Relatório divulga
Portugal era, em 2012, o nono país com maior consumo de álcool per capita entre os 34 membros da OCDE, embora tenha sido um dos...

De acordo com um relatório da OCDE sobre o consumo nocivo de álcool e o seu impacto na saúde pública, relativo ao período entre 1992 e 2012, neste último ano Portugal apresentou uma média de consumo de bebidas alcoólicas a rondar os 11 litros per capita, quando a média da OCDE se situava nos 9,1%.

Esta lista é encabeçada pela Estónia, seguida pela Áustria e pela França, com consumos a rondar os 12 litros per capita.

O relatório avalia igualmente o consumo de álcool em seis países não membros, mas parceiros da OCDE (Rússia, África do Sul, Brasil, China, India e Indonésia), sendo que, destes, apenas a Rússia figura também acima da média da OCDE.

No entanto, o mesmo documento revela que Portugal foi o quinto país que mais baixou o consumo de álcool desde 1992, com uma redução superior a 20%.

Acompanham Portugal nesta descida a Grécia, a Eslovénia, a França e a Itália, esta última com uma diminuição de consumo acima dos 40%.

O relatório destaca que países produtores de vinho, como Portugal, Espanha, Itália, Grécia e França, assim como Hungria, República Eslovaca e Suíça, viram o consumo per capita desta bebida cair mais de 20% desde 1990.

Uma avaliação aos padrões de consumo de álcool – com um ranking de 1 (comportamento de baixo risco) a 5 (o mais arriscado) – coloca Portugal no nível mais baixo (1).

Este ranking baseia-se nos comportamentos que podem indiciar consumo nocivo (grandes quantidades de álcool por ocasião, frequência de consumo de bebidas em festas ou proporção de ocasiões de consumo em que ocorre embriaguez) ou o consumo de álcool associado às refeições.

Portugal é precisamente um dos países em que o vinho é a bebida mais consumida, seguido pela cerveja, com as bebidas espirituosas e outras a representarem um nível de consumo baixo.

O relatório analisa também a forma como as disparidades sociais estão relacionadas com episódios de forte consumo de álcool e concluiu que em Portugal os homens com maior nível de educação têm menos probabilidade de ter este tipo de consumo.

Contrariamente verificou-se que são as mulheres com maior nível educacional as que estão em maior risco.

O mesmo se passa com o estatuto socioeconómico: são os homens portugueses de baixo estatuto os que têm mais episódios de forte consumo, enquanto as mulheres com este tipo de comportamento se situam em estratos socioeconómicos mais elevados.

No entanto, estes episódios de consumo mais pesado situaram-se abaixo dos 5%, para homens e mulheres de todos os níveis educacionais e socioeconómicos, nos últimos 12 meses em análise.

Dia Internacional do Enfermeiro
O Dia Internacional do Enfermeiro, que hoje se comemora, é um momento para refletir sobre o papel na sociedade e sobre o...

Numa mensagem hoje dirigida aos colegas, a Presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional (SRC) do Centro da Ordem dos Enfermeiros (OE) exorta à reflecção num dia em que em todo o mundo se assinala a efeméride e se evoca o nascimento, em 1820, da britânica Florence Nightingale, percursora da enfermagem moderna.

“Refletirmos sobre o nosso papel na sociedade e refletirmos também sobre como poderemos todos nós, individualmente e em conjunto, contribuir e construir uma enfermagem melhor”, afirma a Enfª Isabel Oliveira, na mensagem que endereçou aos 14 mil colegas a trabalhar nos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.

A SRC evoca hoje o Dia Internacional do Enfermeiro com o lançamento de um concurso de fotografia e de um número especial da revista Enfermagem e o Cidadão, que oferece nos seis distritos da região em transportes de passageiros, em instituições públicas e na sua sede, em Coimbra.

No editorial da revista, o Enfº Nuno Terra Lopes, secretário do Conselho Diretivo Regional da SRC, lembra que hoje, tal como no tempo de Florence Nightingale, e sempre, “os enfermeiros fazem a diferença”.

Florence Nightingale iniciou o seu contributo no conflito da Crimeia. Com uma nova organização, novas metodologias e uma abordagem sustentada, o sucesso das suas intervenções foi tão evidente que conseguiu reduzir a taxa de mortalidade para índices surpreendentes: de aproximadamente uma morte em cada duas vítimas, passou a duas mortes em cada cem vítimas!

Tal como acontece com os enfermeiros de hoje, as resistências médicas, por motivos corporativistas, não a conseguiram demover. Argumentou sempre com recurso às ciências exatas e médicas e norteou incessantemente as suas intervenções para o bem dos doentes.

Em vida e na morte foi alvo das maiores homenagens, do povo, de personalidades, de políticos e da realeza. Foi convidada para colaborar na reforma do sistema de saúde britânico, tendo idealizado alguns princípios que ainda hoje se respeitam, nomeadamente na administração hospitalar. Vários países pediram seus pareceres críticos para a criação de escolas de enfermagem.

O Enfº Nuno Terra Lopes recorda que foi a primeira mulher a ser agraciada com a ordem de mérito concedida pelo rei Eduardo VII. A ela se deve a fundação da primeira escola de enfermagem. Inspirou também a criação de uma das maiores organizações humanitárias internacionais: a Cruz Vermelha.

Na altura da sua morte, 13 de Agosto de 1910, foi recordada porque “fez da enfermagem uma ciência e deu-lhe leis”.

Foi um dos primeiros reconhecimentos populares desta profissão enquanto ciência, lembra o autor do editorial.

A edição especial da revista Enfermagem e o Cidadão, no seu número 43, publica artigos da autoria de enfermeiros. Uns são relatos pessoais do ofício da enfermagem. Outros abordam temas como a relevância política da enfermagem, os novos rumos da saúde mental, os direitos dos doentes, o cuidar em oncologia ou a importância da Unidades de Cuidados na Comunidade.

Aqui pode consultar e descarregar a edição especial de Enfermagem e o Cidadão

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E aqui aceder à mensagem da Presidente do Conselho Diretivo Regional da SRC

Relatório indica
A Entidade Reguladora da Saúde instaurou 122 processos de contraordenação, a maioria dos quais relacionados com a ausência de...

O Relatório de Atividades da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) relativo a 2014, indica que “a maioria do tipo de infrações diz respeito à ausência de registo na ERS (33%) e cerca de 25% devem-se à violação de normativos relacionados com o regime de licenciamento”.

Mais de um terço das infrações (34%) está ligado, de alguma forma, à inexistência do Livro de Reclamações e outras obrigações relacionadas com o mesmo, que as entidades têm de cumprir.

Outras infrações detetadas em 2014 foram o não envio da reclamação para a ERS no prazo de 10 dias úteis (3,88%), a recusa de colaboração com a ERS (4,37%), não prestação de informação ou prestação de informações falsas (2,43%), não facultação imediata e gratuitamente do livro de reclamações ao utente (5,83%).

A ERS detetou ainda o incumprimento da obrigação de atualização do registo (0,97%), a falta de um letreiro do Livro de Reclamações afixado (0,49%), a não entrega do duplicado da reclamação ao utente (1,94%).

Em resultado dos processos decididos em 2014 pela ERS, foram aplicadas 197 sanções, das quais 113 são coimas e 84 admoestações.

O valor total das coimas aplicadas ascendeu a 273.418 euros, tendo sido arquivados 83 processos de contraordenação.

A ERS emitiu 9.222 licenças a estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, nomeadamente a clínicas ou consultórios dentários (5.270), clínicas ou consultórios médicos (2.738), unidades de medicina física e reabilitação (556) e centros de enfermagem (497), entre outros.

Entidade Reguladora da Saúde
Os procedimentos administrativos, os tempos de espera e os cuidados de saúde e segurança lideram as 11 mil reclamações dos...

De acordo com o Relatório de Atividades da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) relativo a 2014, nesse ano deram entrada neste organismo 10.948 reclamações.

Em relação ao ano anterior, registou-se um aumento significativo de queixas (mais 2.788), o que se deve, em parte, ao facto deste regulador ter começado a receber, a partir do último trimestre de 2014, as exposições do setor público e privado.

Até essa data, à ERS apenas chegavam as reclamações dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde do setor privado.

O maior número de queixas (2.882) visou os procedimentos administrativos, seguindo-se os tempos de espera (2.385) e os cuidados de saúde e segurança do doente (2.023).

Foram igualmente objeto de queixa a focalização no utente (1.227 reclamações), as questões financeiras (1.109), o acesso a cuidados de saúde (575), as instalações e serviços complementares (357).

Os elogios e louvores motivaram 115 exposições que chegaram à ERS.

Das 10.948 reclamações que chegaram à ERS em 2014, 7.265 (66,4%) viram a sua análise concluída nesse ano.

Além das 7.265 reclamações entradas e terminadas em 2014, a ERS concluiu ainda 1.429 processos que haviam transitado de 2013 e 95 processos de anos anteriores, num total de 8.789 processos.

A ERS encaminhou 331 reclamações (3,8% do total de processos terminados), as quais tiveram como destinatários principais a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Médicos Dentistas.

“Em 79,6% dos casos as reclamações foram objeto de decisão final de arquivamento por a ERS ter considerado versarem sobre matéria grave ou que careciam de diligências suplementares da sua parte, sendo certo que os utentes não se manifestaram contra as alegações apresentadas pelos prestadores reclamados”.

No relatório lê-se ainda que “em 2,1% dos processos de reclamação a situação ficou resolvida e em 1,6% houve garantia, por parte dos prestadores reclamados, de que seriam adotadas medidas corretivas”.

Segundo a ERS, no final de 2014 o tempo médio de tratamento de uma reclamação era de 42,39 dias.

Organização Mundial de Saúde
Nove dos dez países com maior taxa de obesidade no mundo encontram-se no Pacífico, segundo dados da Organização Mundial de...

"O Pacífico enfrenta uma crise de ENT (epidemias não transmissíveis). Por exemplo, tem os níveis mais altos de obesidade do mundo", disse à Rádio New Zealand o chefe de Política e Sistemas Sanitários no Pacífico da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ezekiel Nukuro.

Segundo a organização, a obesidade afeta 50,8% da população das Ilhas Cook, 45% dos habitantes de Palau e Nauru, e 43% dos que vivem na Samoa, Tonga e Niue.

A população obesa das Ilhas Marshall representa 42%, percentagem semelhante à do Qatar, o único país que não está dentro da região do Pacífico, mas que é incluído na lista.

Apresentadas hoje
A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo apresenta uma série de medidas aprovadas pela Assembleia da República para combater a...

Estas medidas fazem parte de um conjunto de oito que foram aprovadas por unanimidade pelos diferentes grupos parlamentares, e visam reforçar o combate ao cancro da pele, disse à Lusa Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), organização que celebra 30 anos.

Entre as medidas contam-se “a prevenção em ambiente escolar, com o comprometimento de incluir a temática nos currículos escolares, e o reforço de divulgação de informação dos índices de UV (ultravioletas)”, acrescentou.

Será também criada uma base de dados para registo nacional de todos os doentes com melanoma e todos os laboratórios serão obrigados a notificar à tutela e aos Registos Oncológicos Regional todas as formas de cancro de pele, para se conhecerem os números reais.

Outras das medidas previstas são o reforço da formação específica em dermatologia dos médicos de família, o aumento da acessibilidade dos cidadãos a consultas de dermatologia nos hospitais e ao tratamento de cancros diagnosticados, e reforço da fiscalização aos solários.

A APCC apresenta hoje também as campanhas de sensibilização a desenvolver no dia 20 de Maio, Dia do Euromelanoma, entre as quais o rastreio gratuito em cerca de 40 serviços de dermatologia de todo o país, dirigido em particular a pessoas de risco.

Estima-se que os cancros de pele vão continuar a aumentar e a previsão aponta para o surgimento de mais de 12 mil novos cancros de pele e mil novos casos de melanoma (a forma mais perigosa e mortal de cancro de pele) ao longo deste ano.

Cientistas alertam
Um grupo de cientistas alertou para uma mutação na estirpe da tifoide que criou resistência aos antibióticos em África e Ásia.

Segundo um artigo divulgado na Nature Genetics, a mutação foi detetada em amostras de bactéria recolhidas em 63 países.

As amostras revelaram uma estirpe multirresistente, denominada H58, que não responde aos antibióticos.

A H58 adquiriu recentemente novas mutações que bloqueiam novas drogas, nomeadamente ciprofloxacina e azitromicina, acrescentaram.

O vírus agora dominantes “surgiu e espalhou-se pela Ásia e África ao longo dos últimos 30 anos”, salientaram os cientistas.

Cerca de 21 milhões de pessoas são infetadas anualmente com a febre tifoide e entre 216 e 600 mil morrem, segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A doença é principalmente causada pela salmonela e os sintomas incluem febre, dores de cabeça, diarreia, manchas no peito e um aumento do baço e do fígado.

Os cientistas pediram para a vigilância do H58 ser reforçada, limitando o uso dos antibióticos e aumentando os programas de vacinação, bem como o acesso a água potável e saneamento nos países pobres.

“As bactérias não obedecem a fronteiras internacionais e quaisquer esforços para conter a propagação deve ser coordenada globalmente”, disse Stephen Baker, da unidade de investigação da Universidade de Oxford na cidade de Ho Chi Minh, no Vietname.

Hospital de campanha
INEM disponibiliza hospital de campanha e posto médico para dar apoio aos peregrinos que se deslocam a Fátima.

A partir de hoje e até 13 de maio, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disponibiliza um hospital de campanha e um posto médico avançado, bem como duas viaturas médicas de emergência e reanimação e quatro motociclos de emergência médica, disponíveis durante 24 horas, para dar apoio aos peregrinos que se deslocam a Fátima.

Com esta operação, o INEM garante a coordenação de todas as atividades de saúde, em ambiente pré-hospitalar, triagem, evacuações primárias e secundárias e a referenciação e transporte para as unidades de saúde mais adequadas de qualquer situação de emergência médica que possa ocorrer durante a peregrinação ao Santuário de Fátima, com a presença, no terreno, de 45 profissionais, em média, por dia.

A operacionalidade deste dispositivo obriga à intervenção média diária de 11 médicos, 12 enfermeiros, 9 técnicos de emergência, 3 técnicos operadores de telecomunicações de emergência, 2 psicólogos, 2 radiologistas, 5 elementos do gabinete de logística e operações, técnicos de informática e coordenador.

 

Profissional de saúde
Desde 2006, ano em que acabei a minha formação inicial, que trabalho em cuidados de saúde primários,
Enfermeira Ângela Quinteiro

Os cuidados de saúde primários são, ou deveriam ser, a primeira linha de atendimento dos serviços de saúde. A prevenção está na linha da frente. O enfermeiro nos cuidados de saúde primários educa na prevenção de doenças, promove estilos de vida saudáveis e ajuda a lidar com a doença crónica. Este mesmo enfermeiro alegra-se com o crescimento saudável das suas crianças, exaspera-se com o retrocesso de cicatrização da ferida do seu utente diabético, tem dias bons, tem dias maus… mas no final de tudo trabalha com o simples objetivo de beneficiar ao máximo a saúde ao seu utente.

Somos gente que Cuida de gente

Como dizia Wanda Horta, “Somos gente que Cuida de gente”, vemos sempre no outro aquilo que também somos, gente com fragilidades, gente com dificuldades, pessoas que tal como nós necessitam de um profissional que as ouça, que as aconselhe, que as trate, sem nunca perder de vista a essência de cada ser.

Nem sempre as coisas foram assim, e, por enquanto, nem em todos os sítios é assim, mas a evolução da saúde corre nesta direção, e não tarda, todos os cidadãos portugueses terão o seu enfermeiro de família!

E o que é ser um enfermeiro de família?

Ser um enfermeiro de família é ser um profissional de saúde, de referência às suas famílias, presente, disponível, um enfermeiro que atua nas diferentes fases da vida do utente, desde o nascimento até à terceira idade.

É ser aquele profissional que acompanha a criança na vigilância da saúde infantil, que orienta a mãe no planeamento da família e na vigilância da sua gravidez, que ensina a avó a controlar a sua hipertensão, que educa o avô na sua consulta de hipocoagulação e que trata a úlcera do bisavô no seu domicílio. É ser um profissional que numa hora trabalha dentro de quatro paredes e que na hora seguinte trabalha na rua, o que permite um reconhecimento da localidade do seu utente, traduzindo-se na compreensão do envolvimento social, cultural e familiar das suas famílias, e na perceção de quando deve intervir, como intervir e quem envolver nas suas intervenções.

Ser Enfermeiro de Família é estar onde e como as minhas famílias precisam

Ser um enfermeiro de família é ser alguém com conhecimento de causa, um profissional com conhecimentos vastos, que pode ouvir, ajudar, resolver, tratar ou encaminhar, sempre com a consciência no bem-estar do utente.

Este é o meu percurso, o meu dia-a-dia, o trabalho do qual me orgulho, e que diariamente é reconhecido pelas minhas famílias, através de um gesto, de uma palavra, de um sorriso, ou simplesmente de um momento de silêncio!

Ser Enfermeiro de Família é estar onde e como as minhas famílias precisam que eu esteja!

Nota Biográfica
Sou a Ângela Quinteiro, tenho 30 anos e desde pequena que sabia qual o percurso profissional que queria seguir. Filha de enfermeira, “cresci” no antigo Hospital Distrital de Viseu, e os passos da minha mãe eram, sem dúvida, os passos que eu queria dar. Como tal, licenciei-me em Enfermagem em 2006, pela Escola Superior de Saúde de Viseu, tendo iniciado as minhas funções no serviço de Ortopedia do Hospital de Lamego, passando, pouco tempo depois, para o Centro de Saúde Viseu 3, onde permaneço neste momento a exercer funções na USF Viriato.
Em busca de novos conhecimentos e para enriquecimento pessoal e profissional, pós-graduei-me, em 2009, em Urgência e Emergência e especializei-me, em 2010, em Saúde Infantil e Pediatria, ambas as formações na Escola Superior de Saúde de Viseu.
Em 2013 adquiri o grau de Mestre em Gestão e Administração de Unidades de Saúde, pela Universidade Católica Portuguesa - Pólo de Viseu.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Em Lisboa
O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social decretou como serviços mínimos para a greve da rodoviária de Lisboa Carris...

A decisão, divulgada no “site” daquele organismo, prevê o funcionamento de 50% do regime normal de 11 carreiras e teve em conta que as linhas, propostas pela Carris, desempenham “um papel essencial no acesso das pessoas à rede hospitalar pública e, consequentemente, a necessidade de protecção do direito à saúde, constitucionalmente consagrado”.

Na lista das carreiras incluídas nos serviços mínimos estão a 703 (Charneca do Lumiar - bairro de Santa Cruz), a 708 (Parque das Nações – Martim Moniz), a 735 (Cais do Sodré – Hospital de Santa Maria), a 736 (Cais do Sodré – Odivelas) e a 738 (Quinta Barros – Alto de Sto. Amaro).

Também é considerado como serviço mínimo o funcionamento de 50% das carreiras 742 (Casalinho da Ajuda – Bairro da Madre de Deus), 751 (Linda-a-Velha - Estação de Campolide), 755 (Poço do Bispo – Sete Rios), 758 (Cais do Sodré – Portas de Benfica), 760 (Cemitério da Ajuda – Gomes Freire) e 767 (Mártires da Pátria – Estação da Damaia).

“O tribunal entende que permitir o funcionamento de apenas 50% de algumas carreiras das várias centenas disponibilizadas assegura o direito fundamental à greve e, simultaneamente um funcionamento mínimo das carreiras consideradas imprescindíveis para as necessidades sociais impreteríveis dos cidadãos durante o período de greve”, é realçado na sentença.

Além do funcionamento destas carreiras, o tribunal do CES considerou ainda serviços mínimos os funcionamentos do transporte exclusivo de deficientes, do carro do fio e de desempanagens, dos postos médicos, da segurança das instalações e do equipamento no âmbito da responsabilidade dos trabalhadores abrangidos pelo pré-aviso de greve.

Os trabalhadores da Carris realizam na quinta-feira uma greve de 24 horas contra a subconcessão da empresa prevista pelo Governo.

Curso Avançado de Endoscopia Ginecológica
Existem, actualmente, técnicas inovadoras na área da cirurgia ginecológica realizadas de forma minimamente invasiva que trazem...

Estas técnicas exigem grande treino por parte do cirurgião, que não pode ser realizado em humanos – têm de ser treinadas em modelos inanimados, segundo programas de treino específicos e certificados e em modelos animais, como a ovelha, dado que o aparelho reprodutor é aproximado ao da mulher.

Dado que o Hospital CUF Porto é a primeira instituição portuguesa creditada pela Academia Europeia de Cirurgia Ginecológica para o treino e certificação neste tipo de cirurgia, organiza, nos próximos dias 15 e 16 de Maio, com o apoio da Gedeon Richter Portugal, multinacional farmacêutica que se dedica à saúde da mulher, onde se destaca o tratamento inovador de miomas uterinos, o Curso Avançado em Cirurgia Endoscópica Ginecológica, com o intuito de mais 100 cirurgiões nacionais poderem obter o certificado europeu.

Para além dos treinos em modelos inanimados e em ovelhas, haverá ainda lugar à discussão de vídeos de cirurgias de casos reais, pelos próprios cirurgiões, que vêm de toda a Europa, entre os quais se inclui o presidente da Sociedade Europeia e da Academia Europeia de Cirurgia Ginecológica.

A retirada do útero por laparoscopia, a extracção de miomas e a cirurgia de endometriose são algumas das cirurgias em análise e discussão. Durante o curso será transmitida em directo uma intervenção a partir do Bloco Operatório do Hospital CUF Porto, de uma jovem vítima de uma endometriose grave. A endometriose afecta cerca de 20% das mulheres em idade reprodutiva; é uma doença muito frequente em mulheres jovens e que compromete o futuro reprodutivo da mulher.

O programa completo pode ser consultado aqui.

12 de Maio
Porque existem os dias comemorativos? Quantos são?

Sem respostas claras resultantes do debate com os amigos e familiares, vi-me impelido a pesquisar na Internet. As listas destes dias são diversas. Dependendo desde logo da língua e termos de pesquisa e, obviamente, do website consultado, os resultados são consideravelmente divergentes. Fiquei com a perceção que nenhuma lista é completa. Também percebi que haveria alguma efeméride a comemorar praticamente todos os dias, seja a nível nacional ou internacional. Confirmei que o intuito dos dias comemorativos é, inequivocamente, relembrar marcos históricos conquistados pela humanidade, bem como salientar a importância de valores que não estão ainda adquiridos, em prol de uma vida em sociedade mais harmoniosa.

Numa das listas destes dias, disponibilizada pela plataforma “Atlas da Saúde”(1), fica patente que a grande maioria dos mesmos é dedicado a doenças (ex. Dia Mundial da Esclerose Múltipla – 27/mai.) ou à promoção de hábitos de vida saudáveis (ex. Dia Mundial sem Tabaco – 31/mai.). Ainda que possa haver algum enviesamento nesta lista, dado o carácter do website, não será de estranhar que a Saúde ocupe lugar de destaque. A saúde é um dos bens mais preciosos de uma sociedade, para muitos, talvez o maior. Assumem também relevância valores como a Liberdade (ex. Dia Mundial da Liberdade da Imprensa – 3/mai.), a Justiça (ex. Dia Mundial da Justiça Social – 20/fev.), a Amizade (ex. Dia Internacional do Amigo – 30/jun.), ou até mesmo o Amor (ex. Dia Internacional do Beijo – 13/abr.).

Creio ser aceitável resumir que estes dias se destinam a homenagear, consciencializar/sensibilizar para a importância do objeto em apreço.

Em termos de profissões de saúde, descobri, sem pretender ser exaustivo na pesquisa, outras profissões que também estão contempladas com um dia comemorativo, nomeadamente o Dia: Europeu da Terapia da Fala (6/Mar.), do Médico (difere entre países, por ex. 30/mar. ou 18/out.), Mundial do Médico Veterinário (26/abr.), Mundial do Médico de Família (19/mai.), Mundial da Ortótica (3/jun.), Mundial da Fisioterapia e Nacional do Fisioterapeuta (8/set. e 13/out), Nacional do Farmacêutico (26/set.), ou Mundial da Anestesiologia (16/out.). Sobre o Dia Internacional do Enfermeiro, sugiro a leitura do Enf. Nuno Terra (2), que enaltece Florence Nightingale, a enfermeira mais conhecida do mundo, tida como a percursora da era moderna da profissão. Florence foi uma mulher extremamente inteligente e visionária, que dedicou todo seu esforço em atenção aos mais frágeis, vítimas e doentes. Volvidos 105 anos da sua morte, hoje, os enfermeiros perpetuam o seu legado de forma científica e com elevado rigor técnico e humano.

Para a generalidade das pessoas a Enfermagem é ainda muito associada à enfermeira bondosa que dá a mão e proporciona uma palavra de conforto ou, então, meramente ao profissional que administra a medicação prescrita pelo médico. Há também muitas pessoas que a associam à realização de curativos/tratamento de feridas e, claro, a quem cuida da higiene de quem está acamado. Seria extenso enunciar aqui tudo o que os enfermeiros fazem. Julgo até que nem conseguiria. Darei contudo, alguns exemplos, de estudos randomizados, controlados e multicêntricos, publicados em prestigiadas revistas internacionais de saúde, que demonstram o quanto os cuidados de enfermagem são um garante de qualidade em saúde.

O primeiro exemplo é o de um estudo realizado na Irlanda, publicado em 2009, que comparou os resultados em termos de saúde cardiovascular de pessoas com diabetes melittus tipo II, consoante estas participassem num programa intensivo de ensino liderado por enfermeiros  (nurse-led clinic) ou apenas nos cuidados convencionais (94 pessoas em cada grupo). Os resultados evidenciaram que, ao fim de 1 ano, quem participou na consulta de enfermagem atingiu de forma estatisticamente significativa melhores resultados: tensão arterial sistólica (33% versus 12.1%) e diastólica (75.5% versus 40.2%), colesterol (84.8% versus 63.6%), LDL (73.4% versus 54.5%), e hemoglobina glicada (53.2% versus 32.9%). (3)

Outro estudo realizado na Holanda, e publicado em 2010, comparou a eficácia na gestão de risco cardiovascular, em cuidados de saúde primários, consoante as pessoas fossem avaliadas por enfermeiros (n=808) ou por médicos de família (n=818). Ao fim de um ano verificou-se que a melhoria dos fatores de risco (lípidos, tensão arterial e índice de massa corporal) foi mais significativa nas pessoas seguidas pelos enfermeiros, sobretudo em termos de colesterol. (4)

Mais recentemente, em 2014, na Dinamarca, um estudo comparou os resultados obtidos por pessoas com artrite reumatóide, em fase controlada, em três tipologias de consultas de seguimento: planeadas, com reumatologista (n=97), não planeadas, com reumatologista e enfermeiro (n=96), e planeadas, com enfermeiro (n=94). Ao fim de dois anos verificou-se que os doentes seguidos por enfermeiros tinham a doença mais controlada do que os seguidos pelo reumatologista. Além disso, o grupo seguido pelos enfermeiros apresentou melhores índices de autoeficácia, confiança e satisfação do que os seguidos pelo reumatologista. O grupo seguido em cuidado partilhado apresentou uma menor satisfação, transitória - ao fim do primeiro ano –, do que aqueles seguidos pelo reumatologista. (5)

Por fim, num estudo também com pessoas com artrite reumatóide, realizado no Reino Unido, comparou-se os resultados de pessoas seguidas por enfermeiros especialistas (n=91) e por reumatologistas (n=90). Não se verificaram diferenças significativas em termos de controlo da doença, mas verificou-se que os cuidados de enfermagem são mais custo-efetivos e que os doentes se encontram mais satisfeitos com os cuidados destes. (6)

Espero ter facultado ao leitor uma perspetiva diferente e com evidência do valor dos cuidados de enfermagem. Bem sei que não serão iguais em todos os países, mas os enfermeiros portugueses e a população portuguesa não se poderá queixar de falta de “obra prima de qualidade”. A organização e demonstração do valor é que fica, normalmente, muito a desejar. Mas todos juntos conseguiremos o desígnio fundamental: a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem.

Votos de um excelente Dia Internacional do Enfermeiro.

 

Referências Bibliográficas:

(1) Consultado em http://www.atlasdasaude.pt/dias-internacionais.

(2) Lopes NT (2015). Um Enfermeiro Faz sempre a Diferença. Editorial. “Revista Enfermagem e o Cidadão”, 43:3. Disponível em http://www.ordemenfermeiros.pt/sites/centro/informacao/JornalCRC/JEC43/files/assets/basic-html/page3.html.

(3) MacMahon Tone J, Agha A, Sherlock M, Finucane F, Tormey W & Thompson CJ (2009) An intensive nurse-led, multi-interventional clinic is more successful in achieving vascular risk reduction targets than standard diabetes care. In Ir J Med Sci, pp. 179-186.

(4) Voogdt-Pruis, H. R., Beusmans, G. H., Gorgels, A. P., Kester, A. D., & Ree, J. W. (2010). Effectiveness of nurse-delivered cardiovascular risk management in primary care: a randomised trial. The British journal of general practice : the journal of the Royal College of General Practitioners, 60(570), 40-46.

(5) Primdahl, J., Sorensen, J., Horn, H. C., Petersen, R., & Horslev-Petersen, K. (2014). Shared care or nursing consultations as an alternative to rheumatologist follow-up for rheumatoid arthritis outpatients with low disease activity--patient outcomes from a 2-year, randomised controlled trial. Annals of the Rheumatic Diseases, 73(2), 357-364. doi: 10.1136/annrheumdis-2012-202695

(6) Ndosi, M., Lewis, M., Hale, C., Quinn, H., Ryan, S., Emery, P., . . . Hill, J. (2013). The outcome and cost-effectiveness of nurse-led care in people with rheumatoid arthritis: a multicentre randomised controlled trial. Annals of the Rheumatic Diseases. doi: 10.1136/annrheumdis-2013-203403

 

Enf.º Ricardo Ferreira - Enfermeiro no Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra; Mestre em Sociopsicologia da Saúde; Doutorando em Ciências da Saúde.

Vogal do Conselho Diretivo da Secção Regional Centro da Ordem dos Enfermeiros; Membro do Comité Científico da European League Against Rheumatism – Health Professionals; Vice Presidente da Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Prevenção de trombose
A Bayer HealthCare (Bayer) assinou um contrato de licença exclusiva com a Isis Pharmaceuticals, Inc. (NASDAQ: ISIS) para ISIS...

Nos termos do acordo, a Bayer continuará a desenvolver e comercializar ISIS-FXIRx em áreas de necessidade médica não atendida. Como parte do programa de desenvolvimento clínico, a Bayer pretende avaliar o perfil terapêutico do ISIS-FXIRx em doentes nos quais não possam ser usados os anticoagulantes actualmente disponíveis, concretamente, doentes com elevado risco de hemorragia devido a múltiplas co-morbilidades.

"Este primeiro inibidor do FXI vem complementar a nossa linha de investigação na trombose e é um inovador candidato em desenvolvimento para colmatar uma variedade de necessidades na área da anti-coagulação", afirmou Dr. Joerg Moeller, membro do Comité Executivo da Bayer HealthCare e Director de Desenvolvimento Global. "Acreditamos que o novo mecanismo de inibição do factor XI pode oferecer uma via adicional para o tratamento de doentes que não dispõem, actualmente, de opções terapêuticas adequadas. Partilhamos a mesma visão da Isis Pharmaceuticals, Inc. no desenvolvimento do ISIS-FXIRx".

“Acreditamos que a Bayer, companhia farmacêutica líder no tratamento da doença tromboembólica, é o parceiro ideal para o ISIS-FXIRx. Esta transação demonstra o compromisso da Bayer para com esta área. A Bayer tem a experiência, o envolvimento e os recursos para desenvolver ISIS-FXIRx em áreas onde existem necessidades médicas não atendidas. Estamos satisfeitos com o valor desta parceria, que apoia um programa de desenvolvimento robusto no sentido de maximizar o valor do ISIS-FXIRx a nível global e participar de forma significativa no seu sucesso comercial futuro", disse Stanley Crooke, Ph.D, MD, Chief Executive Officer da Isis Pharmaceuticals. "Acreditamos que esta parceria representa o acordo certo, com o parceiro certo e o plano de desenvolvimento certo."

Após a conclusão das actividades em curso na Isis, a Bayer irá assumir todo o desenvolvimento clínico global, bem como as responsabilidades regulamentares e de comercialização em todo o mundo para ISIS-FXIRx.

31 de Maio- Dia Mundial Sem Tabaco
Em Portugal morrem todos os anos 1000 pessoas vítimas de AVC e o tabaco é um dos principais factores de risco para essa...

“Os últimos estudos na área indicam que os fumadores têm uma probabilidade de sofrer AVC 3 vezes maior do que os não fumadores. O consumo de 20 cigarros por dia, por exemplo, aumenta em 6 vezes o risco de AVC. Sensibilizar a população para esta realidade deverá ser uma prioridade das entidades governamentais e de todas as Instituições que trabalham em prol dos doentes e familiares. Por isso, decidimos lançar este repto, desafiando os fumadores a não consumirem tabaco durante 1000 minutos, em homenagem a todos os portugueses que morrem anualmente vítimas de AVC no nosso país”, afirma Clara Fernandes, presidente da Associação Nacional AVC.

Para além de aumentar o risco de AVC, o consumo de tabaco aumenta o mau colesterol, reduz o bom colesterol e potencia o desenvolvimento da hipertensão arterial. Um fumador com hipertensão arterial tem uma vulnerabilidade 15 vezes maior de sofrer um AVC Hemorrágico.

Associados a todos estes perigos para a saúde acrescem os custos inerentes a este hábito altamente oneroso. Se fumar, em média, um maço de cigarros por dia, gastará €30 por semana, €120 por mês, €1.440 por ano e €14.400 em 10 anos.

Porque deve parar de fumar?

Dentro de 8 horas os seus níveis de oxigénio voltam ao normal e os níveis de monóxido de carbono reduzem para metade.

48 horas depois as suas capacidade de gosto e de olfato melhoram.

Dentro de 72 horas torna-se mais fácil respirar e os seus níveis de energia aumentam.

Depois de 1 mês a sua pele melhora significativamente.

Entre 3-9 meses, qualquer tipo de tosse ou pieira diminui e o funcionamento dos seus pulmões aumenta pelo menos 10%.

Após 1 ano o seu risco de ataque cardíaco reduz para metade.

Após 5 anos o seu risco de AVC é praticamente igual ao de um não fumador.

Após 10 anos o seu risco de desenvolver cancro do pulmão desce para metade.

Após 15 anos o risco de sofrer um ataque cardíaco é o mesmo de alguém que nunca fumou.

Nelson Pires
Nelson Pires, director-geral da farmacêutica Jaba Recordati, foi reconhecido como Personalidade do Ano nos Prémios Human...

Este ano, nesta categoria de responsabilidade da organização dos Prémios, a decisão foi premiar um Gestor, uma personalidade, que ao longo dos anos se tem distinguido pelo seu percurso e pelos resultados atingidos. Alguém que numa indústria tão específica, e mesmo complexa, como a Farmacêutica, tem-se notabilizado por excelentes resultados a diversos níveis.

Nelson Pires afirmou: “Este é um prémio que muito me orgulha, pois reconhece as boas práticas de gestão de pessoas, que consideramos como um dos nossos principais activos. É por isso um prémio também de todos os colaborados da Jaba Recordati que abraçam os nossos projectos arrojados com dedicação e profissionalismo”.

A Jaba Recordati esteve ainda nomeada nos Prémios Human Resources nas categorias Presidente/CEO e Equilíbrio Empresa/Família.

Em 2014, a Jaba Recordati foi também eleita pelo European Business Awards como o Melhor Empregador Europeu do Ano relativo ao desempenho do ano anterior.

Terceira Semana Mundial da Segurança Rodoviária
Novo site dedica-se exclusivamente a promover a educação rodoviária infantil.

A Fundação Mapfre, em parceria com a Direcção-Geral da Saúde e a Dorel Portugal, lançou um site exclusivamente dedicado à segurança rodoviária infantil: www.segurancarodoviariainfantil.org.pt.

Esta iniciativa insere-se na Terceira Semana Mundial da Segurança Rodoviária, promovida pelas Nações Unidas, e que este ano é dedicada à segurança das crianças.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os sistemas de retenção infantil, vulgo cadeiras auto, previnem entre 50 a 80% das lesões causadas por acidentes rodoviários.

No site www.segurancarodoviariainfantil.org.pt é possível encontrar informação sobre como viajar de forma segura, conhecer a opinião de especialistas, comparar os vários modelos de cadeiras existentes no mercado, saber o que é necessário ter em conta na hora de escolher a cadeira mais indicada para o bebé ou criança, bem como aceder a estudos e notícias sobre o tema.

Juntamente com esta plataforma digital é também lançado o guia "Bebés, Crianças e Jovens em Segurança – Cadeiras Auto", concebido por especialistas em segurança rodoviária.

Estes guias serão distribuídos gratuitamente em hospitais, maternidades e centros de saúde, fornecendo informação detalhada sobre a forma mais indicada de transportar grávidas, recém-nascidos, crianças de acordo com a faixa etária, as regras básicas na escolha da cadeira, a legislação mais recente, as características dos vários tipos de cadeiras e os principais factores a assegurar na segurança rodoviária infantil.

Incluindo privados
A ADSE pretende fazer uma alteração nas suas regras de inscrições e cônjuges e filhos com mais de 26 anos também vão poder...

A ADSE pretende fazer uma alteração nas suas regras de inscrições alargando os seus serviços não só aos trabalhadores do sector público, mas também, aos cônjuges de funcionários públicos que trabalhem no privado e aos seus filhos adultos, caso estes últimos estejam dispostos a pagar por isso.

As alterações vêm expressas no Plano de Actividades para 2015. Actualmente este alargamento só e possível a cônjuges que não exerçam actividade no privado, não sejam aposentados e não estejam a receber subsídios de desemprego.

Mas no relatório lê-se ainda que vai ser equacionada a hipótese de os filhos dos beneficiários titulares com mais de 26 anos poderem continuar a manter a condição de beneficiário, mediante uma comparticipação financeira.

As alterações do subsistema de saúde aplicam-se também a polícias e militares, revela o Jornal de Negócios, citado pelo Notícias ao Minuto.

Desde o ano passado, quando este regime passou a ser opcional, já desistiram da ADSE 2.965 pessoas. A redução do número de funcionários do sector público, a perda de direitos dos descendentes e a regularização de registo de óbitos são apontadas como as principais razões para estes números.

 

Mas com mais stress
As pessoas que trabalham nas unidades de saúde familiar dizem que aqui se deparam com uma melhor gestão dos recursos. Decisões...

Os profissionais que trabalham nos novos centros de saúde, as chamadas unidades de saúde familiar, criadas a partir de 2006, estão em geral mais satisfeitos com o trabalho, mas descrevem alguns problemas, como níveis de stress mais elevados, refere notícia do jornal Público.

Além disso, consideram que o modelo de gestão por objectivos tem sido desenvolvido tendo apenas em consideração indicadores quantitativos o que resulta numa perda do valor motivador dos indicadores. As conclusões fazem parte de uma investigação da Universidade do Minho sobre os cuidados de saúde primários, que comparou as percepções de profissionais de 40 unidades de saúde familiar (USF) e antigos centros de saúde.

O estudo, que começou a ser preparado há cinco anos e observou os profissionais em dois momentos – 2013 e 2014 – pretendeu avaliar “se as pessoas conseguiam manter os níveis de envolvimento com o seu trabalho nas USF a longo prazo e com que consequências". E isso, explica Ana Veloso, coordenadora do estudo e professora da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, porque "uma das críticas feita a este tipo de gestão de pessoas, com pressão para atingir objectivos, é que com o cansaço se entre no extremo oposto”.

“O trabalho mostra que as USF fazem uma melhor gestão dos seus recursos", acrescentou a investigadora. Essa é a percepção dos profissionais. Dizem que são ouvidas, as decisões são tomadas em conjunto e há reconhecimento da importância dos vários profissionais, enumera. "As pessoas sentem-se mais envolvidas e gostam de ter autonomia para decidir e introduzirem inovação nos processos. Os utentes sentem isso e estão satisfeitos”, diz ainda Ana Veloso. Para o estudo, foram também inquiridos perto de 400 utentes mas só de USF, pelo que nesta parte não é possível estabelecer paralelismos com os antigos centros de saúde.

No total, foram questionados perto de 650 profissionais, entre médicos, enfermeiros e secretários clínicos, todos de USF e centros de saúde do Porto e Braga. O estudo, financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com o apoio da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar, comparou os resultados das USF com os dos antigos centros de saúde (agora denominados como unidades de cuidados de saúde personalizados, UCSP), mas também tentou perceber se as percepções eram diferentes entre os vários profissionais de saúde. A amostra é apenas do Norte do país, mas a coordenadora considera que os resultados são extensíveis a todo o país.

As primeiras USF foram criadas em 2006 no âmbito de uma reforma dos cuidados de saúde primários, inspirada no modelo do Reino Unido. De acordo com os dados da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar já existem mais de 400 no país. Contudo, o ritmo de abertura tem vindo a baixar, com os partidos da oposição a denunciarem neste mês no Parlamento que, em 2015, ainda só uma USF foi aberta. O Ministério da Saúde contrapõe que, sendo o processo voluntário, o menor número de candidaturas tem levado a menos aberturas de USF.

São os próprios profissionais que se candidatam a formar uma USF, ganhando com isso mais autonomia na forma de trabalhar. Para isso chegam a um acordo sobre indicadores a cumprir, que tenham como principal objectivo prestar serviços mais acessíveis e com objectivos personalizados aos utentes, aumentando a eficiência. Existem dois tipos de USF, as de modelo A e as de modelo B. De início todas abrem como modelo A e só depois de reunidas algumas condições podem transitar para o modelo B, que oferece ainda mais autonomia e aposta mais nos incentivos financeiros.

Apesar de uma das principais mudanças estar nos incentivos, Ana Veloso assegura que a parte financeira não é a mais valorizada pelos profissionais, até porque muitos pagamentos desta parcela variável são feitos com atraso. Um dos sentimentos negativos prende-se, por isso, com a progressão na carreira “inexistente nas USF”, diz a psicóloga, adiantando que esse sentimento também é partilhado pelos profissionais das UCSP. “O mais interessante é que os secretários clínicos estão mais satisfeitos com a ideia de promoção do que os enfermeiros e do que os médicos, porque o próprio modelo das USF reconhece mais o trabalho que fazem”, salienta. As razões para o compromisso com o local de trabalho são maioritariamente “afectivas”, com as pessoas a valorizarem o facto de serem escolhidas para as USF.

Governo ultima diploma
Primeira consulta "grátis", rastreio "sem encargos", implantes dentários "com desconto" ou...

O Governo está a ultimar um diploma para impedir práticas de publicidade em saúde consideradas desleais, enganosas e/ou agressivas.

O texto que pela primeira vez vai regular a publicidade em saúde foi proposto pelo Ministério da Saúde e já foi encaminhado para o Ministério da Economia (ME), onde será analisado e consensualizado para posterior aprovação do Conselho de Ministros. O ME confirmou ao Jornal de Notícias que a proposta "terá chegado informalmente" e que vão ser apreciadas compatibilidades com outros diplomas, directivas comunitárias, direitos dos consumidores e dos prestadores.

Investigadores de Coimbra
Uma equipa de investigadores de Coimbra recebeu um financiamento internacional para aplicar um programa para diminuir...

O programa, denominado “Anos Incríveis para a promoção da saúde mental”, que já foi testado com sucesso em Portugal por uma equipa de especialistas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC (FPCEUC), vai ser aplicado em “60 jardins-de-infância de zonas carenciadas do distrito de Coimbra”, adianta a Universidade de Coimbra (UC).

O projecto, que “visa diminuir desigualdades sociais e promover a saúde mental em crianças de idade pré-escolar”, acaba de “obter um financiamento internacional de 295 mil euros no âmbito do programa “Iniciativas de Saúde Pública”, do European Economic Area Grants (EEA-Grants), um mecanismo financeiro do espaço económico europeu, que conta com a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega como países doadores.

Originário dos Estados Unidos da América (EUA), o “Anos Incríveis” tem sido “amplamente aplicado em vários países e distingue-se por utilizar uma nova abordagem, baseada na evidência, para atuar tanto na prevenção como na intervenção precoce em problemas de comportamento”, sublinha a UC.

“Ao apostar em estratégias positivas, o programa funciona como uma vacina para prevenir perturbações mentais futuras”, sintetiza a UC na mesma nota.

O projecto, cuja aplicação vai agora ser desencadeada, “foca-se nos profissionais de primeira linha, nomeadamente nos educadores de infância”, a quem a equipa de investigadores da FPCEUC, liderada por Maria João Seabra Santos e Maria Filomena Gaspar, vai transmitir as competências necessárias para aplicação do “Anos Incríveis”.

O grande objectivo é o de que esta abordagem se transforme num Plano Nacional de Promoção de Saúde Mental, salientam as especialistas envolvidas no projecto, que também vão “monitorizar a implementação do programa, junto das crianças, em sala de actividades”.

“Pretendemos obter um efeito bola de neve, isto é, vamos formar um conjunto alargado de educadores de infância, que serão depois os embaixadores do programa junto de outros profissionais, replicando o modelo em zonas cada vez mais alargadas do país”, afirmam Maria João Seabra Santos e Maria Filomena Gaspar.

O financiamento agora obtido “permite continuar a levar o ‘Anos Incríveis’ a cada vez mais famílias e educadores, procurando promover a saúde mental de crianças em idade pré-escolar, aumentar a eficácia dos profissionais que lidam com elas e promover uma interacção positiva entre a escola, os profissionais de saúde e a família”, salientam as duas investigadoras, que também são docentes da UC.

Para a selecção das escolas que vão ser objecto de intervenção, a equipa da FPCEUC conta com o apoio da Associação Nacional de Intervenção Precoce (ANIP) e da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), instituições que são parceiras do projecto.

A investigação conta igualmente com a colaboração da Universidade de Tromso (Noruega), “um modelo a seguir na investigação e implementação dos programas ‘Anos Incríveis’, e contempla ainda uma intervenção em centros de saúde”.

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