguesa de Música nos Hospitais. Depois, começaremos a melhor forma de implementação deste projecto, finaliza Manuel Luís Capelas.

O protocolo será assinado entre as duas entidades no dia 20 de Março, pelas 14h30, na sessão de abertura das I Jornadas de Investigação em Cuidados Paliativos, que se realizam em Castelo Branco.

Associações questionam Governo
Associações de terapêuticas não convencionais vão questionar na quarta-feira o Governo sobre o “enorme atraso” na conclusão da...

Estas preocupações serão apresentadas pela Plataforma Pró-lei Terapêuticas Não Convencionais, que reúne várias associações destas medicinas, à Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.

“Aparentemente as coisas não parecem estar fáceis começando pelo enorme atraso que novamente se está a verificar em tudo”, disse Augusto Henriques, osteopata e membro permanente da Plataforma, lembrando que “há anos que se espera a regulamentação”.

Em 2003 foi aprovada a lei de “Enquadramento Base das Terapêuticas Não Convencionais” (TNCs), tendo uma regulamentação desta sido aprovada apenas dez anos depois.

Desde então tem-se sucedido a publicação de portarias que regulamentam a lei, mas o processo ainda não está concluído, aguardando-se “a todo o momento” a publicação das sete Portarias do Ciclo de Estudos, sem as quais “o processo de regulamentação dos profissionais está completamente parado”, afirma.

Segundo Augusto Henriques, o processo está “há meses” na Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), à espera da publicação das sete portarias referentes aos planos de estudos de cada uma das sete terapêuticas não convencionais (Acupunctura, Fitoterapia, Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa, Naturopatia, Osteopatia e Quiroprática).

“Tal não compete ao Ministério da Saúde”, sublinha, acrescentando que, conforme define a lei, “a definição das condições de formação e de certificação de habilitações para o exercício das terapêuticas não convencionais cabe ao Ministério da Educação e de Ciência e do Ensino Superior”.

Augusto Henriques salienta que estão em causa questões de saúde pública, de livre direito à escolha informada do público, os melhores níveis de competência e segurança profissional, bem como o desenvolvimento destas profissões e da investigação científica nestas áreas.

O responsável sublinha ainda o “alívio” que a regulação destas práticas trará para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), designadamente em termos de redução das listas de espera.

“A rápida intervenção destes profissionais na comunidade ajudam, por exemplo, a diminuir as famosas listas de espera”, afirma o osteopata, referindo que este exemplo já foi demonstrado pelo Serviço Nacional de Saúde Britânico, onde a presença de osteopatas “minimizam a necessidade de exames imagiológicos, como também minimizam a prescrição de analgésicos e anti-inflamatórios”.

Até ao momento foram publicadas sete portarias de regulamentação da lei aprovada em Setembro de 2013, a primeira das quais ainda naquele ano, sobre as competências do Conselho Consultivo para as terapêuticas não convencionais.

Em Setembro de 2014 foram publicadas as portarias que criam o grupo de trabalho de avaliação curricular dos profissionais das TNC, que estabelecem os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício daquelas actividades, que fixam o montante das taxas a pagar pela cédula profissional e os montantes a pagar por esse documento.

Já em Outubro, foram publicadas as portarias referentes ao seguro de responsabilidade civil profissional e relativas à caracterização e aos conteúdos funcionais das TNC.

Faltam agora as portarias que definem os ciclos de estudos, compatíveis com requisitos a serem fixados para cada uma das terapêuticas, que permitirão obter o grau de licenciado, sem o qual não será possível exercer a profissão.

Novo máximo histórico
As exportações do sector da Saúde atingiram em 2014 os 1.162 milhões de euros, valor que representa um novo máximo histórico e...

As exportações do sector da Saúde atingiram em 2014 os 1.162 milhões de euros, valor que representa um novo máximo histórico e que corresponde a um incremento de 11% face a 2013, segundo cálculos do Health Cluster Portugal (HCP), com base em dados do INE. Comparativamente a 2008 – ano em que o HCP foi criado e a partir do qual estão disponíveis dados sistematizados – o aumento ascende a 85%.

O crescimento verificado em 2014 posiciona o sector da Saúde muito acima da média nacional nas exportações de bens, uma vez que, de acordo com o INE, no conjunto do ano as exportações portuguesas de bens aumentaram 1,9% face a 2013.

Os Estados Unidos da América lideram a lista dos principais destinos das exportações do sector da Saúde, com um aumento das vendas no último ano superior a 190%. Logo de seguida, com valores absolutos muito próximos, surge a Alemanha, que historicamente tem sido um dos principais mercados de destino, com números sempre em alta em anos recentes. Também com uma evolução positiva, seguem-se na lista os mercados de Angola e Reino Unido.

Principais destinos das exportações portuguesas em Saúde (milhões de Euros)

Segundo Luís Portela, Presidente da Direcção do HCP, “o crescimento sustentado das exportações que o sector da Saúde tem vindo a registar ao longo dos últimos anos reflecte o crescente reconhecimento da qualidade e da competitividade dos produtos ‘made in Portugal’, designadamente em alguns dos maiores e mais exigentes mercados a nível global, como são os EUA e a Alemanha”.

De notar que o valor de 1.162 milhões de euros alcançado em 2014 compreende a exportação de produtos farmacêuticos de base, de preparações farmacêuticas, de equipamentos de radiação, electromedicina e electroterapêutico, e de instrumentos e material médico-cirúrgico. Por não existir informação sistematizada, não são consideradas as vendas de empresas portuguesas sedeadas no estrangeiro, assim como de soluções de e-health, de serviços, e de componentes de plástico para incorporação em dispositivos – áreas nas quais Portugal afirmou já internacionalmente a sua excelência tecnológica e de inovação.

Como objectivos para o sector da Saúde, o HCP estima, até 2020, perfazer o lançamento de 5 novos fármacos e de 50 dispositivos médicos e métodos de diagnóstico “made in Portugal”, e alcançar os 3 mil milhões de euros de volume de negócios, dos quais mais de dois terços representarão exportações.

Operação Nariz Vermelho
Arranca já no próximo dia 13 de Março uma nova campanha de angariação de fundos da Operação Nariz Vermelho, baseada numa...

A angariação de fundos será feita através da abordagem de pessoas nas ruas de Lisboa e terá como objectivo informar sobre o trabalho da Operação Nariz Vermelho (ONV) e recrutar novos Doadores de Sorrisos para a causa da ONV.

“A angariação de fundos é essencial para a ONV uma vez que as visitas regulares e sistemáticas que os Doutores Palhaços fazem a mais de 80 serviços de pediatria são oferecidas aos 13 hospitais abrangidos pelo nosso programa. Assim, é fundamental procurarmos equilibrar as nossas fontes de financiamento entre os donativos empresariais e os particulares de forma a não dependermos maioritariamente de uns ou de outros”, explica Magda Ferro, Coordenadora de Comunicação e Eventos da ONV.

“Os doadores regulares são críticos para qualquer organização não-governamental sem fins lucrativos, são indivíduos que estão comprometidos e que acreditam na causa e o seu apoio tem um potencial enorme quer para a sustentabilidade das organizações a longo prazo quer para a própria divulgação da causa.”

Esta recolha de fundos traduz-se no recrutamento de Doadores de Sorrisos – doadores regulares que contribuem com um donativo mensal – e não terá associada qualquer venda de merchandising ou aceitação de donativos monetários.

Explicada a missão da ONV e esclarecidas todas as dúvidas, o processo é formalizado com o preenchimento de um formulário de inscrição onde são recolhidas as informações necessárias para se tornarem novos doadores.

Os Recrutadores de Sorrisos podem ser identificados pelo uso de um colete vermelho com o logótipo da ONV e pelo respetivo Cartão de Identificação do Recrutador, com nome e fotografia.

A campanha decorre de 13 de Março e 19 de Junho, de segunda a sexta-feira, entre as 12h30 e as 18h30, nas ruas Lisboa (principais bairros da zona centro, Avenidas Novas, Santo António, Campo de Ourique, Campolide, Expo, São Domingos de Benfica), nos Centros Comerciais Dolce Vita (Lisboa e Miraflores) e no Metro de Lisboa (a partir de Maio).

Projecto pioneiro do Centro de Investigação em Ciências da Saúde
Uma investigadora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior desenvolveu agregados celulares ...

Estes modelos tridimensionais de tumores permitem testar, com um baixo custo, novos medicamentos que possam ser usados no tratamento do cancro. Esta tecnologia permite replicar vários tipos de tumores e reduzir a utilização de animais em ensaios pré-clínicos. 

Todos os medicamentos, antes de serem testados em humanos, passam por uma fase de ensaios em modelos celulares e/ou animais.

“Nos últimos dois anos reproduzimos agregados celulares muito semelhantes aos tumores que ocorrem nos humanos e verificámos que é possível reproduzi-los em larga escala e com um baixo custo”, disse Elisabete Costa, investigadora do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) que este ano recebeu uma bolsa de doutoramento financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia para prosseguir o trabalho orientado por Ilídio Correia, director do Mestrado em Ciências Biomédicas da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS).

Desde o início da investigação e desenvolvimento de uma molécula que possa vir a ser integrada num medicamento até à comercialização desse fármaco podem decorrer vários anos – se o processo for bem-sucedido. Muitas vezes a molécula não chega a passar dos ensaios clínicos, seja devido aos efeitos secundários ou a problemas de segurança. “Até aqui os testes eram feitos em células cultivadas em duas dimensões que não permitiam reproduzir as características dos tumores que afectam os seres humanos. Os modelos tridimensionais que criámos conseguem mimetizar a estrutura dos tumores e contribuir para avaliar se um determinado medicamento vai ou não ter a capacidade de matar as células cancerígenas”, acrescentou a investigadora.

Na produção dos esferoides foram usadas células do cancro da mama e do colo do útero. Além dos testes já realizados com células em cultura “foi possível confirmar” que os novos medicamentos, usados para o tratamento dos dois tipos de cancro, “foram eficazes quer nos esferoides [criados em laboratório] quer em animais”, sublinhou.

Usar este tipo de modelos celulares apresenta duas vantagens em relação aos modelos animais: manter células em cultura é menos dispendioso do que manter um biotério e por outro lado, ao se usarem células humanas temos uma maior confiança sobre os efeitos terapêuticos do fármaco.

“O projecto pode despertar o interesse da indústria farmacêutica uma vez que estas empresas pretendem testar novos fármacos em plataformas baratas, para reduzir os custos associados ao desenvolvimento de medicamentos, obtendo resultados com maior fiabilidade e rapidez”, concluiu Elisabete Costa.

Estudo ISCTE
Dar informação e apoio psicológico é o papel central das associações de doentes, mas gostariam de fazer mais. As dificuldades...

Grande parte das mais de 74 associações de doentes existentes em Portugal está relacionada com doenças raras e enfrenta dificuldades financeiras.

As mais de 70 associações de doentes existentes em Portugal dão, sobretudo, informação e apoio psicológico, mas gostariam de fazer mais. Falta-lhes, contudo, recursos, escreve o portal da RR.

A conclusão sai de um estudo do ISCTE, que é lançado, esta terça-feira, em forma de livro.

“São associações que se constituíram para apoiar os doentes e têm dificuldades no que respeita à sustentabilidade financeira. Têm também dificuldades de instalações, muitas delas, e em recrutar técnicos”, diz à Renascença Fausto Amaro, professor do ISCTE e um dos autores do estudo “As Associações de Doentes em Portugal - problemas, necessidades e aspirações”.

As maiores associações chegam a ter mais de dois mil sócios, mas a maioria tem menos de 500. Fausto Amaro afirma que muitas delas surgem na sequência de problemas específicos.

“Praticamente, quanto há um problema de saúde, dá origem a uma associação e cada uma trata da sua própria doença. Nestas 74 associações, foram identificadas quase 50 doenças, muitas delas raras”, explica.

A associação mais antiga - a Associação de Protecção de Diabéticos de Portugal - foi criada em 1926. O “boom” deu-se depois de 1990.

As associações sobrevivem graças às quotas dos associados, ao mecenato, o apoio da indústria farmacêutica e dos Ministérios da Saúde e da Solidariedade Social.

Em 40% dos casos
Os homens que sofrem de Síndrome de Klinefelter, uma doença genética apontada como a principal causa de infertilidade no sexo...

Uma equipa de investigação do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), liderada pelo geneticista Alberto Barros, avaliou 65 homens que sofrem de Síndrome de Klinefelter e que apresentavam um quadro de azoospermia (ausência de gâmetas no esperma) e, consequentemente, infertilidade.

No entanto, segundo os investigadores, apesar da ausência de espermatozoides no sémen, é possível encontrar gâmetas masculinos nos testículos destes homens. Na amostra avaliada, a equipa da FMUP recuperou espermatozoides em 40% dos pacientes, o que permitiu dar seguimento ao tratamento de infertilidade sem recorrer a um dador.

O resultado deste tratamento, sublinham os autores do estudo, foi o nascimento de “17 crianças saudáveis”.

“Esta é uma das maiores casuísticas mundiais que demonstra que apesar de o sémen colhido dos doentes não conter espermatozoides não significa que não haja produção testicular desses gâmetas. O facto de a torneira não deitar água não significa que ela não exista no fundo do poço”, explicou Alberto Barros.

De acordo com o investigador, “é necessário retirar vários fragmentos do testículo e, em laboratório, procurar espermatozoides de forma sistemática e insistente”.

Em 40% dos casos, encontram-se células sexuais masculinas aptas a fertilizar um óvulo. “Isto quer dizer que estes homens podem ser pais biológicos”, sustentou o especialista.

O geneticista referiu que “o risco de passar a síndrome aos filhos também é baixo. Sabemos que os homens com esta patologia não apresentam um risco aumentado de transmitir o seu problema genético aos descendentes”.

“Lamentavelmente, muitos médicos correlacionam esta doença com infertilidade irreversível”, disse.

Esta síndrome, identificada em 1942 por Klinefelter, é a causa mais frequente de infertilidade em indivíduos do sexo masculino. Estes doentes têm um cromossoma X adicional (XXY em vez de XY) e podem apresentar estatura elevada, algum desenvolvimento do tecido mamário e testículos pequenos.

Estima-se que um em cada 500 a 1000 recém-nascidos do sexo masculino sofra desta doença genética que, habitualmente, passa incógnita até à adolescência ou até à idade adulta, altura em que é diagnosticada na sequência da existência de problemas de fertilidade.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde alargou por mais três anos o período de contratação de médicos aposentados e aprovou medidas de incentivo...

As medidas estão contempladas em três diplomas aprovados pelo Ministério e tornados públicos em comunicado.

“Estas medidas decorrem da avaliação realizada pelo Ministério da Saúde à área dos recursos humanos nos cuidados de saúde primários e hospitalares, pretendendo criar condições de estímulo ao trabalho médico” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), diz o documento.

No diploma sobre os médicos aposentados o Governo prorroga por mais três anos a vigência do decreto-lei que aprova “o regime excepcional de contratação de médicos aposentados pelo SNS”, e permite que o trabalho possa ser também prestado a tempo parcial, com alterações ao regime remuneratório, explica-se no comunicado.

Uma alteração para, acrescenta-se, minimizar a falta de médicos em particular em determinadas especialidades, nomeadamente na área de Medicina Geral e Familiar.

Outro diploma preconiza que os médicos passem a poder receber incentivos, devido “às dificuldades identificadas em algumas regiões do país em recrutar e atrair profissionais médicos”. O decreto-lei estabelece nomeadamente um subsídio de colocação e um incentivo mensal durante cinco anos (de 900 euros nos primeiros seis meses e baixando depois), garantias de transferência escolar dos filhos e preferências de colocação para os cônjuges.

Um terceiro documento aprovado regulamenta, ainda segundo o comunicado, um regime especial de ajudas de custo e transporte “aplicáveis ao pessoal médico que seja objecto de mobilidade a tempo parcial e envolva dois ou mais serviços que distem mais de 60 km entre si, estabelecendo os valores a atribuir a estes profissionais”.

A medida visa “colmatar as carências identificadas em alguns serviços e estabelecimentos de saúde, as quais aconselhavam o recrutamento de pessoal médico a tempo parcial”, e também contribuir para “a efectiva mobilidade dos médicos no SNS”, podendo no futuro estas medidas virem a ser alargadas a outros profissionais de saúde.

Estudo revela
Cientistas identificaram 15 novas variações genéticas que aumentam o risco de cancro da mama, revela um estudo publicado na...

O estudo eleva para 90 a quantidade de "pontos quentes" do ADN humano, em que a variação do código genético está ligada ao desenvolvimento da doença.

Equipas do Instituto para a Investigação do Cancro, de Londres e da Universidade de Cambridge, ambos no Reino Unido, analisaram o material genético de mais de 120 mil mulheres descendentes de europeus, das quais algumas tiveram cancro da mama.

Os dados recolhidos permitiram identificar 15 novos polimorfismos de nucleotídeo simples, variações de uma só base de ADN (material genético) que aumentam o risco de cancro da mama.

"Estamos perto do momento em que podemos começar a estabelecer qual o risco de uma mulher herdar cancro da mama, a partir de testes para diversas variações genéticas", afirmou um dos coautores do estudo, Montserrat García-Closas, professora no Instituto para a Investigação do Cancro.

Segundo a investigadora, a descoberta pode facilitar o desenvolvimento de novos testes de avaliação do risco de cancro, ao acrescentar um novo painel de marcadores genéticos.

"Cada um dos marcadores tem um pequeno efeito sobre o risco de se ter a doença, mas, combinando a informação de muitos, poderemos identificar com precisão que mulheres podem desenvolver cancro da mama e adotar estratégias para preveni-lo", defendeu Montserrat García-Closas.

Em 2014
O observatório europeu da droga detectou em 2014 duas novas drogas por semana, num total de 101, mais 20 do que no ano anterior...

Segundo informações divulgadas pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA), o Sistema de Alerta Rápido da UE recebeu 101 notificações de novas substâncias psicoativas no ano passado, quando em 2013 foram 81, e encontra-se a monitorizar actualmente mais de 450 substâncias, mais de metade das quais identificadas apenas nos últimos três anos.

A lista de substâncias notificadas em 2014 revela novamente dois grupos predominantes, as catinonas sintéticas (31 substâncias), vendidas como substitutos legais das drogas estimulantes, e os canabinóides sintéticos (30 substâncias), vendidos em substituição da “cannabis”.

Estes são os dois maiores grupos actualmente monitorizados pelo Sistema de Alerta Rápido, representando quase dois terços das novas drogas notificadas em 2014, revela o EMCDDA.

Os dados mais recentes relativos às apreensões sugerem um crescimento do mercado das novas substâncias psicoativas, demonstrando que, entre 2008 e 2013, o número de apreensões aumentou sete vezes a nível europeu.

Em 2013, registaram-se na Europa cerca de 47.000 apreensões, correspondentes a mais de 3,1 toneladas de substâncias, principalmente canabinóides sintéticos (21.000 apreensões, 1,6 toneladas), mas também catinonas sintéticas (11.000 apreensões, 1,1 toneladas).

Segundo o EMCDDA, muitas das novas drogas são produzidas a granel por empresas químicas estabelecidas fora da Europa e depois transportadas por via aérea para a Europa, onde são processadas, embaladas e vendidas aos consumidores.

Além de monitorizar as novas drogas que entram no mercado, o Sistema de Alerta Rápido identifica os indícios de riscos graves e acciona as respostas necessárias.

Só no ano passado foram emitidos 16 alertas de saúde pública, devido à presença de riscos graves, que exigiam medidas urgentes, e o Comité Científico alargado do Observatório realizou seis avaliações de risco.

Entre as preocupações de saúde pública destacadas no relatório figuram os novos opiáceos sintéticos — muitas vezes de grande potência e vendidos como heroína a consumidores desprevenidos —, que apresentam elevados riscos de “overdose”.

Três dos cinco opiáceos notificados em 2014 eram fentanis, uma família de drogas que já causou centenas de mortes na Europa e nos Estados Unidos.

A data de publicação deste relatório coincide com a abertura da 58ª sessão da Comissão de Estupefacientes (CND) das Nações Unidas, em Viena, na qual o EMCDDA participa juntamente com a delegação da UE.

“Contoterapia”
Terapeutas, psicólogos e investigadores encontram-se esta semana em Sintra para debater os benefícios terapêuticos dos contos e...

O seminário, que decorrerá de terça a sexta-feira, em Sintra, "tem como objectivo destacar e aprofundar a “contoterapia”, sendo que este método está a ganhar cada vez maior reconhecimento mundial", afirma a organização.

Entre os convidados estão o norte-americano Ken Land, um dos especialistas que desenvolveu um modelo de terapia pela narração de histórias, e que estará em Sintra para falar da experiência do trabalho com pacientes e com terapeutas e para um “workshop” sobre contoterapia a partir da narração de vários contos de fadas.

Destaque ainda para a presença de Shai Schwartz, terapeuta que trabalha em Londres no Centro Baobab, um organismo que fornece apoio terapêutico e psicológico - também no âmbito da contoterapia - a crianças e adolescentes exilados no Reino Unido, provenientes de cenários de conflito e violência.

"Os contos têm um poder muito terapêutico, podem mudar o estado de humor, a disposição, desenvolvem a imaginação, aprofundam o conhecimento do nosso quotidiano e ajudam a controlar e a enfrentar as emoções", explica a organização.

O seminário é organizado pela empresa Moonluza, com o apoio do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (IELT) e do Centro Nacional de Cultura.

Os contos de "As mil e uma noites", a história verídica da menina judia Anne Frank e as histórias de Hans Christian Andersen servirão de base para algumas das intervenções deste seminário, sobre o poder terapêutico da narrativa, ficcional ou real, para narradores, leitores e ouvintes.

Johs Norregaard Frandsen e Teiresias Jacob Boggild, do Hans Christian Andersen Center, Ana Paula Guimarães e Ana de Neves Rodrigues, do IELT, serão outros intervenientes neste encontro.

NICE has recommended
Bristol-Myers Squibb and Pfizer's anti-blood clotting drug will be an option for adults with, or at risk of, venous...

Deep vein thrombosis (DVT) can lead to long-term illness including venous ulceration, chronic pain, swelling and skin changes in the affected limb.

Commenting on the draft guidance, Professor Carole Longson, NICE health technology evaluation centre director, said: “Apixaban, like the other newer oral anticoagulants already recommended by NICE for the treatment and secondary prevention of venous thromboembolism (VTE), does not require frequent blood tests to monitor treatment and so represents a potential benefit for many people who have had a VTE.

“The committee also heard that apixaban is the only oral anticoagulant for which the licensed dose is lower for secondary prevention than for initial treatment of VTE. This could also be of potential benefit in terms of reducing the risk of bleeding where treatment is continued and therefore increase the chance that a person would take apixaban long term.”

Eliquis is administered in tablet form and helps prevent the blood clotting by stopping Factor Xa from working – this substance is required in the formation of thrombin and fibrin, which creates blood clots.

The recommended treatment dose for DVT or pulmonary embolism (PE) is 10mg twice a day for the first seven days, followed by 5mg twice a day for at least three months, with one tablet costing £1.10.

Eliquis gained a European license for DVT and PE in July last year, having already been approved for preventing stroke and systemic embolism with non-valvular atrial fibrillation.

 

Hepatite C
Os doentes com hepatite C tratados com medicamentos inovadores está a aumentar e já há mais aprovações para breve.

O número de doentes com hepatite C que está a receber tratamento tem estado a aumentar, noticia a rádio TSF.

Segundo o presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, os medicamentos inovadores já estão a ser administrados a mais de 1.300 doentes, um cenário bastante diferente daquele a que assistíamos até há um mês, após divulgado o caso da morte de uma doente por falta de tratamento.

Em Portugal há cerca de 13 mil doentes com hepatite C mas a grande maioria não necessita de tratamentos inovadores.

Os números de doentes medicados com este tipo de tratamento vai continuar a aumentar, até ao momento fala-se de 1.300 doentes mas 1.700 já têm aprovação para avançarem em breve.

A falta de tratamento matou, recentemente, uma doente portuguesa e esse foi o ponto de viragem para a inovação.

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