Líder na adoção de práticas de recursos humanos exemplares
Pelo terceiro ano consecutivo, a Amgen Biofarmacêutica em Portugal, anuncia a distinção enquanto "Top Employer" em...

Este reconhecimento, concedido pelo Instituto Top Employers, destaca a Amgen como líder na adoção de práticas de recursos humanos exemplares, premiando também o empenho contínuo na promoção do desenvolvimento e bem -estar profissional.

Perante mais de 600 parâmetros em avaliação, a Amgen obteve a pontuação global de 92,46%, dez pontos acima da média (83,81%) das 49 empresas certificadas em Portugal, dois pontos acima da pontuação global conquistada em 2023 (90,89%) e cinco pontos acima da pontuação referente ao ano 2022 (87,34%), o que não só evidencia a ambição da companhia como valida o compromisso e o mérito enquanto Top Employer pelo 3.º ano consecutivo. Concorrencialmente, face à indústria farmacêutica, foram também conquistados cerca de quatro pontos acima da média (88,17%).

O modelo de trabalho FlexSpace da Amgen é uma das práticas que motiva esta certificação, resultado da modernização da abordagem ao trabalho à distância permitindo aos colaboradores terem flexibilidade para adaptar os dias no escritório e os dias de trabalho em casa ou fora. Este modelo confere-lhes responsabilidade e autonomia na gestão do trabalho, valores estes que os colaboradores valorizam cada vez mais como comprovam as recentes tendências de RH. A Amgen aposta também no conceito open space e em postos de trabalho não atribuídos para a promoção de um ambiente colaborativo e de elevada interação entre todos.

Criado há 30 anos, o estudo Top Employer, avalia de forma rigorosa as organizações, segundo diversos critérios de seleção, nomeadamente desenvolvimento de liderança, gestão de talento e cultura de desenvolvimento para validar políticas que as distinguem enquanto marca empregadora, com a missão de acelerar o impacto estratégico dos Recursos Humanos para melhorar o mundo laboral. A Amgen, mais uma vez, destacou-se em todas as áreas, demonstrando a dedicação constante em proporcionar oportunidades de crescimento, formação e um ambiente de trabalho acolhedor e inclusivo.

A firmar este reconhecimento, Tiago Amieiro, diretor-geral da Amgen Biofarmacêutica, em Portugal, orgulhosamente garante: “Sentimo-nos extremamente honrados por receber o título de 'Top Employer' pelo terceiro ano consecutivo. É um reconhecimento que reflete o nosso compromisso contínuo, onde os talentos podem prosperar e contribuir para a missão da Amgen: Servir os Doentes, com as nossas inovações em biofármacos. A Amgen identifica o Employer Branding como um dos seus pilares-base e vai continuar a valorizar os nossos colaboradores, destacando-se no mercado competitivo em que se insere e adaptando-se às exigências do capital humano imprescindível para o sucesso da empresa. O nosso sucesso, aos nossos colaboradores se deve, e esta distinção é um testemunho do seu trabalho e dedicação”, destacando a capacidade de atração, retenção e engagement de talento dos últimos anos da companhia.

Sendo o Top Employer um estudo internacional, este é um momento de celebração para a Amgen Biofarmacêutica em Portugal que partilha em conjunto com a Amgen Espanha, também premiada.

 
16 de março
O Grupo HPA Saúde vai organizar no próximo dia 16 de março, no Hotel Eva Senses o I Encontro de Dermato-Oncologia do Algarve.

Para a organização trata-se de um evento que tem como objetivo principal juntar uma vasta equipa de profissionais que na sua área de especialização, abordarão os temas mais recentes do cancro cutâneo, do diagnóstico à intervenção terapêutica, quer cirúrgica, quer farmacológica.

O I Encontro de Dermato-Oncologia do Algarve conta fundamentalmente com comunicações de dermatologistas e oncologistas, mas também marcarão presença cirurgiões e radio oncologistas. Grande parte destes clínicos são oriundos do Instituto Português de Oncologia de Lisboa e do Grupo HPA Saúde, mas também de outros centros de referência nacionais e internacionais.

Segundo os últimos dados do Relatório Oncológico Regional, o cancro da pele foi o quinto tipo de cancro mais incidente, sendo que o valor mais elevado na comparação por regiões, se observou no distrito de Faro. A exposição solar anual mais alargada, bem como a presença importante da comunidade estrangeira, exige que os profissionais do Algarve estejam preferencialmente alertas e formados sobre esta realidade, no sentido que a deteção precoce desta condição, norteie as suas práticas, refere a organização do evento.

Preside ao I Encontro de Dermato-Oncologia do Algarve, Maria José Passos, oncologista com vasta experiência em cancro cutâneo, tendo sido durante muitos anos coordenadora do grupo do melanoma do Instituto Português de Oncologia de Lisboa.

Conheça o programa completo do I Encontro de Dermato-Oncologia do Algarve em: https://www.grupohpa.com/pt/eventos/archive/workshops/1-encontro-dermato-oncologia-do-algarve/

 
 
 
ASA já atribuiu mais de 1 milhão de euros em bolsas
O investigador português do Instituto de Biomedicina da Universidade de Aveiro (iBiMED), Ramiro de Almeida, foi um dos...

A ASA atribuiu a Ramiro de Almeida uma bolsa no valor de 120 mil euros, que permitirá ao cientista português continuar a desenvolver o seu projeto de investigação no âmbito de uma estratégia de reaproveitamento de fármacos para tratar a Síndrome de Angelman e que tem como objetivo compreender as características celulares e moleculares das sinapses "doentes" desta síndrome. Ramiro de Almeida licenciou-se em Bioquímica e obteve o seu doutoramento em Biologia Celular pela Universidade de Coimbra. Atualmente é o Diretor do Mestrado em Biomedicina Molecular e o responsável pelo laboratório de desenvolvimento e regeneração neuronal no iBiMED.

Para Ramiro de Almeida, “O desenvolvimento de estratégias para tratar ou reduzir os sintomas negativos da Síndrome de Angelman só será possível depois de se conhecerem profundamente os defeitos celulares e moleculares.  Assim, é da maior importância desvendar os mecanismos que ocorrem no interior de uma célula nervosa e que levam à formação de sinapses, como primeiro passo para compreender estas doenças e desenvolver terapias para esses doentes.  Por exemplo, o desenvolvimento de uma abordagem para melhorar a recuperação da conetividade das células nervosas nas regiões cerebrais afetadas poderá tornar-se uma área de investigação e terapêutica importante. Este projeto contribuirá para identificar as vias moleculares que desencadeiam o aparecimento da Síndrome de Angelman.”

O top 3 de vencedores das bolsas de investigação promovidas pela ASA integra também Matteo Fossati, que conquistou uma bolsa de 120 mil euros para o seu projeto sobre “Investigação dos determinantes genéticos da fisiopatologia da Síndrome de Angelman em neurónios humanos" e Carmen de Caro, a quem foi atribuída uma bolsa de 100 mil euros para o desenvolvimento do seu projeto "A microbiota intestinal na Síndrome de Angelman".

De acordo com o Presidente da Direção da ANGEL, Manuel Costa Duarte, “A ANGEL Portugal é um dos membros fundadores da ASA, na qual estamos bastante envolvidos. Acreditamos vivamente que apoiar a investigação é um investimento na melhoria da qualidade de vida futura das pessoas com Síndrome de Angelman. O facto de ter sido atribuído novamente uma bolsa a um investigador português dá-nos uma grande satisfação pois é também fruto do trabalho de comunicação que temos desenvolvido junto da comunidade cientifica Portuguesa.”.

A ASA organizou a primeira conferência científica em 2012 e desde então já atribuiu mais de 1.000.000€ em bolsas de investigação. O seu grande objetivo é alcançar avanços no conhecimento científico desta doença desconhecida, através da atribuição de bolsas de investigação e da organização de conferências científicas bianuais. As bolsas de investigação atribuídas ao longo dos anos têm tido um impacto bastante positivo – de 2014 a 2019, todos os projetos dos investigadores que receberam o financiamento, foram concluídos com sucesso. Apenas os projetos mais recentes (2021), onde se inclui Simão Rocha, outro investigador português que fez parte dos vencedores da edição anterior, se encontra em fase de desenvolvimento.

A ANGEL Portugal, que faz parte da comunidade ASA desde início, tem procurado colmatar a ausência de informação, essencial ao diagnóstico e intervenção precoce e já contribuiu com mais de 190.000€ para estas bolsas.

Em Portugal ainda há um grande desconhecimento sobre a Síndrome de Angelman e, por conseguinte, dificuldade no acesso a um diagnóstico, informação relevante e orientação adequada para profissionais qualificados, no acesso a cuidados de saúde de qualidade, apoio geral social e médico e acesso a um sistema de ensino adequado, com quadros profissionais com formação específica.

 
CNS – Campus Neurológico inaugura nova unidade em Braga no dia 17 de fevereiro
O CNS – Campus Neurológico, uma unidade de saúde única a nível nacional e europeu, vai inaugurar o seu primeiro centro na...

“O CNS Braga irá beneficiar de tudo o que fomos aprendendo, ao longo dos últimos 10 anos, nas outras unidades do CNS. Irá, desta forma, aplicar o tipo de programas terapêuticos já disponíveis em Torres Vedras e Lisboa, nomeadamente o acompanhamento neurológico e a reabilitação de pessoas com doenças neurológicas crónicas, tais como Parkinson, Demências, Esclerose Múltipla, sequelas de AVC, etc. O treino e a colaboração entre os profissionais das várias unidades CNS serão também uma mais-valia para os cuidados a serem prestados nesta nova unidade”, explica o Prof. Doutor Joaquim Ferreira, Neurologista e Diretor Clínico do CNS - Campus Neurológico.

De acordo com Margarida Rodrigues, Neurologista e Coordenadora do CNS Braga: “O CNS Braga estará focado na prestação de cuidados de saúde em ambulatório. Com uma localização central na cidade, acreditamos que esta nova unidade vai permitir oferecer à população de Braga e do Norte do país uma abordagem especializada e multidisciplinar no tratamento de múltiplas doenças neurológicas”.

O corpo clínico incluirá neurologistas e médicos de outras especialidades, para além de fisioterapeutas, terapeutas da fala, psicólogos e outros profissionais de saúde com competência no tratamento dos problemas clínicos associados a estas doenças.

Como parte integrante do CNS – Campus Neurológico, o CNS Braga tem como missão melhorar a qualidade de vida e a autonomia dos seus doentes, bem como formar os doentes e famílias, tornando-os parte integrante do processo de decisão clínica.

 
Paulo Gonçalves
Prevê-se que 2024 seja um ano positivo na área das doenças raras, na visão do presidente da União das Associações das Doenças...

Não estando para já concluído o Plano Nacional Intersectorial para as Doenças Raras, Paulo Gonçalves considera premente a sua construção a partir do Grupo de Trabalho criado para o efeito, e do qual a RD-Portugal faz parte, sublinhando que a “sua elaboração convoca um número vasto de entidades necessárias, nomeadamente os ministérios da Economia, da Saúde, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do Ensino Superior e da Educação”. Tratam-se de áreas de atuação que se interligam com os princípios de responsabilidade que a RD-Portugal concentra e que tem procurado desenvolver por meio de projetos que decorrem ao longo do ano, particularmente no eixo social, como são exemplos o “Informar sem Dramatizar”, o “CUIDARaro” e o "Roadshow". “O que se tem tentado fazer é iniciar com projetos para demonstrar na prática aquilo que nós queremos, por um lado, e aquilo que exigimos que seja feito com o Estado, pelo outro”, considera o presidente da RD-Portugal.

Neste âmbito, está a decorrer hoje, dia 29 de janeiro, na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, o Fórum denominado “Doenças Raras: da estratégia à pessoa” que pretende promover discussões públicas que demonstrem em parte o que tem vindo a ser concretizado pelo Grupo de Trabalho.

Ao nível do avanço do Registo Nacional de Doenças Raras, sistema que está em implementação em alguns hospitais públicos e entidades privadas, Paulo Gonçalves atribui uma importância “crítica” a este método por alavancar o conhecimento e a investigação das doenças raras, explicando que o registo “não pode ser desgarrado do Serviço Nacional de Saúde”. E considera ainda que o que se pretende é um registo nacional de saúde para todos os cidadãos que permita estratificar a informação relativa a cada pessoa, particularmente se padece de alguma doença crónica, direcionada para estudos e ensaios clínicos.

Para concluir, relativamente à acessibilidade aos medicamentos órfãos por parte das pessoas com doença rara, refere que os medicamentos mais recentes e mais eficazes são extremamente caros, pelo que o Estado tem que garantir que são bem distribuídos pelas famílias. Além disso, expõe que a investigação e a produção de novos medicamentos é, também, muito cara. “Aproximadamente 5% das doenças raras têm tratamento específico, enquanto que as outras não têm medicação. Não havendo medicação específica, a solução passa por mitigar os sintomas com um medicamento genericamente prescrito para o efeito”.

 
Arab Health decorre de 29 de janeiro a 1 de fevereiro no Dubai
O Health Cluster Portugal (HCP), através da marca Health Portugal, vai participar na missão empresarial da AICEP aos Emirados...

O Médio Oriente tem atualmente um crescimento no setor da saúde de cerca de 12% ao ano e apresenta uma localização estratégica que potencia o acesso aos mercados da Ásia e África, sendo uma excelente aposta para as empresas portuguesas interessadas em expandir o seu negócio para a região.

Do programa da missão constam encontros com prestadores locais e autoridades de saúde do Dubai, Abu Dhabi e Sharja, com o objetivo de  compreender a sua organização, tecnologias e equipamentos, assim como as suas necessidades.

Para o Diretor Executivo do Health Cluster Portugal, Joaquim Cunha, “a participação na missão da AICEP aos EAU, reflete a aposta na abertura de novos e promissores mercados em paralelo à consolidação do mercado europeu. Portugal tem um nível de maturidade em soluções de Saúde que responde eficazmente às necessidades do mercado dos EAU. A maior dificuldade das nossas empresas prende-se com o nível de investimento, networking e o know-how de mercado necessário para ultrapassar os obstáculos à entrada”.

O HCP integra esta missão empresarial juntamente com os seus Associados,  ByMe, Lean Health, BIQ,  Evollu, IPN e Laboratórios Azevedos. 

 
De 1 a 4 de fevereiro
A Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) realiza, entre 1 e 4 de fevereiro, o Congresso...

Este congresso, que representa a 75.ª reunião da SPEDM, é o maior evento de endocrinologia a nível nacional, com mais de 200 comunicações e de 700 inscritos, entre especialistas nesta área e também em medicina geral e familiar, medicina interna, cirurgia, enfermagem, nutrição, psicologia, entre outros.

Durante quatro dias, serão apresentadas novidades científicas, entre as quais as terapêuticas para o combate à obesidade, abordadas questões relacionadas com a prevenção, rastreio e tratamento da diabetes tipo 1, diabetes gestacional, infertilidade e, pelo segundo ano consecutivo, a medicina transgénero.  Na edição deste ano, serão também apresentadas as novas orientações europeias para abordagem ao nódulo da tiroide. Quanto aos tumores da suprarrenal serão também conhecidas as novas guidelines da Sociedade Europeia de Endocrinologia para esta doença que tem uma prevalência de 1 a 7%, sendo esta incidência maior na faixa etária dos 60 aos 80 anos.

“O congresso é o momento alto de partilha da endocrinologia em Portugal e, mais uma vez, a SPEDM prova ser o farol para o tratamento e a investigação das doenças endócrino-metabólicas no País”, salienta João Jácome de Castro, presidente da SPEDM, acrescentando ainda que, “do ponto de vista internacional, é um claro momento de afirmação da endocrinologia portuguesa”, enaltecendo a colaboração com outros sociedades científicas nacionais (como a Sociedade Portuguesa de Diabetologia, a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, a Sociedade Portuguesa da Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas ou a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose) e a presença de sociedades científicas internacionais como as congéneres espanhola (SEEN) e brasileira (SBEM), Associação Europeia de Neuroendócrinos (ENEA) e a Sociedade Europeia de Endocrinologia (ESE).

Servindo como um espaço de partilha de conhecimento, Mafalda Marcelino, presidente do congresso, destaca “a importância da oferta formativa, o programa diversificado, com uma abordagem às novidades do ponto de vista científico das principais áreas endócrinas, além das Conferências ‘Fora da Caixa', uma vez que é muito importante ir além da Endocrinologia”. Exemplo disso são as palestras do Professor José Fragata, sobre o Futuro da Saúde, e do Professor Miguel Mascarenhas, sobre O Papel da Inteligência Artificial na Medicina.

O programa completo está disponível no site do congresso https://www.spedm2024.pt/

 
 
 
"Radiologia ao Centro - knowledge transforms lives"
Coimbra vai acolher no próximo dia 3 de fevereiro, no Seminário Maior de Coimbra, o evento científico "Radiologia ao...

Trata-se de uma iniciativa de um grupo de licenciados em radiologia para que profissionais da área, pesquisadores, docentes e estudantes que combina o conceito de jornadas com cursos, um conceito híbrido, que pretende proporcionar períodos de aquisição de habilidades práticas ao mesmo tempo que se adquirem conhecimentos teóricos. 

O evento é uma coorganização da ULS Coimbra, Seminário Maior de Coimbra e Associação Hemisférios Disciplinado, com palestrantes de várias áreas e instituições nacionais ligadas à saúde, ao ensino e à investigação.

O programa está disponível para consulta em: https://www.chuc.min-saude.pt/eventos/ ou https://radiologiaaocentro.com/

 
Fator de risco
Entre muitas doenças associadas à obesidade está a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

A doença de refluxo gastroesofágico caracteriza-se pelo refluxo de ácido do estômago para o esófago podendo causar sintomas muito incomodativos, tais como azia, sensação de ardência retroesternal (no “peito”) e regurgitação de alimentos. Esta condição médica pode atingir 25-30% da população e ser causadora de outras complicações como o esófago de Barrett e até o cancro do esófago. Um dos fatores de risco mais importantes para a doença de refluxo gastroesofágico é a obesidade (e em particular a obesidade visceral).

Vários estudos têm concluído que a obesidade aumenta o risco de DRGE através de vários mecanismos, tais como aumento da pressão abdominal, entre outros mais ou menos bem estudados. Em 2010, apresentamos um estudo no American College of Gastroenterology em que mostrámos que a obesidade visceral (chamada também de “gordura abdominal”) era um fator de risco para doença de refluxo gastroesofágico.

Como a obesidade visceral (ou “abdominal”) agrava a DRGE?

Não há uma resposta clara para esta pergunta. Porém, estudos preliminares sugerem que a obesidade abdominal pode resultar no aumento da pressão mecânica no estômago, promovendo refluxo. Um estudo recente utilizando manometria de alta resolução descobriu que indivíduos obesos são mais propensos a ter disrupção da junção esofagogástrica levando a hérnia hiatal e um gradiente de pressão gastroesofágico aumentado, fornecendo um cenário perfeito para o refluxo ocorrer. 

Qual o tratamento ideal para a DRGE?

Os medicamentos chamados inibidores da bomba de protões (como o omeprazol) são muito eficazes a reduzir a exposição de ácido do esófago, contudo cada vez mais têm sido emitidos alertas sobre os efeitos a longo prazo do uso destes medicamentos. Não vamos ser uma sociedade que prefere comer qualquer coisa, desde que possamos tomar um medicamento para reduzir os sintomas de refluxo. 

O ideal é alterar hábitos alimentares e estilos de vida para comer menos, fazer exercícios e perder peso. Portanto, quando se trata de obesidade e DRGE, exige-se um compromisso de todos nós com uma grande mudança no estilo de vida. Em alguns casos poderá ser necessário uma intervenção endoscópica de modo a tratar concomitantemente o problema da obesidade e DRGE.

Qual a ligação entre cirurgia bariátrica e DRGE?

A gastrectomia vertical por via laparoscópica (“sleeve gástrico”) tem sido uma cirurgia bastante em voga nos últimos anos. Contudo vários estudos têm mostrado que esta cirurgia é refluxo génica, tendo sido causa de doença de refluxo gastroesofágico em cerca de 30% dos pacientes e com necessidade de uma nova cirurgia (de conversão em bypass gástrico) em 6%.

Que tratamentos endoscópicos existem para a DRGE?

Existem tratamentos como a gastroplastia endoscópica que são preferidos em pacientes com obesidade e DRGE uma vez que podem ter o potencial de melhorar concomitantemente a obesidade e DRGE. Além do mais, através de endoscopia é possível tratar alguns casos de DRGE em pacientes que já foram submetidos a cirurgia bariátrica evitando uma cirurgia de conversão com riscos muito maiores.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Da endometriose à infertilidade masculina
Durante cinco sessões, que irão decorrer na FNAC de Alfragide entre fevereiro e junho, serão debatidos temas como o Síndrome do...

Miguel Raimundo vai estar presente nas FNAC Talks, ao longo dos próximos meses, para partilhar o seu vasto conhecimento em Ginecologia, Obstetrícia e Medicina de Reprodução. Em conjunto com especialistas de renome na área, serão debatidas questões cruciais relacionadas com a saúde feminina, a infertilidade e ética. 

Todas as sessões vão acontecer na FNAC de Alfragide. No dia 9 de fevereiro, será abordado o tema da Síndrome do Ovário Poliquístico e Miomas, contando com a presença do Médico Endocrinologista Carlos Bello e da Nutricionista Rafaela Teixeira. Na sessão de dia 8 de março, Miguel Raimundo irá explorar a Abordagem ao Casal Infértil. 

Já no dia 5 de abril, o tema será Infertilidade Masculina e a sessão contará com a presença do Médico Urologista Pedro Oliveira e do Médico Endocrinologista Carlos Bello. As últimas duas sessões, agendadas para dia 3 de maio e dia 14 de junho, serão dedicadas, respetivamente, ao tema da Menopausa Precoce e da Questão Ética e Fertilidade. 

“Estas sessões são uma oportunidade única para explorar coletivamente questões vitais e capacitar cada pessoa com o conhecimento necessário para tomar decisões conscientes em prol da sua própria saúde. Além disso, será possível aprofundar o entendimento sobre questões cruciais relacionadas com a saúde feminina, infertilidade e questões éticas na fertilidade”, afirma Miguel Raimundo. 

 
Empresa com soluções de IA
A GE HealthCare celebrou um acordo para adquirir a MIM.Software, um fornecedor global de soluções de análise de imagens médicas...

Reconhecendo que a inovação digital está a remodelar a experiência de doentes e fornecedores, a GE HealthCare, líder mundial em tecnologia médica, diagnóstico farmacêutico e inovação digital, aposta no desenvolvimento de dispositivos inteligentes, esforços que se refletem na missão de tornar os hospitais mais eficientes, os médicos mais eficazes, as terapias mais precisas e os doentes mais saudáveis e felizes.

A carteira de soluções inovadoras de imagiologia da MIM Software oferece, entre outras, a integração de imagens de diagnóstico de múltiplas modalidades em planos de tratamento, automatização para ajudar a reduzir tarefas repetitivas e intervenções manuais, quantificação e processamento avançado em imagiologia de diagnóstico e medicina nuclear para ajudar a determinar a resposta à terapia, assim como uma plataforma para ajudar na imagiologia e dosimetria Theranostics.

"Estamos empenhados em fornecer dispositivos abrangentes e conectados e soluções digitais que permitam aos prestadores de serviços melhorar os cuidados aos doentes em várias especialidades", afirma Rui Costa, Diretor Geral da GE HealthCare em Portugal. "Esperamos que os nossos esforços para juntar estas duas organizações complementares e portfólios de produtos inovadores reforcem as nossas capacidades como fornecedor líder de sistemas de imagiologia integrados, análises e fluxos de trabalho digitais avançados em várias áreas e vias de cuidados, incluindo teranóstica, oncologia por radiação, urologia, neurologia e cardiologia. Agora e no futuro, estamos a trabalhar para transformar os cuidados dos doentes."

Andrew Nelson, CEO da MIM Software, acrescenta: "Estamos entusiasmados com a perspetiva de nos juntarmos à GE HealthCare. Nas últimas duas décadas, trabalhámos para desenvolver produtos inovadores e independentes de fornecedores e oferecer serviços de qualidade para ganhar a confiança dos nossos clientes e isso não vai mudar. Enquanto parte da GE HealthCare, antecipamos o desenvolvimento de soluções digitais novas e cada vez mais integradas para dar resposta às necessidades mais complexas e urgentes dos nossos clientes, hoje e no futuro. Juntos, iremos desenvolver os nossos legados partilhados de melhoria dos cuidados de saúde dos doentes."

Com o acordo para a aquisição da MIM Software, a GE HealthCare está a trabalhar no sentido de reforçar as suas ofertas no apoio da prática alargada de cuidados de precisão em várias fases da doença e práticas de imagiologia, incluindo teranóstica em oncologia para o tratamento do cancro da próstata avançado, soluções de fluxo de trabalho racionalizadas em oncologia de radiação para ajudar a simplificar planos complexos de tratamento do cancro, imagiologia beta amiloide em neurologia para o diagnóstico e monitorização de doentes de Alzheimer e perfusão miocárdica para diagnosticar a doença arterial coronária.

"A nossa aquisição antecipada da MIM Software marcará um momento chave na evolução da nossa tecnologia. Ao integrar a análise de imagem de ponta da MIM Software e as soluções orientadas para a IA com a tecnologia médica avançada da GE HealthCare, não estamos apenas a expandir as nossas capacidades, mas a unir-nos para abraçar as possibilidades dos cuidados de precisão. Esta fusão pretendida é uma fusão de visões inovadoras, com o objetivo de fazer evoluir a forma como detetamos, tratamos e gerimos as doenças", partilha ainda Rui Costa. "A GE HealthCare está empenhada em desenvolver dispositivos inteligentes e alimentados por IA que respondam a estados de doença específicos, permitindo assim que os médicos ofereçam cuidados mais personalizados. Esperamos que a integração do software MIM faça também avançar os nossos esforços para conectar dados entre as vias de atendimento. É um salto em direção a um futuro onde os cuidados de saúde são mais precisos, conectados e eficientes, com o objetivo de beneficiar prestadores e doentes em todo o mundo.”

Fundada em 2003, a MIM Software está sediada em Cleveland, Ohio, nos EUA, com escritórios na China e na Bélgica.  A finalização da transação está sujeita às condições habituais de fecho, incluindo aprovações regulamentares. Os pormenores financeiros da transação não foram divulgados publicamente. A GE HealthCare pretende financiar esta transação com dinheiro em caixa. A empresa espera que esta transação seja neutra em termos de EBIT ajustado[i] no primeiro ano e que, posteriormente, seja positiva.

 
Debate a gestão das doenças crónicas
A ULS Almada-Seixal organiza o NEXT Health Summit 2024 | Juntos na Gestão das Doenças Crónicas, nos próximos dias 2 e 3 de...

No cuidar do doente crónico existem necessidades convergentes e comuns às várias subespecialidades e que podem ser satisfeitas de forma mais efetiva, com uma abordagem transversal e multidisciplinar, por contraponto com o modelo clássico de gestão setorial da doença. É sobre isto, bem como sobre os desafios e o papel de cada um dos atores da Saúde nesta gestão, que estaremos a discutir no NEXT Health Summit 2024. 

Neste congresso vão estar presentes diversos intervenientes, dos cuidados de saúde primários aos cuidados hospitalares, dos setores público e privado, passando pela Academia e pela Indústria Farmacêutica, sem esquecer de dar voz aos doentes.

O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, estará presente na sessão de abertura do evento e o encerramento ficará a cargo da Presidente do Conselho de Administração da ULS Almada-Seixal, Teresa Machado Luciano.

 
Perturbação comportamental do sono REM e doença neurodegenerativa
Certa manhã, enquanto examinava um paciente adormecido no Centro de Medicina do Sono da Mayo Clinic,

Mais tarde, quando estava no consultório com a paciente, o médico perguntou-lhe o que tinha acontecido. "Bem, às vezes tenho uns sonhos malucos", respondeu ela. "Estava a sonhar que havia dois homens a perseguir-me. Consegui ver um carro que me podia ajudar a fugir.  Vi os faróis traseiros, mas ele começou a afastar-se lentamente. Foi por isso que comecei a correr mais depressa. Finalmente, quando estava prestes a entrar no carro, acordei".

Louis, neurologista e especialista em medicina do sono na Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota, já ouviu versões diferentes da mesma história inúmeras vezes. Realizar ações durante o sono é a principal manifestação da perturbação comportamental do sono REM (movimento rápido dos olhos) ou RBD, uma parassónia que ele e os seus colegas tratam há décadas na clínica. 

Descobriram que, para além do potencial de lesão dos doentes e dos parceiros com quem partilham a cama, os RBD podem ser um sinal precoce de doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson.

Acredita-se que o distúrbio afete apenas cerca de 1% da população em geral, mas as manifestações de RBD ocorrem em número suficiente para que o especialista possa fazer a identificação ocasional ao avaliar um paciente com outra doença do sono mais comum.

"O distúrbio pode ser completamente inesperado e surpreender tanto o paciente como o médico", diz ele.

Uma equipa de investigadores do sono da Mayo Clinic está a ajudar a liderar um esforço ambicioso para obter o máximo de dados possível sobre RBD.

"O aspeto fundamental é compreender suficientemente a história natural da doença para que possamos fazer um rastreio neuroprotetor de um medicamento ou intervenção que possa prevenir a doença de Parkinson ou o desenvolvimento de demência no futuro", explica. 

Na perturbação comportamental do sono REM, o cérebro passa por ciclos de sono REM muitas vezes durante a noite e cada ciclo torna-se cada vez mais longo, até que de manhã totaliza cerca de um quarto de uma noite de sono. Durante o sono REM, os olhos da pessoa movem-se rapidamente sob as pálpebras, os sonhos tornam-se cada vez mais vívidos e intensos e a maioria dos músculos fica paralisada.

"Num sentido evolutivo, a paralisia é uma coisa boa. Caso contrário, sempre que sonhássemos que estávamos a ser perseguidos por um tigre, saltaríamos da cama e correríamos pelo corredor, o que não seria certamente saudável", explica Michael Silber, neurologista e especialista em medicina do sono. 

Os doentes com perturbação comportamental do sono REM, no entanto, perdem a paralisia e, por isso, parecem representar as ações dos seus sonhos. Consequentemente, podem passar a noite a cantar, a gritar, a berrar, a dar murros, a saltar, a pontapear e a agitar os braços, magoando-se a si próprios e a outras pessoas, muitas vezes com gravidade.

Estes episódios bizarros de encenação de sonhos não foram reconhecidos como uma doença médica até 1986.

Mais de uma década depois, Michael Silber, juntamente com Bradley Boeve, um neurologista da Mayo Clinic em Rochester, no Minnesota, Tanis Ferman, um neuropsicólogo da  Mayo Clinic em Jacksonville, na Florida, e outros colegas, publicaram uma série de estudos que demonstram que o RBD pode ser mais do que um incómodo noturno. A equipa descobriu que cerca de 50 a 80% das pessoas com RBD tendem a desenvolver uma doença degenerativa, especificamente, doenças com depósitos anormais de uma proteína chamada alfa-sinucleína que se acumulam no cérebro.

As sinucleinopatias, como são conhecidas estas doenças, incluem a doença de Parkinson, a demência com corpos de Lewy e a atrofia de múltiplos sistemas (AMS). A acumulação tóxica de alfa-sinucleína parece danificar partes do tronco cerebral responsáveis pela imobilização dos nossos músculos durante o sono, antes de passar para outras regiões que controlam atividades diurnas mais óbvias.

"O nosso trabalho demonstrou que o RBD se desenvolve anos e, muitas vezes, décadas antes do desenvolvimento da doença de Parkinson ou do défice cognitivo", explica Ferman. "O RBD oferece uma janela potencial para a deteção precoce das sinucleinopatias, bem como para futuras terapias que visem especificamente as proteínas responsáveis pela neurodegeneração."

Infelizmente, os investigadores ainda não descobriram uma intervenção que possa alterar completamente a trajetória dos doentes que irão desenvolver Parkinson ou outra doença degenerativa semelhante. De acordo com Michael Silber, isto representa um enigma ético.

"Será que devemos dizer aos nossos doentes o que pode acontecer no futuro quando não podemos fazer nada para o evitar?", questiona.

Recentemente, a equipa de investigação da Mayo Clinic realizou um inquérito a 113 doentes com RBD para saber a sua opinião. Mais de 90 % dos inquiridos disseram que gostariam de saber que estavam em risco. Os doentes consideraram que era importante discutir esta informação sobre o prognóstico com a família e os amigos e que isso os poderia ajudar a planear o futuro.

No entanto, quando os investigadores perguntaram como é que a informação os fazia sentir, uma elevada percentagem de doentes disse que lhes causava sofrimento e ansiedade.

"Temos de lidar com esta ansiedade", explica Silber. "Invisto muito do meu tempo a aconselhar os doentes, dizendo-lhes para não deixarem que isso domine as suas vidas."

Pode demorar muitos anos ou mesmo décadas até que uma doença neurodegenerativa se manifeste, e nem todos os doentes com RBD irão desenvolver uma doença durante a sua vida. O especilista também refere que, se os doentes souberem que estão em risco, podem participar na investigação médica, uma opção que poderia não estar disponível se não soubessem.

Os investigadores da Mayo Clinic esperam desenvolver mais opções para oferecer aos doentes no futuro, a fim de evitar a progressão da neurodegeneração. Uma das vias que estão a explorar envolve dispositivos bioelectrónicos, um tipo de dispositivo médico que utiliza sinais electrónicos para tratar ou diagnosticar doenças. Por exemplo, a estimulação magnética transcraniana (EMT), um tratamento não invasivo de estimulação cerebral que utiliza impulsos magnéticos para estimular as células nervosas do cérebro, é atualmente um tratamento padrão para a depressão.

Maria Lapid, psiquiatra da Mayo Clinic em Rochester, no Minnesota, está a realizar testes para verificar se a estimulação magnética transcraniana pode aliviar o défice cognitivo ligeiro. Bradley Boeve acredita que uma abordagem semelhante poderia ser aplicada às sinucleinopatias.

Da mesma forma, o neurologista gostaria de ver dispositivos bioelectrónicos que pudessem monitorizar e diagnosticar RBD enquanto os doentes representam os seus sonhos no conforto das suas casas.

"É um desafio chegar ao diagnóstico da doença", explica. "Porque se não tivermos uma noção do que estamos à procura, não vamos conseguir encontrar o que queremos."

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Com o desenvolvimento de dispositivo não invasivo para a monitorização contínua de doentes oncológicos
RUBYnanomed venceu o Net Zero Health Systems – Accelerating the Descarbonization of Patient Care, um programa de aceleração...

Monitorizar os doentes oncológicos de forma contínua é o grande objetivo da RUBYnanomed, start-up que desenvolveu um dispositivo não invasivo para a monitorização contínua de pacientes oncológicos, através do isolamento e da análise de células tumorais circulantes (CTCs) em amostras de sangue.

A entrega do Prémio aconteceu no Demo Day, que teve lugar no Hospital da Luz, e onde as 8 startups apresentaram o resultado final das suas jornadas de inovação. Um júri de especialistas em saúde e tecnologia reconheceu a RUBYnanomed como o projeto mais promissor, destacando o seu potencial para impactar positivamente a saúde global. O projeto recebeu um prémio de 10.000€ e acesso direto e gratuito à incubação na Startup Lisboa, durante seis meses.

O desafio lançado para impulsionar a inovação em áreas como a Eficiência Energética Hospitalar, Mobilidade Sustentável na Saúde e Digitalização e Saúde Conectada, Diagnóstico Precoce, atraiu uma diversidade de propostas inovadoras, refletindo o compromisso da AstraZeneca em impulsionar avanços significativos na área da saúde.

“A sustentabilidade nos sistemas de saúde é uma exigência que se tornou já uma urgência e este programa de aceleração confirma que há muita coisa que pode ser feita, seja na área da eficiência energética hospitalar, da mobilidade sustentável ou da digitalização. Ideias não faltam para melhorar, a este nível, os cuidados de saúde”, refere Rosário Trindade, Corporate Affairs & Market Access Director da AstraZeneca Portugal. “Sabemos que o nosso futuro depende de pessoas saudáveis e de uma sociedade saudável, mas isso não se consegue atingir sem um planeta saudável. É, por isso, essencial apoiar os projetos que podem fazer a diferença e contribuir para este objetivo.”

 
Tecnologia e Saúde
Os hologramas e os dispositivos de realidade virtual (RV) podem fazer parte de uma experiência de jo

A cirurgia de substituição do ombro, ou artroplastia do ombro, é um procedimento complexo em que os cirurgiões substituem uma articulação danificada por implantes de metal e plástico. O software ajuda os médicos a criar um plano cirúrgico para mostrar onde os implantes devem ser colocados.

"Não existia uma maneira fácil de levar este plano, que é muito preciso, para a sala de operações", diz . Joaquin Sanchez-Sotelo, presidente da Divisão de Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Mayo Clinic.

Esse era o caso até agora. Recentemente, Sanchez-Sotelo realizou a primeira artroplastia do ombro com navegação mista de realidade virtual. Utilizou ferramentas e óculos especialmente concebidos para criar um holograma altamente preciso da articulação. O holograma e os widgets e ferramentas de realidade mista tornam possível colocar implantes com uma precisão de 1 a 2 milímetros e 1 a 2 graus.

"Esta tecnologia aumenta a precisão, especialmente nos casos mais complicados de ombros com deformidade grave e perda óssea", afirma o especialista.

De acordo com o cirurgião, isto é importante porque "a colocação do implante no local correto tem um impacto direto nas complicações, nos resultados e na longevidade".

Se um implante de artroplastia do ombro não for colocado no sítio certo, o doente pode não recuperar bem o movimento após a cirurgia. O doente pode também ter complicações a curto e longo prazo, como uma deslocação, um problema na coifa dos rotadores ou o implante pode ficar solto no osso.

Qualquer doente que seja candidato a artroplastia do ombro é candidato à utilização da navegação em realidade mista, afirma Sanchez-Sotelo.

O especialista já assistiu a muitas mudanças durante a sua carreira como cirurgião ortopédico. Mas, diz que esta pode ser a mais emocionante de todas.

"Esta tecnologia permitir-nos-á fazer o inimaginável", conclui

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Número de reclamações contra setor desceu 7% em 2023
Em 2023, o número de reclamações relacionadas com o setor da saúde registou um decréscimo na ordem dos 7%, em relação a 2022. A...

Ao contrário da tendência verificada em outros setores, em 2023, o setor da Saúde registou uma redução do número de reclamações dos utentes no Portal da Queixa.

No ano passado, foram publicadas no Portal da Queixa 3.736 reclamações dirigidas aos prestadores de cuidados de saúde públicos e privados, um decréscimo na ordem dos 7%, comparativamente com o período homólogo de 2022, onde se observaram 4.003 queixas, já que este foi um ano em que o motivo COVID-19 teve ainda grande expressão nas queixas. 

De acordo com a análise do Portal da Queixa, entre os principais motivos de reclamação dos utentes dirigidos às entidades de saúde do sistema público e privado estão: a demora no atendimento, a gerar 21.5% das queixas, com casos de utentes a reclamarem da demora para realização do atendimento, quer consultas, exames ou tratamentos. O tratamento indevido é o segundo tema mais reportado e absorve 17.5% das reclamações. São denúncias de utentes dirigidas a médicos, enfermeiros e auxiliares sobre mau atendimento, negligência, descaso, etc. 

A motivar 9,3% das ocorrências está a falta de informação, onde é apontada a dificuldade em obter de informações, resultados de exames e relatórios médicos que deveriam ser fornecidos pela entidade.

As dificuldades de contacto com as entidades de saúde via telefone, e-mail e outros canais, geraram 7.4% das queixas apresentadas em 2023. O motivo cobrança indevida – reclamações no âmbito de erros com pagamentos e cobranças – também acolheu uma fatia de 7.4%. 

Setor privado lidera volume de queixas

A manter a tendência verificada em 2022, os prestadores de cuidados de saúde do setor privado continuaram, no ano passado, a liderar o volume de queixas registado (54%), tendo o sistema público absorvido uma fatia de 46% das ocorrências.

Uma análise detalhada ao setor privado, revela que 49.8% das reclamações recebidas foram dirigidas à categoria Grupos de Saúde Privados. 

No que se refere aos prestadores públicos, segundo aferiram os dados analisados, o pódio pertence à categoria Hospitais e Maternidades, a recolher 56.1% das queixas dos utentes. 

SNS é a entidade mais reclamada

No que se refere ao Top 5 das entidades que geraram mais reclamações, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi o mais visado. Em 2023, foi alvo de 17,7% das denúncias dos utentes. Em segundo, e a recolher uma fatia de 12%, está a rede privada de clínicas Swiss Dental Services. Segue-se a Saúde CUF, que acolheu 9.2% das queixas; o grupo privado Lusíadas Saúde (6.6%) e o Hospital da Luz (5.8%).

De referir que, este ano (até ao dia 23 de janeiro), os utentes já publicaram 293 reclamações na plataforma, verificando-se um crescimento de 3.5% no número de queixas, comparativamente com o período homólogo de 2023, onde foram registadas 283. 

Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, destaca: “O Portal da Queixa enquanto plataforma social, exerce o seu papel informativo dos indicadores de qualidade, posicionando-se como o principal barómetro público de satisfação dos utentes, face às experiências que estes obtêm nos vários setores da saúde em Portugal. Não obstante o registo de menos reclamações em 2023, facto atribuído à atenuação da pandemia, infelizmente, temos vindo a assistir a uma degradação recorrente na qualidade da prestação de serviços de saúde. Seguida pelas finanças pessoais e o bem-estar familiar, a saúde representará, com toda a certeza, o principal motivo de preocupação de todos os cidadãos. Por esse motivo, é fundamental que os serviços prestados em matéria de saúde, desde o público ao privado, estejam de acordo com as expectativas criadas, tendo em conta o impacto que têm na vida das pessoas. O serviço privado lidera as reclamações dirigidas ao setor, revelando não conseguir ser a alternativa competente para prestar um serviço de qualidade, humanizado e de acordo com o investimento efetuado por cada cliente que captam ao serviço público.”

 
Consultas gratuitas através do Fundo de Apoio Social
Foi ontem inaugurada a Clínica do Gil, o mais recente projeto da Fundação do Gil, que procura dar resposta às necessidades...

A abertura da cerimónia de inauguração da Clínica do Gil ficou marcada por um momento musical protagonizado por Luísa Sobral, com o tema “Cá Dentro Vive Alguém”, seguido do discurso de abertura da Presidente Executiva da Fundação do Gil, onde agradeceu “o apoio incansável e desde a primeira hora” dos mecenas principais, Zippy e Jerónimo Martins para a construção da Clínica.

Patrícia Boura, Presidente Executiva da Fundação do Gil, afirma ainda que “a Clínica do Gil pretende ser um espaço inclusivo, aberto a toda a comunidade, onde todos são bem-vindos. O Fundo de Apoio Social servirá precisamente para garantir que mesmo as famílias mais carenciadas não ficam de fora. Teremos que apoiar também as famílias da classe média que se debatem hoje para conseguir dar o melhor apoio aos seus filhos. É uma realidade a que estamos atentos.”

A cerimónia de inauguração terminou com intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Engenheiro Carlos Moedas, seguida da primeira visita oficial à Clínica.

Focada na promoção da saúde mental de crianças, adolescentes e famílias, a clínica oferece uma abordagem integrada e multidisciplinar e disponibiliza terapias diversas. Com consultas disponíveis a partir de fevereiro, os agendamentos podem ser feitos através do seguinte email: [email protected].

 
E deixam recomendações
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), a Sociedade Portuguesa de...

Partindo de evidências científicas, neste consenso, as seis sociedades médicas discutem quais as melhores práticas para promover o aumento da vacinação em determinados grupos, como as pessoas entre os 60 e 65 anos, as pessoas com comorbilidades, as mulheres grávidas e os profissionais de saúde. Além disto, elaboraram também algumas recomendações para mitigar o impacto que a gripe tem, anualmente, em Portugal e que tanto se tem discutido nos últimos dias.

Contextualizando, a gripe é uma das principais causas de mortalidade a nível mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima entre três a cinco milhões de casos anuais de doença grave, tendo uma especial incidência nas pessoas mais vulneráveis, como os idosos, as crianças com menos de cinco anos, as mulheres grávidas e os doentes crónicos. A gripe pode resultar em complicações sérias para a saúde, levando a hospitalizações e causando custos elevados para o nosso Serviço Nacional de Saúde.

A vacinação anual é considerada a medida mais eficaz na prevenção da gripe e das suas complicações, sendo a sua eficácia e segurança reforçada nesta posição conjunta das sociedades. No nosso país a cobertura da vacinação tem aumentado, tendo sido alcançada uma taxa de 76% nos adultos com 65 anos ou mais anos em 2019-2020 (meta da EU é de 75%), reflexo da eficácia das políticas do país para apoiar e facilitar o acesso à vacinação.  De acordo com os dados do Vacinómetro (projeto que permite monitorizar em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela DGS), este sucesso deve-se a três pilares: fácil acesso à vacinação, recomendação pelos profissionais de saúde e aumento da literacia e consciencialização da população através de campanhas desenvolvidas por entidades governamentais e sociedades médicas.  De acordo com os mais recentes dados do Vacinómetro, divulgados a 23 de janeiro de 2024, no nosso país, 77,7% dos indivíduos com 65 anos ou mais já foram vacinados contra a gripe na época gripal de 2023/2024, ultrapassando, mais uma vez, a meta de 75% proposta pela OMS.  Apesar de Portugal ter uma boa taxa de cobertura de vacinação, é necessário continuar a promover este aumento.

Neste consenso, os profissionais de saúde das diferentes especialidades fazem também referência às implicações que a infeção pelo vírus influenza tem nos doentes com diferentes comorbilidades, como na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) - sendo as infeções por vírus respiratórios a causa de muitas exacerbações nesta patologia -, nas doenças cardíacas – causando um aumento do risco de enfarte do miocárdio e na diabetes - com os doentes diabéticos a apresentarem taxas mais altas de hospitalização, admissão em urgências e mortes relacionadas à gripe. 

Na população com mais de 70 anos, que está, neste momento, a sofrer um maior impacto em termos de hospitalização e mortalidade por gripe, a vacina de dose elevada assegura uma maior proteção, tendo em conta que gera a produção de mais anticorpos. Para os doentes institucionalizados em estruturas residenciais para pessoas idosas, esta vacina é administrada gratuitamente. No sentido de mitigar desigualdades, é importante que a vacina de dose elevada esteja igualmente acessível às pessoas idosas não institucionalizadas.

Assim, considerando todas as evidências científicas recolhidas, as sociedades médicas apresentam as seguintes recomendações e conclusões:

  • A vacinação contra a gripe é a base do esforço para reduzir o impacto da gripe e suas complicações, especialmente em grupos de alto risco, como idosos, crianças pequenas, mulheres grávidas e doentes crónicos.

  • As vacinas são seguras e eficazes. Para as pessoas com 65 anos ou mais é recomendada uma vacina com uma dose mais elevada de vírus inativado.

  • Existem estudos que demonstraram que a vacinação contra a gripe reduz significativamente as hospitalizações e a mortalidade em doentes imunocomprometidos e em doentes com doenças respiratórias, como a DPOC, doenças cardiovasculares e diabetes. Estes grupos de alto risco devem ser vacinados anualmente e os profissionais de saúde devem garantir a prescrição oportuna.

  • Estes grupos de alto risco devem ser vacinados anualmente e os profissionais de saúde devem garantir a prescrição atempada, inclusive, no momento da alta hospitalar

  • A vacinação dos profissionais de saúde contra a gripe é fundamental dada a sua maior exposição ao vírus (risco de infeção) e a doentes de alto risco (risco de transmissão). A vacinação destes profissionais confere múltiplos benefícios, tais como o controlo de infeções em ambientes de saúde, menor absentismo, redução da mortalidade e a promoção da vacinação pelo exemplo que representa.

  • A meta da UE de uma taxa de cobertura vacinal de 75% para indivíduos com idade superior a 65 anos foi alcançada em Portugal devido à vacinação gratuita e de fácil acesso, às recomendações dos profissionais de saúde, à vigilância epidemiológica e às campanhas nacionais de sensibilização

  • Para aumentar as taxas de cobertura vacinal são necessárias estratégias como uma maior literacia em saúde e uma maior acessibilidade e gratuidade das vacinas. 

16 de março
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai realizar uma reunião no âmbito do Programa de Educação e...

“A dinâmica da coluna vertebral não pode ser dissociada da dinâmica de outras articulações, como a anca e o ombro. Não são raros os casos em que patologias da anca e do ombro podem ser confundidas com patologias da coluna vertebral ou vice-versa. Por outro lado, a patologia da coluna e o seu tratamento pode ter impacto na normal dinâmica dos membros superior e inferior, e o tratamento de patologia nos membros pode condicionar a patologia e futuros tratamentos da coluna” refere Ricardo Rodrigues-Pinto, membro da direção da SPPCV e Coordenador da iniciativa.

Neste Programa de Atualização em Patologia da Coluna, dirigido a médicos, serão abordados temas tais como o normal equilíbrio e a dinâmica da coluna na sua relação com as articulações vizinhas, o diagnóstico diferencial de patologias que se confundam com patologia da coluna e a evidência atual sobre a forma, a sequência e as considerações técnicas no tratamento destas patologias.

O evento culminará com a realização da Assembleia Geral, seguida de um convívio de almoço para promover a interação entre os participantes.

Para inscrições consulte: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdYb_dVa6-ysFmskqCN7WnSrJDOjskug1CEEH2ZeIztu7EiKA/viewform

Investigação da Mayo Clinic
Os investigadores da Mayo Clinic que estudam a genética de pessoas que desenvolveram recentemente cardiomiopatia dilatada (uma...

"Encontrámos uma variação genética no gene CDCP1 (um gene de que nunca se tinha ouvido falar na área da cardiologia) e a sua ligação à melhoria da função cardíaca nestes doentes", explica o autor principal do estudo, Naveen Pereira, um cardiologista da  Mayo Clinic que estuda a variação genética e as suas implicações no diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares, especificamente a insuficiência cardíaca.

A variação genética no gene CDCP1 pode levar a diferenças na estrutura da proteína, influenciando possivelmente a suscetibilidade de uma pessoa a várias doenças ou a sua resposta a terapias específicas.

Os investigadores identificaram e examinaram a função do gene CDCP1 devido à sua ligação com a melhoria da capacidade do ventrículo esquerdo do coração para bombear sangue eficazmente em pessoas com cardiomiopatia dilatada. O gene CDCP1 é frequentemente expresso de forma variável nos fibroblastos (tecido conjuntivo) das pessoas com esta doença. Além disso, a fibrose (excesso de tecido conjuntivo fibroso no coração) desempenha um papel fundamental no prognóstico da doença.

O investigador refere, de forma interessante, que também descobriram que uma variação genética no CDCP1 ou próximo deste estava significativamente associada à morte por insuficiência cardíaca.

Observaram também que a diminuição da expressão deste gene no tecido conjuntivo do coração reduzia significativamente a proliferação de fibroblastos cardíacos e regulava negativamente o gene IL1RL1. Este gene codifica um dos mais importantes biomarcadores da insuficiência cardíaca, o sST2. Níveis elevados deste biomarcador estão associados a fibrose e morte; uma diminuição do CDCP1 diminui a expressão desta proteína. A compreensão da regulação da sST2 e da sua relação com o gene CDCP1 e a fibrose é essencial para o desenvolvimento de estratégias que reduzam os efeitos adversos da insuficiência cardíaca.

Naveen Pereira explica que estes resultados levantam a possibilidade de se atuar sobre o gene CDCP1 para diminuir a fibrose cardíaca, o que poderia melhorar a função cardíaca. O estudo tem, portanto, implicações para o desenvolvimento de novas terapias medicamentosas para a cardiomiopatia dilatada e outras condições possivelmente afetadas pela fibrose.

De acordo com um relatório da American Heart Association, a insuficiência cardíaca é um diagnóstico comum que está a aumentar nos Estados Unidos. Prevê-se que mais de 8 milhões de pessoas sejam afetadas até 2030, o que representa um aumento de 46% em relação à situação atual.

Entre 30 e 40% dos casos de insuficiência cardíaca ocorrem como resultado de cardiomiopatia dilatada.

"É a causa mais comum da necessidade de um transplante de coração", explica o investigador. "Um indicador-chave da recuperação dos doentes com cardiomiopatia dilatada é o facto de terem ou não fibrose cardíaca."

Com base nestes resultados preliminares, os investigadores da Mayo Clinic estão a realizar mais estudos em animais para compreender o efeito do CDCP1 na insuficiência cardíaca. Estão a desenvolver moléculas para avaliar o potencial terapêutico da cardiomiopatia dilatada e da insuficiência cardíaca.

"Ao continuar esta investigação, que começou com uma população humana que levámos para o laboratório molecular e agora com animais, esperamos encontrar novas vias para tratamentos que possam ser levados à população humana que estudamos, para melhorar a sobrevivência e a qualidade de vida dos doentes", explica Naveen Pereira.

 

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