A partir de 2016
A Universidade dos Açores vai estudar as pastagens da ilha de São Miguel, a partir de 2016, para perceber onde se produz leite...

O projeto científico, a desenvolver durante três anos, está a cargo da equipa liderada pelo professor Armindo Rodrigues, do departamento de Biologia da academia, e será candidatado, até ao final do mês, a financiamento comunitário.

A iniciativa visa “perceber quais são as zonas da ilha mais ricas e menos ricas, as que têm maior carência em iodo e naquelas em que há maior concentração de iodo, perceber se esse iodo passa ou não para as vacas e destas para o leite”, afirmou Armindo Rodrigues, acrescentando que há países europeus, como a Alemanha e a Holanda, que já dão suplementos às vacas para terem leite com os níveis de iodo recomendados.

O iodo é um elemento químico que existe na natureza e que se revela fundamental para o funcionamento da tiroide e para o desenvolvimento do sistema nervoso durante a fase fetal e nos primeiros anos de vida de uma criança. Nos Açores, as grávidas já tomam suplementos com iodo.

O investigador adiantou que os estudos preliminares já realizados indicam que a distribuição de iodo pelos solos da ilha de São Miguel é “bastante heterogénea”, pelo que serão estudadas “várias pastagens, em várias zonas” da maior ilha açoriana, onde residem mais de cem mil pessoas.

“Um dos produtos que geralmente é utilizado nas populações humanas para compensar a falta de iodo é o leite. Vamos analisar solos da ilha de São Miguel e perceber que nuns sítios há maior concentração de iodo e, noutros, concentrações muito baixas. A nossa questão é perceber se isso também se vai refletir - provavelmente refletirá - na qualidade do leite”, referiu Armindo Rodrigues, acrescentando que este conhecimento trará benefícios para a população, para a lavoura e para a indústria do leite.

Segundo o investigador, o projeto já foi dado a conhecer à Associação Agrícola de S. Miguel e à Cooperativa Unileite, uma das maiores indústrias de lacticínios na região, tendo ambas manifestado interesse, uma vez que em causa está a produção de um “produto premium”, com grande valia em termos económicos, e a possibilidade de passar a dar suplementos em pastagens com menos iodo.

Armindo Rodrigues explicou que as ilhas “são montes que emergem do fundo oceânico e os sedimentos do fundo do oceano acabam por não conseguir enriquecer o ambiente terrestre em iodo”. Além disso, “não há hábito de comer algas e o próprio rossio do mar junto à costa acaba por ser lixiviado devido à grande quantidade de pluviosidade nas ilhas”.

Um estudo científico da Universidade dos Açores, publicado em agosto e que envolveu cerca de 350 crianças em idade escolar da ilha de Santa Maria e das freguesias da Ribeira Quente e Furnas, em São Miguel, demonstrou que há um “carência de iodo relativamente grave” nas crianças micaelenses.

Estas e outras questões vão ser abordadas na conferência “Vulcanismo e Saúde”, que Armindo Rodrigues profere na quarta-feira na Igreja do Núcleo de Santa Barbara do Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada.

O investigador fará uma reflexão sobre a história da geologia médica, uma ciência “relativamente recente”, mas de “grande importância”, dado que a qualidade das águas, solos ou ar em que as pessoas habitam se reflete na saúde.

Esta iniciativa está integrada num ciclo de conferências do museu, no âmbito da exposição “Natureza em Diálogo”, que está patente no Núcleo de Santa Bárbara até 18 de outubro.

Estudo
As pessoas idosas que sofrem carência de vitamina D conhecem um declínio cognitivo nitidamente mais rápido do que as que têm...

“Em média as pessoas com fortes deficiências em vitamina D sofrem um declínio das suas capacidades mentais até três vezes mais depressa do que as que têm níveis adequados desta vitamina”, explicou Joshua Miller, professor de ciências da alimentação na Université Rutgers, no Estado de New Jersey, cujo estudo foi publicado na Revista da Associação Médica Americana, secção de Neurologia.

A vitamina D, conhecida sobretudo por ser essencial para a saúde dos ossos, é obtida principalmente pela exposição ao sol, com a ação dos raios ultravioletas sobre um derivado do colesterol na pele. Também está presente no leite e em certos peixes.

No Algarve
As análises laboratoriais a um caso suspeito de infeção pelo vírus do Nilo, transmitido pela picada de mosquito, detetado num...

Em nota publicada no ‘site’, a Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que os testes de neutralização, específicos para identificação viral, realizados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, e só agora conhecidos, “vieram confirmar a presença do vírus nas amostras colhidas”.

“Estes resultados não alteram a situação anterior, mas confirmam a causa da infeção”, explica a DGS, sublinhando que as medidas preventivas tomadas na altura se mantêm em vigor e que as instituições envolvidas vão continuar a acompanhar a situação.

O caso remonta a julho e agosto, altura em que um homem português residente no Algarve desenvolveu a doença que se suspeitou ser provocada pelo Vírus do Nilo Ocidental, tendo entretanto tido alta sem sequelas.

Este episódio levou a DGS a recomendar às autoridades o reforço dos mecanismos de luta contra os mosquitos e à população a redução da exposição corporal à picada do mosquito, usando repelentes e redes mosquiteiras.

O combate à larva dos mosquitos foi também intensificado no Algarve, sobretudo em tanques de água com matérias orgânicas.

O vírus do Nilo não se transmite de pessoa para pessoa, mas unicamente por picada de mosquito do género Culex, podendo, em 20% das infeções, provocar doença febril com manifestações clínicas ligeiras, que raramente pode evoluir para meningite viral.

OMS
Cerca de 800 mulheres e perto de 7.700 recém-nascidos morrem diariamente no mundo devido a complicações relacionadas com a...

A agência das Nações Unidas referiu ainda que diariamente outras 7.300 mulheres têm nados-mortos, uma situação que, segundo a organização, poderia ser evitada com a aplicação de medidas básicas de saúde materno-infantil.

Estes números foram hoje lançados na apresentação em Genebra, Suíça, da nova Estratégia Mundial para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, que será lançada oficialmente no próximo dia 26 de setembro durante a Assembleia-geral da ONU.

Conseguir uma redução radical dos níveis de mortalidade é um dos principais objetivos deste novo documento, que defende a aplicação de medidas urgentes e específicas que visem estes três grupos que continuam a ser negligenciados pela sociedade atual, principalmente nas comunidades mais pobres do mundo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu os progressos alcançados nas últimas duas décadas para melhorar a saúde materna, como por exemplo a redução em 40% da taxa de mortalidade de mulheres grávidas.

No entanto, a agência das Nações Unidas salientou que ainda há muito por fazer, especialmente no reforço dos sistemas de saúde e na compreensão cultural e social sobre a importância de ter uma gravidez saudável.

Um dos pontos-chave desta área passa pelo investimento em programas de educação sexual e de planeamento familiar, mas também por um acompanhamento regular em todas as fases de gestação.

No que diz respeito às crianças, o índice de mortalidade entre menores com menos de cinco anos verificou uma redução de 53% desde 1990.

Mesmo assim, cerca de 16 mil crianças com menos de cinco anos continuam a morrer diariamente em todo o mundo, sobretudo na África subsaariana e no sudeste asiático, mas também em países que enfrentam conflitos, calamidades naturais ou grandes deslocações.

Mais de 70% destas mortes ocorrem no primeiro ano de vida.

As respostas para este cenário passam, segundo a OMS, pela prevenção das doenças mais mortíferas entre as crianças, como a pneumonia e a diarreia, que podem ser evitadas através de vacinação.

Ao nível dos adolescentes, a organização internacional defendeu intervenções adaptadas a cada faixa etária que ataquem os principais problemas deste grupo, como é o caso da gravidez precoce.

Escola Superior de Comunicação Social e Genzyme
Sob o tema da Esclerose Múltipla é lançada a primeira edição do Prémio Genzyme ‘Melhor Campanha de Comunicação para a Esclerose...

A instituição, pertencente ao Instituto Politécnico de Lisboa, lança o desafio aos alunos e recém-licenciados nos últimos dois anos pela escola, em Relações Públicas e Comunicação Empresarial, para o desenvolvimento de um projeto integrado de comunicação na área da Esclerose Múltipla (EM).

O prémio Genzyme, no valor de 5 mil euros, será atribuído à campanha que melhor promova a sensibilização e o aumento do conhecimento para esta doença bem como permita gerar uma campanha de angariação de fundos.

Os candidatos deverão ter como fonte principal de recolha de informações as três associações de doentes existentes, ANEM (Associação Nacional de Esclerose Múltipla),TEM (Todos com Esclerose Múltipla) e SPEM (Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla).

A submissão dos trabalhos realizar-se-á até final de Outubro em www.premioem.pt, estando a apreciação das campanhas a cargo de uma comissão composta por elementos da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) e outras entidades ligadas à área, as quais avaliarão a qualidade e originalidade dos trabalhos, exequibilidade e cumprimento dos objetivos.

Tornar as escolas “amigas” dos alunos com epilepsia
A EPI – Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia, vai promover durante o mês de setembro um conjunto...

As ações de formação decorrem no âmbito do programa Escola Amiga da EPI, um projeto que pretende dotar as escolas de condições adequadas para integrar alunos com epilepsia e que tem o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia.

O que fazer perante uma crise epitética? Quais as implicações da epilepsia na aprendizagem e qualidade de vida do aluno? Estas são algumas das questões que vão ser respondidas nas várias ações de formação que a EPI vai realizar.

Estas ações de formação pretendem sensibilizar a população escolar para a temática da epilepsia, uma vez que é na escola que as crianças passam a maior parte do seu tempo e desenvolvem as competências psicossociais. Para além disso, há estudos que concluem que professores bem informados sobre a epilepsia poderão ser mais capazes de potenciar o desempenho destes alunos, de desfazer crenças e mitos profundamente errados sobre a doença e de mitigar os efeitos do estigma, usando a influência significativa que têm sobre os alunos para lhes transmitir conhecimentos e atitudes adequadas face à doença.

De acordo com a Direção da EPI: “Em Portugal, estima-se que existam cerca de 50.000 pessoas com epilepsia e todos os anos surgem cerca de 5000 novos casos, na sua maioria crianças e adolescentes. Embora muitas crianças com epilepsia não revelem dificuldades no desenvolvimento psicossocial e cognitivo, alguns estudos indicam que a epilepsia pode estar associada a problemas de comportamento e aprendizagem.

Os responsáveis da entidade acrescentam ainda que: “Estas dificuldades são frequentemente ampliadas pelo preconceito e pelo estigma que derivam do desconhecimento sobre a doença e do desconforto perante as crises epiléticas. É para fazer face a este desconhecimento que a EPI desenvolveu estas ações de formação”.

As escolas que pretenderem fazer parte deste projeto e assim tornarem-se “amigas” do aluno com epilepsia, basta contatarem a EPI (http://www.epilepsia.pt ).

Próximas Sessões:
14.09: Colégio Salesianos de Mogofores | Aveiro
16.09: Agrupamento de Escolas de Coimbra Sul | Coimbra
18.09: Agrupamento de Escolas da Murtosa | Aveiro

ANF sempre esteve contra
Há dez anos que os medicamentos sem receita médica podem ser vendidos fora das farmácias, mas estas consideram que as grandes...

“O preço dos medicamentos vendidos fora das farmácias aumentou 12% e apenas três cadeias de distribuição detêm 80% do mercado destes medicamentos vendidos fora das farmácias”, disse o diretor da área profissional da Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Para Humberto Martins, estas duas situações demonstram que “as principais vantagens da medida não se concretizaram: a baixa de preço e a melhoria do acesso”.

A ANF sempre esteve contra a medida, alegando que as farmácias são a maior rede de acesso de medicamentos aos utentes.

“Os preços dos medicamentos vendidos nas farmácias baixaram 30%, enquanto fora destes estabelecimentos aumentaram 12%”, acrescentou.

A venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) para uso humano fora das farmácias foi permitida com a publicação do Decreto-Lei n.º 134/2005, de 16 de agosto, tendo entrado em vigor a 15 de setembro desse ano.

Dados da autoridade que regula o setor do medicamento (Infarmed) indicam que atualmente existem 1.035 locais de venda destes fármacos autorizados.

Por número de embalagens, as substâncias ativas mais vendidas nestes espaços são o paracetamol (15%), o ibuprofeno (5%), o diclofenac (5%), a clorofenamina com o paracetamol (4%) e o dexpantenol (3%). As restantes substâncias representam 68 por cento das embalagens vendidas.

Questionado sobre o preço dos medicamentos vendidos fora das farmácias, o Infarmed referiu que os fármacos “cuja comercialização pode ser efetuada fora das farmácias estão sujeitos ao regime de preços livre, cabendo ao local que os vende estabelecer esse preço”.

“Uma vez que o preço pode variar relativamente ao mesmo produto de estabelecimento para estabelecimento, não existem dados objetivos e concretos que permitam concluir que o preço destes produtos seja mais barato ou mais caro nas farmácias ou nos locais de venda de MNSRM”, adianta o Infarmed.

A ANF defende que a legislação que agora assinala dez anos seja “revisitada”, tendo em conta que as vantagens inicialmente anunciadas não se concretizaram.

“É necessário revisitá-la [a lei] para levar a um aumento tecnicamente sustentado da concorrência e a melhoria do acesso”, afirmou Humberto Martins.

Uso excessivo
A saúde mental pode ser afetada por vários fatores.
Computador ilustra a relação das novas tecnologias e a saúde mental

Para além das “más posturas”, e que ocorrem de forma sistemática, também a utilização excessiva destes dispositivos pode provocar problemas relacionais, interferir na comunicação entre as pessoas, levar a acidentes quando utilizados durante a condução de viaturas, ocupar excessivamente o tempo da pessoa ao ponto desta perder horas que poderiam ser investidas noutras atividades pessoais ou mais sociais. Mesmo as lesões físicas podem posteriormente comprometer a saúde mental.

Quem consegue passar um dia sem consultar o seu smarthpone?

Provavelmente muitas pessoas sofrem desta dependência que pode ficar fora do controlo, trazendo graves consequências, quer a nível físico, como mental. É muito frequente assistirmos à não comunicação familiar, por exemplo num restaurante em que cada um fica em “diálogo” com o seu dispositivo, esquecendo a relação com o outro. Há quem diga mesmo que todos precisaríamos de uma desintoxicação ou de umas férias das tecnologias.

O aparecimento destes dispositivos, veio também revolucionar o mundo do trabalho, transformando-o numa realidade com alguns riscos, principalmente quando não são geridos de forma sensata e equilibrada. Quase dois terços das pessoas continuam a trabalhar no regresso a casa do emprego, ou em casa, tornando-se "escravas” das novas tecnologias. Esta mudança de comportamento e atitude perante esta nova realidade leva a que os trabalhadores fiquem sobrecarregados e com excesso de trabalho, podendo prejudicar a vida pessoal e social, com todas as consequências para a saúde mental que daí podem resultar.

Perturbação de Uso da Internet já é doença

Curiosamente, estudos recentes revelam que a exposição excessiva a estas novas tecnologias pode provocar alterações nas ligações entre os neurónios (células do cérebro) que ocorrem nos centros de atenção, controlo e processamento de emoções e que são semelhantes às que existem nos casos de dependência por drogas. Por exemplo na China, já existem clínicas de tratamento para pessoas que apresentem este tipo de dependência. Na Coreia do Sul o fenómeno está classificado como uma crise de saúde pública, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, para justificar a introdução desta perturbação na próxima revisão do Manual de Perturbações Mentais.

A Associação Americana de Psiquiatria pensa introduzir a “Perturbação de Uso da Internet” no próximo manual de Perturbações Mentais. A verdade é que na prática, já se vão diagnosticando situações destas no terreno e que necessitam de tratamento, acompanhamento psicológico e psiquiátrico. A utilização maliciosa das novas tecnologias pode atingir diretamente ou indiretamente as pessoas.

A questão dos novos dispositivos leva a algumas preocupações, nomeadamente com as crianças e jovens, que estão muitas horas por dia expostas às radiações e adotando posturas incorretas, cada vez mais precocemente. Para além destas questões, o uso excessivo destes dispositivos ”corta” a comunicação entre os pares.

Quem já não viu jovens, cada um com o seu dispositivo eletrónico sem estabelecer comunicação verbal com aqueles que o rodeiam? Assim percebe-se que estas práticas comprometem fortemente a comunicação e por isso as competências sociais/relacionais, a capacidade de comunicar eficazmente, a memória e a concentração. E quando as pessoas estão expostas a mais que um ecrã ao mesmo tempo (por ex TV, telemóvel e tablet)? O risco ainda é maior.

Sabemos que com toda a oferta que existe nos dias de hoje, e pelas características atrativas que estes dispositivos possuem, não é tarefa fácil educar as crianças para a não utilização excessiva destes dispositivos. Teremos que investir e reinventar novas formas de sensibilizar o cidadão e desde muito cedo, para todos os riscos inerentes à utilização desequilibrada das novas tecnologias, principalmente para os da área da saúde mental, uma vez que ainda falta comprovar muitos dos riscos físicos.

Links de interesse:
http://www.dinheirovivo.pt/Imprimir.aspx?content_id=4331544
https://nakedsecurity.sophos.com/pt/2015/03/24/are-smartphones-bad-for-our-kids/
http://www.ime.usp.br/

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo
Um novo estudo realizado nos Estados Unidos defende que documentar o dia-a-dia em excesso pode fragilizar e tornar a memória...

Uma investigação realizada pela psicóloga Linda Henkel, da Universidade Fairfield, nos Estados Unidos, indica que tirar fotos pode de facto prejudicar a capacidade de lembrar momentos e detalhes de um acontecimento, apesar - e por causa do – esforço de fotografar sem parar.

Durante o estudo, escreve o Sapo, um grupo de estudantes fez uma visita guiada a um museu, tendo sido incumbidos de fotografar certas obras de arte, enquanto outras deveriam ser apenas observadas.

No dia seguinte, quando testados, os estudantes conseguiram lembrar-se de menos detalhes dos objetos que tinham fotografado. Fenómeno que Henkel descreve como "efeito prejudicial de tirar fotos".

Para vários psicólogos que comentaram o estudo, a câmara passou a ser encarada como um "drive externo" da memória humana, podendo afetar a perceção e a própria capacidade de armazenamento de informação.

"Temos a expectativa de que o aparelho vai lembrar-se de coisas por nós e que assim não é necessário continuar a processar aquele objeto. Por isso não interagimos nem nos envolvemos com as coisas que nos ajudariam a lembrar dele", acrescentou a investigadora em entrevista à BBC.

Henkel reconhece, no entanto, que enquanto podemos atrapalhar a memória a curto prazo, estar na posse de fotos pode também ajudar-se a lembrar determinados eventos no futuro.

Por outro lado, um outro dado do estudo mostra-se interessante: os efeitos negativos da recolha de fotografias na memória diminuíram quando os estudantes tiveram que fazer um "zoom" em algum aspeto particular do objeto antes de o fotografar. Isso sugere que o esforço e a concentração da tarefa ajudou o processamento da memória.

"Isto faz sentido porque as investigadores científicas mostram que a dispersão da atenção é o maior inimigo da memória", disse ainda Henkel.

Estudos
Trabalhar 365 dias por ano ou fazer grandes serões a trabalhar, sem pausas, pode prejudicar - e muito - a sua saúde. E...

A ciência comprova e aconselha: ir de férias faz bem à saúde. Segundo o Observador, vários estudos realizados nas últimas duas décadas, garantem que tirar uns dias de folga traz mesmos benefícios para a saúde — a nível psicológico, mas também a nível físico.

Mas, se tem por hábito trabalhar dias a fio (ou anos) sem fazer uma pausa, fique a saber quais são os malefícios para a sua saúde:

Os malefícios para o corpo
Ao que parece, existe uma relação muito forte entre o trabalho em demasia e o risco de desenvolver problemas cardíacos. Dados recolhidos em 1991 mostram que as mulheres que trabalham em casa e que tiram férias uma vez de seis em seis anos têm o dobro da probabilidade de sofrerem ataques cardíacos ou de desenvolver um problema de saúde fatal do que as mulheres que fazem uma pausa, pelo menos, duas vezes por ano, refere a Quartz.

Um outro estudo, publicado no American Journal of Epidemiology em 2012, refere que trabalhar dez ou mais horas por dia aumenta em 80% a probabilidade de homens e mulheres sofrerem um ataque cardíaco, uma consequência que poderá estar relacionada com os níveis de stress psicológico e os problemas de saúde por eles causados.

Os malefícios para a mente
Se, por um lado, ir de férias faz bem ao corpo e à mente, por outro, trabalhar 365 dias por ano faz exatamente o oposto. De acordo com a Quartz, em comparação com quem trabalha entre sete a oito horas diárias, quem fica no trabalho durante mais de 11 horas tem uma maior propensão para desenvolver episódios clínicos de depressão. Mesmo que nunca os tenha tido.

Para além disso, segundo um estudo realizado por uma equipa de investigadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, uma pessoa que tire férias regularmente pode mesmo contribuir para a melhoria ,da saúde mental daqueles que o rodeiam. Comparando os níveis de depressão do país, os cientistas descobriram que existe uma relação pequena mas “praticamente significativa” entre o período de férias e a diminuição da venda de antidepressivos.

Os malefícios para a produtividade
Quando está com dificuldade em resolver uma tarefa ou um problema, fazer uma pausa do trabalho é, muitas vezes, a melhor solução. E foi exatamente a esta conclusão que chegou um grupo de psicólogos da Universidade da Califórnia. De acordo com um estudo de 2012, a maioria das pessoas tem mais facilidade em resolver um problema depois de fazer uma pequena pausa. E a criatividade também é maior.

Por outro lado, trabalhar horas a fio pode produzir exatamente o efeito contrário. Um estudo de 2008 do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, realizado ao longo de cinco anos, refere que as pessoas que trabalham 55 horas por semana (sendo que o normal são 40) têm um menor funcionamento cognitivo — o vocabulário é mais pobre e o raciocínio mais fraco.

Se ainda tem dúvidas quanto aos benefícios de umas longas férias longe do trabalho, um estudo realizado pela cientista comportamental Jessica Bloom garante que o efeito provocado por estas é “vital” e que se prolonga por algum tempo. Nas palavras da cientista, questionar a importância das férias “seria um bocadinho como perguntar: ‘porque é que dormimos se vamos ficar cansados outra vez?“

Universidade de Coimbra
Investigadores de Coimbra descobriram “sinalizadores” biológicos sem células sanguíneas que poderão antecipar o alerta para o...

“Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), liderada por Ana Cristina Rego, descobriu ‘sinalizadores’ biológicos sem células sanguíneas que poderão alertar precocemente para o surgimento da doença de Alzheimer”, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada.

Antes do aparecimento da doença de Alzheimer “ocorre a formação de radicais livres” e a investigação realizada revela que esses radicais “ativam um ‘sinalizador’ biológico” (uma “proteína, designada Nrf2, que tem como função proteger as células dos radicais livres”), refere a mesma nota.

Os radicais livres são “moléculas que poderão conduzir à morte dos neurónios nesta doença”.

“A sinalização da proteína é mais evidente quando surgem as primeiras queixas de memória, numa etapa inicial da doença de Alzheimer”, explica Ana Cristina Rego, coordenadora do estudo, que já foi publicado na revista Biochimica et Biophysica Acta (BBA)- Molecular Basis of Disease.

Além disso, “nesta fase, aumenta a sinalização de ‘moléculas de stresse’ no ‘retículo endoplasmático’, um organelo celular com várias funções, nomeadamente na síntese de novas proteínas e nos processos de destoxificação celular”, acrescenta a investigadora.

O período que antecede a doença de Alzheimer trabalhado nesta investigação, designado por Défice Cognitivo Ligeiro (DCL), situa-se entre os indivíduos cognitivamente saudáveis e os doentes com Alzheimer provável.

“Cerca de 10 a 20% das pessoas acima dos 65 anos encontram-se nesta fase intermédia de DCL e aproximadamente 15% irão progredir para um estado de demência anualmente”, refere a UC na mesma nota.

“As alterações que ocorrem em indivíduos com DCL podem ser cruciais para se compreender o início dos processos de disfunção celular e morte neuronal na doença de Alzheimer, e auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas capazes de impedir a progressão da doença”, salienta Ana Cristina Rego, citada pela UC na mesma nota.

O estudo foi desenvolvido em “estreita colaboração com investigadores de outro grupo do CNC e da FMUC, liderado por Cláudia Pereira, e com Isabel Santana, do serviço de neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e da FMUC”.

Estudo
Quase um quinto das mais de mil grávidas inquiridas num estudo português indicam ter consumido bebidas alcoólicas mesmo depois...

O estudo foi desenvolvido pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) com o objetivo de caraterizar o consumo de álcool entre as grávidas nos concelhos de Lisboa e Oeiras e envolveu 1.104 participantes inquiridas através de questionários apresentados pelos profissionais de saúde.

19% das mulheres inquiridas declararam ter tomado bebidas alcoólicas após terem conhecimento da gravidez, “sendo este consumo essencialmente esporádico”, enquanto um por cento tomaram bebidas até ficarem ‘alegres’ ou fizeram consumos ‘binge’ (consumo ocasional excessivo).

“Verifica-se um certo consenso em torno da ideia de que o consumo de bebidas alcoólicas na gravidez tem efeitos negativos no bebé, mas uma ambiguidade quanto ao tipo de consumo que é nocivo”, refere o sumário executivo do estudo.

Por isso, o SICAD entende que é necessário “divulgar mensagens claras e concretas quanto ao consumo de bebidas alcoólicas na gravidez: não é seguro beber qualquer copo na gravidez”.

O SICAD frisa ainda que “a ideia de que não é seguro beber qualquer copo de bebida alcoólica por semana na gravidez é a que mais contribui para a diminuição da probabilidade de consumir”.

Segundo os dados do estudo, entre as mulheres que consumiam álcool antes da gravidez, 74% deixaram de o fazer durante o planeamento da gravidez ou já depois de saberem estar grávidas. Das que mantiveram o consumo de bebidas alcoólicas – 26% do total de consumidoras -, metade (13%) reduziu esse consumo.

“As alterações ao consumo na gravidez ocorrem sobretudo aquando do conhecimento da gravidez e são motivadas pela necessidade de evitar problemas de saúde para o futuro filho”, explica o SICAD.

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento iniciou uma revisão de segurança dos medicamentos contendo fusafungina utilizados por...

A fusafungina é um antibiótico usado no tratamento local de infeções das vias aéreas superiores como rinofaringite, sinusite e amigdalite.

Em Portugal, encontra-se comercializado o medicamento Locabiosol 125 microgramas, solução para pulverização nasal ou bucal, indicado no tratamento local das afeções das vias aéreas superiores (rinofaringite).

Esta revisão é iniciada após a deteção de um aumento no número de casos de reações alérgicas graves, incluindo reações anafiláticas, em doentes a usar fusafungina. A maioria dos casos graves refere reações de broncospasmo, as quais terão ocorrido em adultos e crianças logo após a utilização do medicamento.

Adicionalmente têm surgido dúvidas relativas aos benefícios da fusafungina, bem como ao seu papel no aumento de resistências bacterianas, pelo que foi iniciada a reavaliação do benefício-risco dos medicamentos contendo fusafungina.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) irá avaliar os dados disponíveis sobre os benefícios e riscos dos medicamentos contendo fusafungina e emitirá uma opinião. Até que esteja concluída esta avaliação, os doentes devem continuar a utilizar este medicamento de acordo com as indicações do médico ou farmacêutico, a quem devem recorrer em caso de dúvida.

A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

Urologistas
O presidente da Associação Portuguesa de Urologia denunciou a falta de equidade no acesso a medicamentos inovadores dos doentes...

Em causa estão os medicamentos mais inovadores contra o carcinoma da próstata em estado avançado, os quais custam, em média, 3.000 euros por mês, por doente.

Segundo Arnaldo Figueiredo, estes fármacos são administrados em alguns hospitais públicos, mas nem todos, estão disponíveis em todos os institutos portugueses de oncologia.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Urologia (APU), esta é uma situação “muito injusta” e que faz com que alguns doentes tenham de fazer mais quimioterapia, ou receber apenas cuidados paliativos, quando podiam ter mais alguns anos de vida, com os fármacos inovadores.

A decisão de administrar ou não estes medicamentos é dos conselhos de administração dos hospitais, os quais alegam que, por se tratar de um fármaco de dispensa em ambulatório, não são obrigados a disponibilizar.

O cancro da próstata é o tumor maligno mais frequente no homem adulto.

Hoje tem início a Semana de Alerta para as Doenças da Próstata, uma ação promovida pela APU e que pretende sensibilizar a população masculina para a importância deste tumor e da sua prevenção.

Segundo a APU, “a vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata, uma vez que este não apresenta sintomas numa fase inicial”.

“Apesar de ser a segunda causa de morte por cancro no homem nos países ocidentais, a sua possibilidade de cura é de 85% quando detetado precocemente”.

Em Portugal, o cancro da próstata atinge anualmente entre 3.500 a 4.000 portugueses. Destes, 1.800 acabam por morrer.

Só falta 'ok' do Governador
O senado da Califórnia aprovou na sexta-feira à noite uma lei que permite que os doentes terminais recebam ajuda médica para...

A proposta, que tem levantado uma ampla discussão nos Estados Unidos, foi aprovada na quarta-feira na câmara baixa com os votos a favor de 43 parlamentares, contra de 34, e na sexta-feira, já sábado em Lisboa, conseguiu 23 votos a favor e 14 contra no senado californiano, aguardando agora a assinatura do governador democrata para passar a ser lei.

O movimento a favor da morte assistida, que autoriza o pessoal médico a proporcionar aos doentes terminais uma medicação que ajuda a pôr fim à vida, recebeu um novo impulso depois do caso de brittanyu Maynard, em novembro do ano passado.

Maynard, uma jovem enfermeira de 29 anos, teve que se mudar da Califórnia para o estado norte-americano do Oregon, para ter a atenção médica de que necessitava para morrer, depois de ter sido diagnosticada com cancro cerebral nesse mesmo ano e estando já em fase terminal.

A Lei 'Morte com Dignidade' já ajudou 70 pessoas morrer nesse ano no Oregon, tendo entrado em vigor em 1997.

Em Washington existe desde 2008 e em Vermont desde o ano passado.

Tempos de espera lideram reclamações na ERS
Quase 18 mil reclamações deram entrada na Entidade Reguladora da Saúde entre janeiro e junho deste ano, com o tempo de espera a...

De acordo com este relatório referente ao primeiro semestre do ano, que é também o primeiro em que a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) analisa as reclamações recebidas contra prestadores do setor público, nesse período entraram 19.820 processos, dos quais 17.823 (89,9%) eram queixas.

Chegaram ainda à ERS 2.027 elogios e louvores.

A maioria das reclamações (50,9%) foi proveniente de utentes da região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), a qual também recebeu o maior número de elogios (55,7%).

Os serviços públicos de saúde foram objeto de mais queixas (66,3%), com os prestadores com internamento a serem os mais visados: 78,1% das reclamações do setor público e 74,1% das do setor privado.

“A temática mais recorrentemente assinalada nas reclamações é a dos tempos de espera (com 20,6% das ocorrências, em 25,1% dos processos de reclamação) particularmente os tempos de espera para atendimento clínico não programado”, lê-se no relatório.

Os utentes queixaram-se também dos cuidados de saúde e segurança do doente (15,9% das ocorrências, em 19,3% das reclamações).

Em relação aos louvores, em 73,3% dos casos foram dirigidos a prestadores do setor público, nomeadamente à atividade clínica. Um terço dos louvores (33,9%) dirigiu-se ao pessoal clínico e 23,5% à organização dos serviços clínicos.

No primeiro semestre do ano a ERS arquivou 7.313 processos. “Em 76,2% das situações não houve necessidade de intervenção regulatória acrescida por parte da ERS, enquanto 3,3% dos processos foram objeto de intervenção supervisora adicional”, lê-se no documento.

Em 2,1% dos processos “a situação foi ultrapassada por ação dos próprios prestadores, e 2% foram objeto de transferência para outras entidades (maioritariamente para ordens profissionais). Os restantes 16% foram liminarmente arquivados”.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, esclareceu que a falta da vacina BCG no mercado mundial não é o que está a condicionar...

“Ou seja, se a decisão for tomada não é porque neste momento não há fornecimento da vacina a nível mundial. A Direção-Geral da Saúde já conseguiu um pré compromisso para conseguir obter um conjunto de doses de vacinas. A nossa intenção é que as crianças sejam vacinadas e depois, independentemente desta falta a nível mundial das vacinas do BCG, então tomar a decisão”, afirmou Paulo Macedo.

O ministro referiu que “neste momento apenas a Grécia, Portugal e a Irlanda mantêm a vacina do BCG, em termos da União Europeia”.

“Queremos é desligar uma coisa da outra. A decisão a ser tomada, não será tomada porque há falta neste momento de fornecimento a nível mundial. Estamos num caminho melhor do que estávamos há 15 dias para a aquisição da vacina, vamos vacinar as crianças e depois tomar a decisão em termos de futuro”, frisou.

A informação de que a Direção-Geral da Saúde admite deixar de vacinar todos os bebés contra tuberculose foi referida na quinta-feira ao “Diário de Notícias” pela subdiretora-geral de Saúde, avançando que esta hipótese “vai ser avaliada já na próxima reunião”.

A OMS recomenda a vacinação apenas para grupos de risco em países onde a incidência é baixa. Até ao ano passado, Portugal era o único país da Europa que ainda estava acima do limite no número de casos de tuberculose, um limite traçado nos 20 casos por cada cem mil de habitantes. A DGS anunciou, no entanto, em abril, que pela primeira vez Portugal tinha baixado dessa fasquia.

Já a comissão de vacinas da Sociedade Portuguesa de Pediatria considera que uma posição definitiva sobre a administração universal da vacina BCG em Portugal só poderá ser tomada após o conhecimento de todos os dados epidemiológicos que a DGS tem vindo a recolher.

No entanto, considera que “o risco de tuberculose para as crianças, em Portugal, é baixo e que os atrasos verificados na vacinação não colocam em risco a sua saúde”.

O ministro falava no final da cerimónia de assinatura de protocolos entre a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e 30 instituições de saúde, com vista à melhoria da formação clínica dos estudantes de Medicina. No âmbito desta sessão, Paulo Macedo distinguiu a FMUP com a Medalha de Serviços Distintos Grau Ouro do Ministério da Saúde.

Menos que em 2012
As técnicas de Procriação Medicamente Assistida fizeram nascer 2.091 crianças em 2013, menos 43 do que no ano anterior, tendo...

De acordo com o relatório da atividade em Procriação Medicamente Assistida (PMA) em 2013, elaborado pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), o maior número de crianças nascidas através destas técnicas resultaram da aplicação da Fertilização In Vitro (FIV) e Microinjeção Intracitoplasmática (ICSI) intraconjugal: 1.322.

Na nota introdutória do documento, o CNPMA sublinha que, “comparando com 2012, o número de ciclos das principais técnicas de PMA efetuado (excluindo inseminação intrauterina) foi 3% menor, mas que as taxas de gravidez e parto aumentaram ligeiramente”.

“O número de inseminações artificiais manteve-se estável e os resultados do uso desta técnica tiveram também ligeira melhoria”, prossegue o regulador desta área que visa responder a casos de infertilidade.

O CNPMA destaca a descida da taxa de partos múltiplos, “pela sua inequívoca importância, no que constitui o contínuo esforço tendente à eliminação da situação que corresponde ao maior risco dos tratamentos de infertilidade”.

Segundo o documento, registaram-se 33 casos de síndroma de hiperestimulação ovárica, a mais frequente complicação em ciclos de FIV/INCI intraconjugal, e quatro complicações da punção ovárica.

Em relação à doação de gâmetas ou embriões, em 2013 ocorreram 60 ciclos FIV e 67 ICSI com esperma de dador e iniciaram-se 345 ciclos para doação de ovócitos.

O documento demonstra como a idade das doentes influencia o sucesso dos tratamentos, o qual diminui de forma acentuada a partir dos 36 anos.

A taxa de gestação diminuiu dos 15,2% aos 40 anos para os 2,6% aos 45 anos.

O aumento da idade das mulheres que se submeteram aos tratamentos também influenciou a taxa de aborto, a qual subiu a partir dos 37 anos e acentuando-se a partir dos 41 anos, atingindo quase 70% nas doentes com 42 ou mais anos.

Segundo o CNPMA, em 2013 existiam em Portugal 27 centros de PMA que executavam tratamentos de infertilidade através de técnicas de PMA e um que executava apenas Inseminação Artificial.

Dia 26 de setembro
800 novos enfermeiros vão ser reconhecidos para o exercício da profissão em Portugal.

A Secção Regional do Norte (SRN) da Ordem dos Enfermeiros (OE) promove no próximo dia 26 de setembro a Cerimónia de Vinculação à Profissão, que irá decorrer no Grande Auditório do Fórum da Maia, pelas 15 horas. 800 jovens licenciados em Enfermagem recebem neste evento da SRN as suas cédulas profissionais que lhes permitem o exercício legal em Portugal. A cerimónia será presidida pelo Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Enfermeiro Germano Couto e contará com a presença do Presidente do Conselho Diretivo Regional, Enfermeiro Jorge Cadete.

As boas-vindas a estes jovens profissionais do Norte do país (são mais de três mil a nível nacional) acontecem num contexto em que se reconhece a falta de Enfermeiros no sistema de saúde português, que na sua tripla vertente pública, privada e social, tem capacidade para absorver todos os recém-licenciados.

Durante a Cerimónia de Vinculação à Profissão serão entregues as cédulas profissionais aos enfermeiros recém-admitidos, formalizando-se a sua vinculação à profissão. Nesta solenidade os jovens enfermeiros comprometem-se a fazer de tudo para que os seus pacientes recebam o melhor tratamento, proferindo o célebre “Juramento profissional baseado no juramento de Florence Nightingale”: “Livre e solenemente, em presença de Deus e desta assembleia juro: dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana; exercendo a Enfermagem com consciência e fidelidade; guardar sem desfalecimento, os segredos que me forem confiados; respeitar a vida desde a conceção até a morte, não praticar voluntariamente atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter elevados os ideais da minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.” 

Estudo explica
Fumar aumenta o risco de cancro e de morte prematura. É sabido. Mas por que, então, ouvimos de vez em quando relatos de pessoas...

A equipa, da Universidade de Oxford, nos EUA, avaliou um grupo de 90 fumadores idosos e identificou uma variação genética que seria responsável por fazer essas pessoas serem mais resistentes a fatores de stress ambientais, como fumo e poluição, escreve o Diário Digital.

Segundo os investigadores, liderados por Morgan Levine, o organismo desses indivíduos seriam mais eficientes para reparar danos causados nas células. Portanto, além de viver mais, essas pessoas também teriam um risco 11% menor de ter cancro.

A descoberta, publicada no Journals of Gerontology, Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, fortalece a noção de que a longevidade não está ligada somente a fatores ambientais. A genética também possui um papel importante nisso.

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