OMS
O risco de importação do vírus Zika na Europa aumentou mas a possibilidade de se propagar pelo continente durante o inverno...

“Apesar de os mosquitos 'Aedes' estarem presentes em vários países europeus, sobretudo na área mediterrânica, as atuais condições climáticas não são apropriadas para a sua atividade”, assinalou em comunicado o gabinete regional europeu deste organismo, com sede em Copenhaga.

A chegada da primavera e do outono significará no entanto um aumento do risco, porque os mosquitos vão encontrar melhores zonas de reprodução em climas mais cálidos, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A OMS ressalvou ainda que a contínua propagação do vírus no continente americano faz aumentar o risco da chegada à Europa de viajantes infetados, como ficou comprovado pelos diversos países, incluindo Portugal, que comunicaram casos nas últimas semanas.

“Os países europeus deveriam estar preparados para detetar e tratar a infeção do vírus Zika em viajantes que cheguem de países infetados”, assinalou o organismo mundial.

O Zika afeta 22 países americanos e forçou os governos da região a adotarem medidas extremas, casos do Brasil e República Dominicana, que mobilizaram forças militares para conter o mosquito transmissor deste vírus, da febre Dengue e do Chikungunya.

A infeção com o vírus Zika pode causar febre, apesar de não muito alta, olhos vermelhos sem secreção nem prurido, erupção cutânea com pontos brancos e vermelhos e, em menor frequência, dor muscular e articular.

DGS
A Direção-Geral da Saúde esclareceu que os casos de sarna nas escolas não justificam o encerramento dos estabelecimentos de...

Quanto às razões para estar a aumentar o número de casos de escabiose (sarna) em escolas da região de Lisboa, a sub-diretora geral da Saúde, Graça Freitas, disse desconhecer se efetivamente se está a verificar um aumento ou se é um caso de “epidemia mediática”, porque se começou a falar e a noticiar o assunto.

A verdade, disse, é que “há frequentemente” casos de sarna - uma doença de pele contagiosa causada por um ácaro e que dá comichão intensa – mas que não são noticiados.

Contudo, a responsável salvaguardou que, mesmo que se esteja a verificar um aumento de casos relativamente aos anos anteriores, não é a um nível que implique uma “epidemia nacional”.

“É controlável com tratamento e passa rapidamente. Não configura um risco nacional para a saúde pública. Se aumentar, poderemos considerar uma intervenção [ao nível da DGS], mas para já não”, afirmou.

Por enquanto, a sarna nas escolas é gerida a nível dos centros de saúde. A intervenção está a cargo dos ACES (agrupamentos de centros de saúde) e das ARS (administrações regionais de saúde).

Nas escolas em que há crianças com sarna, a solução passa por trata-las a todas, já que é uma doença “simples e de tratamento rápido”.

“Tem é que ser feito o tratamento a sério”, sublinhou, acrescentando que as orientações de saúde que existem para as escolas não contemplam a sarna como uma das doenças em que é necessário colocar a criança de quarentena.

Graça Freitas disse que cabe ao médico, se assim o entender, recomendar que a criança doente fique em casa durante 24 horas, após iniciar o tratamento, mas as escolas não podem vedar o seu acesso.

O próprio decreto regulamentar sobre as “doenças transmissíveis que originam evicção escolar” determina que “a sarna não consta da lista das doenças que afastam temporariamente da frequência escolar e demais atividades de ensino os discentes, pessoal docente e não docente”.

No total já foram diagnosticados mais de 30 casos de sarna confirmados.

Só em Cascais há registo de 23 e em Alenquer registaram-se desde outubro seis. A estes juntam-se mais três em Loures, um na Póvoa de Santo Adrião e três em Leiria, noticiados pelo Correio da Manhã.

Industria farmacêutica
Novo Nordisk recebe primeira posição no grupo da indústria farmacêutica no Global 100 Most Sustainable Corporations in the Worl...

No total, a empresa foi classificada em 19º lugar, o que representa um aumento de 6 posições em relação a 2015. O Index destaca as companhias que são mais proactivas na gestão da sua performance ambiental e social, bem como nos modelos de gestão aplicados.

A classificação da Novo Nordisk reflete a forte performance da empresa em manter um equilíbrio entre o rácio de remuneração do CEO e dos colaboradores, aumentar a produtividade diminuindo as emissões dos níveis de carbono, enquanto fez crescer a receita e os mecanismos para relacionar as compensações da execução de gestão com o desempenho de sustentabilidade da empresa.

“O nosso foco está na satisfação de necessidades das pessoas que vivem com doenças crónicas. Para conseguirmos cumprir este trabalho, temos que considerar o modo como as nossas decisões podem beneficiar a sua saúde e bem-estar, bem como o nosso impacto nas pessoas, comunidades e ambiente” diz Susannne Stormer, Vice presidente de Sustentabilidade Corporativa da Novo Nordisk. “ Sustentabilidade para a Novo Nordisk significa manter-se no negócio nas próximas gerações e  com a nossa estratégia Triple Bottom Line ter um negócio de sucesso, e de maior valor para os nossos clientes”, refere Susannne Stormer.

Os nomeados para o Global Index 100 são uma lista de empresas com as melhores performances em sustentabilidade nos seus respetivos sectores industriais, selecionados de um universo de 4.609 empresas listadas com uma capitalização de mercado superior aos 2 mil milhões de dólares.

OF assina protocolos de colaboração com instituições de solidariedade social
A Ordem dos Farmacêuticos assinou na passada quinta-feira, na sua sede, em Lisboa, quatro protocolos de colaboração com...

Ao longo do ano de 2015, foram desenvolvidos vários contactos tendo em vista a operacionalização desta iniciativa da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas (SRSRA), que conta também com a colaboração da Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF). As entidades com as quais foi agora estabelecida esta parceria vão apresentar à OF as suas necessidades em termos de perfil e requisitos de participação dos voluntários, assim como as características das vagas constantes nos programas de voluntariado que desenvolvem. A Ordem dos Farmacêuticos (OF), por sua vez, divulga as vagas e respetivas necessidades junto dos farmacêuticos inscritos na sua Bolsa de Voluntariado.

Ema Paulino, Presidente da Direção da SRSRA, salienta que o objetivo deste projeto é fomentar a intervenção social e o voluntariado dos membros da OF. “Sabemos da importância e responsabilidade social dos farmacêuticos, que são, frequentemente, os profissionais de saúde com contacto mais regular com as problemáticas de cariz social e económico da população. Neste sentido, idealizámos este projeto para ajudar os farmacêuticos a desenvolver o seu potencial enquanto voluntários e a promover a sua participação em ações de voluntariado”.

Pet Festival
No maior evento dedicado aos amantes de animais – o Pet Festival – que decorre entre 29 e 31 de Janeiro na Feira Internacional...

Sabia que os gatos Siameses comem muito depressa o que causa uma grande ingestão de ar durante a refeição; que o gato não tem qualquer preferência pelo sabor doce, uma vez que não tem capacidade para o sentir; ou que em comparação com o Homem, o gato e o cão têm um número muito limitado de papilas gustativas? São vários os mitos sobre a alimentação dos animais que podem ser desvendados ao longo dos três dias da maior feira dedicada aos animais.

“A alimentação não é apenas fornecer os nutrientes indispensáveis às necessidades do gato e do cão, mas também contribuir para o seu bem-estar e longevidade. Na verdade, a Nutrição é mesmo considerada o primeiro passo para a Saúde”, explica Rita Silva, Médica Veterinária, sobre a importância de educar os donos dos animais para a alimentação dos seus animais de estimação.

“É, pois, essencial que os alimentos sejam adaptados às verdadeiras necessidades nutricionais do gato e do cão, atendendo às suas particularidades - tamanho, raça, idade e sensibilidades. Ao longo dos três dias, pretendemos proporcionar aos donos a possibilidade de terem mais informação sobre os alimentos e aconselhamento nutricional para os seus animais, bem como sensibilizar para problemáticas emergentes como a obesidade em cães e gatos”, Rita Silva.

São ainda várias as atividades que todos os amantes de animais poderão assistir no Pet Festival. Entre as 11h30 e as 22h de dia 30 e as 10h30 e as 19h de dia 31 decorrem duas Exposições Internacionais Felinas de Lisboa, iniciativa desenvolvida pelo Clube Português de Felinicultura, e que contará com mais de 180 gatos de 20 raças diferentes.

Para os adeptos da ação decorrem, ainda, o 11º e 12º Troféu Agility Future Dogs/Royal Canin, duas provas oficiais do campeonato nacional e o 2º Troféu Agility Collie Clube de Portugal, onde a obediência, a agilidade e a velocidade dos animais serão postas à prova.

O Pet Festival é a maior festa da mascote realizada em Portugal, dedicado à apresentação e dinamização de várias espécies e raças de animais de companhia. É igualmente o local onde clubes, fãs e amigos competem entre si e trocam experiências. “pet´s & family” é o tema da próxima edição e aborda o relacionamento existente no meio familiar entre pessoas e animais de estimação. Nos três dias são esperados 35 mil visitantes e 5 mil animais. Os bilhetes variam entre os 5€ e os 7€ diários.

Doentes seguidos no Curry Cabral
A taxa de cura dos 365 doentes com hepatite C seguidos no Hospital Curry Cabral, que receberam medicamentos inovadores, situa...

Fernando Maltez falava durante a sessão solene das Jornadas de Atualização em Doenças Infeciosas do Hospital Curry Cabral, que decorrem em Lisboa, onde expressou o seu otimismo em relação à cura da hepatite C.

“Depois de nos últimos anos termos assistido no nosso serviço a um elevado número de doentes que passavam pela experiência dolorosa de fármacos ineficazes e mal tolerados e, em numerosas vezes, à progressão da doença, o desenvolvimento de antivíricos de ação direta eficazes, com elevadas taxas de cura, significou de imediato uma grande melhoria dos cuidados prestados”, disse.

Esse avanço “gerou em nós e nos doentes uma grande expetativa quanto à possibilidade de estarmos de facto a erradicar uma doença de consequências tão graves” como a hepatite C, acrescentou Fernando Maltez.

Segundo este especialista em doenças infeciosas, desde o acordo entre o Ministério da Saúde e a indústria farmacêutica, com vista à administração dos fármacos inovadores para tratar a hepatite C, foi iniciado tratamento a 365 doentes.

“Ainda é cedo para resultados definitivos, mas os dados de monitorização já disponíveis apontam para taxas de cura acima dos 96%”, disse.

Para Fernando Maltez, “a confirmar-se, a redução da despesa será verdadeira, a terapêutica irá poupar os custos da doença avançada, os transplantes, o consumo de recursos de saúde e irá gerar anos de vida ganhos”.

“Os custos diretos são elevados, mas a redução dos custos indiretos será altamente recompensadora”, acrescentou.

Segundo a monitorização dos tratamentos de hepatite C, disponível no site do Infarmed, foram até ao momento iniciados 5.664 tratamentos com fármacos inovadores. Dos finalizados, 980 estão curados e 43 não.

Em Coimbra
O Fórum Internacional da Felicidade vai receber em Coimbra oradores de diferentes áreas, como médicos, psicólogos, docentes, um...

O Fórum Internacional da Felicidade, que conta este ano com a sua segunda edição, vai receber mais de uma dezena de oradores que vão abordar a felicidade a partir de quatro temas: "Eu e a minha pessoa", "Eu nas relações", "Eu nas organizações" e "Eu e o meio envolvente".

Durante os dois dias, vão passar pelo auditório do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC), entre outros, o especialista em medicina tradicional chinesa Pedro Choy, o conselheiro "de aprendizagens astrológicas e metafísicas" Nuno Michaels, o frade Frei Bento Domingues, a docente de psicologia Maria do Rosário Pinheiro e a membro da Escola do Riso Joanne Helms.

O evento pretende perceber como "é que o bem-estar pode ser aumentado" nas vidas de cada um, afirmou a membro da organização Eduarda Oliveira, que falava durante a conferência de imprensa de apresentação do fórum, que decorreu hoje em Coimbra.

No fórum, haverá espaço para abordar as redes sociais, os migrantes, a autoestima durante a doença oncológico ou os signos.

Para Pedro Paiva, da organização, o evento permite "aprender várias ferramentas e perspetivas sobre a felicidade", podendo depois aproveitá-las para atingir o bem-estar.

A docente da Faculdade de Medicina de Coimbra e membro da comissão científica Manuela Grazina frisou que a procura de bem-estar é algo "intrínseco" aos seres humanos, considerando que é possível "treinar o cérebro para o bem-estar".

À imagem do ano passado, o fórum vai também dinamizar uma série de eventos antes de 16 e 17 de abril, entre fevereiro e março, em torno de temas como a arte, a gastronomia e a natureza, sempre relacionados com a felicidade.

A participação no programa completo do Fórum Internacional da Felicidade, que inclui ainda ‘workshops', a 16 e 17 de abril, custa 75 euros.

O fórum internacional contou com cerca de 100 pessoas na sua primeira edição, em 2015.

A organização do evento está a cargo da Academia de Voo e das Clínicas Leite.

Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária anunciou a detenção de um funcionário de um laboratório farmacêutico por burla ao Estado e falsificação de...

Em comunicado, Polícia Judiciária  (PJ) adianta que deteve um chefe de vendas de um laboratório farmacêutico por falsificação de documento agravada e burla qualificada, no âmbito de uma investigação relacionada com fraudes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A PJ apreendeu também diversa documentação e material relacionado com a atividade criminosa em investigação.

Aquela polícia indica igualmente que o Serviço Nacional de Saúde foi lesado num valor superior aos 110 mil euros, com esta prática.

O detido, de 36 anos, vai ser sujeito a primeiro interrogatório judicial.

A PJ refere ainda que a investigação contou com a colaboração do Ministério da Saúde.

Em Portugal
Portugal registou 15 casos suspeitos de vírus do Ébola e mais de 200 contactos efetuados para a Linha de Saúde 24 por este...

Fernando Martez, que falava durante a sessão solene das Jornadas de Atualização em Doenças Infeciosas do Hospital Curry Cabral, que decorrem em Lisboa, adiantou que todos os 15 casos suspeitos revelaram-se negativos para a doença, afirmando que o surto de Ébola na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa foi uma lição para as unidades de saúde e a necessidade destas estarem preparadas.

“A epidemia por vírus Ébola foi uma emergência de saúde pública, mas também uma emergência económica e humanitária que nos ofereceu lições essenciais: a necessidade de cada país ter meios eficazes de prevenção e controlo nos hospitais e outras instituições e de ter o seu sistema de saúde forte e funcional para identificar a ameaça quando esta surge, pará-la e preveni-la, a necessidade de investir na capacidade laboratorial, em transporte, equipamentos e informática e simultaneamente na agilização da aprovação de fármacos”, disse.

Para Fernando Maltez, responsável pelo serviço de doenças infeciosas do Hospital Curry Cabral - um dos três hospitais de referência (o Hospital de São João, no Porto e o Dona Estefânia, em Lisboa) para o vírus do Ébola - “a única notícia boa desta epidemia trágica na Guiné, Serra Leoa e Libéria é que ela é um alerta geral para que nos preparemos para futuras epidemias que se possam propagar mais eficazmente e assim possamos evitar um desastre global”.

Presente na sessão solene destas jornadas, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, enalteceu a resposta das autoridades de saúde portuguesas à ameaça do Ébola.

“Temos em Portugal um dispositivo de saúde pública que funciona muito bem, articulado em termos europeus”, disse o ministro aos jornalistas, quando questionado sobre o vírus Zika.

Sobre esta ameaça, Adalberto Campos Fernandes fez questão de transmitir aos portugueses “uma palavra de tranquilidade”.

“A preocupação neste momento, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem afirmado, é muito no continente sul-americano, mas quer a OMS, quer as autoridades nacionais estão a agir com a prudência, bom senso e com a ponderação que se exige”.

A OMS advertiu quinta-feira que a epidemia do vírus Zika poderá afetar entre três a quatro milhões de pessoas no continente americano.

O vírus Zika afeta mais de vinte países na América Latina, sendo a situação mais grave a do Brasil, onde o Ministério da Saúde estima a ocorrência de entre 497.593 e 1.482.701 casos em 2015, incluindo 3.893 casos de microcefalia.

O vírus Zika é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos infetados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos. Não se transmite de pessoa para pessoa.

Em Portugal, onde foram notificados seis casos, todos eles importados, a Direção-Geral da Saúde (DGS) indicou que “os sintomas e sinais clínicos da doença são, em regra, ligeiros: febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares”.

ERS
Cerca de 125 mil portugueses têm acesso a apenas um único Serviço de Urgência Básico para dar resposta a situações de...

O parecer da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) teve como objetivo a identificação das alterações à rede de urgência/emergência promovidas pelo Despacho nº 13427/2015, de 16 de novembro, face à situação verificada à data da sua publicação.

As avaliações realizadas restringiram-se unicamente à identificação da distribuição geográfica dos pontos da rede e da cobertura populacional (antes e depois do despacho), e à aferição do cumprimento dos critérios de cobertura populacional e de disposição dos serviços de urgência definidos por lei.

Numa análise baseada em tempos médios de viagem em estrada, o parecer afirma que toda a população de Portugal continental tem acesso em menos de 60 minutos a um serviço de urgência.

Fazendo a avaliação das coberturas populacionais, a ERS afirma que foi possível identificar 28 áreas de códigos postais onde a população residente apenas tem acesso a Serviço de Urgência Básico (SUB) num tempo máximo de 60 minutos.

Segundo o parecer, há quase 220 mil habitantes nesta situação (cerca de 2,2% da população total de Portugal continental). Destes, 95 mil têm à disposição dois ou três SUB até 60 minutos.

Os restantes 125 mil habitantes, de 16 áreas de códigos postais, têm acesso a um único SUB dentro deste limite de tempo de viagem.

São oito os centros de saúde que garantem a cobertura populacional nessas 16 áreas: Arganil, Mogadouro, Monção, Montalegre, Montemor-o-Novo, Moura, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real de Santo António.

Segundo um despacho de 2008, a rede de urgência deveria ter 89 pontos, mas em novembro de 2015, quando foi publicado o novo despacho, apenas 82 pontos se encontravam em funcionamento.

Esta situação deve-se “ao facto de alguns serviços de urgência nunca terem sido implementados e outros terem sido encerrados ou excluídos da rede (apesar da inauguração de dois novos serviços desde então que não se encontram identificados no despacho de 2008)”, refere o documento.

Com base no despacho de 2015, a rede deve passar a ter entre 78 e 81 pontos, dependendo a definição exata do número de pontos de orientações das Administrações Regionais de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro, concretamente quanto aos SUB do Hospital do Montijo e de Algueirão-Mem Martins e da transferência do Hospital Conde de São Bento para a Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso.

O parecer sublinha que algumas mudanças à rede de emergência promovidas pelo despacho de 2015 “ocorreram em dissonância” com a proposta da Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência, destacando-se as indicações de exclusão da rede dos SUB dos centros de saúde da Sertã e de Coruche, que, de acordo com a indicação da comissão, deveriam ser mantidos na lista da rede”.

Investigador alerta
A epidemia de Zika que afeta sobretudo a América do Sul é de difícil prevenção, pois o vírus associado ainda é alvo de...

Vítor Laerte Pinto, investigador brasileiro ligado à Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, e que está atualmente a trabalhar como cientista no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) de Lisboa, admitiu que a "imprevisibilidade" associada ao vírus "assusta" e que uma vacina está "ainda longe" de aparecer no mercado.

"Estão reunidas todas as condições para que a epidemia passe a pandemia", alertou o especialista brasileiro, 39 anos, formado em Medicina Tropical e Infecciologia na Faculdade de Medicina de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro.

Até hoje, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) adiantam que o Zika já chegou a 23 países, maioritariamente no continente americano, e, apesar de não haver números oficiais - as estimativas são subavaliadas -, sabe-se que o Brasil e a Colômbia são os dois Estados mais afetados pela doença.

O Ministério da Saúde brasileiro estima que o número de casos registados em 2015 entre os 500 mil e 1,5 milhões, incluindo pelo menos de 3.893 casos de microcefalia confirmados.

O vírus Zika é transmitido aos seres humanos por picada de mosquitos infetados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos, não se transmitindo, "ao que se pensa, para já", de pessoa para pessoa, indicou Laerte Pinto, lamentando a ausência de estudos aprofundados sobre a doença e como combatê-la.

"Sabemos muito pouco sobre a doença. Sabemos que o Zika e a microcefalia estão associados, mas ainda está por confirmar se a relação é mesmo direta. Mais do que isso, desconhecemos também se o vírus se dissemina também de outras formas", frisou, salientando os resultados "ainda incipientes" a esse respeito.

Para Laerte Pinto, sabe-se já que, pela rapidez de disseminação, o mosquito adapta-se "facilmente" aos diferentes climas, facto que, num mundo global, em que as viagens de avião são muitas, poderá levar o vírus a outros pontos do globo, agravando a situação pandémica, sendo o continente africano o mais preocupante.

"Será muito preocupante", sublinhou o especialista brasileiro, lembrando o facto de, além de a doença estar ainda pouco estudada, torna-se difícil também a prevenção, por não haver ainda garantias de que possa ser erradicada através com inseticidas, dando como exemplo o caso do Brasil.

"O Brasil tem mais de 30 anos de experiência de eliminação do vetor, através de inseticidas e outros químicos, seguindo as normas definidas pela OMS e não conseguiu sucesso", alertou, realçando que as autoridades sanitárias locais tratavam anualmente cerca de 200 casos de microcefalia e que, só em 2015, esse total chegou quase a 4.000.

Laerte Pinto disse estar curioso sobre o que irá suceder na reunião de urgência da OMS, marcada para a próxima segunda-feira, em Genebra, admitindo que possa ser decretada a emergência sanitária internacional, "o que vai mexer na mobilidade das pessoas" em todo o mundo.

Portugal registou cinco casos de vírus Zika, transmitido por picada de mosquitos infetados e associado a complicações neurológicas e malformações em fetos, todos eles importados do Brasil, segundo o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

A Direção-Geral da Saúde (DGS) indicou que os sintomas e sinais clínicos da doença são, em regra, "ligeiros": febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.

Grande Lisboa
Os quatro grandes centros hospitalares da Área Metropolitana de Lisboa vão passar a assegurar ao fim de semana as urgências de...

Durante a semana as equipas serão fixas em cada centro hospitalar e ao fim de semana as equipas funcionarão rotativamente entre os Centros Hospitalares de Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Garcia de Orta.

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, e o coordenador nacional para a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área dos Cuidados de Saúde Hospitalares, António Ferreira, que explicaram que o pagamento previsto não implica mais encargos para a tutela.

Os profissionais terão um pagamento base de prevenção. Se forem chamados deixam de receber o valor de prevenção e pagam a ser pagos por ato, para toda a equipa.

Fernando Araújo explicou que esta solução foi encontrada pelos próprios profissionais e teve a supervisão do Ministério da saúde.

Para o aneurisma da circulação cerebral, o modelo adotado será de colaboração entre as quatro instituições hospitalares para garantir assistência permanente, 24 horas sobre 24 horas: cobertura ininterrupta nos dias de semana, incluindo feriados, e escala rotativa ao fim de semana, com início, a 01 de fevereiro, no CHLO e seguida, em permanente rotação, pelo HGO, CHLN, CHLC.

No que respeita aos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) isquémico, cuja terapêutica não exija trombectomia, os quatro centros hospitalares garantem assistência aos doentes através da Via Verde do AVC.

Caso seja necessária esta intervenção clínica (que, aplicada em tempo adequado, permite que não fiquem sequelas do AVC), as quatro instituições hospitalares asseguram a intervenção do foro da neurorradiologia de intervenção em colaboração com a neurologia/medicina interna e neurocirurgia através de escalas rotativas.

Nos dias de semana, essas escalas são garantidas pelo CHLN, às terças e quartas-feiras, pelo CHLC, às segundas e quintas-feiras, e pelo HGO, às sextas-feiras.

Aos fins-de-semana, será o mesmo modelo de rotatividade das equipas que está definido para os aneurismas.

Segundo o coordenador nacional para a reforma do SNS, são “centros fixos que respondem à procura, mas podem ser também equipas mistas que vão ao sítio onde está o doente, dependendo das características da especialidade envolvida e dos equipamentos necessários”.

Fernando Araújo sublinhou que este modelo centralizado é “muito robusto”, mas que é fundamental que todos saibam onde estão a funcionar as equipas em cada dia.

“Começando pelo INEM e acabando nos centros de saúde, todos têm de saber onde está a funcionar a resposta. É fundamental”, afirmou.

O governante mostrou “confiança em que a resposta nesta área fica assegurada”, de tal forma que se irá “de imediato iniciar a discussão de um programa para outras áreas críticas”.

António Ferreira explicou que foram os próprios diretores clínicos dos quatro centros hospitalares a identificar as necessidades mais prementes e as três áreas em que vale a pena intervir, ou porque têm muita procura ou porque os recursos são escassos: gastroenterologia, radiologia de intervenção e cirurgia plástica e maxilo-facial na península de Setúbal.

Quanto às soluções para estas áreas, o Ministério da Saúde vai “deixar os profissionais encontrar as melhores formas, que nuns sítios será com equipas de prevenção, noutros em rotação e noutros equipas fixas”, depende das necessidades de recursos humanos.

Esta é, de resto, a forma de trabalhar que os responsáveis consideram ser a melhor e a mais eficaz: pôr os próprios profissionais, que estão no terreno e conhecem as necessidades, a encontrar as melhores práticas, cabendo à tutela o papel de “ajudar”.

Em Portugal
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética e professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Rui Nunes,...

“Já se fazem cuidados paliativos pediátricos aqui e ali, mas não há ainda uma visão sistémica e integrada de modo a que qualquer criança em qualquer ponto do nosso território nacional tenha, em tempo útil, acesso a cuidados paliativos”, afirmou, salientando que “cerca de 60% das pessoas que morrem em Portugal carecem de algum tipo de cuidados paliativos e as crianças não são exceção, bem pelo contrário”.

Rui Nunes falava a propósito do Congresso Nacional de Bioética, que se vai realizar a 12 e 13 de fevereiro, no Porto, que terá como tema central os “Cuidados Paliativos na Criança”.

“No caso da pediatria, os cuidados paliativos têm especificidades, vamos defender que tem que haver também profissionais nos centros de saúde preparados para o efeito, mas vamos ter que ter algum modelo de organização de cuidados paliativos pediátricos”, disse.

O responsável pela organização do encontro sustentou que serão apresentadas “dois tipos de propostas, em termos de educação e formação de profissionais e em termos de organização do sistema de saúde”.

Este será o tema dominante do encontro, que vai contar com a participação de médicos, psicólogos, enfermeiros e paliativistas.

Para Rui Nunes, “é imperioso que a nível da formação profissional, o ensino dos cuidados paliativos seja generalizado na medicina, na enfermagem e em todas as outras áreas da saúde”.

Defende também a necessidade de que ao nível das políticas de saúde seja “generalizado o acesso a cuidados paliativos em todos os hospitais públicos e também nos centros de saúde, através de equipas domiciliárias, de proximidade, com elevados índices de humanização e de profissionalismo”.

O objetivo, segundo Rui Nunes, é que o tema passe a ser central na agenda das políticas de saúde e que os próprios doentes e seus familiares passem a ter mais informação sobre os direitos que lhes assistem, sabendo-se que “quando se deparam com uma situação de doença que necessita de cuidados paliativos a sua condição é de especial vulnerabilidade a todos os níveis e a sua capacidade reivindicativa está muito fragilizada”.

Ao longo dos dois dias de trabalhos serão abordados outros temas na área da bioética, na medicina e sociedade em geral, muito ligados à doença terminal.

As diretivas antecipadas de vontade – testamento vital e procurador de cuidados de saúde -, a recente legislação belga sobre eutanásia nas crianças, a problemática dos quadros exponenciais de demência, o estado vegetativo permanente ou a suspensão de meios desproporcionados de tratamento são outros temas que estarão em debate por um conjunto de quadros especializados nestas áreas.

Antropólogo diz
O antropólogo Aurélio Lopes, que lança sábado em Santarém o livro "Ritual, Natura e Magia - Sentidos e saberes nas...

“Seria importante fazer um levantamento nacional” do conhecimento acumulado em milénios de relação do homem com a natureza, “fazer o que os chineses fizeram, de conhecer, cruzar conhecimentos, e utilizar e difundir a medicina tradicional”, disse.

“Portugal teria a ganhar” se fizesse um “registo para memória futura” de práticas ancestrais, que não são prestigiadas – “pelo contrário, são ridicularizadas e remetidas à clandestinidade” – e que, “com o tempo, se vão perdendo”.

O antropólogo espera suscitar o debate na apresentação do livro que vai fazer no Colóquio Internacional Medicinas Tradicionais no Século XXI, promovido pela Universidade Nova, que vai decorrer nos dias 10 e 11 de março no Museu da Farmácia, em Lisboa, com o objetivo de “analisar as relações entre as diversas medicinas tradicionais e a saúde”.

O livro, que será apresentado no sábado na Sala de Leitura Bernardo Santareno pelo padre António Fontes (investigador das tradições populares do Barroso), “debruça-se sobre os significados dos rituais curativos existentes no nosso país, suas distribuições geográficas, modelos paradigmáticos e processos evolutivos”, disse.

Editada pela “Apenas Livros”, a obra resulta de um estudo feito a partir do “espólio médico-curativo de Michel Giacometti, que agrega mais de cinco milhares de registos de todo o país”, editado pelo Instituto de Estudos de Literatura Tradicional e Património Imaterial (IELT), da Universidade Nova, que patrocina o livro, sendo a apresentação do autor feita pela responsável do instituto, Ana Paula Guimarães.

À análise dos registos, Aurélio Lopes juntou dados de outras proveniências e trabalho de campo que realizou no Ribatejo.

O estudo, disse, “versa as lógicas subjacentes das práticas de medicina popular, as suas razões de ser, configurações e explicações”, numa “conceção do mundo holística, empírica e analógica”.

Aurélio Lopes procurou descortinar as “maneiras de pensar”, a linguagem, os rituais, o porquê do uso de determinadas plantas, do que está para além da eficácia da cura, ou seja, “as analogias, as configurações, o entendimento do mundo, a noção cíclica do mundo”.

Uma das questões que se colocou foi saber por que razão as pessoas continuam hoje a procurar o “curandeiro”, visto como “um membro da comunidade” a que se vai “porque alguém recomenda e lhe reconhece competências também transcendentais”.

Ao contrário da medicina convencional, a medicina tradicional usa a “sugestão”, pelo que o “curandeiro” tem que “se interessar pelo doente, criar empatia”, disse.

Exige uma “perspicácia empírica”, sublinhou, referindo que, se a doença não passa, “nunca a culpa é do curandeiro. Ou é vontade de Deus ou a culpa é do paciente, que certamente não fez as coisas como devia”.

A confiança no médico é condicionada pela relação que este estabelece com o doente. Se este “não gostar do médico, não só não acredita nele como não acredita nos medicamentos que ele receita”, afirmou.

“O famoso placebo é o que o curandeiro faz há milénios”, disse, realçando que a medicina popular beneficia também de “experiências milenares que se sabe que resultam”.

Aurélio Lopes referiu o facto de outras culturas terem mantido “aspetos essenciais da existência do ritual”, ao contrário da cultura ocidental, marcadamente técnica e científica, quase reduzida à prescrição e “sem muita paciência para aturar” o doente.

O seu trabalho procurou olhar a “lógica funcional da medicina tradicional”, as semelhanças práticas com a medicina científica e até que ponto é importante a relação empática com o doente, já presente na moderna medicina humanista.

Prevenir doenças cardiovasculares
Estudo da Universidade de Harvard, agora publicado, mostra a importância da redução do consumo de go

Os investigadores do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard levaram a cabo um estudo, que incidiu sobre mais de 130 mil indivíduos, ao longo de 30 anos, que vem comprovar a importância da substituição das gorduras saturadas por gorduras insaturadas - sobretudo polinsaturadas.

Durante o período de investigação – entre 24 e 30 anos – foi possível registar mais de sete mil casos de doenças cardiovasculares.

Com esta pesquisa, foi possível associar o consumo de gorduras saturadas a um risco mais elevado de desenvolvimento destas doenças.

“Os alimentos ricos em gordura saturada são as carnes vermelhas, carnes gordas, enchidos, lacticínios gordos – leite, iogurtes gordos, queijo, natas e manteiga”, começa por dizer a nutricionista Helena Cid, que aconselha que o seu consumo seja reduzido ou até mesmo eliminado.

“As gorduras dividem-se em três tipos – as saturadas, as monoinsaturadas e as polinsaturadas. A grande diferença entre elas é do ponto de vista químico e do seu comportamento no nosso organismo”, explica.

“O consumo excessivo de gordura saturada está associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, aumento do colesterol sanguíneo total e do colesterol LDL – considerado mau colesterol”, refere.

Por outro lado, o estudo da prestigiada Universidade Americana vem comprovar os benefícios do consumo das gorduras polinsaturadas e hidratos de carbono complexos, uma vez que representam um risco baixo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

“As gorduras polinsaturadas também são conhecidas por ómega 3 e 6. Sabe-se que são consideradas essenciais porque o nosso organismo não é capaz de os fabricar, por isso, temos de as consumir diariamente”, adianta Helena Cid.

“Peixe, especialmente peixe gordo, frutos gordos como as nozes, óleos vegetais e cremes vegetais para barrar ou cozinhar” são alimentos ricos neste tipo de gorduras.

Já os hidratos de carbono complexos “são açúcares mais complexos que o nosso organismo tem de digerir e transformar em açúcares mais simples”. Podem ser encontrados no pão, massas, arroz, batatas e leguminosas e, de acordo com a nutricionista, devemos preferi-los aos hidratos de carbono simples.

Este estudo refere ainda que “a substituição de cinco por cento do consumo de gorduras saturadas pela mesma quantidade de gorduras polinsaturadas, monoinsaturadas e hidratos de carbono complexos reduz o risco de doenças cardiovasculares em 25, 15 e 9 por cento, respetivamente”.

Para que possamos proceder a uma substituição equilibrada destas gorduras, Helena Cid dá o exemplo: “logo ao pequeno-almoço devemos preferir a torrada barrada com creme vegetal em vez de manteiga”.

“Devemos comer mais vezes peixe e também peixe gordo. Escolher carnes brancas em vez das vermelhas; preferir cereais menos refinados – como por exemplo, pão mais escuro rico em sementes em vez de pão branco”, conclui Helena Cid. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relações perigosas
A ingestão de alimentos demasiadamente cozinhados ou fritos a altas temperaturas podem aumentar o ri

Já não é novidade que o consumo regular de alimentos fritos, como batatas fritas ou frango, é um fator de risco à saúde cardiovascular e à manutenção de peso. No entanto, nos últimos anos, vários estudos têm demonstrado a relação entre estes alimentos e o cancro, sobretudo o cancro de estômago, esófago e colorretal. Mas não só!

Exemplo disso é uma pesquisa, levada a cabo por especialistas da Fred Hutchinson Cancer Research Center, que mostra que a ingestão destes alimentos aumenta o risco de cancro da próstata.

A conclusão chega depois de terem sido avaliados cerca de mil e quinhentos homens diagnosticados com a doença e o mesmo número de indivíduos saudáveis, que funcionaram como grupo de controlo.

Os resultados da análise mostram que a ingestão de fritos, uma ou mais vezes por semana, aumenta entre 30 a 37 por cento o risco de desenvolver este tipo de cancro.

A explicação está na quantidade de compostos cancerígenos que se desenvolvem a altas temperaturas, durante o processo de fritura.

Na realidade, os óleos vegetais quando expostos a altas temperaturas, por longos períodos, para além de sofrerem de oxidação e verem comprometidas as suas propriedades nutricionais, produzem substâncias perigosas para a saúde. E a sua reutilização multiplica estes efeitos.

Especialistas explicam, por exemplo, que o azeite extra virgem passa por esse processo de transformação, de gordura dita saudável a agente cancerígeno, aos 160 graus.

Também os alimentos fumados são particularmente perigosos para a saúde, uma vez que estes produtos possuem um composto, conhecido por nitrosamina, altamente cancerígeno, e que resulta do processo de defumação.

A ingestão de alimentos com nitrosaminas não só intoxica o nosso organismo como ajuda a aumentar a probabilidade de desenvolver cancro.

Neste caso, há inúmeros estudos que associam este composto ao cancro. Uma destas pesquisas chega mesmo a estabelecer uma relação direta entre a leucemia em crianças e adolescentes com a charcutaria fumada.

Já as carnes grelhadas, quando demasiado queimadas, apresentam os mesmos riscos para a saúde. Isso deve-se aos hidrocarbonetos policíclicos que surgem quando a carne ou as gorduras são queimadas a altas temperaturas, ou quando entram em contato com a chama, no chamado processo de combustão.

Para evitar riscos, aconselha-se que opte por grelhar carnes magras ou retire o excesso de gordura antes de grelhar a carne.

Alguns estudos revelam que marinar a carne em azeite e sumo de limão reduz em 99 por cento a formação destes componentes cancerígenos.

O uso de ervas frescas, como manjericão, hortelã, rosmaninho, tomilho ou coentros em marinada, antes ou durante a grelha, são outra opção saudável para evitar substâncias potencialmente perigosas. 

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Estudo
Fazer ioga pode ser uma boa maneira de se proteger contra doenças cardíacas, especialmente para quem não pode fazer exercícios ...

Segundo uma revisão de 37 estudos envolvendo cerca de 3 mil pessoas, a ioga foi associada a uma redução de fatores de risco cardíaco, como hipertensão e colesterol, escreve o Diário Digital.

Mas a prática não conta para as recomendações de atividade física semanal.

A ioga é uma antiga forma de exercício que aplica força, flexibilidade e respiração com o objetivo de aumentar o bem-estar físico e mental.

Há vários tipos diferentes de ioga - tântrica, Hatha e Ashtanga, por exemplo -, mas a maioria não exige força suficiente para contar para os 150 minutos de intensidade moderada de atividade aeróbica que as autoridades recomendam para proteger coração e pulmões.

A ioga tampouco conta como um exercício de fortalecimento muscular - algo que as mesmas diretrizes recomendam em dois ou mais dias por semana, todas as semanas.

Porém, em comparação com nenhum exercício, a ioga demonstrou benefícios significativos: está relacionada com um risco menor de obesidade, hipertensão e colesterol elevado, segundo o European Journal of Preventive Cardiology.

Comparada com outros tipos de exercícios, como caminhada rápida ou corrida, a ioga teve resultados semelhantes - nem melhores, nem piores - com base nas mesmas medidas de risco cardíaco.

“Estes resultados indicam que a ioga é potencialmente muito útil”, disse Myriam Hunink, da Erasmus University Medical Center, em Roterdão, que investigou o possível efeito da ioga sobre a saúde do coração.

A revisão não explicou o mecanismo pelo qual a ioga pode ser benéfica, mas especialistas dizem que uma explicação pode ser o seu efeito calmante. O stress tem sido associado a doenças cardíacas e hipertensão.

“Os benefícios podem ser decorrentes de trabalhar os músculos e respiração, o que pode trazer mais oxigénio para o corpo, levando a uma menor pressão arterial”, disse Maureen Talbot, enfermeira cardíaca sénior da Fundação Britânica do Coração.

Ela disse que os benefícios da ioga sobre a saúde emocional já são reconhecidos, mas pediu mais estudos para avaliar os efeitos da prática de forma mais ampla.

Estudo indica
Um estudo indica que a depressão pode ser passada de mães para filhas, devido a semelhanças entre as estruturas cerebrais.

Investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, estudaram 35 famílias sem diagnóstico de depressão. Com exames de ressonância magnética, mediram o volume de massa cinzenta no córtex límbico dos pais e dos filhos.

Os resultados mostraram que muito mais semelhança entre mães e filhas do que entre mães e filhos, pais e filho ou pais e filhas, escreve o Diário Digital.

Estudos realizados no passado com animais já indicaram que quando as gestantes estão stressadas durante a gravidez, é mais provável que isso tenha reflexo na estrutura cerebral das filhas do que dos filhos. Especialmente no chamado córtex límbico, conhecido por regular as emoções.

Mas os autores salientam que as mães não podem ser responsabilizadas pela depressão das suas filhas, já que existem vários outros fatores envolvidos no transtorno, como genes não herdados da mãe, ambiente social e experiências ao longo da vida.

Os dados foram publicados no Journal of Neuroscience e divulgados no site Medical News Today.

Em França
O Parlamento de Paris autorizou a sedação de doentes terminais, o primeiro passo em França em direção às reivindicações de...

Senadores e deputados votaram quase por unanimidade um projeto-lei que autoriza o uso da "sedação profunda e contínua" até a morte para os doentes terminais que o solicitem.

Esta votação, segundo o Sapo, sela a aprovação definitiva de um documento parlamentar que reivindicava esse "passo histórico", comentou a ministra da Saúde, Marisol Touraine.

Fruto do trabalho de dois deputados, o texto tinha sido aprovado por uma esmagadora maioria da Assembleia Nacional em março de 2015, antes de ser enviado para o Senado três meses depois.

Depois de vaivéns consecutivos entre as duas câmaras, uma versão consensual foi obtida e assinada a 19 de janeiro.

A nova lei é uma promessa da campanha do presidente socialista François Hollande.

Antes de entrar no Eliseu, em 2012, o chefe de Estado prometeu "assistência médica para morrer com dignidade".

De acordo com um estudo feito no ano passado, a sedação até a morte quando o paciente decide tem o aval de 96% dos franceses.

A eutanásia só é oficialmente legal na Europa em três países (Holanda, Bélgica e Luxemburgo), mas outros autorizam ou toleram formas semelhantes, especialmente a Suíça, que já legalizou o suicídio assistido.

Nos EUA
Os Estados Unidos têm duas potenciais vacinas contra o vírus Zika e admitem começar os ensaios clínicos em humanos no final...

O diretor do Instituto Nacional de Alergologia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, afirmou que uma das vacinas foi baseada nas investigações do vírus do Oeste do Nilo, escreve o Diário de Notícias. O médico admitiu que a vacina nunca chegou a ser desenvolvida por falta de parceiros na indústria farmacêutica mas que agora o caso pode mudar de figura. "Já estamos a falar com algumas empresas que são capazes de colaborar connosco em investigações futuras", afirmou numa conferência de imprensa.

O vírus Zika vai ser considerado uma "emergência internacional" pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e está a propagar-se "de forma explosiva", estando já presente em 23 países. A diretora da OMS, Margaret Chan, declarou que estão previstos 3 a 4 milhões de casos nos continentes americanos nos próximos tempos.

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