Médico explica

Cancro: como lidar com a queda de cabelo e recuperar a saúde capilar

Atualizado: 
05/02/2024 - 09:10
No âmbito do Dia Mundial do Cancro, data assinalada a 4 de fevereiro, Carlos Portinha, diretor clínico da Insparya, dá a conhecer algumas das formas para lidar com a alopécia, um dos impactos mais marcantes associados aos tratamentos de cancro, os quais acabam por se refletir na saúde capilar.

A nível estético, são vários os efeitos dos tratamentos de quimioterapia que se refletem não só em todo o sistema imunológico como também em aspetos como a pele, unhas e o cabelo que pode cair praticamente de um dia para o outro. O cabelo é, sem dúvida, um dos aspetos que maior impacto provoca, não só físico, mas também, emocional nos pacientes de cancro.

No caso dos homens, esta situação é socialmente mais aceite, mas para as mulheres esta é uma realidade que poderá ser mais difícil encarar devido aos padrões de beleza impostos pela sociedade. O cabelo constitui uma parte significativa da sua imagem e perdê-lo constitui uma preocupação acrescida, na medida em que, muitas vezes, a mulher acaba por se sentir privada da sua feminilidade, expondo à sociedade a sua luta contra a doença. A questão da alopécia, associada à doença, acaba por ter um elevado impacto psicológico, pelo que muitas mulheres, perante a sociedade, optam por ocultar esta realidade, encobrindo a cabeça nua debaixo de lenços ou perucas.

A alopécia associada a tratamentos de cancro é algo quase incontornável, pelo que, no decorrer dos tratamentos de quimioterapia, não devem ser utilizados cuidados anti queda. A frequência da queda de cabelo é variável e depende dos fármacos utilizados no tratamento. Será necessário aguardar um período de dois a três meses após os tratamentos de quimioterapia para iniciar todo o ritual de cuidados e recuperação da saúde capilar.

No entanto, existem algumas medidas que o doente pode adotar para minimizar o impacto da alopécia, sobretudo, no couro cabeludo:

  • Após começar o primeiro tratamento, deve cortar o cabelo de modo que, quando este começar a cair, não arraste a raiz na queda.
  • A utilização de champôs deve ter em consideração a sensibilidade do couro cabeludo, pelo que os mesmos devem ser suaves. Neste caso, a Insparya sugere soluções como o DERMOCALM, um champô com propriedades anti-inflamatórias e de reestruturação graças ao óleo de mirtilo, algas marinhas e bisabolol, componente essencial do óleo essencial de camomila. Tem uma importante ação descongestionante e calmante do couro cabeludo.
  • Outro aspeto importante é evitar tudo que possa agredir o couro cabeludo como sejam permanentes, colorações e secagem do cabelo com secador.

Após a conclusão dos ciclos de quimioterapia, o cabelo volta a crescer lentamente, podendo levar três a seis meses. Para recuperar e manter a saúde capilar há toda uma rotina diária que pode fazer a diferença. Como explica Carlos Portinha, Diretor médico do Grupo Insparya “a melhor fórmula para cuidar do cabelo é optar por estilos de vida saudáveis”:

  • Exercício físico. Qualquer atividade física é benéfica para lidar com momentos de ansiedade. Começar a fazer exercício, não só melhorará a saúde do seu cabelo, mas também o seu bem-estar físico e mental geral, libertando ansiedade, endorfinas e promovendo o sono. Além disso, o exercício leva a um aumento da transpiração, eliminando as toxinas e promovendo o crescimento normal do cabelo e a sua queda.
  • Alimentação saudável: Cuidar da sua alimentação é uma medida essencial para cuidar do cabelo e travar a possível queda. Manter uma dieta equilibrada é fundamental para a nossa saúde e um excelente indicador do estado do nosso cabelo: evite a cafeína, o álcool ou o excesso de gordura, e inclua na sua dieta alimentos ricos em ferro, zinco, magnésio, ácido fólico ou iodo. Não se esqueça também de beber água. A hidratação é fundamental e ajuda a fortalecer o cabelo.
  • Descanso: é algo crucial para um cabelo forte e saudável. Os especialistas recomendam que se adote uma rotina noturna baseada em horários regulares de sono, evite refeições pesadas antes de ir para a cama e estimulantes como café, chá ou álcool ao fim do dia.
  • Champôs adequados: Por outro lado, é fundamental escolher um bom champô adaptado às necessidades de cada tipo de cabelo e couro cabeludo, como a linha de soluções desenvolvida pela Insparya, que resulta de uma investigação biomédica, específica para diferentes patologias. "Uma boa higiene, como lavar o cabelo quando o sentimos sujo, é importante para evitar a acumulação de gorduras ou caspa, algo que poderia aumentar a queda de cabelo", acrescenta Carlos Portinha.
  • Nutrição capilar:  Existem tratamentos capilares que ajudam a nutrir e a fortalecer o cabelo, podendo ser personalizados para cada caso como explica o especialista: "Na Insparya contamos com tratamentos como o MesoHair+ Insparya, uma técnica rápida e fácil de aplicar que bioestimula e nutre o cabelo. Assim como, o Insparya Active Plasma que regenera os tecidos, atrasando a deterioração das unidades foliculares causadas pelo envelhecimento. Estes dois tratamentos também podem ser combinados com bons cuidados capilares em casa, através da utilização do kit MesoHair+ Home Insparya ou do Capacete de Fotobiomodulação como tratamento de uso frequente".

Em situações em que, apesar da recuperação total face à doença, a alopécia continua a ser um problema, o transplante capilar poderá ser a melhor solução. Nestes casos é sempre recomendável recorrer a profissionais especializados para alcançar os resultados mais precisos e naturais, assim como o melhor acompanhamento ao longo e após o processo.

Fonte: 
Grupo Insparya
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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