Campanha quer informar sobre teste precoce
O Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida está preocupado com o aumento de casos de paramiloidose (“doença dos...

“A doença está a diminuir no norte do país [onde inicialmente foi identificada], mas a agravar-se no sul”, disse o presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), Eurico Reis.

A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), conhecida como a “doença dos pezinhos”, foi descrita pela primeira vez na Póvoa do Varzim, pelo neurologista Corino de Andrade.

Segundo Eurico Reis, apesar da possibilidade do transplante hepático e de alguma medicação, existe um método que permite evitar o nascimento de uma criança com a doença, já que esta é uma patologia hereditária.

Trata-se do Diagnóstico Genético Pré-Implantação (DGPI), uma técnica de Procriação Medicamente Assistida (PMA) que consiste na análise às células do embrião, nos primeiros dias do seu desenvolvimento.

O objetivo é que só os embriões saudáveis sejam transferidos para o útero.

“Quando se trata de doenças graves e incapacitantes, como esta é, não queremos que as crianças nasçam doentes quando é possível impedi-lo”, disse o juiz desembargador, referindo-se ao DGPI.

Eurico Reis apercebeu-se de que não é devidamente conhecida a posição do CNPMA sobre esta possibilidade, pelo que foi decidido fazer uma campanha de informação, a qual se irá realizar em parceria com o Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST).

“No interior do IPST não havia a ideia que o CNPMA – não é que sejamos permissivos – tem uma perspetiva alargada em relação a esta matéria”, disse.

Em relação aos pais que não queiram fazer o diagnóstico, preferindo arriscar ter filhos doentes, o juiz disse que tal “está dentro da sua margem de liberdade, por muito que isso depois custe em matéria de gastos no Serviço Nacional de Saúde”.

“Agora, os pais que não querem que os seus filhos sejam doentes podem e devem socorrer-se destas técnicas”, adiantou.

“O facto de nascerem crianças doentes, quando podiam não nascer e quando os pais não querem sujeitar os seus filhos a essa doença, é uma coisa que me horroriza”, acrescentou.

Em declarações, o presidente da Associação Portuguesa de Paramiloidose (APP), Carlos Figueiras, disse que este tratamento já é utilizado por casais com um dos elementos doente “há muitos anos”.

“Já temos muitos meninos que nasceram por Fertilização In Vitro (FIV) pré implantatória e que não são portadores da doença”, afirmou.

Para Carlos Figueira, que se congratula com a campanha de sensibilização do CNPMA, “a maioria esmagadora das pessoas querem ter filhos sadios e, para isso, não têm problemas de recorrer a este método”.

Estudo
As mulheres grávidas conservam energia adicional e extraem mais calorias dos alimentos sem ter de ingerir maiores quantidades,...

“Estes resultados sugerem a necessidade de se fazer uma nova avaliação aos conselhos nutricionais que se dão às mulheres grávidas”, disse o líder da investigação, Tony O'Sullivan, da Universidade de New South Wales (UNSW).

O especialista também sublinhou a necessidade de se manter uma dieta equilibrada e sugeriu que fossem avaliadas as recomendações que se dão às mães em gestação para que ingiram alimentos energéticos, segundo um comunicado da UNSW.

Para esta investigação foi analisado o aumento de peso, a energia utilizada (metabolismo) e a ingestão de alimentos de 26 mulheres, utilizando sensores móveis.

Estas mulheres ganharam uma média de 10,8 quilos durante a gravidez, sete dos quais eram massa gorda que se acumulou principalmente entre o primeiro e segundo trimestres.

A acumulação de gordura ocorreu sem que ingerissem mais alimentos do que o habitual, apesar da sua necessidade de energia diária ter aumentado 8%.

Tal sugere que as mulheres grávidas produzem alterações significativas no seu metabolismo que lhes permitem conservar energia adicional como gordura e extrair mais calorias dos alimentos.

O excesso de peso durante a gravidez pode trazer complicações, como diabetes, pré-eclampsia e uma maior predisposição a doenças cardíacas no bebé, segundo estudo.

Zona da grande Lisboa
As entidades qualificadas para fazer colonoscopias na zona da Grande Lisboa passaram de duas para 37, informou o Ministério da...

Em comunicado, o Ministério explica que concluiu na quarta-feira os concursos para a realização de colonoscopias, destinados a aumentar o número de entidades prestadoras do exame na zona da Grande Lisboa

Trata-se de “um aumento significativo da capacidade instalada” e a partir de agora as novas entidades prestadoras integrarão a rede de convencionados do Serviço Nacional de Saúde, diz o comunicado.

Em 2013 fizeram-se mais de 118 mil colonoscopias, que custaram mais de cinco milhões de euros. No ano passado houve um aumento de quase 30% de colonoscopias, que custaram mais de sete milhões de euros.

Em junho passado o ministro da Saúde tinha anunciado o concurso e esclarecido que os utentes que optarem por realizar as colonoscopias nos novos prestadores de serviços de saúde terão a opção de efetuar o exame com sedação.

De acordo com a Administração Central dos Sistemas de Saúde apresentaram propostas ao concurso 170 prestadores de cuidados de saúde, 16 só no distrito de Lisboa.

Num comunicado divulgado em junho a Administração Central lembrava que os utentes do Serviço Nacional de Saúde com uma credencial emitida pelos serviços e estabelecimentos de saúde públicos podem dirigir-se a qualquer uma das várias entidades que estão convencionadas com o Estado a nível nacional e aí realizarem as colonoscopias (exame por endoscopia do intestino grosso).

Governo aprova
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados vai ter mais 98 camas, distribuídas por quatro unidades na região de Lisboa...

Em comunicado, o Ministério da Saúde adianta que foi assinado um despacho conjunto com o Ministério das Finanças e o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social a autorizar a celebração de contratos com unidades de internamento no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

“Trata-se de mais 98 novas camas, distribuídas por quatro unidades, todas elas situadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, a mais carenciadas do país em camas de cuidados continuados integrados”, lê-se no comunicado.

De acordo com a informação oficial, estas 98 camas fazem subir para 1.142 lugares o número total autorizado em 2015, entre 164 em unidades de cuidados paliativos, 61 em unidades de convalescença, 239 em unidades de média duração e reabilitação e 366 em unidades de longa duração e manutenção.

Nesta contabilidade entram também, pela primeira vez, 312 lugares para os cuidados continuados integrados na área da saúde mental, sendo que estes não correspondem necessariamente a camas, tal como explica a informação do Governo.

O Ministério da Saúde revela também que, no final de 2014, havia 7.160 camas na RNCCI e anuncia que espera chegar ao final de 2015 com cerca de 8.300.

“Atendendo às 5.595 disponíveis no final de 2011, este valor representa um crescimento de cerca de 48% na capacidade de internamento da RNCCI”, conclui.

Em junho, um relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde dava conta de que o número camas nos continuados continuava abaixo das necessidades da população, em cerca de menos 30%.

As estimativas apontam para que haverá 110.355 pessoas dependentes no autocuidado nos domicílios, das quais 48.454 serão pessoas dependentes “acamadas”.

O documento destaca ainda que as Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), prestadoras de cuidados no domicílio, continuam subaproveitadas, com consequências negativas, quer em termos de bem-estar dos doentes, quer em relação aos gastos para o Estado.

O relatório salienta também que as ECCI deveriam mesmo funcionar como “núcleo central” da rede de cuidados continuados, mas que na verdade “estão longe de assumir essa centralidade, com uma taxa de ocupação de 66% em 2014, contra mais de 90% nas outras unidades da ENCCI”.

O Relatório da Primavera deste ano aponta, pois, para a necessidade de um “forte investimento e impulso” na área da RNCCI, para “garantir o acesso de todos os doentes” a camas ou a cuidados domiciliários, dependendo das suas necessidades.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde defendeu o papel das autarquias no combate à obesidade infantil, através de uma estratégia de economia...

Segundo o diretor do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde (DGS), Pedro Graça, “a produção de alimentos é uma mais-valia de muitas regiões do país”, considerando que deve estar associada a uma estratégia de saúde.

No âmbito do seminário internacional "Plano Nacional de Saúde e Estratégias Locais de Saúde", que decorreu hoje no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, Pedro Graça defendeu que é importante conciliar os programas nacionais de saúde com as dinâmicas e preocupações locais.

“Convidar as pessoas a comerem melhor, criar condições físicas de acesso aos alimentos e formar e capacitar os cidadãos para fazerem escolhas saudáveis” são os principais objetivos do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável, referiu.

O responsável da DGS disse que as autarquias deveriam intervir no caso das famílias de risco, que têm consumos alimentares consoante as condições socioeconómicas.

Pedro Graça afirmou que a saúde deve “jogar com a educação”, explicando que é necessário “modificar a disponibilidade dos alimentos, no caso das cantinas escolares”, e dando como exemplo o Brasil, em que 30% da alimentação que entra nas escolas provem de agricultura local.

Nas escolas do 1º ciclo, está a ser implementado o Regime de Fruta Escolar, um programa europeu que permite oferecer fruta, de forma gratuita, duas vezes por semana, aos alunos.

“O nosso espaço público ainda é muito pouco amigo da alimentação saudável”, lamentou este responsável da DGS, explicando que “não faz sentido que não exista oferta de água em todo o lado”.

Para o diretor-geral da Saúde, Francisco George, “é essencial falar das cantinas escolares e continuar a trabalhar com as escolas” no âmbito da alimentação saudável.

“Temos consciência que a pobreza infantil não pode ter uma resposta invisível”, afirmou Francisco George, defendendo que tem que haver um trabalho da DGS a nível local em conjunto com as escolas, com os municípios e com a Segurança Social.

O diretor-geral da Saúde lembrou que cerca de um terço das crianças do 1º ciclo tem excesso de peso, referindo que a DGS está a intervir em obesidade infantil, através do diagnóstico precoce.

Para a pediatra do Centro Hospitalar de Lisboa Central Júlia Galhardo, os grandes problemas apontados pelos pais para a obesidade das crianças são a falta de tempo e de recursos económicos.

“A minha ambição é tentar convencê-los exatamente do oposto”, afirmou a pediatra, explicando que o dinheiro que gastam a comprar refrigerantes e outro tipo de alimentos menos saudáveis, é suficiente para comprar legumes para fazer sopa.

Em relação à prática de atividade física, o psicólogo da DGS, Miguel Telo de Arriaga, revelou que “em Portugal a inatividade física é um importante fator de risco”, acrescentando que existe uma estratégia nacional para a promoção da atividade física, da saúde e do bem-estar.

Em Portugal
As mulheres que realizam abortos clandestinos em Portugal recorrem sobretudo a medicamentos abortivos ilegais, uma realidade...

Mara Carvalho, médica de medicina geral e familiar que pertenceu à organização Médicos pela Escolha, afirma que o aborto clandestino ainda existe em Portugal, embora sublinhe que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG) até às 10 semanas veio reduzir bastante aquela prática bem como as complicações associadas.

Num encontro sobre IVG em Lisboa, Mara Carvalho falou sobre “o outro aborto”, também denominado como ilegal ou inseguro, que todos os anos provoca 47 mil mortes em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

A médica referiu dados que mostram uma redução das complicações com o aborto clandestino em Portugal: de 2002 a 2007 registaram-se 1.258 casos de complicações, enquanto de 2008 a 2012 foram registadas apenas 241 situações.

Dados já divulgados pela Sociedade Portuguesa de Contraceção indicam que entre 2002 e 2007 houve 14 mortes maternas notificadas relacionadas com o aborto clandestino, enquanto em 2011 e 2012 não se registou nenhum caso.

Apesar de a lei que permite o aborto por opção da mulher até às 10 semanas de gestação ter reduzido o aborto clandestino, a médica Mara Carvalho lembra que continua a haver mulheres que o praticam, com “o recurso ao aborto medicamentoso a ser o método mais utilizado”.

O aborto ilegal feito com recurso a “parteiras” sem qualificações era uma realidade mais comum no passado, mas atualmente Mara Carvalho diz que as mulheres que abortam de forma clandestina recorrem sobretudo a medicamentos abortivos adquiridos “no mercado ilegal”.

“Chegam às consultas e nem sabem muito bem o nome do medicamento que tomaram, nem quem o arranjou, referindo ter sido um namorado ou uma amiga que o conseguiu”, conta.

Há também ainda casos de mulheres que continuam a recorrer às clínicas espanholas quando ultrapassam o limite das 10 semanas de gestação, como confirmou no encontro uma responsável da Clínica dos Arcos em Portugal.

Mara Carvalho teme que qualquer barreira que seja colocada ao aborto por opção da mulher venha aumentar o aborto clandestino, como o caso da introdução de taxas moderadoras na IVG, alteração legislativa que entra em vigor dentro de uma semana.

“Para se diminuir o outro aborto”, esta médica sugere que seja aumentado o recurso à contraceção de emergência (pílula do dia seguinte) e melhorado o acesso a métodos contracetivos de longa duração – como os intrauterinos.

Outra das propostas passa por permitir que a interrupção de gravidez medicamentosa seja feita nos centros de saúde.

“Devia ser alargada a intervenção medicamentosa nos centros de saúde, sobretudo para colmatar assimetrias nas regiões em que muitos obstetras nos hospitais são objetores de consciência”, disse, explicando que apenas no centro de saúde de Amarante são realizados abortos medicamentosos.

Além deste argumento das assimetrias regionais, defende que a IVG centrada nos cuidados de saúde primários permitiria não gastar tanto dinheiro no recurso extra a convencionados (para realização de ecografias ou mesmo de todo o processo do aborto).

No encontro sobre IVG promovido pela Sociedade Portuguesa de Contraceção, os especialistas debateram também dúvidas que, passados oito anos, ainda existem sobre o limite para a realização do aborto por opção da mulher, com a maioria a determinar que pode ser feito até às 10 semanas e seis dias de gestação.

Outro dos assuntos discutidos foi a questão da realização de ecografias para datar a gravidez por médicos objetores de consciência, visto que muitos profissionais recusam realizá-las, o que pode até atrasar o processo da IVG.

Infarmed
O presidente da Autoridade que regula o sector do medicamento disse que não há em Portugal registo de incidentes com os...

“Nos nossos registos constam cerca de 40 mil produtos desde 2009 utilizados em Portugal e não temos um único caso reportado”, garantiu Eurico Castro Alves.

O responsável destacou não existir qualquer razão para alarme, acrescentando ser por “precaução” que o Infarmed anunciou ter decidido suspender o certificado CE de segurança emitido para os implantes médicos do fabricante brasileiro Silimed Industria de Implantes.

“Temos um sistema de vigilância em que todas as reações são reportadas e registadas e já perguntei aos meus colegas da União Europeia (UE), numa abordagem superficial, e ninguém reportou reação adversa até ao momento”, frisou.

Castro Alves disse ainda que esta decisão de suspender a título preventivo o certificado de segurança para aqueles implantes médicos “foi uma decisão conjunta das agências da UE”.

“A autoridade alemã notificou uma desconformidade no processo de fabrico”, disse, “não cumpriam com todas as boas práticas e [foram detetadas] algumas irregularidades, e por uma questão de precaução e segurança suspendemos a utilização daqueles produtos”.

Em Portugal, estes dispositivos médicos Silimed Industria de Implantes são distribuídos pela firma Hospitex – Material Hospitalar, Lda, que também já comunicou a suspensão voluntária da sua distribuição.

A suspensão surge depois de uma fiscalização das autoridades europeias à fábrica brasileira, onde foi detetada a “existência de partículas não previstas na superfície de alguns dispositivos”, de acordo com o comunicado do Infarmed divulgado.

Dos implantes abrangidos pelo certificado europeu agora suspensos fazem parte os implantes de silicone para cirurgia plástica, nomeadamente implantes mamários, peitorais, de glúteos, dos gémeos, para cirurgia da mão, expansores de tecido, implantes faciais, modeladores nasais e folhas de sustentação para cirurgia mamária.

Também os implantes de silicone para cirurgia bariátrica (balões e bandas gástricas), os para urologia, para cirurgia geral e os dispositivos invasivos de silicone são abrangidos pela suspensão.

Apesar da suspensão, o Infarmed em comunicado avançou que “até ao momento não existem indícios de que esta questão conduza a um problema de segurança para a saúde da pessoa implantada”.

As autoridades competentes europeias para as questões dos medicamentos anunciaram uma investigação conjunta a nível europeu sobre a questão.

Em 23 cidades
O Instituto Nacional e Medicina Legal e Ciências Forenses vai promover pela primeira vez, na terça-feira, várias ações de...

Estas ações destinam-se “prioritariamente aos profissionais de saúde que exercem atividade assistencial a nível hospitalar, mas também aos que o fazem ao nível dos cuidados de saúde primários”, nos centros de saúde.

Em comunicado, o Instituto Nacional e Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) refere que “a iniciativa decorre em praticamente toda a rede nacional de gabinetes médico-legais e forenses”, nas cidades de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Elvas, Guarda, Évora, Faro, Leiria, Penafiel, Portimão, Santa Maria da Feira, Santiago do Cacém, Setúbal, Tomar, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada.

“O fenómeno da violência, com destaque para a doméstica, constitui um problema de saúde pública de impacto multidimensional, com repercussões cada vez maiores na vida das pessoas e da sociedade, para o qual o médico dos serviços de urgência ou das unidades de saúde nem sempre está alertado e preparado para dar uma resposta eficaz”, adianta.

Nos encontros, integrados no V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género (2014-2017), da responsabilidade da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, participam médicos do INMLCF, representantes do Ministério Público de diversas comarcas e outros especialistas da área da Medicina Legal.

“Planeta Dentix”
Os médicos do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço lançam o projeto infanto-juvenil “Planeta Dentix”, que visa...

O “Planeta Dentix” surge no âmbito das iniciativas de carácter educacional levadas a cabo pelo Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP) e traduz-se na criação de um vídeo e uma brochura infantil, dirigidos a crianças entre os 5 e 9 anos.

“A aposta num futuro melhor começa na educação das crianças e jovens e por isso decidimos lançar este projeto. O Planeta Dentix encontra-se numa fase piloto e o nosso objetivo é juntar os recursos necessários para que no ano letivo de 2016-2017,  possamos chegar às escolas de todas as regiões de Portugal”, conta Ana Castro, médica oncologista e Presidente do Grupo.

As primeiras sessões educativas começam no Porto e no Algarve, durante as quais os mais pequeninos vão conhecer as divertidas personagens que habitam este Planeta.

Aqui, o Escovix, a Pastix, o Polvix e o Tonix têm uma importante missão: incutir hábitos de higiene oral, como forma de prevenção de doenças, nomeadamente o cancro da cavidade oral.

“Queremos transmitir que uma boa higiene oral ajuda a prevenir doenças futuras e que para manter os dentes saudáveis e sem cáries, devemos evitar certos alimentos como o açúcar. Colocamos ainda algumas questões sobre quantas vezes se deve lavar os dentes por dia e de quanto em quanto tempo se deve trocar a escova de dentes”, finaliza Ana Castro.

Migrações
A Federação das Associações Europeias de Psicologia apelou a todos os psicólogos para auxiliarem na crise dos migrantes,...

O apelo da Federação das Associações Europeias de Psicologia (FAEP), presidida pelo português Telmo Mourinho Batista, estende-se “a todos os governos e agências europeias, comunidades e entidades responsáveis”, segundo um comunicado da federação divulgado.

O objetivo é que estas entidades envolvam os psicólogos europeus nos esforços para lidar com a crise dos refugiados, coordenando a sua atuação com as associações pertencentes à FAEP, existentes em 36 países.

"Nós temos a responsabilidade de aplicar o nosso conhecimento e competência” para ajudar os “refugiados a ultrapassarem os seus traumas e as mais que expectáveis dificuldades de adaptação nas novas condições das suas vidas, de forma a atenuarmos ao máximo os efeitos desta catástrofe humanitária”, diz o presidente da FAEP e bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

A federação lembra que estes refugiados estão a fugir da guerra, violência, terrorismo, perseguições políticas e pobreza, mas muitos não conseguem sobreviver à travessia do mar Mediterrâneo “e à exploração dos traficantes”.

Apesar do apoio humanitário ter vindo “a aumentar e a melhorar” e alguns países estarem a acolher um largo número de refugiados, “têm sido identificadas enormes dificuldades em encontrar novos locais para os refugiados viverem e iniciarem uma nova fase da sua vida”, uma situação que provoca problemas de saúde psicológica, acrescenta.

O pedido da FAEP surge na sequência das declarações do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, em que afirmou que "A Europa não pode continuar a responder a esta crise de forma passiva”.

“Nenhum país poderá fazê-lo sozinho e nenhum país poderá recusar-se a fazer a sua parte (…). A única forma de resolver este problema é através da união e da implementação por todos os Estados-Membros de uma estratégia comum, baseada na responsabilidade, solidariedade e confiança", afirmou António Guterres, citado no comunicado da federação.

A FAEP também decidiu criar um grupo de trabalho para desenvolver um plano de ação para os próximos meses.

"Esta crise irá ter consequências a longo prazo e a forma como iremos lidar com este problema, irá afetar o futuro de milhares de pessoas. Este é o tempo de atuar e de defender os valores dos direitos humanos”, sublinhou o presidente da federação.

UK’s NICE recommends
The National Institute for Health and Care Excellence (NICE), the medicines cost-effectiveness body for England and Wales, has...

Daiichi Sankyo Company, Limited (hereafter, Daiichi Sankyo) announced that NICE has issued its final recommendation for LIXIANA® (edoxaban) for preventing stroke and SE in patients with non-valvular atrial fibrillation (NVAF). This follows NICE’s publication of a Final Appraisal Document (FAD) on 6 August 2015, for its Single Technology Appraisal (STA) of LIXIANA for the prevention of stroke and SE in patients with NVAF.2

The NICE recommendation comes shortly after LIXIANA received European marketing authorisation in June 2015 for two indications:

·         Prevention of stroke and SE in adult patients with NVAF with one or more risk factors, such as congestive heart failure, hypertension, age ≥ 75 years, diabetes mellitus, prior stroke or transient ischaemic attack (TIA)

·         Treatment of deep vein thrombosis (DVT) and pulmonary embolism (PE), and prevention of recurrent DVT and PE in adults. The NICE final recommendation for this indication was obtained on 26 August 2015

The final NICE recommendation states: “Edoxaban is recommended, within its marketing authorisation, as an option for preventing stroke and systemic embolism in adults with non-valvular atrial fibrillation with one or more risk factors, including congestive heart failure, hypertension, diabetes, prior stroke or transient ischaemic attack, or age 75 years or older.” It adds: “The Committee concluded that taking all of the analyses into account, edoxaban was cost effective compared with warfarin and could be recommended as an alternative to warfarin for preventing stroke and systemic embolism in people with non-valvular atrial fibrillation who have one or more risk factors for stroke.”1

Edoxaban, made by the pharmaceutical company Daiichi Sankyo, is one of the class of blood-thinning drugs known as novel oral anticoagulants (NOACs). These drugs are used as an alternative to warfarin, which has been widely used for over 50 years but requires frequent monitoring to ensure the drug is working properly and is also associated with many food and drug interactions.3

The final NICE recommendation noted: “The Committee accepted the limitations of warfarin therapy and the considerable impact it may have on people who take it, and recognised the potential benefits of edoxaban for people with non-valvular atrial fibrillation,” and concluded that, “edoxaban was as clinically effective as warfarin for the primary efficacy outcome of reducing stroke (ischaemic and haemorrhagic) and systemic embolism, and had nearly half the rate of haemorrhagic stroke events compared to warfarin.”1

Professor Martin Cowie, Professor of Cardiology at Imperial College London and noted researcher of AF, said edoxaban gives doctors the ability to better tailor medicines to individual patients.

“A few years ago, all we had to prevent strokes in AF patients was warfarin, which imposes many lifestyle restrictions on patients and needs monitoring with a blood test system measuring International Normalised Ratio (INR). Now we have choices with modern blood-thinning drugs that do not need INR monitoring and are easy for patients to live with.”

Dr. Simon Clough, UK Managing Director for Daiichi Sankyo, said: “We are very pleased to be able to offer patients and doctors in England and Wales a new convenient alternative in the treatment armoury against AF-related illness. NICE has recognised an unmet clinical need among patients with AF and this recommendation confirms the value of LIXIANA, which combines convenience and safety compared to well managed warfarin with features that patients and physicians appreciate.”

AF is the most common type of heart rhythm disorder, and is associated with substantial morbidity and mortality.4 According to NICE, the estimated prevalence of AF in England is 1.6% of adults aged 18 or over, which equates to approximately 835,000 cases. Of these 835,000 cases, between 476,000 and 702,000 adults could require anticoagulation therapy.5 In addition, there may be another 250,000 people who are undiagnosed.6 According to NICE, only an estimated 49.3% of patients with a history of AF are currently receiving anticoagulation therapy.5

AF affects approximately 2.3-3.4% of people in developed nations.7 More than six million Europeans are diagnosed with AF, and this figure is expected to at least double over the next 50 years.8,9 One in five of all strokes are as a result of AF.8 Stroke is the second most common cause of death worldwide, responsible for approximately 6.7 million deaths each year.10

About AF
AF is a condition where the heart beats irregularly and rapidly. When this happens, blood can pool and thicken in the chambers of the heart causing an increased risk of blood clots. These blood clots can break off and travel through the blood stream to the brain (or sometimes to another part of the body), where they have the potential to cause a stroke.11

About Edoxaban
Edoxaban is an oral, once-daily, direct factor Xa (pronounced “Ten A”) inhibitor. Factor Xa is one of the key components responsible for blood clotting, so inhibiting this makes the blood thin and less prone to clotting.

The ENGAGE AF-TIMI 48 global phase 3 study investigated once-daily edoxaban in comparison to warfarin in 21,105 patients with NVAF. This represented the largest and longest trial with a NOAC in patients with AF performed to date, with a median follow-up of 2.8 years.12 Edoxaban demonstrated non-inferiority for stroke or SE.12 Edoxaban was also found to be superior for the principal safety endpoint of major bleeding in comparison to warfarin.12

Appropriate Use of Edoxaban
Haemorrhage is a common adverse effect of all anticoagulants.

·         Special care should be taken when deciding to prescribe edoxaban to patients with other conditions, procedures, and concomitant treatments, which may increase the risk of major bleeding

·         As such, a detailed prescriber guide has been made available to HCPs to ensure correct use of the drug

·         In addition, every pack contains a patient alert card which can help alert treating HCPs in the case of routine or emergency interventions

The prescriber guide and a full list of contraindications, warnings and information on posology can be found in the edoxaban summary of product characteristics at https://www.medicines.org.uk/emc/medicine/30506

References
1. NICE. Edoxaban for preventing stroke and systemic embolism in people with non-valvular atrial fibrillation. Issued September 2015, TA 355. Available at: http://www.nice.org.uk/guidance/ta355.
2. NICE. Final appraisal determination: Edoxaban for preventing stroke and systemic embolism in people with non-valvular atrial fibrillation. Issued 6 August 2015. Available at: https://www.nice.org.uk/guidance/gid-tag475/resources/atrial-fibrillatio....
3. Lip G, et al. Apixaban versus edoxaban for stroke prevention in nonvalvular atrial fibrillation. J. Comp. Eff. Res. (2015) 4(4), 367–376.
4. Iqbal MB, et al. Recent developments in atrial fibrillation. BMJ. 2005;330(7485):238–43.
5. NICE. Support for commissioning anticoagulant therapy. Commissioning guide 49. Issued 14 May 2013. Available at: http://www.nice.org.uk/guidance/cmg49/resources/non-guidance-support-for....
6. NICE. Thousands of strokes in people with common heart rhythm disorder are avoidable, says NICE. Press release issued 18 June 2014.
7. Ball J, et al. Atrial fibrillation: Profile and burden of an evolving epidemic in the 21st century. Int J Cardiol. 2013;167: 1807–24.
8. Camm A, et al. Guidelines for the management of atrial fibrillation: the Task Force for the Management of Atrial Fibrillation of the European Society of Cardiology (ESC). Eur Heart J. 2010;31(19):2369–2429.
9. Krijthe BP, et al. Projections on the number of individuals with atrial fibrillation in the European Union, from 2000 to 2060. Eur Heart J. 2013;34(35):2746-2751.
10. World Health Organization. The top 10 causes of death. Available at: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs310/en/index2.html [Last accessed: September 2015].
11. National Heart, Lung and Blood Institute – What is Atrial Fibrillation. Available at: http://www.nhlbi.nih.gov/health/dci/Diseases/af/af_diagnosis.html. [Last accessed: September 2015].
12. Giugliano R, et al. Edoxaban versus warfarin in patients with atrial fibrillation. N Engl J Med. 2013;369(22):2093-2104 

Estudo
Não é só o ambiente externo que afeta o desenvolvimento de uma criança. O que acontece dentro do útero também, incluindo a...

Os genes, só por si, não condicionam todas as características dos seres vivos. O ambiente onde vivem e os estímulos que recebem também têm um papel importante. Agora um grupo de investigadores da Fundação Instituto Valenciano de Infertilidade, em Espanha, verificou que o ambiente dentro do útero da mulher também pode influenciar a expressão dos genes do embrião, conforme um artigo publicado na revista científica Development.

O fluído dentro do útero tem uma enorme diversidade de moléculas, incluindo partes de ARN (ácido ribonucleico). Quando estas porções de ARN são incorporadas no embrião, ainda antes da implantação (fixação no útreo), podem regular a expressão de determinados genes – ligando uns e desligando outros. Estas modificações não alteram o embrião em termos genéticos, mas podem afetar as características físicas e o aparecimento de doenças.

Os autores do estudo coordenado por Carlos Simón consideram que esta forma de comunicação entre mãe e embrião, através de exossomas (vesículas carregadas de moléculas) antes da formação da placenta, vão condicionar a expressão dos genes, mas até ao momento ainda não foi encontrada prova que influencie as doenças no adulto. Contudo, há uma evidência crescente, segundo os autores, que os embriões de mulheres obesas ou com diabetes pode fazer com que a descendência tenha mais probabilidade de desenvolver estas doenças na vida adulta.

No artigo, os investigadores citam outra investigação com uma comunidade de nativos do Arizona onde a prevalência de diabetes tipo II e diabetes é grande. As crianças nascidas de mães doentes tinham maior probabilidade de virem a padecer de diabetes ou obesidade do que outras crianças, filhas das mesmas mães, mas nascidas quando as mães já não tinham manifestações das doenças.

Por precaução
Infarmed suspendeu de fabricante brasileiro pela deteção de "não conformidades" numa linha de produção da marca....

O Infarmed suspendeu o ‘certificado CE’ dos implantes da marca brasileira Silimed. O certificado CE é uma espécie de carimbo de qualidade que tem em conta requisitos como a segurança, higiene e proteção ambiental, necessários a diversos produtos, para serem comercializados no Espaço Económico Europeu, escreve o Observador. Ou seja, estes produtos, como os fármacos, quando certificados pela União Europeia têm que cumprir um conjunto de regras e de requisitos.

Foi isto que, ao que tudo indica, não aconteceu com a Silimed. Segundo explica o Jornal de Notícias na sua edição desta quinta-feira, esta suspensão deve-se à deteção de “não conformidades” numa fiscalização a uma linha de produção do fabricante sul-americano. O Infarmed pede assim a todas as clínicas e estabelecimentos de saúde que suspendam a venda destes implantes. Isto é, aqueles que tenham este material em stock não o podem vender. Pelo menos por agora. A Silimed terá colocado no mercado português, desde 2008, cerca de 40 mil implantes.

Esta suspensão surge depois de uma fiscalização do congénere alemão do Infarmed das boas práticas de uma das fábricas da Silimed no Brasil. Durante esta operação foram detetados certos materiais com a superfície contaminada com partículas ainda por determinar. As autoridades farmacêuticas europeias decidiram, assim, suspender a certificação CE.

No entanto, a Autoridade Nacional do Medicamento, segundo cita o JN, reforça que não há registo de qualquer caso de reação adversa nem existe risco para a saúde pública em Portugal. Um responsável da autoridade do medicamento britânica (MHRA) afirmou, em declarações ao Telegraph, e citado pelo JN, que foram detetadas fibras “que não deveriam estar ali. São o resultado do processo de produção e estamos a examinar se os produtos estão contaminados.” Para além das autoridades do medicamento, também o Infarmed e as autoridades europeias garantem que não há, para já, riscos para a saúde pública.

A Silimed comercializa produtos de silicone como implantes mamários, de glúteos, faciais, testiculares e penianos, balões e bandas gástricas entre outros. O Presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, em declarações ao JN, explica que esta medida é apenas de “precaução” e que “não razões para alarmismos.”

"Befree"
O programa de combate à obesidade "Befree", desenvolvido na Universidade de Coimbra, registou uma eliminação de...

O programa, que consistiu numa intervenção em 31 mulheres com idades entre 18 e 55 anos com obesidade ou excesso de peso, registou uma "eliminação dos episódios de ingestão compulsiva" na maior parte das participantes e, numa pequena parte, "os episódios ficaram diminuídos a níveis subclínicos, passando a ser menos frequentes", disse um dos investigadores do projeto, Sérgio Carvalho.

O "Befree" teve como objetivo fornecer, ao longo de 12 sessões durante três meses, "um conjunto de competências" para as mulheres "lidarem de forma mais eficaz com as suas emoções", sublinhou, acrescentando que, nos episódios de ingestão compulsiva, a comida surge como uma forma de diminuir "afetos negativos", como a tristeza ou a ansiedade.

Para além da eliminação dos episódios de ingestão compulsiva, os investigadores constataram que houve "também ganhos secundários", em comparação com as 25 mulheres que permaneceram na lista de espera e que não estavam integradas no programa desenvolvido por uma equipa do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Universidade de Coimbra.

No final do projeto, as participantes "apresentaram uma sintomatologia depressiva inferior às da lista de espera, um aumento de bem-estar e qualidade de vida, mais sentimentos de segurança e uma diminuição da autodesvalorização", frisou Sérgio Carvalho.

Também se registou uma diminuição "da perceção de discriminação e da vergonha" por parte das participantes, que, no final do "Befree", eram "menos autocríticas" em relação a elas próprias, aumentando "os sentimentos mais relacionados com a autocompaixão".

Durante os três meses de programa, houve "fornecimento de informação sobre comportamento alimentar", sessões sobre "o funcionamento da mente" e outro conjunto de sessões "de desenvolvimento de competências que permitem regular de forma mais eficaz as emoções", explanou Sérgio Carvalho.

Nessas sessões, foram integrados um conjunto de exercícios que, apesar de serem complementares entre si, "nunca tinham sido interligados", salientou.

O investigador referiu que a equipa pretende continuar a aplicar o programa para "chegar ao maior número de mulheres possível", para garantir "conclusões mais rigorosas e robustas".

Sérgio Carvalho afirmou ainda que a integração do programa no Serviço Nacional de Saúde "seria importante, pelo menos em consultas específicas de obesidade".

Os resultados do projeto serão apresentados no primeiro dia do Congresso Internacional de Obesidade e Ingestão Alimentar Compulsiva, que vai decorrer no auditório principal da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, na sexta-feira e no sábado.

Acabar com a pobreza extrema
Os líderes mundiais vão aprovar sexta-feira na Cimeira da ONU sobre o Ambiente um ambicioso programa para pôr termo à pobreza...

O programa anterior, que termina este ano e quer englobava oito Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), aprovados pelas Nações Unidas ONU em 2000, dá lugar às 169 metas divididas pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), apresentados pelo secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, que são os seguintes:

 

1 - Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;

2 - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição, e promover a agricultura sustentável;

3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;

4 - Garantir educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizado ao longo da vida para todos;

5 - Alcançar igualdade de género e empoderar todas as mulheres e meninas;

6 - Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos;

7 - Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e moderna para todos;

8 - Promover o crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego

pleno e produtivo, e trabalho decente para todos;

9 - Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;

10 - Reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles;

11 - Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;

12 - Assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis;

13 - Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos; (Reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) é o principal fórum internacional e intergovernamental para negociar a resposta global à mudança do clima).

14 - Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;

15 - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, bem como deter e reverter a degradação do solo e a perda de biodiversidade;

16 - Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;

17 - Fortalecer os mecanismos de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Estudo
Os doentes hipertensos da Madeira registam um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares do que os avaliados no...

O trabalho, intitulado “Avaliação e Controlo da Hipertensão Arterial em Medicina Geral e Familiar na Região Autónoma da Madeira” (Control-RAM) e coordenado pelo diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Maria da Feira, será apresentado no âmbito das iniciativas do Dia Mundial do Coração.

O objetivo foi “avaliar o perfil clínico de pacientes hipertensos e as taxas de controlo da pressão arterial no contexto dos cuidados de saúde primários na Madeira, em comparação com Portugal continental”, diz o responsável.

O estudo teve por base uma amostra de 961 adultos residentes na Madeira - 363 homens e 598 mulheres com idades entre os 21 e os 94 anos – e que são seguidos nos centros de saúde da região.

Também estiveram envolvidos 69 médicos de clínica geral (dos 141 que trabalham na Madeira), em 23 centros de cuidados primários.

A avaliação concluiu que “o perfil de risco cardiovascular dos hipertensos é mais grave na Madeira do que em Portugal continental em todos os escalões, exceto no escalão de baixo risco”, apontando que os “doentes hipertensos da Madeira (39,3%) com maior risco de doenças cardiovasculares do que os do continente (27,6%)”.

“A pressão arterial está mais controlada na Madeira (50,9%) do que em Portugal continental (46,5%)”, refere.

Outro ponto aferido é o de que existem “importantes diferenças entre géneros, com os homens a apresentarem um maior risco cardiovascular nos escalões de risco alto (36,6%) e risco muito alto (22,9%), existindo um pior controlo da pressão arterial (40,5%) do que as mulheres (57,2%)”.

Sobre a utilização de fármacos para tratar a hipertensão arterial, os investigadores verificaram que o uso de três ou mais fármacos é maior na região (24,2%) do que no continente (15,2%).

O coordenador deste projeto considera que “a identificação dos fatores responsáveis pelas diferenças entre a Madeira e Portugal continental é necessária para implementar políticas específicas de prevenção destinadas a melhorar o diagnóstico, tratamento e controlo da hipertensão”.

Infarmed
Cerca de três dezenas de empresas portuguesas participam, hoje e amanhã, em Lisboa e no Porto, em encontros de trabalho com o...

O Ministro da Saúde do Panamá, Francisco Javier Terrientes, está a realizar uma visita a Portugal, durante a qual tem um encontro com o seu homólogo português, Paulo Moita de Macedo, visita várias unidades fabris do setor dos medicamentos e de cuidados de saúde e participa em encontros com empresários portugueses.

Os dois responsáveis governamentais assistiram, hoje, à assinatura de um Plano Executivo para o desenvolvimento de ações de colaboração entre as autoridades do medicamento de ambos os países.

Os Ministros da saúde de Portugal e do Panamá, discutiram o interesse mútuo na cooperação ao nível regulamentar de saúde pública e avaliação económica, mais especificamente no setor dos medicamentos, dispositivos médicos, formação e pós-graduação de médicos e conceção e construção de infraestruturas de saúde.

O documento foi assinado por Eurico Castro Alves, presidente do Conselho Diretivo do Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, e por Jenny Vergara, Diretora Nacional de Farmácia e Drogas da República do Panamá.

O Plano Executivo prevê a realização de várias ações de intercâmbio de caráter científico e formativo entre especialistas dos dois países.

Nos últimos anos, as empresas farmacêuticas portuguesas têm vindo a reforçar a sua presença nos vários países da América Latina.

Dia 23 de setembro
É lançada, a 23 de setembro, a primeira bolsa de investigação “O doente com Mieloma Múltiplo no centro da investigação e acesso...

Aceitam-se candidaturas de projetos, até 31 de janeiro, a desenvolver em instituições portuguesas focados no doente com mieloma, os quais podem abranger áreas de epidemiologia, literacia, dimensões de qualidade de vida, perceções, necessidades e direitos dos doentes e cuidadores.

As duas associações colaboram conjuntamente para chamar a atenção e aumentar o conhecimento dos doentes com Mieloma Múltiplo (MM) e permitir o desenvolvimento da investigação deste cancro do sangue que ainda é pouco conhecido junto da população.

“Chamar a atenção para o Mieloma Múltiplo é muito importante para que estes doentes possam ter esperança numa melhor qualidade de vida. Um maior conhecimento sobre o MM pode promover uma maior exigência, por parte dos doentes, ao nível das respostas que existem na medicina para esta doença, pelo que a aposta na investigação só poderá ser benéfica. Esta ação pretende ser um pontapé de partida para se encontrar uma nova solução ou um processo que possibilite melhorar a qualidade de vida, ou até ser o primeiro passo para a cura da doença”, avança Isabel Barbosa, presidente da Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL).

“O MM tem sido abordado e discutido em várias reuniões entre os especialistas e a sociedade civil de forma a aumentar o conhecimento da população sobre a doença. Nos dias de hoje, é de extrema importância que os doentes tenham acesso à informação sobre a sua doença e que estejam no centro de toda a investigação, para que possam gerir a sua condição da melhor forma”, diz ainda Sofia Sá Cardoso, diretora da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL).

As candidaturas podem ser submetidas através do email [email protected]. O formulário de inscrição está disponível nos sites www.apcl.pt e www.apll.org. O projeto vencedor será anunciado em março do 2016, no âmbito do Mês da Consciencialização do Mieloma Múltiplo.

O Mieloma Múltiplo é uma doença maligna rara que afeta os plasmócitos (células sanguíneas), encontradas na medula óssea, local de produção dos constituintes do sangue, sendo o tipo mais comum de tumor das células plasmáticas. Este tipo de doença maligna representa cerca de 1% de todos os tipos de cancro e aproximadamente cerca de 10% de todas as doenças malignas do sangue. O Mieloma Múltiplo ocorre mais frequentemente entre os 50 e os 70 anos.

Até hoje ainda não existe um tratamento que cure esta doença. No entanto, já existem diversas terapêuticas que permitem controlar este tipo de cancro.

O desenvolvimento da bolsa de investigação “O doente com Mieloma Múltiplo no centro da investigação e acesso aos cuidados de saúde” conta com o apoio da biofarmacêutica Celgene.

Dia 29 de setembro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares apresenta no próximo dia 29 de setembro, 3ª feira, a partir das 9h30,...

A iniciativa Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) “Mérito em Administração Hospitalar – Prémio Margarida Bentes” visa incentivar a produção de evidência científica, produzida no âmbito da atividade de gestão desenvolvida em entidades centrais do Ministério da Saúde e em instituições prestadoras de cuidados de saúde, públicas e privadas, que permita a edificação de conhecimento que suporte a definição de estratégias e posicionamentos sólidos da APAH em matérias de gestão de saúde.

Anualmente, cada lançamento será antecedido pela realização de uma Conferência subordinada ao tema selecionado nessa edição, que em 2015 é dedicada à “Integração de Cuidados” e que contará com uma apresentação do Professor Dr. Rui Santana, seguida de um debate com a Dra. Fátima Nogueira, Dr. Luís Amaro, Dr. Pedro Afonso e Dr. Victor Herdeiro, moderado pelo Dr. Pedro Lopes.

A apresentação do “Prémio Margarida Bentes” estará a cargo da Dra. Marta Temido, Presidente da APAH, que de seguida irá moderar a conversa com a Dra. Nazaré Reis e o Dr. Manuel Delgado, ex-colegas da Dra. Margarida Bentes, que darão a conhecer aos presentes a vertente mais humana e a mais profissional desta.

No âmbito do “Prémio Margarida Bentes”, as candidaturas apresentadas serão submetidas à apreciação de uma Comissão de Avaliação, este ano constituída pela Dr.ª Ana Sofia Ferreira, pela Professora Dra. Sílvia Lopes e pelo Professor Dr. Vasco Reis, que terá a responsabilidade de selecionar as candidaturas consideradas relevantes para a temática escolhida para esta 1ª edição: Integração de Cuidados. 

Uso de substâncias
Um programa de prevenção de “uso de substâncias por adolescentes” desenvolvido em contexto escolar desde 2010 resultou num...

Estes são os resultados preliminares de “Trilhos”, um programa de prevenção e de intervenção em contexto escolar, lançado em 2010, que teve como objetivo reduzir o número de alunos que inicia o consumo de tabaco, álcool e cannabis antes dos 15 anos de idade.

Esses dados, relativos à perceção de risco e ao uso de substâncias, são hoje apresentados na “1ª Conferência Europeia sobre Comportamentos Aditivos e Dependências – Lisbon Addictions 2015” que decorre até dia 25 em Lisboa.

Segundo Ana Tavares, autora do estudo, a perceção do risco funciona nos jovens como um “mediador” em relação ao uso de substâncias e, embora ainda seja preciso “aprofundar melhor a questão do risco”, estes resultados já permitem perceber que “há um aumento da perceção de risco” entre os jovens que participaram no estudo.

Trata-se de adolescentes de 13 anos (3º ciclo) de várias escolas do interior do país, “porque eram escolas onde não havia intervenção”.

“É um dado encorajador [o aumento da perceção de risco]. Dentro do grupo alvo de intervenção, o grupo que relata nunca ter consumido álcool e tabaco revela uma maior perceção. Isto é congruente com outras substâncias”, explicou a investigadora.

Em relação aos consumos propriamente, constata-se que o grupo alvo de intervenção não inicia o consumo de álcool ao contrário do outro, acrescenta.

O estudo conclui ainda que os que referem não consumir álcool têm também uma perceção de risco em relação a outras substâncias como o tabaco ou a cannabis e têm maior capacidade de destrinçar os mitos da realidade, como acontece com a ideia generalizada de que “fumar haxixe faz menos mal do que tabaco”.

O programa partiu inicialmente de grupos equivalentes, relativamente à perceção de risco e ao uso de substâncias, e “ficaram diferentes no fim”.

No entanto, Ana Tavares ressalva que destes resultados ainda é preciso “discriminar o que depende da intervenção e do próprio desenvolvimento” dos jovens.

“Esses são os estudos a seguir. É preciso outras ferramentas, é preciso mais investigação” acrescenta.

Na opinião da investigadora, este programa tem vantagem de ser desenvolvido e aplicado pelos professores. Os autores do estudo dão formação aos professores, ensinando-lhes a forma de o aplicar, e fazem o acompanhamento inicial. Os professores, depois, apresentam na sala de aula.

Com este programa pretende-se fornecer “ferramentas” para desenvolver competências pessoais e sociais, como as competências de resolução de problemas, de comunicação, de gestão emocional ou de tomada de decisões, aspetos “que se sabe contribuírem para a resiliência e potenciarem um desenvolvimento saudável”.

No fundo, centra-se nas áreas informativa, emocional e social, acrescenta Ana Tavares, explicando que estas competências funcionam como “fatores de proteção relativo ao início de consumo de substâncias”.

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