Estudo
A poluição atmosférica exterior é responsável por mais de três milhões de mortes prematuras por ano, principalmente na Ásia, um...

Combinando um modelo atmosférico global com dados demográficos e sanitários, uma equipa de investigadores dirigidos por Jos Lelieveld, do Instituto alemão Max Planck, avaliou a mortalidade prematura decorrente da poluição, do ozono e das partículas finas no mundo.

Os investigadores estudaram anualmente grupos de cinco pessoas, em 10 mil, que morreram prematuramente, tendo concluído que, dessas, duas morreram de acidente vascular cerebral (AVC), 1,6 de enfartes, e as outras de diversas patologias respiratórias, entre as quais cancro do pulmão.

No total, são 3,3 milhões de pessoas no mundo que tiveram morte prematura em 2010 devido à poluição atmosférica.

Sem surpresa, o país mais afetado é a China (1,6 milhões de mortes), seguido da India (645 mil mortes), os dois países mais populosos do mundo.

Os poluentes afetam de forma diferente cada país: o aquecimento e o modo de confeção são os principais agressores na China e na Índia, enquanto nos Estados Unidos e noutros países, as mortes são devidas às emissões do tráfego automóvel ou da produção de energia.

As emissões de partículas finas ligadas às atividades agrícolas são responsáveis por cerca de um quinto das mortes prematuras, principalmente no leste dos Estados Unidos, na Europa, na Rússia e na Ásia Oriental.

Mas o consumo de energia dos setores residencial e comercial continua a ser a primeira causa de morte prematura no mundo, representando cerca de um terço das mortes, segundo o estudo.

A combustão de matérias orgânicas que se podem traduzir em energia (ou biomassa) intervém apenas em 5% das mortes prematuras a nível mundial, mas atinge níveis significativamente mais elevados na América do Sul e em África.

O estudo recorda ainda que aos 3,3 milhões de mortes resultantes da poluição exterior juntam-se os 3 a 4 milhões de mortes causadas pela poluição do ar em espaços interiores.

Se o controlo da qualidade do ar se mantiver no seu nível atual, sete pessoas em cada 10.000 poderão morrer prematuramente em 2050, 6,6 milhões de pessoas no total, se se incluir as projeções para o crescimento da população.

Projeto “Fomecas”
A Junta da Estrela, em Lisboa, vai desafiar as 350 crianças das escolas da freguesia a ajudar o “Fomecas” a ter uma alimentação...

Na terça-feira, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, a delegação de competências no âmbito do projeto das refeições escolares saudáveis, entre a Câmara e as 24 freguesias.

A Junta de Freguesia da Estrela, que “foi a primeira a aderir ao protocolo” de transferência de competências, vai lançar na próxima segunda-feira o programa “Fomecas”, disse o presidente da autarquia, Luís Newton (PSD).

“O ‘Fomecas’ é um rapaz que tem tido muitas dificuldades em levar hábitos alimentares saudáveis e, por isso, vamos lançar o desafio às crianças de o ajudarem, desenvolvendo, também elas, hábitos de alimentação saudável”, explicou.

Segundo Luís Newton, “a ideia é, com envolvimento das crianças, estas ganharem cultura no que diz respeito a práticas alimentares cuidadas”.

Os menus, preparados em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa e que serão confecionados nas escolas, vão não só “garantir a qualidade” mas também sabor.

“As refeições [das escolas] cumprem, por natureza, requisitos básicos nos cuidados com a alimentação, mas são desprovidas de qualquer sabor. Verificávamos que as crianças não comiam porque não gostavam”, apontou Luís Newton.

O projeto vai dirigir-se às 350 crianças das duas escolas básicas da freguesia, a número 72 e a Fernanda de Castro.

Paralelamente, será criada, nesta última escola, “uma horta gerida e cultivada pelos alunos”, de forma a “complementar o conceito informativo associado aos alimentos saudáveis” e para as crianças perceberem de onde surgem os vegetais, adiantou o autarca.

Em ambas escolas a Junta irá “assegurar que as famílias têm informação” suficiente para adotar estes hábitos, frisou.

No início deste mês iniciou-se também um projeto da Câmara de Lisboa, que visa promover a alimentação saudável nas escolas com ementas criadas pelo ‘chef’ de cozinha Nuno Queiroz Ribeiro.

Interrupção Voluntária da Gravidez
Vinte e oito organizações da sociedade civil pediram ao provedor de Justiça que suscite junto do Tribunal Constitucional a...

Num comunicado conjunto, as associações adiantam que entregaram ao provedor de Justiça, em Lisboa, “uma petição coletiva para defesa dos direitos fundamentais e do interesse geral sobre o que entendem ser a não conformação com a Constituição” das alterações à lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

“Esta é uma iniciativa que vem no seguimento do compromisso assumido publicamente, a 22 de julho de 2015, pelas várias organizações no sentido de urgentemente remover da legislação os obstáculos e ilegalidades que estas novas leis aportam”, justificam.

Na opinião das organizações, estas alterações põem em causa a dignidade e autonomia das mulheres, bem como a formação da sua vontade livre e esclarecida ao impor a obrigatoriedade de quatro apoios: duas consultas obrigatórias, sendo a segunda de planeamento familiar, e dois acompanhamentos obrigatórios, “criando condições para o exercício de coação sobre a mulher no seu processo de formação da vontade livre e esclarecida”.

Entendem que “sem a declaração aos serviços da objeção de consciência à IVG por profissionais da saúde (…) fica mais uma vez em causa assegurar os cuidados às mulheres que pretendem fazer uma IVG nos serviços de saúde habilitados para tal e em tempo útil”.

Por outro lado, questionam a imparcialidade do Estado e dos seus agentes, já que com estas alterações legislativas, as mulheres grávidas que pretendam praticar IVG até às 10 semanas, serão as únicas a pagar taxas moderadoras, uma vez que, “nos termos da Lei de Bases da Saúde, todas as grávidas, enquanto grupo de risco, estão isentas do pagamento dessas taxas”.

Dizem também que a nova legislação põe em causa a tarefa do Estado de promover a igualdade entre homens e mulheres, já que “as novas leis que só se aplicam a mulheres pelo facto de serem mulheres, vêm afetar vários dos seus Direitos Fundamentais no processo que passou a ser exigido para a realização de um ato tornado lícito por referendo”.

Com esta iniciativa, pretendem evitar “prejuízos irreparáveis para as mulheres por eventuais interrupções de gravidez inseguras”, bem como “o evidente retrocesso social em Portugal em ganhos de saúde, designadamente no que se refere a IVG seguras e a ausência de morte materna em resultado de IVG”, sublinham.

Estudo
Consumidores de cannabis podem ser mais propensos a desenvolver pré-diabetes do que aqueles que nunca consumiram a droga, de...

Investigadores da Universidade de Minnesota avaliaram 3.000 pessoas e descobriram que adultos que utilizavam cannabis eram 65% mais propensos a ter um controlo deficiente do açúcar do sangue, condição que pode levar a diabetes tipo 2. Segundo o Diário Digital, aqueles que não usavam a droga com frequência, mas já tinham fumado um “charro” 100 ou mais vezes tiveram um risco 49% maior de desenvolver pré-diabetes.

A relação não foi afetada pelo IMC (Índice de Massa Corporal), nem pela circunferência da cintura dos participantes, de acordo com o artigo publicado na revista científica Diabetology, da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes.

Os resultados contrastam com os previamente relatados envolvendo cannabis e metabolismo. Por isso, os autores ressaltam que estudos futuros devem avaliar de forma mais objetiva qual a quantidade da droga capaz de causar danos. Apesar da incidência maior de pré-diabetes, a pesquisa não conseguiu estabelecer uma conexão direta com a diabetes tipo 2 em si.

Estudo
Uma em cada cinco crianças institucionalizadas tem uma qualquer forma de deficiência sinalizada, um número que pode estar...

O estudo, da responsabilidade do Observatório da Deficiência e dos Direitos Humanos (ODDH), foi pedido pelo Parlamento Europeu a Portugal e aos restantes Estados membros para conhecer e avaliar as políticas de cada país para as crianças com deficiência.

Em declarações, a coordenadora do estudo apontou que o trabalho revelou um dado “preocupante”, relacionado com o acolhimento das crianças e jovens em risco, existindo “uma percentagem muito elevada” que tem deficiências já identificadas, escreve o Sapo.

“Cerca de um quinto, ou seja, 20% de todas as crianças que se encontravam institucionalizadas em 2013 tinham uma qualquer forma de deficiência sinalizada e os especialistas referem que este número pode estar subavaliado, portanto sabemos que serão mais”, adiantou Paula Campos Pinto.

Número pode ser maior
De acordo com a responsável, o número de crianças e jovens com uma qualquer deficiência e que estão institucionalizados poderá ser ainda maior porque “algumas dificuldades psicossociais são de difícil diagnóstico e permanecem desconhecidas”.

“A legislação portuguesa aponta para a necessidade de rever periodicamente as situações e os planos de acolhimento destas crianças, que estão em acolhimento temporário, mas sabemos que na prática isto não está a acontecer”, apontou a investigadora.

Para Paula Pinto, é “preocupante” que “permaneçam tantas crianças em Portugal institucionalizadas por falta de meios e de medidas que promovam a sua inclusão na sociedade”.

“Se já há uma taxa de permanência de institucionalização muito elevada no nosso país, quando comparamos com outros países, essa percentagem é ainda mais elevada quando olhamos para o grupo das crianças com deficiência, ou seja, há uma sobre-representação deste grupo nas crianças que se encontram institucionalizadas”, revelou.

Por outro lado, a investigadora apontou que estas crianças e jovens, bem como as suas famílias, não estão a receber a resposta mais adequada, tendo em conta que são casos em que os menores foram retirados à respetiva família porque se encontravam em risco no seu meio natural.

“Em vez de se institucionalizarem estas crianças, deviam apoiar as famílias para que elas pudessem permanecer no seu meio familiar, que é o mais adequado para a criança crescer”, defendeu.

Criticou que, em vez disso, se opte por retirar as crianças às famílias, colocando-as em instituições, onde são das que mais tempo lá permanecem.

“Isto indica-nos que há realmente uma falta de apoios às famílias para que elas possam acolher as suas crianças e dar-lhes o enquadramento familiar e afetivo de que elas necessitam”, sublinhou.

O estudo mostrou também que a legislação portuguesa não protege adequadamente as crianças com deficiência contra a discriminação de género e que os direitos e a vulnerabilidade das raparigas com deficiência não estão devidamente contempladas.

Estudo
Portugal tem feito progressos na proteção dos direitos das crianças com deficiência, mas a implementação da legislação mantém...

Em declarações, a coordenadora do estudo adiantou que os resultados mostram que tem havido progressos na proteção dos direitos das crianças com deficiência, mas faltam os recursos adequados para a operacionalização das medidas legislativas, escreve o Sapo.

De acordo com Paula Campos Pinto, do Observatório da Deficiência e dos Direitos Humanos (ODDH), a educação tem sido a área mais problemática e agora que arranca mais um ano letivo, aponta que “é urgente que os recursos e os apoios cheguem atempadamente, cheguem no início do ano”.

Paula Pinto ressalvou que isso não tem acontecido e lembra que no ano passado “registaram-se enormes atrasos”, com “algumas famílias que foram convidadas a reter os seus filhos em casa até que estivessem reunidas as condições nas escolas para as poder receber”.

Contactada, a presidente da associação Pais-em-Rede, uma organização que promove a inclusão das pessoas com deficiência, adiantou que o novo ano letivo está a arrancar com normalidade e sem sobressaltos.

Segundo Luísa Beltrão, os pedidos de ajuda que têm chegado à associação têm que ver não com a atribuição de apoios, mas antes com problemas com as vagas quando as crianças têm que mudar de ciclo ou vão para a escola pela primeira vez.

Também o presidente da Associação Nacional de Docentes de Educação Especial concorda que o arranque do novo ano escolar está a decorrer com normalidade em matéria de Necessidades Educativas Especiais (NEE).

Crianças com deficiência aumentou
David Rodrigues ressalvou, no entanto, que o número de alunos com NEE tem vindo a aumentar e nunca foi tão elevado como agora, com 78.763 crianças, enquanto o número de professores, pelo contrário, não tem seguido essa tendência e estabilizou nos 5.760 docentes.

De acordo com a investigadora Paula Pinto, as falhas na educação começam logo ao nível dos programas de intervenção precoce, aos quais faltam meios técnicos e humanos, e prolongam-se ao longo de todo o percurso escolar.

O estudo revela mesmo que a legislação existente “é frequentemente inadequada ou está incompleta” e critica a forma como foi feita a inclusão das crianças com deficiência nas escolas regulares, apontando que as restrições orçamentais e os problemas na articulação entre estruturas são a causa para o atraso na atribuição dos recursos.

Critica também algumas disposições legais que impuseram uma “rígida definição das matérias escolares que devem ser ensinadas ou o número de horas dedicado a cada disciplina”.

“Como consequência, estes alunos foram deixados sem um alternativa viável para a continuação dos estudos”, lê-se no documento.

O estudo aponta igualmente que apesar de as escolas não se poderem recusar a receber uma criança com NEE, essas situações continuam a ocorrer com os alunos a serem encaminhados para escolas que não foram a primeira escolha da família, mas que supostamente apresentam melhores condições.

Paula Pinto ressalvou que as crianças com deficiência acabam por ficar em desvantagem em relação aos restantes alunos e que essa desvantagem tem depois não só impacto no seu progresso ao longo da formação escolar, mas também, posteriormente, no acesso ao mercado de trabalho.

O estudo mostra ainda que há falta de dados estatísticos, um “problema transversal a toda a área da deficiência”, lacunas ao nível das acessibilidades dos edifícios, transportes, mas também da informação.

Refere que há falta de serviços assistenciais, houve cortes em áreas estruturais, como a educação, saúde ou proteção social, e que persistem os estereótipos e as atitudes negativas para com estas pessoas, muitas vezes por parte da própria família.

Estudo
Os sabonetes antibacterianos - à base de triclosan, um ingrediente controverso - não são mais eficazes do que os sabonetes...

A equipa do médico Min-Suk Rhee, da Korea University, em Seul, analisou os efeitos do triclosan, o antisséptico mais presente nos sabonetes antibacterianos, sobre as bactérias.

Os investigadores, cujo trabalho foi publicado na revista The Journal of Antimicrobial Chemotherapy, testaram o componente químico em 20 tipos de bactérias e 16 voluntários adultos e compararam sabonetes comuns e antibacterianos em termos de eficácia na hora de livrar as mãos de bactérias.

Os cientistas expuseram as bactérias ao triclosan durante 20 segundos a 22°C e a uma temperatura mais quente, recriando as condições de uma lavagem de mãos na vida quotidiana em laboratório.

Para os testes, os investigadores utilizaram uma concentração de triclosan a 0,3% - máximo autorizado na União Europeia, Canadá, Austrália, China e Japão, segundo Rhee.

Uma semana de testes
Os voluntários, após passarem uma semana sem recorrer aos sabonetes antibacterianos antes dos testes comparativos, lavaram as mãos com cuidado durante 30 segundos com os dois tipos de sabão e enxaguaram-nas com água muito quente.

Concluindo, "não há diferença significativa entre os efeitos bactericidas de um sabonete comum e os antibacterianos quando usados em situações normais da vida", segundo o estudo.

O triclosan é um agente bactericida usado há muito tempo em inúmeros produtos de higiene (sabonetes, cremes dentais, desodorizantes) e cosméticos.

"Milhões de consumidores nos Estados Unidos usam sabonetes antibacterianos para lavar as mãos ou o corpo, gastando quase mais de um milhão de dólares por ano", notam os cientistas, que ressaltam também que milhares de produtores, por causa das controvérsias sobre os riscos sanitários e a falta de eficácia do triclosan, retiraram o componente dos seus produtos.

Apenas 13 dos 53 sabonetes antibacterianos estudados em 2014 na Coreia do Sul continham o ingrediente.

Processo negocial não ficou concluído
Sindicato dos Enfermeiros e Governo agendaram para a próxima semana nova reunião negocial, depois de a realizada esta tarde não...

A comissão negociadora sindical dos Enfermeiros reuniu-se com o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, no âmbito do processo negocial nomeadamente de um acordo coletivo de trabalho que contemple uma mudança de remuneração de enfermeiros contratados.

O processo negocial não foi concluído ontem, estando marcada nova reunião para dia 23, disse a dirigente sindical Guadalupe Simões (Sindicato dos Enfermeiros Portugueses). Foram discutidas algumas questões e o Governo mostrou abertura para discutir outras, devendo ser debatida na próxima semana a questão do “reposicionamento imediato” da remuneração dos contratados.

“O Ministério assumiu que isso pode ser feito, e feito institucionalmente, pelo que marcámos nova reunião”, disse Guadalupe Simões, salientando que há matérias em perspetiva para chegar a um acordo.

Até agora, disse, tem havido uma aproximação de posições entre Sindicato e Governo mas especialmente em matérias em que o Ministério da Saúde não tem alternativa, como as relacionadas com a “brutal carência de enfermeiros”, afirmou.

Por resolver ainda estão questões como a revisão salarial ou as 35 horas semanais.

Em agosto passado o Sindicato marcou uma série de greves, por todo o país, exigindo 35 horas semanais de trabalho, a revisão da grelha salarial e o reposicionamento de cerca de 10 mil enfermeiros com contrato individual de trabalho.

Os sindicalistas exigiam também a contratação de mais enfermeiros, afirmando que no último ano e meio saíram quase 2.500 enfermeiros.

Na altura o Ministério da Saúde explicou que a proposta feita aos sindicalistas visava “proceder à harmonização do regime remuneratório através da celebração de um acordo coletivo de trabalho” que permita “o reposicionamento remuneratório dos trabalhadores enfermeiros contratados que aufiram remuneração inferior à primeira posição remuneratória” da tabela aplicável aos enfermeiros com contrato de trabalho em funções públicas.

“Uniting Voices”
“Já imaginou como seria se não pudesse falar? E se não conseguisse comer?”. Este é o mote da campanha de sensibilização que...

“Anualmente são diagnosticados cerca de 3.000 novos casos no nosso país. Contudo, o diagnóstico e o tratamento numa fase inicial permite aos doentes uma taxa de sobrevivência entre os 80 e os 90%”, explica Ana Castro, Presidente do Grupo de Estudos do Cancro de Cabeça e Pescoço.

A médica oncologista acrescenta ainda que “o cancro de cabeça e pescoço é mais frequente em pessoas com idade acima dos 40 anos.

Contudo, temos vindo a assistir a uma crescente incidência nas pessoas mais jovens, o que está estreitamente ligado aos comportamentos de risco como tabagismo, consumo excessivo de álcool e à infeção pelo Papiloma Vírus Humano, o HPV”.

Entre os dias 21 e 25 de setembro, realiza-se a Semana Europeia de Sensibilização para o Cancro de Cabeça e Pescoço, com a participação de vários países da Europa. Este ano, a Campanha Make Sense tem o lema “Uniting Voices” que procura dar a voz às pessoas que, em consequência desta doença, ficam com determinadas limitações, nomeadamente na voz.

Em Portugal, esta campanha conta com o apoio de Ruy de Carvalho, Pedro Lima e Mafalda Luís de Castro, três reconhecidos atores nacionais que dão a sua voz por esta causa.

A Semana  Europeia engloba as seguintes iniciativas:

·         Lançamento da música “Tu és a voz”, pelo Coro de Santo Amaro de Oeiras;

·         Lançamento de um spot de Televisão;

·         Distribuição de folhetos informativos à população nas lojas Pingo Doce;

·         Lançamento do “Planeta Dentix”, um projeto infanto-juvenil que ensina às crianças a importância de manter uma boa higiene oral;

·         Utilização de T-Shirts pelos jogadores, nas competições da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga Portuguesa de Futebol, entre os dias 19 e 21 de Setembro

Para obter mais informações, pode visitar:
www.facebook.com/pages/Make-Sense-Campaign/372091092995793?fref=ts
www.facebook.com/cancrodecabecaepescoco?fref=ts
www.makesenscampaign.eu/pt-pt

Sobre a Campanha Make Sense:
A campanha Make Sense conta com a participação de mais 13 países europeus. Em Portugal, é uma iniciativa do Grupo de Estudos do Cancro de Cabeça e Pescoço, com o apoio da Sociedade Europeia do Cancro de Cabeça e Pescoço; Federação Portuguesa de Futebol; Liga Portuguesa de Futebol Profissional; Merck Serono; Merck Sharp & Dohme; Boehringer Ingelheim; Astellas Farma; Farmácias Holon; Coro de Santo Amaro de Oeiras; ASADOCORAL – Associação dos Amigos dos Doentes com Cancro Oral; ADTI - Associação das Doenças da Tiroide; APLV – Associação Portuguesa dos Limitados da Voz; SPPV – Sociedade Portuguesa do Papillomavirus; ONCO+; Maratona Clube de Portugal; Factor Chave; Osíris Travel; Pingo Doce; Delta Cafés; Metro do Porto; NMUSIC; RTP, SIC, FOX e MOP.

Factos sobre a doença:

·         O cancro de cabeça e pescoço é o 6º cancro mais comum em todo o mundo e mata mais de 62.000 pessoas em toda a Europa, anualmente;

·         Em 2012, mais de 150.000 pessoas foram diagnosticadas com a doença na Europa;

·         Aproximadamente 60 % das pessoas com cancro de cabeça e pescoço apresentam a doença em estadio avançada no momento do diagnóstico.

·         Aproximadamente 60 % das pessoas diagnosticados em estadio avançado vai morrer da doença no prazo de cinco anos;

·         Os homens são duas a três vezes mais propensos a desenvolver cancro de cabeça e pescoço, embora esteja a aumentar a incidência em mulheres;

O cancro de cabeça e pescoço é mais comum em pessoas acima dos 40 anos, mas recentemente tem vindo a assistir-se a um aumento do desenvolvimento da doença em pessoas mais jovens. 

Ministério da Saúde
Os laboratórios que aderiram ao acordo com o Ministério da Saúde pagaram 55,2 milhões de euros aos hospitais públicos, tendo os...

Uma nota do Ministério da Saúde indica que as associadas da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) que aderiram ao acordo pagaram 55,2 milhões de euros referentes aos dois primeiros trimestres deste ano.

O acordo envolve 68 laboratórios, os quais deverão pagar durante o corrente ano 135 milhões de euros, lê-se na nota, segundo a qual as empresas não aderentes ao acordo já pagaram 7,3 milhões de euros de “contribuição extraordinária”.

Este acordo destina-se a “envolver a indústria farmacêutica no esforço de contribuição para a sustentabilidade do SNS e a garantir os elevados padrões de acessibilidade aos doentes, o acesso às melhores terapêuticas, bem como a prestação de cuidados de saúde tendencialmente gratuitos”.

O Ministério da Saúde reconhece que as verbas que já entraram nos cofres dos hospitais são de “grande importância para o equilíbrio da tesouraria das instituições hospitalares”.

Até agora, prossegue o ministério de Paulo Macedo, “foram recebidas as parcelas do primeiro e segundo semestres de 2015 com uma taxa de execução de, respetivamente, 95 e 76 por cento dos valores totais”.

“O montante de 55,2 milhões de euros não inclui os 12,75 milhões de euros correspondentes ao investimento das empresas farmacêuticas em despesas de Investigação & Desenvolvimento (I&D), dedução à contribuição ao SNS prevista no acordo, e cujo total à data ascende a 67,9 milhões de euros”, refere.

Fakeshare
“Medicamentos online: sabe realmente o que está a comprar?”. Este é o mote de uma campanha lançada esta semana em Portugal de...

A campanha foi desenvolvida no âmbito do programa Fakeshare, no qual Portugal é representado pelo Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Atualmente estima-se que mais de 50% dos medicamentos comercializados online são falsificados, ou seja, não oferecem qualquer garantia de qualidade, segurança ou eficácia. Entre as contrafações frequentemente detetadas encontram-se os produtos com presença de substâncias tóxicas ou não autorizadas para consumo humano; sem qualquer substância ativa, ou presente em doses erradas; ou ainda com contaminação decorrente de condições de armazenamento deficientes.

As farmácias e outros estabelecimentos licenciados para vender medicamentos online estão referenciados numa lista que pode ser consultada no site do Infarmed e, desde julho, podem exibir o logótipo comum, o qual garante que cumprem todas as normas legais para essa atividade.

A campanha agora lançada inclui diverso material informativo, nomeadamente um curto filme exemplificando casos de pessoas que adquiriram medicamentos falsificados, posters e suportes digitais, dirigidos aos cidadãos, aos médicos e a outros profissionais de saúde.

O Fakeshare é um projeto europeu, em atividade desde junho de 2013, destinado à troca de informação e coordenação de atividades de várias entidades na proteção da saúde dos cidadãos contra os riscos associados à comercialização ilegal de medicamentos através da internet. Congrega os esforços de autoridades reguladoras, forças policiais e alfandegárias, indústria e universidades.

O Infarmed, que participa no Fakeshare desde a primeira hora, desenvolve, no âmbito das suas competências, uma intensa atividade de combate à circulação de medicamentos falsificados, quer através da sua ação inspetiva própria, quer no âmbito da cooperação com as entidades nacionais, em especial a Autoridade Tributária e Aduaneira e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, quer a uma escala internacional, nomeadamente através das operações Pangea.

Site Fakeshare: http://www.fakeshare.eu/pt

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita amanhã, quarta-feira, a Unidade de Saúde da Santa Casa da Misericórdia de...

Esta unidade, a funcionar desde julho do ano passado, inaugurou este ano, em fevereiro, o Serviço de Estomatologia, que conta já com cerca de 400 utentes e realizou aproximadamente 1.100 consultas. A unidade de saúde conta com o apoio de 12 profissionais, entre eles 2 médicos dentistas e 1 higienista oral.

As consultas, tal como em todas as especialidades nesta unidade, são completamente gratuitas.

André Brandão de Almeida, Médico Dentista desta unidade da Santa Casa, explica que, “materializando a missão da Misericórdia de Lisboa, esta unidade de saúde desenvolve a sua atividade numa lógica de proximidade assegurando à população alvo, os cuidados de saúde essenciais e adequados para uma melhoria do estado global de saúde. E a saúde oral, aqui, não fica “de fora”. O serviço de estomatologia é de um valor extraordinário para os nossos utentes, mas também se pode afirmar como um exemplo para que outros organismos, nomeadamente o estado, possam “beber” da nossa experiência e cumprir um pilar fundamental do nosso serviço nacional de saúde, a universalidade, gratuitidade e equidade no seu acesso, de onde a saúde oral tem sido excluída”.

A Unidade de Saúde da Liberdade nasceu num dos bairros mais problemáticos de Lisboa, num espaço cedido pelo Centro Social Paroquial de São Vicente de Paulo para atender uma população onde predominam idosos e desempregados com carências socioeconómicas graves.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, sublinha que “este serviço é verdadeiramente inovador e sobretudo essencial. A saúde oral é parte integrante da saúde em geral e tem sido descurada no Serviço Nacional de Saúde, com graves danos para os portugueses, sobretudo para os mais carenciados. É a população mais pobre que está privada do acesso a consultas de medicina dentária. Os problemas de saúde oral agravam doenças como a diabetes e problemas cardiovasculares, que são, infelizmente, demasiado comuns entre os nossos idosos. É por isso de louvar iniciativas como esta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que garantem tratamentos orais que de outra forma não seriam feitos”.

Integrado na freguesia de Campolide, o Bairro da Liberdade, onde funciona esta nova unidade, tem uma população de aproximadamente 7.500 pessoas, muitas delas indocumentadas, além de famílias carenciadas e em risco. 

Para além do serviço de estomatologia, a unidade da Liberdade disponibiliza cuidados em Planeamento Familiar, Saúde Materna, infantil e juvenil, do adolescente, do adulto e do idoso, bem como serviços de fisioterapia assegurados pelo Centro Paroquial de São Vicente de Paulo.

Programa da visita do bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas:

11h00: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Serviços Centrais (Largo Trindade Coelho, 1200-470 Lisboa).

Receção com a Dra. Helena Lopes da Costa, vogal da Mesa e responsável pela área da saúde da SCML e pelo Dr. André Brandão de Almeida, médico dentista da USSC da Liberdade.

11h30: Visita à Unidade de Saúde da Santa Casa no bairro da Liberdade, com a Dra. Helena Lopes da Costa, com o Dr. Alexandre Zacarias (Médico, Diretor da unidade) e com o Dr. André Brandão de Almeida, Médico dentista da unidade.

Terceira edição do Rethinking Pharma
Cerca de 400 profissionais analisam fatores críticos de uma indústria afetada pelo contexto socioeconómico nacional.

O Rethinking Pharma, o maior evento para profissionais da indústria farmacêutica em Portugal, já tem o programa definido e as inscrições abertas. Cerca de 400 profissionais da área estarão reunidos para debater as tendências, ameaças e oportunidades do sector farmacêutico durante a próxima década. O congresso vai realizar-se no Hotel Aqualuz em Tróia, nos dias 29 e 30 de Outubro.

A nova gestão da carreira nas empresas farmacêuticas; a importância da reputação e imagem neste sector de atividade; a regeneração do sistema de saúde e o acesso ao medicamento; e as tecnologias digitais na indústria farmacêutica são os quatro grandes temas definidos para a terceira edição do Rethinking Pharma. O encontro surge da necessidade de repensar o papel da indústria farmacêutica em Portugal, num momento especialmente crítico para a economia nacional e para este sector em concreto.

Este ano, o congresso conta com o apoio de um Advisory Board constituído por cinco profissionais com largos anos de experiência na Administração e Direção Geral de companhias farmacêuticas. Alberto Inez, Board Member da Biodecon e Enzifarma; Ana Torres, Country Manager & Global Innovative Pharma Head da Pfizer; Cristina Campos, Diretora Geral da Novartis Portugal; Nelson Pires, General Manager da Jaba Recordati; e Paulo Lilaia, CEO/Administrador-Delegado da Generis Farmacêutica vão moderar as quatro mesas programadas entre as 9h30 e as 18h, de 30 de Outubro.

Especialista diz
Portugal está em condições de suspender a administração universal da vacina contra a tuberculose BCG, mantendo a vacinação a...

José Gonçalo Marques, que coordena o grupo técnico da BCG da Comissão Técnica de Vacinação (CTV) falava na cerimónia do Dia do Serviço Nacional de Saúde (SNS), este ano sobre os 50 anos do Programa Nacional de Vacinação.

Na sua exposição, o médico recordou que a vacina BCG, que faz parte do Programa Nacional de Vacinação (PNV) e é recomendada para os recém-nascidos, é eficaz na prevenção da infeção disseminada, mas tem pouco impacto na transmissão da doença.

A revisão da estratégia de Portugal sobre a vacina BCG já decorre há algum tempo, estando em fase de análise e em vias de auscultação de especialistas exteriores à CTV.

José Gonçalo Marques garantiu que as dificuldades de abastecimento desta vacina, que têm atingido Portugal, nada têm a ver com a revisão da estratégia da BCG.

De acordo com o especialista, Portugal cumpre atualmente os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo da Doença (ECDC) para a suspensão da vacinação universal da BCG.

Estes critérios passam, nomeadamente, pela incidência da doença, a existência de um sistema de notificação, a taxa de bacilíferos (bacilos infetados) e a concentração da doença em grupos de risco.

O especialista refere que, ao respeitar estes critérios, Portugal está em condições de suspender a vacinação universal da BCG, tal como o fizeram o Reino Unido e a Suécia.

Atualmente, apenas Portugal, Irlanda e Hungria mantêm esta medida universal.

A BCG deve, contudo, continuar a ser administrada a grupos de risco, os quais ainda não estão definidos, mas que poderão, por exemplo, ser crianças que vivem em locais onde a tuberculose é maior ou que estejam em contacto com doentes.

Em Portugal, a doença é mas frequente nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal.

José Gonçalo Marques disse que a proposta da CTV ainda não está concluída, mas que, após a sua apresentação, carece de uma decisão da tutela, da operacionalização da medida e da divulgação da mesma.

A subdiretora Geral da Saúde, Graça Freitas, confirmou a existência de uma discussão técnica sobre a manutenção, ou não, da BCG para todas as crianças, assegurando que esta nada tem a ver com a falta da vacina.

“É mais complexo retirar uma vacina do Programa Nacional de Vacinação (PNV) do que incluí-la”, disse.

Sobre a eventualidade da vacina sair do PNV, Graça Freitas defendeu uma vigilância muito apertada dos grupos de risco.

“Não deixaremos de combater a tuberculose, mas com outros meios”, declarou.

A especialista em doenças infeciosas acrescentou que “não é boa prática dar uma vacina a quem já não precisa dela”.

Para já, Graça Freitas garantiu que todas as crianças nascidas em 2015 ainda vão receber a BCG, assim que ela chegar a Portugal.

Presente na cerimónia do dia nacional do SNS, o ministro da Saúde confirmou que a estratégia de vacinação da BCG está a ser estudada, mas disse que, para já, esta vacina vai continuar a ser administrada às crianças.

O Programa Nacional de Vacinação "é tudo menos estático”, afirmou.

Medicina Geral e Familiar
O presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar apelou, no Porto, ao Governo para que proceda à “abertura...

O objetivo, segundo explicou, seria “complementar o atual, que é um autêntico desastre, e garantir a contratação de todos os médicos de família, evitando o desperdício destes jovens e evitando a ‘implosão’ de Unidades de Saúde Familiar”.

Bernardo Vilas Boas falava numa conferência de imprensa que contou também com o presidente da secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, de um responsável da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e de dezenas de jovens médicos de família.

O presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-NA) considerou que “este concurso é mais um exemplo de ausência de uma verdadeira política, de estratégia, de gestão e valorização dos recursos humanos na saúde”.

O responsável defende “um concurso nacional, com regras iguais para todos, conduzido centralmente e com mapas de vagas adequados a nível nacional, regional e local levando em consideração nos seus critérios o local de formação dos médicos”.

“É fundamental que se mantenha a aposta nas unidades de saúde familiar e que seja respeitado o princípio da escolha mútua da equipa e do profissional. A criação e desenvolvimento das unidades de saúde familiar foi, até hoje, a melhor resposta e a resposta de qualidade para que cada cidadão e cada família em Portugal tenham um médico de família”, sublinhou.

Dados divulgados pelo responsável da FNAM referem que, no Norte, existiam “cerca de 386 mil utentes” sem médico de família. Formaram-se “102 especialistas em Medicina Geral e Familiar”, em março. De imediato, a ARS do Norte atribuiu listas de utentes a estes 100 especialistas, ficando assim “cerca de 182 mil cidadãos sem médico de família”.

Nem todos os 100 candidatos (dois desistiram) vão conseguir vaga, na medida em que apenas foram disponibilizadas 74.

“Ou seja, um número considerável de 26 médicos vai ter de sair de uma região onde não faltam utentes sem médicos de família e vão ter que rumar a outra região”, disse, desafiando “o Ministério da Saúde, seja qual for, a disponibilizar aos profissionais e aos cidadãos os dados sobre onde há médicos de família onde é que faltam, quais são as unidades que tem carências e aquelas que estão supridas em relação aos recursos humanos”.

O presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Médicos, lamentou que no dia em que se assinalam 36 anos do SNS “os concursos médicos continuem a não ser transparentes, a ter desigualdades nos critérios e a funcionar em tempos diferentes”.

“Como consequência imediata deste concurso, cerca de 50 mil utentes vão ficar sem médico de família, 16 unidades de saúde familiar vão ter muitas dificuldades no seu funcionamento e algumas delas correm o risco de encerrar e 28 médicos jovens especialistas em medicina familiar estão a ser empurrados para fora do SNS”, disse.

Miguel Guimarães apelou também “ao bom senso do ministro da Saúde, no sentido de corrigir de imediato e contratar com caráter de urgência todos os médicos que estão na iminência de sair do SNS”.

De acordo com a Ordem dos Médicos/Norte, no concurso determinado pelo despacho 5471-A/2015, quase três dezenas de jovens médicos de família, que desde há cerca de 6 a 18 meses asseguram listas de 1900 utentes em centros de saúde da ARS do Norte, vão ficar excluídos do SNS.

21 a 25 de setembro
O Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço vai realizar ações junto de médicos, doentes e restante população que visam...

As ações de sensibilização fazem parte da terceira Semana Europeia de Luta Contra o Cancro de Cabeça e Pescoço, que decorre de 21 a 25 de setembro e tem como objetivo “promover a educação para prevenção, sinais e sintomas” de uma doença que mata três portugueses por dia.

Em declarações, a presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço, Ana Castro, destacou a importância de sensibilizar a população para os sinais e sintomas desta doença, que se for tratada inicialmente os doentes podem ter uma taxa de sobrevivência entre os 80 e os 90%.

“O nosso problema é que anualmente temos cerca de 3.000 novos casos diagnosticados, mas a grande maioria deles em estadios muito avançados, isto leva a que tenhamos muito menos gente a sobreviver e a sobreviver com uma qualidade de vida pior devido à necessidade dos tratamentos que têm que fazer”, disse Ana Castro.

Esta situação deve-se, muitas vezes, “ao pouco conhecimento” da população em geral sobre o cancro de cabeça e pescoço, mas também dos profissionais de saúde “que não estão tão alerta para esta doença, porque não é tão falada”.

“O cancro da mama, toda a gente conhece, assim como o do cólon e da próstata, mas o da cabeça e pescoço algumas pessoas não sabem bem onde se localizam, acham que são tumores do cérebro”, comentou.

Este ano, a iniciativa apostou na formação dos médicos de medicina geral e familiar com “uma sessão que ajuda a identificar lesões precoces para um diagnóstico precoce”.

“São a primeira porta do doente, mas não têm uma formação específica nesta área. O nosso papel é ajudá-los nessa área para serem mais eficientes no diagnóstico que fazem” e para isso preciso de “ter mais armas, mais confiança e mais informação”, defendeu Ana Castro.

Feridas, aftas, nódulos do pescoço, uma dor de garganta ou ouvido que se prolonga, o nariz entupido só de um dos lados por mais de três semanas e rouquidão persistente são sintomas que devem ser analisados pelo médico.

Ana Castro adiantou que esta doença está muito associada ao consumo de tabaco e de álcool, mas começam a observar-se mais casos em pessoas com menos de 40 anos e que não têm nenhum destes fatores de risco.

Na origem destes casos pode estar o papiloma vírus humano (HPV). “Pela primeira vez, começa a falar-se na associação deste vírus com os carcinomas da cavidade oral e da orofaringe”, sublinhou.

A Semana Europeia, que tem o apoio da Sociedade Europeia de Cabeça e Pescoço, vai apostar nas redes sociais com a finalidade de “Unir Vozes” por estes doentes, de forma a capacitá-los e mostrá-los que “não estão a sofrer sozinhos”.

Será também lançado o Planeta Dentix, um projeto infanto-juvenil que ensina às crianças a importância de manter uma boa higiene oral.

O cancro de cabeça e pescoço é o 6º mais comum em todo o mundo e mata mais de 62.000 pessoas em toda a Europa, anualmente.

União Humanitária dos Doentes com Cancro
A União Humanitária dos Doentes com Cancro, que presta apoio gratuito a doentes com cancro e familiares, alerta que a falta de...

“Há mais de 15 anos que apoiamos doentes com cancro, especialmente de famílias carenciadas, que precisam do nosso apoio para sobreviverem à doença. Contudo, devido à situação económica que Portugal tem vindo a atravessar, houve, nos últimos anos, uma drástica redução dos donativos para a União”, comenta Cláudia Costa porta-voz da União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC).

“A UHDC sobrevive exclusivamente de donativos, pelo que apelamos à ajuda de todos, pessoas e empresas, através de um donativo solidário, para que possamos continuar a apoiar quem mais precisa” continua Cláudia Costa.

Para garantir a continuidade da Associação será necessário angariar perto de 24 mil euros até ao final deste ano. Só desta forma, a UHDC consegue continuar todas as atividades de apoio a doentes com cancro e seus familiares, como a Linha Contra o Cancro e o Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico.

O cancro é a segunda causa de morte no nosso país e a primeira no grupo etário entre os 35 e os 64 anos. Estima-se que as taxas de cancro podem aumentar cerca de 20 por cento, até 2020.

Como ajudar?
Os donativos podem ser depositados nos balcões do Montepio, ou enviados através do Multibanco, por transferência, para o NIB: 003602169910007736322.

De cada donativo recebido será emitido o correspondente recibo, que será enviado a quem o solicitar, nomeadamente, através de telefone ou do e-mail: [email protected].

Dezembro de 2017
Uma das inovações da medicina mais aguardadas de todos os tempos é o transplante de cabeça. O cirurgião italiano Sergio...

O primeiro paciente será o russo Valery Spiridonov, portador da doença de Werdnig-Hoffman. Trata-se de uma atrofia muscular espinhal rara que resulta em enfraquecimento muscular, escreve o Diário Digital. Não existe tratamento nem cura. Nessa condição o cérebro desenvolve-se normalmente, o que torna Spiridonov apto para ser submetido ao procedimento.

Nesta histórica cirurgia, o médico italiano Sergio Canavero irá colocar a cabeça de Spiridonov noutro corpo num processo que durará 36 horas ao todo. Cerca de 150 pessoas serão envolvidas no procedimento.

Este transplante parece uma coisa de ficção científica, mas Canavero diz que a tecnologia atual está avançada para vivermos este futuro. Em entrevista à agência russa Sputnik, os dois anos até à cirurgia serão necessários para realizar todos os cálculos e estudos científicos. “Só será feita [a cirurgia] depois que todos os médicos e especialistas tenham 99% de certeza de sucesso”, disse.

A cabeça do paciente será arrefecida para desacelerar a decomposição das células. Já as veias e artérias do pescoço serão ligadas a máquinas que manterão o fluxo de sangue. A medula espinhal será rompida para o encaixe no novo corpo. Para realizar tudo isso, os médicos usarão polietileno glicol para a fusão dos tecidos conjuntivos e células.

No encaixe do novo corpo, a medula espinhal será a primeira a ser ligada. Os músculos, nervos, artérias e veias da cabeça são conectados por último. A recuperação deverá durar um ano.

Os riscos são enormes. Além dos riscos da cirurgia em si, a cabeça do paciente poderá rejeitar o novo corpo.

No próximo ano
A partir do próximo ano, os Centros de Saúde vão poder aceder em tempo real, a exames que os doentes fizeram nos hospitais.

Numa primeira fase a informação partilhada resume-se à radiologia, escreve a RTP, mais tarde vai alargar-se a outro tipo de exames. A consulta em tempo real vai permitir ao médico tomar decisões mais rápidas e eficazes. Por outro lado, evita custos com duplicação de exames, ou deslocações desnecessárias do próprio doente . Segundo avança o Diário de Notícias, os Centros de Saúde de Sintra e da Amadora já acedem a exames feitos no Hospital Amadora-Sintra. O objetivo é que no próximo ano todos os hospitais partilhem as imagens. Nesse sentido, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde vão lançar, ainda este mês, um concurso internacional, no valor de 500 mil euros. 

Ordem dos Médicos
Áreas como ortopedia ou cirurgia não têm médicos suficientes. Bastonário quer mais especialistas nas equipas para garantir...

Os serviços de urgência dos hospitais estão a ser investigados pela Ordem dos Médicos (OM), que está a apurar se existem os especialistas necessários para garantir que os doentes são tratados com qualidade e em segurança, escreve o Diário de Notícias. A OM tem estado a atualizar ou a elaborar as normas que determinam o número mínimo de médicos por equipa e já avançou com auditorias em todo o país. O incumprimento é generalizado, dizem os especialistas, mas há quem conteste a exagerada exigência das regras. Algumas unidades já foram obrigadas a reforçar as equipas, garante o bastonário José Manuel Silva. Ortopedia, medicina interna ou cirurgia são algumas das áreas mais desfalcadas.

Há cerca de dois anos, o bastonário da OM deu instruções aos colégios das especialidades para que emitissem normas relativas à composição das equipas, seja quanto ao número de clínicos ou quanto ao número e à forma como os internos a podem integrar. Um desafio que surgiu depois de vários problemas associados à falta de recursos humanos nestes serviços.

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