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Osteoartrose

Atualizado: 
31/03/2017 - 12:38
A osteoartrose é uma das doenças crónicas mais frequentes na atualidade e com o aumento da esperança de vida, quer a sua prevalência quer a sua incidência tendem a aumentar. Sabe-se que antes dos 40 anos de idade a sua incidência é baixa e frequentemente secundária a traumatismos; a prevalência aumenta entre os 40 e os 60 anos de idade e estima-se que acima desta idade 9,6% dos homens e 18% das mulheres sofram de osteoartrose sintomática.

De facto, a idade é o fator mais associado ao desenvolvimento de osteoartrose, pois as vulnerabilidades da articulação que vão surgindo com a idade tornam-na mais suscetível à doença. Outros fatores de risco são o sexo (maior risco para as mulheres), o excesso de peso e obesidade, o uso excessivo ou sobrecarga da articulação, em que podemos incluir trabalhos manuais/físicos com movimentos repetitivos ou atividade física demasiado intensa. Factores nutricionais podem também ter um papel importante na osteoartrose, considerando-se que os antioxidantes podem conferir proteção contra a progressão da doença.

O processo degenerativo (estrutural, mecânico e biológico) resulta da diminuição da capacidade de reparação da cartilagem, de alterações hormonais e exposição a fatores ambientais e afeta não só a cartilagem articular, mas toda a articulação, incluindo o osso, os ligamentos e os músculos próximos da articulação, com desenvolvimento de fraqueza e atrofia muscular.

Clinicamente esta doença caracteriza-se principalmente por dor articular, rigidez e limitação funcional. A dor está frequentemente relacionada com a atividade, embora com a progressão da doença se possa tornar constante nas fases mais avançadas. A rigidez articular, em particular de manhã, também é frequente. A incapacidade funcional traduz-se em limitações físicas, dificuldades com os cuidados pessoais, capacidade laboral bem como outras atividades do dia-a-dia.

Assim, esta patologia progressiva, irreversível, muito associada a dor e a perda funcional, leva também a perda de qualidade de vida, com importante impacto em termos sociais e de consumo de recursos de saúde.

Os objetivos principais do tratamento são, portanto, o controlo da dor com um mínimo de efeitos adversos, a manutenção ou melhoria da mobilidade e função da articulação, bem como a melhoria da qualidade de vida.

O tratamento deve ajustar-se a cada doente individualmente e, uma vez que não há apenas uma única terapêutica adequada, as várias recomendações internacionais apontam para a utilização combinada de terapêuticas não farmacológicas e farmacológicas. Um fator a ter em conta quando da escolha do tratamento é a existência simultânea de outas doenças que não só podem aumentar o impacto da osteoartrose como condicionar a escolha terapêutica.

Por último, a cirurgia pode ser necessária em doentes com um longo curso de doença e/ou dor ou disfunção que não responderam a terapêuticas não-cirúrgicas.

Bibliografia
Adaptado de Pereira D, Ramos E, Branco J. Osteoarthritis. Acta Med Port 2015;28(1):99-106.

Fonte: 
Meda - MEDA Pharma - Produtos Farmacêuticos
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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