Saúde ocular
Cientistas das universidades do Minho e Politécnica da Catalunha e do Centro Médico Teknon de Barcelona desenvolveram uma lente...

As lentes convencionais corrigem apenas a visão central, o que não evita o aumento do tamanho do olho e da miopia, mas esta lente inovadora pode abrandar este crescimento ao atuar também na visão periférica.

"A miopia moderada e alta, que tem maior impacto na saúde visual, inicia em geral entre os 5 e 10 anos de idade, progride fortemente até aos 16 e depois tende a desacelerar. A nova lente de contacto pode permitir uma mudança no final deste processo entre três e cinco dioptrias a menos", explica, em comunicado, José Manuel González-Méijome, diretor do Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) do Centro de Física da UMinho, que coordenou os ensaios em Portugal.

A investigação clínica, que envolveu 100 pacientes durante dois anos, foi distinguida num congresso dos Estados Unidos e saiu em revistas internacionais, incluindo uma revisão dos estudos do CEORLab na “Eye & Contact Lenses” (EUA). O “segredo” para a nova lente progressiva hidrofílica controlar a progressão da miopia, escreve o Sapo, poderá estar na imagem que se forma nas áreas laterais da retina, continua José Méijome.

As lentes convencionais são necessárias para ver, mas são consideradas ineficazes para corrigir a miopia. Ou seja, não impedem o aumento do tamanho do olho e isso causa a crescente desfocagem de objetos distantes e o aumento dos riscos associados para a saúde ocular.

Adaptada a qualquer idade e graduação
“Não há nada comercializado com a eficácia e o alcance desta nova lente, por isso poderá ter um grande impacto imediato, em particular nos jovens, diminuindo o risco de sofrerem uma patologia ocular muito grave na idade adulta”, nota Jaume Pauné, da Politécnica da Catalunha.

Ainda assim, os investigadores reconhecem que a mesma não funciona para todos os contextos, como a sua utilização irregular ou certos fatores genéticos. Esta lente pode ser usada inclusive por crianças de 8-10 anos, desde que com responsabilidade. Este segmento etário foi alvo de outro ensaio clínico internacional multicêntrico ao longo de cinco anos, envolvendo o CEORLab.

A miopia atinge mais de 5% das crianças entre 6 e 9 anos, sobe para 25% nas de 13 anos (confirmado junto de 200 alunos de Caldas das Taipas em 2011-15) e para 45% nos universitários (com base em 340 que ingressaram este ano na UMinho). E entre os estudantes da Escola de Ciências desta academia a miopia passou de 23 para 41% entre 2002 e 2014, indica outro estudo do CEORLab. É sabido que, a partir das cinco dioptrias, o risco de patologia ocular aumenta 20 a 50 vezes face a uma pessoa sem problemas visuais. A miopia representa um quinto da cegueira causada no mundo. Nalguns países da Ásia afeta 80% dos alunos e causa sérios problemas de saúde pública.

A UMinho é das raras universidades europeias com investigação aplicada nesta matéria e inclui a temática na sua oferta letiva, com o mestrado em Optometria Avançada e dois cursos de ensino a distância, permitindo a atualização dos profissionais e que as soluções tecnológicas cheguem mais rápido ao cidadão.

Desenvolvido em Coimbra
Equipamento foi desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em parceria com os Hospitais...

Num futuro próximo, será possível aos doentes com epilepsia preverem, em tempo real e de uma forma mais generalizada, potenciais crises e ataques. Foi, pelo menos, com esse objetivo que o projeto europeu Epilepsiae começou a desenvolver um equipamento sem fios que funcionará como um sistema inteligente de alarme. Estando ligado ao doente, escreve o Sapo, emitirá informações para um computador que enviará ao doente a informação, em tempo real, de previsão de uma crise epilética.

O projeto, desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em parceria com os Hospitais da Universidade de Coimbra e entidades de França, Alemanha e Itália, começou a ser testado em duas centenas de doentes portugueses, franceses e alemães em 2010. No ano seguinte, estava previsto que fosse ensaiado em mais uma centena de doentes. Em 2013, foi apresentado, em versão demo, numa conferência em Coimbra.

A funcionar em pleno, o aparelho Brainatics vai ser muito útil para cerca de um terço das pessoas com epilepsia que, ao contrário dos outros dois terços, não reagem à medicação comum, continuando expostas a crises em qualquer momento e em quaisquer circunstâncias. O software que integra o aparelho permite a monitorização de 22 parâmetros por elétrododo e, nas primeiras demonstrações públicas, conseguiu emitir dados para um notebook com 2 GB de RAM.

Estudo
Um estudo recente divulgado pelo Centro de Terapias Chinesas concluiu que 47,9% dos homens entre os 18 e 39 anos apresentam...

O estudo, que analisou dois grupos de 42 homens com idades entre 18 e 45 anos, concluiu também que disfunção erétil de origem psicológica é mais comum nos jovens, afetando somente 10% dos pacientes com mais de 50 anos.

Foi também observada uma alta incidência de sintomas de ansiedade e depressivos em homens que sofram desta condição, escreve o Sapo, o que estabelece uma forte relações entre o contexto emocional masculino e a sua performance sexual. O mesmo estudo considera que, dada a importância do desempenho sexual para o bem-estar psicológico, a disfunção sexual é uma questão de saúde pública.

"A sociedade moderna coloca muita tensão sobre os indivíduos, especialmente sobre os mais jovens, que ainda estão a adaptar-se às mudanças de carreira e à entrega no mercado de trabalho. Cansaço, noites mal dormidas e situações emocionais mal resolvidas são fatores que destabilizam a energia vital e prejudicam o desempenho sexual", explica a Wenqian Chen, especialista em Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e Diretora do Centro de Terapias Chinesas (CTC).

"Na Medicina Tradicional Chinesa dispomos de técnicas que permitem recuperar a função sexual e emocional do homem, com uma taxa de recuperação de funções sexuais após a primeira semana de tratamento" acrescenta.

Para além dos distúrbios psicológicos, outros fatores de risco para a disfunção erétil incluem o tabagismo, as alterações hormonais, os medicamentos e as doenças cardiovasculares.

Estudos anteriores sobre as técnicas usadas na MTC, como a acupuntura ou a fitoterapia, apresentam resultados positivos na aplicação das mesmas em caso de disfunção sexual. Os métodos Método Jin Xing, realizado no CTC, é composto por um conjunto de técnicas como massagem, acupuntura, moxabustão e fitoterapia, garantindo resultados, no máximo até seis meses nos casos mais agressivos.

Manipulação genética
O Gabinete de Patentes e Marcas dos EUA (USPTO, na sigla em inglês) começou a analisar esta quem deve receber a patente para...

A possibilidade de que a CRISPR-Cas9 seja usada em breve para a terapia genética em humanos tem causado frenesim na comunidade científica. Ao mesmo tempo, muitos perguntam: os seres humanos deveriam ter controlo sobre a própria genética e reescrever o ADN para gerações futuras?

Biólogos são capazes de editar o genoma com ferramentas moleculares há algum tempo, escreve o Diário Digital, mas não de maneira tão simples e versátil como com a CRISPR-Cas9. Descoberta em 2012, a tecnologia usa a enzima Cas9 para cortar o ADN em pontos determinados por uma cadeia-guia de RNA. Ou seja, a tecnologia funciona mais ou menos como a ferramenta de localizar e substituir uma palavra no Word, primeiro localizando o gene a ser editado e, depois, fazendo a alteração necessária.

Isso permite “customizar o genoma de qualquer célula ou espécie à vontade”, afirmou Charles Gersbach, professor assistente de Engenharia Biomédica da Universidade de Duke ao New York Times.

Na China, cientistas já aplicaram a tecnologia para alterar o ADN de embriões humanos no ano passado, na tentativa de corrigir falhas genéticas por trás da rara - e muitas vezes fatal - doença sanguínea talassemia beta. A experiência, realizada na Universidade Sun Yat-sen, foi considerada eticamente defensável, pois os embriões carregavam um defeito cromossómico que os tornava inviáveis e não lhes foi dada a hipótese de se desenvolverem.

O Reino Unido também autorizou, no início de Fevereiro deste ano, que cientistas modifiquem geneticamente embriões humanos, mas apenas para fins de pesquisa. Trata-se da primeira licença do tipo na Europa, e os pesquisadores, do Instituto Francis Crick, em Londres, pretendem adotar a tecnologia CRISPR-Cas9.

Alterar o ADN de um embrião - a chamada modificação da linha germinativa - significa que as mudanças apareceriam em todas as células do organismo adulto. Isso inclui óvulos e espermatozoides, ou seja, as mudanças genéticas e possíveis efeitos colaterais seriam transmitidos para gerações futuras.

Se os investigadores conseguissem manipular o gene que sofre mutação em pessoas com a doença de Huntington, por exemplo, poderiam curar o distúrbio neurológico e evitar que crianças nascessem com a patologia.

Muitos especialistas argumentam que as doenças causadas por um único gene defeituoso, como a de Huntington, são raras e, por isso, não há uma procura médica para fazer alterações hereditárias em embriões.

“A edição genética hereditária não é aplicável a doenças comuns como cancro ou diabetes, nas quais a componente hereditária é causada por vários genes diferentes”, escreveu o jornalista científico Nicholas Wade no New York Times.

Wade afirma que, mesmo no caso de doenças causadas por um único gene, a edição da linha germinativa é desnecessária na maioria dos casos, porque os pais podem gerar uma criança saudável através da fertilização in vitro. Bastaria implantar no útero apenas embriões saudáveis, identificados numa triagem genética. Casais também podem recorrer à doação de esperma.

Além da manipulação genética em embriões, há a esperança de que, para algumas doenças, seja possível extrair células estaminais do sangue, alterá-las com ajuda da CRISPR-Cas9 e devolvê-las ao organismo. Segundo um artigo publicado na revista Nature, poderiam ser manipuladas células estaminais para tratar a anemia falciforme, por exemplo.

Um desafio maior seria aplicar a enzima Cas9 e o RNA-guia para outros tecidos do corpo, mas os cientistas esperam que um dia a técnica possa ser usada para lidar com uma série de doenças genéticas. Cientistas também têm esperança de conseguir manipular células do sistema imunológico para evitar o cancro e finalmente encontrar uma cura para a doença.

Boletim de vigilância epidemiológica da gripe
A atividade gripal manteve-se baixa, com tendência para diminuir, na semana de 29 de fevereiro a 6 de março, revela o boletim...

De acordo com o relatório, a taxa de incidência da síndrome gripal, na primeira semana de março, foi de 25,1 casos por cem mil habitantes, "sugerindo provável final do período epidémico".

Na semana anterior, de 22 a 28 de fevereiro, que teve atividade gripal baixa, mas com tendência estável, foram registados 42,6 casos por cem mil habitantes.

O boletim, publicado todas as quintas-feiras, refere que os vírus da gripe circulantes "são, na sua maioria, semelhantes aos vírus contemplados na vacina antigripal da época 2015/2016".

Na semana passada, foram admitidos oito novos casos de gripe, nas 22 unidades de cuidados intensivos hospitalares que reportaram a informação, sendo que três deles tinham doença crónica associada.

A taxa de admissão por gripe, estimada nas unidades de cuidados intensivos, situou-se nos 4,3 por cento, um valor inferior ao previsto na semana precedente.

A maioria dos vírus gripais identificados é do tipo A.

O relatório adianta que a mortalidade "por todas as causas" se manteve abaixo do estimado.

Desde o início da época gripal, que começou em outubro, foram reportados 143 casos de gripe admitidos nas unidades de cuidados intensivos dos hospitais.

Dos 77 doentes, com "estado vacinal conhecido", apenas quatro estavam vacinados contra a gripe sazonal. A maioria dos pacientes que entraram nas unidades de cuidados intensivos - 96 - tinha doença crónica subjacente.

A época gripal 2015/2016 termina em maio.

No próximo ano
O ministro da Saúde estimou que no próximo ano esteja em condições de arrancar uma rede estruturada de cuidadores informais,...

“Atribuímos aos cuidados informais uma grande importância. Cada vez mais, com o envelhecimento da população, é preciso criar condições para que os idosos e as pessoas com dependência fiquem em sua casa e possam ser apoiadas, naturalmente com o apoio dos serviços de saúde e do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou o ministro Adalberto Campos Fernandes.

Os cuidadores informais, a sua formação, capacitação e alargamento no país, fazem parte do Programa Nacional para a Saúde, Literacia e Autocuidados que foi apresentado pelo Governo, numa sessão pública em Lisboa.

“Julgamos haver condições no próximo ano de avançar para a definição do estatuto do cuidador informal e será muito bom para o conjunto de respostas de saúde”, estimou o ministro.

A ideia é criar no país uma rede de pessoas – em regime de voluntariado, a nível familiar ou comunitário – que estejam dispostas a dar o seu tempo para ajudar idosos ou dependentes no seu domicílio e assim “diminuir a pressão e recurso inapropriado aos hospitais por falta de apoio e isolamento”.

“Começaremos a agregar essa rede [no próximo ano]. Queremos dar capacidade de formação e este é um projeto a médio prazo”, afirmou Adalberto Campos Fernandes.

No âmbito do Programa Nacional para a Educação em Saúde serão ainda desenvolvidas aplicações de telemóvel para promover a vida ativa e prevenir as dependências nos jovens.

Entre os vários temas abrangidos por este programa, destaca-se a preparação e o apoio a prestadores informais em cuidados domiciliários, a prevenção da diabetes ou da obesidade e a promoção da saúde mental, do envelhecimento saudável e da utilização racional e segura do medicamento.

Por isso mesmo, a tutela propõe-se colocar no centro da primeira fase de desenvolvimento do projeto a “noção de ‘vida ativa’, física, intelectual e afetivamente".

Em concreto, entre 2016 e 2017, serão desenvolvidas campanhas, em diversos meios comunicacionais e promocionais, que explorem “todas as oportunidades para promover o conceito de ‘vida ativa’”.

O Programa Nacional para a Saúde, Literacia e Autocuidados tem como principal objetivo capacitar os cidadãos a tomar decisões informadas sobre a saúde, ciente de que existem em Portugal baixos níveis de literacia em saúde, segundo apontam alguns estudos.

Estudantes de Medicina
A Associação Nacional De Estudantes de Medicina entregou, aos ministros da Saúde e da Ciência, um conjunto de medidas para...

Em comunicado, a Associação Nacional De Estudantes de Medicina (ANEM) indica que, nesta proposta, é defendida a “extinção imediata do contingente adicional de 15% de vagas para licenciados a admitir nos cursos de Medicina”.

Outra proposta passa pela “redução fracionada, de 3% ao ano (em relação ao valor inicial), em cinco anos, do número de vagas nas escolas médicas portuguesas, num total de 15% ao final de cinco anos”.

A ser posta em prática, esta proposta “poderá traduzir-se, ao final de cinco anos, numa redução de cerca de 1.800 para cerca de 1.300 estudantes de Medicina por ano”.

De acordo com esta associação, “o número de estudantes é superior à capacidade formativa pré-graduada atual". "Em média, no ensino clínico pré-graduado existem oito estudantes por tutor, sendo que, em alguns casos, chegam a ser 18 estudantes para um tutor”.

“Este extravasar da capacidade formativa coloca em causa a qualidade do ensino e o atendimento aos utentes, que muitas vezes, em estado debilitado, são confrontados com mais de dez médicos à sua volta”, prossegue o documento.

Segundo a ANEM, “o número de ingressos nos cursos de Medicina ultrapassa também a capacidade formativa pós-graduada - aquela que permite a especialização dos diplomados em Medicina”.

“No final de 2015, 114 médicos foram impedidos de ingressar numa especialidade, porque o número de candidatos era superior às vagas disponíveis. Se nada for feito, no próximo concurso, que se realizará já em junho, serão provavelmente mais de 400 médicos a ficarem sem acesso a uma vaga e a tornarem-se médicos indiferenciados, somando-se aos 114 já existentes”, lê-se no comunicado.

Para a ANEM, “esta redução de 'numerus clausus' deverá ser acompanhada de medidas governamentais para um correto planeamento dos recursos humanos em saúde, com adequada identificação das regiões e especialidades médicas mais carenciadas”.

Fármacos ocidentais atuam apenas a nível físico e com efeitos secundários
Estima-se que em Portugal 500 mil homens sofram com disfunção erétil, condição caraterizada pela incapacidade regular ou...

Frequentemente ligado ao stresse e à ansiedade, o quadro clínico da disfunção erétil está muito mais vezes ligado a causas psicológicas. "Perante situações como as referidas, os vasos sanguíneos tendem a contrair-se, impedindo uma das premissas mais importantes na ereção masculina: a vasodilatação", começa por explicar Hélder Flor, especialista em medicina tradicional chinesa.

Por seu turno, os químicos prescritos pela medicina ocidental estão desenvolvidos com o objetivo único de criar condições necessárias para provocar uma ereção, numa atuação meramente física. "Esta não pode, nem deve, ser uma resposta efetiva à disfunção, por dois motivos muito simples: a ereção deve ser associada ao desejo sexual, e não a um comprido. E é suposto que o comprimido trate a disfunção, e não que despolete outros quadros clínicos, como enjoos e má digestão", continua.

De acordo com inúmeros estudos realizados na última década, a acupuntura é um dos tratamentos mais eficazes para a disfunção erétil, atuando a um nível global no organismo. Hélder Flor lembra que "é preciso conhecer e ouvir o paciente de forma a conseguir estabelecer um diagnóstico adequado e saber quais são os pontos que devem ser trabalhados. A acupuntura corrige o equilíbrio energético do nosso corpo através desses mesmos pontos que, no caso da impotência, estão regularmente associados ao sistema simpático. A solução obriga a estimular os pontos do corpo de forma a que o parassimpático entre em ação surja para relaxar o paciente, promovendo a sincronia entre os dois sistemas", conclui.

Associação Portuguesa de Agricultura Biológica
A associação da agricultura biológica juntou 14 municípios e 40 parceiros e lança uma campanha nacional de informação sobre...

Andrea Pereira, da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio), disse que "esta é a maior ação de comunicação na área do consumo sustentável e da alimentação biológica alguma vez feita em Portugal".

A iniciativa, referiu a organizadora, "surge da necessidade de divulgar o consumo de alimentos biológicos, ligado ao consumo justo e sustentável, de uma forma geral, e não apenas para grupos específicos".

A campanha Grow Green Semana "Pergunte pelo Bio", será apresentada na sexta-feira, em Canha, no concelho do Montijo, e vai decorrer de 11 a 16 de abril.

A ideia é, "através da consciencialização, aumentar a produção e o consumo" já que, "se as pessoas consumirem mais, haverá mais produção, e se há mais produção, os preços baixam", resumiu Andrea Pereira.

Para a Agrobio, a redução da distância entre o consumidor e o produtor também permite reduzir os preços do transporte e "uma das razões pelas quais o produto biológico é tão caro é que na sua grande parte é importado".

"Nós temos grande carência de produção, é um mercado em crescimento e precisamos de produtores", alertou a organizadora da Semana "Pergunte pelo Bio".

Ao contrário do que acontece em alguns países, principalmente do norte da Europa, em que a agricultura biológica "é a regra", em Portugal "ainda é a exceção" e, em 2014, abrangia 220 mil hectares, enquanto no ano passado este mercado representava cerca de 20 milhões de euros, valores que terão, segundo Andrea Pereira, subido este ano, atendendo ao aumento de 15% do número de candidaturas às medidas agro-ambientais.

"Pretende-se, pouco a pouco, mostrar às pessoas que o consumo sustentável é a única forma de vivermos neste planeta", realçou, recordando as decisões da conferência sobre alterações climáticas de Paris, decorrida em dezembro de 2015, acerca da necessidade de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

Para a técnica da Agrobio, "é necessário haver, de facto, uma mudança de mentalidades e de consumo" para defender o planeta, mas também para optar por alternativas mais saudáveis.

Questionada acerca das razões para o afastamento dos consumidores da agricultura biológica, respondeu que "a principal tem a ver com os hábitos de vida das pessoas", destacando o nível de informação: "há muita falta de conhecimento relativamente a este assunto, as pessoas ainda não sabem bem o que é a agricultura biológica e também não sabem bem o que consomem".

Se o consumidor tiver noção do que está a consumir, "nomeadamente em relação às tecnologias usadas e àquilo que é usado para a produção daquele alimento, muitas vezes pesticidas, herbicidas, fungicidas que são prejudiciais à saúde humana, tem mais poder de escolha", salientou Andrea Pereira.

Em articulação com os 14 municípios envolvidos e os 40 parceiros, entre produtores, distribuidores e organizações não governamentais, como a ambientalista Quercus, será seguido em vários pontos do país um programa com atividades, 'workshops' e palestras para esclarecer os portugueses acerca deste modo de produção mais amigo do ambiente e da saúde.

Sessão GS1 Portugal conclui
Segundo a Interpol, mais de um milhão de pessoas morre anualmente na sequência do uso de medicamentos falsificados.

“A contrafação de medicamentos é um problema muito sério para a Saúde Pública -  segundo a Interpol, mais de um milhão de pessoas morre anualmente na sequência do uso de medicamentos falsificados. E o tempo para o cumprimento das regras impostas pela Diretiva dos Medicamentos Falsificados, que já está em vigor e entra em aplicação a 9 de Fevereiro de 2019, escasseia”, afirmou Ulrike Kreysa, Vice-Presidente de Healthcare da GS1 Global Office (Bruxelas), na Sessão de Saúde promovida pela GS1 Portugal e pela APREFAR (Associação dos Profissionais de Registos e Regulamentação Farmacêutica), que decorreu ontem, em Lisboa, e contou com cerca de 100 profissionais da área farmacêutica. A especialista europeia em Saúde esclareceu ainda que os standards globais GS1 têm o endorsement dos 70 principais players mundiais da Indústria da Saúde.

“Os standards globais GS1, além de garantirem a rastreabilidade ponto-a-ponto (em toda a cadeia de valor), podem auxiliar as autoridades (nacionais e europeias) a combater a contrafação de medicamentos, um fenómeno ilícito global com um impacto muito negativo para a Saúde Pública e que rende aos seus autores mais de 45 mil milhões de Euros anuais (dados de 2011, os mais atuais)”, afirmou João de Castro Guimarães. Mais, acrescentou o Diretor Executivo da GS1 Portugal, “para as exportadoras de produtos farmacêuticos, a adoção dos standards globais é essencial para o cumprimento das legislações nos países de destino – a quase totalidade dos Estados-membros está em harmonia com as regras inscritas na Diretiva 2011/62/UE”.

Mais conhecido em Portugal pelo prefixo 560, o Sistema de Normas GS1, além de melhorar a eficiência global da cadeia de valor da Saúde e ajudar a reduzir significativamente a fatura global de um setor que lida com vidas humanas – segundo um estudo desenvolvido em 2014 pela consultora Augusto Mateus & Associados, Impactos da adoção de standards globais na cadeia de valor da saúde em Portugal, estamos a falar em poupanças a 10 anos para a Economia entre 561 e 791 milhões de euros (sem ou com serialização) –, pode auxiliar as autoridades no combate à contrafação de medicamentos. E, conforme questionou Ulrike Kreysa no final da sua apresentação, recorrendo a uma conclusão do estudo da Mc Kinsey, publicado em 2012 e que aponta para a salvaguarda de 22-43 mil vidas humanas/ano, “quanto vale a vida de um paciente?”.

Código do produto, número de série, número de reembolso nacional (se requerido no país em causa), número de lote ou data de validade. São estas algumas das muitas informações que comporta o código bidimensional GS1 DataMatrix, suporte do identificador único e uma estrutura ISO compliant que permite o armazenamento de grande quantidade de informação em níveis exíguos de embalamento (incluindo unidoses). Os resultados da sua adoção incluem:

  • melhorias na gestão de stocks, evitando stocks obsoletos e reduzindo custos;
  • o recall atempado e preciso de produtos não conformes;
  • auxiliar a alocação de custos automaticamente;
  • facilitar os reports aos reguladores; permite sempre, e principalmente, garantir os cinco direitos do paciente:
  1. o medicamento certo;
  2. na dose adequada;
  3. pela via
correta;
  4. à hora certa;
  5. ao paciente correto.

A Europa está a caminhar em direção ao alinhamento global na identificação e codificação de produtos de saúde. “Apenas Portugal e Itália se mantêm de fora”, apontou Ulrike Kreysa. Sublinha-se, no entanto, que existem exemplos locais de adoção com resultados muito animadores, como o CHLN - Centro Hospitalar Lisboa Norte (que inclui o Hospital de Santa Maria) ou o Hospital de Cascais (Grupo Lusíadas Saúde) – onde é, hoje, possível recolher e gerir toda a informação relevante do medicamento, da farmácia à cabeceira do paciente, via scan a um GS1 DataMatrix.

A primeira Sessão Colaborativa de Saúde da GS1 Portugal em 2016 foi dedicada à análise dos impactos para a Indústria da Saúde em Portugal (em especial, do setor do medicamento) da Diretiva de Medicamentos Falsificados (2011/62/UE) – e que, após a sua publicação, a 9 de Fevereiro passado, no Jornal Oficial da União Europeia, faz com que, daqui a três anos (i.e., a partir 9 de Fevereiro de 2019), laboratórios e produtores de medicamentos vão ter de:

  • utilizar um identificador único para os medicamentos;
  • garantir que o produto está inviolado, através de um dispositivo de segurança à escolha do produtor.
OMS
A Organização Mundial de Saúde apelou aos Estados-membros da Europa que invistam na saúde eletrónica, que afirmou ter potencial...

Num relatório publicado sobre a saúde eletrónica (e-saúde), ou seja, qualquer atividade em que um meio eletrónico seja usado para fornecer informação, recursos ou serviços relacionados com a saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) conclui que a e-saúde é já uma realidade na maioria dos Estados-membros da Europa.

"Em muitos países, a e-saúde está a revolucionar os serviços de saúde e a informação necessária para apoiá-los. Os pacientes têm mais poder porque têm acesso a informação e aconselhamento. Isto está a aumentar a qualidade da saúde e a desafiar os papéis tradicionais dos profissionais de saúde", disse Zsuzsanna Jakab, diretora regional da OMS para a Europa.

A e-saúde, acrescentou a responsável, "poupa vidas e dinheiro, mas apesar de muitos exemplos inspiradores, este relatório mostra que a e-saúde não está a ser adotada homogeneamente na Região. É preciso mais investimento na e-saúde para se alcançar os objetivos da agenda Saúde 2020".

Dos 47 Estados-membros da região europeia da OMS que responderam ao inquérito, 93% (42 países) disponibilizaram financiamento público para programas de e-saúde, 81% (35 países) relatam que as suas organizações de saúde usam redes sociais para promover mensagens em campanhas de saúde e 91% (40 países) dizem que os cidadãos usam as redes sociais para procurar informação sobre saúde.

No entanto, 81% dos Estados-membros dizem não ter qualquer política nacional para governar os media sociais na saúde, o que torna o setor informal e não regulado.

Também a saúde móvel - o uso de tecnologias móveis para apoiar a informação e a prática de saúde - tem vindo a crescer: 22 países têm programas de m-saúde apoiados pelo governo; a utilização das aplicações para aceder a registos dos doentes aumentou 25% desde 2009 e o uso dos telemóveis para relembrar os utentes das suas consultas aumentou 21% no mesmo período.

No entanto, a crescente utilização não tem sido acompanhada de regulação, já que 73% dos países inquiridos (33 Estados-membros) não têm uma entidade responsável pela supervisão da qualidade, segurança e fiabilidade das aplicações móveis e apenas três países fizeram uma avaliação dos programas apoiados pelo Governo.

Na tele-saúde, 83% dos países usam a tele-radiologia e 72% usam a monitorização remota dos pacientes, mas apenas 27% (12 países) têm uma política ou uma estratégia dedicada à tele-saúde.

O relatório recomenda por isso um maior compromisso político na saúde eletrónica, a criação de estratégias dedicadas ao setor, uma orientação para a tele-saúde e mais regulação na saúde móvel.

Defende ainda uma aposta na literacia digital e de saúde dos profissionais de saúde e do público em geral, "para garantir que os serviços de e-saúde são adotados com sucesso e que as desigualdades são reduzidas com a digitalização dos serviços.

Dificuldade em engravidar
Alimentação e obesidade são apontadas como fatores que condicionam a fertilidade, tanto no homem com

Atualmente são cada vez mais as mulheres que engravidam mais tarde. Umas por opção, outras por imposição. A verdade é que os estilos de vida, tão diferentes de gerações passadas, têm vindo a condicionar possibilidade de ter um filho.

No entanto, os especialistas alertam para o facto de a fertilidade diminuir com o aumento da idade. Sabe-se que, por exemplo, nas mulheres ela cai drasticamente depois dos 35 anos de idade.

A infertilidade, definida como a ausência de gravidez após um ano de tentativas, tem múltiplas causas. Sendo, na maioria dos casos, reversível.

E é aqui que entram em cena alguns fatores de risco como o stress, obesidade e alimentação.

Estima-se que, em Portugal, mais de metade dos homens e mulheres acima dos 20 anos têm excesso de peso. De acordo com a revista científica “The Lancet” este é um problema que têm vindo a afetar os jovens cada vez mais cedo, uma vez que os dados disponíveis mostram que mais de um quarto dos jovens com menos de 20 anos apresentam peso a mais.

Com a acumulação excessiva de gordura, dá-se, como consequência, o aumento do tecido adiposo, responsável pela reserva de estrogénios (hormona feminina).

Com o aumento deste tecido aumenta também a quantidade de hormonas no organismo.

No homem, a elevada concentração de estrogénios condiciona a produção de espermatozóides.

Já nas mulheres, o excesso desta hormona provoca desequilíbrios no organismo, dificultando o processo de ovulação.

Quanto à alimentação, os especialistas alertam para o consumo de carne com muitas dioxinas, contribuindo para a inibição na produção de espermatozóides, por exemplo.

É que o efeito da alimentação na fertilidade está cada vez mais explícito. Não quer isto dizer que ela possa operar milagres. No entanto, está provado que uma dieta equilibrada é responsável pelo equilíbrio do nosso organismo, que quanto mais saudável estiver melhor irá desempenhar as suas funções.

Em matéria de fertilidade, o zinco é um dos nutrientes mais importantes, estando presente, em grande quantidade, no esperma. Sendo responsável pelo aumento da produção de espermatozóides, pode-se encontrar na carne de vaca e feijão, por exemplo.

Ostras, frutos secos, gemas de ovo, centeio ou aveia são também alimentos ricos neste nutriente.

Vitaminas como B6, A, E e C, e minerais como selénio desempenham, também, um papel importante nesta questão.

A vitamina B6 que, em conjunto com o zinco ajuda a produzir níveis adequados de hormonas, pode ser encontrada nos brócolos, agrião, couve-flor, banana, peixe, soja e aveia.

A vitamina E está presente no trigo, nos cereais integrais, nozes, abacate, feijão e batata-doce, por exemplo.

Cenoura, mamão, brócolos e abóbora são ricos em vitamina A.

A vitamina C, responsável pelo aumento da imunidade, encontra-se sobretudo em frutas como a laranja, limão e kiwi ou em vegetais verdes, pimentos e tomates.

O selénio está presente nos cereais integrais, ovo e peixe.

No capítulo dos alimentos a evitar encontram-se os produtos processados e com conservantes. A cafeína e teína, presentes em algumas bebidas, também não são recomendadas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Semana Mundial do Glaucoma
O glaucoma afeta 67 milhões de pessoas em todo o Mundo, causando perda de visão irreversível se deixado sem tratamento.

Exames regulares aos olhos são essenciais: os doentes podem perder até 40% da sua visão antes de perceberem que têm glaucoma.2

O glaucoma está subdiagnosticado: a deteção precoce e o tratamento correto são fundamentais para preservar a visão.3

Aproximadamente 67 milhões de pessoas em todo o Mundo vivem com glaucoma,1 e infelizmente, aproximadamente metade das pessoas que sofrem desta doença nem sempre tem consciência de que a tem.4 Por outras palavras, mais de 30 milhões de pessoas – que representam a população total associada de Portugal, Holanda e Áustria – estão a perder a sua visão lentamente, sem terem consciência. Atualmente existem 4,5 milhões de pessoas em todo o mundo que estão cegas por causa desta doença.5

O glaucoma é a segunda causa principal de cegueira evitável no Mundo,6 no entanto é uma doença que poucas pessoas conhecem.5

“O glaucoma pode permanecer silencioso e, portanto, não diagnosticado durante anos até a visão se começar a deteriorar, logo os exames regulares à visão são a única forma de detetar esta doença ocular cedo o suficiente para ser devidamente tratada”, diz o Dr. José Moura Pereira, oftalmologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e coordenador do Grupo Português do Glaucoma. “Não existe, hoje em dia, uma cura para o glaucoma mas com um tratamento eficaz, é possível atrasar a sua progressão. Uma pressão ocular elevada é o fator de risco, sobre o qual se pode atuar, mais importante para o glaucoma: portanto manter a pressão ocular sob controlo é a chave para ajudar os pacientes de glaucoma a preservar a sua visão.”

Semana Mundial do Glaucoma: o que pode fazer para preservar a sua visão?

  • Agendar exames à visão. O glaucoma é conhecido como o “ladrão silencioso da visão”7 e é uma doença sem sintomas percetíveis8 – um total de 40% da visão pode ser perdida antes mesmo de o doente se começar a aperceber da doença,3 portanto os exames regulares à visão efetuados por um técnico ou um médico oftalmologista são fundamentais.4
  • Falar acerca do glaucoma. Todas as pessoas, desde bebés até pessoas seniores, podem desenvolver glaucoma.9 Converse com os pais, família, amigos e colegas sobre a doença e a importância da sua deteção precoce.
  • Certifique-se de que os seus entes queridos estão a tomar a sua medicação para o glaucoma. Com um tratamento adequado, a maioria dos doentes com glaucoma não perde a visão.10 No entanto, aproximadamente 25% dos doentes com glaucoma não administram os medicamentos que lhes são prescritos11 e quase 50% dos doentes param totalmente de administrar a medicação num prazo de seis meses após iniciar tratamento,12 um comportamento que, ao longo do tempo, pode conduzir à perda da visão.13

Mais acerca do Glaucoma
O glaucoma pertence a um grupo de doenças oculares que conduzem a uma lesão progressiva do nervo ótico.14 Uma vez que um nervo ótico saudável é fundamental para a transmissão de informação do olho para o cérebro,15 o glaucoma pode resultar numa perda de visão gradual e irreversível e, a uma eventual cegueira, se deixado sem tratamento.16 A causa exata do glaucoma é, ainda, desconhecida.

Existem dois grandes tipos de glaucoma: glaucoma primário e secundário. O glaucoma primário pode ser de ângulo aberto, ou de ângulo fechado. O glaucoma de ângulo aberto é responsável por quase 90% de todos os casos17 e é, muitas vezes, assintomático, portanto permanece não detetado até se encontrar num estado avançado.18 O glaucoma de ângulo fechado, por outro lado, é menos comum, mas necessita de atenção médica imediata.19 Os sintomas do glaucoma de ângulo fechado podem incluir dor severa, náuseas, vermelhidão do olho e visão turva. 11

Tratamentos do glaucoma e fatores de risco
Não é possível curar o glaucoma20 e a perda de visão não pode ser restaurada. No entanto, a visão que resta pode ser preservada através de tratamento.21 O glaucoma pode ser tratado com gotas para os olhos, medicamentos orais, cirurgia a laser, cirurgia tradicional, ou uma combinação destes métodos.22

Além da elevada pressão intraocular,17 certos fatores podem aumentar o risco de desenvolver glaucoma, incluindo:23

  • Ter um historial de glaucoma na família;
  • Qualquer pessoa com mais de 60 anos;
  • Afrodescendentes com mais de 40 anos;
  • Pessoas com ascendência asiática (risco especifico de glaucoma de ângulo fechado);
  • Pessoas com diabetes, hipertensão arterial e doenças do coração;
  • Pessoas com danos físicos nos olhos;
  • Pessoas que usaram esteroides durante um longo período de tempo.

Referências:

1The Glaucoma Foundation, Get Involved, https://www.glaucomafoundation.org/Get_Involved.htm, last accessed January 29, 2015
2Glaucoma Research Foundation, January is Glaucoma Awareness Month, http://www.glaucoma.org/news/glaucoma-awareness-month.php, last accessed January 29, 2015
3The Glaucoma Foundation. Treating Glaucoma. http://www.glaucomafoundation.org/treating_glaucoma.htm, last accessed January 29, 2015
4Burr JM, Mowatt G, Hernández R, Siddiqui MA, Cook J, Lourenco T, et al. The clinical effectiveness and cost-effectiveness of screening for open angle glaucoma: a systematic review and economic evaluation. Health Technology Assessment. 2001;11:41.  http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0015007/, last accessed January 29, 2015
5Vision 2020, Glaucoma, http://www.iapb.org/vision-2020/what-is-avoidable-blindness/glaucoma, last accessed January 29, 2015
6Lighthouse International, Prevalence of Vision Impairment, http://www.lighthouse.org/research/statistics-on-vision-impairment/preva..., last accessed January 29, 2015
7Glaucoma Research Foundation. January is Glaucoma Awareness Month. http://www.glaucoma.org/news/glaucoma-awareness-month.php, last accessed January 29, 2015
8Glaucoma Research Foundation. What is Glaucoma?, Glaucoma Facts and Stats. http://www.glaucoma.org/glaucoma/glaucoma-facts-and-stats.php, last accessed January 29, 2015
9Glaucoma Research Foundation. Glaucoma Facts and Stats, http://www.glaucoma.org/glaucoma/glaucoma-facts-and-stats.php
10National Eye Institute. Facts about Glaucoma, http://www.nei.nih.gov/health/glaucoma/glaucoma_facts.asp, last accessed January 29, 2015
11Asian Journal of Ophthalmology, Compliance with Medical Management in Glaucoma, http://www.apglaucomasociety.org/toc/v2n4/v2n4p3.pdf, last accessed January 29, 2015
12UNC Eshelman School of Pharmacy, Sleath Receives $2.65 Million Grant to Study Glaucoma Patients, http://pharmacy.unc.edu/news/schoolnews/sleath-receives-2-65-million-grant-to-study-glaucoma-patients, last accessed January 29, 2015
13Prevent Blindness America. Treating Glaucoma With Medicines > Don’t Skip Doses! http://www.preventblindness.org/treating-glaucoma-medicines, last accessed January 29, 2015
14American Optometric Association. http://www.aoa.org/patients-and-public/eye-and-vision-problems/glossary-of-eye-and-vision-conditions/glaucoma?sso=y, last accessed January 29, 2015
15Glaucoma Research Foundation. What is Glaucoma, How Glaucoma Affects the Optic Nerve. http://www.glaucoma.org/glaucoma/the-optic-nerve-questions-and-answers-from-dr-bradley-schuster.php, last accessed January 29, 2015
16National Eye Institute. Facts About Glaucoma, Glaucoma Symptoms. http://www.nei.nih.gov/health/glaucoma/glaucoma_facts.asp#a, last accessed January 29, 2015
17Glaucoma Research Foundation. Types of Glaucoma. http://www.glaucoma.org/glaucoma/types-of-glaucoma.php, last accessed January 29, 2015
18Glaucoma Research Foundation, Symptoms of Open-angle Glaucoma, http://www.glaucoma.org/glaucoma/symptoms-of-primary-open-angle-glaucoma.php, last accessed January 29, 2015
19Glaucoma Research Foundation. Types of Glaucoma, http://www.glaucoma.org/glaucoma/types-of-glaucoma.php, last accessed January 29, 2015
20Glaucoma Research Foundation. Understand Your Glaucoma Diagnosis. http://www.glaucoma.org/treatment/understand-your-glaucoma-diagnosis.php, last accessed January 29, 2015
21The Glaucoma Foundation. Primary Open-Angle Glaucoma (POAG). https://www.glaucomafoundation.org/Primary_Open-Angle_Glaucoma.htm, last accessed January 29, 2015
22The Glaucoma Foundation. Treating Glaucoma. https://www.glaucomafoundation.org/treating_glaucoma.htm, last accessed January 29, 2015
23Glaucoma Research Foundation, Are You at Risk for Glaucoma? http://www.glaucoma.org/glaucoma/are-you-at-risk-for-glaucoma.php, last accessed January 29, 2015

Ministério da Saúde
Uma aplicação de telemóvel para promover a vida ativa e prevenir as dependências nos jovens é um dos projetos que o Governo vai...

O Governo vai criar um Programa Nacional para a Saúde, Literacia e Autocuidados, com vista a capacitar os cidadãos a tomar decisões informadas sobre a saúde, ciente de que existem em Portugal baixos níveis de literacia em saúde, segundo apontam alguns estudos.

Segundo um documento do Ministério da Saúde, entre os vários temas abrangidos por este programa, destaca-se a preparação e o apoio a prestadores informais em cuidados domiciliários, a prevenção da diabetes ou da obesidade e a promoção da saúde mental, do envelhecimento saudável e da utilização racional e segura do medicamento.

Por isso mesmo, a tutela propõe-se colocar no centro da primeira fase de desenvolvimento do projeto a “noção de ‘vida ativa’, física, intelectual e afetivamente".

Em concreto, entre 2016 e 2017, serão desenvolvidas campanhas, em diversos meios comunicacionais e promocionais, que explorem “todas as oportunidades para promover o conceito de ‘vida ativa’”.

Ainda neste contexto, serão escolhidas e desenvolvidas aplicações para telemóveis destinadas a promover a vida ativa e a prevenir situações de dependência na população jovem, que depois serão tidas em conta em iniciativas de educação para a saúde para jovens.

O programa conta também com um projeto dedicado ao envelhecimento, aos autocuidados e aos cuidadores informais, que pretende desenvolver técnicas para promover a literacia em saúde no domicílio e nos lares.

Numa primeira fase, este projeto é desenvolvido apenas em três localidades, com a colaboração de unidades de cuidados na comunidade e unidades de cuidados continuados integrados, sendo posteriormente alargado a todo o país, após a avaliação dos resultados.

A circulação dos portugueses no sistema de saúde é outra das preocupações do Governo: “ajudar as pessoas a conhecer melhor os serviços de saúde, de forma a utilizá-los mais eficaz e eficientemente, constitui uma importante preocupação deste Programa, no âmbito do desenvolvimento do Portal do SNS” [Serviço Nacional de Saúde].

Neste domínio, e dada a sua extensão, o Governo selecionou três temas para arrancar com este projeto: testamento vital, doenças oncológicas e saúde reprodutiva.

O Portal do SNS vai também conter um “Repositório de Literacia em Saúde”, que recolhe, analisa, seleciona e divulga seletivamente projetos e instrumentos que configurem boas práticas em educação, literacia e autocuidados.

O Governo considera ainda que a promoção da literacia em saúde não pode passar ao lado de espaços de atendimento do SNS com qualidade.

“Com base num melhor conhecimento da situação atual do SNS é adotada uma norma sobre a qualificação dos espaços de atendimento no SNS, que devem incluir conteúdos de educação para a saúde e literacia, com particular atenção à utilização de imagens televisivas”, refere o documento.

Esta experiência será desenvolvida inicialmente num número limitado de espaços de atendimento, antes de ser generalizada ao conjunto do SNS.

A coordenação deste programa integra a Direção-Geral da Saúde e os departamentos regionais de saúde pública, que devem assegurar relatórios semestrais de monitorização e um relatório avaliativo em junho de 2017.

Europacolon alerta
A Europacolon Portugal - Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, alerta novamente para a situação da falta de...

Na zona da Grande Lisboa, os locais para a realização de colonoscopias passaram de dois para 37, segundo informação divulgada pelo Ministério da Saúde em Setembro de 2015. Contudo, passados cerca de cinco meses deste anúncio, cerca de metade das 37 novas entidades prestadoras que integraram a rede de convencionados do Serviço Nacional de Saúde ainda não se encontram a realizar os exames. Contactadas por telefone pela Europacolon Portugal entre os dias 3 e 4 de março, apenas 21 entidades da zona denominada “Grande Lisboa” (que inclui Caldas da Rainha, Alcobaça, Torres Novas, Leiria) se encontram a fazer marcações de colonoscopias com sedação através de prescrições pelo Serviço Nacional de Saúde e destas, apenas 15 aceitam marcações para os meses de março e abril. Outras seis têm atualmente uma lista de espera que ultrapassa os dois meses.

Segundo cientistas
Um grupo de cientistas que estuda a doença degenerativa de Alzheimer está convencido de que existe uma componente microbial...

O grupo que juntou 31 cientistas de universidades por todo o mundo assinou um editorial na revista científica Journal of Alzheimer's Disease para sugerir que uma infeção vírica ou bacteriana pode desencadear a doença degenerativa do cérebro.

"Existem provas incontornáveis de que a doença de Alzheimer tem uma componente microbiana", disse o investigador Douglas Kell, da universidade britânica de Manchester, citado num comunicado sobre o editorial que também assina. "Não podemos continuar a ignorar todas as provas".

O editorial publicado na revista pode marcar o princípio de uma viragem na forma como o Alzheimer tem sido estudado, escreve o Diário de Notícias, apelando com um tom de urgência para que se façam mais investigações no sentido de perceber como agentes antimicrobianos podem ser usados para tratar a doença. Para tal, apoiaram-se em estudos publicados em revistas científicas que apontam na direção de um fator microbial no surgimento do Alzheimer. Os estudos para perceber melhor o papel dos vírus e das bactérias no Alzheimer têm sido, no entanto, pouco financiados e ignorados como "controversos", algo que este grupo quer mudar.

Os investigadores que assinam o editorial sublinham que outros conceitos para o aparecimento do Alzheimer que não o microbiano resultaram em mais de 400 ensaios clínicos falhados apenas nos últimos 10 anos. Assim, apelam, é importante que se financiem investigações para explorar a ideia de que micróbios, nomeadamente o vírus do herpes e a bactéria que provoca a clamídia, possam ter impacto no aparecimento da doença.

"Escrevemos para expressar a nossa preocupação de que uma particularidade da doença tenha sido negligenciada, muito embora tratamento baseado nela possa vir a abrandar ou parar a progressão da doença de Alzheimer", escrevem os cientistas. "Referimo-nos a muitos estudos, principalmente em humanos, que implicam micróbios específicos no cérebro idoso, com ênfase no herpes simples vírus tipo 1, no chlamydia pneumoniae e em vários tipos de spirochatete".

Mais de 182 mil pessoas sofrem de Alzheimer em Portugal, uma doença degenerativa que provoca demência e que afeta principalmente a população idosa.

Após alta
Comissão vai criar base de dados online para que médicos registem episódios e façam o seguimento dos pacientes. Não há dados...

Há pessoas com problemas de saúde mental que depois de terem sido internadas compulsivamente recebem alta e ficam sem qualquer acompanhamento, correndo o perigo de descompensarem, afirma Jorge Costa Santos, presidente da Comissão para Acompanhamento da Execução do Regime de Internamento Compulsivo, uma estrutura que voltou a funcionar no ano passado depois de seis anos de vazio.

A Lei de Saúde Mental prevê, desde 1998, que o internamento compulsivo de doentes mentais se faça de acordo com um conjunto de regras que têm de ser validadas pelos tribunais, escreve o jornal Público. Podem requerer o internamento médicos “no exercício das suas funções”, “autoridades de Saúde” e o Ministério Público. Tem de estar em causa “uma situação de perigo”.

A mesma lei prevê que deve existir uma comissão para receber as reclamações das pessoas internadas compulsivamente, visitar os hospitais e comunicar com os internados, solicitar ao Ministério Público a correção de situações de violação da lei e recolher de dados sobre a sua aplicação. A ausência desta estrutura durante seis anos mereceu aliás a Portugal duas chamadas por parte do Comité Europeu para a Prevenção da Tortura e das Penas ou Tratamentos Desumanos ou Degradantes do Conselho da Europa.

Em funções há cerca de um ano, o presidente da comissão de nove membros, Jorge Costa Santos, diz: “a perceção que temos é que há um número significativo de pacientes com alta de internamento compulsivo que ficam sem acompanhamento, o que nos preocupa”. O médico, professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, diz que alguns destes doentes, muitos sem rede familiar, “perdem-se na comunidade. Têm alta, deixam de tomar a medicação e descompensam”. Depois, o que muitas vezes acontece é que “ou têm comportamentos que levam as autoridades policiais a agir com vista ao reinternamento ou ficam entregues a si mesmos, em sofrimento, sem qualquer tipo de apoio terapêutico”.

Não existem dados nacionais sobre o número de pessoas que são internadas compulsivamente desde 2007. Por isso, o médico informa que a comissão decidiu criar uma nova base de dados online onde os médicos deverão introduzir estes episódios, que deverá avançar no início do próximo semestre.

Além do registo do internamento, o objetivo é também fazer o acompanhamento do doente ao longo do seu processo terapêutico após o internamento, por exemplo, registando passagens para internamento compulsivo em ambulatório (fora do hospital), seguimento numa unidade de saúde mental na área de residência. “Há situações que temos de escrutinar. As pessoas com internamento compulsivo têm de ser sinalizadas para consulta das suas áreas de residência, sob pena de descompensarem”.

Desde que a comissão entrou em funções receberam apenas uma reclamação de um doente e fizeram uma visita de carácter inspetivo, com entrevistas aleatórias a doentes e a médicos, ao Centro Hospital Psiquiátrico de Lisboa. “Não encontrámos nada de especialmente gritante”. As reclamações podem ser feitas para o email [email protected].

No passado a comissão esteve por nomear por problemas associados a ajudas de custos, esclareceu em tempos o diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro de Carvalho. Jorge Costa Santos diz que o funcionamento da atual comissão continua  a estar muito fragilizado pela dificuldade de fazer face às despesas de deslocação de membros que têm de vir de todo o país para estarem presentes nas reuniões da comissão na Direcção-Geral da Saúde, em Lisboa.

No último ano em que há dados a nível nacional, em 2007, os internamentos compulsivos representavam quase 10% das admissões de doentes em psiquiatria (1911 em 19.356).

Universidade do Porto
Investigadores da Universidade do Porto estão a desenvolver um estudo sobre a relação entre a atividade física e a adoção de...

De acordo com a investigadora que lidera o projeto, Luísa Soares-Miranda, o objetivo principal passa também por verificar como esses fatores atuam na recorrência da doença e na sobrevivência dos pacientes.

Em depoimentos, a responsável pela investigação CASUS (Cancer Study Survival), que faz parte do Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer (CIAFEL) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), indicou que o diagnóstico do cancro pode ser uma "janela de oportunidade para mudanças de comportamento".

Acredita que através da nutrição e da atividade física é possível melhorar os efeitos laterais de curto e longo prazo associados aos tratamentos, tais como a fadiga, o ganho de gordura e a perda de aptidão física.

Com o auxílio desses dois fatores, crê também ser possível evitar o desenvolvimento de outras perturbações crónicas, como a diabetes e doenças cardiovasculares, e reduzir as possibilidades de uma recorrência do cancro.

"O cancro colorretal (CCR) é o segundo cancro mais comum na Europa", indica a investigadora, acrescentando que as taxas de sobrevivência aos 5 anos variam entre os 40 e os 65%, com uma prevalência aos 5 anos de um milhão, segundo dados de 2012.

"Em Portugal, a incidência CRC ocupa o segundo lugar entre todos os tipos de cancro, em homens e mulheres, após os cancros da próstata e da mama, com taxas de sobrevivência aos 5 anos variando entre os 50 e os 60%", informou Luísa Soares-Miranda.

Mesmo nos casos em que o tratamento tem sucesso, os pacientes com cancro colorretal, na sua maioria idosos, passam por problemas de saúde e diminuição da qualidade de vida e de aptidão física, acrescentou.

Os indivíduos selecionados para o estudo, com idade igual ou superior a 18 anos, vão responder a um questionário sobre a atividade física, a ingestão alimentar e a qualidade de vida.

Para além disso, vão ser realizados análises ao sangue e testes de aptidão física e os pacientes vão usar um acelerómetro durante sete dias.

Estes testes vão ocorrer em três fases, aos seis, aos 12 e aos 24 meses após a cirurgia, para verificar as mudanças que vão surgindo durante esse período.

A investigadora estima que o número de pessoas que vivem com o diagnóstico deve aumentar devido aos programas de rastreio - hoje em dia "mais efetivos"-, às melhorias nos tratamentos e à tendência da população no que respeita ao envelhecimento.

Na investigação CASUS (Cancer Study Survival), que vai ficar concluída entre 2017 e 2018, estão envolvidos investigadores do FADEUP, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, do Porto, e profissionais do serviço de Gastroenterologia do Hospital São João.

Especialista defende
As mulheres portuguesas já passam em média um terço da vida na situação de menopausa, exigindo dos médicos uma redobrada...

“Temos de fazer escola no sentido de os médicos saberem tratar melhor as mulheres na menopausa” já que "um terço da vida da mulher é passado em menopausa e em média 17 anos ativa no trabalho e na família”, defendeu a presidente da Secção de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), Fernanda Geraldes.

A ginecologista falava  a propósito do encontro “Menopausa – Um novo ciclo”, que vai decorrer em Évora, de sexta-feira a sábado, no âmbito da 184ª reunião da SPG, em que participam especialistas nacionais e de outros países.

Mais de dois milhões de portuguesas “em idade de pós-menopausa têm de trabalhar até aos 67 anos pelo menos”, numa época em que a esperança de vida tem vindo a aumentar.

“Temos hoje mais mulheres em Portugal, sobretudo na faixa etária a partir dos 50 anos”, disse, citando dados do censo de 2011, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Uma melhor preparação dos médicos, designadamente através da sua participação em encontros científicos, dará “um contributo importante para a qualidade de vida destas mulheres”.

Em 2011, segundo o INE, 40,5% das mulheres em Portugal tinham mais de 50 anos, percentagem que poderá ter aumentado nos últimos cinco anos, admitiu a médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O encontro médico “Menopausa – Um novo ciclo” é a primeira atividade pública promovida pela Secção de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia.

“Mais de um milhão de portuguesas estão em idade de menopausa (1.130.973, só entre os 45 e os 59 anos), número com tendência para subir”, segundo uma nota da organização do encontro, no qual estão inscritos cerca de 240 médicos, sobretudo ginecologistas e alguns especialistas de medicina geral e familiar.

Uma mulher está menopáusica “quando na idade prevista apresenta uma ausência de ciclos menstruais de há mais de um ano”, refere. No Ocidente, a idade média é de 51,4 anos.

“Na população portuguesa, (…) a menopausa espontânea ronda os 48 anos. O fenómeno surge tipicamente entre os 45 e os 55 anos”, ainda de acordo com a organização.

O programa científico do encontro inclui intervenções sobre terapêutica hormonal e suplementação na menopausa (soja, cálcio, vitamina D e colagénio, entre outras), estando ainda em discussão temas como “As estratégias não hormonais no tratamento dos sintomas vasomotores”.

Serão abordados também temas como “A partir dois 60 anos – que alternativas”, por Isabel Matos, e “Menopausa e líbido – o 'viagra' feminino existe?”, pelo psiquiatra Júlio Machado Vaz.

Associação alerta
A Associação Nacional do Doente Adicto e Dual, com sede em Coimbra, alertou para a necessidade de melhor acompanhamento e de...

Os medicamentos para o tratamento destes doentes "são caros e quase nada comparticipados", faltam instalações para internamento próprio e o acompanhamento médico devia ser melhor, disse o presidente da Associação Nacional do Doente Adicto e Dual (ANDAD), António Melanda.

Segundo o responsável, quando é para tratar de doentes duais "não há ninguém que os trate", sendo "deixados ao Deus dará, abandonados", por não haver uma resposta de internamento e acompanhamento "próprios", focada na patologia dual.

"Não há uma resposta concreta", frisou, considerando "urgente" que se crie um estatuto "para este doente".

António Melanda sublinha que a associação se bate "com o problema de falta de médicos e de instalações", realçando que a situação se agrava por se tratar de doentes, normalmente, com dificuldades económicas.

"Os doentes têm um problema de acompanhamento ao nível dos próprios hospitais. Muitas vezes vão a consultas e depois, como há dificuldade no acompanhamento médico e medicamentoso, os doentes acabam por abandonar o tratamento e voltam à situação anterior. Quando regressam, estão pior", realçou.

As dificuldades na aquisição de medicamentos e a falta de um acompanhamento dedicado leva a que haja muitas recaídas, apontou.

Os vários medicamentos que os doentes duais têm de tomar, podem levar a que estes tenham de gastar "mais de 100 euros por mês", frisou ainda António Melanda.

A Associação Nacional do Doente Adicto e Dual, constituída em junho de 2015, tem nos seus órgãos sociais doentes, familiares e técnicos de acompanhamento, apresentando como objetivo defender os direitos destes doentes e promover o apoio dos mesmos.

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