Estudo publicado pela revista American Journal of Pathology
A fusão de células normais pode provocar “catástrofes genómicas” que desencadeiam processos cancerígenos e favorecem a formação...

O estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Michigan e da Clínica Mayo, ambos nos EUA, apontou que esta fusão (que acontece quando a célula se danifica, inflama ou sofre uma infecção viral) pode transformar células normais em cancerígenas.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas focaram-se na análise de células epiteliais intestinais IEC-6 de ratos especialmente apropriadas, por contarem com dois conjuntos de cromossomos sem as características cancerígenas e que se replicam normalmente.

Os investigadores submeteram estas células a processos de estimulação química para provocar a sua fusão, e posteriormente injectaram estas células fusionadas em ratos de laboratório.

Os dados registados indicaram que nos 12 meses seguintes à injeção foi detectada a formação de tumores em 61% dos ratos com células fusionadas, e não havia tumores no caso de células não fusionadas dos ratos do grupo de controlo.

“Descobrimos que um acto de fusão com células normais, não transformadas e citogeneticamente estáveis podem provocar instabilidade cromossómica, danos no ADN, transformação celular e desenvolvimento maligno”, explicaram os autores.

Jeffrey L. Platt, da Universidade de Michigan-Ann Arbor, assinalou que esta “instabilidade cromossômica”, que se refere a mudanças na aparência e no número de cromossomos, é uma característica dos processos cancerígenos.

Além disso, Xiaofeng Zhou, outro dos autores principais do estudo, da mesma universidade, destacou que a descoberta demonstra que “uma só fusão celular pode desencadear processos malignos e alimentar a evolução do tumor”.

Até agora, sabia-se que a fusão celular poderia estar por trás das múltiplas mudanças genéticas nas quais o cancro se desenvolve, mas não havia sido observado um vínculo directo entre ambos os elementos

 

INEM diz
O INEM revelou hoje que apenas duas das 21 ambulâncias ao serviço na Grande Lisboa não estão operacionais e que, no total, tem...

Em declarações à agência Lusa, Ivone Ferreira, do INEM, explicou que, pelas 9:45, estavam ao serviço 19 ambulâncias, em 21, tripuladas só com técnicos de emergência médica, três motos igualmente do organismo, uma VMIP (viatura móvel de intervenção psicológica), uma TIP (transporte inter-hospitalar pediátrica), duas SIV (ambulâncias de Suporte Imediato de Vida) e três ambulâncias dos bombeiros em exclusivo nos meios operacionais.

Ivone Ferreira adiantou ainda que as duas SIV estão ao serviço do INEM desde segunda-feira, depois do protesto dos trabalhadores do instituto, que no domingo promoveram uma vigília contestando a falta de pagamento de subsídios e de horas extra e de mais cortes no salário.

Os técnicos de ambulância de emergência estão desde o início do mês a recusar fazer horas extraordinárias.

A responsável pela comunicação do INEM referiu ainda que os serviços de socorro e a emergência médica do organismo não estão afetados, pedindo à população da Grande Lisboa para que continue a confiar na instituição.

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Paulo Campos, anunciou segunda-feira, no final de uma reunião no Ministério da Saúde, que até setembro vai haver um reforço de técnicos de emergência médica, com a contratação de 85 profissionais.

Em comunicado, o INEM divulgou que na segunda-feira, "sem aviso prévio, não compareceram 26 técnicos de emergência no período da manhã e 21 no período da tarde", na Grande Lisboa.

Os trabalhadores do INEM decidiram na segunda-feira agendar uma greve ao trabalho extraordinário, a partir do dia 24, segundo anúncio da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

O INEM ameaçou participar ao Ministério Público contra quem colocar em risco o socorro urgente a pessoas.

Estudo internacional revela
Uma equipa de 14 investigadores da Alemanha, do Brasil, dos Estados Unidos e de Portugal concluiu que o consumo de cafeína é...

“O consumo de cafeína é eficaz tanto na prevenção como no tratamento da depressão”, revela um estudo internacional acabado de publicar na revista da Academia Americana de Ciências ‘Proceedings of the National Academy of Sciences’ (PNAS), afirma a Universidade de Coimbra (UC) numa nota divulgada.

A equipa de especialistas dos quatro países, que foi coordenada por Rodrigo Cunha, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e docente da Faculdade de Medicina da UC, chegou a esta conclusão depois de, durante seis anos, ter efetuado “estudos e experiências em modelos animais (ratinhos) para avaliar em que medida a cafeína interfere na depressão”.

A depressão é a doença com “maiores custos socioeconómicos do mundo ocidental”.

Os animais que consumiram cafeína, em doses equivalentes a quatro/cinco chávenas de café por dia em humanos, “apesar de todas as situações negativas a que foram sujeitos”, apresentaram “menos sintomas” de depressão do que aqueles aos quais não foi ministrada cafeína, que registaram “as cinco alterações comportamentais típicas da depressão”, sublinha Rodrigo Cunha.

Sujeitos a situações de Stress Crónico Imprevisível, isto é, a “sucessivas situações negativas e, por vezes, extremas (privação de água, exposição a baixas temperaturas, etc.), durante três semanas”, os animais aos quais foi administrada cafeína diariamente resistiram melhor.

Os animais que não consumiram cafeína revelaram “imobilidade (os ratinhos deixaram de reagir), ansiedade, anedonia (perda de prazer), menos interações sociais e deterioração da memória”, acrescenta o coordenador do estudo.

Na segunda fase da pesquisa, “os investigadores identificaram o alvo molecular responsável pelas modificações observadas”, tendo concluído que “os recetores A2A para a adenosina (que detetam a presença de adenosina, uma molécula que sinaliza perigo no cérebro) são os protagonistas de todo o processo”.

Considerando um estudo anterior realizado nos EUA, no qual Rodrigo Cunha participou como consultor científico, em que “doentes de Parkinson tratados com istradefilina – um novo fármaco da família da cafeína antagonista dos recetores A2A (fármaco que inibe a atuação dos A2A) – mostraram melhorias significativas, a equipa decidiu aplicar este medicamento nos ratinhos deprimidos”, adianta a UC.

Em apenas três semanas de tratamento, “o fármaco foi capaz de inverter os efeitos provocados pela exposição inicial a Stress Crónico Imprevisível e os animais recuperam para níveis semelhantes aos do grupo de controlo (constituído por ratinhos saudáveis)”, sublinha Rodrigo Cunha.

Embora seja necessário efetuar um ensaio clínico, a transposição deste fármaco para a “prática clínica pode ser bastante rápida, assim haja vontade da indústria farmacêutica, porque estamos perante um fármaco seguro, já utilizado nos EUA e no Japão para o tratamento da doença de Parkinson”, sustenta o investigador.

O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Departamento de Defesa dos EUA e The Brain & Behavior Research Foundation (NARSAD).

Hospital S. João do Porto acolhe
O Hospital de São João, no Porto, inaugura o primeiro Centro de Treino em Gastrenterologia e Hepatologia em Portugal, que...

“Vamos cativar metodologia tecnológica de inovação e financiamento para criarmos uma plataforma de desenvolvimento. É uma estratégia vencedora em toda a área”, explicou Guilherme Macedo, diretor do serviço de gastrenterologia do Centro Hospitalar.

O clínico assinalou que o novo centro foi desenhado “de acordo com a missão e valores” encontrados pela Organização Mundial de Gastrenterologia naquele departamento do hospital, pela sua “versatilidade” de ser capaz de “ministrar treino e formação” do mais básico ao mais avançado.

“Nesse contexto, a organização mundial de gastrenterologia achou q estaríamos numa posição ideal para sermos uma plataforma de conhecimento mais avançada para a Europa e também para facultar esse ensinamento e treino a países da lusofonia”, acrescentou.

Com o desenvolvimento do centro, o Centro Hospitalar de São João, no Porto, passará a estar “sinalizado pela organização para receber em estágios especialistas de todo o mundo” que queiram formação e treino em gastrenterologia, hepatologia e saúde digestiva.

Este é “um reconhecimento honorífico, reconhece a qualidade dos profissionais” do hospital que recebe o segundo centro da Europa, e o 21.º a nível mundial, e passa a “ser sede de um departamento com reconhecimento internacional”.

O responsável assinalou ainda que o novo centro tecnológico terá também um “papel pedagógico muto grande, dirigido à sociedade civil” e que dará “uma janela maior de visibilidade social para Portugal e para o estrangeiro”.

“O público tem consciência que há muitas coisas na saúde digestiva por fazer [e] um dos nossos objetivos é dar uma grande dimensão social a estes problemas”, salientou, destacando que em Portugal é já possível “ter e fazer tratamentos padrão avançados no estado da arte”.

A Inauguração do primeiro Centro de Treino em Gastrenterologia e Hepatologia em Portugal, dedicado às doenças do foro digestivo e do fígado, está marcada para terça-feira às 09:00 na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto no Hospital de São João.

A cerimónia conta com a participação de James Toouli, presidente da Organização Mundial de Gastrenterologia, do presidente do Conselho de Administração do hospital, da diretora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do diretor do Serviço de Gastrenterologia.

 

Previously-treated squamous non-small cell lung cancer in Phase III Trial
Opdivo demonstrated significant superiority across all endpoints including response rate and progression-free survival versus...

Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) today announced results from CheckMate -017, a Phase III, open-label, randomized study evaluating Opdivo (n=135) versus docetaxel (n=137) in previously treated patients with advanced squamous non-small cell lung cancer. At one year, Opdivo demonstrated an overall survival rate of 42% versus 24% for docetaxel, with a median overall survival of 9.2 months versus 6 months, respectively. In the trial, Opdivo reduced the risk of death by 41%, based upon a hazard ratio of 0.59 (95% CI, 0.44-0.79; P = 0.00025). The safety profile of Opdivo in CheckMate -017 was consistent with prior studies and favorable versus docetaxel. Findings from CheckMate -017 were published today in The New England Journal of Medicine and presented during an oral abstract session at the 51st Annual Meeting of the American Society of Clinical Oncology (Abstract #8009).

“Historically, treatment options for lung cancer patients have been limited. The Opdivo data presented today offer patients the first major advance in the treatment of squamous non-small cell lung cancer in more than a decade,” said David Spigel, MD, Sarah Cannon Research Institute. “In this study, Opdivo not only demonstrated superior overall survival and objective response rate versus chemotherapy, the standard of care, but these benefits were sustained over time. The study also showed that squamous non-small cell lung cancer has a unique biology that resulted in similar efficacy across levels of PD-L1 expression.”

Opdivo demonstrated a consistent statistically significant superiority over docetaxel across all secondary endpoints including overall response rate and progression-free survival. Results showed that at one year, Opdivo improved progression-free survival (21%) versus docetaxel (6.4%). Median progression-free survival was 3.5 months for Opdivo and 2.8 months for docetaxel, with a hazard ratio of 0.62 (95% CI, 0.47-0.81; P = 0.0004). Opdivo also produced a significantly higher confirmed objective response rate (20%) versus docetaxel (8.8%) (95% CI; P=0.0083). Responses for Opdivo were ongoing and the median duration of response was not reached (range 2.9 to 21+ months) with at least 11 months of follow-up; the median duration of response for docetaxel was 8.4 months (range 1.4+ to 15+ months).

“The results from CheckMate -017 are an important milestone in cancer research. This study marked the first time a PD-1 immune checkpoint inhibitor demonstrated a survival benefit in lung cancer, thereby establishing a new treatment modality for the disease,” said Michael Giordano, senior vice president, Head of Development, Oncology. “The results announced today also build on and confirm our clinical research approach to understanding the role of PD-L1 expression and degree of benefit for Opdivo across histologies and etiologies in non-small cell lung cancer. This is incredibly encouraging news as we continue to study potential new options that may improve upon, and potentially replace, the current standard of care.”

About CheckMate -017

CheckMate -017 was a Phase III, open-label, randomized clinical trial that evaluated Opdivo 3 mg/kg intravenously over 60 minutes every two weeks versus standard of care, docetaxel 75 mg/m2 intravenously administered every 3 weeks in patients with advanced squamous non-small cell lung cancer who had progressed during or after one prior platinum doublet-based chemotherapy regimen. The study’s primary endpoint was overall survival and secondary endpoints included progression-free survival and response rate. The trial included patients regardless of their PD-L1 (programmed death ligand-1) expression status.

Of randomized patients in the trial (n=272), 83% (225) had quantifiable PD-L1 expression. Rates of PD-L1 positivity were balanced between treatment groups. Across pre-specified expression levels (1%, 5%, and 10%), Opdivo demonstrated superior benefit across all endpoints independent of PD-L1 expression. Overall and progression-free survival among PD-L1 subgroups favored Opdivo and was similar to the primary population. Similar objective response rates were observed in patients with high and low, or no PD-L1 expression, and were consistently higher for Opdivo versus docetaxel.

The safety profile of Opdivo in CheckMate -017 was consistent with prior studies and favorable versus docetaxel. Treatment-related adverse events occurred less frequently with Opdivo (any grade, 58%; grade 3–4, 6.9%; no grade 5 events) than docetaxel (any grade, 86%; grade 3–4, 55%; grade 5, 2.3%), including both hematologic and non-hematologic toxicities.

About Non-Small Cell Lung Cancer

Lung cancer is the leading cause of cancer deaths globally, resulting in more than 1.5 million deaths each year, according to the World Health Organization. Lung cancer results in more deaths worldwide than colorectal, breast and prostate cancers combined. Non-small cell lung cancer is one of the most common types of the disease and accounts for approximately 85 percent of cases. Survival rates vary depending on the stage and type of the cancer when it is diagnosed. Globally, the five-year survival rate for Stage I non-small cell lung cancer is between 47 and 50 percent; for Stage IV non-small cell lung cancer, the five-year survival rate drops to two percent.

About Opdivo

Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program to study Opdivo in multiple tumor types consisting of more than 50 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 8,000 patients have been enrolled worldwide.

Opdivo became the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world on July 4, 2014 when Ono Pharmaceutical Co. announced that it received manufacturing and marketing approval in Japan for the treatment of patients with unresectable melanoma. In the U.S., the U.S. Food and Drug Administration (FDA) granted its first approval for Opdivo for the treatment of patients with unresectable or metastatic melanoma and disease progression following Yervoy (ipilimumab) and, if BRAF V600 mutation positive, a BRAF inhibitor. On March 4, 2015, Opdivo received its second FDA approval for the treatment of patients with metastatic squamous non-small cell lung cancer with progression on or after platinum-based chemotherapy.

Important safety information

Immune-Mediated Pneumonitis

• Severe pneumonitis or interstitial lung disease, including fatal cases, occurred with OPDIVO treatment. Across the clinical trial experience in 691 patients with solid tumors, fatal immune-mediated pneumonitis occurred in 0.7% (5/691) of patients receiving OPDIVO; no cases occurred in Trial 3. In Trial 3, immune-mediated pneumonitis occurred in 6% (7/117) of patients receiving OPDIVO including five Grade 3 and two Grade 2 cases. Monitor patients for signs and symptoms of pneumonitis. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater pneumonitis. Permanently discontinue OPDIVO for Grade 3 or 4 and withhold OPDIVO until resolution for Grade 2.

Immune-Mediated Colitis

• In Trial 3, diarrhea occurred in 21% (24/117) of patients receiving OPDIVO. Grade 3 immune-mediated colitis occurred in 0.9% (1/117) of patients. Monitor patients for immune-mediated colitis. Administer corticosteroids for Grade 2 (of more than 5 days duration), 3, or 4 colitis. Withhold OPDIVO for Grade 2 or 3. Permanently discontinue OPDIVO for Grade 4 colitis or recurrent colitis upon restarting OPDIVO.

Immune-Mediated Hepatitis

• In Trial 3, the incidences of increased liver test values were AST (16%), alkaline phosphatase (14%), ALT (12%), and total bilirubin (2.7%). Monitor patients for abnormal liver tests prior to and periodically during treatment. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater transaminase elevations. Withhold OPDIVO for Grade 2 and permanently discontinue OPDIVO for Grade 3 or 4 immune-mediated hepatitis.

Immune-Mediated Nephritis and Renal Dysfunction

• In Trial 3, the incidence of elevated creatinine was 22%. Immune-mediated renal dysfunction (Grade 2) occurred in 0.9% (1/117) of patients. Monitor patients for elevated serum creatinine prior to and periodically during treatment. For Grade 2 or 3 serum creatinine elevation, withhold OPDIVO and administer corticosteroids; if worsening or no improvement occurs, permanently discontinue OPDIVO. Administer corticosteroids for Grade 4 serum creatinine elevation and permanently discontinue OPDIVO.

Immune-Mediated Hypothyroidism and Hyperthyroidism

• In Trial 3, hypothyroidism occurred in 4.3% (5/117) of patients receiving OPDIVO. Hyperthyroidism occurred in 1.7% (2/117) of patients including one Grade 2 case. Monitor thyroid function prior to and periodically during treatment. Administer hormone replacement therapy for hypothyroidism. Initiate medical management for control of hyperthyroidism.

Immune-Mediated Adverse Reactions

• The following clinically significant immune-mediated adverse reactions occurred in <2% of OPDIVO-treated patients: adrenal insufficiency, uveitis, pancreatitis, facial and abducens nerve paresis, demyeliniation, autoimmune neuropathy, motor dysfunction and vasculitis. Across clinical trials of OPDIVO administered at doses 3 mg/kg and 10 mg/kg, additional clinically significant, immune-mediated adverse reactions were identified: hypophysitis, diabetic ketoacidosis, hypopituitarism, Guillain-Barré syndrome, and myasthenic syndrome. Based on the

45 mil euros
Cinco associações de apoio a doentes nas áreas da Sida, do cancro do pulmão, da diabetes e da pediatria vão receber um total de...

Trata-se de um programa de bolsas de financiamento no valor de 45 mil euros, criado pela Roche Portugal, no âmbito da sua política de responsabilidade social, que pretende viabilizar os melhores projetos, desenvolvidos por Associações de Doentes ou outras Organizações Não Governamentais (ONG), que visem a promoção da saúde junto de doentes.

Candidataram-se a estas “bolsas de cidadania” 35 projetos, que foram avaliados por um júri independente, que escolheu os projetos mais originais, focados na defesa dos direitos dos doentes e na promoção da saúde na comunidade, divulgou a organização em comunicado.

As instituições selecionadas foram o Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), a Fundação Gil, a Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, os Amigos da Pediatria da Ilha Terceira e a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) foram as instituições selecionadas.

O GAT apresentou o projeto “Mais participação, melhor saúde” que tem como objetivo promover a participação de representantes de doentes e cidadãos nos processos de decisão política em saúde, que recebe uma bolsa no valor de 15 mil euros.

À Fundação do Gil foi atribuída uma bolsa no valor de 10 mil euros para apoiar o desenvolvimento de uma unidade de cuidados paliativos pediátricos ao domicílio.

O mesmo valor será entregue à Pulmonale para desenvolver um projeto de promoção do conhecimento terapêutico em oncologia junto ao público.

Foram ainda distinguidos, com cinco mil euros cada, os projetos "Crescer e ser saudável nos Açores: Rastreio de anemia e carência de ferro na infância" dos Amigos da Pediatria da Ilha Terceira e uma iniciativa de suporte à motivação para a autogestão do diabético, através de comunicação digital e acesso remoto a dados de saúde, da APDP.

Especialista revela
Um novo tratamento para doentes que sofrem de dificuldades urinárias por doença da próstata, como a hiperplasia benigna, está a...

Segundo o urologista Fábio Almeida, o tratamento é feito através da cirurgia por vaporização anatómica, uma técnica minimamente invasiva em que a remoção do tecido prostático, que provoca obstrução da bexiga, é feita com um laser introduzido pela uretra.

“O laser já é usado há alguns anos, esta técnica cirúrgica é que é bastante recente e inovadora. Permite que de uma maneira simples e muito anatómica consigamos mimetizar o que se fazia antigamente com a cirurgia aberta, que é remover todo o tecido prostático que estava a mais - o chamado adenoma prostático - que cresce com o avançar da idade devido a muitos fatores”, explicou Fábio Almeida.

Ou seja, sublinhou, “permite a remoção do tecido sem praticamente perda de sangue nenhum, sem cicatrizes, porque a intervenção é feita de forma endoscópica através da uretra e permite operar o doente de manhã e à tarde dar-lhe alta, com a função urinária normalizada”.

“É uma inovação fantástica, porque os resultados são iguais ou melhores aos obtidos através da cirurgia aberta”, garantiu Fábio Almeida, que é coordenador do Serviço de Urologia do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa.

Segundo disse, a nova técnica, que foi desenvolvida por um médico espanhol, começou a ser utilizada em maio e já permitiu tratar três doentes, um dos quais com 90 anos, que “estava algaliado há praticamente três semanas e que teve uma recuperação fantástica, foi operado de manhã e à tarde foi embora, sem complicações”.

A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma patologia ligada ao envelhecimento. Não sendo geralmente uma doença que coloque a vida em risco, manifesta-se clinicamente através de um conjunto de sintomas do aparelho urinário inferior que reduzem a qualidade de vida dos doentes. Tem implicações na vida dos homens a partir dos 45-50 anos, podendo causar sintomas significativos em até 30% dos homens com mais de 65 anos.

 

Primeiro estudo sobre a satisfação médica em Portugal
65% dos médicos portugueses atualmente a frequentar o internato da especialidade considera emigrar após a sua conclusão.

Essa tendência aumenta com o decorrer dos anos de formação, sendo que no primeiro ano, 53% dos inquiridos coloca essa hipótese e no último ano essa percentagem sobe para 74%. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Satisfação com a Especialidade entre os Internos da Formação Específica em Portugal”, conduzido por um conjunto de 31 médicos de todo o País, e onde foram inquiridos mais de 800 médicos em formação de 45 diferentes especialidades e distribuídos por unidades de saúde de todo o País. O estudo foi publicado na Acta Médica Portuguesa, a mais importante revista científica médica Portuguesa.

“O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção dos médicos internos sobra a sua especialidade e o seu local de formação, bem como as razões da insatisfação e intenção de emigrar” afirma Tiago Reis Marques, um dos responsáveis pelo estudo. “O problema da emigração médica tem vindo a ser muito discutido recentemente, mas não existia até hoje um estudo científico sobre este assunto” afirma o mesmo autor. Tiago Reis Marques é psiquiatra e investigador e desenvolve atualmente a sua atividade no Instituto de Psiquiatria do Kings College, em Londres.

O estudo avaliou a satisfação com a especialidade e com a qualidade da formação médica em Portugal, sendo de notar que 78% dos médicos consideram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com a qualidade da sua formação. No entanto, 81% dos médicos considera que o panorama da prática clínica em Portugal piorou muito ou extremamente nos últimos anos, enquanto que somente 2% dos médicos em formação considera que esta atualmente melhorou. Um dado impressionante refere-se ao facto de cerca de 20% dos médicos afirmar que não voltariam a tirar o curso de Medicina caso pudessem voltar atrás.

Estudo
Tiago Correia, investigador, realça que há tendências que se verificam tanto no Serviço Nacional de Saúde como no setor privado.

“Muitos doentes transmitem aos profissionais dificuldades financeiras para continuar terapêuticas ou para consumir medicamentos”, revela o investigador Tiago Correia à TSF, acrescentando que esta realidade “é tanto sentida no Serviço Nacional de Saúde como no setor privado”.

As conclusões resultam de um estudo levado a cabo pelo ISCTE que tem em conta os últimos anos de ajustamento sob supervisão da troika.

Desde 2011, altura em que a entidade que representa credores ‘assentou arraiais’ em Portugal, verificou-se um aumentou tanto no número de doentes que faltam a consultas marcadas como no número de pessoas que, alegando dificuldades financeiras, pediram a médicos para evitar a prescrição de determinados medicamentos.

À TSF, citada pelo Notícias ao Minuto, Tiago Correia adianta ainda que o estudo, que envolveu inquérito a médicos, realça a existência de queixas de profissionais de saúde por faltas “recorrentes” de material de saúde mas também de pressões sobre os profissionais de saúde, com o intuito de se gastar “menos com os doentes".

Estudo inédito
Um estudo sobre contraceção em Portugal concluiu que mais mulheres usam um método contracetivo, sendo atualmente 94%, havendo...

O estudo de avaliação das práticas contracetivas das mulheres em Portugal, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e da Sociedade Portuguesa de Contraceção, analisou os hábitos contracetivos de quatro mil mulheres do país, com idades entre os 15 e os 49 anos.

De acordo com os resultados, que foram hoje apresentados no Congresso Português de Ginecologia, a decorrer em Espinho, atualmente 94% das mulheres usam um método contracetivo, um aumento de 12% quando comparado com os dados de 2005, o último inquérito realizado nesta área.

Em declarações aos jornalistas, Daniel Pereira da Silva, coordenador científico do estudo, considerou que este aumento se deve "à evolução da sociedade portuguesa" e a um "maior conhecimento, maior divulgação e maior grau de consciencialização" das mulheres.

Segundo os dados deste inquérito há atualmente uma maior tendência para o uso de métodos menos dependentes ou não dependentes da utilizadora" e apesar da pílula continuar a ser o método mais utilizado, o seu uso caiu de 62% em 2005 para 58% este ano.

Há assim um aumento do uso do DIU, do implante subcutâneo, do adesivo e do anel vaginal.

O inquérito concluiu ainda que 17% das mulheres sexualmente ativas já fez pílula de emergência, tendo em 53% casos sido aconselhada por farmacêutico ou amiga.

"A grande diferença está sobretudo nos mais jovens, onde a educação sexual nas escolas tem um papel determinante. Nos jovens tem havido um significativamente maior uso do método de contraceção", disse ainda o coordenador científico do estudo.

Em 2005, 16% das jovens, entre os 15 e os 19 anos com vida sexual ativa, não usavam qualquer método contracetivo, enquanto em 2015 este número desceu para os 6%.

O estudo demonstra ainda que "70% das adolescentes teve acesso a educação sexual" e que as fontes de informação sobre contraceção são predominantemente a internet para as mulheres mais jovens e os amigos e para as mulheres mais velhas os profissionais de saúde, mas, independentemente disso, quem aconselha o método de contraceção é maioritariamente o médico.

Daniel Pereira da Silva manifestou ainda uma preocupação relativamente ao facto de 40% das mulheres, entre os 35 e 39 anos, não fazerem qualquer consulta de planeamento familiar, o que aumenta o aumento de interrupções voluntárias da gravidez neste escalão etária.

Segundo o coordenador científico do estudo, há aqui uma questão de acessibilidade às consultas, que sendo gratuitas, tem que ser resolvida.

Dos resultados deste inquérito resulta ainda a ideia de que 80% das utilizadoras de preservativo pensam em contraceção e prevenção de infeções sexualmente transmissíveis e que em 81% das mulheres a qualidade de vida melhorou com o uso de contraceção.

 

INEM garante
O INEM garante que os cuidados de emergência médica estão assegurados à população, apesar de alguns constrangimentos...

O Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) alertou para uma “redução brutal” nas ambulâncias em Lisboa, colocando “em risco” o socorro do INEM, devido à recusa dos técnicos em fazer turnos extra.

Estes profissionais queixam-se da falta de pagamento de subsídios e de horas extra e de mais cortes no salário, recusando-se a fazer mais turnos extraordinários, o que leva a que das 17 ambulâncias de Lisboa, 10 possam ficar paradas no fim de semana, segundo o sindicato.

O INEM veio entretanto, em comunicado, assegurar a prestação de cuidados de emergência médica à população portuguesa, “apesar de alguns constrangimentos de recursos humanos”.

“No seguimento de várias notícias sobre a possibilidade de paragem de algumas ambulâncias na região de Lisboa, [o INEM], vem esclarecer a população portuguesa de que não está, nem nunca esteve em causa o socorro da mesma em qualquer circunstância”, afirma o Instituto Nacional de Emergência Médica.

Para sustentar esta garantia, o INEM recorda que o socorro às populações é assegurado em complementaridade de meios, com os Bombeiros, a Cruz Vermelha Portuguesa, a PSP e a GNR.

A atual falta de profissionais, nomeadamente de Técnicos de Emergência (TE), está “a ser acompanhada atentamente” pelo INEM e pelo Ministério da Saúde, no sentido de ultrapassar a situação, refere.

“Assim, estão já a ser implementadas medidas para que todas as necessidades sejam colmatadas, não só através da disponibilidade que foi solicitada a alguns TE das Delegações do Norte e do Centro que se prontificaram a suprir as lacunas existentes em algumas bases de Lisboa, mas também chamando de novo a prestar serviço como TE, profissionais que estavam alocados a outros serviços, embora com certificação válida como TE”, acrescenta o comunicado.

O Conselho Diretivo avisa que vai utilizar todos os meios legais ao seu dispor para prestar os cuidados de emergência médica à população, independentemente de considerar que os TE “têm o direito de tomar as decisões que acreditam ser as melhores para a sua atividade profissional”.

Assim, o conselho diretivo do INEM “apela a todos os TE para que reflitam” sobre a missão para a qual foi criada a instituição.

Estudo
Um estudo desenvolvido pelo Instituto Químico de Sarria, em Espanha, abriu a porta à possibilidade de diagnosticar e tratar o...

O estudo, que foi publicado na revista Chemical Communications, da Sociedade Real de Química, em Londres, foi realizado pelo professor de Química Física da Instituto Químico de Sarria (IQS) Santi Nonell, pelo especialista em síntese orgânica Thibault Gallavardin e pelo investigador de doutoramento do IQS Oriol Planas.

A investigação, desenvolvida pelo Laboratório de Fotoquímica do IQS, descobriu uma nova reação química em que uma sonda fluorescente muda de cor quando ligada a um anticorpo e a outras biomoléculas de interesse médico, bem como a uma grande variedade de nanopartículas.

Conforme relatado pela IQS, universidade científica dos jesuítas, a marcação de anticorpos, biomoléculas e nanopartículas com sondas fluorescentes é uma técnica usada em ensaios clínicos e em diagnóstico por imagem.

Recentemente, tem começado também a ser usada para guiar intervenções cirúrgicas em tempo real, mas um dos principais problemas das sondas atualmente disponíveis é que a sua emissão encontra-se na região visível do espectro e sobrepõe-se a autofluorescência própria dos tecidos biológicos.

No entanto, as sondas fluorogénicas desenvolvidas no IQS resolvem este problema através da mudança de cor, que permite distinguir as sondas ligadas ao anticorpo das separadas.

Além das suas propriedades fluorescentes, as sondas ligadas ao anticorpo podem ser ativadas com luz para gerar formas reativas de oxigénio e induzir a morte das células hospedeiras com elevada seletividade e eficácia, explicou o IQS.

Governo destaca
O ministro da Saúde enalteceu o papel pioneiro do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra na internacionalização da saúde,...

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), José Martins Nunes, foi hoje agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Mérito, numa cerimónia que decorreu em Lisboa, na sede do Infarmed.

Paulo Macedo, que entregou a insígnia em nome do Presidente da República, destacou ainda as “qualidades pessoais e o mérito profissional” de José Martins Nunes e o “seu papel na liderança do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que resulta da fusão de sete instituições e é o maior empregador daquela cidade”.

O CHUC, disse ainda o governante, “destaca-se pela dinamização de múltiplos programas e projetos, científicos e de cooperação económica, desenvolvidos em parceria com entidades públicas e privadas. Tem desempenhado um papel pioneiro no âmbito da internacionalização da saúde”.

Em 2012, o CHUC assinou, em Berlim, um protocolo com a Techniker Krankenkasse (TK), caixa de saúde pública alemã, para dar assistência aos respetivos beneficiários em Portugal.

O primeiro acordo do género entre a TK e uma unidade do Serviço Nacional de Saúde "constitui um motivo de redobrado envolvimento do CHUC na internacionalização do setor de saúde português, afirmava-se, então, num comunicado.

Depois disso, este centro hospitalar estabeleceu variados contactos frutíferos na Europa e em África.

Este ano, o CHUC deverá atingir com a internacionalização cerca de 05% do seu financiamento, aproximadamente 15 milhões de euros.

A nota de imprensa do CHUC assinala ainda que Martins Nunes tem “uma atividade científica intensa, proferiu inúmeras conferências em Portugal e no estrangeiro nas áreas de gestão e da organização hospitalar e publicou como autor ou coautor dezenas de trabalhos científicos em revistas nacionais e estrangeiras. Foi premiado, duas vezes, pela Sociedade Portuguesa da Anestesiologia”.

Esta cerimónia decorreu no âmbito da primeira reunião de Conselhos Consultivos dos estabelecimentos hospitalares.

Os Conselhos Consultivos são órgãos colegiais aos quais compete, genericamente, acompanhar a atividade dos hospitais e emitir recomendações, tendo em vista a prestação de um melhor serviço aos cidadãos.

 

Direção-Geral da Saúde alerta e recomenda cuidados
A qualidade do ar deverá ser afetada no sábado por partículas e poeiras vindas do norte de África, pelo que a população deverá...

Quanto aos grupos mais vulneráveis – crianças, idosos, doentes com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma, e doentes do foro cardiovascular – recomenda cuidados acrescidos, devendo, “se possível, permanecer no interior dos edifícios com as janelas fechadas”.

Num alerta publicado na sua página da Internet, a Direção-Geral da Saúde (DGS) alerta para a previsão de que no dia 6 de junho “Portugal Continental seja influenciado por uma massa de ar com origem no norte de África, transportando na circulação partículas e poeiras em suspensão”.

“Este fenómeno natural poderá afetar a qualidade do ar ambiente, estimando-se que possa contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão em todas as regiões do País, com maior intensidade na faixa interior e especialmente no Alentejo Interior”, acrescenta.

Estas partículas podem ser responsáveis por “efeitos nefastos para a saúde humana, como irritação nos olhos, nariz, garganta, tosse e agravamento de doenças respiratórias”, acrescenta

Infarmed
O Infarmed emitiu um comunicado relativo à recolha do Pravastatina Actavis, comprimido, 10 mg.

A empresa Actavis A/S Sucursal irá proceder à recolha voluntária do lote n.º 888218B, com a validade 09/2016, do medicamento Pravastatina Actavis, comprimido, 10 mg, embalagem de 60 unidades, com o número de registo 5013354, por ter sido detetados valores fora de especificação no parâmetro doseamento, durante os estudos de estabilidade.

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização deste lote.

Face ao exposto:
- As entidades que possuam este lote de medicamento em stock não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.
- Os doentes que estejam a utilizar medicamentos pertencentes a este lote não devem interromper o tratamento. Logo que possível, devem adquirir outro lote ou outro medicamento contendo 10 mg de pravastatina, na forma de comprimidos, desde que disponham da respetiva receita médica.

A principal causa de alergia a pólenes são as gramíneas
O bom tempo convida aos passeios ao ar livre, e à exposição aos vários pólens presentes na atmosfera

Na criança as alergias são, sem dúvida, uma das maiores preocupações dos pais e também uma constante na ida aos serviços de urgência. O número de crianças com sintomas alérgicos vem aumentando ao longo dos anos.

A alergia é uma reação de hipersensibilidade a uma substância geralmente inofensiva. Na presença de um alérgeno, o sistema imunológico da criança libera histaminas e substâncias químicas semelhantes para combater o que considera um agente invasor. As reações alérgicas, por sua vez, não são mais do que uma resposta exagerada do organismo a determinada substância, agravando-se aquando do contacto continuado com a mesma É este mesmo contacto com o alérgeno que leva à libertação de certas substâncias químicas pelo organismo e que resulta na inflamação e irritação das vias aéreas e dos olhos, bem como leva a outros sintomas.

Com a idade as defesas do sistema imunitário aumentam e podem levar a criança a superar as alergias. Os alérgenos mais comuns na idade pediátrica vão desde os fatores externos, que podem propiciar as alergias, como a poluição ou os pólenes aos fatores genéticos. Existem 40% de possibilidades de uma criança sofrer de alergias se um dos pais tiver a mesma condição médica e 60% quando ambos são “alérgicos”. Entre os fatores desencadeantes de alergias, encontram-se o pólen, pêlos de animais, pó caseiro, penas, ácaros, substâncias químicas e vários alimentos.

Em Portugal a principal causa de alergia a pólenes são as gramíneas (fenos), muito frequentes na Primavera, atingindo o seu pico máximo habitualmente durante os meses de Maio e Junho. As concentrações dos pólenes existentes no ar dependem da época de polinização, que é específica para cada planta, sendo mais frequente na Primavera. Alguns autores são unânimes em afirmar que o aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses de vida ajuda a reduzir o risco de alergia na infância.

No caso das crianças, e segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), estas manifestações variam de acordo com a idade, assim como dos alergénicos envolvidos. A mesma entidade explica que podem aparecer alergias logo no primeiro ano de vida, sob a forma de eczema atópico, e, mais tarde, a partir dos 2 anos, sob a forma de asma e rinite.

As manifestações da alergia são de várias formas:

  • Irritação nos olhos: Um dos sintomas mais comuns nas alergias é a irritação dos olhos, associada a um intenso lacrimejo e ardor.
  • Irritação e inflamação da garganta.
  • Irritação das fossas nasais: Os espirros e a secreção nasal são os sintomas mais comuns
  • Dificuldade em respirar: Devido à inflamação da garganta as vias respiratórias ficam obstruídas e aumenta a dificuldade para respirar. É uma situação urgente que requerer supervisão médica.
  • Erupções na pele: Os sintomas mais comuns de uma alergia tópica são: zonas avermelhadas, manchas, zonas irritadas e muito ardor.
  • Problemas gástricos: Em alguns casos a alergia também provoca diarreia, vómitos e acidez do estômago.

Das patologias associadas as mais comuns são:

Asma

É mais frequente na infância. Na maioria dos casos, aparece antes dos 5 anos e manifesta-se por dificuldade em respirar, pieira, cansaço fácil e tosse.

Rinite, sinusite e conjuntivite alérgica

A rinite é a alergia mais frequente. É comum em crianças e pouco diagnosticada. Está associada à sinusite e à conjuntivite alérgica. Manifesta-se habitualmente por volta dos 3 anos de idade e, normalmente, é provocada por ácaros, grãos de pólen e alergia ao pêlo de animais. Na conjuntivite, os olhos ficam vermelhos, lacrimejantes, inchados e dão comichão. Está associada à rinite sazonal, pelo que os sintomas se confundem.

A melhor forma de lidar com estas situações é a prevenção, assim as recomendações de vários especialistas vão no sentido de:

  • Expor a criança o mínimo possível a tempo ventoso e quente, sobretudo de manhã, que é quando existe uma maior libertação de pólen no ar;
  • Manter as janelas do carro e de casa fechadas para não entrarem ácaros e pólenes;
  • Tentar que a criança não tenha muito contacto com animais, uma vez que o pêlo dos mesmos transporta inúmeras espécies de ácaros. Caso não consiga evitar, escove o animal antes de este entrar em casa, de forma a reduzir a acumulação de pólen no pêlo.
  • É aconselhado ainda o uso de óculos de sol por parte da criança, para que os olhos não tenham contacto direto com as substâncias que andam no ar.
  • Evitar levar a criança para terrenos relvados, particularmente durante o período da manhã, fim da tarde e noite, quando a libertação de pólen é maior.
  • Assim que chegar a casa deve trocar de roupa e tomar um duche para remover o pólen ou outros alérgenos que se possam acumular no corpo e roupa.
  • Em casa deve-se limpar o pó com um pano molhado em vez de seco, de forma a evitar que este se espalhe no ar. Da mesma forma, deve usar-se um aspirador de vácuo com frequência para evitar que os alérgenos se acumulem no interior da casa.
  • Deve evitar-se ao máximo fumar dentro de casa e impedir que outras pessoas o façam. O fumo do tabaco irá irritar a mucosa dos olhos e vias aéreas e agravar os sintomas da alergia.

Existem terapêuticas eficazes na prevenção e no controlo das crises, assim como no tratamento dos sintomas agudos, nomeadamente:

  • Corticoides orais inalados e tópicos.
  • Anti-histamínicos orais e tópicos.
  • Imunoterapia Especifica (IE), que consiste na administração (via subcutânea ou via sublingual) de pequenas doses dos alérgenos em causa na criança, de modo a desenvolver “defesas” específicas quando contacta com esses mesmos alérgenos, evitando assim a reação alérgica habitual.

 

Bibliografia:

Abbas AK et al. Immediate hypersensitivity. In: Abbasm AK, Lichtman AH, Pober JS, editors. Cellular and molecular immunology. 4th ed. Philadelphia: Saunders; 2000. p.424-44.

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. J Pneumol. 2002;28(supl 1).

Castro, Fábio F. Morato(org); Castro, Marise Lazaretti(org).

Corticosteróides nas alergias respiratórias / Corticosteroids in respiratory allergies. São Paulo; Vivali; 1999

 

Cesaltina Rodrigues – Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Nova tecnologia
Uma nova e económica tecnologia permite detetar todas as infeções virais, passadas e presentes, de uma pessoa, através de uma...

Esta técnica, denominada VirScan e desenvolvida pelo Instituto de Medicina americano Howard Hughes (HHMI), é uma alternativa eficaz aos atuais testes de rastreio, que apenas detetam um vírus específico por análise.

A novidade foi anunciada na quinta-feira pela revista científica americana, Science.

Esta abordagem poderá revelar fatores desconhecidos que afetam a saúde de uma pessoa e possibilitar de análise e comparação de infeções virais em grandes grupos populacionais.

Este teste pode ser efetuado por apenas 25 dólares (22,17 euros) e requer uma única amostra de sangue.

“Nós desenvolvemos uma metodologia para despistagem que remonta ao tempo em se avaliava minuciosamente o sangue das pessoas, para se descortinar quais os tipos de vírus que as tinham infetado”, explicou o responsável da equipa investigadora do HHMI que desenvolveu o VirScan, Stephen Elledge.

Os investigadores já analisaram o sangue de 569 pessoas com a tecnologia VirScan nos Estados Unidos da América, África do Sul, Tailândia e Perú.

O teste consiste em procurar no sangue os anticorpos conhecidos das 206 espécies de vírus que já infetaram os seres humanos.

Para garantir este método, os investigadores testaram-no analisando amostras de sangue contaminado com o vírus da Sida (HIV) e com o vírus da Hepatite C.

“Os testes correram verdadeiramente bem… com uma sensibilidade de identificação, de cada uma das infeções, entre 95 e 100 por cento por cada amostra de sangue, e sem nenhum falso-positivo”, avaliou Stephen Elledge, mostrando-se confiante de que o teste poderá detetar outros vírus.

Os resultados mostram que em média, cada indivíduo possui anticorpos que revelam a presença, passada ou presente, de dez estirpes virais diferentes.

Segundo a equipa científica, esta abordagem pode ainda ser usada para encontrar anticorpos que atacam os próprios tecidos do organismo, como no caso de certas doenças autoimunes relacionadas com o cancro.

MAR Shopping
Isenções nas taxas moderadoras reduzidas. Crise. Emigração. Verão à porta – mais acidentes, menos sangue. Pode dizer-se que a...

Pelo quarto ano consecutivo, regista-se uma quebra nas doações, mas as necessidades mantêm-se, uma vez que os doentes nos Hospitais continuam a precisar de sangue. Por isso, os apelos renovam-se, sobretudo quando se assinalam efemérides como a de 14 de junho – o Dia Mundial do Dador de Sangue. Por todo o mundo, multiplicam-se iniciativas, às quais se junta o MAR Shopping com uma ação de recolha.

A Unidade Móvel do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST)  marcará presença no parque exterior, junto à entrada MAR (porta giratória) do MAR Shopping, entre as 9h00 e as 14h00, e a ela se devem dirigir todos aqueles que desejem doar sangue.

No ano passado, o decréscimo de dádivas comparativamente a 2013 foi de 5,73% e, os primeiros meses deste ano mantêm a tendência de quebra.

É, por isso, que “estas iniciativas são muito importantes e a contribuição da sociedade civil tem sido essencial para contornar um cenário que não é favorável às dádivas de sangue. Às alterações efetuadas na isenção das taxas moderadores para os dadores, juntam-se o envelhecimento da população, a falta de disponibilidade durante os períodos laborais, a crise, e outras situações adversas”, afirma Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto.

A responsável alerta ainda para um período particularmente sensível para as dádivas de sangue: o verão. “Nas férias, há sempre uma diminuição de doações, enquanto as necessidades se mantêm. No ano passado, voltámos a sentir uma quebra na ordem dos 3%, o que é bastante significativo”.

MAR Shopping e IPST repetem assim uma parceria que vai já no terceiro ano e da qual resultaram mais de 300 inscritos para recolhas de sangue. Para 2015 estão agendadas mais três colheitas a 23 de julho, 13 de agosto e 10 de dezembro para antecipar os períodos críticos de verão e Natal – alturas em que as dádivas diminuem.

Estudo
Uma pesquisa com mulheres com cancro da mama constatou que quase metade consideraram fazer uma dupla mastectomia. Mas daquelas...

Entre as mulheres que efetuaram a dupla mastectomia, 36% acreditavam que teriam mais hipótese de sobrevivência. Estudos têm mostrado que para as mulheres em risco médio de um segundo cancro, remover a mama não afetada não significa aumentar o índice de sobrevivência.

O estudo, que foi apresentado no encontro anual da American Society of Clinical Oncology, ouviu 1.949 mulheres que tinham sido tratadas por cancro da mama. Cerca de 20% das mulheres que participaram da pesquisa tiveram ambos os seios removidos, um procedimento chamado mastectomia profilática contralateral. Mesmo entre as pacientes sem mutação genética ou histórico familiar que poderia colocá-las em risco de desenvolver cancro na outra mama, 19% passaram pela dupla mastectomia.

"A nossa conclusão de que tantas mulheres estão a fazer uma cirurgia ‘mais extensa’ do que é necessário para tratar sua doença é impressionante. Mulheres diagnosticadas com cancro da mama ficam naturalmente ansiosas e fazem tudo o que está ao seu alcance para lutar contra a doença. Muitas das minhas pacientes dizem que querem fazer tudo o que puderem só para estarem lá para os seus filhos. Cabe a nós, como médicos, certificarmo-nos de que elas entendam quais os tratamentos que vão realmente beneficiá-las, e quais as ações que podem parecer heroicas, mas na verdade não vão melhorar os resultados para uma típica mulher com cancro da mama em estágio precoce," diz a autora do estudo, a médica Reshma Jagsi, professora adjunta de Radiação Oncológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan.

As recomendações do cirurgião – ou as perceções das recomendações do cirurgião – desempenharam um grande papel. Apenas 4% das mulheres que não tiveram recomendação do seu cirurgião para fazer a dupla mastectomia passaram pelo procedimento. Mas 59% das mulheres que entenderam que o cirurgião apoiava o procedimento passaram pela dupla mastectomia.

"Os pacientes estão a ter perceções que realmente necessitam de ajustes. Os médicos precisam resolver este problema de desinformação. As mulheres têm que entender tudo sobre a mastectomia profilática contralateral, além de compreenderem exatamente o que os cirurgiões lhes dizem," diz o também autor do estudo, o médico Steven J. Katz, professor de Medicina Interna da Faculdade de Medicina da U-M.

Em Portugal
As autoridades portuguesas vão começar a construir cenários para antecipar o impacto das alterações climáticas no setor da...

Esta é uma das orientações definidas no novo Plano Nacional de Saúde, e que define que, até final de 2017, seja possível "antecipar o impacto das alterações climáticas para o setor da saúde, tendo em vista a sua preparação e resposta".

"Pretendemos construir cenários e perceber o seu impacto na saúde. Se, por exemplo, a temperatura aumentar 'X' graus, quanto implicará no aumento da mortalidade?", exemplificou o diretor executivo do Plano, Rui Portugal.

O trabalho, a ser desenvolvido pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela Agência Portuguesa do Ambiente, servirá ainda para antever que medidas ou programas devem ser aplicados para minimizar os efeitos das alterações climáticas na saúde.

Este Plano Nacional da Saúde (PNS), aprovado esta semana pela DGS, e cujo horizonte se estende a 2020, tem como principais metas a redução da mortalidade precoce (antes dos 70 anos), a melhoria da esperança de vida saudável, assim como a redução dos fatores de risco relacionados com as doenças não transmissíveis, e entre esses fatores especial enfoque para a obesidade infantil e a exposição ao tabaco.

Contudo, apesar do maior peso das doenças não transmissíveis, o PNS 2020 volta a preocupar-se com o controlo das doenças transmissíveis, refere Rui Portugal, nomeadamente com doenças emergentes, como o ébola ou a malária.

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