Saúde reprodutiva
A paternidade é um sonho compartilhado por inúmeras pessoas e casais em todo o mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade afeta aproximadamente 8 a 12% de casais em todo o mundo. Este número significativo sublinha a importância de reconhecer e abordar esta questão predominante com empatia, compaixão e compreensão.

Ao considerar uma gravidez devem-se tomar decisões instruídas sobre a saúde reprodutiva. Portanto, um dos primeiros passos para melhorar a fertilidade é fazer mudanças no estilo de vida, voltadas para uma dieta saudável, exercício físico, controlo do stress diário e também, saber conhecer os sinais do próprio corpo.

Cada mulher é diferente, portanto, reconhecer seus dias férteis e criar um calendário não é uma tarefa simples, mas ajuda a entender em que momento se encontra o ciclo menstrual e os aspetos que se deve ter em consideração, como, por exemplo, os dias da ovulação ou a chamada janela fértil.

Em que consiste a Janela Fértil?

Janela Fértil é o momento em que ter relações sexuais desprotegidas podem resultar numa gravidez. Este período começa cinco dias antes da ovulação, mais o dia da ovulação, perfazendo um total de seis dias férteis. No entanto, os dias férteis não ocorrem na mesma época todos os meses, por isso podem ser difíceis de prever.

Muitas mulheres experienciam os seus dias férteis durante os dias 10 e 17. Ainda assim, a janela fértil é altamente variável, mesmo para aquelas mulheres que têm uma menstruação regular.

Como saber se está na ovulação?

Existem várias maneiras de detetar sinais de ovulação, algumas mais eficazes que outras, como medir a temperatura corporal, a posição do colo do útero e o muco cervical. Durante os dias da ovulação, é normal que a temperatura corporal aumente, por isso é produzido um muco cervical elástico e fino, enquanto o colo do útero fica alto e macio na vagina.

“Recomendamos a criação de um calendário para poder registar diariamente a temperatura corporal, o muco cervical gerado e as posições do colo do útero, para ajudar a conhecer o corpo e os dias de ovulação”, afirmam os especialistas da INTIMINA.

Quais são os melhores dias para engravidar?

Ter relações sexuais durante a janela fértil não garante uma gravidez, pois depende também de outros fatores como a viabilidade do espermatozoide e do óvulo. Se após vários ciclos menstruais não conseguir engravidar, é aconselhável consultar um médico especialista para garantir o cálculo eficaz da janela de fertilidade, além de descartar possíveis problemas. De saúde.

Conhecer o corpo ajudará a ter mais consciência de como funciona e dos dias férteis. Mas, para isso, é importante entender o ciclo menstrual e as diferentes fases, bem como os dias da menstruação. Especialistas da INTIMINA reforçam que “uma boa forma de ter consciência corporal é usar copos menstruais. Com os copos ganhamos noção do fluxo menstrual que expelimos e ajuda a conhecer melhor o corpo”. 

O que pode acontecer se não engravidar?

A infertilidade é uma das coisas que a maioria das mulheres não considera até tentar engravidar. No entanto há sinais de alerta que podem indicar problemas desde a síndrome dos ovários policísticos (SOP) até uma mudança repentina de peso.

A causa mais comum de infertilidade tem uma ampla gama de efeitos como uma menstruação irregular ou ausente, menstruações dolorosas e abundantes, dor durante as relações sexuais, excesso de pelo e acne e perda ou enfraquecimento do cabelo.

“Experienciar um, ou mesmo vários dos sintomas mencionados acima, não é claro sinónimo de infertilidade. No entanto, são motivos suficientes para consultar um especialista, mesmo que não esteja nos planos engravidar num futuro próximo”, conclui Pilar Ruiz, responsável de Marketing e Comunicação da INTIMINA Ibéria.

 
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Inovação e avanços no tratamento permitem passar mensagem de esperança
Quando falamos de cancro, não falamos apenas de uma doença, mas de várias, muito diferentes, que em comum têm o facto de se...

No Mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão, é tempo de sensibilizar para este tipo de tumor que, segundo António Araújo, “pelas suas características, tem tido pouco desenvolvimento em termos de tratamento: durante décadas, era a quimioterapia e a radioterapia e não havia mais alternativas”. Mas, reforça, “hoje em dia, felizmente, têm surgido nesta área algumas alternativas que vêm melhorar um pouco o panorama do tratamento”, o que nem sempre se traduz num acesso atempado ao mesmo em Portugal.

De facto, explica o médico, apesar de Portugal ter, nos últimos anos e no que diz respeito à inovação, “dado alguns passos para estar a par com os restantes países europeus”, perante “as dificuldades que o Serviço Nacional de Saúde atravessa, devido aos constrangimentos quer a nível estrutural como de pessoal, é evidente que pode haver algum atraso no diagnóstico e estadiamento das doenças oncológicas e mesmo no início do tratamento. Especificamente a nível de tratamentos médicos, Portugal também é um dos últimos países da Europa a integrar a inovação no arsenal terapêutico disponível no SNS”.

É por essa razão que o momento do diagnóstico é de grande importância, já que, refere Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão, este “é particularmente difícil, sendo que, para grande parte da população, continua a ser associado a uma sentença de morte. Para além disso, ocorrendo com maior incidência em fumadores ou ex-fumadores, há ainda um sentimento de culpa, um estigma associado à doença”.

A presidente da Pulmonale defende, por isso, a necessidade de um trabalho de capacitação da população em saúde ao longo da vida, promovendo a prevenção, o diagnóstico precoce e uma postura informada no caso de a doença ocorrer. “O facto de o diagnóstico no cancro do pulmão continuar a acontecer maioritariamente em estádios avançados contribui para a perceção existente sobre a doença”.

No que diz respeito ao Cancro do Pulmão de Pequenas Células, “é um tipo de tumor intimamente ligado ao consumo do tabaco no passado e no presente e, portanto, surge em doentes com uma elevada carga tabágica. É um tumor que classicamente se diz ser muito sensível à quimioterapia e à radioterapia, isto é, que responde muito bem ao primeiro tratamento que fazemos, mas que rapidamente ganha resistências”, explica António Araújo. E isto porque, acrescenta, “muitos doentes são diagnosticados tardiamente (geral para todos os tipo de cancro do pulmão) e pelo facto de não haver grandes alternativas de tratamento eficazes face ao comportamento biológico do próprio tumor”.

Porque este apresenta sinais e sintomas comuns a muitas outras doenças benignas - aparecimento ou agravamento de falta de ar, da tosse e da expectoração - “como acontece com a asma ou a DPOC, isso faz com que o agravamento dos mesmos pareça apenas mais um episódio de agravamento dessas doenças, o que contribui para que os doentes demorem mais tempo a recorrer ao médico.”

“Sendo o cancro do pulmão a doença oncológica com maior mortalidade associada, o que em grande medida decorre de os diagnósticos ocorrerem em fase avançada” e porque também, “embora não sendo uma doença exclusiva de fumadores, ocorre maioritariamente em quem fuma”, Isabel Magalhães considera que “o caminho passará necessariamente pela prevenção do tabagismo. No entanto, é absolutamente indispensável mudar o paradigma atual do cancro do pulmão, reduzindo a taxa de mortalidade, através do diagnóstico precoce, para o qual contribuirá de modo decisivo a implementação do rastreio de base populacional”.

Ainda assim, a mensagem é de esperança. “O que queremos é que os doentes tenham mais quantidade de vida e melhor qualidade de vida. Para isso, devem ter esperança, porque estão sempre a serem descobertos novos tratamentos e, para os receber, devem manter-se nas melhores condições físicas e psicológicas para permitirem que os seus médicos encontrem as melhores soluções de tratamento”, reforça António Araújo.

Aliás, existem, atualmente, vários estudos em fase avançada para fazer face a esta doença, nomeadamente a partir de invertebrados marinhos - pelo facto de não terem sistema imunitário, percebeu-se que deveriam ter mecanismos de defesa para sobreviver à evolução dos tempos. Com estas hipóteses, a PharmaMar realiza expedições em todos os mares e oceanos do mundo, à procura de compostos anticancerígenos. Luís Mora, Diretor Geral das unidades de negócio de Oncologia, Virologia e Identificação Genética da PharmaMar explica que “as amostras dos organismos marinhos são estudadas para conhecer a sua taxonomia e avaliar a sua atividade biológica nas células tumorais. Se existir uma atividade anticancerígena do organismo inteiro, procedemos a um "fracionamento" para isolar a substância responsável pela atividade e estabelecer a sua estrutura química. Atualmente temos cerca de 350.000 amostras marinhas, que representa a maior coleção do mundo”. 

Associação de Jovens Diabéticos de Portugal e TrueClinic reuniram meia centena de pessoas
A TrueClinic e a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) realizaram uma caminhada de consciencialização pública da...

A “Caminhada Solidária pela Diabetes” permitiu a partilha de histórias e testemunhos entre os participantes, contribuindo para a sensibilização sobre a importância de um estilo de vida ativo e da prática regular de desporto para prevenir, mas também assegurar um melhor controlo metabólico da Diabetes. 

“No mês em que se celebrou o Dia Mundial da Diabetes, a TrueClinic aliou-se à AJDP com a ambição de realizar uma iniciativa que desmistificasse a Diabetes e sensibilizasse a população para a importância de adotar hábitos saudáveis e praticar atividade física regularmente, condições indispensáveis à prevenção e controlo metabólico desta doença”, afirma Miguel Gouveia, CEO da TrueClinic.

“Esta iniciativa reflete o compromisso da TrueClinic em contribuir não só para a prestação de serviços de saúde de qualidade a nível nacional, mas também de afirmar o seu papel enquanto agente promotor de uma sociedade mais informada, saudável e ativa”, esclarece.

Raquel Mendes, Vogal do Conselho Científico da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal, salienta que “a AJDP realiza maioritariamente caminhadas nas Serras de Sintra e da Arrábida e por isso aceitou com todo o entusiasmo o desafio da TrueClinic para promover uma ação deste cariz na cidade do Porto. Estamos bastante satisfeitos com o resultado desta iniciativa que afirmou em absoluto a nossa grande missão de atuar junto da população em geral e jovens com diabetes em particular, promovendo a prevenção e a desmistificação da Diabetes.”

Inserida no “novembro, mês da Diabetes”, efeméride celebrada a nível mundial, esta caminhada juntou participantes de várias faixas etárias numa tarde de sol no Parque da Cidade e levou ao Porto o apelo para uma maior prevenção e cuidados de saúde essenciais ao controlo metabólico desta doença que afeta milhões de pessoas.

Ministério marcou reunião para hoje
O Sindicato dos Enfermeiros – SE considera uma farsa a reunião agendada para hoje, no Ministério da Saúde, e que tem como ponto...

O principal motivo para a decisão de comparecer na reunião, afiança o dirigente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, prende-se com a postura do Ministério da Saúde. Num momento em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vive o momento mais negro desde a sua criação, Pedro Costa lamenta que “o ministro da Saúde prefira discutir diplomas que não merecem a concordância de nenhuma classe profissional, e em particular os enfermeiros, em vez de resolver os verdadeiros problemas do SNS”. “Estamos a destruir algo que não vamos ter capacidade para voltar a reconstruir”, assegura.

“Os diplomas de regulamentação das USF e dos CRI são mera propaganda eleitoral e um último esforço do ministro da Saúde para tentar fazer em duas semanas o que não fez em dois anos”, diz Pedro Costa. E, por isso, “o Sindicato dos Enfermeiros – SE prefere não ser figurante nesta encenação de negociação, pois a Enfermagem não perdeu a dignidade nem o respeito pelo SNS”.

Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE há pontos bem mais prioritários. Desde logo a negociação de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), “parada desde 2017, e que faz com sejamos a única profissão do setor da Saúde que não tem um ACT a regulamentar a profissão”. Pedro Costa acredita que ainda seria possível o Ministério da Saúde minimizar a insatisfação dos enfermeiros dando “passos concretos para a aplicação correta do Decreto-Lei n.º 80-B/2022, por exemplo, permitindo que milhares de colegas progridam na carreira, com reflexos imediatos no seu salário”. “O salário base dos enfermeiros está cada vez mais próximo do Salário Mínimo Nacional, o que faz com sejam poucas as razões para continuar a ser enfermeiro, pelo menos em Portugal”, diz. Pedro Costa recorda que “este diploma é de final de 2022 e, aparentemente, ainda não é em 2023 que vamos ter novos desenvolvimentos, uma situação imoral por si só”.

O Sindicato dos Enfermeiros – SE exige também a criação de condições para valorizar a Enfermagem através de mecanismos que reconheçam o seu risco e penosidade. “Há inúmeros estudos que o reconhecem, mas o grupo de trabalho criado pelo grupo parlamentar do PS está há mais de um ano a estudar a implementação desta medida e ninguém sabe o que fizeram até agora e por que motivo não reconhecem este direito à Enfermagem”, sustenta. Para Pedro Costa é fundamental que “as conclusões deste grupo sejam tornadas públicas até final do ano”. Embora acredite que a merecida valorização vai ficar, mais uma vez, guardada na gaveta.

“Há todo um conjunto de injustiças criadas por sucessivas alterações legislativas que urge serem resolvidas pelo Governo e que, aparentemente, também não são prioridade para o ministro da Saúde, que nem sequer se dignou a comparecer numa única reunião”, adverte o presidente do SE. Este governo, e em particular este Ministério, diz, “não está preocupado com o futuro do SNS, pois permanece impávido e sereno ao assistir ao êxodo de metade dos alunos que se formam em Enfermagem para outros países, delapidando a sobrevivência do SNS, num país envelhecido e com crescente procura de cuidados de saúde”, frisa Pedro Costa.

Por tudo isto, assevera, “não faz qualquer sentido comparecermos na reunião. Não há nem houve negociação em torno destes dois diplomas, são uma mera imposição e propaganda do Ministério da Saúde”. E a prova de que tudo é feito unilateralmente reside no facto de “já terem sido pedidas as atas das várias reuniões que testemunham o que é dito e, até hoje, nem uma foi apresentada”.

A Enfermagem, garante o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, “vai saber reagir contra um governo que a humilha, menospreza e a rebaixa”. “Este é o momento, e a força da maior classe da Saúde, e o pilar do SNS, não pode ser silenciada, seja qual for o ministro da Saúde, seja qual for o governo”, diz. “Somos a voz de todos os portugueses que necessitam de cuidados de saúde, uma saúde sem tirania e respeito pelo seu maior ativo, os profissionais de saúde e, em particular, os enfermeiros”, acrescenta.

“Não contem connosco para estas encenações, nem para destruir os valores da fundação do SNS, nem sequer para dividir o acesso à saúde, segregando os portugueses”, conclui o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE.

Reumatologia
A fibromialgia é uma doença bastante comum, já que afeta cerca de 4% das Mulheres adultas e 1% dos h

Pondere essa possibilidade caso apresente os seguintes sintomas:

  • Dores que afetam várias ou todas as partes do corpo. A probabilidade de serem devidas a fibromialgia será maior caso as dores passem de uns lados para os outros do corpo sem causa aparente. Tipicamente os locais dolorosos não mostram inchaço nem vermelhidão cuja presença e intensidade varie de acordo com as dores. A fibromialgia não justifica deformações visíveis, ao contrário de outras doenças reumáticas que podem coexistir com ela. 
  • Cansaço excessivo, isto é, mais intenso do que lhe pareça justificar-se pelo esforço físico que faz. É importante ter isto em conta já que as pessoas com fibromialgia são, habitualmente, hiperativas e pouco dadas ao descanso.
  • Sono não retemperador, que se traduz em sentir-se já cansado ao acordar, por vezes mais do que quando foi para a cama.

Para que seja feito o diagnóstico de fibromialgia é necessário que o primeiro critério esteja presente e que pelo menos um dos outros 2 seja considerado, por si, como tendo intensidade moderada ou grave. Estes sintomas deverão estar presentes por pelo menos 3 meses antes que possa fazer-se o diagnóstico.

Caso satisfaça estes critérios pode e deve procurar o seu médico, descrever os sintomas e, se necessário, pedir-lhe que considere este diagnóstico. Pode justificar esse pedido com base neste artigo. Idealmente o seu médico aprofundará o inquérito clínico, fará uma observação cuidada, para verificar se existem sinais de outras doenças associadas e pedirá alguns exames complementares. Estes poderão ser completamente normais, o que reforça o diagnóstico, ou mostrar alterações que justifiquem a exploração de outras doenças ou a correção de fatores que agravam os sintomas.

Para avaliar com mais rigor a probabilidade de ter ou não ter fibromialgia e obter um relatório que pode mostrar ao seu médico visite (https://myfibromyalgia.org/tenho-fibromialgia)

Prepare-se para o facto de que o seu médico possa ter dificuldades em entender o seu sofrimento ou até em aceitar a existência da fibromialgia como entidade médica autónoma, apesar de que isso já se não verifica com a maioria dos clínicos. É bom e justo que saiba que a fibromialgia é uma condição bem estabelecida e reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e que está bem demonstrado que os sintomas descritos pelo doente são reais, mormente no que e refere às dores. É importante, apesar disso, que se prepare para promover um diálogo sereno, aberto e construtivo sobre o assunto, caso encontre resistência ou ceticismo.

Prepare-se também para considerar as diferentes modalidades de tratamento que o seu médico lhe pode oferecer. 

Para saber mais

Myfibromyalgia: https://myfibromyalgia.org/ 

Clube MyFM: [https://www.facebook.com/groups/480355073816616 

Webinar MyFibromyalgia: Reconhecer e controlar as origens da Fibromialgia parte 1 https://fb.watch/iT366IN09X/ 

Webinar MyFibromyalgia: Reconhecer e controlar as origens da Fibromialgia parte 2 https://fb.watch/iT36ZMGfiS/

Webinar MyFibromyalgia: Reconhecer e controlar as origens da Fibromialgia parte 3 https://fb.watch/iT37y2BgjH/ 


José António P. da Silva, MD. PhD
Professor de Reumatologia Universidade de Coimbra
MyFibromyalgia.org
 
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Gilead Community Awards
A inovação é necessária para eliminar as barreiras sociais nos cuidados de saúde. Esta é uma das razões pelas quais a Gilead...

Como parte deste compromisso, a Gilead Sciences Europe Ltd. organizou a cerimónia internacional dos Gilead Community Awards, um evento que reuniu, no passado dia 8 de novembro em Madrid, mais de 100 Organizações Não Governamentais com projetos financiados pela companhia para reconhecer e celebrar a sua contribuição na concretização da visão da Gilead de criar um mundo mais saudável para todos.

"Através dos nossos programas de bolsas, apoiamos Organizações Não Governamentais que trabalham nas suas comunidades para melhorar a vida das pessoas", afirma Sylvia Alfred, Diretora de Public Affairs da Gilead Sciences.

Após uma avaliação rigorosa de mais de 60 candidaturas, em colaboração com a Charities Aid Foundation (CAF), foram reconhecidos três projetos comunitários e uma personalidade pelo trabalho excecional ao serviço das suas comunidades.

O Prémio Impacto foi atribuído à ‘Africa Advocacy Foundation’, um projeto pan-europeu, que desenvolveu a parceria Mi-Health VIH, uma iniciativa liderada pela comunidade para colmatar as lacunas na cascata de cuidados na área de VIH entre os migrantes em 10 países europeus com uma elevada prevalência de VIH.

O Prémio Inovação foi atribuído à ‘International Network on Health and Hepatitis in Substance Users’ (INHSU), e ao projeto "Ligação aos Cuidados" que se destina aos 5,8 milhões de pessoas que vivem com hepatite C em todo o mundo e que usam drogas, destacando modelos inovadores de cuidados para a hepatite C e fornecendo ferramentas práticas para ajudar os prestadores de serviços a melhorar os cuidados.

O Prémio Inclusão foi para a Anthony Nolan & African Caribbean Leukaemia Trust (ACLT). Esta instituição lançou uma iniciativa destinada a melhorar a diversidade e a desigualdade no Registo de Células Estaminais Anthony Nolan, uma vez que, atualmente, os doentes pertencentes a minorias étnicas estão em desvantagem significativa quando se trata de encontrar um dador de células estaminais que lhes salve a vida.

O Prémio de Reconhecimento Individual foi atribuido ao Dr. Massimo Barra, um médico italiano e fundador da Fundação Villa Maraini, em Roma, que, enquanto líder do Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, tem apoiado o acesso à saúde por parte de pessoas vulneráveis em todo o mundo, especialmente os utilizadores de drogas.

"Estamos muito satisfeitos com o lançamento dos Gilead Community Awards para reconhecer o trabalho notável destes grupos, partilhar as melhores práticas e facilitar a aprendizagem entre pares. Parabéns a todos os vencedores e finalistas e obrigado a todos os nossos bolseiros pelo trabalho fantástico que fazem", conclui Sylvia Alfred.

A cerimónia de entrega dos prémios fez parte de um evento educativo de dois dias organizado pela Gilead para apoiar as organizações comunitárias através de formação baseada em competências, workshops práticos e oportunidades de aprendizagem entre pares. 

4as Jornadas Científicas Universitárias e Politécnicas da Egas Moniz
A Egas Moniz School of Health & Science irá organizar, pelo quarto ano, as Jornadas Científicas Universitárias e...

A quarta edição das Jornadas da Egas Moniz reforça a ambição da instituição em afirmar-se como uma “universidade cívica” e motor de desenvolvimento socioeconómico na região de Almada, com a promoção de inovação e excelência científica. Durante os três dias, irão ocorrer várias palestras com foco em áreas nucleares da saúde como medicina dentária, veterinária, ciências farmacêuticas, nutrição, psicologia, análises clínicas, enfermagem, fisioterapia e ciências biomédicas.

José João Mendes, presidente da direção da Egas Moniz School of Health & Science, refere que “esta edição pretende desafiar a comunidade académica e civil relativamente à importância da comunicação digital na divulgação de informações com foco na saúde e ciência. Esta nova era tecnológica permite aumentar a literacia nestas áreas de uma forma acessível, através do uso das redes sociais, de plataformas online, campanhas interativas e também conteúdo educativo. A Egas Moniz tem um forte compromisso com a aplicação do conhecimento adquirido em prol da comunidade e pretende contribuir para a disseminação de trabalhos científicos neste âmbito”.

Comprometidos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o ensino superior, a Egas Moniz, enquanto instituição de ensino superior que fomenta a excelência académica e a promoção da sustentabilidade, foi recentemente considerada a melhor universidade privada portuguesa no Ranking de Inovação, pela SCImago Institution Rankings. Para além disso, foi também reconhecida como primeira classificada no contexto dos ODS 1 e 3, respetivamente Saúde de Qualidade e Erradicar a Pobreza, entre as instituições de ensino privadas do país e como segunda no ranking nacional, no “Impact Ranking do Times Higher Education”. O tema das Jornadas envolve no seu plano de ação, o lançamento da temática inclusiva dos ODS 1 e 3, nomeadamente metas inclusivas e contribuição da IES para reduzir a mortalidade das doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento da saúde mental e bem-estar, entre outros. 

Aceda ao encontro aqui. 

Recomendações
O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X é uma doença genética rara que afeta principalmente os osso

Dos cuidados a ter em conta destacaria:

  • Acompanhamento médico regular, uma vez que é essencial vigiar a progressão da doença, ajustar a terapêutica e tratar quaisquer complicações que possam surgir.
  • A nível dentário é recomendada a aplicação regular de flúor pelo Médico Dentista, higiene oral adequada e cuidada, o uso de goteiras para proteger os dentes de eventuais fraturas e por fim, o uso de aparelhos ortodônticos para facilitar a higiene oral.
  • Dieta equilibrada e controlada por um nutricionista é fundamental para garantir o equilíbrio dos nutrientes adequados a cada paciente, incluindo fosfato, cálcio e vitamina D. É recomendado que os doentes com raquitismo hipofosfatémico ligado ao X tenham uma dieta rica em alimentos como leite, queijo, peixe, ovos e alimentos com elevado teor de vitamina D.
  • Apanhar sol é a forma natural de produzir vitamina D, essencial para a absorção adequada de cálcio e fósforo. Recomenda-se uma exposição solar moderada e segura.
  • Exercício físico adequado a cada doente beneficia as estruturas musculares e ósseas, permitindo um desenvolvimento estrutural mais orientado e fortalecido. No entanto, é importante que a atividade física seja orientada por um profissional de saúde ou do desporto.

A manutenção destes cuidados contribui para uma melhor qualidade de vida dos doentes com raquitismo hipofosfatémico ligado ao X, tornando-se fundamental um acompanhamento por uma equipa multidisciplinar para vigiar a doença e garantir um melhor prognóstico a longo prazo.

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Galardão entregue pela Fundação Galenus
Cláudia de Freitas Martins, diplomada em Ciências Biomédicas pela Universidade da Beira Interior (UBI), foi escolhida para...

Cláudia Martins foi aluna da UBI, entre 2012 e 2015, no curso de 1.º Ciclo/Licenciatura em Ciências Biomédicas, que integra a oferta formativa da Faculdade de Ciências da Saúde.

“Com resultados de investigação impressionantes no seu projeto multidisciplinar ‘Protótipo nanomédico sensível a estímulos com direcionamento dual para o cérebro e o tumor no tratamento de glioblastomas’, Cláudia Martins demonstrou a sua excelência no início do pós-doutoramento”, refere a Fundação Galenus, na descrição do percurso da premiada, que considera recheado de “realizações científicas excecionais”. Esta é a primeira vez que o prestigiado prémio é entregue a um investigador português.

A antiga aluna da UBI tem como áreas de interesse os biomateriais e nanomedicina – focadas no cancro –, administração de medicamentos para o cérebro e engenharia de tecidos.

Desde 2015 que o seu trabalho valeu-lhe uma bolsa Marie Sklodowska-Curie e a participação em sete projetos de I&D. A sua produção científica inclui mais de 20 artigos em revistas internacionais, quatro capítulos de livros e mais de 40 comunicações em conferências internacionais. Outra nota de registo são as cerca de duas dezenas de distinções que recebeu.

Cláudia Martins é atualmente investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).

11 projetos de investigação recebem apoio financeiro da Fundação ”la Caixa”
A Fundação ”la Caixa” realizou, em Barcelona, a cerimónia de entrega do apoio financeiro a 11 projetos de investigação em...

Trata-se de um total de 33 projetos selecionados no âmbito do Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2023, que tem por objetivo promover a investigação biomédica de base, clínica e translacional de excelência e com grande impacto social. O concurso, ao qual se apresentaram 493 projetos dos dois países, foi dotado com um total de 25,3 milhões de euros e destina-se a projetos que abordam os desafios da saúde.

Em Portugal, candidataram-se ao concurso 152 projetos, dos quais foram selecionados 11, que, no seu conjunto, irão receber um total de 7,9 milhões de euros. Os projetos abordam desafios da saúde, como o das doenças infeciosas, sobre o qual incidem quatro dos projetos selecionados. O concurso também premiou três projetos portugueses relacionados com as neurociências, dois relacionados com as doenças cardiovasculares e metabólicas, um projeto ligado à oncologia e um projeto centrado no desenvolvimento de tecnologia facilitadora num dos campos descritos anteriormente.

Na cerimónia, que teve lugar no Museu da Ciência CosmoCaixa de Barcelona, o diretor-geral da Fundação ”la Caixa”, Antonio Vila Bertrán, recordou: «A investigação científica é fundamental para o progresso social e para o bem-estar dos cidadãos. A ciência não só nos ajuda a construir a sociedade do conhecimento, mas também é a chave para melhorar a qualidade de vida daqueles que mais necessitam.»

Os investigadores Carlos Ribeiro (Champalimaud Centre for the Unknown) e Mariona Graupera (Instituto de Investigación contra la Leucemia Josep Carreras), em representação dos 33 projetos selecionados na edição de 2023, participaram, ao lado de Ignasi López, diretor da Área de Relações com Instituições de Investigação e Saúde da Fundação ”la Caixa”, numa mesa redonda onde se abordaram os desafios e as oportunidades da investigação em Portugal e Espanha.

A iniciativa é realizada em colaboração com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pertencente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que financia com 3,7 milhões de euros 5 dos 11 projetos portugueses selecionados nesta edição.

Apoio centrado em resultados que melhorem a vida dos doentes

O Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde é um concurso competitivo que conta com especialistas internacionais de grande prestígio nas suas áreas de estudo para a seleção dos projetos de maior excelência científica e impacto social. Desde o início do Programa em 2018, a dotação do concurso totaliza 120,5 milhões de euros para 171 projetos, 117 dos quais liderados por equipas espanholas e 54, por grupos de investigação portugueses. Atualmente, trata-se do concurso filantrópico de investigação em biomedicina e saúde mais importante da Península Ibérica.

Dia Nacional da Anemia | 26 de novembro
De acordo com dados do estudo EMPIRE, a anemia afeta um em cada cinco portugueses e é uma complicaçã

Apesar de ambas as condições serem comuns, os sinais e sintomas são inespecíficos, de instalação lenta e progressiva e, como tal, podem passar despercebidos. A anemia associada à doença renal crónica tem forte impacto na qualidade de vida, mas também contribui para a mortalidade, sobretudo cardiovascular, para a morbilidade e para os elevados custos em saúde atribuídos à doença renal crónica.

Neste Dia Nacional da Anemia – 26 de novembro - a Sociedade Portuguesa de Nefrologia salienta estas duas condições clínicas, ambas problemas de saúde pública pouco reconhecidos, subdiagnosticados e subtratados.

Com o objetivo de identificar, diagnosticar e tratar precocemente a doença renal crónica e prevenir a anemia, alguns grupos de risco, como doentes com diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença autoimune ou oncológica, devem ser acompanhados regularmente. Além disso, a identificação precoce destas duas patologias deve estar enquadrada numa política nacional de saúde e de governação clínica com vista a garantir, de forma equitativa, o acesso à resposta mais adequada a todos os casos que padecem de anemia e doença renal crónica.

Neste Dia Nacional da Anemia, não desvalorize os sintomas. Se sofre de diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença auto-imune ou oncológica tem um risco agravado de sofrer de anemia, pelo que não deixe de procurar o seu médico!

 
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SPOT realiza o seu 7.º webinar
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) anuncia o seu 7.º webinar, que se irá realizar a 27 de novembro, das...

A primeira parte da sessão irá focar-se no ombro e terá início com a apresentação de Catarina Quintas, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, que abordará o "Exame objetivo do ombro e a sua importância no diagnóstico da rigidez". Em seguida, Bernardo Nunes, do Centro Hospitalar Universitário de S. João, Porto, apresentará "Identificação, diagnóstico (exames complementares) e potenciais causas".

“Como abordar o doente com capsulite adesiva” será dividido e apresentado por dois especialistas: “Reabilitação e outras técnicas mini-invasivas”, por Miguel Costa, do Algarve Pain Centre, e “Abordagem cirúrgica”, por José Pinto, da CUF Almada. Já o último tema, “Como abordar o doente com rigidez pós-operatória (quando é tempo de parar)”, ficará a cargo de Jorge Ramos, do Hospital de Vila Franca de Xira.

A segunda parte da sessão irá concentrar-se no cotovelo, com a participação de Diogo Lacerda, do Hospital Ortopédico de Sant’Ana, que falará sobre o “Exame objetivo do cotovelo e a sua importância no diagnóstico da rigidez”. A palestra de Bruno Mota, do Hospital da Luz, abordará a “Etologia, fisiopatologia e classificação” do cotovelo. Além disso, palestrantes como Vânia Cruz, da Fisioroma, Nuno Moreira, do Hospital CUF Descobertas, Manuel Ribeiro da Silva, do Hospital CUF Porto e Rafael Dias, do Hospital de Cascais, irão completar o evento, ao oferecer perspetivas sobre o tratamento e prevenção da rigidez.

O webinar reservará um período para discussão entre os participantes. A participação é gratuita para todos os sócios da SPOT e as inscrições são limitadas.

Projeto europeu pretende uma prescrição mais adequada
No Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) novas ferramentas de avaliação e intervenção sobre o uso de...

A resposta eficaz à resistência aos antimicrobianos implica que o seu uso seja prudente, sensato e responsável e que se mantenham métricas e indicadores simples que permitam identificar áreas de melhoria de qualidade de prescrição. Assim, o “Drive-AMS” quer promover o uso adequado de antibióticos, através do reforço e capacitação dos programas de apoio à prescrição de antibióticos - antimicrobial stewardship (AMS) -, já existentes nas unidades hospitalares portuguesas, com o intuito de reduzir a emergência de resistências a antimicrobianos e, assim, garantir o acesso sustentável a estes fármacos indispensáveis. Esta é, aliás, uma das principais prioridades das políticas de saúde da UE. 

Liderado pelo Centro Hospitalar Universitário de St. Radboud e pela Universidade de Antuérpia, o programa vem contribuir para as metas europeias e nacionais de redução do uso inapropriado e combate à resistência aos antimicrobianos, sendo financiado pelo Programa EU4Health.

O São João (CHUSJ) integra o consórcio de seis instituições europeias e é a instituição portuguesa responsável pela implementação do projeto nas unidades hospitalares nacionais. Em Portugal, profissionais do CHUSJ, após uma formação inicial, realizam capacitação a outras unidades hospitalares para que possam ser incluídas como parceiras no projeto. A equipa é liderada por José Artur Paiva, inclui ainda Nuno Pereira e Francisco Almeida (CHUSJ) e conta com o apoio de elementos do St Radboud UMC e da Universidade de Antuérpia.

O CHUSJ, o CHTS e o IPOP têm já em curso intervenções de melhoria, nomeadamente na área da terapêutica antibiótica de infeções respiratórias adquiridas na comunidade (CHUSJ e CHTS) e da febre neutropénica (IPOP), com o intuito de reduzir os danos colaterais individuais e coletivos do uso de antibióticos e, dessa forma, reduzir a emergência de bactérias resistentes a antibióticos e mais difíceis de tratar e promover a sustentabilidade da eficácia destes fármacos.

Pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI)
A BebéVida, banco de tecidos e células estaminais, foi distinguida pela 14ª vez consecutiva com o estatuto de PME Líder do ano...

“Esta distinção é um motivo de orgulho para toda a equipa que diariamente trabalha na BebéVida. Sermos reconhecidos pelo 14º ano consecutivo pelo nosso serviço de excelência na área da criopreservação permite reforçar a confiança dos casais que optam pela BebéVida para guardar as células estaminais dos seus filhos” refere Luís Melo, administrador da BebéVida.

Lançada pelo IAPMEI em 2008, a distinção de PME Líder é atribuída a empresas nacionais que apresentem desempenhos superiores. São companhias que, pelas suas qualidades de desempenho e perfil de risco, se posicionam como motor da economia nacional no setor de atividade em que operam, adotando estratégias de crescimento e liderança competitiva. Reúnem, por isso, condições que lhes conferem credibilidade, notoriedade e confiança junto de clientes, parceiros e banca.

Este ano a BebéVida obteve ainda, pelo segundo ano consecutivo, a certificação da SCORING de “TOP 5% Melhores PME de Portugal”, que atesta a solidez económico-financeira das empresas e foi acreditada pela AABB, Association for the Advancement of Blood & Biotherapies, para o processamento de sangue e tecido do cordão umbilical. Existem apenas cinco laboratórios a nível mundial com as duas mais importantes acreditações internacionais, AABB e FACT, e a BebéVida passou a integrar esta curta lista, sendo o único laboratório em Portugal e na Europa.

“O reconhecimento por diversas entidades independentes e prestigiadas da nossa atividade são de fato relevantes e motivadoras para que continuemos a prestar um serviço de excelência junto das famílias portuguesas que reconhecem o potencial terapêutico que as células estaminais têm demonstrado no tratamento de mais de 80 doenças”, conclui Luís Melo.

 
5ª edição do Pharmacall
“A Revolução Silenciosa do SNS: que desafios para a Farmácia Comunitária?” foi o mote do evento organizado no dia 18 de...

“Citando António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde, «as farmácias são a primeira linha de cuidados de saúde. A farmácia é a mão longa do SNS». Assim, e face ao contexto atual, a capilaridade da rede de farmácias é uma característica que pode e deve ser aproveitada pelo SNS em benefício das pessoas, principalmente as que vivem com doença, de modo a facilitar o seu percurso no sistema”, defendeu Maria do Carmo Neves, presidente do Conselho de Administração do Grupo Tecnimede, na sessão de abertura do evento.

Ora, numa altura em que decorre um processo de mudança organizativa no SNS, o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, começou, precisamente, por reconhecer o papel das farmácias comunitárias no contexto do sistema de saúde português, reconhecendo que esta é “a única rede cuja capilaridade supera a capacidade do SNS” e que, por isso, consegue estar ainda mais próxima dos cidadãos. Para Manuel Pizarro, as farmácias comunitárias, enquanto “lugares de promoção da literacia em saúde e espaços com uma enorme qualificação”, apresentam igualmente um potencial gigantesco como espaço de promoção do acesso à saúde dos portugueses”. Um potencial presente e futuro e que levou também o governante a invocar aquela expressão de António Arnaut, que entende como uma expressão “muito feliz” e a destacar “o dever de perceber o que podemos fazer mais para utilizar a capilaridade, a qualificação técnica, a dedicação das farmácias e dos farmacêuticos e pô-las ao serviço dos portugueses”.

Manuel Pizarro sublinhou a enorme pressão a que estão sujeitos os sistemas de saúde e não apenas o português, contudo, no caso nacional, “o que está em causa não é nenhuma diminuição da capacidade do SNS que, faz hoje muito mais do que alguma vez fez: mais consultas – no 1º semestre deste ano mais 9% nos hospitais do que no período homólogo em 2022 que já tinha sido o período com mais consultas de sempre -, faz mais cirurgias – mais 10% acima nos primeiros 9 meses deste ano do que no ano anterior – e assegura diariamente centenas de milhares de contactos”. O governante reconheceu, porém, a outra parte da realidade que é o facto de haver muitas necessidades não satisfeitas em saúde ou não no tempo útil desejável. “É mesmo importante olhar para a reorganização do sistema nacional de saúde no seu conjunto como uma estratégia essencial”, sustentou, sublinhando que, ainda que possam ser necessários mais recursos, “a soma de mais recursos sem ser acompanhada de uma reorganização não vai permitir dar a resposta necessária”.

O Ministro da Saúde confirmou assim que, no início do ano, será generalizada a todo o país as unidade locais de saúde (ULS), procurando passar à prática o que sempre esteve previsto na política de saúde que é a integração de cuidados e fazendo com que o SNS se organize em torno das necessidades das pessoas. “As 39 ULS simplificarão enormemente o funcionamento do SNS, que integrarão os IPO e o Hospital de Cascais, gerido em regime de parceria público-privada, ao invés das mais de cem instituições do modelo ainda vigente. Mas precisamos muito da participação das farmácias comunitárias neste esforço do acesso à saúde”, sublinhou. O ministro destacou processos já em curso, como é o caso da campanha sazonal de vacinação contra a gripe e contra a Covid-19 que ficou a cargo de mais de 2500 farmácias comunitárias aderentes, como complemento a mil locais do SNS. Nas primeiras seis semanas desta campanha, foram administradas mais de 3,4 milhões de doses, 2,4 milhões das quais administradas nas farmácias, mostrando que “as pessoas valorizam a proximidade e a qualidade do serviço que as farmácias oferecem. É uma grande experiência que temos de expandir para o futuro”.

Manuel Pizarro destacou ainda o processo mais recente de renovação do receituário para as doenças crónicas, numa ligação centros de saúde e farmácias. “Este é um serviço que temos de fazer progredir, já que constitui uma boa parte das deslocações das pessoas aos centros de saúde e que não tem nenhum valor acrescentado. Passando para a farmácia esta responsabilidade, acrescentamos um serviço de conciliação terapêutica que ajuda muitas pessoas”, advogou.

O governante disse ainda que, apesar do atual contexto político, mantém a expectativa de que será concretizado o quadro legislativo que vai permitir pôr em marcha a generalização da distribuição em proximidade da medicação que é administrada nas farmácias de ambulatório nos hospitais. “É um imperativo nacional. Há mais de 150 mil pessoas que são forçadas, mês após mês, a fazerem viagens que às vezes são de centenas de quilómetros para irem ao hospital levantar uma medicação que lhes pode ser fornecida com a mesma qualidade, a mesma segurança e com muito maior comodidade na farmácia de oficina mais conveniente”, frisou.

Para o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Mota Filipe, esta nova realidade viria tornar “mais justa e mais cómoda” a vida dos doentes, mas significaria igualmente “ganhos diretos e indiretos” para a economia, em parte pela eventual diminuição do absentismo, com a vantagem de contribuir para uma diminuição do volume de trabalho para os profissionais de saúde nos hospitais. “Há um conjunto de intervenções que [no âmbito da reorganização do SNS] que permitem retirar pressão ao SNS”, vinca o Bastonário, para quem as farmácias comunitárias reúnem as condições necessárias.

De entre os serviços complementares ao alcance dos farmacêuticos comunitários e que para Hélder Mota Filipe constituem uma oportunidade, contam-se a renovação da medicação para doentes crónicos que arrancou no final de outubro. Um modelo que está já implementado na Escócia, através do programa Pharmacy First, que permite, nomeadamente, a dispensa de antibióticos a doentes com infeções urinárias, mas também oferecer consultas básicas de saúde. “Já tivemos cerca de 5,5 milhões de consultas em farmácias desde a introdução do programa no final de 2020”, o que libertou pressão sobre o sistema nacional de saúde, atestou Margaret Watson, professora de Investigação em Serviços de Saúde e Farmácia no Reino Unido.

Maria do Carmo Neves, presidente do Conselho de Administração do Grupo Tecnimede, destacou ainda, em linha com a visão para 2030 do PGEU, o Grupo Farmacêutico da União

Europeia, o papel da farmácia comunitária: garantir a qualidade do atendimento e segurança do doente, melhorar a saúde pública, garantir o acesso dos doentes aos medicamentos e serviços de saúde e contribuir para a sustentabilidade do sistema de saúde. “Hoje cabe-nos dar passos nessa direção e sublinhe-se as medidas previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2024”, sustentou, referindo-se à implementação do acesso de proximidade, nas farmácias de oficina, aos medicamentos prescritos nos hospitais, ao processo de renovação automática da prescrição para os doentes crónicos e ao lançamento de um programa-piloto de serviços farmacêuticos para situações de patologia aguda simples, de acordo com protocolos a estabelecer com as Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos.

O professor universitário Afonso Miguel Cavaco concordou que estas são oportunidades que o país deve aproveitar, mas deixou o alerta de que é preciso ter “evidência de que há um ganho em saúde” com estas medidas, pois só assim, referiu, será possível estabelecer protocolos entre as farmácias e o SNS – mas também seguros de saúde e outros subsistemas – para remunerar estes serviços. Por sua vez Catarina Dias, especialista e proprietária de farmácias, admitiu que entre os farmacêuticos comunitários perpassa um sentimento misto que se prende com aspetos como a ausência de uma carreira estruturada ou os horários, mas acima de tudo é a indefinição ou a falta de visão do que será a farmácia comunitária que traz maior nível de descontentamento e ressaltou o papel que estes profissionais podem ter, nomeadamente, junto dos doentes oncológicos ou das camadas mais envelhecidas da população.

Na intervenção de encerramento, o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos destacou o atual contexto que deve ser entendido como uma oportunidade, nomeadamente, para fazer face à necessidade de gerar uma maior sustentabilidade do sistema, em cujo processo a farmácia comunitária pode ter um contributo de valor. Hélder Mota Filipe, para quem a capacidade de inovação é igualmente central, deixou ainda uma palavra ao Grupo Tecnimede, que tanto se tem destacado na área do medicamento genérico, dentro e fora de portas. “Deve-nos orgulhar termos empresas que inovam, que exportam e que ajudam à sustentabilidade não só do sistema de saúde e do país. Do país, porque exportam e do sistema de saúde, porque produzem genéricos. É fundamental que continuemos a contribuir para pôr fim aos mitos que ainda persistem, surpreendentemente, em torno dos genéricos e biossimilares. Precisamos dos efeitos dos genéricos e biossimilares para continuar a libertar recursos para pagar a inovação que faz a diferença na oncologia ou nas doenças raras. Porque se algum dia o sistema nacional de saúde deixar de ser sustentável, o acesso a estas terapêuticas que fazem a diferença deixa de estar assegurado”, apelou o Bastonário.

 
 
Procedimento proporciona regresso à vida ativa mais célere e confortável
A Up Clinic lançou um novo protocolo de Recuperação Rápida de Mamoplastia de Aumento, uma cirurgia que tem como objetivo...

A Mamoplastia de aumento consiste numa pequena incisão através do qual é introduzido um implante flexível que impulsionará a glândula mamária, aumentando o seu volume. O implante é completamente impercetível e localizar-se-á atrás do músculo peitoral ou da glândula e, desta forma, não interfere com uma futura gravidez e amamentação.

Na UP Clinic, e através de uma metodologia que foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos, desde 2008 com o desenvolvimento da técnica Soft touch - técnica cirúrgica de descolamento dos tecidos, que permitia libertar as aderências musculares, levando a um incomodo mais suave; a cirurgia vai mais além do que intervenção cirúrgica, sendo que os pacientes devem realizarão também procedimentos vários, nomeadamente fisioterapia pré-operatória, drenagem linfática e oxigenoterapia através da câmara hiperbárica – um tratamento onde o corpo é sujeito a uma concentração de 100% oxigénio – para obterem um pré e pós-operatório mais confortáveis, com resultados igualmente eficazes.

Tiago Baptista Fernandes, cirurgião plástico e diretor clínico da Up Clinic, sublinha «O protocolo Hiper Recuperação permite oferecer aos pacientes um retorno à vida ativa mais rápida e menor desconforto a quem se submeteu a uma Mamoplastia de Aumento».

Assim, e tendo em mente a comodidade do paciente, a UP Clinic lançou o protocolo de Hiper Recuperação, cujo objetivo é o bem-estar e o retorno célere do paciente à vida ativa, garantindo cuidados especializados com acesso a tecnologias de saúde inovadoras.

 
Prevenção da morte súbita e no tratamento de arritmias malignas
O Serviço de Cardiologia do Centro Universitário Hospitalar Cova da Beira (CHUCB) iniciou a implantação de cardioversores...

Após o sucesso da inauguração da Unidade de Pacing e Arritmologia, em maio de 2016, que permitiu realizar até ao momento cerca de 980 procedimentos, nesta área, o CHUCB tem consolidado a sua experiência no implante e acompanhamento de dispositivos cardíacos, situação que lhe permitiu agora a progressão para a implementação desta nova técnica fundamental.

O cardioversor desfibrilhador implantável (CDI), semelhante a um pacemaker, mas com funcionalidades adicionais e indicações específicas, desempenha um papel crucial na prevenção da morte súbita, pois monitoriza continuamente o coração, fazendo o diagnóstico e permitindo o tratamento imediato de arritmias potencialmente fatais. Este dispositivo utiliza algoritmos específicos para tratar essas arritmias, e, se necessário for, aplica um choque elétrico no interior do coração.

Os candidatos a receber o CDI são doentes com risco cardiovascular elevado, abrangendo diversas patologias cardíacas, incluindo doença coronária, doenças do músculo cardíaco e doenças arrítmicas primárias.

Neste âmbito, os benefícios para os doentes da Beira Interior são inúmeros, para além do conforto e segurança, óbvios, pois estes doentes passam a realizar o implante no hospital da sua área de residência, tendo acesso a consultas de follow-up presenciais e por telemonitorização, sem os constrangimentos pessoais associados, e os custos relacionados com deslocações para outras unidades de saúde, nomeadamente: Coimbra, Lisboa ou Viseu.

Para a implantação destes dispositivos no CHUCB, o Serviço de Cardiologia conta com uma equipa multidisciplinar, composta por um médico cardiologista, enfermeiros, técnicos de cardiopneumologia e técnicos de radiologia. Após o implante, o acompanhamento é feito pela Unidade de Pacing e Arritmologia do hospital, em colaboração com o médico cardiologista assistente do utente.

Refere Bruno Rodrigues, coordenador da Unidade e responsável pela introdução da técnica, que “este investimento potencia a diferenciação atual do Serviço de Cardiologia do CHUCB”, considerando que tudo evoluiu de forma equilibrada e que “nada seria possível sem o apoio de todas as pessoas envolvidas desde maio de 2016, altura em que foi implantado o primeiro pacemaker no CHUCB”.

O especialista destaca ainda o “relevante papel do Diretor do Serviço de Cardiologia, Dr. António Peixeiro, que sempre motivou a evolução de todas as técnicas no serviço, permitindo o crescimento sustentado do mesmo”, bem como “a colaboração dos técnicos da indústria de dispositivos médicos, que contribuíram para este desenvolvimento e, ainda, os colegas de outras Unidades de Pacing e de Arritmologia, que sempre ajudaram no implantes e seguimento dos nossos doentes, e com os quais contaremos sempre, para nos apoiarem nesta evolução gradual”.

 
 
Saúde Mental
A depressão infantil e na adolescência tem vindo a ganhar maior expressão a nível mundial desde 2020

Na infância a depressão não apresenta predomínio de género, todavia, na adolescência as raparigas apresentam duas vezes mais propensão para desenvolver esta patologia do que os rapazes. 

A depressão é uma patologia do foro psiquiátrico que provoca um sentimento persistente de tristeza e falta de interesse, e que se prolonga no tempo, afetando significativamente as atividades da vida diária dos sujeitos. No concerne a etiologia da depressão na infância e adolescência, esta é multifatorial com forte influência de fatores biológicos, genéticos, psicológicos e sociais. Vários estudos apontam que a componente genética assume especial relevo, aumentando o risco de depressão na infância e adolescência em pelo menos três vezes. 

A depressão sempre foi vista como uma patologia especifica da idade adulta. Só a partir da década de 60/70 é que foi relacionada à infância e adolescência, uma vez que até esta altura a sintomatologia era na sua grande maioria associada a outras patologias. 

A adolescência é uma etapa que acarreta várias mudanças e transformações no Eu interior e exterior, mudanças essas que podem gerar grande sofrimento dado que representam a rutura com a imagem e identidade da infância, bem como com os pais idealizados. 

As transformações que decorrem nesta fase, fazem com que o jovem perca as suas referencias e, consequentemente perca a representação de si mesmo, uma vez que a sua nova identidade se encontra em construção. 

A sintomatologia depressiva varia de acordo com a idade. Tendo em conta as especificidades da infância e adolescência são descritos como sintomas: irritabilidade e instabilidade; birras; agressividade; humor deprimido; alterações do padrão de sono; isolamento; baixa autoestima; ideação e comportamento suicida; baixo rendimento escolar; dores abdominais; perda de energia. Apesar de um grande número de sintomas possíveis, podemos dizer que os sintomas psicossomáticos, tais como cefaleias e lipotimias, prevalecem. 

O tratamento é um desafio, uma vez que carece de uma abordagem multidisciplinar envolvendo diferentes profissionais de saúde, médico, psicólogo, enfermeiro, entre outros. A abordagem ao tratamento ainda é predominantemente de cariz farmacológico, com recurso sistemático a psicofármacos, ficando para segunda linha a intervenção psicológica e a psicoterapia, muito pela escassez de profissionais de saúde mental, sobretudo nos cuidados de saúde primários, onde por exemplo os psicólogos são praticamente “inexistentes”. 

Em suma, a depressão na infância e adolescência assume-se como um problema real de saúde pública com tendência a aumentar a sua prevalência, gerando um impacto cada vez maior na sociedade. Para mitigar este impacto urge que se aposte nos cuidados de saúde primários, através da promoção da saúde mental e do diagnóstico precoce, com recurso ao apoio psicológico e psicoterapêutico como abordagem de primeira linha. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Karion Therapeutics nasceu na Faculdade de Medicina da Universidade do Minho
Medicamento com perfil anticancerígeno altamente eficaz e seguro deverá concluir ensaios pré-clínicos em doentes de cancro...

Em 2020, surgiram em todo o mundo 19,3 milhões de novos casos de cancro e 10 milhões de pessoas acabaram por morrer. A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2040, o número de novos casos cresça 50% e a taxa de mortalidade 63%. As terapêuticas atuais são cada vez mais eficazes, mas, em alguns cancros, sobretudo os mais agressivos, as recidivas e a mortalidade continuam elevadas. A Karion Therapeutics, fundada por quatro empreendedoras da Universidade do Minho, descobriu uma  molécula promissora para tratar o cancro agressivo. Numa primeira fase, os cancros renal e da mama são o seu foco. Os primeiros estudos demonstram a eficácia da nova droga que permite uma grande seletividade de células a tratar, diminuindo os efeitos colaterais, limita o crescimento dos tumores (levando a uma redução das doses quimioterapia) e ativa os supressores do cancro.

A empresa foi fundada em 2022 para concluir os ensaios pré-clínicos em humanos, o que deverá acontecer daqui a três anos, e foi a vencedora do Born from Knowledge - BfK Award, atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito dos Altice International Innovation Awards (AIIA), entregues ontem, em Lisboa. Além da árvore do conhecimento, obra de arte do escultor Leonel Moura impressa em 3D e  símbolo da valorização do conhecimento científico e tecnológico nacional, a ANI atribuiu à Karion Therapeutics um prémio monetário de 2 500 euros.

Apesar do seu potencial clínico em 12 tipos de cancro – Carcinoma de Células Renais, Cancro da Mama Triplo Negativo, Leucemia Mieloide Aguda, Glioblastoma, Cancro do Pulmão, Cancro da Bexiga, Cancro da Próstata, Carcinoma de Células Escamosas do Esófago, Osteossarcoma, Linfoma, Meduloblastoma e Cancro Colorretal –, a Karion Therapeutics selecionou o Carcinoma de Células Renais e o Cancro da Mama Triplo Negativo para iniciar os estudos. Porquê? Devido às elevadas taxas de mortalidade e a altas necessidades clínicas não satisfeitas nas abordagens terapêuticas atuais a estas doenças.

No caso do Carcinoma de Células Renais, apesar das terapias de ponta já existentes, as taxas de mortalidade em doentes em estádio III é de 29% e de 86% em estádio IV (sobrevivência média de um ano). Além disso, a taxa de recidiva, mesmo após cirurgia, afeta 30% dos doentes.

Já no caso do Cancro da Mama Triplo Negativo, as taxas de mortalidade em doentes em estádio III é de 35% e de 88% em estádio IV (sobrevivência média de um ano a ano e meio). A quimioterapia continua a ser a principal opção de tratamento, mas até 50% dos doentes são resistentes à mesma. Além disso, 40% daqueles que se encontram nos estádios I a III recaem, bem como 50% dos que desenvolveram a doença até aos estádios III e IV. Isto, para não falar da elevada toxicidade a que estes pacientes são sujeitos.

Estudos pré-clínicos confirmam que o KT408 é seguro e eficaz

Os primeiros estudos da molécula KT408 trazem uma nova esperança. Com a aplicação de uma dose única de 120 nanoMolar, passados quatro dias verificou-se a redução de 22% do Carcinoma de Células Renais e a inibição da proliferação de células cancerígenas. Também os resultados no tratamento do Cancro da Mama Triplo Negativo são promissores: a aplicação de uma dose única de 100 nanoMolar, reduziu o tumor em 40% e a circulação sanguínea em 30% nos mesmos quatro dias. 

A equipa da Karion Therapeutics é formada por Marta Costa (CEO), Fátima Baltazar e Fernanda Proença, investigadoras nas áreas da Medicina, Oncologia, Química e Biologia, e Teresa Dias Coelho, profissional com experiência internacional na área dos negócios.

Desde 2017, a ANI já premiou cerca de 50 projetos e start-ups, nascidos da investigação académica, em concursos e prémios de inovação nacionais promovidos por entidades como Altice, Crédito Agrícola, BPI, Glintt,  PortugalFoods e Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) através do programa Born from Knowledge (BfK). Muitos deles são já símbolos da inovação nacional em Portugal e internacionalmente.

António Grilo, presidente da ANI, salienta “o elevado grau de inovação da descoberta da Karion Therapeutics e a esperança que promete a milhões de doentes com cancro ou que irão desenvolver a doença nos próximos anos.” E acrescenta: “é precisamente essa a missão dos BfK Awards: premiar e disseminar a inovação nascida na Academia que tenham um potencial de provocar mudanças com impacte positivo no bem-estar das pessoas e na valorização da economia.”

Prémio distingue distingue pessoas ou organizações que se evidenciam no combate à crise climática
O período de nomeações para o Prémio Gulbenkian para a Humanidade 2024 está aberto e prolonga-se até dia 2 de fevereiro de 2024...

Desde a sua criação, em 2020, o Prémio Gulbenkian para a Humanidade já distribuiu quatro milhões de euros por pessoas singulares ou organizações com diferentes abordagens no combate às alterações climáticas, desde a mobilização juvenil à construção de parcerias, passando pelo desenvolvimento de soluções locais, pela investigação científica e pela liderança no domínio do restauro de ecossistemas.

Para a presidente do Júri, Angela Merkel, “O Prémio Gulbenkian para a Humanidade presta homenagem a pessoas e organizações que se distinguem pela sua ação exemplar no combate às alterações climáticas. Lembra-nos que as pessoas devem estar sempre no centro de qualquer esforço para combater os seus efeitos. O valor do Prémio permite a promoção e o desenvolvimento de ideias e soluções inovadoras neste domínio”.

O prémio tem apoiado soluções escaláveis, com impacto concreto nas comunidades e no cumprimento das metas climáticas a nível nacional e global. O valor do prémio tem sido investido no fortalecimento de comunidades expostas aos efeitos das alterações climáticas, ajudando-as a adaptarem-se e a tornarem-se resilientes.

Runa Khan, membro do júri e fundadora da ONG Friendship, considera que “O Prémio Gulbenkian para a Humanidade celebra o espírito indomável daqueles que lutam por um mundo melhor. Honra os visionários cuja compaixão, inovação e dedicação nos inspiram a todos a construir um futuro mais radioso. Ao distinguir estes contributos excecionais para a humanidade, reconhecemos o poder transformador da empatia e da ação.”

Foram galardoados com o Prémio Gulbenkian para a Humanidade a ativista sueca Greta Thunberg, em 2020; a Global Covenant of Mayors for Climate & Energy – GCoM, em 2021; o IPBES (Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services) e o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), ex-aequo, em 2022. O prémio de 2023 foi distribuído por três figuras pioneiras no restauro de ecossistemas no Sul Global: Bandi “Apai Janggut”, líder comunitário (Indonésia), Cécile Bibiane Ndjebet, ativista e agrónoma (Camarões), e Lélia Wanick Salgado, ambientalista, designer e cenógrafa (Brasil). 

“Sabemos que muitas das soluções para um futuro mais justo e sustentável já existem. Nesta edição do prémio, esperamos encontrar aplicações, oriundas de todo o globo, que reflitam o talento e a paixão de pessoas que trabalham em soluções climáticas, para benefício do nosso planeta e das nossas comunidades”, refere ainda Martin Essayan, membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

Qualquer pessoa, organização ou grupo de pessoas que trabalhe em soluções climáticas inovadoras é elegível para este prémio. As nomeações estão abertas até dia 2 de fevereiro, às 17:00 GMT e devem ser entregues por uma entidade terceira.

O vencedor será selecionado por um júri independente de peritos com experiência nas ciências da terra, ação climática, justiça ambiental e climática.

 

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