ASAE
Inspetores da ASAE garantem que o número de menores identificados "é residual" e denunciam falta de meios para...

Em três meses, desde que a nova lei do álcool entrou em vigor, em Junho deste ano, apenas 63 menores foram identificados por consumo, o que corresponderia a uma média de cerca de vinte por mês, quase cinco por semana e menos de um por dia, naquele período de tempo, escreve o jornal Público. Ao número, que os inspetores da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) consideram residual, acrescenta-se ainda o facto de todos esses jovens terem sido detetados por atacado nos festivais de música de Verão entre Junho e Agosto deste ano.

O que aconteceu então enquanto os inspetores estavam no NOS Alive, em Algês, no Super Bock Super Rock, em Lisboa, no Meo Sudoeste, na Zambujeira do Mar, no Sol da Caparica e no festival do Crato? A ASAE, que forneceu os dados ao PÚBLICO, diz que foram apenas identificados menores em Campo Maior, Portalegre, Arronches, Monforte, Elvas e Vilamoura, o que resultou à instauração de seis processos de contra-ordenação. Não adiantou, porém, quantos menores foram identificados nessas localidades.

Os inspetores da ASAE não têm dúvidas de que os números demonstram a falta de meios daquela entidade para fiscalizar a nova lei que restringe o consumo de qualquer tipo de álcool a menores de 18 anos. “Esse número é ridículo e residual. A ASAE tem 239 inspetores que já eram poucos para a fiscalização das áreas que já tinha de fiscalizar anteriormente. Não há gente para controlar o cumprimento dessa lei. E o que fizeram foram operações montadas para a comunicação social. Porque sabiam que os jornalistas iam estar atentos, pelo menos aos festivais. Ao mesmo tempo foram descuradas as zonas de animação noturna de Lisboa e Porto e o resto do país. Não há inspetores para fiscalizar a nova lei. A ASAE não tem, aliás, inspetores suficientes para cumprir a sua missão. Está moribunda”, alerta o presidente da Associação Sindical dos Funcionários da ASAE (ASF-ASAE), António Albuquerque.

Para aquela associação sindical, a ASAE teria de ter “pelo menos o dobro dos inspetores que tem atualmente e mesmo assim estaria no limite mínimo”, salienta ainda António Albuquerque.

Entre o início do ano e a entrada em vigor da nova lei, em Junho, a ASAE identificou 33 menores. Estes dados não permitem, porém, um contexto que possibilite um balanço quanto aos efeitos da legislação recente relativamente aos menores identificados desde 2013, quando a lei anterior já proibia o consumo de bebidas espirituosas deixando apenas a exceção para a cerveja e o vinho. Se por um lado, o aumento no período posterior ocorre nos festivais de Verão, relativamente a operações de fiscalização direcionadas pela ASAE, por outro a entidade não forneceu ao jornal Público o número de menores identificados em anos anteriores, apesar das várias solicitações que recebeu nesse sentido durante mais de um mês. “Não é possível responder relativamente ao número de menores identificados em 2013 e 2014”, justificou, por fim, a ASAE.

A resposta, porém, surpreende os próprios inspetores da ASAE. “Na ASAE atualmente está tudo informatizado a nível central. Todas as fiscalizações e resultados operacionais são de imediato inseridos no sistema. Isso parece-me estranho”, refere António Albuquerque que acusa a ASAE de estar a “ocultar dados” para não revelar “resultados que seriam residuais e demonstrariam a atual ineficácia” da entidade.

O inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, não esteve disponível para prestar esclarecimentos, apesar de ter sido questionado por email, através do gabinete de comunicação da instituição, e contactado entretanto por telefone. “Esse silêncio parece-me ser esclarecedor. Não querem admitir a falta de meios”, critica António Albuquerque.

Quanto a anos anteriores, a ASAE deu conta de que em 2013 se registaram 326 infrações que corresponderam 980 processos enquanto no ano passado foram 369 as infrações e 1017 os processos instaurados “destacando-se como principais infrações a falta de afixação de aviso de forma visível com a menção da referida proibição e a falta de cumprimento dos requisitos relativos aos aviso no que se refere especificamente à infração de facultar, vender ou colocar à disposição, em locais públicos bebidas alcoólicas a menores”. Já em 2015, a ASAE registou 161 infrações e instaurou 593 processos neste contexto.

O presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), João Goulão, destaca a importância da nova lei do álcool. “A lei anterior [de 2013] criava uma diferença entre o álcool bom e o álcool mau. Esta é mais benéfica porque restringe o consumo de todo o tipo de álcool aos menores. É uma questão de saúde pública por que o organismo dos menores está ainda desenvolver-se. Está provado cientificamente que quanto mais tarde se consumir álcool menos provável é a possibilidade de ser criada uma dependência”, esclarece o responsável.

Foi precisamente face à constatação de que a lei anterior não estava a ter o efeito pretendido que o Governo decidiu alterar a legislação.

“Constata-se, no que diz respeito ao consumo e venda de bebidas alcoólicas a menores em locais públicos, que continuam a existir elevados níveis de comportamentos de risco e de excesso de consumo, com consequências nefastas para a população mais jovem. Com efeito, verifica -se que não ocorreram alterações relevantes no padrão de consumo de bebidas alcoólicas, por parte dos jovens, no ano subsequente à entrada em vigor das mencionadas alterações legislativas, seja a nível do tipo de bebidas ingeridas, seja a nível de consumos nocivos. No consumo recente, destacam-se as bebidas espirituosas e a cerveja, com a tendência de manter a frequência dos consumos, incluindo de bebidas espirituosas entre os menores de 18 anos, sendo que foram os jovens de 16 anos, em particular, os que mais mencionaram um aumento da facilidade de acesso a bebidas alcoólicas, com qualquer graduação de álcool”, alerta o preâmbulo da nova lei remetendo para um estudo levado do SICAD.

A nova lei prevê coimas entre os 500 e os 30 mil euros para quem venda bebidas alcoólicas a menores. Mas no caso destes, a aposta passa pela sensibilização. “É uma questão simbólica e a aposta é na sensibilização e no envolvimento e responsabilização dos pais que agora já podem dizer aos filhos que não podem beber porque é proibido por lei”, diz João Goulão. Quando um menor é identificado os pais, ou o representante legal, são notificados pelas autoridades. A PSP e GNR também fiscalizam estas situações, mas a ASAE é a entidade responsável por instruir todos os processos. Em último caso, as autoridades podem também notificar os núcleos de apoio a crianças e jovens em risco nos centros de saúde ou hospitais, nos casos de reincidência ou quando seja impossível contactar os pais. A lei prevê também que em última linha possam atuar as comissões de proteção de crianças e jovens e o Ministério Público.

Europa quer
Ideia foi defendida pelo comissário europeu da Saúde. Objetivo é poupar dinheiro nas doenças que se podem evitar para ter...

“Porque é que somos tão ineficientes a utilizar instrumentos de prevenção que sabemos que funcionam?” A pergunta, em jeito de desafio, foi lançada em Bruxelas pelo comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar. Vytenis Andriukaitis reconheceu que o ritmo acelerado a que estão a chegar medicamentos inovadores ao mercado vai continuar a aumentar e a “colocar pressão financeira” nos sistemas de saúde dos 28 Estados-membros. Por isso, o responsável considerou que chegou a altura de a Europa combater o peso da inovação evitando, sempre que possível, que as pessoas adoeçam. “Temos de mudar o máximo possível o nosso paradigma dos cuidados de saúde para a prevenção”, insistiu.

O comissário defendeu a sua posição num encontro com um grupo de jornalistas, que decorreu na sequência de um seminário em Bruxelas, dedicado aos 50 anos de regulação e legislação na área do medicamento. O tema da prevenção, dos medicamentos inovadores e o problema relacionado com a eficácia e o preço dos mesmos foram transversais nos encontros. Já antes, durante a conferência, Andriukaitis tinha sublinhado que inclui na chamada “inovação médica” o foco na prevenção. “Precisamos de uma mudança da ideia de sistema de saúde ou de tratamento da doença para a prevenção e bem-estar”, reiterou, acrescentando ainda que toda a inovação deve também passar a ser mais escrutinada e que os países devem partilhar mais informação para que cada vez mais se pague em função dos reais resultados que os tratamentos trazem para os doentes.

“Os medicamentos, os tratamentos inovadores e as vacinas custam dinheiro. Por vezes, são tão caros que nem os países mais ricos conseguem suportá-los. O acesso aos medicamentos cria uma grande tensão na sociedade, em especial porque o financiamento dos nossos sistemas de saúde tem uma base solidária”, afirmou o comissário. Depois, considerou que, no futuro, o “equilíbrio entre solidariedade e lucro” deve passar por reduzir os fatores de risco a que os cidadãos estão expostos e que são a causa de muitas das doenças que hoje mais peso têm.

Vytenis Andriukaitis admitiu que os orçamentos que os países dedicam à área da prevenção são demasiado curtos. Em geral os valores não vão além de 3% do total da despesa em saúde – como é o caso de Portugal. “A União Europeia gasta pouco em prevenção em saúde, como é o caso os acidentes e de várias doenças crónicas, como a diabetes ou o cancro. E isso tem consequências económicas”, reforçou. “É preciso combater os fatores de risco e reduzir o peso das doenças crónicas nos sistemas de saúde. Temos de mudar o nosso paradigma da medicalização para a prevenção. Temos de encorajar as pessoas a serem mais saudáveis. Não são palavras simples, estamos preocupados com a nossa sociedade e o nosso futuro e a gestão dos riscos deve ser o caminho”, acrescentou o também médico.

Os alertas feitos pelo comissário lituano vão ao encontro das preocupações descritas no relatório A Saúde dos Portugueses – Perspetiva 2015, publicado recentemente pela Direção-Geral da Saúde. Na globalidade os portugueses estão a perder anualmente cerca de 141 mil anos de vida saudável apenas por não terem hábitos alimentares corretos no que diz respeito ao consumo de produtos como a fruta ou os legumes. Três peças de fruta por dia poderiam ser o suficiente para inverter este retrato negro.

As estimativas apontam para que os hábitos alimentares inadequados sejam o fator de risco com mais peso nos anos de vida saudável que se perdem, com um valor que ascende a 19,2% em Portugal. A percentagem ultrapassa o peso atingido pela hipertensão arterial ou até mesmo consumo de tabaco e de álcool, dizia o mesmo documento da Direção-Geral da Saúde. No total, as contas apontam para que as doenças crónicas não transmissíveis representem já 85% de todas as doenças em Portugal, sendo que a dieta pobre em fruta surge à cabeça como comportamento alimentar com mais influência nesta perda de saúde, seguida pela dieta rica em sal e pela dieta pobre em vegetais. As doenças do aparelho circulatório são a principal consequência destes maus hábitos, seguidas pelo cancro.

O exemplo da hepatite C
Para Vytenis Andriukaitis, ao evitarem-se algumas doenças, os países ficariam assim com mais verbas disponíveis para poder pagar os novos medicamentos que chegam ao mercado. No entanto, alertou que é preciso distinguir a verdadeira inovação das meras novidades e encoraja os Estados-membros a partilharem mais informação sobre os resultados dos tratamentos que são feitos aos doentes em cada país. “Devemos apoiar a cooperação entre Estados, mas a situação económica é diferente entre os vários países. O ideal é que Estados semelhantes cooperem e partilhem informação”, disse, recomendando que se evoluam para modelos de pagamento que tenham em consideração os resultados dos medicamentos.

Quando surgiu a polémica em relação ao preço dos novos tratamentos para a hepatite C, aprovados a partir de 2014, Portugal propôs uma compra conjunta a nível europeu para resolver o impasse criado. A solução foi levada a Bruxelas pelo ministro da Saúde e pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), mas não avançou. O Governo português acabou por fazer um acordo único, em que precisamente prevê pagar apenas pelos doentes que fiquem de facto curados.

Questionado pelo jornal Público sobre se não haveria vantagem em a União Europeia avançar para a compra conjunta, o comissário contrapôs que “a questão dos preços é muito complexa”. “Sou a favor de encorajar os Estados-membros, mas não é uma decisão da Comissão Europeia. Claro que do ponto de vista económico era mais eficiente e o ideal era estabelecer acordos de longo prazo entre e indústria farmacêutica e os Estados-membros”, admitiu. Andriukaitis lembrou que a compra conjunta já acontece para as vacinas através do chamado Joint Procurement Agreement, mas explicou que não é possível estender de forma simples esse acordo a outras áreas.

No entanto, o responsável adiantou que a Comissão Europeia está a trabalhar em várias frentes no que diz respeito a inovadores. Uma das ideias passa por “introduzir mais transparência” em todo o sistema, para que os países tenham mais informação sobre os reais resultados do que é aprovado. Por outro lado, sem abdicar da exaustiva avaliação dos novos medicamentos, o comissário explicou que querem “flexibilizar o sistema para que os medicamentos cheguem mais rápido a alguns grupos” para os quais não há alternativas no mercado ou em que o tempo é crucial. Com esta medida esperam satisfazer os doentes, mas também incentivar a indústria farmacêutica a investigar em mais áreas – nomeadamente em novos antibióticos, visto que há cada vez mais resistência aos que existem no mercado.

Combate à contrafação
Novas regras devem ser aprovadas em 2016 e preveem que as embalagens tenham um "código QR", uma espécie de código de...

A compra produtos online é uma rotina cada vez mais comum para os europeus, mas que levanta alguns problemas de segurança, sobretudo quando estão em causa medicamentos, escreve o jornal Público. Os fármacos vendidos através de circuitos paralelos ou da Internet, em termos de imagem, são em quase tudo semelhantes aos originais – mas a substância com que são feitos pode pôr em risco a segurança e a vida dos doentes. Bruxelas quer, por isso, apertar o cerco à contrafação de medicamentos e no princípio de 2016 vai publicar mais legislação sobre este tema. Desta vez, a principal mudança está no facto de as embalagens de fármacos passarem a contar com um código de barras inovador, conhecido como “código QR”.

“Todas as embalagens de medicamentos terão de ter um código QR que será único a identificar esse mesmo pacote. A ideia é tornar cada vez mais difícil e mais caro falsificar fármacos, que é uma realidade que está a aumentar e que nos preocupa”, explicou Stefano Soro, responsável pela unidade que coordena as questões de qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos na Direção-Geral da Saúde e Segurança dos Alimentos da Comissão Europeia. O custo de implementar este código nas embalagens não deverá ir além de dois ou três cêntimos, assegurou.

Segundo avançou o especialista aos jornalistas, à margem de um seminário sobre os 50 anos de regulação europeia na área do medicamento que decorreu em Bruxelas, a ideia é que o código atribuído a cada embalagem produzida seja integrado num complexo repositório online. Quando o medicamento prescrito ao doente é vendido o código desaparece da lista. Se for roubado, de imediato é dado um alerta. E “se alguém tentar reintroduzir o produto do mercado isso será mais facilmente detetado”. As novas regras, que depois terão de ser adaptadas por cada país, deverão estar prontas já no início de 2016, uma vez que a Comissão Europeia já enviou o diploma para o Parlamento Europeu e para o Conselho Europeu, que têm uma palavra final nesta matéria.

A última operação de âmbito internacional relacionada com falsificação de medicamentos, coordenada pela Interpol, decorreu entre 9 e 16 de Junho. Ao todo, nos 115 países envolvidos pela operação Pangea VIII foram detidas 156 pessoas e apreendidas mais de 20,7 milhões de unidades de medicamentos falsificados, que se estima que tivessem um valor de 72 milhões de euros – valores que praticamente triplicaram em dois anos. Foram também encerrados 2414 sites ilegais que se dedicavam a esta área.

Só em Portugal, segundo avançou na altura a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), a ação permitiu travar a entrada no país de mais de 18 mil unidades de medicamentos ilegais, num total de mais de 40 mil euros. Desde 2012 que o Infarmed já emitiu mais de 70 avisos relacionados com medicamentos falsificados ou roubados, ainda que esta última situação seja uma minoria.

Segundo Stefano Soro, alguns protetores gástricos, fármacos para a ansiedade e perda de peso, mas também tratamentos para o cancro, continuam a ser os “campeões” na contrafação, sublinhando que além de ineficazes “podem mesmo ser mortais”. A ideia do código inovador surge depois de outras mudanças que a Comissão Europeia já implementou. Por exemplo, desde 2013 que alguns países que exportam substâncias ativas para os Estados-membros que têm de fazer acompanhar os produtos de um certificado de qualidade. São também mais comuns as ações por parte de inspetores europeus a esses mercados.

Além disso, desde 1 de Julho que todas as farmácias ou revendedores online que operam legalmente na União Europeia passaram a ter de utilizar um logotipo comum que atesta a autenticidade e a segurança dos produtos que vendem através da Internet. “O símbolo é igual em todos os países, só sendo alterada a bandeira consoante o local onde o site opera”, adiantou o responsável da Comissão Europeia. Questionado sobre eventuais falsificações do próprio logotipo, Stefano Soro reforçou que o símbolo não é apenas uma imagem. “É um logotipo interativo”, reforçou, acrescentando que quando o utilizador clica na imagem é remetido para os sites das autoridades nacionais com a lista de todas as farmácias e retalhistas legais no país em causa. Todas estas medidas reforçam a Diretiva dos Medicamentos Falsificados, adotada pela União Europeia em 2011, e que foi transporta para a legislação nacional um ano depois.

Estudo
As crianças que passam muito tempo sentadas podem ter de encarar consequências parecidas com as dos adultos, de acordo com um...

A pesquisa revelou que depois de apenas um período de inatividade prolongada, escreve o Diário Digital, as crianças desenvolveram mudanças na corrente sanguínea e nas artérias que, em adultos, significaria o início de sérios problemas cardiovasculares.

Há muitas evidências de que ficar sentado por muito tempo prejudica a saúde dos adultos. Vários estudos epidemiológicos descobriram associações entre horas de inatividade e aumento de riscos para diabetes, obesidade, doenças cardíacas e do fígado, síndrome metabólica e outros problemas, incluindo morte prematura. O mais preocupante é que esses riscos permanecem elevados mesmo quando a pessoa faz exercício, mas depois se senta na sua cadeira pelo resto do dia.

Esses estudos, no entanto, envolveram adultos. Poucas experiências examinaram diretamente os efeitos do sedentarismo em corpos jovens e saudáveis, e assim não estava claro se as crianças seriam afetadas como os seus pais quando passam longos períodos sentadas.

Por isso, para o novo estudo, publicado no “Experimental Physiology”, Ali Mc Manus, professora associada de fisiologia do exercício pediátrico da Universidade de Columbia, em Kelowna, e os seus colegas decidiram pedir para as crianças ficarem sentadas e quietas.

Em geral, os jovens de hoje fazem muito isso. Uma recente pesquisa epidemiológica de larga escala relatou que crianças por todo o mundo ficam sentadas cerca de oito horas e meia todos os dias. Outro estudo recente descobriu que os níveis de atividade entre elas diminuem muito depois dos oito anos e continuam a cair por toda a adolescência, quando os jovens trocam o movimento por mais tempo sentados.

Esse declínio na atividade, segundo o estudo, é mais pronunciado entre as meninas.

Por essas e outras razões, neste novo estudo, os cientistas focaram-se em meninas entre nove e 12 anos de idade. Eles recrutaram nove meninas, entre elas, duas com excesso de peso. As outras tinham peso normal.

Como os pesquisadores estavam interessados no que acontece no curto prazo quando alguém se senta por muitas horas, escolheram avaliar a função vascular. Estudos anteriores em adultos haviam mostrado que, quando permanecemos muito tempo sentados, as artérias nas nossas pernas param de se expandir como deveriam para permitir que o sangue corra de forma saudável. Em vez disso, elas contraem-se, impedindo o sangue de fluir, aumentando a pressão sanguínea e, com o tempo, contribuindo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Sociedade Europeia de Oncologia Médica
O Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPO de Lisboa) recebeu uma certificação em cuidados paliativos...

O IPO de Lisboa foi assim reconhecido como Centro Integrado de Oncologia e Cuidados Paliativos, uma distinção que atesta a qualidade dos serviços do hospital, escreve o Sapo.

Este é o primeiro hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a obter aquele certificado de qualidade, que foi anunciado numa sessão especial sobre centros integrados de oncologia e cuidados paliativos, no âmbito do Congresso Europeu do Cancro 2015, que terminou esta terça-feira, dia 29.

A distinção é uma garantia de que os serviços prestados estão de acordo com os protocolos da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO, na sigla em inglês), sublinhou a unidade numa nota de imprensa.

"Em oncologia, os cuidados paliativos devem ser prestados de forma integrada com os tratamentos dirigidos ao cancro e devem estar disponíveis ao longo de toda a trajetória da doença, não apenas no fim da vida, sendo extensíveis à família", sublinhou o oncologista João Freire, que liderou a candidatura do IPO de Lisboa àquela certificação.

Estudo
Um investigação recente sugere que quanto mais alta é uma pessoa, maior é o risco de desenvolver cancro de pele e mama, entre...

O estudo, do instituto médico sueco Karolinska, em Estocolmo, indica que para cada 10 centímetros de altura num adulto, o risco de cancro cresce 18% nas mulheres e 11% nos homens, escreve o Sapo.

Outras investigações tinham já apontado para a possibilidade de existir essa relação entre altura e risco de tumor maligno, embora as causas não estivessem ainda claras, escreve a BBC.

A cientista Emelie Benyi, que conduziu o estudo, comenta que os resultados podem ajudar a identificar fatores de risco e a desenvolver novos tratamentos. Segundo ela, são necessários mais estudos para entender a relação entre altura e cancro, embora haja várias explicações possíveis.

A primeira delas é que pessoas mais altas têm mais células - e mutações nas células estão na raiz da formação de tumores. Por outro lado, essas pessoas têm maior probabilidade de terem sido expostas a doses mais altas de hormonas do crescimento durante a adolescência, uma espécie de gatilho para o cancro. Outra explicação reside no facto de que os indivíduos mais altos geralmente comem mais e estudos anteriores provaram que um maior consumo de calorias está relacionada com uma maior propensão para o cancro.

O estudo foi apresentado na Conferência Europeia da Sociedade de Endocrinologia Pediátrica, em Barcelona. Os investigadores analisaram dados médicos de 5,5 milhões de mulheres e homens suecos.

De acordo com a análise dos resultados, as mulheres mais altas tinham 20% mais hipóteses de desenvolver cancro da mama. Os homens e também as mulheres mais altas tinham ainda 30% mais probabilidade de terem cancro de pele.

Banco Mundial
A pobreza extrema terá este ano uma diminuição, para menos de 10% da população mundial, o que acontece pela primeira vez,...

O documento, todavia, expressa “grande preocupação" pelos milhões de pessoas que vivem em África, noticia a AFP.

"Esta é a melhor notícia no mundo de hoje - estas projeções mostram que somos a primeira geração na história humana que pode acabar com a pobreza extrema", disse Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, que realiza a sua reunião anual de 9 a 11 de outubro, em Lima, juntamente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com projeções do Banco Mundial, cerca de 702 milhões de pessoas, ou seja 9,6% da população mundial, vai viver abaixo da linha da pobreza este ano, principalmente na África Subsaariana e na Ásia.

Em 2012, essa cifra era de 902 milhões, ou seja cerca de 13% da população mundial, em 1999 situava-se em 29%.

De acordo com Yong Kim, regista-se um contínuo declínio na pobreza extrema, resultado de um crescimento dinâmico económico nos países em vias de desenvolvimento e os investimentos na saúde e na educação, bem como em redes de segurança social que impediu que milhões de pessoas tivessem continuado na pobreza extrema.

"Esta nova previsão da pobreza cair na casa de um dígito deve-nos dar um novo impulso e ajudar a concentrar-nos ainda mais concentradamente sobre as estratégias mais eficazes para acabar com a pobreza extrema", disse.

Anteriormente, as pessoas que vivem com 1,25 dólares norte-americanos, ou menos, por dia foram definidas como vivendo em extrema pobreza. Essa cifra é atualmente de 1,90 dólares, para refletir a inflação.

O relatório do Banco Mundial surge depois de os líderes mundiais, no mês passado, se terem comprometido a acabar com a pobreza extrema no prazo de 15 anos, adotando um conjunto ambicioso de metas das Nações Unidas com um investimento na ordem dos triliões.

Estudo
Um estudo da Universidade do Porto revela que 85% dos adolescentes avaliados consomem sal em excesso, havendo mesmo quem ingira...

O estudo, intitulado "Salt intake by children and adolescents - Contribute for salt reduction strategy" e que foi publicado recentemente na revista BMC Nutrition, foi realizado durante dois anos letivos – 2012/2013 e 2013/2014 – a 200 adolescentes entre os 13 e os 17 anos que frequentam escolas públicas no distrito de Braga, revela que a média de consumo de sal dos jovens é de 8,5 gramas por dia”.

“O consumo é excessivo, considerando a recomendação de ingestão da OMS de cinco gramas por dia”, alerta Carla Gonçalves, investigadora principal do estudo, adiantando que o máximo de sal encontrado foi de 22 gramas numa rapariga de 14 anos.

Um valor de ingestão de sal “claramente acima da recomendação e excessivo”, observa a nutricionista e especialista em Ciências do Consumo, referindo que as principais fontes alimentares desse dia da menina de 14 anos foram produtos “altamente processados, como pizza, chourição, queijo, pão e pastelaria”.

Segundo Carla Gonçalves a “principal preocupação” sobre este alto valor de sal na adolescente de 14 anos e na generalidade dos adolescentes avaliados é que não têm consciência que ingerirem sal acima do recomendado pela OMS, chegando por vezes a duplicar ou triplicar os valores aceites mundialmente.

“Ela [a menina de 14 anos que ingeriu 22 gramas de sal/dia] não irá fazer um esforço para reduzir, porque não tem consciência de que ingere muito sal e também é preocupante, porque em parte, ela não tem poder para reduzir aquele alto consumo, porque é realizado através de produtos altamente processados pela indústria alimentar e através de produtos fornecidos pela restauração”.

A amostra para o estudo realizado com a colaboração da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Direção-Geral da Saúde, contou com a urina de 24 horas de 200 indivíduos - 118 raparigas e 82 rapazes -, um número recomendado pela OMS e que é considerada uma “amostra razoável” para se tirarem conclusões sobre o excesso de consumo de sal nos adolescentes portugueses, explicou a investigadora principal do estudo que faz parte da sua tese de doutoramento apresentada até ao final deste ano.

Para além de informar que mais de quatro em cada cinco adolescentes avaliados consome sal a mais, o estudo realizado por uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição Alimentação da Universidade do Porto da Faculdade de Ciências da Nutrição Alimentação Universidade do Porto também conclui que “os rapazes ingerem mais do que as raparigas”, diz Carla Gonçalves.

A investigadora conta que fontes alimentares do sal ingerido pelos adolescentes estudados são o grupo dos cereais, em especial do pão, e o grupo da carne, como as salsichas, hambúrgueres, são os principais contribuidores.

“Este estudo é importante, porque as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade em Portugal, a par do cancro, e a ingestão excessiva de sal é a causa dos dois, pois está relacionada com o desenvolvimento de hipertensão arterial e com alguns tipos de cancro, como o do estômago”, explica.

Em declarações, Pedro Moreira, professor e diretor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto disse que estes dados são “preocupantes”, visto que os mais recentes resultados mostram também que um “panorama de consumo excessivo em crianças”.

Um estudo conhecido em maio passado sobre hábitos alimentares das crianças portuguesas, e que a Lusa noticiou na altura, indicava que 93% das crianças ingere sal a mais do que é recomendado pela OMS e que 54% ingere sal acima do máximo tolerável, tendo apenas 8% das crianças ingerido as quantidades de potássio (legumes e fruta) necessárias.

Em 2016
O INEM quer ter a funcionar em 2016 um novo sistema de informação e georreferenciação para melhorar os tempos de acesso do...

“O projeto de 2016 vai ser claramente alterar o modelo de informação e de georreferenciação do pré- hospitalar”, anunciou Paulo Campos, explicando que tal possibilitará “aumentar todo o sistema e melhorar os tempos de acesso ao cidadão de toda a estrutura medicalizada e não medicalizada do pré-hospitalar”.

Nas Caldas da Rainha, onde participava no II Congresso organizado pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do hospital local, o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica anunciou também “um novo sistema de telemedicina” que contribuirá igualmente para a melhoria dos serviços.

Depois de ano e meio à frente do INEM, Paulo Campos aludiu aos resultados positivos de as VMER terem sido integradas nos serviços de urgência dos hospitais, reduzindo para “os tempos de inoperacionalidade” das 42 viaturas do país, 75% das quais se encontram “fora dos grandes centros urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra”.

Aumentar o dispositivo para 44 viaturas é a meta do instituto e que está atualmente a preparar protocolos na área do Trauma e das SEPSIS, área em que as viaturas terão que “ter um dispositivo para medir gases do sangue”, entre outras melhorias.

À margem do encontro, Paulo Campos sublinhou que “as equipes médicas das VMER são, no nosso panorama de pré-hospitalar, o elo mais diferenciado” no país que trocou o modelo de “hospital de porta fechada” por um sistema “leva os cuidados diferenciados ao local do acidente e à porta do cidadão”.

Em dia de reflexão o responsável pelo INEM recusou adiantar dados sobre o último ano e meio de gestão em que considera ter “melhorado os proveitos e implementar vários projetos”, remetendo para as próximas semanas a divulgação do que foi o trabalho do INEM durante o último ano e meio.

No II Congresso organizado pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Unidade de Caldas da Rainha, do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), debateram-se temas como o “Trauma”, o “Parto de Urgência – do Pré ao Intra-hospitalar”, “Segurança do Doente e do Profissional no Pré-hospitalar”, “Via Verde AVC e Coronária”, e “Pediatria e Ciência Forense”.

Alimentação saudável
De métodos culinários simples, mas complexa nos sabores, partiu da Grécia e sul de Itália, e hoje en

A designação de Dieta Mediterrânica (DM) surgiu pela primeira vez em meados do seculo XX e teve por base os hábitos alimentares tradicionais da Grécia e do sul de Itália, com estudos realizados pela equipa do investigador norte-americano Keys1. Estes estudos permitiram caracterizar os padrões alimentares tradicionais praticados nessas regiões e os seus benefícios para a saúde.

Destacava-se uma boa qualidade de vida, uma “esperança de vida das mais elevadas do mundo”1-1313 e taxas reduzidas de morbilidade e mortalidade provocada por doença crónica1. Este padrão alimentar encontra-se presente noutros países da Europa meridional, como no sul de Portugal, da zona ocidental da Ásia e da orla costeira do norte de África. Apesar da diversidade de costumes e hábitos alimentares de cada um destes povos, apresenta sempre uma matriz comum que é a produção e consumo de azeite1.

A relevância da DM portuguesa levou a Câmara Municipal de Tavira a candidatar-se e a ser inscrita na lista no Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO em 2013, juntando-se às inicialmente classificadas em 2010 (Grécia, Itália, Espanha e Marrocos). Tratou-se de ver reconhecido não só um padrão alimentar equilibrado e saudável, mas acima de tudo de um conjunto de tradições e costumes sobre cultura, ceifa, pesca, criação de animais domésticos para abate, conservação, culinária e em particular a partilha da comida, fundamento da identidade da DM e interacção familiar e social. Pelas suas características nutricionais e paladares a DM tem sido difundida como um modelo de dieta ideal para ser aceite por outros países1, 2.

A Dieta Mediterrânica caracteriza-se por um modelo nutricional que se tem mantido constante ao longo do tempo e do espaço, baseado no consumo de alimentos sazonais. Destacando-se um consumo elevado de cereais (arroz e no pão), hortícolas (nabo, cenoura, alface, couve, abobora, tomate, cebola, feijão verde, entre outros), frutos secos – ricos em fibras, vitaminas e minerais – fruta fresca (maçã, pêra, laranja, uva, melão melancia, pêssego, marmelo, ente outros), rica em fibras, vitaminas, minerais, glícidos e fitoquímicos protectores (como antioxidantes) e o azeite, como principal gordura2. Salienta-se ainda a preferência do peixe em detrimento das carnes e o consumo de quantidades moderadas de lacticínios2. É distribuída por várias refeições ao longo do dia2.

De métodos culinários simples, mas complexa nos sabores
A sua confeção é baseada em métodos culinários simples, mas complexa quanto aos sabores2. É preparada com ervas aromáticas em detrimento do sal2. Como sobremesa predomina a fruta fresca3 e é comida à mesa, sempre em família ou em eventos sociais, promovendo a interacção social, alicerce de uma sociedade4. Tem na sua base as sopas, os cozidos, os ensopados, as caldeiradas, onde se incorporam os produtos hortícolas e as leguminosas, com quantidades mínimas de carne, que usa como condimentos a cebola, o alho e as ervas aromáticas para enriquecer os seus sabores e aromas2. As refeições são acompanhadas por um consumo regular, mas moderado, de vinho tinto ou infusões2. De referir ainda que as sobremesas, ricas em açúcar ou mel, são tradicionalmente consumidas apenas em ocasiões especiais (fig.1).

Quanto aos benefícios, é hoje consensual que em conjunto com o exercício físico regular, a adesão a este padrão alimentar está associado a uma maior esperança de vida, a uma redução significativa da mortalidade5 e a menores taxas de morbilidade e mortalidade por doenças cardiovasculares e cancro5,6. É igualmente associada a uma menor incidência de hipertensão, doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e a demência de Alzeimer5,6, à obesidade e à diabetes tipo 26. Isto deve-se à “relação entre ácidos gordos monoinsaturados e ácidos gordos saturados, altamente vantajosa para os primeiros; a ingestão de quantidades elevadas de fibra, vitaminas e antioxidantes, a par de uma ingestão reduzida de proteína de origem animal e sal”7-4.

Pode-se concluir que se trata de um padrão alimentar que importa preservar e promover, pois combina o sabor agradável dos alimentos sazonais com os seus efeitos positivos sobre a saúde e o bem-estar. E ainda, por abranger a história, a cultura e a arte de bem viver dos povos que a partilham. As caraterísticas da Dieta Mediterrânica contrapõe-se com o actual sedentarismo e hábitos alimentares baseados em refeições pouco variadas e/ou omissas, baixos consumos de fruta, legumes e peixe, com excesso de consumo de álcool, de alimentos densamente energéticos, ricos em gordura e hidratos de carbono e produtos de origem animal, como o comprova o aumento exponencial da taxa de prevalência e incidência de obesidade no nosso país.  

Referências:
1NESTLE, M (1995). Mediterranean diets: historical and research overview. Am J Clin Nutr. 61 (6): 1313S – 20S.
2WILLET, WC [et al.] (1995). Mediterranean Diet Pyramid: a cultural model for healthy eating. Am J Clin Nutr. 61(6): 1402S-06S.
3TRICHOPOULO, A; LAGIOU, MD (1997). Healthy Traditional Mediterranean Diet: an expression of culture, history and lifestyle. Nutr Rev. 55(11): 383-9. http://gallooliveoil.com/pt/benefits/a-dieta-mediterranica.aspx
4TRICHOPOULOS, D (2002). In defense of the Mediterranean diet. Eur J Clin Nutr. 56(9): 928–9.
5SOFI; F [et al.] (2008). Adherence to Mediterranean diet and health status: meta-analysis. BMJ 337: 1136-44
6KESSE-GUYOT, E [et al] (2013). Adherence to mediterranean diet reduces the risk of metabolic syndrome: a 6-year prospective study. Nutr Metb Dis. 23(7): 677-83
7KOKE, FJ; KROMHOUT, D (2004). Atherosclerosis epidemiological studies on the health effects of a mediterranean diet. Eur J of Nut. 43(suppl.1): I1-I5

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Nova técnica
Uma nova técnica acaba de chegar a Portugal e visa tratar os sintomas relacionados com a atrofia vaginal. Logo na primeira...

Cerca de metade das mulheres durante a menopausa perdem o desejo sexual e são poucas as que procuram ajuda. A boa notícia, escreve o Diário Digital, é que acaba de chegar a Portugal um tratamento inovador que promete tratar alguns dos sintomas mais indesejáveis relacionados com a atrofia vaginal. Esta é uma condição muito comum na menopausa, mas também se pode verificar em mulheres mais jovens, como consequência da falta de estrogénio, da radioterapia ou do pós-parto.

O método designado por “MonaLisa Touch” visa restaurar as condições tróficas da região vulvo vaginal, graças à ação de um sistema especial de laser CO2 fracionado, específico para a parede vaginal. Os resultados conhecidos são bastante animadores: logo na primeira sessão, as pacientes referem ter mais hidratação e menos dor durante a relação sexual.

O “MonaLisa Touch” previne e resolve os efeitos da redução do estrogénio nos tecidos vaginais, reativando a produção de novo colagénio e restabelecendo as condições da mucosa vaginal características da idade fértil.

A atrofia vaginal é um problema funcional com um impacto direto sobre a qualidade de vida da mulher e que pode caracterizar-se por secura vaginal, irritação da mucosa, prurido, ardor no ato sexual (ou dispareunia), flacidez da mucosa vaginal e incontinência urinária. Queixas que, na maioria dos casos, são encaradas como consequência do envelhecimento natural. E este tratamento revolucionário dá uma resposta não cirúrgica e não farmacológica eficaz, simples e indolor às mulheres.

O aparelho consegue recuperar a elasticidade, a espessura e a humidade da vagina ao estimular a produção de colagénio. Uma sessão tem a duração de apenas cerca de cinco minutos e, dependendo dos casos, em média, é repetida por mais três vezes, mensalmente.

De acordo com uma paciente de 60 anos, “o tratamento não é incómodo, é rápido e menos desconfortável do que o exame vulgarmente chamado de Papanicolaou. Passei a sentir mais prazer durante as relações sexuais, o que fez aumentar a minha auto-estima. Antes, era doloroso, incomodava, tinha deixado de ser agradável”.

Técnica inovadora
O Reino Unido tentará realizar os primeiros transplantes de útero após aprovar o ensaio clínico para permitir que 10 mulheres...

Os cirurgiões esperam repetir o sucesso do transplante de útero feito de maneira eficaz pela primeira vez no mundo, escreve o Diário Digital, e que permitiu a uma mulher de 36 anos dar à luz um menino na Suécia no ano passado.

Os transplantes começarão a ser feitos no primeiro semestre de 2016, depois de a universidade Imperial College de Londres considerar que não há problemas éticos.

A Arábia Saudita e a Turquia tentaram o tratamento, mas não conseguiram realizar partos bem-sucedidos.

Richard Smith, ginecologista consultor no Hospital Queen Charlotte e Chelsea de Londres dirigirá a equipa de cirurgiões.

“Há um desejo inato entre muitas mulheres de gerar o seu próprio bebé e este procedimento tem, potencialmente, a capacidade para satisfazer este desejo”, disse Smith à rádio BBC.

Cerca de uma em casa 5.000 mulheres nasce sem útero, enquanto outras perdem o órgão em decorrência de doenças como o cancro.

Para ter acesso ao tratamento, as pacientes devem ter menos de 38 anos, ter uma relação estável e ser saudáveis.

Os úteros procederão de doadoras com morte cerebral cujo coração continua a bater.

OMS
A ideia de que os 70 anos de hoje são como os 60 de uma ou duas gerações atrás não tem base científica, pois embora as pessoas...

“Ao contrário do que se supõe, há muito pouca evidência de que os anos adicionais são vividos com um estado de saúde melhor do que as gerações anteriores da mesma idade”, afirmou o chefe do Departamento de Envelhecimento e Ciclo de Vida da Organização Mundial da Saúde (OMS), John Beard.

A entidade apresentou na quarta-feira um amplo estudo sobre o envelhecimento, por ocasião do Dia Internacional do Idoso, escreve o Diário Digital.

A análise considera “equivocada” a conceção de que os idosos têm atualmente melhor saúde que a dos seus pais ou avós na mesma idade.

Embora seja um facto que as pessoas vivam mais, particularmente nos países desenvolvidos, “a qualidade de vida nesses anos suplementares não está claramente determinada”, explicou a OMS.

“Os resultados da pesquisa são muito contraditórios, tanto dentro de um país como entre países, e as tendências dentro de subgrupos da sociedade também podem variar de maneira significativa”, alertou o relatório.

Beard considerou que há fatores claros que explicam porque o aumento dos anos de vida não pode ser atribuído a uma melhoria das condições na última etapa da vida.

“Os maus hábitos para a saúde, como fumar, uma nutrição pobre, o consumo excessivo de álcool e a inatividade física estendem-se ao longo da vida e continuam até idades avançadas”, alertou.

Em consequência, os idosos sofrem cada vez mais com doenças crónicas e em muitos casos mais de uma ao mesmo tempo.

Um exemplo ilustrativo é o da Alemanha, onde um quarto das pessoas entre 70 e 85 anos sofrem de cinco ou mais doenças simultaneamente.

Estudo
As crianças com elevado risco de contrair asma carecem de importantes bactérias intestinais nos seus primeiros meses de vida,...

Os casos de asma - uma doença crénica que causa pieira, tosse e dificuldade em respirar - aumentaram notoriamente desde os anos 1950, em particular nos países ocidentais, onde mais de 20% das crianças são afetadas, segundo os especialistas. Mas os casos de asma não aumentaram desta forma nos países em desenvolvimento, escreve o Diário Digital.

Acredita-se que esta diferença possa ser explicada por fatores ambientais, assim como pelas “armadilhas” da vida moderna: os países desenvolvidos têm maiores taxas de nascimentos por cesariana, os bebés alimentam-se com mais suplementos do que com leite materno e o consumo de antibióticos é exagerado, por exemplo.

Embora os cientistas não tenham agora uma resposta definitiva, a descoberta publicada na revista Science Translational Medicine identificou pela primeira vez quatro bactérias específicas que parecem proteger o sistema imunológico da asma.

“Esta pesquisa sustenta a hipótese da higiene, segundo a qual estamos a converter o nosso entorno num lugar demasiado asséptico”, explicou Brett Finlay, co-autor do estudo e professor de microbiologia e imunologia da universidade British Columbia.

“Mostra que as bactérias têm um papel importante na asma, embora isso ocorra num estágio cedo da vida, quando o sistema imunológico do bebé está em desenvolvimento”.

O estudo envolveu mais de 300 crianças cujas amostras de fezes foram examinadas aos três meses de idade e um ano depois. As amostras revelaram que os bebés de três meses com maior risco de asma registavam níveis baixos de quatro bactérias intestinais específicas.

Quando foram estudadas as mostras fecais dos bebés de um ano, foram registadas menos diferenças. Isso sugere que os primeiros 100 dias de vida são muito importantes no desenvolvimento do sistema imunológico dos pequenos.

Com o passar dos anos, os cientistas acompanharam 22 crianças com pouca diversidade bacteriana e oito deles desenvolveram asma. O restante tem mais risco de sofrer com a doença do que os demais do estudo.

Nenhum deles foi tratado com antibióticos, o que descarta o remédio como a causa de uma menor flora bacteriana.

Mas ainda não está claro como as crianças adquirem estas bactérias, chamadas Faecalibacterium, Lachnospira, Veillonella e Rothia.

Os cientistas não examinaram as mães nem compararam as crianças nascidas por parto normal às que nasceram por cesariana, assim como não analisaram se a substituição do leite materno pode ter tido a ver com a ocorrência de asma. Todos estes fatores serão tomados em consideração em estudos subsequentes.

Por enquanto, “esta pesquisa enfatiza que devemos rever a nossa relação com as bactérias”, segundo outro co-autor do estudo, Stuart Turvey, médico do hospital infantil de British Columbia.

Em Inglaterra
Fumar num carro com crianças a bordo passou a ser proibido em Inglaterra e no País de Gales.

O objetivo, escreve o Sapo, é reduzir a exposição ao fumo passivo nos automóveis, que afeta cerca de 430.000 crianças dos 11 aos 15 anos, segundo a British Lung Foundation, uma organização não-governamental britânica.

A nova lei entrou em vigor esta quinta-feira e os infratores estão sujeitos a uma coima de 50 libras esterlinas (cerca de 68 euros).

Segundo a British Lung Foundation, um cigarro aceso num carro promove uma concentração de fumo 11 vezes superior à de um bar com fumadores.

Segundo a nova lei, se uma pessoa fumar dentro de um carro onde haja um menor de 18 anos, tanto o fumador como o condutor são sujeitos a uma multa. Não importa se as janelas estão abertas ou se o veículo tem teto de abrir.

Outros países como a França, Austrália e Canadá já adotaram leis semelhantes.

Em todo o mundo
Estima-se que um em cada 40 adultos, a nível mundial, sofra de perturbação obsessivo-compulsiva, uma doença mental que é muitas...

"Em cada 100 pessoas, duas sofrem ou já sofreram de perturbação obsessivo-compulsiva (POC), o que representa um total de 100 milhões de pessoas. Esta doença é reconhecida atualmente como a quarta perturbação psicológica mais expressiva na sua prevalência a nível mundial e em Portugal, de acordo com um estudo epidemiológico nacional de saúde mental, essa taxa é de 4,4%", revela Júlia Machado, psicóloga do Hospital Lusíadas Porto.

"É um facto que as pessoas têm consciência que as suas obsessões e compulsões são irracionais ou excessivas mas não conseguem ter controlo sobre elas. Esta consciência cria, por vezes, o receio que os outros o considerem louco ou ‘maluco’, por isso frequentemente as pessoas escondem os sintomas e evitam procurar ajuda, o que faz com que o estado da doença se possa agravar", acrescenta a especialista.

"Existem vários comportamentos que podem mostrar que estamos perante uma POC: preocupação excessiva com a limpeza, lavar as mãos a todo o momento, verificar diversas vezes portas, janelas ou gás antes de deitar, não utilizar determinadas cores de roupa, não passar em certos lugares com receio de que algo mau possa acontecer depois, não sair de casa em algumas datas, preocupação exagerada com a arrumação" explica Júlia Machado, reforçando ainda que "estes são exemplos de ações popularmente consideradas manias mas que, na realidade, são sintomas de uma perturbação".

"O tratamento da POC é feito através de psicofármacos e psicoterapia (terapia cognitivo-comportamental), capazes de reduzir os sintomas, melhorando a vida de mais de 80% dos pacientes e, em alguns casos, eliminando completamente os sintomas. Infelizmente alguns pacientes não melhoram ou melhoram muito pouco devido à resistência ao tratamento", conclui.

A perturbação obsessivo-compulsiva, escreve o Sapo, classicamente denominada por neurose obsessivo-compulsiva, é considerada uma doença mental grave e crónica, que faz parte das perturbações de ansiedade e que se manifesta pela presença de sintomas a que chamamos obsessões e/ou compulsões. Segundo a Organização Mundial de Saúde está entre as dez maiores causas de incapacitação e atinge preferencialmente indivíduos jovens ao final da adolescência e muitas vezes começa ainda na infância sendo raro o seu início depois dos 40 anos.

Estudo
Instituto de Apoio ao Jogador recebe, em média, 10 pedidos de ajuda por semana. Ao contrário dos jogadores offline, os...

São cada vez mais os jogadores patológicos a recorrer ao online, escreve a Rádio Renascença. De acordo com o estudo do psicólogo Pedro Hubert, o vício está a aumentar entre as camadas mais jovens e com mais estudos.

“Os jogadores patológicos online apostam, sobretudo, a poker e em apostas desportivas, ao contrário dos jogos offline. Têm menos de 30 anos em média, 80% têm licenciatura ou o 12º ano e são na maioria homens”, descreve o especialista.

O Instituto de Apoio ao Jogador, de que Pedro Hubert é coordenador, recebe, em média, 10 pedidos de ajuda por semana. São muitos mais do que em 2009. Desde há seis anos que os números têm vindo a disparar, principalmente, entre os que recorrem ao online para jogar.

Pedro Hubert garante que os pedidos de ajuda que chegam ao instituto passaram “de um a dois casos por semana, para perto de 10 jogadores, numa média de um a dois casos por dia”.

Outro dado interessante é que “ 50% dos telefonemas são dos jogadores. Os outros 50% são de familiares, como a mãe ou os pais, a mulher ou a namorada”, adianta.

Ao contrário dos jogadores offline – como os dos casinos e das casas de jogos, que têm associada, na maior parte dos casos, patologias como o álcool e outras dependências – os jogadores online sofrem, essencialmente, de distúrbios de ansiedade e stress, com efeitos “muito graves ao nível do abandono escolar, de insucesso, de instabilidade emocional e de conflitos familiares”.

Não envolvem dinheiro, mas envolvem muito tempo
Pedro Hubert diz que a maior parte dos casos patológicos correspondem a “estudantes universitários com idades entre os 17 e os 22 anos, mas o problema começa bem mais cedo, entre os 12 e os 13 anos”.

São jovens focados, em 20% dos casos, em jogos que não envolvem dinheiro, ou seja “os vídeos jogos, os ‘call of duty’ e ‘league of legends’, jogos que não envolvem dinheiro, mas que envolvem muito tempo”.

Diz este especialista que a legislação existente já acompanha o aumento de casos e na maior parte das situações as soluções estão já no terreno. Há equipas de psicólogos que estão a trabalhar com as várias direções regionais de saúde para formar médicos no sentido do acompanhamento ser o mais adequado. 

Associação Nacional de Amputados
O que fazer perante uma amputação? Continua a existir vida? Como fica a vida? Estas poderão ser algumas das questões que a...

A ação vai valorizar todas as etapas pelas quais a pessoa amputada deveria passar, desde a recém amputação até à reintegração na sociedade. Será discutida a importância do voluntariado específico, logo no hospital, a ajuda imprescindível do psicólogo, o saber do médico fisiatra e a minuciosidade do fisioterapeuta e do ortoprotésico no aconselhamento dos produtos de apoio e a utilidade dos mesmos para a sua qualidade de vida. Abordar-se-á também a relevância da reabilitação psicossocial e profissional, como apoio para a reintegração familiar, social e profissional dos amputados. Para tal a conferência vai reunir especialistas de várias áreas que pretendem fazer com que os amputados não desistam dos seus sonhos e aprendam a viver com a sua condição física. A Dra. Ana Isabel Paiva, psicóloga clínica; o Dr. Pedro Cantista, médico fisiatra; o Dr. Jerónimo de Sousa, diretor do CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia; de Gonçalo S´Ant Águeda, Ortoprotésico; e de Adão Ferreira, fisioterapeuta e especialista em treino de marcha de amputados, serão assim os oradores da sessão que contará também com a presença de Paula Leite, sócia fundadora e presidente da Associação Nacional de Amputados (ANAMP) que considera essencial este tipo de ações para as pessoas conseguirem ser felizes com elas mesmas. ‘Temos de tirar as pessoas amputadas de casa e mudar mentalidades, criando um coletivo de aceitação, não só social, como focada num objetivo “eu próprio me aceitar”. Romper barreiras, valores, desbravar caminhos para a felicidade, abrir horizontes e afirmar a qualidade de vida.’, defende Paula Leite.

A conferência pretende também informar e sensibilizar a classe médica para a importância que todas as etapas, desde a amputação, têm no futuro do amputado. ‘É de extrema importância que a classe médica entenda que o recém amputado tem de se reinventar para sobreviver na sua nova condição e para isso tem de ter acompanhamento especializado e faseado para que o seu futuro e a sua mobilidade seja a melhor possível, para o seu novo eu. E para isso acontecer, tem de haver o interesse da classe médica juntamente com o paciente em articularem-se entre eles, descobrir as suas necessidades, os seus medos, os passos que realmente importam para que a recuperação seja a desejada e não abandonar o amputado numa selva urbana logo após a sua amputação, para que ele seja autodidata de uma realidade que desconhece e aprenda sozinho baseado no erro’, refere Paula Leite, em modo de desabafo.

A ANAMP tem vindo a apostar em sessões que ajudem a esclarecer os amputados. A última foi uma sessão de esclarecimento sobre 'O impacto da Medicina Chinesa na dor fantasma' e aconteceu a 19 de setembro, nas Instalações do IEETC - Instituto Europeu dos Estudos Tradicionais Chineses, e mostrou como a Medicina Tradicional Chinesa pode ser uma boa aposta para quem vive com a perturbação do membro fantasma. Um piquenique, com o objetivo de, mais uma vez, tirar as pessoas amputadas de casa; a sessão “E depois da Amputação?”, nas instalações do Centro Profissional de Reabilitação de Gaia e a assinatura do protocolo de prestação de serviços de saúde com o novo Hospital Privado de Gaia, foram outras iniciativas que a ANAMP promoveu sempre a pensar no amputado.

Projeto “Vamos Cuidar”
Uma plataforma online com informação sobre cuidados paliativos pediátricos é apresentada hoje em Lisboa para ajudar pais,...

A plataforma, que faz parte do projeto “Vamos Cuidar”, criado pela associação ‘aTTitude’, é apresentada nas ‘Primeiras Jornadas de Cuidados Paliativos Pediátricos – Mitos e Realidades’ e está disponível a partir de hoje em www.cuidamosjuntos.org.pt.

“Decidimos criar uma plataforma online que servisse de apoio aos cuidadores e aos profissionais de saúde, disponibilizando informação útil, com conteúdos relevantes e acessíveis a todos”, explicou a presidente da associação, Bibi Sattar.

A plataforma, que reunirá toda a informação que está dispersa sobre estes cuidados, conta com um conselho técnico-científico composto pelo Grupo de Trabalho de Cuidados Continuados e Paliativos da Sociedade Portuguesa de Pediatria e pelo Grupo de Apoio à Pediatria da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, liderados pela pediatra oncologista Ana Lacerda.

“Pela primeira vez vamos ter informação em Língua Portuguesa e de uma fonte credível. Todos os conteúdos são revistos, aprovados e delineados por profissionais com experiência em cuidados paliativos pediátricos”, disse Ana Lacerda.

A pediatra defendeu que ainda há “muitos medos e sobretudo muitos mitos” que é preciso desmistificar: “É um trabalho muito importante que é preciso fazer para que tanto o público como os profissionais de saúde percebam efetivamente o que são os cuidados paliativos pediátricos e quais são os seus objetivos”.

Estes cuidados “são sobretudo sobre a vida das crianças que vivem com doenças crónicas complexas e é sobretudo para isso que trabalhamos”, sustentou Ana Lacerda.

Para a presidente da ‘aTTitude’, é fundamental existir “um espaço de partilha, experiências e conhecimento de modo a garantir que as crianças tenham acesso aos melhores cuidados possíveis, onde e quando for necessário”.

O projeto “Vamos Cuidar” baseia-se no facto de que “estes cuidados visam a otimização da qualidade de vida de mais de 6.000 crianças e jovens com necessidades paliativas em Portugal, que sofrem de uma doença crónica grave e limitadora da qualidade ou do tempo de vida”.

“Os cuidados paliativos pediátricos constituem um direito humano básico para todas as crianças e jovens portadores de doenças crónicas”, defendeu Ana Lacerda,

Para a médica, “é urgente sensibilizar e despertar a opinião pública para a necessidade de implementar estes cuidados”, lembrando que Portugal é ainda considerado o país menos desenvolvido da Europa Ocidental nesta área da saúde.

Segundo a associação, as principais barreiras para a prestação destes cuidados em Portugal são a “heterogeneidade dos diagnósticos”, a “dispersão geográfica dos casos” e a “falta de sensibilização e formação básica e especializada dos profissionais de saúde”.

A “fragmentação dos cuidados nas situações com necessidades complexas”, a “escassez de apoios domiciliários especializados” e a “inexistência de estruturas para proporcionar descanso aos cuidadores familiares, fora dos hospitais de agudos”, são outras barreiras que dificultam o acesso a estes cuidados.

EUA
A fundação norte-americana Kavli e várias universidades dos EUA anunciaram mais de cem milhões de dólares de contribuições...

A maioria destes fundos vai permitir criar três institutos Kalvi de neurociência nas universidades Johns Hopkins e Rockefeller, bem como na Universidade da Califórnia em San Francisco.

Estes institutos vão fazer parte da rede internacional dos institutos Kavli, atualmente em número de vinte, dedicados, entre outras, a áreas como neurociência, astrofísica, nanociência e física teórica.

Estes novos fundos vão financiar investigações no quadro da iniciativa sobre o cérebro, designada ‘Brain’, lançada pelo Presidente norte-americano Barack Obama em abril de 2013, no quadro de uma parceria entre os setores público e privado, programa que ascende a 300 milhões de dólares.

Os cientistas esperam que uma compreensão aprofundada do funcionamento do cérebro abra a via a novos tratamentos de patologias cerebrais devastadoras como Alzheimer, Parkinson, esquizofrenia, autismo ou epilepsia que, segundo a Organização Mundial de Saúde, afetam mais de mil milhões de pessoas.

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