Procedimento proporciona regresso à vida ativa mais célere e confortável
A Up Clinic lançou um novo protocolo de Recuperação Rápida de Mamoplastia de Aumento, uma cirurgia que tem como objetivo...

A Mamoplastia de aumento consiste numa pequena incisão através do qual é introduzido um implante flexível que impulsionará a glândula mamária, aumentando o seu volume. O implante é completamente impercetível e localizar-se-á atrás do músculo peitoral ou da glândula e, desta forma, não interfere com uma futura gravidez e amamentação.

Na UP Clinic, e através de uma metodologia que foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos, desde 2008 com o desenvolvimento da técnica Soft touch - técnica cirúrgica de descolamento dos tecidos, que permitia libertar as aderências musculares, levando a um incomodo mais suave; a cirurgia vai mais além do que intervenção cirúrgica, sendo que os pacientes devem realizarão também procedimentos vários, nomeadamente fisioterapia pré-operatória, drenagem linfática e oxigenoterapia através da câmara hiperbárica – um tratamento onde o corpo é sujeito a uma concentração de 100% oxigénio – para obterem um pré e pós-operatório mais confortáveis, com resultados igualmente eficazes.

Tiago Baptista Fernandes, cirurgião plástico e diretor clínico da Up Clinic, sublinha «O protocolo Hiper Recuperação permite oferecer aos pacientes um retorno à vida ativa mais rápida e menor desconforto a quem se submeteu a uma Mamoplastia de Aumento».

Assim, e tendo em mente a comodidade do paciente, a UP Clinic lançou o protocolo de Hiper Recuperação, cujo objetivo é o bem-estar e o retorno célere do paciente à vida ativa, garantindo cuidados especializados com acesso a tecnologias de saúde inovadoras.

 
Prevenção da morte súbita e no tratamento de arritmias malignas
O Serviço de Cardiologia do Centro Universitário Hospitalar Cova da Beira (CHUCB) iniciou a implantação de cardioversores...

Após o sucesso da inauguração da Unidade de Pacing e Arritmologia, em maio de 2016, que permitiu realizar até ao momento cerca de 980 procedimentos, nesta área, o CHUCB tem consolidado a sua experiência no implante e acompanhamento de dispositivos cardíacos, situação que lhe permitiu agora a progressão para a implementação desta nova técnica fundamental.

O cardioversor desfibrilhador implantável (CDI), semelhante a um pacemaker, mas com funcionalidades adicionais e indicações específicas, desempenha um papel crucial na prevenção da morte súbita, pois monitoriza continuamente o coração, fazendo o diagnóstico e permitindo o tratamento imediato de arritmias potencialmente fatais. Este dispositivo utiliza algoritmos específicos para tratar essas arritmias, e, se necessário for, aplica um choque elétrico no interior do coração.

Os candidatos a receber o CDI são doentes com risco cardiovascular elevado, abrangendo diversas patologias cardíacas, incluindo doença coronária, doenças do músculo cardíaco e doenças arrítmicas primárias.

Neste âmbito, os benefícios para os doentes da Beira Interior são inúmeros, para além do conforto e segurança, óbvios, pois estes doentes passam a realizar o implante no hospital da sua área de residência, tendo acesso a consultas de follow-up presenciais e por telemonitorização, sem os constrangimentos pessoais associados, e os custos relacionados com deslocações para outras unidades de saúde, nomeadamente: Coimbra, Lisboa ou Viseu.

Para a implantação destes dispositivos no CHUCB, o Serviço de Cardiologia conta com uma equipa multidisciplinar, composta por um médico cardiologista, enfermeiros, técnicos de cardiopneumologia e técnicos de radiologia. Após o implante, o acompanhamento é feito pela Unidade de Pacing e Arritmologia do hospital, em colaboração com o médico cardiologista assistente do utente.

Refere Bruno Rodrigues, coordenador da Unidade e responsável pela introdução da técnica, que “este investimento potencia a diferenciação atual do Serviço de Cardiologia do CHUCB”, considerando que tudo evoluiu de forma equilibrada e que “nada seria possível sem o apoio de todas as pessoas envolvidas desde maio de 2016, altura em que foi implantado o primeiro pacemaker no CHUCB”.

O especialista destaca ainda o “relevante papel do Diretor do Serviço de Cardiologia, Dr. António Peixeiro, que sempre motivou a evolução de todas as técnicas no serviço, permitindo o crescimento sustentado do mesmo”, bem como “a colaboração dos técnicos da indústria de dispositivos médicos, que contribuíram para este desenvolvimento e, ainda, os colegas de outras Unidades de Pacing e de Arritmologia, que sempre ajudaram no implantes e seguimento dos nossos doentes, e com os quais contaremos sempre, para nos apoiarem nesta evolução gradual”.

 
 
Saúde Mental
A depressão infantil e na adolescência tem vindo a ganhar maior expressão a nível mundial desde 2020

Na infância a depressão não apresenta predomínio de género, todavia, na adolescência as raparigas apresentam duas vezes mais propensão para desenvolver esta patologia do que os rapazes. 

A depressão é uma patologia do foro psiquiátrico que provoca um sentimento persistente de tristeza e falta de interesse, e que se prolonga no tempo, afetando significativamente as atividades da vida diária dos sujeitos. No concerne a etiologia da depressão na infância e adolescência, esta é multifatorial com forte influência de fatores biológicos, genéticos, psicológicos e sociais. Vários estudos apontam que a componente genética assume especial relevo, aumentando o risco de depressão na infância e adolescência em pelo menos três vezes. 

A depressão sempre foi vista como uma patologia especifica da idade adulta. Só a partir da década de 60/70 é que foi relacionada à infância e adolescência, uma vez que até esta altura a sintomatologia era na sua grande maioria associada a outras patologias. 

A adolescência é uma etapa que acarreta várias mudanças e transformações no Eu interior e exterior, mudanças essas que podem gerar grande sofrimento dado que representam a rutura com a imagem e identidade da infância, bem como com os pais idealizados. 

As transformações que decorrem nesta fase, fazem com que o jovem perca as suas referencias e, consequentemente perca a representação de si mesmo, uma vez que a sua nova identidade se encontra em construção. 

A sintomatologia depressiva varia de acordo com a idade. Tendo em conta as especificidades da infância e adolescência são descritos como sintomas: irritabilidade e instabilidade; birras; agressividade; humor deprimido; alterações do padrão de sono; isolamento; baixa autoestima; ideação e comportamento suicida; baixo rendimento escolar; dores abdominais; perda de energia. Apesar de um grande número de sintomas possíveis, podemos dizer que os sintomas psicossomáticos, tais como cefaleias e lipotimias, prevalecem. 

O tratamento é um desafio, uma vez que carece de uma abordagem multidisciplinar envolvendo diferentes profissionais de saúde, médico, psicólogo, enfermeiro, entre outros. A abordagem ao tratamento ainda é predominantemente de cariz farmacológico, com recurso sistemático a psicofármacos, ficando para segunda linha a intervenção psicológica e a psicoterapia, muito pela escassez de profissionais de saúde mental, sobretudo nos cuidados de saúde primários, onde por exemplo os psicólogos são praticamente “inexistentes”. 

Em suma, a depressão na infância e adolescência assume-se como um problema real de saúde pública com tendência a aumentar a sua prevalência, gerando um impacto cada vez maior na sociedade. Para mitigar este impacto urge que se aposte nos cuidados de saúde primários, através da promoção da saúde mental e do diagnóstico precoce, com recurso ao apoio psicológico e psicoterapêutico como abordagem de primeira linha. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Karion Therapeutics nasceu na Faculdade de Medicina da Universidade do Minho
Medicamento com perfil anticancerígeno altamente eficaz e seguro deverá concluir ensaios pré-clínicos em doentes de cancro...

Em 2020, surgiram em todo o mundo 19,3 milhões de novos casos de cancro e 10 milhões de pessoas acabaram por morrer. A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2040, o número de novos casos cresça 50% e a taxa de mortalidade 63%. As terapêuticas atuais são cada vez mais eficazes, mas, em alguns cancros, sobretudo os mais agressivos, as recidivas e a mortalidade continuam elevadas. A Karion Therapeutics, fundada por quatro empreendedoras da Universidade do Minho, descobriu uma  molécula promissora para tratar o cancro agressivo. Numa primeira fase, os cancros renal e da mama são o seu foco. Os primeiros estudos demonstram a eficácia da nova droga que permite uma grande seletividade de células a tratar, diminuindo os efeitos colaterais, limita o crescimento dos tumores (levando a uma redução das doses quimioterapia) e ativa os supressores do cancro.

A empresa foi fundada em 2022 para concluir os ensaios pré-clínicos em humanos, o que deverá acontecer daqui a três anos, e foi a vencedora do Born from Knowledge - BfK Award, atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito dos Altice International Innovation Awards (AIIA), entregues ontem, em Lisboa. Além da árvore do conhecimento, obra de arte do escultor Leonel Moura impressa em 3D e  símbolo da valorização do conhecimento científico e tecnológico nacional, a ANI atribuiu à Karion Therapeutics um prémio monetário de 2 500 euros.

Apesar do seu potencial clínico em 12 tipos de cancro – Carcinoma de Células Renais, Cancro da Mama Triplo Negativo, Leucemia Mieloide Aguda, Glioblastoma, Cancro do Pulmão, Cancro da Bexiga, Cancro da Próstata, Carcinoma de Células Escamosas do Esófago, Osteossarcoma, Linfoma, Meduloblastoma e Cancro Colorretal –, a Karion Therapeutics selecionou o Carcinoma de Células Renais e o Cancro da Mama Triplo Negativo para iniciar os estudos. Porquê? Devido às elevadas taxas de mortalidade e a altas necessidades clínicas não satisfeitas nas abordagens terapêuticas atuais a estas doenças.

No caso do Carcinoma de Células Renais, apesar das terapias de ponta já existentes, as taxas de mortalidade em doentes em estádio III é de 29% e de 86% em estádio IV (sobrevivência média de um ano). Além disso, a taxa de recidiva, mesmo após cirurgia, afeta 30% dos doentes.

Já no caso do Cancro da Mama Triplo Negativo, as taxas de mortalidade em doentes em estádio III é de 35% e de 88% em estádio IV (sobrevivência média de um ano a ano e meio). A quimioterapia continua a ser a principal opção de tratamento, mas até 50% dos doentes são resistentes à mesma. Além disso, 40% daqueles que se encontram nos estádios I a III recaem, bem como 50% dos que desenvolveram a doença até aos estádios III e IV. Isto, para não falar da elevada toxicidade a que estes pacientes são sujeitos.

Estudos pré-clínicos confirmam que o KT408 é seguro e eficaz

Os primeiros estudos da molécula KT408 trazem uma nova esperança. Com a aplicação de uma dose única de 120 nanoMolar, passados quatro dias verificou-se a redução de 22% do Carcinoma de Células Renais e a inibição da proliferação de células cancerígenas. Também os resultados no tratamento do Cancro da Mama Triplo Negativo são promissores: a aplicação de uma dose única de 100 nanoMolar, reduziu o tumor em 40% e a circulação sanguínea em 30% nos mesmos quatro dias. 

A equipa da Karion Therapeutics é formada por Marta Costa (CEO), Fátima Baltazar e Fernanda Proença, investigadoras nas áreas da Medicina, Oncologia, Química e Biologia, e Teresa Dias Coelho, profissional com experiência internacional na área dos negócios.

Desde 2017, a ANI já premiou cerca de 50 projetos e start-ups, nascidos da investigação académica, em concursos e prémios de inovação nacionais promovidos por entidades como Altice, Crédito Agrícola, BPI, Glintt,  PortugalFoods e Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) através do programa Born from Knowledge (BfK). Muitos deles são já símbolos da inovação nacional em Portugal e internacionalmente.

António Grilo, presidente da ANI, salienta “o elevado grau de inovação da descoberta da Karion Therapeutics e a esperança que promete a milhões de doentes com cancro ou que irão desenvolver a doença nos próximos anos.” E acrescenta: “é precisamente essa a missão dos BfK Awards: premiar e disseminar a inovação nascida na Academia que tenham um potencial de provocar mudanças com impacte positivo no bem-estar das pessoas e na valorização da economia.”

Prémio distingue distingue pessoas ou organizações que se evidenciam no combate à crise climática
O período de nomeações para o Prémio Gulbenkian para a Humanidade 2024 está aberto e prolonga-se até dia 2 de fevereiro de 2024...

Desde a sua criação, em 2020, o Prémio Gulbenkian para a Humanidade já distribuiu quatro milhões de euros por pessoas singulares ou organizações com diferentes abordagens no combate às alterações climáticas, desde a mobilização juvenil à construção de parcerias, passando pelo desenvolvimento de soluções locais, pela investigação científica e pela liderança no domínio do restauro de ecossistemas.

Para a presidente do Júri, Angela Merkel, “O Prémio Gulbenkian para a Humanidade presta homenagem a pessoas e organizações que se distinguem pela sua ação exemplar no combate às alterações climáticas. Lembra-nos que as pessoas devem estar sempre no centro de qualquer esforço para combater os seus efeitos. O valor do Prémio permite a promoção e o desenvolvimento de ideias e soluções inovadoras neste domínio”.

O prémio tem apoiado soluções escaláveis, com impacto concreto nas comunidades e no cumprimento das metas climáticas a nível nacional e global. O valor do prémio tem sido investido no fortalecimento de comunidades expostas aos efeitos das alterações climáticas, ajudando-as a adaptarem-se e a tornarem-se resilientes.

Runa Khan, membro do júri e fundadora da ONG Friendship, considera que “O Prémio Gulbenkian para a Humanidade celebra o espírito indomável daqueles que lutam por um mundo melhor. Honra os visionários cuja compaixão, inovação e dedicação nos inspiram a todos a construir um futuro mais radioso. Ao distinguir estes contributos excecionais para a humanidade, reconhecemos o poder transformador da empatia e da ação.”

Foram galardoados com o Prémio Gulbenkian para a Humanidade a ativista sueca Greta Thunberg, em 2020; a Global Covenant of Mayors for Climate & Energy – GCoM, em 2021; o IPBES (Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services) e o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), ex-aequo, em 2022. O prémio de 2023 foi distribuído por três figuras pioneiras no restauro de ecossistemas no Sul Global: Bandi “Apai Janggut”, líder comunitário (Indonésia), Cécile Bibiane Ndjebet, ativista e agrónoma (Camarões), e Lélia Wanick Salgado, ambientalista, designer e cenógrafa (Brasil). 

“Sabemos que muitas das soluções para um futuro mais justo e sustentável já existem. Nesta edição do prémio, esperamos encontrar aplicações, oriundas de todo o globo, que reflitam o talento e a paixão de pessoas que trabalham em soluções climáticas, para benefício do nosso planeta e das nossas comunidades”, refere ainda Martin Essayan, membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

Qualquer pessoa, organização ou grupo de pessoas que trabalhe em soluções climáticas inovadoras é elegível para este prémio. As nomeações estão abertas até dia 2 de fevereiro, às 17:00 GMT e devem ser entregues por uma entidade terceira.

O vencedor será selecionado por um júri independente de peritos com experiência nas ciências da terra, ação climática, justiça ambiental e climática.

 
Iniciativa da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal e TrueClinic
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) juntou-se à TrueClinic para realizar uma caminhada de consciencialização...

A iniciativa pretende afirmar a importância da consciencialização pública para uma doença que afeta milhões de pessoas, mas também reduzir o seu estigma e transmitir que um estilo de vida ativo e a prática regular de desporto permitem não só prevenir a Diabetes Tipo 2, mas também um melhor controlo metabólico da Diabetes Tipo 1 e 2.

O ponto de encontro de todos os participantes na caminhada é na Entrada Norte do Parque da Cidade do Porto junto à estrada da circunvalação.

Esta iniciativa é aberta ao público e sujeita a inscrição, que deve ser efetuada aqui.

 
Hoje, no Centro Ismaeli Lisboa
O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, participa hoje, às 14h45, na sessão de abertura do 5º Congresso Nacional da Associação...

Este evento científico junta profissionais de saúde e investigadores para discutir as várias vertentes da diabetes e a sua evolução. Os temas em debate vão incluir a diabetes tipo 1, as particularidades da diabetes na mulher, o fígado gordo, a pré-diabetes, a doença renal, as doenças oftalmológicas provocadas pela diabetes, o papel da alimentação e a responsabilidade, individual e social, do ponto de vista da promoção da saúde.

A Comissão Organizadora do 5.º Congresso Nacional da APDP é composta pelos médicos Carolina Neves, João Filipe Raposo, José Manuel Boavida, Luis Gardete Correia e Rita Nortadas, pelas enfermeiras Dulce do Ó e Isabel Correia, e pelo investigador biomédico Rogério Ribeiro.

Para mais informações sobre o evento, os workshops e a submissão de resumos consulte o site oficial em https://congressoapdp.com/ .

 
Nova abordagem para um velho problema
Como sabemos, o sinus pilonidal, também conhecido, (embora erradamente), como quisto dermoide, é uma

Existem várias técnicas cirúrgicas clássicas para o tratamento desta doença, sendo que todas elas têm em comum um pós-operatório muito doloroso, uma convalescença demorada e a necessidade por um período mais ou menos demorado, de tratamentos locais, (pensos), geralmente muito penosos para o doente. Nalguns casos, a cicatrização completa pode demorar várias semanas.

Para além de tudo isto, existe ainda possibilidade de recidiva, necessitando novo procedimento cirúrgico com repetição de mais um ciclo de sofrimento. Estas perspetivas levam frequentemente à não aceitação da cirurgia por parte de muitos doentes implicando que, muitos deles, durante anos, no seu quotidiano sejam incluídos cuidados especiais de higiene e de desinfeção.

Felizmente, novas abordagens cirúrgicas possibilitam já uma mudança radical deste panorama. Embora ainda não muito divulgada, a técnica de remoção do sinus pilonidal com o auxílio a videoscopia e energia laser, possibilitam um pós-operatório quase isento de dor e a possibilidade de uma recuperação rápida e cómoda. As complicações desta cirurgia são raras e sem gravidade. O grau de eficácia é de cerca de 85% ao conseguido, mas em caso de insucesso ou recidiva, este procedimento pode ser repetido.

A operação, que pode ser efetuada em regime ambulatório, começa pela introdução, através de um pequeno orifício, de uma pequena ótica ligada a uma câmara de vídeo. Segue-se a aplicação de laser através da introdução de uma fibra através do mesmo orifício. A recuperação dá-se em poucos dias e os cuidados podem ser feitos pelo próprio doente. Dado em Portugal não ser prática corrente, estou orgulhoso por ser um dos poucos cirurgiões a praticar esta técnica e a possibilitar que os meus doentes possam beneficiar das largas vantagens desta nova abordagem. Este avanço torna assim desnecessário e pertencendo ao passado o sofrimento causado pelo tratamento tradicional desta esta doença.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica”:
Acaba de ser lançado o novo livro “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica”, um manual coordenado pelos...

Desenvolvido em conjunto com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Cascais, e com o apoio da Lundbeck Portugal, esta obra conta com a colaboração de cerca de trinta autores de várias unidades de saúde do país, especialistas na área da saúde que visam destacar a importância e o pragmatismo na atuação clínica e as mais-valias da formação em Psiquiatria e Saúde Mental.

O livro “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica” está estruturado de forma simples, percorrendo em alguns capítulos as entidades clínicas mais frequentes, com o intuito de partilhar informação de forma objetiva e científica, e propor uma primeira abordagem terapêutica para cada situação.

Pedro Cintra, diretor do serviço de Psiquiatria do Hospital de Cascais — Dr. José de Almeida, e um dos coordenadores do manual, explica que «este livro surgiu de uma ideia do Dr. João Facucho, sendo que o nosso principal objetivo foi criar um livro que tivesse utilidade prática, orientando o clínico na sua atividade do dia-a-dia; destina-se também a melhorar a articulação com os cuidados de saúde primários (…). Queríamos igualmente que fosse útil para médicos numa fase incipiente da sua formação, internos, estudantes de medicina, entre outros profissionais de saúde.»

Assim, dividido numa série de capítulos temáticos, «o “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica” é um manual que, para além de procurar ser didático na sua abordagem, inclui resumos da etiologia, fatores de risco e fatores precipitantes, não esquecendo a abordagem terapêutica», sublinha o médico psiquiatra.

Para João Facucho, médico psiquiatra no Hospital de Cascais, coordenador e um dos cerca de 30 coautores desta obra, «o livro concebido a pensar especificamente para ajudar os colegas de Medicina Geral e Familiar, é assim como um auxiliar na sua ação médica (…) surge também no âmbito de nós, enquanto médicos psiquiatras, melhorarmos a nossa interação com esses profissionais.»

Como pontos fortes do livro, o médico psiquiatra refere o facto de «este ser um manual que está atualizado segundo a classificação internacional de doenças, sendo que não existem muitos livros que estejam atualizados desta forma. Para além disso, sublinhava o facto de este abordar, de uma forma simples, naqueles que são as principais síndromes psiquiátricos e, portanto, com maior interesse e maior prevalência, nomeadamente, a depressão, a ansiedade, a perturbação do sono, a psiquiatria perinatal, as próprias doenças psicóticas (seja a esquizofrenia ou a doença bipolar). Em suma, as principais síndromes da psiquiatria estão versadas neste livro de uma forma acessível e de fácil consulta.»

Considerando o apoio da Lundbeck Portugal essencial em todo o processo, desde a idealização à conceção do “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica”, João Facucho sublinha «que sem a Lundbeck Portugal a concretização deste projeto não seria possível. O desafio que o Departamento de Saúde Mental do Hospital de Cascais lançou na altura foi aceite de imediato e isso, para nós enquanto coordenadores, foi também fundamental para elaborarmos em pleno e com toda a liberdade. Eu diria que esta parceira se revelou num “casamento perfeito”!»

Ana Margarida Fraga destacou na apresentação do “PSIQUIATRICAMENTE”: «É com enorme alegria que, mesmo a quilómetros de distância, mas por um grande motivo, assisto "virtualmente" ao lançamento de um projeto muito querido para o departamento. O manual que hoje apresentamos foi construído a pensar nos colegas que contactam com questões relacionadas com a saúde mental e psiquiatria. O nosso principal objetivo foi conciliar o rigor e a mais recente evidência científica num manual simplificado, com tabelas práticas que vos fossem úteis e práticas no dia-a-dia. Estamos muito orgulhosos e agradecidos pelo trabalho desenvolvido por aqueles que mergulharam connosco e aceitaram participar neste projeto, e à Lundbeck Portugal, um grande impulsionador e parceiro, que nunca nos colocou limites. Assim, esperamos que seja útil e torne a vossa jornada pela saúde mental mais profícua! Um bem-haja a todos!»

Na opinião de Nuno Basílio, assistente de Medicina Geral e Familiar e presidente do Conselho Clínico e de Saúde ACES Cascais, o lançamento deste livro «significa, em primeiro lugar uma articulação entre o serviço de psiquiatria e saúde mental com os cuidados primários onde a grande atividade clínica e o peso da saúde mental é uma realidade diária. Em segundo lugar, incluirmos num livro de psiquiatria um capítulo de reflexão vinda dos cuidados de saúde primários, através de um contributo de quem no fundo também é parceiro na dinâmica de lidar com a saúde mental. Nesse sentido, este manual é um bocadinho o descomplicar da psiquiatria para os cuidados de saúde primários e ao mesmo tempo representa essa ligação entre níveis diferentes de cuidados e colegas de trabalho.»

Sublinhando o facto do livro agora lançado marcar a diferença pela forma como simplifica alguns temas mais complexos através de uma visão prática e clínica, o médico destaca pela sua relevância, «os capítulos da patologia mental, em que é mais frequente, no âmbito dos cuidados de saúde primários, a perturbação depressiva e de ansiedade que em termos da gestão dos cuidados de saúde primários ou secundários gera sempre algumas dúvidas e onde estes utentes no fundo podem ser melhor seguidos, em termos até de nuance diagnóstica que, por vezes é mais complexa, e desta forma o livro ser um apoio orientador e contribuir para uma melhor gestão do dia-a-dia.»

Sara Barros, country manager da Lundbeck Portugal, sublinha que «apoiar esta obra era quase “uma obrigação” da Lundbeck, pela sua relevância no âmbito da Psiquiatria, mas também pela sua importância como ferramenta essencial de apoio para os profissionais de saúde. O “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica” é um livro de caracter prático e nesse sentido consideramos que o mesmo pode ser muito útil como manual de referência e como um apoio para o quotidiano da prática clínica. Apoiar iniciativas como esta é, acima de tudo, fazer com que a saúde mental chegue a todos, e essa é a nossa missão!»

 
Gabinete de Informação e Atendimento à Vítima (GIAV) assinala 12 anos já interveio em mais de 2500 casos na região de Lisboa
O Gabinete de Informação e Atendimento à Vítima (GIAV), que assinala 12 anos este mês, acompanhou mais de 300 vítimas de...

No âmbito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalado a 25 de novembro, o GIAV reforça a importância das políticas para a erradicação de crimes contra as mulheres em todos os países. Só em 2023, o organismo já realizou 340 acompanhamentos em sede de Declarações para Memória Futura (que inclui uma entrevista preparatória, a redação de um relatório, acompanhamento da vítima a Tribunal e uma sessão subsequente); 27 encaminhamentos para instituições; duas ações de formação; 22 diligências com suspeitos arguidos; 65 acompanhamentos de vítimas em inquirições presididas por Magistrado e 198 atendimentos telefónicos.

Iris Almeida, professora na Egas Moniz School of Health & Science e coordenadora do GIAV, refere que “a instabilidade económica e geopolítica e os problemas relacionados com a saúde mental, tanto das vítimas como dos agressores, geram uma maior insegurança, o que se traduz no aumento dos números registados no nosso gabinete. O GIAV presta um atendimento imediato de apoio às vítimas há mais de dez anos, dando uma resposta única a nível nacional e com características inovadoras a nível internacional, e temos como objetivo reforçar estes serviços a médio e longo prazo”.

O GIAV tem a particularidade de incluir psicólogos forenses no sistema de justiça, o que permite uma maior compreensão do fenómeno e facilita o processo de tomada de decisão por parte do Ministério Público. Para além disso, possui protocolos de avaliação de risco próprios, desenvolvidos por forma a dar uma resposta fortemente direcionada para os objetivos e atribuições do Gabinete, que procuram assegurar acima de tudo o estreitar da ligação entre a justiça e as vítimas de crime. Para isto, e uma vez que estes procedimentos exigem sólidas competências de avaliação psicológica forense, intervenção em situações de crise, em articulação com a Egas Moniz School of Health & Science, o GIAV tem acolhido vários estagiários académicos e psicólogos com ligação à instituição de ensino superior.

Desde a sua criação, o GIAV teve mais de 2500 intervenções em processos-crime, das quais 2167 foram Declarações Para Memória Futura, 363 avaliações de risco e 330 atendimentos, entre outras atividades. Este organismo reconhece a necessidade de avaliação de todos os agentes que beneficiem do estatuto de vítima ou arguido, com o intuito de obter um claro e objetivo resultado no apoio à decisão judicial. Para além disso, realiza vários seminários que abordam os temas relacionados com o fenómeno da violência doméstica. Em 2022, foi também reconhecido com o prémio de Boas Práticas em Psicologia, da Ordem dos Psicólogos.

 
23º Congresso EURETINA
O ‘EYS on gene editing for retinitis pigmentosa 25’ liderado pelos Investigadores do Coimbra Institute for Clinical and...

O mais alto valor - 300 mil euros - atribuído pela bolsa EURETINA (Sociedade Europeia de Especialistas em Retina), permitirá desenvolver um tratamento para uma doença rara, crónica, hereditária e progressiva, na retina.

Graças a este prémio será possível contratar mais dois investigadores e investir em tecnologia de ponta capaz de conduzir a pesquisa, dando mais um passo para a cura da condição que afeta muitos portugueses, que correm o risco de cegueira.

O CBR da Faculdade de Medicina de Coimbra que conta já com três prémios atribuídos, ao longo de cinco edições da bolsa EURETINA, espera, com este plano de investigação de dois anos, com início em abril de 2024, cativar mais jovens estudantes ou investigadores, que queiram contribuir para a pesquisa de tratamento para esta doença rara.

 
Vai premiar os projetos com mais impacto na área da saúde
As candidaturas para os TOP Health Awards, um projecto de âmbito social, 100% português destinado a premiar pessoas, equipas e...

Depois de cerca de quatro meses, o prazo de candidaturas está prestes a chegar ao fim, numa altura em que a organização já recebeu 45 candidaturas, bem como 16 nomeações que se podem converter em candidaturas.

“O número de candidaturas até agora é bastante interessante, sobretudo para uma primeira edição, considerando particularmente a diversidade de pessoas e instituições do ecossistema de saúde com projectos candidatos, quer do sector público, quer do sector privado. Mas esperamos ainda mais, para poder dar palco ao que de melhor se faz no sector da saúde em Portugal” afirma Paula Costa, co-fundadora da iniciativa. “Além das candidaturas, tivemos já 11 nomeações de pessoas ou instituições que reconhecem e indicam projectos meritórios e com impacto na saúde. Esta é a linha de cooperação que pretendemos dar a esta iniciativa, envolvendo toda a sociedade no reconhecimento dos talentos e projectos que fazem a diferença e que trazem uma onda positiva importante para o ecossistema da saúde.”

O prémio é uma iniciativa da Associação TOP HEALTH, uma instituição sem fins lucrativos, criada por duas empreendedoras portuguesas ligadas à área da saúde, Paula Costa e Cristina Campos e o objectivo passa por impulsionar o talento em saúde e reconhecer projectos que contribuam para criar mais valor e resultados em saúde de forma inovadora e colaborativa, com foco na excelência e nos resultados e centrados nas pessoas com doença e nas populações.

São quatro as categorias dos TOP Health Awards: Literacia em saúde (empoderamento das populações na gestão da sua saúde); Integração de cuidados de saúde (articulação dos diferentes protagonistas na jornada do doente, desde o diagnóstico ao seguimento); Tecnologia e dados ao serviço dos resultados em saúde; Sustentabilidade social (com o acesso inclusivo e equitativo aos cuidados de saúde). Poderão participar investigadores e profissionais na área das ciências da vida, pessoas e equipas da indústria farmacêutica, consultoras, distribuição, tecnologia, prestadores de cuidados, hospitais, unidades de saúde, farmácias, associações de doentes e associações de cuidadores.

Mais informações aqui.

 
Clínica dedicada à procriação medicamente assistida
O Grupo Next Clinics, um dos maiores grupos europeus de reprodução assistida e cuidados de saúde, acaba de anunciar a entrada...

A nova clínica destina-se a servir pacientes de toda a zona do Algarve e Baixo Alentejo e vem responder a uma necessidade específica da população destas zonas dada a inexistência de centros integrais especializados em reprodução assistida.

“Existem atualmente 28 centros (públicos e privados) para realização de tratamentos de PMA, sendo que a região a Sul do Tejo se encontra desfavorecida, pois neste momento há apenas um centro público em Almada, e o nosso centro no Algarve” explica o Dr. João Alves, Diretor Clínico da Next Fertility Faro.

A Next Fertility em Faro irá acabar com as deslocações a Lisboa para os interessados em tratamentos de PMA, bem como oferecer um amplo portfólio de tratamentos e serviços genéticos e uma abordagem empresarial centrada na experiência do paciente. 

As clínicas Next Fertility, com uma equipa de centenas de profissionais, cobrem todas as necessidades de tratamento: ginecologistas especializados em fertilidade e reprodução assistida, embriologistas, anestesistas, urologistas, psicólogos, enfermeiros e auxiliares de clínica. O conceito da satisfação do paciente como centro da atividade, a aposta na tecnologia, o apoio psicológico e a transparência, nos processos e nos preços, são os pilares fundamentais nestas clínicas.

Com esta abertura, a empresa reforça a sua aposta na Península Ibérica. Em 2023, a empresa abriu 4 novos centros em Espanha, onde já conta com um total de 8 clínicas de reprodução e um dos maiores biobancos de gâmetas da Europa. A Next Fertility é uma marca incontornável do setor e está hoje no top 4 dos grupos de reprodução assistida da Península Ibérica em termos de volume de faturação.

A Next Fertility pertence ao grupo internacional Next Clinics que, em pouco mais de cinco anos, se tornou num dos maiores grupos do sector da medicina reprodutiva e de diagnóstico clínico da Europa. A Next Clinics emprega cerca de 1.000 pessoas, dispersas por 8 países da Europa, e conta com 22 clínicas e 7 laboratórios de diagnóstico. O grupo ultrapassa a barreira dos 12.000 ciclos de reprodução assistida por ano, mais de 30.000 testes genéticos e mais de 4,5 milhões de testes de diagnósticos realizados.     

Atualmente o sector da reprodução assistida na Europa é um dos mais competitivos. Os avanços na medicina reprodutiva, a legislação cada vez mais favorável e o afluxo de capitais privados conduziram a um crescimento constante nas últimas três décadas.

"A evolução da sociedade e as alterações ao contexto legal em Portugal condicionaram, nos últimos anos, o aumento da procura de soluções em procriação medicamente assistida, sendo que se estima que em Portugal existam cerca de 300.000 casais com problemas de fertilidade” , continua o Dr. João Alves, Diretor Clínico da Next Fertility Faro.

 
Investimento de cerca de 10 milhões de euros
A Lusíadas Saúde acaba de anunciar a expansão da sua rede de cuidados de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo com a...

Fundado em 1962, o Hospital Monsanto, unidade de saúde dedicada à saúde mental, localizada em Alfragide (concelho da Amadora). O Hospital tem 64 camas de internamento, disponibiliza atualmente consultas nas áreas da fisiatria, medicina interna, neurologia, psicologia e psiquiatria, bem como programas específicos para doentes com Alzheimer ou outras demências.

Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, salienta que “o Hospital Monsanto irá permitir ao Grupo Lusíadas Saúde ampliar a sua oferta de cuidados na Saúde Mental, área da medicina que requer, no atual enquadramento, especial atenção em termos de prevenção, diagnóstico e tratamento, garantindo a privacidade e o conforto com a excelência de sempre.

Com a aquisição do Hospital Monsanto, a Lusíadas Saúde está a apostar numa unidade já atualmente reconhecida e ainda com potencial para crescimento e para ganhar maior protagonismo no sistema nacional de saúde, podendo acolher outras especialidades igualmente prioritárias para a população.”

O Grupo Lusíadas Saúde vai manter a atual equipa clínica e operacional, prevendo-se que alargue, em breve, o número de camas e demais oferta de serviços de internamento e ambulatório.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo, a Lusíadas Saúde tem, a partir de agora, três hospitais (Hospital Lusíadas Lisboa, Hospital Lusíadas Amadora, e o atual Hospital Monsanto) e duas clínicas (Clínica Lusíadas Oriente e Clínica Lusíadas Almada).

 
Evento realiza-se em Gaia e assinala os 85 anos da OM
A 26ª edição do Congresso Nacional da Ordem dos Médicos vai realizar-se no Norte, entre 23 e 25 de setembro, no Hilton Porto...

A Carreira Médica esteve diretamente ligada à construção do Serviço Nacional de Saúde, mas, nesta fase, os desafios são outros, num momento complexo do SNS em que os médicos vão ter um papel decisivo para ultrapassar os constrangimentos que estão a ser colocados aos cuidados de saúde no nosso país. O SNS tem sido posto em causa e a qualidade da profissão médica também. Por outro lado, existe uma nova perspetiva relativamente à medicina no setor público, privado e social.

 Neste âmbito, pretende-se analisar e debater o contexto presente e futuro da nova Carreira Médica, assim como os contributos da intervenção dos médicos nos diversos setores da saúde.

 O programa conta com diversas mesas, onde vão ser debatidos temas como o “Internato Médico”, a “História e evolução da Carreira Médica no contexto do SNS”, a “Importância da Carreira Médica na qualidade da prestação dos cuidados de saúde”, a “Carreira Médica e a Gestão em Saúde”, a “Carreira Médica e o Novo Estatuto das Ordens Profissionais”, a “Carreira Médica fora do SNS”, as “Implicações da Carreira Médica no futuro do sistema de saúde”, a “Formação médica no espaço Europeu”, os “Fatores determinantes do abandono do SNS”, o “Estado atual da Carreira”, a “Carreira Médica, Demografia e Coesão Social” e a “Carreira Médica, Democracia e Coesão Social”.

 Vão realiza-se ainda diversos Cursos e Fóruns.

 
Campanha “Novembro Azul” decorre até 30 de novembro
O El Corte Inglés renovou, esta segunda-feira, dia 20 de novembro, o protocolo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, pela mão...

Este protocolo, para o biénio 2023-2025, tem como objetivo promover ações de sensibilização e de angariação de fundos junto dos clientes e colaboradores. 

Estão planeadas campanhas no decurso do mês de abril, especialmente no dia 4, aquando do aniversário da Liga, ao longo do mês de outubro, revertendo a angariação para a luta contra o Cancro da Mama e durante o mês de novembro, a reverter para a luta contra o Cancro da Próstata. 

Dando continuidade ao protocolo assinado, pela primeira vez, em 2020, este ano o El Corte Inglés doou 22 mil euros à LPCC, decorrentes da campanha “Outubro Rosa”. 

Até dia 30 deste mês, o El Corte Inglés assinala o “Novembro Azul”. Esta campanha pretende sensibilizar os clientes para o tema do Cancro da Próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa contra o Cancro. As fachadas dos Grandes Armazéns de Lisboa e Gaia Porto estão simbolicamente iluminadas de azul.  

A venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, nas lojas físicas e online, reverte com 1€ a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado à associação que o aplicará em estudos de prevenção e combate ao Cancro.    

Hospital CUF Santarém reforça oferta de exames de Imagiologia
O Hospital CUF Santarém adquiriu um equipamento de última geração de Tomografia Computorizada (TAC), único em Portugal, que,...

A oferta de exames de Imagiologia do Hospital CUF Santaŕem passa a incluir procedimentos como o TAC Score de Cálcio e o Angio-TAC Coronário, em articulação com a especialidade de Cardiologia. Estes exames permitem a avaliação da anatomia cardíaca, a quantificação da calcificação das artérias coronárias e a avaliação de obstruções nestas artérias.

Para Isabel Monteiro, Coordenadora de Cardiologia do Hospital CUF Santarém, “uma das grandes mais valias da realização destes exames, com o novo equipamento, é conseguirmos calcular, de forma muito precisa, a probabilidade de enfarte agudo do miocárdio, uma das principais causas de morte no nosso país. Desta forma, podemos agir com a devida rapidez para o prevenir.”

A Coordenadora de Imagiologia do Hospital CUF Santarém, Inês Gouveia Pereira, acrescenta que “esta colaboração estratégica entre a imagiologia e a cardiologia, além de permitir diagnosticar doenças cardiovasculares com maior precisão e menos risco para os doentes, também nos permite investigar causas de dor torácica, cardíacas e não cardíacas, com apenas um exame”.

A aquisição deste equipamento inovador, único em Portugal, representa um avanço nos cuidados de saúde disponíveis não só à população escalabitana, como a todos os portugueses. Através destes exames de imagem cardíaca, é possível avaliar com maior exatidão o risco cardiovascular, em determinados casos, sem necessidade de recorrer a procedimentos mais complexos e invasivos, como o cateterismo cardíaco.

O novo equipamento de TAC cardíaca do Hospital CUF Santarém emite uma quantidade menor de radiação, através da inteligência artificial, aumentando a qualidade de imagem e permitindo um diagnóstico mais preciso das doenças do coração. 

“As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, no mundo. Em Portugal, representam um terço da mortalidade total”, recorda a cardiologista da CUF, reforçando que: “O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico contínuo dos doentes são fundamentais para reduzir o número de mortes provocadas por este grupo de patologias”. 

 
Alerta deixado esta manhã pela presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP)
Segundo Catarina Pazes, presidente da APCP, "a maioria dos portugueses que vivem uma situação de saúde que seja limitadora...

No entanto, alerta para o paradoxo: "segundo a lei recentemente aprovada, prevê-se que para todos os Portugueses que optem pela eutanásia, o acesso a uma consulta de Cuidados Paliativos seja de imediato garantido". 

Segundo a dirigente, " tal só será possível passando à frente de centenas de portugueses que continuam sem acesso. Como justifica o Governo que seja necessário equacionar a possibilidade de optar pela eutanásia para se ter acesso efetivo e imediato a equipas que tratam sofrimento?"

A realidade mostra uma persistente ausência de ação para melhorar o acesso dos portugueses a cuidados paliativos, salienta Catariana Pazes. "O Orçamento de Estado apresentado para 2024 apresenta mais uma vez, numa linguagem pouco clara, uma mistura incompreensível entre conceitos (cuidados continuados e Cuidados Paliativos) que deixa transparecer, em mais um ano, a ausência de medidas concretas que respondam ao necessário e urgente desenvolvimento desta área especializada dos cuidados de saúde. Questionamos: Não terão a Direção Executiva do SNS e a Comissão Nacional de Cuidados Paliativos uma palavra a dizer sobre esta lacuna". 

"No final de 2023 ainda não foram publicados nem o relatório de análise da execução do Plano Estratégico 2021-22, nem a estratégia para os anos seguintes, nem o balanço da atividade desenvolvida pela Comissão Nacional de Cuidados Paliativos" acrescenta salientando a  "inércia total" no que toca a tomar  "medidas urgentes que permitam aos profissionais que desejem dedicar-se a esta área clínica, com as condições necessárias, nomeadamente ao nível de carreiras, remunerações e recursos físicos".

"Os médicos que se dedicam em exclusivo a esta área continuam a ser prejudicados nas suas carreiras e na sua remuneração, corroborando-se esta ameaça nos últimos decretos-lei, nomeadamente os que determinam dedicação exclusiva ao trabalho em Unidades de Saúde Familiares por parte dos médicos de família".  Em simultâneo, sublinha, "todos os outros profissionais de saúde que querem trabalhar em cuidados paliativos e desejam desenvolver as exigidas competências especializadas na área continuam a ver limitado o acesso a formação, e a não ver reconhecido este esforço nas suas carreiras e remuneração". 

Para a presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, a ausência de investimento estratégico nos Cuidados Paliativos "reflete-se numa ineficiência cada vez maior do sistema, aportando mais custos e mais sofrimento nos processos de doença grave, e indignidade na fase final da vida". "O reconhecimento das insuficiências só se tornará consequente se existirem sinais concretos de investimento e de priorização dos cuidados paliativos dentro do SNS, bem como na garantia da mobilização de profissionais especialistas e da criação de condições para trabalhar nesta área", reafirma. 

 
Estudo Fundação Champalimaud
Sempre se pensou que a aprendizagem associativa era regulada pelo córtex do cerebelo, muitas vezes r

Se uma chávena de chá estiver a fumegar vamos esperar um pouco mais antes de a beber. E se os nossos dedos ficarem presos numa porta, da próxima teremos mais cuidado. Estas são formas de aprendizagem associativa, onde uma experiência positiva ou negativa leva a um comportamento de aprendizagem.

Sabemos que o cerebelo é importante nesta forma de aprendizagem. Mas como é que isto funciona exatamente?

Para investigar esta questão, uma equipa internacional de investigadores na Holanda e em Portugal, composta por Robin Broersen, Catarina Albergaria, Daniela Carulli e com Megan Carey, Cathrin Canto e Chris de Zeeuw enquanto autores seniores, analisou o cerebelo de ratinhos. Os investigadores treinaram os animais com dois estímulos diferentes: um breve flash de luz, seguido por um sopro de ar no olho. Ao longo do tempo, os ratinhos aprenderam a associar os dois estímulos, levando-os a fechar os olhos preventivamente ao verem o flash de luz. Este paradigma comportamental é usado há muitos anos como forma de explorar o funcionamento do cerebelo.

Centro de output

Se olharmos para a estrutura do cerebelo, distinguimos duas partes principais: o córtex cerebelar, ou a camada externa do cerebelo, e os núcleos cerebelares, a parte interna. Estas partes estão interligadas. Os núcleos são grupos de células cerebrais que recebem todo tipo de informação do córtex que, por sua vez, têm conexões com outras áreas do cérebro capazes de controlar diretamente os músculos, incluindo a pálpebra. Assim, os núcleos são essencialmente o centro de output do cerebelo.

Segundo Robin Broersen: 'Há muito que o córtex cerebelar é considerado o principal responsável pela aprendizagem do reflexo e pelo timing do fecho da pálpebra. Com este estudo, mostramos que fechar a pálpebra no momento mais oportuno também pode ser regulado pelos núcleos cerebelares. As equipas estavam a trabalhar em questões científicas semelhantes e quando percebemos a sinergia entre os nossos estudos, decidimos iniciar uma colaboração internacional que resultou no presente artigo.’

O cerebelo é influenciado por outras regiões do cérebro através de diferentes conexões, as chamadas fibras musgosas e as fibras trepadeiras. Na experiência acima descrita, pensa-se que, enquanto as fibras musgosas transportam a informação da luz, as fibras trepadeiras transmitem informação relacionada com o sopro de ar. Esta informação converge depois no córtex e nos núcleos do cerebelo. A equipa neerlandesa investigou o efeito da aprendizagem associativa nestas ligações aos núcleos e descobriu que as fibras musgosas tinham criado ligações mais fortes aos núcleos nos ratinhos que apresentavam aprendizagem associativa.

Ativação com luz

Entretanto, a equipa portuguesa testou a capacidade de aprendizagem dos núcleos cerebelares através da optogenética – um método que utiliza luz para controlar a atividade dos neurórios. Catarina Albergaria: ‘Em vez de usar um flash de luz normal para treinar animais, estimulámos diretamente as conexões cerebrais, ao mesmo tempo que a combinamos com um sopro de ar nos olhos. Isto fez com que os ratinhos fechassem as pálpebras no momento certo, demonstrando que os núcleos cerebelares podem suportar a aprendizagem deste comportamento. Para garantir que esta aprendizagem estava realmente a acontecer nos núcleos, repetimos as experiências em ratinhos cujo córtex cerebelar havia sido inativado”.

Cathrin Canto acrescenta: 'Durante a aprendizagem, as conexões entre as células cerebrais mudam. Ainda assim, não era claro onde é que estas mudanças estavam a ocorrer no cerebelo. Olhamos para o que acontece com os inputs dos núcleos cerebelares, provenientes das fibras musgosas e outros inputs durante a aprendizagem e descobrimos que nos ratinhos que aprenderam - mas não nos que não aprenderam - as conexões das fibras musgosas com os núcleos tornaram-se mais fortes."

Tecnologia de ponta

Canto continua: ‘Também observamos o que acontece dentro da célula, através de medições elétricas realizadas dentro das células nucleares de um ratinho. Como é fácil de imaginar, estas células são muito pequenas, têm cerca de 10 a 20 µm. Isto é menor do que o diâmetro de um fio de cabelo humano. Usando um tubo ultra-fino com um elétrodo, conseguimos registar a atividade elétrica dentro das células enquanto o ratinho executava a tarefa, o que foi um enorme desafio técnico.”

“Em animais treinados, a exposição à luz fez com que a atividade elétrica dentro das células do núcleo fosse alterada: as células tornaram-se mais ativas quanto mais próximo, em termos de tempo, chegava o sopro de ar. Essencialmente, as células estavam preparadas para o que estava por acontecer e podiam, portanto, ter a sua atividade elétrica precisa o suficiente para controlar a pálpebra antes mesmo do sopro ocorrer.’

Dos Ratinhos aos Humanos

Broersen faz notar que: 'Embora esta investigação tenha sido realizada em ratinhos, a anatomia geral do cerebelo é semelhante entre ratinhos e humanos. Ainda que os humanos tenham muito mais células, esperamos que as conexões entre as células sejam organizadas da mesma maneira. Os nossos resultados contribuem para uma melhor compreensão de como funciona o cerebelo e o que acontece durante o processo de aprendizagem. Isto também leva a mais conhecimento sobre como danos no cerebelo afetam o seu funcionamento, o que pode ajudar doentes no futuro. A ativação das conexões estabelecidas com os núcleos, via estimulação cerebral profunda, poderá vir a tornar possível a aprendizagem de novas habilidades motoras”.

Megan Carey conclui, "O que torna este estudo único é a convergência de resultados de técnicas anatómicas, fisiológicas e optogenéticas. É notável como múltiplas linhas paralelas de evidências, provenientes de diferentes equipas, convergiram para revelar uma imagem completa daquilo que está a acontecer."

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo “Sal: Hábitos e preocupações alimentares dos portugueses”
65,8% dos portugueses com idade compreendida entre os 18 e os 29 anos não estão preocupados com a quantidade de sal ingerido...
O mesmo estudo mostra que, embora cientes de que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda para um adulto o consumo máximo de 5g de sal por dia, 21,9% dos inquiridos admite consumir sal um pouco acima do que é recomendável. 3,5% assume mesmo que esse consumo é “em excesso”. No entanto, as mulheres (69,3%) são as que revelam mais preocupação em evitar /reduzir o consumo de sal. Por faixa etária a preocupação aumenta progressivamente com a idade tanto nas mulheres como nos homens, sendo que é a partir dos 70 anos (84,2%) que existe um maior cuidado na redução do consumo de sal.
 
Com 25,3% dos entrevistados a reconhecer que o seu médico já lhe recomendou uma alimentação mais saudável e a redução do consumo de sal, 32,7% refere recorrer habitualmente a alternativas ao sal. A salicórnia, planta que nasce nas rias e assume naturalmente o sabor salgado graças à absorção direta do sal do mar/solo onde se desenvolve, é referida de forma espontânea por 3,7% dos inquiridos.
 
Quando questionados se já conhece ou ouviu falar desta halófita que contem menos 75% de sódio, 26,3% dos portugueses responde de forma positiva. Destes 26,6% revela mesmo conhecer que a planta substitui o sal e é uma planta de água salgada (9,1%). 11,8% reconhece o seu sabor salgado.
 
Os bens alimentares essenciais têm visto os seus preços a subir. No entanto, 55% dos entrevistados estaria disposto a pagar mais por uma alternativa saudável ao sal.
 
Salicórnia: uma alternativa ao sal tradicional
 
Recomendada pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão, a salicórnia é uma planta halófita que nasce nas rias, assumindo naturalmente o sabor salgado graças à absorção direta do sal do mar/solo onde se desenvolve.
 
Produto inovador, a salicórnia desidratada, para além de ter um teor de sódio 75% mais baixo do que o sal marinho, é rica em vitaminas A, C, D e sais minerais, e tem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, diuréticas e antidiabéticas. Características que fazem da salicórnia qampo um excelente condimento alternativo para diminuir ou até mesmo eliminar a ingestão de sal, mas sem que com isso se retire o sabor às refeições.
 

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