Estudo
A exposição prolongada a baixas doses de radiação aumenta o risco de cancro, segundo um novo estudo feito com funcionários do...

Os resultados, publicados quarta-feira no British Medical Journal, fornece “evidências diretas sobre os riscos de cancro após exposição prolongada a pequenas doses de radiação ionizante”, refere a Agência Internacional de Investigação do Cancro, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os resultados demonstram uma “significativa combinação entre a dose de radiação e o aumento de risco de todos os cancros sólidos”, disse o coautor da pesquisa, Ausrele Kesminiene.

O estudo avaliou a exposição de mais de 300.000 funcionários do setor nuclear da Grã-Bretanha, Estados Unidos e França entre 1943 e 2005.

Os resultados revelam que o risco de morte por cancro sólido é “modesto”, mas uma em cada 100 mortes pode ser atribuída à exposição a radiação no local de trabalho.

Hospital de Gaia
O hospital de Gaia divulgou ter identificado mais quatro doentes contaminados com a bactéria multirresistente que já causou a...

“Está em curso o rastreio universal de portadores de Klebsiella Pneumoniae produtora de KPC em enfermarias de alto risco (Medicina Interna, Pneumologia, Especialidades Cirúrgicas)”, revela comunicado do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

Na passada semana, o centro hospitalar divulgou ter identificado, desde 7 de agosto, mais de 30 doentes portadores de Klebsiella Pneumoniae, uma bactéria multirresistente que terá surgido em consequência do uso de antibióticos, é de rápida disseminação, transmite-se pelo toque, sobrevive na pele e no meio ambiente e desconhece-se a sua durabilidade.

A Coordenadora do Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobiano do Centro Hospitalar Gaia/Espinho disse então que estavam internadas, em isolamento, 13 pessoas.

Hoje o hospital informa em comunicado estarem “internados 17 doentes portadores de Klebsiella Pneumoniae produtora de KPC (presença da bactéria sem manifestações da doença) em regime de isolamento, aguardando a resolução do motivo do seu internamento”.

O centro hospitalar garante que “foram elaborados circuitos destinados a doentes e portadores” da bactéria para “evitar” a sua disseminação, pelo que “não há motivo de alarme para a população e para os utentes”.

"A situação infecciosa no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho está controlada", reitera.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) já admitiu que pelo menos três das oito mortes em doentes portadores ocorreram em resultado da infeção pela bactéria multirresistente identificada no Hospital de Gaia.

O hospital suspeita que a origem do surto tenha sido numa doente que fez vários ciclos de antibiótico e que partilhou, no dia 29 de junho, a mesma unidade de pós-operatório com o primeiro paciente infetado.

Redução de 6% das mortes
Um tratamento do AVC, que remove o coágulo do cérebro através de um cateterismo, permite reduzir o número de mortes em 6% e, a...

Este tratamento já existe há alguns anos e está disponível em vários hospitais públicos, mas a técnica não era usada de forma rotineira, porque a sua eficácia ainda não estava comprovada, explicou Joana Graça, organizadora do Congresso Nacional de Neurorradiologia, que decorre de 23 a 25 de outubro, onde este e outros temas relacionados com o AVC (Acidente Vascular Cerebral) vão ser debatidos.

Publicados este ano no “The New England Journal of Medicine”, estudos científicos sobre o cateterismo arterial, ou trombectomia mecânica, vieram provar a eficácia deste tratamento e demonstrar que é “possível diminuir significativamente o número de mortes (6%) por AVC e permitir que cerca de 50% das pessoas que sofreram um AVC possam retomar a sua vida normal”.

“Os estudos começaram a sair no início do ano e a Sociedade Europeia de Neurorradiologia começou a recomendar o tratamento”, disse a médica, considerando que é necessário desenvolver a urgência da neurorradiologia nos hospitais, porque esta técnica tem de ser feita o mais rapidamente possível após o início dos sintomas.

Este tratamento deve ser realizado idealmente até às seis horas após o início dos sintomas, mas em casos selecionados pode estender-se até às 12 horas após o início do AVC.

Trata-se de uma técnica realizada por médicos neurorradiologistas que consiste no cateterismo cerebral, ou seja, na navegação no interior dos vasos sanguíneos com dispositivos que vão diretamente ao local da oclusão e permitem a remoção do coágulo.

Em Portugal, o Hospital de São José foi pioneiro na utilização desta técnica, que atualmente já é praticada também nas unidades hospitalares de Santo António, São João, Braga, Gaia, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, bem como, a sul do país, nos hospitais de Santa Maria, Garcia de Orta e Egas Moniz.

Os estudos de análise custo-eficácia revelaram que, apesar do custo inicial desta terapêutica ser elevado para o Estado, a longo prazo é eficaz e sai mais barato - tendo em conta os ganhos em anos de vida com qualidade -, do que tratar as consequências de um AVC que deixe doentes dependentes de onerosos cuidados de saúde, explicou Joana Graça.

O XI Congresso Nacional de Neurorradiologia, organizado pela Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia (SPNR), que decorrerá no Campus Universitário de Aveiro, vai também atribuir pela primeira vez o Prémio Egas Moniz em Neurorradiologia.

Este prémio bienal, criado pela SPNR, vai ser formalmente apresentado no dia 22, altura em que decorrerá a assinatura protocolar da constituição do prémio que assinala o 70º Aniversário do Prémio de Oslo (desenvolvimento da Angiografia Cerebral) e do 25º Aniversário da SPNR. A atribuição do prémio terá lugar durante o congresso.

Procriação Medicamente Assistida
Os problemas de fertilidade afetam aproximadamente 15% dos casais em idade reprodutiva, com a infert

A qualidade do sémen condiciona, em grande medida, o êxito das técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA), estando demonstrado que o seu impacto se estende desde a fecundação até ao desenvolvimento do embrião ou mesmo à saúde da criança.

As técnicas rotineiras de preparação de sémen usadas nos laboratórios de PMA, tais como a centrifugação em gradiente de densidade e o swim-up, foram desenvolvidas com o objetivo de selecionar espermatozoides morfologicamente normais e com maior motilidade, supostamente assim permitindo a utilização daqueles com maior ‘eficácia reprodutiva’. Contudo, estas técnicas apresentam limitações, uma vez que, ao não utilizarem critérios moleculares relevantes para a função reprodutiva, não estão a selecionar, necessariamente, os espermatozoides de acordo com a sua competência funcional ou qualidade genética. Segundo dados recentes, um dos processos moleculares com uma relação mais estreita com a fertilidade masculina é a apoptose.

A apoptose, também conhecida como morte celular programada, é um processo natural de controlo do ciclo de vida da célula e a sua desregulação tem sido associada à infertilidade masculina e ao insucesso dos tratamentos de PMA, apesar do uso de espermatozoides morfologicamente normais e móveis. Em diversos estudos com pacientes inférteis demonstrou-se que existe, no sémen destes indivíduos, uma percentagem de espermatozoides com manifestações apoptóticas superior àquela vista no sémen de homens férteis. Tal facto explicasse por falhas nos mecanismos genéticos de controlo do ciclo de vida do espermatozoide ou por um aumento no número de células com danos verdadeiros e portanto adequadamente ‘programadas para morrer’. Isto pode dever-se tanto a fatores intrínsecos como a fatores externos (tabagismo, stress, febre, varicocelo, etc.).

Como cabe esperar, os espermatozoides com apoptose ativada são reprodutivamente incompetentes. O problema é que, quando observados ao microscópio, são idênticos aos competentes (não é possível distingui-los). Eles são capazes de mover-se e inclusive fecundar os ovócitos. No entanto, geram embriões que não se desenvolvem ou não implantam, motivo pelo qual não se consegue uma gravidez. Por todas estas razões, selecionar espermatozoides não apoptóticos pode contribuir para o êxito dos tratamentos de PMA. Esta seleção é possível através da técnica de separação celular Imunomagnética (MACS, do inglês Magnetic Activated Cell Sorting). Esta técnica consiste na seleção dos espermatozóides com base na presença, na superfície externa da sua membrana, duma molécula chamada fosfatidilserina, molécula esta que se encontra somente nos espermatozoides apoptóticos. A MACS baseia-se no uso de partículas magnéticas unidas a uma molécula, a Anexina V. Este complexo une-se à fosfatidilserina encontrada nos espermatozoides apoptóticos e estes ficam retidos na matriz de uma coluna, dando-se assim a sua separação física daqueles saudáveis.

Em princípio, esta tecnologia pode ser aplicada a qualquer paciente que realizará um tratamento de PMA. No entanto, está especialmente indicada nas seguintes situações:

  • Casais que realizarão um tratamento de inseminação artificial;
  • Pacientes que realizarão um tratamento de fertilização in vitro (FIV) nas seguintes situações:

- Alteração da avaliação seminal convencional (o espermograma) e/ou com elevada fragmentação do ADN dos seus espermatozoides;

- Pacientes com abortos de repetição sem outra causa identificada;

- Pacientes que realizaram um tratamento de FIV prévio com má qualidade embrionária não atribuível aos ovócitos ou óvulos.

Por tudo o referido, a MACS pode ter um importante papel complementar ao das outras técnicas de preparação espermática, de forma a permitir a obtenção de espermatozóides com uma capacidade reprodutiva superior e incrementar as taxas de sucesso das técnicas de PMA.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Em Espanha
Investigadores da Universidade espanhola de Granada patentearam um medicamento contra os cancros da mama, cólon e melanoma que...

Os investigadores Joaquín Campos Rosa e Juan Antonio Marchal Currais, destacaram esta terça-feira que este composto tem baixa toxicidade, e não foram detetados até agora efeitos secundários. Segundo eles, pelo facto de o fármaco atacar as células estaminais evita a formação de metástases, escreve o Diário Digital.

Além disso, o seu desenvolvimento industrial é simples.

Os dois grupos de pesquisa que alcançaram a patente começaram a trabalhar em 1993 e comprovaram a efetividade do fármaco numa fase pré-clínica, realizada com ratos imunodeprimidos que tiveram introduzidas células tumorais humanas.

Campos Rosa detalhou na apresentação da patente que durante estes anos de trabalho, a equipa conseguiu reduzir uma variável de 500 mil moléculas para desenhar o fármaco, que terá agora que passar pela fase clínica e ser testado primeiro em voluntários saudáveis e depois em doentes com cancro.

O seu companheiro de pesquisa Marchal Currais ressaltou a importância de combater as células estaminais cancerígenas, que não proliferam e costumam apresentar-se de maneira latente, mas que provocam a regeneração do tumor e a geração de metástases.

Marchal lembrou que pode levar até cinco anos antes de este medicamento chegar à fase clínica, e que esta segunda parte exige protocolos e permissões da Agência Europeia de Segurança para a realização de testes em seres humanos.

O antecedente desta patente foi o fármaco Bozepinib, dos mesmos grupos de pesquisa, que teve a mesma eficiência, mas exigia muito mais tempo para obterem pequenas quantidades, o que motivou os pesquisadores a modificarem as suas estruturas num trabalho de “arquitetura molecular” para facilitar o seu desenvolvimento.

A patente atual, além de pouco tóxica, é mais fácil de ser sintetizada e o seu desenvolvimento industrial e obtenção são “baratos”, explicaram. Segundo eles, o desenvolvimento de um fármaco custa em média 800 milhões de euros.

A pesquisa medirá agora a eficiência do remédio em tumores de pulmão e de pâncreas, dois dos cancros mais agressivos e fatais, e iniciará os estudos de absorção do fármaco, a sua distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade, passo anterior à fase clínica.

Na Suécia
Um novo complexo hospitalar ligado ao Instituto Karolinska, uma das melhores escolas médicas e onde são atribuídos os prémios...

O Novo Karolinska Solna, na capital sueca, vai estar ligado por uma passadeira ao Instituto Karolinska, um dos centros de pesquisa médica mais reconhecidos e avançados da Europa. Meia centena de professores desta instituição escolhe todos os anos os vencedores dos Prémio Nobel de Medicina, entregues em Estocolmo.

O novo complexo vai albergar 2.500 investigadores que trabalharão lado a lado com médicos, pacientes e indústria farmacêutica, naquilo que, segundo o Sapo, será um dos primeiros centros do mundo onde a medicina translacional é uma realidade. Entenda-se por medicina translacional o processo de encontrar soluções científicas para problemas reais e sem aparente solução à vista. Ou seja, é a transferência de resultados de investigação básica para a investigação clínica com benefícios para a comunidade.

"Estocolmo pretende tornar-se a região do mundo que liderará a pesquisa em saúde humana e qualidade de vida", preconiza um cartaz do hospital, sem desmerecer outros centros médicos de fama mundial.

O novo hospital universitário, 100% público, terá ainda uma cooperação estreita com a indústria. O centro já assinou acordos com empresas como a Boston Scientific, GE Healthcare, Philips Healthcare, Olympus, Siemens e Getinge.

"O custo dos cuidados de saúde está a aumentar muito. E nós vemos que temos interesses comuns com a indústria para melhorar os processos. Não queremos simplesmente comprar uma máquina, queremos comprar a máquina e o compromisso do fabricante em melhorar os processos com o doente", explica a biotecnóloga Annika Thoresson, do centro de inovação deste complexo hospitalar, citada pelo El País.

Cerca de 1% do equivalente a 1,5 mil milhões de euros, o valor orçamental do projeto, destina-se a obras de arte: esculturas, pinturas e objetos de design salpicados pelo hospital, até no teto das salas de raio-X.

"A arte e a cultura em todas as suas formas têm tanto efeitos preventivos como curativos. No novo hospital a arte desempenhará o seu papel", resume Gunnar Bjursell, um biólogo molecular do Instituto Karolinska, interessado na fusão entre a neurociência com a área das humanidades.

Estará pronto em 2016.

Em Janeiro
É a incapacidade e não a patologia que vai contar para a atribuição do apoio. Nas peritagens médicas, passa a ser usada a...

As alterações ao regime especial de proteção na invalidez tinham sido anunciadas genericamente, em Junho, no Parlamento, pelo ministro Pedro Mota Soares. O diploma que as concretiza foi publicado nesta terça-feira, em Diário da República. Até agora tinha acesso a pensão de invalidez quem sofresse de incapacidade permanente para o trabalho causada por alguma das doenças tipificadas na lei — como a esclerose múltipla. As novas regras acabam com essa lista de patologias, escreve o jornal Público. A ideia é esta: deve ter apoio quem comprovadamente fica impossibilitado de trabalhar. Independentemente da doença de que sofre.

O regime especial de proteção na invalidez é um apoio em dinheiro, pago mensalmente, para proteger pessoas com doenças que se manifestam precocemente e de forma rápida e evolutiva para situações de grande incapacidade. Até aqui estavam definidas as seguintes, que davam direito a apoio: paramiloidose familiar; doença de Machado/Joseph; sida; esclerose múltipla; esclerose lateral amiotrófica; doença de foro oncológico; Parkinson e Alzheimer.

Em 2014, 258.732 pessoas receberam pensão de invalidez, segundo as estatísticas da Segurança Social. O montante da mesma depende da carreira contributiva e das remunerações registadas — a valor mínimo, para uma carreira inferior a 15 anos é de 261,95 euros.

Contudo, em 2013, foi criada uma comissão especializada que, já em 2014, acabaria por entregar um relatório onde concluía “não ser adequado, do ponto de vista clínico, a existência de uma lista de doenças abrangidas pelo regime especial de proteção na invalidez, uma vez que, atendendo ao elevado número de doenças potencialmente invalidantes, o risco de a mencionada lista não abranger a totalidade dessas doenças criaria situações de tratamento diferenciado e colocaria em causa o princípio da equidade social”.

Propôs assim a dita comissão que o paradigma fosse alterado, como se recorda no preâmbulo do diploma publicado nesta terça-feira. O acesso à proteção especial na invalidez deveria passar a depender “da verificação de condições objetivas especiais de incapacidade permanente para o trabalho, independentemente da doença causadora da situação de incapacidade”.

O Governo considerou adequadas as propostas. E adotou agora “um novo conceito de incapacidade permanente para o trabalho determinante de invalidez especial”.

Não há lista de doenças. São as consequências das mesmas que passam a contar. E assim, o processo de atribuição das prestações deverá incluir a informação clínica emitida por um médico especializado que “comprove a doença que origina a situação de incapacidade para o trabalho ou de dependência”, para além “da deliberação dos serviços de verificação de incapacidades competentes nos respetivos regimes de proteção social”. Nas peritagens médicas será usada, a titulo experimental, e a partir de 1 de Janeiro do próximo ano, a Tabela Nacional de Funcionalidades (uma grelha que ajuda os profissionais de saúde a avaliar a mobilidade e as competências dos doentes, como a capacidade de realizar rotinas diárias, levantar e transportar objetos ou ter um emprego).

Em Junho, no Parlamento, Mota Soares disse que pelas simulações já feitas, o novo modelo vai fazer aumentar o número de beneficiários considerados em situação de invalidez permanente. De resto, explicou, “não há ano que passe que não cheguem ao ministério situações de pessoas com incapacidades comprovadas, que por não terem a sua doença prevista [na lista] não podem ser apoiadas pelo Estado na sua incapacidade”.

Sociedade Americana do Cancro
A Sociedade Americana do Cancro publicou novas diretrizes dizendo que as mulheres devem esperar até aos 45 anos para realizar a...

A recomendação anterior fixava essa idade mínima nos 40 anos.

Como justificação, a Sociedade Americana do Cancro alega que não há evidências de que o exame é suficiente para salvar vidas nesse período de tempo entre os 40 e os 45 anos.

Ao mesmo tempo em que mulheres mais jovens estão a ser aconselhadas a começar mais tarde a realização da mamografia, sugere-se que as mulheres com mais de 55 realizem o exame apenas a cada dois anos - e não anualmente, como acontece hoje naquele país, escreve o Sapo. Em Portugal, a recomendação para as mulheres entre os 50 e os 60 anos é de realizar o exame a cada dois anos, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

"Desde que a última atualização foi publicada em 2003, acumularam-se novas evidências, com base em acompanhamentos de longo prazo de testes de controlo aleatórios e estudos de campo", afirma a organização, num texto publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).

As mulheres devem, no entanto, ter a possibilidade de começar os exames anuais aos 40, se quiserem, esclarece a Sociedade Americana do Cancro.

Maior aposta em outro tipo de exames
O cancro de mama é a forma mais comum da doença entre mulheres de todo o mundo. Também é uma das formas mais letais de tumor maligno, depois do cancro do pulmão.

A deteção prematura pode ajudar a aumentar as hipóteses de sobrevida. Contudo, realizar mamografias em todas as mulheres a partir dos 40 pode trazer outros problemas: falsos positivos, biópsias indispensáveis, cirurgias para a remoção de massas que podem não chegar a oferecer perigo, além de potenciais complicações cirúrgicas.

Evidências de testes clínicos mostraram um benefício pequeno proporcionado pelas mamografias, quando se trata de salvar vidas entre as mulheres mais novas, afirmam Nancy Keating, da Harvard Medical School, e Lydia Pace, do Brigham and Women's Hospital, num editorial que acompanha o artigo.

Segundo estas investigadoras, a mamografia regular pode prevenir mortes por cancro de mama em pelo menos cinco em cada 10 mil mulheres na faixa dos 40, ou dez em cada dez mil na faixa dos 50.

"Por isso, cerca de 85% das mulheres nos seus 40 e 50 anos que morrem de cancro de mama teriam morrido, apesar da mamografia", relatam.

Segundo a Sociedade Americana do Cancro, a aposta deve centrar-se em testes mais sofisticados de controlo, como a análise de fatores de risco genéticos nas mulheres mais jovens.

Iniciativa nasceu no facebook
Em apenas duas semanas, 319 médicos de todo o país decidiram integrar a plataforma com o nome Apoio Médico a Refugiados. E...

Querem fazer consultas, avaliar o estado de saúde e apostar na educação e prevenção. Mesmo que para isso tenham de se deslocar até à nova residência ou aos centros onde vão ficar os refugiados. Esta é uma iniciativa que nasceu no facebook, de raiz comunitária. Mas a Ordem dos Médicos e as respetivas secções regionais também se estão a organizar para dar consultas, fazer check up e reforçar as respostas que já existem no SNS. Também decidiram abrir as portas para acolher famílias de refugiados, que começam a chegar este mês, escreve o Diário de Notícias.

"Queremos humanizar a medicina. Preocupamo-nos com os doentes e queremos diminuir o sofrimento dos refugiados", explica Ana Correia, a médica ligada à medicina geral e familiar do Porto que criou a plataforma e se orgulha de ter agregado tantos clínicos em pouco tempo. Admitindo a elevada adesão, já comunicou à Ordem dos Médicos e à Plataforma de Apoio aos Refugiados , que "agradeceu e ficou de nos contactar assim que houvesse essa necessidade.

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, diz que já comunicou "oficialmente a disponibilidade da ordem". Primeiro, já anunciou que tem um apartamento em Lisboa, no âmbito do Fundo de Solidariedade . "Podemos integrar um ou duas famílias", admite. O Ministério dos Negócios Estrangeiros já foi contactado. Mas o apoio médico tem de ser de forma coordenada e até agora não recebemos informações, nem de quantas pessoas vêm, para onde e quais as circunstâncias".

Assumindo que os médicos "têm o dever de ajudar", lembra que "é preciso organizar apoios. Mesmo para check up é preciso análises e exames. Nós fornecemos as pessoas, mas tem de haver quem se responsabilize."

Estudo
Um grupo de investigadores da Universidade de Birmingham demonstrou, num artigo publicado recentemente na revista JAMA...

O seu estudo, segundo o Diário de Notícias, focou-se numa zona do cérebro que faz a ligação entre duas áreas: o córtex motor primário e o tálamo. Os cientistas descobriram que quando há danos estruturais causados nesta área, isso pode impedir as pessoas, embora se mantenham alerta, de reagir a estímulos externos.

"Vários doentes que parecem estar em estado vegetativo estão, na verdade, conscientes de si próprios e do que os rodeia, capazes de compreender o mundo ao seu redor, criar novas memórias e imaginar eventos, tal como outra pessoa qualquer", explicou uma das investigadoras envolvidas no estudo, Davinia Fernández-Espejo, citada num comunicado da Universidade de Birmingham.

Os cientistas aperceberam-se de que quando a ligação entre o tálamo e o córtex motor estava danificada, isso impedia que o primeiro, uma das zonas do cérebro que se considera "um dos centros da consciência", como o diz Fernández-Espejo, comunicasse com o segundo, onde é controlada a atividade muscular voluntária.

Para perceber se os doentes em estado vegetativo estavam, na verdade, alerta, Fernández-Espejo e a sua equipa realizaram vários tipos de análises diferentes em certos doentes. Um deles, embora estivesse há mais de 12 anos em estado aparentemente vegetativo, mostrou-se alerta e consciente numa série de exames diferentes. Um dos testes realizados nos doentes foi pedir-lhes que respondessem a certas ordens - como imaginar que moviam a mão quando lhes era pedido para a moverem - ao mesmo tempo que se analisavam as respostas do seu cérebro.

"O objetivo final é usar esta informação para desenvolver terapias que possam melhorar drasticamente a qualidade de vida dos doentes. Por exemplo, com os novos desenvolvimentos na tecnologia de vida assistida, se conseguirmos que um doente consiga tão-só mover um dedo, isso já abre muitas possibilidades para comunicação e controlo do ambiente", explicou a investigadora.

Especialistas dizem
O decreto-lei que regula as práticas de publicidade em saúde, a vigorar a partir de 1 de novembro, vai proteger os interesses...

Esta é uma ideia partilhada pela Entidade Reguladora da Saúde, pela Ordem dos Nutricionistas e por uma especialista em direito de saúde.

A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, manifestou-se satisfeita com o diploma, considerando que, apesar de já existirem regras que acautelavam questões relativas à publicidade de alguns produtos, a lei agora publicada vai mais longe ao salvaguardar a concorrência leal entre os prestadores e defender os doentes e os utentes.

“Quando estamos a falar de saúde do cidadão, é evidente que a publicidade tem de ser rigorosa, verídica e baseada em evidência científica. Neste sentido, este diploma vem acautelá-lo”, explicou, lembrando que quando um cidadão recorre a um serviço de saúde, o faz porque necessita dele, e sabendo que este é direcionado para as suas necessidades.

Questionada sobre a publicidade recorrente aos suplementos alimentares, a bastonária mostrou-se “muito preocupada” com estes produtos.

Alexandra Bento notou que apesar de a legislação em questão não regular diretamente esses suplementos, acabar “por lhe ser inerente de alguma forma”.

O decreto-lei 238/2015 abrange todas as práticas de publicidade relativas a métodos convencionais e terapêuticas não convencionais, entre as quais os meios complementares de diagnóstico e terapêutica, quaisquer tratamentos ou terapias, designadamente os que envolvam o uso de células, salvaguardando a concorrência leal entre os prestadores.

“As regras que devem ser seguidas pela publicidade têm de ser seguidas por quem os prescreve. Tem de se defender todos os princípios salvaguardados no diploma, como a transparência, a fidedignidade, a licitude, a objetividade e o rigor científico”, explicou.

A Ordem dos Nutricionistas defendeu que os suplementos deveriam beneficiar de uma regulação semelhante à dos medicamentos, justificando que, “seguramente, isso acautelaria o impacto nas expectativas dos utentes, em especial em situações de doença e de vulnerabilidade acrescida, que muitas vezes contribui para o uso, por vezes desnecessário ou inadequado, dos mesmos”.

Também a advogada Rita Roque de Pinho, especialista em Direito da Saúde, sublinhou que a nova lei vem “clarificar” a publicidade nesta área, defendendo o consumidor no geral.

“As entidades que não estão licenciadas ou classificadas como prestadoras de uma determinada atividade, mas que alegam e publicitam serviços que se enquadram nessa atividade [bancos de preservação de células estaminais, por exemplo], passam a estar abrangidos pelo diploma, isso é positivo”, sustentou.

A bastonária e Rita Roque de Pinho destacaram o facto de a nova lei obrigar a que na mensagem publicitada apenas possam ser “utilizadas informações aceites pela comunidade técnica ou científica”, devendo evitar-se todas as referências que possam induzir os utentes a quem a mesma é dirigida em erro acerca da utilidade e da finalidade real do ato ou serviço.

“O rigor científico é indispensável para que a prestação de cuidados de saúde seja adequada e segura e para que a respetiva mensagem publicitária seja fidedigna”, justificou Alexandra Bento.

No entanto, Rita Roque Pinho criticou o legislador, sublinhando que “devia ter ido mais longe” na clarificação daquilo que deve ser o rigor científico seguido na avaliação desses produtos.

“Era preferível o legislador ter concretizado isto para podermos aferir se o princípio do rigor científico é respeitado ou não na publicidade que é feita”, afirmou, lembrando que o novo decreto vai regular os “muito publicitados” serviços relativos às células estaminais, que até agora eram regulados pelo código da publicidade.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) explicou, igualmente, que o artigo em questão defende o consumidor/utente, sublinhando o direito que este tem a uma informação “transparente, clara, objetiva e rigorosa sobre o ato, serviço, ideia ou princípio publicitado, dado que o que está em jogo é a sua saúde e o seu bem-estar”.

Questionada sobre a proteção que a nova lei dá aos consumidores, a ERS referiu que embora estes já estivessem abrangidos pela legislação geral sobre publicidade e consumo, o diploma específico agora publicado “torna o regime aplicável mais claro, acautelando os direitos e os interesses legítimos dos utentes relativos à proteção da saúde e à segurança dos atos e serviços”.

Em relação aos suplementos alimentares, a ERS esclareceu que estes são regulados por legislação especial, sendo a publicidade fiscalizada pela ASAE, enquanto a publicidade a medicamentos e produtos médicos é fiscalizada pelo Infarmed.

Especialista defende
Uma investigadora do Instituto Superior Técnico defendeu que os arquitetos devem acompanhar a evolução tecnológica na medicina...

"Estamos num tempo de grandes desafios - tecnológicos e médicos - e, em face da necessidade de promover um ambiente construído capaz de ser sustentável" e de adaptar-se às necessidades físicas e psicológicas do paciente, "é fundamental que os arquitetos, engenheiros e urbanistas se preparem para acompanhar a medicina e as ciências sociais nesta procura de uma nova agenda programática, disciplinar e política", disse Ana Tostões.

Para a especialista do Instituto Superior Técnico (IST), é importante "reconhecer os valores patrimoniais e o que pode ser reutilizado nos conjuntos" hospitalares já existentes e ter em conta aspetos como ventilação, iluminação, insolação, mas também questões relacionadas com aspetos ergonómicos, para facilitar a mobilidade dos doentes em funções tão simples como lavar as mãos.

A estes pontos junta-se o bem estar psicológico que pode resultar de atenções diversas como a decoração do quarto ou a imagem tranquilizadora de um teto, para os doentes que passam a maior parte do tempo deitados na cama.

Trata-se de "partir do princípio que esse sentimento de agradabilidade, de bem estar, é fator favorável à cura, [assim como] ajuda a curar também a questão psicológica", realçou a arquiteta.

Ana Tostões falava a propósito da realização do Fórum Gulbenkian de Saúde 2015: Saúde e Arquitetura em Diálogo, na quarta-feira, sessão em que a investigadora participa para comentar a intervenção do arquiteto britânico Charles Jenks e responder à pergunta "Pode a arquitetura afetar a sua saúde?".

O especialista do Reino Unido vai apresentar os 'Maggie’s Cancer Caring Centers' (centros de cuidados para doentes de cancro) resultado do trabalho da sua mulher "para minorar os danos do processo de prolongamento de vida dirigido às crianças", como referiu Ana Tostões.

Para a investigadora do IST, está na agenda contemporânea perceber que "a questão da saúde está intimamente ligada com o bem estar, com a arquitetura e com o urbanismo" e é função destas disciplinas criar melhores lugares para as pessoas viverem, nas cidades, nos espaços urbanos, nos equipamentos públicos, nos empregos, nas habitações e "trabalhar antes que os problemas aconteçam".

"Se tivermos uma cidade mais saudável, se vivermos em lugares mais acolhedores que promovam mais bem-estar, a vida é mais fácil e muito mais saudável", realçou.

Urgência não pode ser a única porta de entrada nos hospitais
A utilização excessiva dos serviços de urgência por doentes sem gravidade é um dos principais desafios dos internistas nas...

A sobrelotação dos serviços de urgência é um dos temas em debate no 1º Congresso Nacional da Urgência, que acontece a 24 e 25 de outubro no Funchal, um projeto-piloto que visa atualizar todos os médicos que trabalham nas urgências.

Maria da Luz Brazão, internista e responsável pela coordenação do congresso afirma que “os poderes públicos continuam a achar que a urgência é a única porta dos hospitais, em vez de investirem em portas alternativas” e acrescenta: “não há solução para este problema que não passe pelo desvio do excesso de afluência para outros serviços”.

A coordenadora desta reunião sublinha que “não existe um pensamento estratégico que permita o planeamento e a colocação em prática de operações de direcionamento de doentes afetados por condições epidemiologicamente previsíveis”, o que contribui para a sobrelotação dos serviços de urgência que marcou o inverno passado e já se fez sentir em Lisboa neste outono.

Para colmatar a falta de planeamento, Maria da Luz Brazão salienta a importância de reabrir os serviços de atendimento permanente (SAP) assim que começar o surto da gripe. “Por outro lado, os serviços de internamento deverão aumentar a sua dinâmica com vista à utilização acrescida das áreas de ambulatório hospitalar – consultas, unidades de diagnóstico rápido, hospital de dia, unidades de internamento curto – para acrescentar mais vagas para doentes mais graves, retirando muitos doentes do ambiente da urgência. É também importante montar uma verdadeira estrutura de seguimento da doença crónica. Iniciar a hospitalização domiciliária, entre uma série de medidas estudadas e em pleno funcionamento noutros países”, acrescenta.

A coordenadora vê este primeiro congresso como uma oportunidade para que os internistas discutam de forma positiva soluções que permitam iniciar uma revolução na vida dos serviços de urgência. “As conclusões a extrair do congresso serão apresentadas a entidades de direção máxima na área da saúde em Portugal, para que haja uma pressão construtiva sobre os planeadores centrais e institucionais.”

Em antecipação ao congresso serão realizados também três cursos pré-congresso, centrados nos temas “O internista e a urgência”, “Suporte Avanço de Vida” e “Anti coagulação oral”. Os cursos acontecem a 22 e 23 de outubro.

Saiba como
As infeções sexualmente transmissíveis passam das pessoas infetadas para os seus parceiros/as durant

Qualquer pessoa pode contrair uma Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) se fizer sexo vaginal, anal ou oral com alguém que esteja infetado.

A transmissão é facilitada se não usar preservativo e tiver vários parceiros sexuais. As pessoas com um único parceiro sexual ao longo da vida poderão adquirir uma IST se esse parceiro tiver relações sexuais com outras pessoas e se infetar.

Como se manifestam as IST?
Muitas vezes as IST não dão manifestação clínica durante meses ou anos. Nestes casos só através de análises específicas é possível saber quem está infetado.

Quando há sintomas, estes podem aparecer logo após o contacto sexual, ou levar semanas, meses ou anos a surgir. Por vezes os sintomas desaparecem mesmo sem qualquer tratamento, mas a infeção permanece no organismo.

Alguns sinais e sintomas:

  • Corrimento anormal da vagina, pénis ou ânus;
  • Ardor ou dor ao urinar;
  • Feridas ou bolhas na área genital;
  • Comichão ou irritação na área genital;
  • Dor na parte inferior do abdómen ou durante o ato sexual.

As IST causam complicações?
Se não forem tratadas algumas IST podem provocar doenças ou complicações graves: doença inflamatória pélvica, epididimite, orquite, infertilidade, cancro do colo do útero, pénis ou ânus.

Nas grávidas, podem provocar aborto, parto prematuro ou passar para o feto e ocasionar malformações congénitas ou doença no recém-nascido.

Quais as IST mais comuns?

- Clamídia ou infeção por Chlamydia trachomatis

- Condilomas acuminados ou verrugas genitais

- Gonorreia, blenorragia ou infeção gonocócica

- Herpes genital

- Infeção HPV

- Infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH/Sida)

- Sífilis

- Tricomoníase ou infeção genital por Trichomonas vaginalis

Também são sexualmente transmissíveis as seguintes infeções e parasitoses:

- Hepatite B e Hepatite C

- Molusco contagioso

- Escabiose ou sarna

- Pediculose ou piolhos púbicos

Como posso saber se tenho uma IST?
Procure o médico, faça as análises e os tratamentos que ele recomendar.

As IST provocadas por bactérias (clamídia, gonorreia, sífilis) e por parasitas (tricomoníase, sarna, pediculose) curam facilmente com tratamento adequado. Para as outras existem tratamentos que ajudam a controlar a infeção.

Se tiver uma IST deve informar os seus parceiros e/ou parceiras para que procurem uma consulta médica onde serão aconselhados e tratados.

Como tornar o sexo mais seguro?

  • Utilize preservativo sempre que tiver relações sexuais.
  • Se tiver um novo parceiro sexual ambos devem fazer um Rastreio de IST. 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Saiba como utilizar
A utilização correta dos preservativos são um fator importante na prevenção e transmissão de doenças

Preservativo masculino
Existe com várias formas, cores, sabores, texturas e tamanhos, pelo que poderá escolher o mais adequado à prática sexual que vai ter. A maioria é feita de látex.

Sexo anal: use preservativos “extra-fortes” e um lubrificante de base aquosa.

Sexo oral: escolha preservativos mais finos, com sabores e sem lubrificantes.

Colocação:

  • Verifique qual a direção em que desenrola.
  • Segure a ponta do preservativo entre dois dedos, para expelir o ar do reservatório onde deverá ficar o esperma.
  • Coloque-o na ponta do pénis em ereção e desenrole-o.
  • Após a ejaculação, retire o pénis, segurando o anel de modo a evitar a saída de esperma. Dê um nó e deite no lixo.

Se não conseguir uma colocação correta, repita com um novo.

Que fazer se o preservativo romper?

  • Remova-o imediatamente.
  • Consulte o seu médico, porque pode ter adquirido uma Infeção Sexualmente Transmissível (IST).
  • As mulheres que não fazem contraceção segura podem tomar “a pílula do dia seguinte”.

Preservativo feminino
Tem a forma de um tubo fechado num dos lados, com um anel flexível na extremidade fechada e outro, maior, no lado aberto. Pode ser de silicone ou poliuretano.

Colocação:

  • Aperte o anel flexível entre os dedos polegar e médio e introduza na vagina.
  • Empurre para o fundo de forma a extremidade fechada do preservativo cobrir o colo do útero.
  • O anel da extremidade aberta fica para fora da vagina.
  • Durante a relação introduza o pénis no preservativo feminino, que deve cobrir a vulva, a vagina e o colo do útero.
  • No final aperte e torça o anel externo, para manter o sémen dentro do preservativo. Retire com cuidado e deite no lixo.

Pode ser colocado até 8 horas antes da relação sexual.

Preservativos
Utilize-os quando faz sexo vaginal, oral ou anal.

  • Verifique o prazo de validade.
  • Use um novo preservativo em cada novo contacto sexual.
  • Não os guarde em local quente ou expostos ao sol.
  • Não abra a embalagem com as unhas ou objetos cortantes.
  • Não coloque dois preservativos ao mesmo tempo.
  • Utilize lubrificantes de base aquosa.

Tenha sempre preservativos disponíveis. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Doentes oncológicas
Os tratamentos contra o cancro podem comprometer a capacidade reprodutiva dos pacientes.

As doenças oncológicas são, depois das doenças cardiovasculares, a segunda principal causa de morte em Portugal. De acordo com o registo oncológico de 2010, estima-se que aproximadamente 8.653 mulheres, em Portugal, foram diagnosticadas com tumores malignos só nesse ano. Os avanços ao nível da prevenção, deteção precoce e tratamento, permitem a estas utentes viver por longos períodos de tempo, e assim, questões como a qualidade de vida e a preservação da fertilidade, tornaram-se cada vez mais importantes para as sobreviventes em idade reprodutiva.

A preservação da fertilidade para os homens, através da criopreservação de esperma está disponível há muitos anos, no entanto não existe, até à data, nenhuma técnica análoga, não invasiva, disponível para as mulheres.

A importância da fertilidade em doentes oncológicas
Existem essencialmente três possíveis opções para a preservação da fertilidade feminina. A criopreservação de embriões é uma delas. Relativamente a esta opção, e no caso específico de utentes com doenças oncológicas é preciso ter em conta que poderá haver um atraso de 2 a 5 semanas no tratamento da doença por causa da estimulação ovárica, requerida para a fertilização in vitro. É preciso considerar também que certos tipos de cancro, como alguns tipos de cancro da mama, ovário e endométrio (cancros estrogénio-dependentes) podem invalidar a possibilidade da realização de uma estimulação sob risco de induzir a proliferação das células cancerígenas. As outras implicações desta opção são a exigência de um parceiro masculino ou vontade de usar esperma de um dador para a obtenção de embriões; a idade das pacientes (não é aplicável a raparigas pré púberes); as questões legais sobre os embriões em caso de separação ou morte de um dos cônjuges e, todas as questões éticas, morais e religiosas que esta técnica envolve. Outra das opções é a criopreservação de tecido ovárico, esta opção tem a vantagem de não necessitar de qualquer estimulação ovárica, e consequentemente não implicar o atraso no início da terapêutica anti-neoplásica. Para além disso, pode ser aplicada a mulheres das mais diversas idades (pré-púberes, adolescentes e adultas) e não implica a existência de um parceiro. Contudo, dois fatores limitantes deste procedimento são o facto de implicar a realização de uma pequena cirurgia (laparoscopia) e de comportar o risco de retransmissão da doença devido à presença de células neoplásicas no tecido. Por último, a criopreservação de ovócitos é a opção que fornece os meios mais eficazes para assegurar a autonomia reprodutiva de uma paciente, ao contrário do que acontece com a criopreservação de embriões. Esta opção exige também a realização de uma estimulação ovárica com vista à obtenção de ovócitos maduros. A criopreservação de embriões e ovócitos têm taxas de sucesso (gravidez) equiparáveis, sendo que a criopreservação de ovócitos tem também a vantagem de evitar os dilemas éticos e religiosos associados à criopreservação de embriões.

É urgente uma divulgação deste tema junto de especialistas e doentes
Urge a necessidade de médicos de cuidados primários e oncologistas serem informados e sensibilizados para a questão de preservação a fertilidade de forma a prevenir perdas de tempo valioso e permitir o encaminhamento destas utentes para centros de reprodução medicamente assistida.

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Rethinking Pharma
A terceira edição do Rethinking Pharma, o maior evento para profissionais da indústria farmacêutica em Portugal, reunirá cerca...

Portugal receberá pela primeira vez Mats Larson, que presidiu à reforma do serviço de saúde na Suécia, um país onde essa alteração representou uma transação tranquila e com impacto positivo na saúde pública e no orçamento de estado, gerando a necessária renovação do sistema. O congresso vai realizar-se no Hotel Aqualuz em Tróia, nos dias 29 e 30 de Outubro.

A mesa 3, agendada para as 14h30 de dia 30, será dedicada à regeneração do sistema de saúde e o acesso ao medicamento, através da análise do case study da Suécia e da visão de líderes de opinião nacionais sobre os objetivos nacionais, a curto prazo. Este debate, moderado por Adalberto Campos Fernandes, Professor na Escola Nacional de Saúde Pública e Presidente da Comissão Executiva do SAMS, contará com a intervenção de Eurico Castro Alves, presidente do Infarmed e de Almeida Lopes, presidente da Apifarma.

A nova gestão da carreira nas empresas farmacêuticas; a importância da reputação e imagem neste sector de atividade; e as tecnologias digitais na indústria farmacêutica são outros grandes temas definidos para o congresso. O encontro surge da necessidade de repensar o papel da indústria farmacêutica em Portugal, num momento especialmente crítico para a economia nacional e para este sector em concreto.

A iniciativa conta com o apoio oficial das seguintes entidades: APDH (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar), APMIF (Associação Portuguesa de Medicina Farmacêutica), APOGEN (Associação Portuguesa de Genéricos) e APDP (Associação Portuguesa do Doente Diabético). As inscrições estão abertas e disponíveis através do site http://www.rethinkingpharma.com, onde pode ser também consultado o programa.

Astellas European Foundation
Astellas European Foundation atribui prémios para investigação nas áreas de Transplantação e Uro-Oncologia a duas equipas: uma...

O prémio na área de Transplantação destina-se à investigação de imagens de ecografias funcionais enquanto instrumento inovador para avaliar o desempenho da microcirculação hepática, durante e depois de um transplante de fígado, prevendo e prevenindo disfunções da microcirculação. O sistema protótipo foi previamente otimizado para imagiologia cerebral. A tecnologia será agora testada com o objetivo de desenvolver uma ferramenta rápida, exata e não invasiva para avaliar o sucesso do transplante de fígado. O Dr. Federico Esposti refere que "até à data, uma grande lacuna dividia o que sabemos sobre o papel da microcirculação hepática na saúde, na doença e na prática cirúrgica. A nossa ideia é facultar aos cirurgiões de transplante uma ferramenta eficiente para topografia hepática micro-hemodinâmica. Estamos muito gratos à Astellas European Foundation por colaborar com a nossa pesquisa e acreditar no nosso projeto".

Na área de Uro-Oncologia o prémio reverte para a investigação de técnicas de imagem molecular inovadoras. Esta pesquisa irá prever o grau do tumor e as metástases linfáticas em doentes com cancro da próstata, com indicação para prostatectomia e dissecação dos nódulos linfáticos.

A equipa irá procurar testar o valor das novas ferramentas de imagem. Pretende superar as limitações das técnicas de imagem atuais, tais como tomografia computadorizada e ressonância magnética convencional, que não são suficientemente sensíveis para detetar metástases de cancro da próstata, devido ao pequeno tamanho dos nódulos linfáticos. Segundo os Professores Witjes e Barentsz “os doentes com cancro da próstata com nódulos limitados e metástases ósseas podem beneficiar de uma abordagem curativa, para a qual precisamos de imagem nodal ótima, como nano-ressonância magnética ou tomografia por Emissão de Positrões (PET/CT) com PSMA-Ga68”.

A Astellas European Foundation é uma instituição de caridade, formada em 2005, com o objetivo de a longo prazo, fornecer apoio a programas e atividades que promovam um maior desenvolvimento na medicina e na saúde. Em consonância com este objetivo, a Fundação faz doações substanciais para instituições de caridade a nível mundial. A Fundação, também suporta os seus colaboradores na angariação de fundos privados para causas solidárias que estes queiram apoiar.

A Fundação oferece bolsas anuais no valor de 150.000 dólares para as áreas de Transplantação, Uro-Oncologia, Urologia e Uro-Ginecologia. Os vencedores das bolsas são selecionados por um júri que inclui líderes europeus independentes.

Saiba reconhecer
Os nevos ou “sinais” têm origem nos melanócitos, as células responsáveis pela cor da pele e protecçã

O que são os nevos atípicos ou “sinais perigosos”?
São sinais difíceis de distinguir clinicamente do melanoma, que é o cancro de pele com maior mortalidade. Os nevos atípicos, no entanto, não são melanomas ou qualquer forma de cancro cutâneo.

Ocorrem em qualquer localização do corpo, mas como estão associados com a exposição solar são mais frequentes no dorso e pernas.

A presença de nevos atípicos pode aumentar o risco de ter no futuro um melanoma. Este risco aumenta ainda com o número de “sinais perigosos” presentes ou com história familiar de melanoma.

Como reconhecer um nevo atípico ou “sinal perigoso”?

A semelhança do melanoma, têm algumas características particulares:

  • Assimetria: Quando se divide o nevo em 2 partes, estas são diferentes em cor, espessura, forma ou tamanho;
  • Bordos: Os bordos da lesão são irregulares ou mal definidos;
  • Cor: A distribuição da cor não é uniforme ou existem várias cores;
  • Diâmetro: Sobretudo quando é superior ao dos restantes sinais.

A evolução das lesões, sobretudo quando o doente refere que o sinal cresceu muito em pouco tempo, é também uma característica que ajuda o médico a distinguir as lesões malignas das benignas.


Figura 1. Nevo atípico ou “sinal perigoso”. É difícil de distinguir do melanoma.


Figura 2. Melanoma. O diagnóstico clínico é mais fácil e a doente refere também que o sinal aumentou de tamanho e mudou de cor nos últimos meses.

Qual é o tratamento?
Os nevos atípicos são diferentes do melanoma e não necessitam de tratamento cirúrgico agressivo. Estas lesões devem ser vigiadas, com eventual recurso a fotografia digital e se surgirem alterações, deve ser efetuada excisão conservadora.

O diagnóstico e seguimento destes “sinais perigosos” deve ser efectuado em consulta de Dermatologia.

Como prevenir lesões mais graves, como o melanoma?
O risco é maior nos pacientes com vários nevos atípicos, história prévia de melanoma, história familiar de melanoma ou de nevos atípicos, pelo que estes devem ter seguimento regular para vigilância.

Para prevenir:

  • Evitar a exposição solar entre as 11:00 e às 16:00;
  • Utilizar protector solar de factor superior a 30, aplicar de 2 em 2 horas quando há exposição solar e reaplicar após ida ao banho;
  • Vestir roupa que proteja o corpo, chapéu de abas largas e óculos escuros em actividades ao ar livre, independentemente da estação do ano;
  • Não frequentar solários;
  • Recordar que para além de ser causa de cancro de pele, a exposição solar excessiva e sem protecção é a causa do fotoenvelhecimento do rosto.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Sessão na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
No âmbito do Dia Europeu da Depressão, assinalado pela European Depression Association, a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e...

Estima-se que a depressão atinja mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que em Portugal cerca de 20% da população é diretamente afetada pela patologia. O número de pessoas tocadas de alguma forma pela depressão, é, no entanto, incalculável – familiares, amigos, colegas de trabalho ou simplesmente conhecidos de pessoas com depressão enfrentam normalmente dois desafios: o primeiro, reconhecer que existe a patologia; o segundo, conviver com a depressão e ajudar a ultrapassá-la.

No Simpósio “A Depressão Próxima de Nós”, com moderação do Prof. Doutor Daniel Sampaio, a Prof.ª Doutora Luísa Figueira Presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM) começou por recordar o Dr. Pedro Montellano, presidente da Global Alliance of Mental Illness Advocacy Networks – Europe (GAMIAN-Europe) e membro de diversas Organizações Não Governamentais relacionadas com a formação, informação e direitos dos doentes, na Saúde Mental e não só, entretanto falecido. O Dr. Pedro Montellano tinha presença marcada no simpósio com uma apresentação que iria questionar “Quem pode estar próximo dos doentes deprimidos”.

A sessão prosseguiu com uma apresentação pelo Prof. Doutor João Salgado que abordou o papel dos Cuidados de Saúde Primários na proximidade destes doentes. O psicólogo apresentou o Projeto “Stop Depression”, uma experiência-piloto de tratamento da depressão nos cuidados de saúde primários a decorrer no Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Ocidental, com o objetivo de diagnosticar precocemente e tratar de forma abrangente a patologia neste contexto. 

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