Estudo
Cientistas detetaram um novo peptídeo ativo, um tipo de molécula formada pela união de vários aminoácidos, com implicações na...

A molécula em causa, o peptídeo amiloide-(eta), passou despercebida, durante anos, aos investigadores, que creem, agora, que desempenha um papel relevante na inibição dos neurónios no hipocampo cerebral.

A partir de estudos com ratos e testes com doentes de Alzheimer, a equipa de cientistas concluiu que o novo peptídeo pode diminuir a capacidade do cérebro para reter informação.

A doença de Alzheimer, patologia neurodegenerativa, está ligada ao aparecimento de placas amiloides no cérebro, mas os estudos têm-se centrado no peptídeo beta-amiloide, o principal componente dessas placas.

Segundo o estudo publicado na Nature, a acumulação do novo peptídeo, o amiloide-(eta), sintetizado a partir da proteína precursora de amiloide, também altera as funções neuronais.

A equipa de investigadores liderada por Michael Willem, da Universidade Ludwig-Maximilian, na Alemanha, sugere que o amiloide-(eta), que o cérebro produz por si mesmo, está associado ao aparecimento de agregados neurotóxicos no hipocampo, uma irregularidade que se estende mais tarde a todo o cérebro.

O funcionamento dos peptídeos amiloide-(eta) e beta-amiloide é distinto: enquanto o primeiro torna mais difícil a estimulação dos neurónios, o segundo torna-os hiperativos.

Infarmed
A Agência Alemã do Medicamento emitiu um alerta internacional relativo ao medicamento Meropenem Hospira, pó para solução...

A empresa Hospira Portugal, Lda., titular da autorização de introdução no mercado (AIM) em Portugal, irá proceder à recolha dos seguintes lotes de medicamentos:

  • Meropenem Hospira, pó para solução injetável ou para perfusão, 1000 mg

1 - Lote nº 601E182Z, com validade de Out./16

2 - Lote nº 601E191Z, com validade de Nov./16

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização destes lotes.

Atendendo a que este medicamento é de uso exclusivo hospitalar, as entidades que dele disponham não o devem vender ou administrar, mas sim, proceder à sua devolução.

Erros refrativos, ambliopia e estrabismo
Uma grande percentagem de crianças em idade escolar têm défices da função visual que podem interferir com as capacidades de...

Numa altura em que o início do novo ano escolar se aproxima, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância da deteção precoce dos problemas visuais das crianças. O método ideal é através de rastreios. O primeiro rastreio deve ocorrer antes dos 3-4 anos. Nesta primeira observação o oftalmologista poderá detetar problemas de visão que passam despercebidos aos pais.

Pedro Menéres, membro da Direção da SPO, afirma que “sendo os erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo) os problemas oculares mais frequentes nesta faixa etária, a ambliopia e o estrabismo acabam por ser os mais graves. Estima-se que cerca de uma em cada cinco crianças em idade escolar tenham défices de função visual provocado por uma destas patologias (ou outras menos frequentes) e nem todas recebem a ajuda que merecem”.

“Muitas crianças não se queixam de qualquer dificuldade. Se um olho vê bem e o outro é amblíope e mesmo quase não vê, tudo pode passar despercebido até à realização de uma avaliação da visão e da graduação que deve sempre ser realizada pelo Oftalmologista. Uma criança apenas com um olho bom pode não dar qualquer sinal de alerta”, refere o especialista.

Os educadores, pais e outros familiares devem estar atentos. “Quando existe má visão dos dois olhos o problema nota-se mais: o aproximar-se em demasia e constantemente pode ser o único sinal e não deve ser desvalorizado”, afirma Pedro Menéres. “Fechar ou tapar um dos olhos e os erros na escrita são sinais de alerta. A vontade de esfregar os olhos ou as dores de cabeça, os olhos vermelhos ou lacrimejantes, estrabismo ou fotofobia (dificuldade em suportar a luz) são sintomas que não podem ser ignorados e devem levar os pais a procurar um oftalmologista, em qualquer idade”.

Do ponto de vista médico o ideal é rastrear cedo. Assim, o especialista recomenda como “fundamental realizar uma primeira observação oftalmológica entre os 3 e os 4 anos. Neste idade a criança colabora numa avaliação com qualidade e conseguimos recuperar a maioria dos olhos amblíopes” (também conhecidos por olhos preguiçosos). Pedro Menéres refere que o ideal seria a existência de um programa nacional de rastreio dos fatores que levam à ambliopia a todas as crianças a partir do ano de idade.

Catarina Paiva coordenadora do Grupo Português de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, afirma que “é na infância que se podem e devem prevenir os problemas da visão, de forma a não se revelarem limitadores da função visual na idade adulta. As doenças oftalmológicas podem ser tratadas nas crianças evitando incapacidades e faltas de rendimento associadas à ambliopia. A ambliopia não pode ser tratada mais tarde. A partir dos 7-8 anos de idade não é recuperável”.

A presidente da SPO, Maria João Quadrado, recomenda que se realizem rastreios visuais o mais cedo possível dando a máxima atenção aos mais novos, conforme merecem. Estes rastreios devem realizar-se aos 3 anos de idade e antes do início do ano escolar.

Governo
O ministro da Saúde, Paulo Macedo disse em Coimbra que o Governo está a verificar se há condições, em termos de qualidade, de...

O fornecimento da vacina contra a tuberculose (BCG) está indisponível nos hospitais e centros de saúde desde maio, sendo que o Governo está a avaliar "as condições, em termos de qualidade", de um segundo fornecedor, este asiático, depois de se ter verificado um problema de produção da vacina no único laboratório que fabrica para a Europa, referiu Paulo Macedo.

Segundo o ministro da Saúde, a situação está "dependente do fornecedor".

A única vacina BCG que está autorizada em Portugal, e na maioria dos países europeus, é produzida por um laboratório público da Dinamarca, mas, nos últimos anos, o fornecimento da vacina tem sofrido interrupções de duração variável.

"Não há qualquer dado" nem as crianças estão a ser "prejudicadas por não serem vacinadas neste período de tempo", garantiu Paulo Macedo, que falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

No Hospital Pediátrico, o ministro assistiu à inauguração da "smart classroom" (sala de aula inteligente).

A sala, que resulta de uma parceria entre a Samsung e o CHUC, vai permitir dar resposta à garantia de continuidade do processo de ensino das crianças em idade escolar que estão internadas no Pediátrico de Coimbra.

O espaço, equipado com tablets e um ecrã, permite aproximar o doente do ensino, através da participação remota nas atividades escolares, com recurso a tecnologias de informação.

O protocolo, que tem um valor de cerca de 18 mil euros, vai disponibilizar 30 tablets, com os alunos a poderem assistir a aulas via skype, disse Ana Catarina Violante, uma das quatro professoras do Pediátrico.

A funcionar no início do ano letivo 2015/2016, a sala inteligente permite assistir a aulas "em tempo real", numa medida que deve abranger cerca de 150 alunos que passam pela área de ensino do Pediátrico, sublinhou.

Esta é uma das cinco salas que a Samsung pretende instalar no país.

Até ao momento, já foram inauguradas as salas inteligentes no Hospital de São João, no Porto, e no CHUC, em Coimbra, estando previstas a abertura de duas salas em Lisboa e uma em Faro.

37,6 milhões de euros
O presidente do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, Manuel António da Silva, afirmou que esta instituição quer...

O projeto de 37,6 milhões de euros, em que é assegurado o autofinanciamento de 65%, permite a substituição de dois aceleradores lineares, equipamento de imagiologia e medicina nuclear e remodelação das áreas cirúrgicas.

O investimento prevê ainda a ampliação do edifício de oncologia e aquisição de uma unidade de tratamento designada por Tomoterapia, que "será a primeira do tipo a ser instalada em Portugal", sublinhou Manuel António da Silva, que falava durante a assinatura de um protocolo com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Presente na cerimónia, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, frisou que o Governo decidiu fazer um aumento de capital do Instituto Português de Oncologia (IPO) com o objetivo de apoiar este investimento.

"Estamos a falar de futuro, de investimento e inovação, de novos acordos e sinergias" e novas formas de "colaboração", que beneficiam "sobretudo os doentes", referiu o ministro, que aproveitou a ocasião para entregar ao IPO de Coimbra a medalha de ouro do Ministério da Saúde.

Apesar do investimento, o IPO de Coimbra sente uma carência de recursos humanos.

Durante a cerimónia, Manuel António da Silva alertou para a falta de efetivos no quadro de pessoal, considerando que a escassez de recursos tem causado "fortes constrangimentos".

O IPO de Coimbra tinha 912 efetivos no quadro de pessoal em 2014, menos 100 do que o previsto pelo quadro de pessoal aprovado em agosto desse mesmo ano (1.012 lugares), o que faz com que o atual número de efetivos esteja aquém do necessário, sublinhou.

Na carreira médica, "das 21 necessidades identificadas, foram atribuídas apenas seis vagas ao IPO de Coimbra", sendo que a carência é especialmente sentida nas "especialidades de anestesiologista, cardiologia, cirurgia plástica e reconstrutiva, ginecologia e pneumologia", apontou.

Segundo Manuel António da Silva, há também necessidades de contratação de técnicos de diagnóstico e terapêutica, enfermeiros e assistentes operacionais.

A escassez de recursos tem "potenciais consequências na prestação de cuidados e no aumento de tempo médio de lista de espera cirúrgica", salientou.

Doença do sangue
A anemia é uma doença do sangue caracterizada por uma diminuição da quantidade total do número de gl
Colheita de sangue para análise da anemia

A palavra "anemia" deriva do grego e significa "privação de sangue". É caracterizada por uma diminuição da quantidade total do número de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina do sangue (concentração de hemoglobina inferior a 0,13g/ml no homem e a 0,12g/ml na mulher).Por sua vez, a hemoglobina é constituída por um pigmento vermelho chamado heme, que dá a cor vermelha característica do sangue. É um pigmento especial predominante no sangue, cuja função é transportar o oxigénio. Transporta o oxigénio dos pulmões até os tecidos do corpo. Depois, inverte sua função e recolhe o dióxido de carbono, transportando-o até os pulmões para ser expirado.

Assim, há anemia quando há diminuição do número ou produção de glóbulos vermelhos ou do seu conteúdo (hemoglobina). Pode também ocorrer quando há destruição exagerada dos mesmos.

Diagnóstico da anemia

O hemograma é o principal exame para o estudo da anemia, aonde se observa diminuição na taxa de hemoglobina. A dosagem de ferro no sangue e a pesquisa de sangue oculto nas fezes também fazem parte do estudo da anemia. Algumas vezes há necessidade de se examinar a medula óssea, local formador das células componentes do sangue. Este exame permite também estudar e identificar inúmeras doenças, desde aquelas próprias do sangue (como a anemia e a leucemia, por exemplo) até infecções e doenças alérgicas.

Causas da anemia

A anemia pode dever-se à deficiente produção de glóbulos vermelhos, sendo que a mais frequente se deve à falta de ferro, denominada anemia ferropénica, e à destruição exagerada dos glóbulos vermelhos, que surgem com formas anormais, sendo a sua causa de ordem genética (como a talassémia e a anemia de células falciformes). No entanto, a anemia pode ter diversas causas que variam desde uma alteração genética até a má alimentação.

Sintomas da anemia

Os sintomas de anemia estão sempre relacionados com o fornecimento inadequado de oxigénio às células de todo o corpo e variam conforme a causa da anemia. Contudo, podem ocorrer sintomas como cansaço, fraqueza generalizada, sono, incapacidade de praticar exercícios, tonturas, sensação de desmaio, palidez cutânea e das mucosas, dificuldade em concentração, lapsos de memória, dor de cabeça, unhas fracas e quebradiças, pele seca, dor nas pernas, inchaço nos tornozelos, queda de cabelo e falta de apetite.

Tratamento da anemia

O tratamento da anemia depende da sua causa, mas ele pode incluir a toma de medicamentos, suplementos alimentares e o aumento do consumo de alimentos ricos em ferro e de alimentos ricos em vitamina C para potencializar a absorção do ferro presente nestes alimentos.
No entanto, é correcto que o tratamento se baseie num diagnóstico que especifique a sua causa exacta. Em certas situações deve ser feita a reposição de ferro ou ácido fólico, em outras de vitamina B12. Há situações em que existe a necessidade de transfusão de sangue.

Tipos de anemia

Anemia falciforme

Este tipo de anemia é genética e causa a destruição das células vermelhas do sangue e gera sintomas como icterícia, inchaço nas mãos e nos pés, dor em todo o corpo e deve ser tratada com uma boa alimentação, transfusão de sangue e por vezes, penicilina.

Anemia ferropriva

Este tipo de anemia é causada pelo baixo consumo de alimentos ricos em ferro ou hemorragias, e é identificada num simples hemograma, o seu tratamento consiste na boa alimentação e na suplementação de ferro.

Anemia Perniciosa

A anemia perniciosa é causada pela deficiência de vitamina B12 no organismo e gera além dos sintomas típicos da anemia, neuropatia e diminuição da concentração de ácido gástrico no estômago, podendo resultar em graves danos neurológicos, se não houver o tratamento adequado.

Anemia aplástica

É uma doença auto-imune onde a medula óssea diminui a produção de células sanguíneas. O seu tratamento surge através de um transplante de medula óssea e transfusão de sangue. Quando não é devidamente tratada pode levar à morte em menos de 1 ano.

Anemia hemolítica

Este tipo de anemia produz anticorpos que destrói as células sanguíneas e é mais comum em mulheres do que nos homens, gerando sintomas como palidez, tonturas, marcas roxas na pele, pele e olhos secos, entre outros. Felizmente tem cura e esta pode ser alcançada através de terapêutica medicamentosa. Por vezes é necessária a remoção do baço.

Anemia de fanconi

De origem genética, caracteriza-se por apresentar sintomas como anomalias nos dedos e na face. Pode ser diagnosticada por volta dos seis anos de idade ao observar os sinais clínicos da doença. O seu tratamento é feito através de umtransplante de medula óssea e com medicamentos imunossupressores.

Artigos relacionados

Doença do sangue que provoca anemia grave

Anemia, fadiga e cansaço: os sinais “insuspeitos” da Doença de Gaucher

Linfoma, Leucemia e Mieloma múltiplo

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba mais sobre:
O estigma associado à incontinência urinária muitas vezes impede o homem de procurar assistência méd
Homem com incontinência urinária

A incidência da incontinência urinária entre homens de 50 anos comparada com mulheres da mesma idade é menor, no entanto, estima-se que mais de 190.000 homens são afectados por problemas urinários em Portugal. A incidência masculina aumenta com a idade, mas não aumenta apenas em função da idade, estando directamente relacionada com outras enfermidades como inchaço da próstata, cancro da próstata e condições neurológicas como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer. Em menor extensão, a incidência da diabetes e de peso em excesso, assim como outros factores de risco, aumentam a incidência da incontinência urinária no homem.

 

Diagnóstico da incontinência urinária

A fim de determinar qual o tipo de incontinência e o respectivo tratamento, o especialista elabora um historial detalhado do doente e/ou exame físico tomando nota de quaisquer cirurgias anteriores, e de outras enfermidades ou medicações. A qualidade de vida é também avaliada para determinar o impacto da incontinência no indivíduo e ao mesmo tempo avaliar a mobilidade e o acesso ao WC.

Ou seja, o estudo da incontinência urinária masculina deve ser criterioso e completo e para isso pode incluir:

História clínica:
São inquiridos aspectos como o início dos sintomas, a duração dos mesmos, os factores que possam ter contribuído ou causado o problema (cirurgias, medicamentos, outras doenças, etc.), a frequência e quantidade das perdas, os factores associados às mesmas, etc.

Diário miccional:
Consiste no registo, por parte do doente, das horas a que urina voluntariamente e das perdas e respectiva quantidade, bem como de eventuais sintomas associados. O diário miccional permite não só objectivar a "vida" miccional do doente, mas também permite ao doente materializar e compreender melhor as suas queixas, bem como auto-avaliar as melhorias com a terapêutica instituída, melhorando a sua auto-confiança e qualidade de vida.

Exame físico:
Para além do exame objectivo geral é realizado o toque rectal em todos os doentes, que permite avaliar o tamanho aproximado da próstata, bem como a sua textura, superfície, consistência, regularidade, limites, presença de nódulos, dor à palpação e tónus esfincteriano anal. Para além disso, é também feito o exame da região genital e a palpação abdominal.

Pad test:
Este teste consiste em fazer esforços standardizados, ou seja, tosse ou esforço abdominal (manobra de Valsalva) com protecção com um penso e posterior pesagem do penso para determinar a quantidade de urina perdida. É um método fácil de quantificar as perdas.

Urofluxometria:
A urofluxometria consiste numa micção para um funil acoplado a um aparelho que mede o volume de urina por unidade de tempo. É um exame fácil, rápido e não invasivo, que permite quantificar o fluxo de urina. Os principais parâmetros avaliados são a conformação da curva de fluxo, o fluxo máximo, o fluxo médio e o tempo de duração da micção.

Ecografia vesical com medição do resíduo pós-miccional:
A ecografia vesical permite avaliar a espessura e contornos da parede vesical, para além de permitir também diagnosticar divertículos e cálculos vesicais.

Ecografia prostática transrectal:
A ecografia prostática transrectal é o melhor exame para a avaliação da próstata. Permite avaliar com precisão o volume, a sua conformação, os seus limites e contornos, bem como a presença de nódulos, quistos e calcificações. Permite também avaliar a presença de um eventual lobo médio, que é frequentemente um dos principais responsáveis por obstrução infravesical. A próstata também pode ser avaliada por ecografia supra-púbica, uma técnica em tudo semelhante à ecografia vesical. Esta permite caracterizar melhor a relação da próstata com o pavimento vesical, nomeadamente a morfologia de um lobo médio.

Uretrocistoscopia:
A uretrocistoscopia permite avaliar a aparência do esfíncter, a integridade da uretra, a presença de apertos da uretra, a próstata e a bexiga.

Apesar de geralmente bem tolerado, é um exame invasivo, com um risco de infecção urinária de cerca de 2,4 por cento.

Estudo urodinâmico:
O estudo urodinâmico é um estudo funcional do aparelho urinário baixo.

Tem particular importância na determinação da causa da incontinência urinária e na definição do tipo de terapêutica e expectativas a ter. É um exame demorado (cerca de 30 a 60 minutos) e invasivo, pois é necessária a introdução de uma sonda na bexiga e de uma sonda rectal, com um pequeno balão na sua extremidade.

Sintomas associados à incontinência urinária

A incontinência urinária no homem pode estar associada a um conjunto de sintomas, que são chamados de sintomas do aparelho urinário inferior, habitualmente referidos como LUTS (designação inglesa lower urinary tract symptoms). Estes são inespecíficos, podendo ser causados por múltiplas situações. Os sintomas do aparelho urinário inferior são classificados em sintomas de esvaziamento, também chamados sintomas obstrutivos, e sintomas de armazenamento, também chamados sintomas irritativos.

Os sintomas de esvaziamento (obstrutivos) são a hesitação, ou seja, o atraso no início da micção, particularmente ao acordar, o esforço miccional, a diminuição da força e do calibre do jacto miccional, o prolongamento ou intermitência da micção, a sensação de esvaziamento vesical incompleto, o gotejo terminal e a retenção urinária. A intensidade dos sintomas obstrutivos pode ir desde uma ligeira hesitação ao iniciar a micção matinal, à retenção urinária aguda, que deve ser resolvida com urgência, através de algaliação ou punção suprapúbica.

Os sintomas de enchimento (irritativos) são resultantes de alterações vesicais, quer anatómicas, quer funcionais. Eles são a urgência miccional, a urgeincontinência, a polaquiúria e a noctúria.

Aos 50 anos, cerca de 20 a 30 por cento dos homens têm LUTS, aumentando a sua incidência para os 30 a 55 por cento aos 80 anos.

Tipos de Incontinência Urinária Masculina

É muito importante perceber qual o tipo de incontinência que afecta cada doente. E que pode ser classificada em:

  • Dribbling terminal

O dribbling terminal é uma condição benigna. Geralmente, não é necessário mais estudo ou tratamento. Pode ser resolvido com uma contracção forte dos músculos pélvicos e com a compressão manual da uretra logo após a micção.

  • Incontinência urinária de esforço

No homem a incontinência urinária de esforço ocorre geralmente após uma cirurgia à próstata, embora não seja desconhecida noutras circunstâncias, e consiste na perda involuntária de urina durante uma actividade como tossir, correr, saltar, etc., diferindo de pessoa para pessoa. Alguns indivíduos apenas perderão uma pequena quantidade de urina esporadicamente, possivelmente durante um curto período de tempo, ao passo que outros poderão perder urina constantemente e por longos períodos de tempo. Muitos recuperam da incontinência por completo mediante um tratamento adequado.

  • Urgeincontinência - sintomas de bexiga hiperactiva

A incontinência de urgência é definida como perda involuntária de urina acompanhada de uma vontade forte de urinar. O maior factor de risco para a incontinência de urgência é o aumento de volume de um órgão (por ex. Hiperplasia Benigna da Próstata) e uma cirurgia anterior.

  • Incontinência urinária mista

É utilizado o termo incontinência mista quando existem sintomas de incontinência de urgência e incontinência de esforço.

  • Incontinência urinária por regurgitação

A incontinência urinária por regurgitação consiste numa perda de urina resultante do excesso de pressão da urina dentro da bexiga resultante de uma obstrução à sua saída, ou seja, a nível prostático ou uretral.

Tratamento da Incontinência Urinária Masculina

Os avanços da medicina na área que se ocupa do seu diagnóstico e tratamento permitem a cura da maior parte dos casos. São várias as opções e que o especialista adequará a cada caso.

Terapêutica Comportamental/alteração de estilo de vida

Consiste no ensino de hábitos quotidianos que visam melhorar a qualidade de vida e o controlo da sintomatologia, nomeadamente na micção em tempos determinados, na regulação da ingestão de líquidos durante o dia, no suster da micção quando uma sensação de urgência surge, na evicção de actividades ou esforços conhecidos como provocadores de perdas, entre outros.

Fisioterapia – Exercícios de Kegel

A fisioterapia pode ter bons resultados, ajudando na recuperação da continência. No entanto, se o especialista não considerar os resultados satisfatórios passadas 8 a 12 semanas, poderão considerar-se tratamentos interventivos.

Exercícios de Kegel

Estes são exercícios simples, realizados pelo doente sem necessidade de assistência. Consistem em contracções dos músculos do pavimento pélvico com a intenção de evitar uma eventual micção ou dejecção. Estas contracções devem ser fortes e mantidas durante o máximo de tempo possível, com uma breve pausa entre elas. Os exercícios podem ser repetidos em diferentes posições.

Reabilitação Perineal / Reeducação Pélvica

O treino da bexiga é uma forma altamente eficiente de tratar, por exemplo, a incontinência de urgência. A capacidade da bexiga é aumentada incrementalmente em pequenos passos controlados. A cooperação e auto motivação do doente são importantes para assegurar o máximo sucesso.

Bio-feedback e electroestimulação

Ajudam na execução de exercícios para os músculos do pavimento pélvico e idealmente devem ser recomendados por um fisioterapeuta ou por um profissional em incontinência. Foram realizados estudos para analisar o papel do biofeedback e da electro-estimulação na incontinência urinária pós-prostatectomia e em muitos casos revelaram-se benéficos.

Medicamentos

Em alguns casos, podem ser utilizados medicamentos semelhantes aos utilizados na incontinência urinária feminina, promovem a maior contracção dos músculos dos esfincteres urinários.

Cirurgia

De facto, na área cirúrgica ocorreram nos últimos anos grandes avanços: as cirurgias minimamente invasivas, já usadas em Portugal, podem ser feitas em regime de internamento hospitalar de um ou dois dias, ou em regime de ambulatório, isto é, sem necessidade de recorrer a internamento hospitalar, ou mesmo em regime de consultório com injecções periuretrais. De salientar, que estas cirurgias minimamente invasivas vieram revolucionar os procedimentos cirúrgicos, ao constituírem-se como técnicas mais simples, mais seguras e fiáveis, permitindo uma recuperação mais rápida e com excelentes resultados.

A decisão sobre qual o tipo de cirurgia a ser sujeito cabe ao médico especialista.

Artigos relacionados

Incontinência urinária no idoso

Incontinência urinária mista

Incontinência urinária de esforço

“Incontinência urinária é também um problema cultural”

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
A insuficiência renal é caracterizada pela perda parcial ou total da função renal, com uma origem mu

Nos casos em que não é possível travar a evolução da doença ou naqueles em que a lesão é muito significativa, a parte que continua em funcionamento ir-se-á degradando e o seu trabalho de limpeza será insuficiente.

Devido a esta insuficiência da função dos rins, acumulam-se no organismo substâncias que são normalmente eliminadas na urina.

A Insuficiência Renal Crónica Avançada é uma doença que põe em risco a vida do doente e requer tratamento para substituir algumas das funções que o rim já perdeu -Tratamento de Substituição da Função Renal (TSFR).

Estes tratamentos de substituição podem ser:

Domiciliários

  • Diálise Peritoneal Automática (DPA) e Diálise Peritoneal Contínua Ambulatória (DPCA)
  • Hemodiálise Domiciliária

Em hospitais ou centros especializados

  • Hemodiálise
  • Transplantação Renal: é a opção que proporciona um tratamento mais próximo do funcionamento dos rins saudáveis. Os transplantados podem ter uma vida relativamente normal, com poucas restrições alimentares.

Porquê a Diálise em Casa?

Alguns estudos demonstram que entre 35 e 55% dos doentes preferiam ser tratados em casa, caso tivessem opção de escolha1,2. Adicionalmente, cerca de 50% dos médicos nefrologistas pensa que a Diálise Domiciliária é a melhor opção de tratamento para a diálise a longo prazo3.

Do ponto de vista clínico a Diálise Peritoneal (DP) oferece algumas vantagens, das quais destacamos:

  • Globalmente, os doentes em DP apresentam uma sobrevida semelhante ou melhor face aos doentes em HD3-11 
  • Os doentes em DP têm menor taxa de infecções do que os doentes em HD e as infecções em doentes em DP causam menos hospitalizações e contribuem para um menor risco de vida12-17 
  • A DP é mais adequada aos objectivos dos doentes de longo prazo - resultados melhorados após transplantação e preservação do capital vascular19-21 
  • Os doentes em DP apresentam um grau de satisfação superior com a sua terapêutica e uma maior qualidade de vida 22-23. 

Neste sentido, a Diálise Peritoneal, poderia ser incrementada de 6% para valores mais próximos da realidade europeia. Tendo em conta a existência de duas opções de diálise, a Diálise Peritoneal e a Hemodiálise, e que do ponto de vista clínico, em média, cerca de 70% dos doentes com Insuficiência Renal Crónica são elegíveis para Diálise Peritoneal, poderia chegar-se a uma penetração de 35% de DP.24

Uma das principais razões para esta discrepância prende-se com a falta de informação sobre as várias opções de diálise entre os doentes, mas também entre os profissionais de saúde.

A Diálise Domiciliária (quer seja Diálise Peritoneal ou Hemodiálise Domiciliária) é sinónimo de mais liberdade e flexibilidade. Em casa, os doentes podem planear os tratamentos de acordo com as suas necessidades e horários, não sendo necessárias deslocações periódicas a instituições de cuidados de saúde. Os doentes em Diálise Peritoneal realizam entre uma a duas visitas por mês, em média à unidade de saúde. Adicionalmente, os doentes em DP têm menores problemas relacionados com infecções que os obriguem a deslocar-se ao centro, sendo esta uma das razões mais comuns de internamento de doentes em diálise no hospital.

Em suma, de uma forma geral, as pessoas em diálise domiciliária podem ter um estilo de vida muito mais independente, com maior liberdade para trabalhar e continuar a sua actividade diária.

Diálise Peritoneal Automática (DPA)

  • A DPA efectua-se em casa, normalmente à noite, enquanto se está a dormir. Uma máquina (cicladora) controla o tempo para efectuar as trocas necessárias, drena a solução utilizada e introduz a nova solução de diálise na cavidade peritoneal.
  • No início do tratamento énecessário preparar as linhas e as soluções, ligar a máquina e conectar o cateter do doente. A cicladora efectuará as trocas programadas normalmente durante 8-10 horas. De manhã, o doente só tem que se desligar da máquina.
  • As máquinas de Diálise Peritoneal Automatizada são seguras, são fáceis de gerir e podem ser utilizadas em qualquer lugar em que haja electricidade.
  • Trata-se de uma opção de tratamento ideal para as pessoas que trabalham, para as crianças em idade escolar e para aqueles que precisam de ajuda para realizar diálise (Diálise Peritoneal assistida).

Diálise Peritoneal Contínua Ambulatória (DPCA)

  • A maioria dos doentes em DPCA precisa de efectuar 3 ou 4 trocas diárias. A drenagem do líquido requer entre 10 a 20 minutos e a duração da infusão da nova solução é de 5 a 10 minutos.
  • Para a aprendizagem são necessárias entre uma a duas semanas, não sendo necessárias agulhas.
  • O tratamento pode ser feito em casa, no local de trabalho ou outro local que tenha condições adequadas, podendo ser adaptado a diversos horários consoante as necessidades.
  • É preciso dispor de espaço em casa para guardar o material necessário à realização da terapêutica.
  • A dieta e a ingestão de líquidos habitualmente são menos restritivos do que no tratamento de hemodiálise.

Para mais informação contacte:· APIR - Associação Portuguesa de Insuficientes Renais

Via Principal de Peões, Lote 105, Loja B, Zona I, Chelas, 1950-244 Lisboa

Telefone: +351 218 371 654 Fax:+351 218 370 826

Internet: http://www.apir.org.pt E-Mail: [email protected] 

Referências:(1) Wolf JL et al. Aging Soc Policy 2008;20(2):182-200

(2) Ravanni P et al. Journal of nephrol (2003); 16:862-869, 870-877

(3) Ledebo I. NDT Plus 2008 Sept 13 epub

(4) Lameire N, Van Biesen W. What can we learn from registry data on peritoneal dialysis outcomes? Contrib Nephrol 2009; 163: 227-236.

(5) US Renal Data System (USRDS) 2009 annual report.

(6) Kramer A, Stel V, Zoccali C et al. An update on renal replacement therapy in Europe: ERA-EDTA Registry data from 1997 to 2006. Nephrol Dial Transplant 2009; 24(12): 3557-3566.

(7) Heaf JG, Lokkegaard H, Madsen M. Initial survival advantage of peritoneal dialysis relative to haemodialysis. Nephrol Dial Transplant 2002; 17: 112-117.

(8) UK 2008 Renal Registry Report

(9) Fenton SSA, Schaubel DE, Desmeules M et al.Hemodialysis versus peritoneal dialysis: a comparison of adjusted mortality rates. Am J Kidney Dis 1997; 30: 334-342

(10) Dutch Dialysis Registry Report 2007

(11) Maier A, Stocks F, Pommer W et al. Hemodialysis versus peritoneal dialysis: a case control study of survival in patients with chronic kidney disease stage 5. Ther Apher and Dial 2009; 13(3): 199-204.

(12) UK 2008 Renal Registry Report

(13) Fenton SSA, Schaubel DE, Desmeules M et al.Hemodialysis versus peritoneal dialysis: a comparison of adjusted mortality rates. Am J Kidney Dis 1997; 30: 334-342

(14) Dutch Dialysis Registry Report 2007

(15) Heaf JG, Lokkegaard H, Madsen M. Initial survival advantage of peritoneal dialysis relative to haemodialysis. Nephrol Dial Transplant 2002; 17: 112-117.

(16) Heaf JG, Lokkegaard H, Madsen M. Initial survival advantage of peritoneal dialysis relative to haemodialysis. Nephrol Dial Transplant 2002; 17: 112-117.

(17) Vonesh et al: Kidney International (66): 2389-2401, 2004

(18) Koch M., Kohnle M., Trapp R., Haastert B., Rump L.C., Aker S. Comparable outcome of acute unplanned peritoneal dialysis and haemodialysis. Nephrol Dial Transplant (2011)0 : 1-6.

(19) Data in file (abstract to be submitted at ERA-EDTA)

(20) Cleemput I, Beguin C, de la Kethule Y et al.Organisation et financement de la dialyse chronique en Belgique. Health Technology Assessment (HTA). Bruxelles Centre federal d'expertise des soins de sante (KCE) 2010. KCE Reports 124B

(21) Polkinghorne, K. R. et al. J Am Soc Nephrol 2004;15:477-486

(22) Ponce et al Nephron 2007; 107; 133-8

(23) USRDS Relatório de 2008

(24) Mendelssohn et al (2009). Renal replacement therapy NDT

Informação cedida por:Baxter Médico Farmacêutica Lda,

Sintra Business Park

Zona Industrial da Abrunheira, Edifício 10, 2710 - 089 Sintra

Tel. 21 9252500 Fax: 21 915 8209

www.baxter.pt

Ref. Baxter PT: 103/12; Data Ref. Baxter PT 10/2012

Publi.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Universidade de Coimbra
Uma equipa de 12 investigadores da Universidade de Coimbra descobriu que uma proteína, a conexina43, existe também em vesículas...

A equipa descobriu que a conexina43, proteína especializada na comunicação entre células vizinhas, existe também nos exossomas (vesículas extracelulares), que podem funcionar como uma forma de comunicação entre células distantes e "um sistema de controlo de qualidade, através do qual as células podem libertar conteúdos indesejados ou potencialmente tóxicos", anunciou a Universidade de Coimbra (UC).

Em nota de imprensa, a instituição sublinha que esta conclusão pode levar a "novas abordagens terapêuticas, nomeadamente no tratamento de doenças cardiovasculares, utilizando os exossomas como veículo de fármacos e a conexina43 como um facilitador da libertação do conteúdo dos exossomas nas células alvo".

Os exossomas, que estão presentes na saliva e no sangue, "têm um grande potencial clínico e terapêutico", sendo possível isolá-los e "identificar nos seus constituintes moléculas que podem funcionar como biomarcadores para diagnóstico ou prognóstico de doença", referiu o coordenador do estudo, Henrique Girão, citado no comunicado da UC.

"Uma vez isolados, é ainda possível manipular o seu conteúdo, nomeadamente em termos de fármacos, e voltar a introduzi-los no organismo, podendo assim funcionar como veículos terapêuticos", explanou o investigador.

O estudo, que foi realizado em linhas celulares, modelos animais e amostras humanas, demonstra ainda que a conexina43 pode "também mediar a comunicação dos exossomas com as células".

Face à existência, verificada pela primeira vez, de conexinas nos exossomas, a equipa da UC quer agora determinar "a sua relevância" no contexto cardiovascular, em que os exossomas "podem mediar a comunicação entre os diferentes tipos de células que constituem o coração, garantindo o seu normal funcionamento".

Apesar do foco nas doenças cardiovasculares, a descoberta permite "o desenvolvimento de formas de tratamento inovadoras e mais eficazes no combate a vários tipos de doença", frisou Henrique Girão.

A equipa da UC vai ainda avaliar em contexto clínico se a conexina43 pode funcionar também como um indicador para as doenças cardiovasculares, numa colaboração com o Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Estudo identifica
O relatório sobre a satisfação dos utilizadores das Unidades de Saúde Familiar realizado pela Universidade de Coimbra aponta...

O estudo, que monitorizou a satisfação dos utilizadores das Unidades de Saúde Familiar (USF) e das Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) em 2015, identificou "assimetrias regionais", com a região com pior índice de satisfação, o Alentejo (74,2%), a apresentar uma diferença de seis pontos percentuais comparativamente com a região com melhores níveis de satisfação, o Norte (80,5%), disse um dos autores do estudo, Pedro Ferreira, do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra (CEISUC).

Essas assimetrias também se verificam "de ACeS (Agrupamentos de Centros de Saúde) para ACeS, sendo que é necessário perceber porque é que essa diferença, que não devia existir, existe", sublinhou Pedro Ferreira, referindo que "não há razões para que isso aconteça".

O relatório de monitorização, que realizou 58.846 questionários (com uma taxa de resposta de 89,4%), aponta também para diferenças entre os diferentes tipos de unidades, com as USF modelo B com um valor de satisfação de 79,5% dos seus utilizadores, a USF modelo A com 76,8% e as UCSP com 72,7%.

"A reforma dos cuidados primários tem de ser muito apadrinhada para avançar e até já está a demorar tempo demais", observou Pedro Ferreira, considerando que se deveriam acabar com as UCP, que é um modelo "antiquado" e que apresenta piores resultados quando comparado com os dois modelos de USF.

O indicador de satisfação do CEISUC revela um valor médio de 77,8% de satisfação, o que, na perspetiva do investigador, deve fazer com que se continue a apostar nas USF, "com apoio e apadrinhamento do ministério da Saúde".

O estudo conclui também que os cuidados médicos têm uma média de satisfação de 80,7%.

Já a organização dos cuidados de saúde teve uma média de satisfação mais baixa (71%), assim como a acessibilidade (possibilidade de falar por telefone para a unidade e para o médico de família e o tempo gasto na sala de espera), que apresentou um nível de satisfação de 63,4%, o que pode revelar, de acordo com Pedro Ferreira, "falta de recursos a nível de secretariado e a nível de profissionais de saúde" ou problemas na organização das unidades.

No estudo não foi medida a acessibilidade física às USF, acrescentou ainda o investigador do CEISUC.

O relatório conclui ainda que os utilizadores com mais experiência de utilização das unidades estão mais satisfeitos e, em média, 89,3% dos utilizadores não veem razões para mudar de unidade.

O projeto de monitorização foi estabelecido através de um contrato entre o CEISUC e a Administração Central do Sistema de Saúde.

Operação Nariz Vermelho
Os dois irmãos que durante 20 dias percorreram 2.300 quilómetros entre as torres Big Ben, Londres, e dos Clérigos, Porto,...

Num ambiente de festa, com música e muitos amigos e portuenses à sua espera, Rodrigo e Afonso Liberal chegaram com a sensação de “missão cumprida” não só a nível pessoal, mas também por poderem contribuir para uma causa “tão importante” como é a Operação Nariz Vermelho, cuja missão principal é fazer sorrir as crianças hospitalizadas.

“Por muito que tentemos encontrar as palavras corretas é extremamente difícil conseguirmos expressar o que sentimos neste momento, ainda mais porque todos os dias foram muito intensos. Acho que vamos precisar de uma semana para conseguir recuperar memórias e repensar o que fizemos, o impacto foi fantástico”, contou Afonso Liberal.

Era suposto ser uma iniciativa a dois, mas “tivemos a felicidade de termos o apoio da Irmandade dos Clérigos, que como podemos comprovar foi algo fantástico” ao doar as receitas de bilheteira dos últimos três dias para ajudar as crianças internadas, referiu.

“Sentimos a cereja no topo do bolo, podermos ajudar causas e ter esta receção fantástica. Por muito que tentemos imaginar na viagem que vamos ter os nossos amigos a apoiar-nos na chegada, acho que não há palavras para descrever o que sentimos neste momento. Foi um objetivo cumprido”, sublinhou.

Os dois irmãos, que fizeram uma média diária de 120/130 quilómetros, disseram que a principal dificuldade foi “o tempo, com muita chuva e muito vento”.

“Tivemos alguns problemas que nos obrigaram a alterar o percurso, roubando-nos alguns dias de descanso, mas acho que tive sorte por ter um companheiro fantástico”, afirmou Rodrigo, sem conseguir conter as lágrimas de emoção.

Afonso acrescentou: “Sabíamos que tínhamos de estar aqui neste dia, agora vamos comer uma francesinha, que já está reservada, vamos estar com a família, e segunda-feira começamos a trabalhar, porque estas foram as nossas férias”.

A Irmandade dos Clérigos foi a principal patrocinadora da viagem solidária dos irmãos portuenses, que saíram de Londres dia 08 de agosto e passaram por quatro países – Inglaterra, França, Espanha e Portugal.

Nos últimos quilómetros desta longa viagem contaram com a companhia de um “pelotão” de amigos e praticantes de ciclismo e de triatlo, com encontro marcado no Farol de Leça da Palmeira, Matosinhos.

Os dois irmãos, Rodrigo, de 35 anos, a viver em Londres, e Afonso, de 30 anos, a residir no Porto, comprometeram-se a fazer esta viagem com o objetivo de passarem mais tempo juntos e de angariarem fundos para duas instituições: Operação Nariz Vermelho (Portugal) e Theodora Children's Charity (Inglaterra).

A verba a entregar à Theodora Children’s Charity ainda não foi contabilizada, uma vez que o prazo para recolher os donativos através de uma página na Internet ainda não terminou.

O presidente da Irmandade dos Clérigos, padre Américo Aguiar, encontrou-se quarta-feira à noite, a meio do percurso, na Catedral de Santiago de Compostela, Espanha, com os dois jovens portuenses para lhes transmitir apoio e motivação.

A iniciativa "Cycling Between Towers" (Pedalar entre Torres), protagonizada pelos irmãos, tem, além da componente solidária, o objetivo de simbolizar a aproximação da Torre dos Clérigos a algumas outras torres emblemáticas da Europa como, por exemplo, Big Ben (Londres), Eiffel (Paris), Pisa (Pisa) ou La Giralda (Sevilha).

Esta iniciativa “marca o início de um desejo nosso de internacionalização da marca Clérigos Porto. Gostaríamos e estamos a pensar criar um passaporte em que o turista seja convidado a carimbar a sua presença nas torres das cidades por este mundo fora. São muitas e muitas cidades cujo ícone principal é uma torre, sejam as torres medievais, sejam as modernas, como a torre da televisão de Sidney”, disse o presidente da Irmandade dos Clérigos.

A Operação Nariz Vermelho é a terceira instituição ajudada pelos Clérigos depois de, em abril, ter sido beneficiado o Instituto Português de Oncologia (IPO) e, em julho, a Liga Portuguesa dos Bombeiros.

1º semestre de 2015
O número de cirurgias programadas e o de consultas externas realizadas nos hospitais públicos subiu no primeiro semestre de...

De acordo com os dados da atividade assistencial dos primeiros seis meses deste ano, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), divulgados, no total, o número de intervenções cirúrgicas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde aumentaram 0,2% (mais 563), sendo que no total se realizaram mais de 286 mil intervenções.

No entanto, este aumento global deve-se em particular à cirurgia de ambulatório, que aumentou 1,4% (mais 2.388), já que as cirurgias convencionais diminuíram 1,5% (menos 1.825).

Do total de cirurgias realizadas no período em análise, 58,4% ocorreram em ambulatório, ao passo que esta percentagem foi de 57,7% em 2014.

Quanto às consultas médicas externas, também aumentaram, tendo-se realizado mais 71,9 mil consultas do que no ano anterior, o que se traduz numa variação de 1,2%.

Para este aumento, concorreram as primeiras consultas, que cresceram 2,1%, mas também as consultas subsequentes, que aumentaram 0,8%.

A ACSS salienta “a tendência de aumento da produção de consultas nos hospitais do SNS que se tem registado nos últimos anos, destacando-se pela positiva o crescimento das primeiras consultas”.

Ao nível das urgências hospitalares, houve um aumento de 0,4%, com mais 10,9 mil episódios do que no mesmo período do ano passado.

Segundo os dados da ACSS, o valor global de consultas prestado pelo SNS, quer ao nível hospitalar, quer dos cuidados de saúde primários, continuou a registar uma evolução positiva, tendo alcançado as 21.353.814 consultas, mais 16.855 (0,1%) do que no período homólogo.

Ordens da saúde
As ordens ligadas à saúde consideram “ilegal” a nova lei que cria um inventário nacional destes profissionais, pelo que vão...

O anúncio foi feito pelo Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP), quatro dias depois de ter sido publicada em Diário da República a lei que cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde (INPS), um sistema informático que congrega informação relativa aos profissionais de saúde que exercem profissões regulamentas – como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas, nutricionistas ou psicólogos – mas também profissionais das terapêuticas não convencionais.

As sete ordens profissionais consideram que algumas das normas constituem uma violação da Lei de Bases da Saúde e da Lei de Proteção dos Dados Pessoais e estranham, por isso, que a lei tenha sido promulgada pelo Presidente da República.

Por isso, as sete Ordens Profissionais decidiram recorrer ao Provedor de Justiça “para travar a entrada em vigor da nova Lei do INPS, solicitando-lhe a intervenção do Tribunal Constitucional para fiscalização abstrata da legalidade, designadamente declarando a ilegalidade de algumas das normas identificadas na lei, ao abrigo dos poderes que lhe estão conferidos pela Constituição da República Portuguesa”.

Segundo as ordens, esta lei prevê, por um lado, a recolha de informações relativamente às quais já há registos públicos e disponíveis, por outro, o acesso a uma série de dados “excessivos” e do “foro privado”.

“Este inventário é mais burocracia introduzida no sistema, para os profissionais de saúde, para os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde e para as ordens profissionais”, disse Orlando Monteiro, presidente do CNOP.

Como explica o CNOP, a Lei de Bases da Saúde identifica as ordens como únicas responsáveis pelo registo dos respetivos profissionais – isentando-os de outros registos - e obriga as associações profissionais a comunicar o registo dos seus profissionais ao Ministério da Saúde sempre que solicitado.

“Na prática, a nova lei vem triplicar obrigações com carga burocrática e custos expressivos para os profissionais, já que para além do registo das Ordens, os profissionais têm ainda de estar registados na Entidade Reguladora da Saúde e, agora, na ACSS”.

Também os estabelecimentos que prestam cuidados de saúde vão ter de se inscrever na plataforma, mesmo já estando obrigados a inscrever-se na Entidade Reguladora da Saúde (ERS), explicou Orlando Monteiro.

“Com a nova lei, o registo passa a ter de ser atualizado a cada seis meses, representando um acréscimo de burocracia inexplicável. Sendo o planeamento dos recursos humanos na saúde fundamental, basta ao Estado utilizar a informação que já está disponível e é atualizada periodicamente para tomar as decisões necessárias”, considera o CNOP.

Outra preocupação para as sete Ordens da área da saúde é a obrigatoriedade “infundada” de exposição de dados sensíveis de cada profissional como contratos com estabelecimentos onde são exercidas funções.

Mas também são exigidos dados como data de nascimento, morada, número de identificação civil, número de contribuinte, habilitações académicas e qualificações profissionais.

Contudo, não existem garantias de segurança dos dados e não há qualquer parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados sobre a nova plataforma eletrónica e os dados que está previsto registar e guardar, alerta o CNOP.

Para Orlando Monteiro, “é inadmissível partilhar a morada ou o número de contribuinte, nesta senda das plataformas eletrónicas. É grave a coleta de dados para fins que, no geral, são muito vagos”.

O conselho que congrega as várias Ordens alerta também para a ausência, na lei, de “qualquer sanção para os incumpridores”.

Estudo
O estilo gótico aumenta os problemas de depressão e de autoflagelação, de acordo com um estudo britânico.

Os cientistas sugerem que os jovens que adotaram um estilo gótico têm uma maior inclinação para se afastarem da sociedade.

A investigação, publicada na revista especializada Lancet Psychiatry, acompanhou 3.694 jovens de 15 anos, entre 2007 e 2010.

O movimento gótico – caracterizado pelo uso de roupas pretas, maquilhagem escura e música melancólica – atrai adolescentes e adultos há décadas, escreve a BBC.

Os investigadores descobriram que a probabilidade de episódios de autoflagelação e depressão aumenta quanto maior for a identificação com o estilo.

No estudo, os jovens que se descreveram como góticos tinham mais probabilidade de ter apresentado sinais de depressão antes dos 15 anos e de ter sofrido bullying na escola.

De acordo com a coordenadora do estudo Rebecca Pearson, da Universidade de Bristol, os motivos para esta tendência podem ser vários, entre eles, a possibilidade de adolescentes mais suscetíveis à depressão se sentirem mais atraídos por este estilo.

Estudo
Um novo estudo científico sugere que podemos estar a conviver com mais de 9.000 espécies diferentes de micróbios e fungos em...

Investigadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, analisaram a sujidade de 1.200 residências norte-americanas e descobriram que 9.000 micróbios é a média de tipos de bactérias e fungos encontrados numa casa normal.

Divulgado na publicação científica Proceedings of the Royal Society B., o estudo faz parte do projeto "A vida selvagem das nossas casas", em que vários voluntários enviaram amostras da pó acumulado no batente das portas, locais que costumam ser ignorados durante a limpeza, dizem os cientistas.

"Sabemos, há muito tempo, que vários micróbios habitam as nossas casas. O que estamos a fazer agora é aplicar a ciência para saber como variam de acordo com o espaço onde são encontrados", diz Noah Fierer, professor de ecologia e biologia evolutiva, à BBC.

Os investigadores chegaram à conclusão de que uma casa comum costuma ter pelo menos 2.000 tipos diferentes de fungos e que o seu tipo varia de acordo com a localização da residência.

"A maioria dos fungos encontrados nas casas aparentemente vêm de fora dela", afirma Fierer. "Entram pelas roupas ou janelas e portas abertas", explica Noah Fierer.

Os cientistas descobriram uma média de sete mil bactérias diferentes em cada casa. Algumas delas estão relacionadas à pele humana, mas foram encontradas espécies ligadas a fezes.

Nesse caso, a variedade depende não da localização da casa, mas de quem a habita.

"Encontramos bactérias diferentes em casas em que moram mulheres do que naquelas habitadas apenas por homens", diz Fierer. "Há tipos de bactérias mais comumente associados ao corpo feminino do que ao masculino, e pudemos ver isso na poeira".

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
O fim de semana vai ser marcado pelo bom tempo com as temperaturas máximas a chegarem aos 35 graus Celsius, disse à agência a...

“Para hoje e para o fim de semana prevê-se céu pouco nublado ou limpo, vento fraco e uma subida dos valores da temperatura em todo o território, sendo mais significativa nas regiões do interior e do Vale do Tejo. No domingo não vai haver alterações significativas”, adiantou a meteorologista.

Apesar do bom tempo, Maria João Frada indicou que existe uma forte probabilidade de ocorrerem aguaceiros e trovoadas nas regiões do interior do norte e centro, mas sem descida da temperatura.

“De salientar também que na noite de sábado para domingo vamos ter uma noite tropical nas regiões do centro e sul, com temperaturas a rondar os 20 e os 22 graus Celsius”, sublinhou.

Algumas nuvens

De acordo com a meteorologista, o fim de semana vai ainda ficar marcado por um cenário de nebulosidade baixa, neblinas ou nevoeiros no litoral a norte do Cabo Raso até ao meio da manhã.

“Na segunda-feira vamos ter uma mudança do estado do tempo. Prevemos uma descida das temperaturas, sobretudo da máxima. Enquanto no fim de semana vamos ter valores a variar entre os 30 e os 35 graus, no início da semana vamos ter uma homogenização em todo o território”, disse.

Segundo Maria João Frada, as temperaturas na segunda-feira não vão ultrapassa os 28 graus.

“Ou seja, os valores da temperatura máxima podem descer na segunda-feira seis a sete graus no interior. A mínima deverá descer entre dois e quatro graus”, disse a meteorologista, salientando que a situação deverá manter-se ao longo da semana.

 

Governo anúncia
O Governo vai manter em 2015 os preços dos cuidados de saúde e de apoio social praticados nas unidades da rede de cuidados...

Em portaria hoje publicada em Diário da República, é especificado que esta decisão produz efeitos a partir de janeiro deste ano.

Os valores para a prestação dos cuidados de saúde e de apoio social nas unidades de internamento e ambulatório na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados são habitualmente atualizados, no início de cada ano, com base no índice de preços no consumidor.

Mas, "à semelhança do procedimento adotado no ano anterior, em face da atual conjuntura económica do país, procede-se à manutenção dos preços" atualmente em vigor, suspendendo-se a aplicação da portaria que rege esta situação, de 2007.

Segundo a tabela de preços anexa à portaria hoje publicada, a diária de internamento nas unidades de convalescença e nas de cuidados paliativos é de 105,46 euros.

Nas unidades de média duração e reabilitação, o valor apagar é de 87,56 euros e na longa duração e manutenção (ULDM) o preço é 60,19 euros.

Já no ambulatório, a diária é de 9,58 euros por utente.

A portaria refere ainda que "ao utente não pode ser exigida pela ULDM qualquer quantia pelos encargos decorrentes da utilização de fraldas".

 

Administração Central do Sistema de Saúde
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) vai passar a ter acesso à informação sobre toda a situação financeira dos...

Esta alteração orgânica da ACSS hoje aprovada, vem redefinir as atribuições daquele organismo.

Assim, tendo em conta a sua função coordenadora sobre os recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a ACSS passa a ter acesso “à informação sobre toda a situação financeira dos hospitais do SNS e das Administrações Regionais de Saúde”.

O Governo salvaguarda que esta nova competência da ACSS está sujeita a “adequadas medidas de segurança”.

Esta nova função da ACSS é justificada com o facto de este ser o “organismo de topo da gestão do SNS e com atribuição de controlo financeiro”.

Ordem dos Médicos
A Ordem dos Médicos (OM) denunciou na passada quinta feira dia 27 de Agosto de 2015 irregularidades nos concursos para...

“Os concursos para colocação dos jovens especialistas em Medicina Geral e Familiar estão a decorrer a ritmos e com regras diferentes nas várias ARS [Administrações Regionais de Saúde], com implicações sérias na colocação dos candidatos e evidenciando um total desrespeito pelos jovens especialistas”, afirmam os médicos em comunicado.

Segundo a Ordem, “modelo sob o qual se realizam este tipo de concursos, é “ilegal, inconstitucional, gerador de profundas injustiças e potenciador de alegados favorecimentos”.

A OM afirma ainda que estão a decorrer de “forma estranha” algumas entrevistas, cujo peso de 20% ou 30% “altera em muito e sem qualquer explicação os resultados dos exames nacionais efetuados poucos meses antes, lesando uns e beneficiando outros”.

Lamentando que a tutela nada tenha feito para alterar o modelo dos concursos, não obstante a contestação levantada desde o início, a Ordem garante que continuará a combater esta situação, apelando aos candidatos (de qualquer concurso de qualquer especialidade) que se sintam lesados a denunciarem.

“Nos casos extremos e inequivocamente anti-éticos serão enviadas participações à Provedoria de Justiça, solicitando a sua intervenção, à semelhança do que já se fez noutros concursos, e serão abertos processos disciplinares aos membros dos Júris”, afirma.

Estudo
As moléculas usadas nos testes de laboratório da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, conseguiram travar o crescimento do cancro....

No entanto, apesar de os primeiros testes em laboratório parecerem promissores, ainda não é claro se esta técnica vai ajudar no tratamento de pessoas portadoras da doença.

O estudo foi publicado na revista especializada Nature Cell Biology.

A investigação da Mayo Clinic junta dois ramos da investigação científica: a aderência entre células e a biologia do microRNA (também conhecido como miRNA), indica a BBC.

Os cientistas pensavam que as moléculas de adesão eram simplesmente a matéria que mantém as células juntas. Mas descobriu-se que elas também podem ter um papel de sinalização. Ou seja, o trabalho da Mayo Clinic mostrou que as moléculas de adesão conectam células e também emitem sinais através dos miRNAs para controlar o crescimento das células tumorais.

Se esse processo ficar desregulado, as células crescem descontroladamente, o que pode impulsionar o alastramento do tumor. Porém, reabastecer as células com miRNAs pode solucionar esse problema.

"Ao ministrar os miRNAs afetados em células tumorais para restaurar os níveis normais, devemos ser capazes de restabelecer a função normal das células", disse Panos Anastasiadis, que liderou a investigação conduzida em ratinhos de laboratório.

 

Páginas