Estudo
O consumo habitual de café poderia aumentar as possibilidades de sobreviver ao cancro do intestino e proteger os pacientes de...

Um grupo de cientistas descobriu que aqueles pacientes que recebiam tratamento e que consumiam altas doses de café, quatro ou mais chávenas por dia, tinham cerca de 42% de possibilidades menos de reincidir que aqueles que não consumiam a bebida.

O estudo também mostrou como os pacientes que bebiam café tinham 33% menos possibilidades de morrer de cancro que os demais pacientes.

O médico Charles Fuchs, diretor do Centro de Cancro Gastrointestinal de Boston, nos Estados Unidos, afirmou ter comprovado que “os consumidores de café têm um risco menor de desenvolver cancro, além de que a sobrevivência e as possibilidades de cura aumentam consideravelmente”.

Apesar dos resultados do estudo, Fuchs mostrou-se cauteloso com os potenciais benefícios do café como tratamento alternativo para os doentes de cancro de intestino.

“Se bebe café habitualmente e está a ser tratado de cancro do intestino, não o deixe, mas se não é um consumidor habitual e pergunta-se se deverias começar, primeiro deves consultar o seu médico”, declarou o investigador.

Ainda que seja a primeira vez que um estudo relaciona o consumo de café com a redução do risco de recaída, investigações prévias indicaram que a bebida poderia proteger contra vários tipos de tumores malignos, incluindo os melanomas, o cancro de fígado e o de próstata avançado.

Região de Lisboa e Vale do Tejo
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) anunciou hoje a contratação de 88 novos clínicos para os...

A ARSLVT adianta, em comunicado, que estes médicos entram em funções no início de setembro, tendo a contratação sido efetuada na sequência de um concurso público que foi aberto no passado dia 26 de maio e que foi agora concluído.

Segundo a ARSLVT, os 88 médicos serão distribuídos pelos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) de Sintra (13), Almada/Seixal (9), Loures/Odivelas (9), Oeste Sul (8), Lisboa Central (7), Cascais (6), Arco Ribeirinho (5), Estuário do Tejo (5) e Lezíria (5).

Serão ainda colocados quatro médicos no ACES da Arrábida, outros quatro no de Lisboa Norte, mais quatro no ACES de Lisboa Ocidental e Oeiras, três no Agrupamento de Centros de Saúde da Amadora, mais três no do Médio Tejo e outros três no ACES Oeste Norte.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale de Tejo adianta que “a colocação destes profissionais de saúde vai permitir reforçar a assistência a utentes de zonas carenciadas”, assegurando que mais 167.200 utentes que não tinham médico assistente atribuído passem a ter.

“Este reforço de médicos de família é um importante contributo para uma maior capacidade assistencial junto da população”, refere no comunicada o presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT, Luís Cunha Ribeiro.

Luís Cunha Ribeiro acrescenta que a contratação destes 88 médicos de família “é mais uma concretização, a par de muitas outras, que visa aumentar o número de utentes que dispõem de médico assistente naquela que deve ser efetivamente a porta de entrada no Serviço Nacional de Saúde: os cuidados de saúde primários”.

A ARSLVT tem 3,6 milhões de utentes, distribuídos por 15 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES).

Novo fármaco
Especialistas em sexologia alertam para os efeitos secundários do novo fármaco que esta terça-feira deverá receber a luz verde...

Se a autoridade norte-americana do medicamento (FDA) aprovar esta terça-feira o primeiro medicamento que se propõe actuar contra a falta de desejo sexual nas mulheres - e que já chumbou por duas vezes devido aos seus efeitos secundários e a uma não muito excitante taxa de eficácia -, os novos comprimidos que sintomaticamente se apresentam de cor-de-rosa ainda poderão demorar algum tempo até chegar às farmácias em Portugal. Os especialistas ouvidos pelo PÚBLICO não acreditam que seja desta que as mulheres passam a ter à disposição um “Viagra feminino”.

Quase duas décadas após a aprovação do Viagra para a disfunção eréctil - o comprimido azul que representou uma revolução na vida sexual de muitos homens em todo o mundo -, o cor-de-rosa Addyi, nome comercial do flibanserin, propõe-se aumentar a libido feminina especificamente na pré-menopausa, combatendo a diminuição de desejo sexual, uma das principais disfunções das mulheres neste período. Há muito tempo que este fármaco andava a ser investigado e testado, sem sucesso.

A diferença, agora, é que foi recomendado maioritariamente por um painel de especialistas (18 contra seis) e a FDA habitualmente leva em conta as sugestões destes peritos, apesar de o parecer não ser vinculativo. Mas o comité de especialistas é o primeiro a destacar que os resultados são moderados e a chamar a atenção para os efeitos secundários, como sonolência, náuseas e tonturas. Os resultados dos ensaios clínicos também não são propriamente animadores: as mulheres que tomaram diariamente o fármaco indicaram ter tido 4,4 relações sexuais satisfatórias num mês, contra 3,7 das do grupo que ingeriu apenas um placebo. Antes do tratamento, a frequência era de 2,7.

Pode então dizer-se que este é o “Viagra feminino” como sistematicamente esta substância surge designada nos media? Nem pensar, contestam os especialistas ouvidos  pelo PÚBLICO, que lembram que o flibanserin até começou por ser um “antidepressivo falhado”.  Primeiro: não tem nada a ver com o sildenafil (o princípio activo do Viagra). Enquanto este último é um vasodilatador, melhorando a irrigação do pénis para permitir a erecção, o outro actua directamente no cérebro, reduzindo a serotonina e visando outros dois neurotransmissores (substâncias que transmitem impulsos nervosos): a dopamina, que actua na sensação de recompensa e prazer; e a norepinefrina, que influencia o humor, a ansiedade e o sono, explicam.

“O mecanismo é completamente diferente, não tem nada a ver com o Viagra”, defende o psiquiatra e sexólogo Francisco Allen Gomes, que recorda que o laboratório que começou por investigar esta substância – o alemão Boehringer Ingelheim  - acabou por desistir dela, quando a FDA a rejeitou pela primeira vez, em 2010. “O Viagra serve para aumentar a excitação, não o desejo, que é algo mais complexo e não depende só da genitalidade”, acentua.

Quanto ao novo medicamento que está a criar muitas expectativas na população feminina, Allen Gomes deseja aos seus fabricantes “boa sorte”, antevendo que não irá representar “revolução nenhuma” para a vida sexual das mulheres. Até porque acredita que, apesar de os estudos disponíveis em Portugal apontarem para "estatísticas brutais", há uma “hipervalorização” das disfunções sexuais femininas. Em Portugal, um estudo efectuado há uma década apontava para uma taxa de disfunções sexuais femininas da ordem dos 56% (contra 24% nos homens), enquanto indicava que as disfunções especificamente relacionadas com o desejo afectavam 35% da população feminina (15,5% nos homens).

"Este medicamento é um bom case study,  há anos que anda a lutar para ser aprovado, enquanto o Viagra foi aprovado à primeira”, compara. "O que esta história demonstra é a dificuldade que a indústria tem de compreender os mecanimos que explicam as disfunções femininas. O pénis toda a gente sabe como funciona, está à mostra. Já do lado oposto, há todo um mistério, embora agora comece a ser mais fácil de perceber [o que se passa] graças às ressonâncias magnéticas”, diz o médico. O cerne do problema, considera, é "a falta de disponibilidade".

“O que o Viagra resolve é o problema da erecção, não o do desejo”, corrobora Gabriela Moita, psicóloga especialista em sexologia. Sobre o novo medicamento, prefere dizer, cautelosa: “Vamos ver… Se resolver [este problema], é excelente, mas seria uma enorme surpresa”. Porque Gabriela Moita também está convencida de que a diminuição do desejo sexual tem sobretudo a ver com a “falta de disponibilidade”. “As mulheres têm três mil coisas para fazer, o que resulta numa canseira enorme ao fim do dia. E sem disponibilidade não há espaço para o desejo”, justifica. O que está aqui em causa, prossegue, é mais um problema de "estilo de vida, de más relações e de muitos outros factores". Questões que um simples químico dificilmente poderá resolver.

Este medicamento “foi aprovado por maioria, mas com recomendações estritas à classe médica, porque há efeitos colaterais que têm que ser devidamente controlados”, destaca  o psiquiatra e sexólogo Júlio Machado Vaz. Quanto à comparação com o Viagra, o médico contesta-a igualmente com veemência: “Os mecanismos são completamente diferentes. Um dos problemas é que o desejo feminino é muito mais complexo. A euforia [em relação ao novo medicamento] é completamente despropositada”.

Júlio Machado Vaz lembra, a propósito, que o grupo de mulheres que se tem mostrado mais eufórico com esta novidade tem sido "financiado pelo mesmo laboratório que o vende". Foi sobretudo um  movimento norte-americano, o Even the Score, que fez grande pressão para que esta droga fosse aprovada pela FDA. Reuniu mais de duas dezenas de milhares de assinaturas numa petição online, com o argumento de que “há 26 tratamentos [para a disfunção sexual] disponíveis para homens e nenhum para mulheres”. 

Baptizado Addyi, o fármaco está desde 2010 nas mãos da Sprout Pharmaceuticals que, após uma segunda recusa da FDA, em 2013, conseguiu agora o apoio maioritário do comité de peritos que avalia os medicamentos e faz recomendações.

Mesmo recebendo luz verde nos Estados Unidos, os novos os comprimidos cor-de-rosa terão ainda que percorrer um longo caminho antes de chegarem às mulheres portuguesas. "Vai ser preciso que o laboratório peça a aprovação na autoridade do medicamento europeia. Aí seguirá os trâmites normais nestes casos", adianta apenas  um responsável do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), sem conseguir prever qualquer tipo de prazo para a eventual entrada do fármaco no país.

Disfunção eréctil
O primeiro comprimido para combater a disfunção entrou no mercado em 1998. Desde então surgiu uma panóplia de opções para um...

Há 17 anos que o Viagra ajuda a combater a disfunção eréctil. Os famosos comprimidos azuis em forma de losango chegaram ao mercado norte-americano e ao Brasil em Junho de 1998. Em Outubro desse ano estavam em Portugal. Este foi o primeiro medicamento para um problema que em Portugal afecta cerca de meio milhão de homens. Desde então, o Viagra “revolucionou o tratamento da disfunção comum” em milhões de homens, lê-se na Enciclopédia Britânica. Hoje, as alternativas ao fármaco comercializado pela farmacêutica Pfizer são muitas, o que faz com que o Viagra tenha deixado de ter este monopólio.

O composto activo do Viagra é o citrato de sildenafil. Inicialmente estudado para o tratamento da hipertensão arterial, os investigadores da Pfizer descobriram depois que este composto tinha um efeito positivo na erecção masculina.

Quando tudo corre bem, a excitação sexual faz com que o sangue entre nos vasos sanguíneos que percorrem o corpo cavernoso do pénis, permitindo a erecção. Isto só é possível porque, com a excitação, há a libertação de químicos que relaxam estes vasos sanguíneos. O corpo humano pára naturalmente a erecção usando uma enzima chamada fosfodiesterase-5, que inactiva os químicos responsáveis pela relaxação dos vasos sanguíneos, fulcral para a erecção.

No caso da disfunção eréctil, muitas vezes associada a idades mais avançadas, mas que pode existir em qualquer idade, tanto por motivos fisiológicos como psicológicos, há um curto-circuito na erecção. Nesse caso, o citrato de sildenafil pode ajudar, já que inibe a fosfodiesterase-5, permitindo assim o relaxamento dos vasos sanguíneos do corpo cavernoso e a subsequente erecção do pénis no caso de haver excitação sexual.

Antes do Viagra, as alternativas para o tratamento da disfunção sexual passavam por injecções directas no pénis ou a inserção de dispositivos mecânicos. Apesar de o novo comprimido ser contra-indicado para pessoas com angina de peito (dores no peito por não chegar suficiente sangue oxigenado ao coração) medicadas com vasodilatadores, e ter de ser usado com precaução por pessoas com doença cardíaca grave e outros problemas, o certo é que mais de 37 milhões de homens já recorreram ao fármaco em todo o mundo.

Entretanto, ao mercado farmacêutico chegaram duas alternativas ao Viagra: o Cialis, da farmacêutica norte-americana Eli Lilly; e o Levitra, das farmacêuticas Bayer, GlaxoSmithKline e Schering-Plough, ambos aprovados em 2003 nos EUA. Os dois fármacos têm compostos activos diferentes entre si (o tadalafil e o vardenafil, respectivamente) e também o Viagra. Embora com algumas diferenças, actuam de uma forma semelhante ao citrato de sildenafil. O Cialis tem um efeito mais duradouro do que o Viagra. Estas novidades tiraram o monopólio do mercado à Pfizer.

Mais recentemente, vários comprimidos genéricos com o mesmo princípio activo do Viagra foram lançados no mercado. A patente do medicamento da Pfizer caiu, em 2013, em muitos países europeus e, em Janeiro de 2014, em Portugal. Uma caixa de quatro comprimidos de 25 miligramas dos 19 genéricos comercializados em Portugal custa entre 12,93 euros e 16,42 euros, enquanto o Viagra custa 32,95 euros, segundo o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde. Há ainda outros genéricos, mas com dosagem e número de comprimidos diferentes.

Esta mudança foi significativa para o mercado, passando-se em Portugal de 51.209 embalagens vendidas em Dezembro de 2013 para 85.261 em Janeiro de 2014. Os genéricos fizeram disparar as vendas com 30.350 embalagens consumidas a mais. Entre 2006 e 2013, compraram-se mais de um milhão de embalagens de Viagra em Portugal e o laboratório facturou mais de 36 milhões de euros. Mas os genéricos vieram alterar esta dinâmica e a própria Pfizer já vende um medicamento genérico do Viagra.

As vendas anuais de Viagra situam-se em 1173 milhões de euros nos Estados Unidos e 1624 milhões de euros no mundo, segundo a agência de notícias Reuters. Em 2017, os genéricos do Viagra vão também estar disponíveis nos Estados Unidos, o que terá um impacto neste medicamento, mas vai permitir que chegue a mais pessoas.

Saem em breve do hospital
Os quadrigémeos que nasceram de uma alemã com 65 anos há três meses estão bem e saem do hospital dentro de dias, anunciaram...

A estão televisiva alemã RTL apresentou o que alega ser o primeiro conjunto de imagens de Neeta, Dries, Bence e Fijon, os quatro gémeos que nasceram em maio, na 26.ª semana de gravidez da mãe, de 65 anos.

"Podemos ver que as crianças estão bem. Sentem-se bem com a sua mãe", disse o diretor dos serviços neonatais do hospital Charite, em Berlim, onde as crianças têm estado a ser tratadas desde o nascimento.

O nascimento destes quadrigémeos gerou intensa controvérsia na Alemanha, na medida em que a mãe das crianças, Annegret Raunigk, com 65 anos, já tinha 13 filhos e sete netos, tendo dado à luz de cesariana depois de ter recebido um tratamento de fertilidade na Ucrânia, com recurso a um dador anónimo de esperma e de óvulos.

Os três rapazes e uma rapariga, que pesavam entre 655 e 960 gramas na altura do nascimento, foram descritos pelo médico como "casos de absoluto alto risco".

Dois dos recém-nascidos tiveram de receber ajuda para respirarem, e outros dois tiveram de ser submetidos a cirurgia, acrescentou o responsável, que explicou que agora as crianças já têm 75% do peso normal e já são "crianças normais".

"Como é que uma pessoa tem de ser aos 65 anos?", questionou a mãe, quando se soube da intenção de aceder ao pedido da filha mais nova, de 9 anos, e dar-lhe um irmão ou irmã mais novo.

"Aparentemente, temos sempre de corresponder a um outro cliché, o que me parece bastante cansativo. Cada um tem de pensar por si próprio", disse Annegret Raunigk, citada pela RTL.

Há 11.500 portugueses envolvidos em ensaios em curso que servem, sobretudo, para testar medicamentos novos.
O número de ensaios clínicos realizados em Portugal continua a ser baixo, mas o valor tem vindo a subir lentamente. No ano...

Apesar de o número total de ensaios já ter sido superior noutros anos, o cancro nunca teve tanto peso. Até agora, 2006 tinha sido o ano com mais propostas nesta área, altura em que foram feitos 49 pedidos relacionados com oncologia num universo de 153 processos submetidos.

Além de desenvolverem a investigação em Portugal, o ensaios clínicos permitem também que os doentes tenham acesso a medicamentos inovadores quando ainda não estão no mercado. Por exemplo, muitos dos novos fármacos para o cancro são testados em doentes que não responderam bem aos medicamentos antigos e que sem o ensaio não tinham alternativa em tempo útil.

Segundo dados fornecidos pelo Infarmed, em resposta escrita ao PÚBLICO, há, actualmente, autorizações válidas para 322 ensaios clínicos a decorrer. “No âmbito do conjunto destes ensaios está prevista a inclusão de um número total, máximo, de 11.526 doentes.”

Em 2014, cerca de 90% dos ensaios foram pedidos pela indústria farmacêutica. Os restantes 10% foram propostos por centros de investigação, como as universidades.

Quase dois terços dos processos pretendiam testar produtos químicos e 28% produtos biológicos. O terceiro pedido mais frequente foi para ensaios que misturam a química com a biotecnologia. “A maioria destes ensaios clínicos decorrem paralelamente em centros de ensaios nacionais e em centros de ensaios de outros Estados-membros, uma vez que são, frequentemente, estudos multicêntricos internacionais”, explica ainda o Infarmed.

Aquém doutros países
Os dados do Infarmed indicam que 2006 foi o ano com mais autorizações — 147. A partir daí, o valor caiu progressivamente e só em 2012 começou de novo a subir (ver infografia). Em 2013 foram já 116, mas mesmo assim longe do que já se conseguiu há oito anos. No primeiro semestre de 2015 foram autorizados 57 pedidos.

Para um ensaio ser feito em Portugal precisa de autorização do Infarmed e de um parecer favorável da Comissão de Ética para a Investigação Clínica. A burocracia exigida pelo país e a demora nas autorizações, juntamente com os poucos incentivos à investigação e dificuldades na divulgação dos resultados, eram alguns dos problemas apontados para o baixo número de ensaios clínicos no país, segundo um estudo de 2013 da PwC, feito a pedido da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).

Com a mudança de algumas regras, no que diz respeito à demora, os dados do Infarmed indicam que há agora uma rapidez ligeiramente maior. Em 2014, o tempo médio de decisão foi de 33 dias, quando em 2013 era de 38 e em 2012 de 40 dias.

Quanto a áreas de investigação destes tratamentos e medicamentos, no ano passado, depois do cancro, o sector que registou mais pedidos foi o do sistema nervoso central, com 17 processos, seguido pelo sistema cardiovascular, com 12, e pelos anti-infecciosos, com nove. O primeiro semestre de 2015 teve um comportamento idêntico.

A oncologia encabeça sempre a lista de pedidos, desde 2006, mas o seu peso tem vindo a crescer — de 32% em 2006, para 38% em 2010, 42% em 2013 e 48% em 2014.

Mesmo com a recuperação, Portugal está muito aquém de outros países europeus, indicam os dados do mesmo estudo da PwC feito para a Apifarma. Em Portugal, o número de ensaios por cada milhão de habitantes é pouco superior a dez, quando outros Estados-membros, como o Reino Unido, têm 15 ensaios por cada milhão de habitantes. O valor é ainda superior na Holanda, com 32, na República Checa, com 33, na Áustria, com 40, e na Bélgica, com um valor recorde de 47.

Hospitais criam centros de investigação
O problema não está só no número, mas também na distribuição. Os ensaios clínicos dividem-se em quatro fases e é fundamental que um país consiga agarrar esta investigação logo de início porque, muitas vezes, se perde os testes iniciais já não volta a ser seleccionado.

Em Portugal, só 8% dos ensaios propostos foram para a fase um, a que costuma testar em pessoas saudáveis a forma como o tratamento é tolerado. Perto de 19% dos ensaios são de fase dois, quando se tenta perceber a eficácia do medicamento em quem tem mesmo a doença, e 63% de fase três, que compara a nova terapia com outra já existente no mercado ou com um placebo. Por fim, em fase quatro foram propostos menos de 10% de ensaios, sendo esta a fase em que se estuda em mais doentes a toma do medicamento durante mais tempo.

Numa tentativa de melhorar este cenário, no final de Julho dois dos grandes centros hospitalares de Lisboa anunciaram que vão avançar com centros de investigação próprios, que visam precisamente aumentar a capacidade de atrair ensaios clínicos.

O Centro Hospitalar Lisboa Norte vai abrir, no Hospital de Santa Maria, um grande centro que vai concentrar a sua actividade nas patologias em que há mais doentes em Portugal: oncologia, cardiologia, diabetes e neurologia. O Centro de Investigação Clínica vai funcionar nas instalações do Centro Académico de Medicina de Lisboa, contando com a colaboração do próprio hospital, mas também do Instituto de Medicina Molecular e da Faculdade de Medicina de Lisboa.

Também o Centro Hospitalar de Lisboa Central, que engloba os hospitais de S. José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, D. Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa, avançou com um consórcio com a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa para criar o Centro Médico Universitário de Lisboa. O objectivo é incentivar a investigação médica também em áreas como a oncologia, a cardiologia, a neurologia e a diabetes e conseguir atrair mais ensaios relacionados com estas doenças. As instituições não vão receber nenhum reforço de orçamento, mas os profissionais vão poder dedicar mais tempo a estes processos.

 

Hospital de Valongo
O hospital de Valongo soma hoje às suas valências duas novas unidades residenciais de psiquiatria, uma dedicada a jovens e...

A Unidade Residencial do Jovem, integrada na Unidade de Psiquiatria do Jovem e da Família, tem nove lugares e destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 25 ano que apresentem "perturbações do comportamento alimentar e eventualmente outros comportamentos autolesivos", refere informação remetida à agência Lusa pelo CHSJ.

De acordo com esta entidade - que junta o Hospital São João, no Porto, e o de Valongo, conhecido por Hospital Nossa Senhora da Conceição - a nova unidade residencial dedicada aos jovens insere-se na "experiência largamente desenvolvida" na Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental.

Em causa estão, por exemplo, situações associadas a anorexia nervosa e outros comportamentos prevalentes nos adolescentes, bem como em jovens adultos, sendo usado "um ambiente de internamento como intervenção no sistema de regulação familiar condicionado pela doença".

Quanto à Unidade Residencial do Idoso, esta integrada na Unidade de Psiquiatria do Adulto e do Idoso, trata-se de um espaço com oito lugares, aos quais se somam quatro de frequência durante o dia, e destina-se à reorganização comportamental e descanso do cuidador para doentes idosos com alterações comportamentais nomeadamente em processos iniciais de défice cognitivo.

"A unidade insere-se numa plataforma de apoio domiciliário comunitário que privilegia a preservação da identidade e autonomia apesar das limitações, através da psicoeducação e do estímulo da atividade, iniciativa e participação", lê-se na informação do CHSJ.

A par da abertura destas duas unidades, também hoje reabre no hospital de Valongo, distrito do Porto, a Unidade Residencial de Transição depois de ter sido alvo de uma reorganização de espaço e "melhoria de instalações", garantem os responsáveis.

Integrada na Unidade de Psiquiatria Comunitária, esta terceira unidade que está em funcionamento desde janeiro do ano passado, conta com 12 lugares para o tratamento e a reabilitação da doença mental grave.

O objetivo do espaço agora melhorado é proporcionar a pacientes que estejam, conforme descreve o CHSJ, estabilizados do ponto de vista sintomático, "uma progressiva recuperação das suas capacidades de socialização e comunicação, bem como maior autonomia na sua organização diária".

A aposta nestas unidades de psiquiatria insere-se na perspetiva traçada pelo Plano Nacional de Saúde Mental (2007/2016) que privilegia a articulação do tratamento e reabilitação de doenças psiquiátricas de evolução prolongada com uma intervenção comunitária e de proximidade.

Para os responsáveis, trata-se de potenciar a Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental, uma estrutura que tem experiência em situações de anorexia nervosa e outras perturbações do comportamento alimentar, mas também aprofundar o trabalho de reabilitação na doença psiquiátrica crónica realizado no Hospital de Dia do polo do Porto e na Unidade Socio-Ocupacional do polo Valongo e na Unidade Residencial de Transição.

O plano inclui como objetivo "uma articulação mais eficaz" de especialidades como Neurologia e Psiquiatria, bem como da Segurança Social no acompanhamento dos processos demenciais e da Doença de Alzheimer, estando previsto o envolvimento das redes sociais das autarquias nomeadamente da rede do concelho de Valongo.

Nos Açores
O estatuto do dador de sangue no Serviço Regional de Saúde dos Açores entra em vigor na terça-feira e estabelece a isenção do...

O regime jurídico do dador de sangue nos Açores foi hoje publicado no Diário da República, após ter sido aprovado, por unanimidade, no parlamento açoriano, em junho, por proposta do Governo Regional e com contributos dos partidos com assento parlamentar.

O diploma define o estatuto, os direitos e as regalias dos cidadãos que regularmente dão sangue nas unidades de saúde do arquipélago e que vão passar a estar identificados com um cartão, com o qual ficam também integrados no registo nacional de dadores. Passam também a ter direito a um seguro próprio.

De acordo com o regime agora publicado, os dadores de sangue poderão vir a estar sujeitos a exames médicos anuais, por iniciativa do Serviço Regional de Saúde (SRS), cabendo à unidade de saúde elaborar por cada dador de sangue registado uma ficha médica que será atualizada após cada exame.

Os dadores estão também isentos do pagamento de taxas moderadoras e poderão continuar a aceder gratuitamente a medicamentos, após a 10.ª dádiva, apesar dos pareceres em contrário da Ordem dos Médicos e de responsáveis dos hospitais da região.

No entanto, os familiares dos dadores deixam de ter acesso gratuito a medicamentos.

Os dadores nos Açores poderão ainda ausentar-se das suas atividades profissionais, a fim de dar sangue, "sem quaisquer perdas de direitos e regalias".

Quem quiser dar sangue nos Açores não pode, por outro lado, ser alvo de discriminação em razão da sua ascendência, sexo, origem étnica, religião, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Os dadores de sangue poderão também vir a ser alvo de reconhecimento público e terão direito a "medalhas", diplomas e outros galardões, que permitam distinguir os cidadãos, consoante o número de doações.

O secretário regional da Saúde explicou, aquando do debate parlamentar, que a criação deste regime jurídico visa transpor diretivas europeias sobre esta matéria e atualizar a legislação regional, adequando-a também às regras em vigor no resto do país.

Quanto à questão de se manter a cedência gratuita de medicamentos a quem fizer mais de dez dádivas, que deixou de existir no continente, Luís Cabral afirmou, quando foi ouvido em sede de comissão parlamentar, que "tradicionalmente, na Região Autónoma dos Açores, desde 1990, assim acontecia e alterações de monta nesta área podem fazer com que haja uma redução das doações".

Os críticos desta cedência gratuita de medicamentos consideram que ela pode pôr em causa o princípio da dádiva totalmente benevolente de sangue, sem qualquer tipo de remuneração.

Todas as regiões do país
Todas as regiões de Portugal apresentam hoje risco muito alto e alto de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo o...

Todas as regiões de Portugal apresentam hoje risco muito alto e alto de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o IPMA, Beja, Aveiro, Bragança, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Porto Santo, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu e Vila Real estão hoje com risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta.

AS regiões de Santa Cruz das Flores, Horta, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada (Açores) apresentam hoje risco alto de exposição à radiação UV.

Para as regiões com níveis muito altos e altos, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor que 2, em que o UV é Baixo, 3 a 5, Moderado, 6 a 7, Alto, 8 a 10, Muito Alto e superior a 11, Extremo.

O IPMA prevê para hoje nas regiões do norte e centro do continente céu geralmente muito nublado, diminuindo gradualmente de nebulosidade a partir do início da tarde, e períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral até final da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado de noroeste, soprando moderado, por vezes com rajadas, no litoral e nas terras altas, em especial durante a tarde, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e pequena subida da temperatura máxima nas regiões do interior.

No sul prevê-se céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade até final da manhã, em especial no litoral oeste, vento fraco a moderado de noroeste, soprando moderado a forte, com rajadas até 60 quilómetros por hora, no litoral e nas terras altas, em especial durante a tarde.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais.

Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 18 e 26 graus celsius, no Porto entre 16 e 22, em Vila Real entre 14 e 27, em Bragança entre 13 e 27, em Viseu entre 13 e 26, na Guarda entre 12 e 24, em Coimbra entre 16 e 25, em Castelo Branco entre 15 e 31, em Portalegre entre 14 e 28, em Évora entre 16 e 30, em Beja entre 15 e 29, em Santarém entre 17 e 27 e em Faro entre 18 e 28.

O IPMA prevê para hoje no arquipélago da Madeira períodos de céu muito nublado, aguaceiros fracos nas vertentes norte e nas terras altas e vento moderado do quadrante norte.

No Funchal as temperaturas vão variar entre os 21 e os 28 graus Celsius.

Nos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos em São Miguel (grupo Oriental) e vento moderado.

Em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo as temperaturas vão oscilar entre 20 e 26 graus e em Santa Cruz das Flores e Horta entre 21 e 26.

Atualização das instruções de utilização
O fabricante Roche Diagnostics GmbH foi informado do aumento dos erros mecânicos que apresentam as mensagens de erro E6 e E10...

Este problema pode ser devido a um manuseamento incorreto que origina a fuga de pequenas quantidades de insulina para o compartimento do cartucho. A insulina retida no cartucho irá danificar a haste do pistão que, consequentemente, deixará de se mover adequadamente e poderá limitar ou bloquear o funcionamento do motor da bomba de insulina. Esta situação pode originar a administração de doses de insulina incorretas.

Como medida corretiva, o fabricante decidiu alterar as instruções de manuseamento das referidas bombas de insulina, nomeadamente no que respeita aos procedimentos para a substituição do cartucho.

Assim, para prevenir a ocorrência desta situação, os utilizadores devem seguir as instruções de manuseamento melhoradas fornecidas pelo fabricante (em anexo).

Quaisquer incidentes ou outros problemas relacionados com estes dispositivos devem ser notificados à Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed, através dos contactos: tel.: +351 21 798 71 45; fax: +351 21 798 7367; e-mail: [email protected].

Conselho de Ministros
Foram as ordens de profissionais de saúde que reclamaram regras para a publicidade em saúde. Proibidos anúncios a tratamentos ...

Um ano depois de sete ordens de profissionais denunciarem a “desregulação completa” da publicidade a atos e serviços de saúde, com a multiplicação de anúncios a consultas e rastreios gratuitos, o Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o projeto de decreto-lei que vem estabelecer regras e proibições nesta área. Passam a ser “proibidas as práticas de publicidade de saúde que, por qualquer razão, induzam ou sejam suscetíveis de induzir em erro o utente quanto à decisão a adotar”, resume o Ministério da Saúde sobre o projeto de diploma agora aprovado.

A intenção inicial do projeto que visa regular a publicidade em saúde era o de vedar menções publicitárias do tipo “primeira consulta grátis", rastreio “sem encargos”, ou tratamentos “em promoção”. Como a versão final do projeto não foi disponibilizada, é impossível perceber quais são as proibições aprovadas. O Ministério da Saúde adianta apenas que são enunciadas neste diploma as práticas consideradas “enganosas", sem depois as especificar. O que se fica a saber é que passam a ser vedadas “condutas que pressuponham ou criem falsas necessidades de consumo”.

O projeto de decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros (que abrange a publicidade a terapêuticas convencionais e não convencionais, incluindo exames e análises, tratamentos ou terapias) estipula que esta se deve reger pelos princípios da “transparência, fidedignidade e licitude, objetividade e rigor científico” e refere que cabe à Entidade Reguladora da Saúde a fiscalização e instrução de eventuais processos de contra-ordenação.

Na proposta enviada aos parceiros e a que o jornal Público teve acesso, dentro do universo das proibições figuram os anúncios que descrevam o ato ou serviço como “grátis, gratuito, sem encargos ou com desconto ou promoção, fazendo depender, direta ou indiretamente, a gratuitidade ou desconto de prestações sucessivas”. 

Também passam a ser proibidos (se a proposta inicial não foi alterada em Conselho de Ministros) os anúncios que sejam suscetíveis de induzir o utente “ao consumo desnecessário ou nocivo”, por exemplo através de "sistemas de pontos, cartões de angariação, promoções ou planos de prestação de serviços" e ainda os que divulguem os atos e serviços de saúde “sob a forma de atribuição ou de condição de prémios e similares, resultantes de concursos ou sorteios”.

Foi o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (que integra as ordens dos médicos, enfermeiros, biólogos, farmacêuticos, médicos dentistas e nutricionistas e psicólogos) que em 2014 que exigiu que fossem adotadas “medidas urgentes para pôr cobro à desregulação que se verifica na publicidade a serviços de saúde”. O ministro da Saúde decidiu, então, criar um grupo de trabalho com representantes das ordens e de várias autoridades de saúde, além da associação de defesa do consumidor Deco.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, traçava na altura um quadro "preocupante" citando, como exemplos da desregulação neste sector, a publicitação de serviços gratuitos, como rastreios e check-ups usados para “induzirem tratamentos desnecessários”, a publicidade a cartões de pontos em supermercados e gasolineiras com descontos em saúde e promessas de cura para doenças crónicas.

Ouvido agora a propósito do diploma aprovado em Conselho de Ministros, Orlando Monteiro da Silva prefere não comentar um documento que ainda não conhece – “não sei qual foi o resultado final” – mas vai dizendo que espera que o diploma seja “claro, transparente e passível de ser entendido” e aplicado.

“É preciso pôr ordem nisto”, reclama, notando que há “casos dramáticos” de pessoas que foram induzidas artificialmente a consumir atos de saúde. “A publicidade em saúde não pode ser selvagem e prometer atos gratuitos que depois se revelam não gratuitos ou resultados garantidos que não se concretizam, enfatiza. O problema, frisa ainda, é que esta regulação "não interessa a alguns grandes grupos económicos ,alguns dos quais vivem destes check-ups".

Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau
Base de dados vai permitir prever o risco de determinadas doenças com base nas amostras recolhidas.

A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla inglês) iniciou a criação de uma primeira base de dados genéticos com o objetivo de prever o risco de determinadas doenças, informam os 'media' locais.

A MUST apresentou, na passada quarta-feira, os resultados da primeira fase, com base nas informações recolhidas de uma amostra de 1.000 jovens, concluindo que cancros como do pulmão, mama, ovários e próstata vão ter uma maior taxa de incidência no território, escreve o Diário de Notícias.

Já o risco de os residentes de Macau virem a desenvolver doenças do foro neurológico como Alzheimer é menor - comparativamente aos registos do norte da China ou dos continentes europeu e americano.

A MUST pretende alargar a amostra - por a entender pequena -, mas carece de fundos para o efeito, depois de a primeira fase do estudo ter sido suportada por verbas da Fundação Henry Fok.

Contudo, como sublinhou o diretor da Faculdade de Ciências de Saúde da MUST, Manson Fok, um estudo mais abrangente precisa do apoio do Governo, sobretudo para estabelecer a correlação entre os fatores genéticos e os riscos associados ao meio ambiente.

O objetivo passa por ter a maior amostra possível, com Manson Fok a assinalar que ter dez por cento da população seria melhor, mas que, pelo menos cinco por cento permitiria já uma reflexão.

Na próxima legislatura
O ministro da Presidência disse que a Estratégia de Proteção ao Idoso só poderá ser aprovada na próxima legislatura, uma vez...

“As alterações ao Código Penal são matérias da responsabilidade da Assembleia da República, portanto, a estratégia hoje aprovada elenca todas as medidas trabalhadas com os parceiros deste setor, mas que, agora, terá de ser concretizada, mas na nova AR, após eleições”, disse aos jornalistas Luís Marques Guedes, na conferência de imprensa realizada ontem no final do Conselho de Ministros.

A Estratégia de Proteção Idoso que, segundo o Sapo, prevê a repressão de todas as formas de violência, abuso, exploração ou discriminação e a criminalização do abandono de idosos, foi ontem aprovada em Conselho de Ministros.

O ministro da Presidência, Marques Guedes, adiantou que o Governo decidiu aprovar, sob a forma de resolução, o documento para que o trabalho feito pelo Ministério da Justiça com várias entidades “não ficasse perdido”.

“Toda a documentação está pronta e o novo parlamento, assim que iniciar funções, desde que haja vontade política da maioria que sair das eleições, estará em condições de imediatamente discutir e, querendo, aprovar esta legislação”, sublinhou.

O ministro justificou ainda a não aprovação da legislação com o facto de o parlamento já ter encerrado os seus trabalhos.

“Se o parlamento está fechado, já não há hipótese de a aprovar. O trabalho está concluído para [a estratégia] ser tomada, assim o novo Governo que saia das eleições tenha exatamente as mesmas intenções de criminalizar este tipo de comportamento”, sustentou.

Na estratégia estão previstas medidas de proteção jurídica às pessoas idosas e em situação de incapacidade, não permitindo que terceiros se aproveitem desta condição.

Entre essas medidas estão o alargamento da indignidade sucessória, não permitindo que, nos casos em que o herdeiro pratique algum crime de violência doméstica ou maus tratos, venha a receber a herança do idoso que maltratou.

A estratégia prevê ainda a criminalização de negócios jurídicos feitos em nome do idoso, sem o seu pleno conhecimento.

Nove meses depois
Passaram nove meses e ainda não há resultados da investigação criminal ao caso de Legionela em Vila Franca de Xira.

O assunto está a ser investigado desde novembro pela Procuradoria Geral da República mas ainda não se conhecem quaisquer conclusões.

O presidente da Câmara de vila de Xira, Alberto Mesquita lamenta o prolongar da situação dizendo que a demora provoca "danos em vários domínios. Em primeiro lugar às pessoas que foram afetadas" que também "exigem responsabilidades" diz o autarca.

O surto de Legionela no final do ano passado infetou quase 400 pessoas e causou a a morte a 12. As analises técnicas indicaram que o surto teve origem numa fábrica de adubos mas a empresa disse que sempre cumpriu a lei.

Para o autarca de Vila Franca de Xira, este caso "foi uma lição dramática" mas empresas do concelho têm agora mais consciência da necessidade de cumprir as praticas ambientais. O autarca garante que a câmara tem verificado "que as questões de suscetibilidade ambiental dessas empresas e da sua atividade industrial, têm hoje uma particular atenção".

À volta deste caso foram apresentadas perto de uma centena de queixas. O presidente da Ordem dos Advogados em Vila Franca de Xira disse à TSF que espera que a investigação possa ficar concluída em setembro.

Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência
O Instituto Nacional de Emergência Médica não está a autorizar os seus funcionários a prestar serviço de bombeiros voluntário....

A denúncia parte do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência que adianta que "a decisão atinge sobretudo elementos de comando. Mas outros elementos, que têm outras missões nos bombeiros voluntários também estão a ver recusadas as suas autorizações para acumularem funções".

Em causa estarão cerca de 30 funcionários do INEM que "depois do horário de trabalho sempre puderam ajudar os bombeiros voluntários mas que agora não o podem fazer", diz o sindicalista Pedro Moreira que considera a decisão "descabida e sem justificação".

Em Julho o Governo autorizou a dispensa de serviço público dos trabalhadores da administração direta e indireta do Estado, incluindo da administração autónoma, que cumulativamente detenham a qualidade de bombeiro voluntário, quando sejam chamados pelo respetivo corpo de bombeiros para combater um incêndio florestal.

Ouvido pela TSF o INEM não desmente a não autorização da acumulação de funções que justifica com "eventos extraordinários". Ainda assim, afirma que, "por principio, não a tem vindo a recusar". Todavia o Instituto assume que tem pedido aos funcionários "um acréscimo de horas extraordinárias" e teme que os operacionais possam acumular "excesso de trabalho" quando desempenhem outras funções fora da profissão e do horário de trabalho.

Investigadores concluem
Diminuir a ansiedade, aumentar a satisfação com o tratamento e ter menos dores, são as vantagens conhecidas por se ouvir música...

Ouvir música antes, durante ou depois de uma intervenção cirúrgica parece ser benéfico para os doentes e reduzir significativamente a dor e ansiedade, assim como a necessidade de medicação contra as dores, escreve o Observador. A conclusão foi apresentada pela equipa de Catherine Meads, do Grupo de Investigação em Economia da Saúde na Universidade de Brunel (Reino Unido), depois de rever estudos anteriores que envolveram quase sete mil doentes.

A música é uma intervenção não invasiva, segura e barata que deveria estar disponível a todos os que são submetidos a uma cirurgia”, defende Catherine Meads, citada em comunicado de imprensa. “Os doentes deviam poder escolher a música que querem ouvir de forma a maximizar os efeitos no próprio bem-estar. Contudo, é preciso ter em conta que a música não pode interferir com a comunicação da equipa médica.”

Os ensaios clínicos analisados comparavam o impacto da música com os cuidados convencionais ou com outras intervenções que não incluíssem o uso de drogas, como as massagens, na recuperação de adultos em pós-operatório, refere o artigo publicado na conceituada revista médica The Lancet. Os 6.902 doentes que ouviram música, quando comparados com os que não ouviram (controlo), mostraram-se significativamente mais satisfeitos com o tratamento e menos ansiosos depois da cirurgia. Estes doentes referiram ter menos dores e recorrer menos a analgésicos e anti-inflamatórios.

As conclusões vão mais longe:

  • Ouvir música em qualquer momento parece surtir efeito, mas os doentes que ouviram música antes da cirurgia mostraram melhores resultados do que os que ouviram durante ou depois.
  • Os doentes que ouviram música mesmo sob o efeito da anestesia continuaram a apresentar níveis mais baixos de dor, ainda que os resultados fossem ainda melhores nos doentes que estavam conscientes quando ouviram a música.
  • Embora de efeito moderado, e estatisticamente não significativo, os doentes que escolhiam a própria música pareciam ter uma redução ainda maior nas dores e no uso de medicamentos.
  • Apesar das melhorias apresentadas, a estadia no hospital não foi menor só porque os doentes ouviram música.

Num comentário ao artigo, Paul Glasziou, investigador no Centro de Investigação das Práticas Baseadas em Evidências da Universidade Bond (Austrália), refere que o facto de os doentes beneficiarem da música mesmo quando estão anestesiados pode mostrar que este efeito não é mais do que um placebo (tratamento “inerte” ministrado com fins sugestivos ou psicológicos). “Porém, um efeito placebo seria desejável de qualquer forma.”

Os diretores podem ter ficado desapontados que a duração da estadia [no hospital] não tenha sido reduzida, mas a música é uma intervenção simples e barata, que reduz desconfortos passageiros em pacientes sujeitos a cirurgia”, refere Paul Glasziou.

Dos mais de quatro mil artigos encontrados, os investigadores escolheram os 72 ensaios clínicos que cumpriam os critérios de inclusão: serem controlados e aleatórios, terem dados qualitativos, incluírem adultos sujeitos a uma cirurgia que não incluísse o sistema nervoso central, a cabeça ou o pescoço. Os artigos escolhidos podiam estar escritos em qualquer língua, a cirurgia podia ter recorrido a anestesia ou não e os medicamentos para as dores podia ser de qualquer tipo.

Embora o ensaio com mais pessoas tivesse apenas 458 participantes e um estudo deste tipo pudesse beneficiar de uma amostra mais alargada, os investigadores consideram que como todos os pequenos ensaios mostram as vantagens da utilização de música, esta compilação poderá ser o suficiente.

Um dos pontos verificados pelos autores é que “apesar de existir um número relevante de estudos, a música ainda não foi implementada como uma intervenção terapêutica na prática cirúrgica quotidiana porque a informação sobre a eficácia não foi sintetizada e disseminada universalmente”, escrevem no artigo. E reforçam que “nenhum dos estudos incluídos referiu efeitos secundários”.

Os autores consideram que este é o trabalho de revisão mais completo sobre a utilização de música no tratamento de doentes sujeitos a cirurgia. E acrescentam que “existe alguma evidência experimental que a distração com videojogos pode reduzir a dor induzida em adultos”, mas ainda não há estudos sobre a eficácia da utilização de vozes na rádio ou audiolivros durante as cirurgias de adultos.

Ministério da Agricultura
O Estado deve seis milhões de euros às empresas que diariamente recolhem, transportam e destroem 1.150 cadáveres de animais,...

A dívida foi confirmada pelas duas empresas em questão (ITS e Luís Leal & Filhos), que fazem parte do consórcio criado pelo Estado para pôr em prática o Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA), enquanto o Ministério da Agricultura assumiu “alguns atrasos nos pagamentos”.

Este sistema foi criado na altura da crise da doença das “vacas loucas” para “a recolha dos animais, em tempo útil, e permite efetuar a despistagem obrigatória de eventuais encefalopatias espongiformes transmissíveis (BSE)”.

Desde janeiro que as duas empresas não estão a ser ressarcidas, o que lhes coloca dificuldades para assegurar um serviço dispendioso, disseram fontes empresariais.

A situação está a preocupar o grupo dos resíduos da Quercus, para quem o SIRCA - uma das suas reivindicações - garante "um alto controlo sanitário dos animais mortos em explorações, nomeadamente através da recolha, transporte, colheita de amostras para laboratório e tratamento/destruição”.

De acordo com esta associação, em 2014 foram recolhidos 415 mil animais (27.500 toneladas). Já este ano, a média de recolha é de 1.150 animais/dia, ou seja, 75 toneladas diárias.

“Este controlo apertado permitiu a Portugal sair de uma situação de total descontrolo em relação a doenças transmitidas de animais para o homem - no caso da chamada BSE chegou a ter o pior desempenho na Europa - para uma situação de estatuto mínimo, a partir de 2013".

Segundo a Quercus, se Portugal mantiver este controlo quatro anos consecutivos “considera-se que houve erradicação das doenças”.

A associação explica que, "quando os suínos morrem nas explorações, são armazenados temporariamente em sistemas de refrigeração” e que “a recolha nunca demora mais do que três dias”.

“No caso dos ruminantes - bovinos, ovinos, caprinos, equinos -, a recolha é tipo "táxi", pois existe um “call center” para os donos solicitarem a recolha imediata. No máximo, o serviço é realizado até 48 horas depois do pedido”, explicou a associação.

A Quercus sublinha que, nos ruminantes, é ainda “recolhida uma amostra do tronco encefálico, a qual é posteriormente enviada para análise no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária para despiste de doenças”.

Dados da associação indicam que este sistema é pago através da cobrança de uma taxa aos estabelecimentos de abate.

“O dinheiro à partida existe especificamente para o sistema montado”, refere a Quercus.

Esta dívida, prossegue, “está a tornar insustentável todo o sistema que é naturalmente muito custoso, como qualquer sistema que obriga a um elevado controlo e, neste caso, associado a transportes diários capilares, nomeadamente a locais de difícil acesso, uma vez que a recolha é realizada onde o animal morre, mesmo que seja no meio de uma serra”.

A associação está contra uma eventual paragem do sistema de recolha, não querendo sequer acreditar que tal seja possível.

“É intolerável esta situação de falta de pagamento, que vai já em sete meses, quando o Estado recebe antecipadamente, através das taxas de abate, as verbas para pagar o serviço”, adianta.

Para a Quercus, existe “um risco elevadíssimo para o ambiente e saúde pública” se se registar “o abandono abrupto, por falta de verbas, do presente sistema de recolha”.

“Se os animais deixarem de ser recolhidos nas explorações, e consequentemente deixar de existir controlo, é a própria segurança alimentar que está em causa, pois não há nada que impeça que essas carcaças sejam introduzidas na alimentação humana, através de canais ilegais de distribuição de carne”.

Fonte oficial do Ministério da Agricultura e do Mar confirmou que, “nos últimos meses, fruto do mecanismo de financiamento, têm de facto existido alguns atrasos nos pagamentos, que têm vindo a ser feitos em valores mais reduzidos”.

O ministério prevê que os pagamentos venham “a ser acelerados já no próximo mês de setembro”.

Sobre o risco deste serviço parar, a mesma fonte sublinhou que “as empresas do Consórcio são profissionais que executam este serviço há alguns anos, pelo que não se coloca certamente em questão a suspensão deste serviço”.

Em 2018
O ministro da Saúde do Brasil, Arthur Chioro, afirmou que espera que a vacina contra a dengue, que está a ser desenvolvida pelo...

“O que aguardamos agora é o desenvolvimento de uma vacina segura contra a dengue. Não há uma expectativa imediata. As melhores chances que temos dão conta de que poderemos, se tudo der certo, ter uma vacina segura para todos os brasileiros (…) lá para 2018. Insisto: se tudo der certo na pesquisa”, disse.

Segundo o ministro , o sucesso depende de avanços dos laboratórios que realizam investigações nessa área – incluindo o Instituto Butantan, em São Paulo, e o Fiocruz, no Rio de Janeiro.

As declarações de Arthur Chioro foram proferidas durante o programa “Bom dia, ministro”, produzido pela Secretaria de Imprensa da presidência, e reproduzidas pelo portal G1.

O Instituto Butantan recebeu, na semana passada, aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para iniciar a terceira fase de estudo clínico.

Esta terceira fase – a última antes de o produto ser avaliado pelas agências reguladoras – vai ser realizada em cooperação com os Institutos de Saúde dos Estados Unidos (NIH), segundo os ‘media’ brasileiros.

Este ano, até 18 de abril, o Brasil registou 745.900 casos de febre dengue, 229 dos quais mortais, refletindo uma situação de epidemia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera existir uma epidemia quando para cada grupo de 100 mil habitantes, a incidência da doença supera 300 casos. No Brasil, o índice era de 367,8.

Os mais de 745 mil casos até 18 de abril representavam um aumento de 234,2% no número de infetados com dengue em relação ao período homólogo de 2014.

A OMS estima que em cada ano se registem entre 50 e 100 milhões de infeções pelo vírus da dengue no mundo.

Cerca de 500 mil pessoas que sofrem de dengue grave precisam de hospitalização e, de entre estes, aproximadamente 2,5% morrem.

Governo aprova
O Governo vai atribuir 15,5 milhões de euros a bolsas de doutoramento e de investigação médica, que vão permitir que os médicos...

De acordo com um comunicado do Ministério da Educação e Ciência (MEC), os concursos, “de natureza competitiva”, para seleção de candidatos aos programas de Doutoramento em Investigação Clínica e para Investigador Médico, vão ser lançados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

“Os médicos que sejam selecionados para um Programa de Doutoramento em Investigação Clínica ou para o Programa Investigador Médico devem afetar 75% do seu horário de trabalho em tempo integral a atividades de formação doutoral ou de investigação, respetivamente”, refere o comunicado do MEC.

O organismo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a que pertencer um médico selecionado para estes programas poderá ser compensado pela FCT, que atribuirá “um subsídio mensal correspondente a 75% do valor de remuneração base auferida pelo médico no âmbito da carreira médica, não podendo este subsídio ser inferior ao valor da 1ª posição remuneratória da categoria de assistente”.

Para o caso do programa Investigador Médico, adiantou o MEC, os selecionados recebem ainda da FCT “um subsídio mensal correspondente a 60% de uma Bolsa de Pós-Doutoramento”.

O Conselho de Ministros aprovou ontem um decreto-lei que define as condições especiais aplicáveis aos médicos do SNS selecionados para os dois programas de investigação da FCT, e que se inserem no Programa Integrado de Promoção e Excelência em Investigação Médica, aprovado em 19 de março deste ano.

“Ficou ainda definido que os serviços e estabelecimentos de saúde do SNS que vejam reduzidas as dotações de pessoal médico, em virtude da aplicação deste Decreto-Lei, podem, até ao limite máximo do número de médicos do seu mapa de pessoal, que tenham sido selecionados para frequentar qualquer um dos Programas, promover a contratação de médicos substitutos em regime de contrato de trabalho a termo resolutivo incerto”, explica-se no comunicado.

O Programa Integrado de Promoção da Excelência em Investigação Médica, que tem a duração de cinco anos, com possibilidade de renovação após uma avaliação, “tem como objetivo fomentar o desenvolvimento de uma nova geração de investigadores médicos clínicos com potencial para transformar o panorama científico nacional numa área estratégica para o país”, segundo a tutela.

O programa é acompanhado pelo MEC e pelo Ministério da Saúde.

Governo
O acesso à proteção especial na invalidez e o regime jurídico do complemento por dependência vão ser alargados, passando a ser...

Em comunicado, o Governo dá conta de que aprovou hoje, em reunião de Conselho de Ministros, a alteração do regime especial de proteção na invalidez e do regime jurídico do complemento por dependência.

Segundo a informação governamental, o acesso a estes apoios passa a ter em conta as consequências das doenças e o seu impacto na atividade profissional, em vez do tipo de doença.

“Esta alteração corrige a injustiça relativamente aos beneficiários de doenças precocemente incapacitantes cujos portadores, pelo simples facto de a sua doença não estar tipificada na lei, não podiam beneficiar do regime geral de proteção na invalidez”, lê-se no comunicado.

De acordo com o Governo, as alterações hoje aprovadas incluem também o alargamento do complemento por dependência, que “passa a ser estendido a todos os beneficiários no ativo que sejam portadores de doença suscetíveis de gerarem invalidez especial e se encontrem dependentes”.

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