Investigação revela
Em Portugal, 26% dos professores faltam por problemas de voz um a dois dias por ano e 82% vão trabalhar mesmo com problemas...

Eugénia Castro, coordenadora da Unidade da Voz do Hospital CUF Porto, afirma que "os profissionais que usam muito a sua voz e, sobretudo os que usam a voz como instrumento básico de trabalho, designados de profissionais da voz, devem aprofundar os seus conhecimentos sobre saúde e higiene vocal".

Nomeadamente em relação aos "princípios fundamentais de uso da voz para evitar as situações designadas de abuso e mau uso vocal, respeitar os princípios gerais de higiene de vida como manter uma hidratação regular, exercício físico, cumprir o horário adequado de repouso noturno e evitar a ingestão de tabaco e álcool".

Em Portugal, um trabalho da investigadora Isabel Guimarães, publicado na Revista Portuguesa de Saúde Pública, aponta para uma incidência de problemas vocais em mais de metade dos professores no ativo. Verificou-se ainda, em inquéritos realizados à classe docente, que 26 % dos professores faltaram por problemas de voz um a dois dias por ano, 82% foram trabalhar mesmo com problemas limitantes e apenas 32% procurou tratamento médico. Cerca de 85% dos professores nunca tiveram formação em voz ou treino vocal no grupo estudado, em Portugal.

Os profissionais que façam uso frequente da voz devem, por isso, de acordo com a Otorrinolaringologista Eugénia Castro, "manter-se alerta e procurar apoio médico em caso de qualquer sintoma de alteração da voz". "Idealmente", acrescenta, "todos os profissionais de voz deveriam realizar pelo menos um exame às cordas vocais e fazer formação especifica em treino vocal".

Em linha com todas estas preocupações dos Otorrinolaringologistas, a Unidade de Voz do Hospital CUF Porto organiza, no próximo dia 26 de fevereiro, a reunião "Voz Profissional e Artística" dirigida a todos os profissionais da voz, como professores, cantores ou atores.

A inscrição é gratuita mas limitada à capacidade da sala.

Estudo
A janela de oportunidade para a humanidade controlar o aquecimento global, através da redução da emissão de gases com efeito de...

Estimativas iniciais do orçamento do carbono – a quantidade de dióxido de carbono, gás que retém calor, que se pode libertar na atmosfera sem aquecer a Terra em mais de dois graus Celsius (2ºC) – têm-se localizado entre 590 mil milhões e 2,4 biliões (milhão de milhões) de toneladas.

Porém, a nova investigação situa o limite máximo em metade deste, nos 1,24 biliões de toneladas de dióxido de carbono, escreve o Sapo.

“Concluímos que este orçamento está no limite inferior do que os estudos indicavam até agora”, afirmou o principal autor do documento, Joeri Rogelj, um cientista do clima, do International Institute for Applied Systems Analysis, da Áustria.

“Se não começarmos a reduzir as nossas emissões imediatamente, vamos rebentá-lo (ao orçamento) em poucas décadas”, avisou.

O objetivo de conter o aumento da temperatura da superfície em 2ºC, limite visto então geralmente como o limite a não superar sob pena de entrar em zona perigosa, foi estabelecido pela primeira vez em 2010.

Mas milhares de estudos científicos posteriores demonstraram que até uma pequena subida da temperatura pode ter consequências severas, em particular para as nações mais pobres.

Com o atual aumento inferior a 1ºC, em relação aos níveis pré-industriais, o mundo está a assistir a secas, inundações e mega tempestades agravadas pelas alterações climáticas.

Em resultado, o acordo alcançado em Paris na Cimeira do Clima, promovida pela Organização das Nações Unidas, adotou o objetivo mais ambicioso parta o aumento da temperatura “bem abaixo dos 2.ºC”, prometendo perseguir a meta dos 1,5ºC.

As emissões de dióxido de carbono em 2015 atingiram as 40 mil milhões de toneladas e prevê-se que continuem a aumentar na próxima década, mesmo considerando as promessas de corte destas emissões feitas por cerca de 190 Estados em Paris.

Se as emissões atuais continuarem a este ritmo, o ‘orçamento de carbono’ associado aos 2ºC será gasto entre 15 a 20 anos, segundo os novos cálculos.

Para um objetivo de 1,5ºC, este orçamento “seria esgotado dentro de uma década”, disse Rogelj à agência noticiosa AFP.

“É indubitável que é preciso aumentar radicalmente a ambição de qualquer coisa que se conheça para estabilizar o aquecimento global, seja nos 1,5 ou 2ºC – ou até já em aumentos superiores”, respondeu por correio eletrónico.

Para o estudo, publicado na revista Nature Climate Change, Rogelj e uma meia dúzia de coautores procuraram compreender porque as estimativas anteriores do orçamento de carbono variaram tanto.

Parte da distância é atribuída a diferentes métodos e cenários de projeção de tendências para o futuro.

Outro fator é o de muitos estudos considerarem apenas o dióxido de carbono, gás dominante nas emissões com efeito de estufa, tratando os outros da mesma maneira.

O dióxido de carbono é responsabilizado por mais de 80% do aquecimento global.

“Na nossa proposta de intervalo de variação, consideramos todas as emissões humanas e não apenas as do dióxido de carbono”, adiantou.

Ginecologistas defendem
Excisões "minimalistas", que permitam respeitar as tradições culturais sem pôr em perigo a saúde das mulheres, devem...

"Não defendemos que as intervenções sobre os órgãos genitais de mulheres são desejáveis, mas sim que certas intervenções devem ser toleradas pelas sociedades ocidentais", escrevem os dois autores numa revista especializada, o Jornal de Ética Médica. Em vez de falar sobre mutilação genital, os dois médicos ginecologistas recomendam o uso do termo "alteração genital" para descrever os diferentes métodos de excisão e os riscos que lhes estão associados, escreve o Sapo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), organização que lançou uma campanha contra esta prática, cerca de 200 milhões de mulheres foram vítimas de excisão no mundo, principalmente na África e no Médio Oriente.

O procedimento envolve a remoção parcial ou total da genitália externa feminina (clitóris, lábios grandes e pequenos) e é realizada em crianças, às vezes muito jovens, e em adolescentes por razões culturais, religiosas ou sociais. A prática pode levar à morte.

Para os médicos Shah Kavita Arora e Allan J. Jacobs, ambos de Cleveland, nos Estados Unidos, há dois tipos de excisão que podem ser tolerados: as que não têm efeito duradouro sobre a aparência ou o funcionamento dos órgãos genitais e aquelas que mudam "ligeiramente" a sua aparência, sem ter um efeito duradouro sobre a capacidade reprodutiva ou satisfação sexual das mulheres.

Os dois autores comparam essas intervenções à circuncisão masculina, que é aceite e legal no mundo ocidental. No mesmo artigo, os dois médicos defendem que todas as excisões que perturbem a sexualidade e o curso da gravidez ou do parto devem ser proibidas.

Esta opinião despertou fortes reações, nomeadamente na comunidade médica.

Para Ruth Mackin, médica na Escola de Medicina Albert Einstein de Nova York, "uma tradição cultural destinada a controlar as mulheres, mesmo da forma menos nociva, deve ser abandonada".

Brian D. Earp, investigador norte-americano especialista em bioética, teme, por seu lado, que a autorização de excisões "mínimas" seja um "fiasco", multiplicando os problemas legais, regulamentares, médicos e sexuais.

Este cientista defende também uma "atitude menos tolerante" diante da circuncisão, sublinhando que as crianças dos dois sexos "não devem ter seus órgãos sexuais alterados ou retirados antes que possam compreender e autorizar este tipo de intervenção".

Arianne Shahvisi, da universidade britânica de Sussex, estima que uma abordagem minimalista teria poucas chances de culminar no objetivo desejado por estas mutilações, "que é controlar o apetite sexual das mulheres".

Médico português garante
Daniel Pereira diz que é preciso perceber se a nova campanha a favor do copo menstrual não está relacionada com a investigação...

A experiência do médico Daniel Pereira da Silva, antigo diretor do serviço de ginecologia do IPO de Coimbra, diz-lhe que apenas houve problemas com a primeira geração de tampões, que surgiram há muitos anos.

Atualmente, os tampões e pensos higiénicos, utilizados cada vez mais pelas mulheres, não têm contraindicações, escreve a TSF. "O uso nesta geração é cada vez maior e não tenho verificado na prática corrente, nem li na literatura idónea qualquer aumento de ocorrências relativamente a infeções ou alterações tóxicas de outra natureza, relacionadas com o uso destes dispositivos", garante.

Pereira da Silva salienta que atualmente há uma campanha na defesa de um novo método para utilizar durante o período menstrual e isso pode explicar alguma coisa. "É o chamado copo menstrual e há uma crescente promoção deste método. Também temos que ver se esses estudos que agora aparecem não estão relacionados com essa situação e se são idóneos".

De qualquer modo, o médico ressalva que, embora nunca lhe tenham surgido casos de infeções ou cancros provocados pelos tampões, novos estudos são sempre importantes.

Caso diferente é o uso dos chamados pensos higiénicos diários. Muitas vezes este e outros ginecologistas desaconselham o seu uso porque eles são, por vezes, causadores de dermatites.

Cientistas australianos
Um tratamento testado em ratos conseguiu devolver a memória à maior parte dos indivíduos da amostra. A técnica ainda não foi...

Cientistas australianos desenvolveram um tratamento que pode eliminar substâncias neurotóxicas causadoras de perda de memória e de funções cognitivas em pessoas com Alzheimer. A técnica, testada em ratos, conseguiu devolver a memória a 75% da amostra através de uma tecnologia ultrassónica não invasiva. Mas o tratamento ainda não foi testado em humanos, escreve o Observador.

O desenvolvimento de Alzheimer deve-se normalmente a dois tipos de lesões: placas de amiloides – filamentos de proteínas que se depositam nos tecidos do corpo prejudicando a sua função – e novelos neurofibrilares – que alteram a composição do citoplasma dos neurónios do córtex cerebral. Essas placas depositam-se entre os neurónios formando massas densas de moléculas de proteínas. Os novelos, por sua vez, estão dentro das células e nascem a partir de proteínas deformadas que formam uma massa insolúvel. Essa massa origina filamentos que se emaranham e impedem o transporte de matérias essenciais, como os nutrientes.

Estes investigadores dizem que foram capazes de eliminar estas lesões utilizando uma terapêutica de ultrassom focalizado, que envia ondas sonoras para o interior do cérebro. A sua oscilação é tão rápida que essas ondas conseguem contornar a barreira hematoencefálica (uma camada permeável que protege o cérebro de bactérias) e ativar as células gliais, que protegem os neurónios. Como essas células são as responsáveis pela “limpeza” das células, tornam-se capazes de eliminar as placas de amiloides.

Nenhum dos ratos onde o tratamento foi testado e bem-sucedido apresentou danos colaterais, garantiram os cientistas no comunicado de imprensa. Pelo contrário, ficaram mais capacitados para identificar objetos, recordar espaços que devem evitar e lembrar caminhos em labirintos.

Estudo revela
Metade das grávidas hipertensas e que estão medicadas desenvolvem complicações no parto ou pós-parto, segundo um estudo...

Após avaliadas 139 grávidas hipertensas, concluiu-se que apesar da existência de um controlo da tensão 51,5% das grávidas com medicação prescrita apresentam eventos adversos no parto, puerpério ou pós-parto.

“O controlo de tensão não é suficiente para evitar complicações. A doença hiperativa na gravidez não depende apenas do controlo tensional”, explica José Mesquita Bastos, coordenador do estudo e cardiologista do Centro Hospitalar do Baixo Vouga.

A investigação, que vai ser apresentada no 10º Congresso Português de Hipertensão, que começa na quinta-feira em Vilamoura, mostra ainda que a hipertensão anterior à gravidez aumenta a probabilidade de outros problemas.

Por exemplo, a probabilidade de aparecer diabetes gestacional na gravidez com hipertensão arterial é de 21%, enquanto numa gravidez normal é apenas de 12%.

A hipertensão na gravidez está ligada à pré-eclampsia ou eclâmpsia, que pode mesmo levar a mulher à morte. Aliás, a hipertensão é responsável por 16% da mortalidade materna.

José Mesquita Bastos alerta ainda para a importância de se fazer a medição da tensão arterial durante 24 horas (a MAPA – monitorização ambulatória da pressão arterial), nomeadamente para detetar falsas hipertensas.

“O mapa é muito importante. Se formos medir a tensão por esse aparelho podemos ter a surpresa de 30% não serem hipertensas”, refere o médico, explicando que muitas mulheres apresentam hipertensão em ambiente de consulta, numa reação de alerta, mas que não se revela se for medida durante 24 horas.

O coordenador do estudo avisa que há riscos em medicar uma falsa hipertensa, nomeadamente porque pode diminuir-se a profusão da placenta e comprometer a alimentação do bebé.

Conselho Português de Proteção Civil denuncia
O movimento cívico Conselho Português de Proteção Civil manifestou preocupação com o socorro prestado à população, afirmando...

Em causa está o Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa (CODU), onde “quando a situação o exige os técnicos operadores de telecomunicações de emergência contactam um médico do CODU do Porto ou de Coimbra”, afirma a organização em comunicado.

“Nem sempre é fácil, já que por vezes aqueles médicos estão ocupados, o que aumenta a demora na decisão e coloca em causa o socorro atempado à população”, lê-se no documento.

O movimento diz que a situação é ainda “mais preocupante” pelo facto de ser no CODU de Lisboa que funciona o CODU – Mar, onde “deveria estar o médico que devia prestar aconselhamento em situações de emergência médica a bordo de navios”.

Esta estrutura afirma que Portugal “falta à verdade” quando afirma que tem um centro telemédico marítimo a funcionar 24 horas por dia durante 365 dias por ano: “é falso e viola as mais elementares regras internacionais”.

“A situação é muito preocupante e pode eventualmente estar a causar atrasos no socorro ou mesmo mortes em terra ou no mar”, sublinha o organismo, que se apresenta como um movimento cívico composto por especialistas em proteção civil e socorro de pessoas e bens.

Em Portugal
A Mars Portugal anunciou que vai promover a recolha voluntária de determinados lotes de chocolates Mars e Snickers do mercado,...

“A qualidade e a segurança alimentar são imperativos dos quais a Mars não abdica. Assim, a empresa decidiu promover, por precaução, uma recolha voluntária de determinado lotes das marcas Snickers e Mars”, afirmou a representante portuguesa do grupo alimentar, em comunicado.

A decisão surge perante a possibilidade de algumas das barras de chocolate destas marcas poderem conter pequenos pedaços de plástico vermelho, segundo a Mars, que diz tratar-se de “um incidente isolado”.

O grupo agroalimentar Mars ordenou uma gigantesca retirada de chocolates Mars e Snickers em 55 países, depois de um pedaço de plástico ter sido encontrado numa tablete.

A decisão surge depois de um consumidor ter encontrado um pedaço de plástico vermelho numa tablete de Snickers comprada a 8 de janeiro na Alemanha.

Após se ter queixado à Mars, verificou-se que o plástico provinha da fábrica em Veghel, de uma capa protetora utilizada no processo de fabrico.

Assim, o grupo decidiu de modo “voluntário” e “por precaução” ordenar a recolha de produtos em vários países, incluindo a maioria dos europeus, como Holanda, Alemanha, França e Reino Unido, bem como o Sri Lanka e o Vietname.

Trata-se da primeira vez que a Mars tem de retirar produtos feitos na fábrica de Veghel, que abriu em 1963 e que emprega 1.200 pessoas.

A Mars Incorporated é um gigante norte-americano do setor agroalimentar, conhecido sobretudo pelos seus chocolates, mas que fabrica também arroz, massas e alimentos para animais domésticos.

Saúde e bem-estar
Tonturas, enxaquecas, queda de cabelo ou irritabilidade podem ser alguns dos sintomas apresentados p

O stress é parte integrante da nossa vida e, na dose certa, pode até ser benéfico uma vez que impede muitas situações de avançarem e/ou resolverem-se. O problema é quando ele existe em doses exageradas condicionando o nosso dia-a-dia e a nossa saúde.

De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, apesar de não ser a principal causa de problemas cardíacos, o stress pode contribuir, e muito, para o seu aparecimento ou agravamento.

O stress aumenta a pressão arterial, dificulta a cicatrização e deixa-nos, sobretudo, “mais vulneráveis a ataques de agentes patogénicos exteriores”.

Para entendermos como nos afeta, importa saber que o stress se encontra dividido em três fases.

Numa primeira fase, as regiões situadas na parte inferior do cérebro enviam os primeiros sinais de alarme para todo o corpo. “O hipotálamo e a hipófise libertam uma série de substâncias químicas – como adrenalina, cortisol e aldosterona – que fazem reagir o nosso organismo ao 'perigo' que se aproxima”.

Após a fase de alarme, o corpo já se adaptou às circunstâncias voltando ao seu estado normal (2ª fase).

A fase extenuante é a última fase do stress, e é aqui que aumenta o risco de doença.

O primeiro passo para combater o stress é identificar os fatores que o provocam, estando atento aos sinais exteriores.

No entanto, é ainda importante manter uma atitude positiva face aos desafios que a vida apresenta.

Ocupar a mente com pensamentos positivos, aprender a gerir o tempo, estabelecendo prioridades e definindo objetivos são outros pequenos truques que o podem ajudar.

Praticar exercício físico com regularidade e ter cuidado com alimentação são, ainda, ótimos aliados no combate ao stress.

Por isso, não se esqueça de apostar numa dieta equilibrada, rica em fruta, verduras, fibras e vitaminas, que ajuda a reforçar o sistema imunitário, aumentando a sensação de bem-estar físico.

Por outro lado, a ingestão de alimentos ricos em ómega-3 (como salmão, truta, sementes de chia) melhora o funcionamento do sistema nervoso, contribuindo para o seu equilíbrio.

Alimentos que combatem o stress

  1. Abacate: vários estudos mostram que comer abacate ajuda a reduzir o apetite e a combater a ansiedade.
  2. Mirtilos: pesquisas recentes revelam que o consumo de mirtilos aumenta a ação dos glóbulos brancos. Ricos em antioxidantes ajudam no reforço das defesas, aumentado a resposta do organismo ao stress.
  3. Vegetais de folhas verdes: um estudo realizado por investigadores da Universidade de Otago demonstrou a existência de uma relação entre o consumo de frutas e legumes e os estados de calma, energia e alegria. De acordo com os especialistas, legumes e frutas verdes ajudam a produzir dopamina, químico que ajuda à sensação de calma.
  4. Peito de Frango: os aminoácidos (triptofanos) presentes na proteína do frango ajudam a produzir serotonina, que contribui para o controlo do apetite, aumentando o bem-estar geral. Nozes, sementes, lentilhas, aveia, feijões e ovos são outros alimentos ricos em triptofanos.
  5. Iogurte: as substâncias probióticas presentes nos iogurtes reduzem a atividade cerebral em áreas associadas a emoções como o stress.
  6. Salmão: os ácidos gordos presentes no salmão possuem propriedades anti-inflamatórias que podem atuar sobre as hormonas do stress. Um estudo realizado em estudantes, nos Estados Unidos, mostrou uma redução de 20% nos níveis de ansiedade naqueles que haviam tomado suplementos de ómega-3.
  7. Chocolate Negro: está provado que o consumo moderado de chocolate negro pode ajudar a reduzir os níveis de stress. Os antioxidantes presentes ajudam a regular os níveis da pressão arterial e melhoram a circulação sanguínea.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação pede ajuda ao SICAD
Mais de dois alcoólicos por semana estão a pedir ajuda à SOS Hepatites para deixar de beber e para ter apoio médico, um número...

A presidente da SOS Hepatites, Emília Rodrigues, revelou que a associação se tem confrontado com um enorme número de doentes alcoólicos a pedir apoio e para os quais precisa de ajuda para dar resposta mais rápida e efetiva.

Por isso, reúne-se com o presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), a quem vai “propor uma parceria”, já que este organismo “tem um bom trabalho”, com o qual pode ajudar a SOS Hepatites, “através dos seus conhecimentos”, para que possa ser dada “uma resposta mais célere, mais forte e sem errar”.

Segundo Emília Rodrigues, em 10 anos, houve um total de cerca de 50 alcoólicos a pedir ajuda à SOS Hepatites, mas só nos últimos seis meses já houve mais pedidos de ajuda do que nesses dez anos.

“Estão interessados em deixar de beber e em ter apoio especializado de médicos. Estamos dispostos a ajudar, através de consultas”, afirmou.

Trata-se de doentes com hepatite alcoólica, alguns cirróticos, que “querem saber o que podem fazer para não morrer”.

Emília Rodrigues explica este aumento de pedidos de ajuda, não com um crescimento efetivo do número de alcoólicos, mas com a diminuição da vergonha e do preconceito associados a esta doença.

O relatório anual “A situação do país em matéria de álcool 2014”, do SICAD, apresentado no início deste mês, revela que os pedidos de ajuda contra o alcoolismo estão a aumentar, sendo que doze pessoas por dia iniciaram tratamento e dez foram internadas por problemas relacionados com o uso de álcool em 2014.

Segundo o relatório, estiveram em tratamento no ambulatório da rede pública quase 11.881 utentes, dos quais 3.353 iniciaram tratamento pela primeira vez e 930 foram readmitidos.

Estes números revelam uma tendência de acréscimo, registando-se nos últimos três anos os valores mais elevados de novos utentes e de readmitidos.

Quanto a internamentos devido ao alcoolismo, deram entrada em Unidades de Alcoologia e Unidades de Desabituação 1.472 utentes e 2.256 em Comunidades Terapêuticas.

Pelo segundo ano consecutivo aumentou o número de internamentos por problemas relacionados álcool em unidades de alcoologia, enquanto nas comunidades terapêuticas a tendência de subida verifica-se já há vários anos.

Segundo especialista
As poeiras vindas de África que afetaram a qualidade do ar no sul de Portugal já estão a dissipar-se, mas foram atingidos dos...

"No sul de Portugal, ontem [segunda-feira] registámos dos valores mais elevados de sempre nas estações de monitorização de qualidade do ar", avançou Francisco Ferreira da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

O valor limite diário é de 50 microgramas de partículas inaláveis (PM10) por metro cúbico (mg/m3) de ar e chegou-se a "valores horários da ordem dos 260/270 mg/m3 no Algarve", especificou.

"Agora já estamos numa fase de dissipação deste episódio, a massa de ar está a deslocar-se para norte e noroeste e está a alargar e as concentrações que vamos encontrar mais a norte tenderão a ser mais reduzidas", salientou Francisco Ferreira.

Este é um fenómeno recorrente que afeta nomeadamente a Península Ibérica em determinadas alturas do ano, quando ventos mais quentes do norte de África trazem as poeiras dos desertos do Sahel ou do Sahara em nuvens de grandes dimensões que habitualmente permanecem por um, dois ou três dias.

Nestas situações, "as partículas inaláveis e por vezes também as partículas finas, ou seja, as PM10 e PM2.5, podem atingir valores elevados", referiu o especialista em poluição do ar.

Quanto à PM2.5, em algumas estações atingiram-se valores de 40 ou 50, também um valor muitíssimo elevado por comparação a circunstâncias normais, acrescentou.

As partículas podem ter algumas consequências para a saúde, principalmente se a exposição às poeiras for muito prolongada, para grupos mais vulneráveis, como as crianças, os idosos ou as pessoas com problemas respiratórios.

Como é um fenómeno natural, não é possível evitar a sua ocorrência e a legislação, que penaliza os valores acima dos limites de poluição estipulados, não condena estas ultrapassagens.

A nuvem de poeira foi alvo da atenção do astronauta britânico Tim Peake que, na segunda-feira, publicou na sua conta do Twitter uma imagem de Portugal e Espanha cobertos por uma espécie de pluma.

Promotora de petição diz
Laura Ferreira dos Santos, uma das promotoras da petição a favor da despenalização da morte assistida, considera que o elevado...

A professora universitária e autora de vários livros sobre a eutanásia, reagiu desta forma à notícia de que mais de 5.000 pessoas assinaram, nos últimos sete dias, a petição a favor da despenalização e regulamentação da morte assistida.

“Os portugueses não estão tão a leste da temática [da morte assistida] como muitos davam a entender”, disse, acrescentando: “As pessoas mais adversas a esta causa foram desaparecendo, até pela sua idade, e as gerações mais novas estão mais reivindicativas”.

Uma vez que tem mais de 4.000 assinaturas, a petição terá de ser discutida em plenário da Assembleia da República, mas Laura Ferreira dos Santos considera que a pressa não é bem-vinda.

“Não se pode legislar com pressa. É preciso um amplo debate e tornar conhecidos os relatórios credíveis nesta área”, acrescentou.

Para Laura Ferreira dos Santos, este não é um processo que se conclua de um dia para o outro, pois “exige debate”.

A petição, dirigida à Assembleia da República, está disponível online e o texto que a acompanha é o mesmo do manifesto assinado por 112 personalidades da sociedade portuguesa, como Alexandre Quintanilha, José Pacheco Pereira, António Sampaio da Nóvoa ou Olga Roriz.

Francisco Louçã, João Goulão, o oncologista Jorge Espírito Santo, o “capitão de Abril” Vasco Lourenço, o sociólogo Boaventura Sousa Santos e o ex-diretor geral da Saúde Constantino Sakellarides assinaram igualmente este manifesto.

No texto que acompanha a petição – que às 13:25 contava com 5.221 assinaturas - , o movimento apresenta-se como um conjunto de “cidadãs e cidadãos de Portugal, unidos na valorização privilegiada do direito à Liberdade”.

Defendem, por isso, “a despenalização e regulamentação da morte assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”.

“A morte assistida é um direito do doente que sofre e a quem não resta outra alternativa, por ele tida como aceitável ou digna, para pôr termo ao seu sofrimento. É um último recurso, uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado. Nestas circunstâncias, a morte assistida é um ato compassivo e de beneficência”, lê-se no texto.

Novo órgão da OMD tem representantes de todas as regiões do país
Paulo Ribeiro de Melo vai liderar o Conselho Geral da Ordem dos Médicos Dentistas, um novo órgão social, criado na sequência da...

Doutorado em medicina dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, onde é professor associado desde 2008, Paulo Ribeiro de Melo pertence aos corpos sociais da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) desde 2001, e ocupava até aqui o cargo de secretário-geral da OMD, entretanto extinto.

Paulo Ribeiro de Melo é o representante da OMD na Direção-Geral da Saúde para o Programa Nacional de Prevenção da Saúde Oral e é vice-presidente do Comité de Saúde Pública da Federação Dentária Internacional.

Paulo Ribeiro de Melo salienta que “os desafios e as exigências na OMD são permanentes. O patamar a que a OMD foi elevada nos últimos anos representa uma responsabilidade acrescida para este mandato e para este novo órgão”.

O primeiro presidente do Conselho Geral da OMD traça como prioridades para o novo mandato “a necessidade de garantir um maior acesso da população a cuidados de saúde oral, a regulação da profissão, a valorização do médico dentista e a organização da OMD”.

Para além de Paulo Ribeiro de Melo como presidente, o conselho geral da OMD elegeu Paulo Durão Maurício para vice-presidente e Fernando Ferreira e Ana Augusta Costa para os cargos de secretários da mesa do Conselho Geral.

“Direito a morrer com dignidade”
Mais de 5.000 pessoas assinaram, nos últimos sete dias, uma petição a favor da despenalização e regulamentação da morte...

A petição, dirigida à Assembleia da República, está disponível online, e o texto que a acompanha é o mesmo do manifesto assinado por 112 personalidades da sociedade portuguesa, como Alexandre Quintanilha, José Pacheco Pereira, António Sampaio da Nóvoa ou Olga Roriz.

Francisco Louçã, João Goulão, o oncologista Jorge Espírito Santo, o “capitão de Abril” Vasco Lourenço, o sociólogo Boaventura Sousa Santos e o ex-diretor geral da Saúde Constantino Sakellarides assinaram igualmente este manifesto.

No texto que acompanha a petição – que às 11:10 contava com 5.050 assinaturas - , o movimento apresenta-se como um conjunto de “cidadãs e cidadãos de Portugal, unidos na valorização privilegiada do direito à Liberdade”.

Defendem, por isso, “a despenalização e regulamentação da Morte Assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”.

“A morte assistida é um direito do doente que sofre e a quem não resta outra alternativa, por ele tida como aceitável ou digna, para pôr termo ao seu sofrimento. É um último recurso, uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado. Nestas circunstâncias, a Morte Assistida é um ato compassivo e de beneficência”, lê-se no texto.

Os signatários dirigem-se à Assembleia da República, órgão legislativo por excelência, ao abrigo da Constituição e da legislação aplicável, exortando os deputados e os grupos parlamentares a discutir e a promover as iniciativas legislativas necessárias à despenalização da morte assistida.

Os proponentes da petição são António Pedro Vasconcelos, Isabel Ruivo, João Ribeiro Santos, João Semedo, Laura Ferreira dos Santos, Lucília Galha e Tatiana Marques.

Agência Portuguesa Ambiente
A qualidade do ar do Algarve, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo, Centro, interior norte e Madeira é hoje afetada por partículas e...

"Durante o dia 23 de fevereiro [hoje], a influência da massa de ar nas concentrações de partículas irá diminuir gradualmente de intensidade, devido à previsão de alterações das condições meteorológicas", refere uma informação divulgada no site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Trata-se de um fenómeno natural, mais frequente na primavera e no verão, que afeta a qualidade do ar ambiente.

A APA estima que possa contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão (PM10) entre 40 a 80 mgm-3 nas regiões do Algarve e Alentejo e entre 10 a 40 mgm-3 nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e interior Norte.

A análise comparativa dos modelos de prognóstico de dispersão e transporte de poeiras pela circulação atmosférica indica que este episódio deverá terminar na quarta-feira.

O transporte de longa distância de partículas com origem natural, em zonas áridas do Norte de África, como é o caso dos desertos do Sahara e Sahel, pode levar à subida dos níveis de PM10.

As poeiras podem tornar-se visíveis quando se verifica a sua deposição nas superfícies, sobretudo nos automóveis, varandas ou outros elementos que estejam ao ar livre.

Portugueses ao volante
Questionário a mais de mil condutores revela que é nas localidades que a maior parte das infrações são cometidas. Maioria dos...

A velocidade excessiva e o uso do telemóvel durante a condução são os principais comportamentos de risco dos condutores portugueses. A revelação, escreve a Rádio Renascença, é feita num estudo divulgado pela associação para a defesa do consumidor Deco.

Mais de um terço dos inqueridos afirma que excede, de vez em quando, em mais de 20 quilómetros por hora os limites da velocidade definidos para cada tipo de via e 29% indicam que falam ao telemóvel sem qualquer sistema de mãos-livres.

As estradas no interior das localidades, limitadas a 50 quilómetros por hora, são onde se regista mais quantidade de infratores, com 43% dos inquiridos a indicar que circula a mais de 70 quilómetros por hora.

Nas auto-estradas, 40% dos inquiridos confessam que ultrapassam com frequência os 140 quilómetros por hora.

Entre as razões apontadas pelos inquiridos para explicar o excesso dos limites de velocidade estão as ultrapassagens, a necessidade de acompanhar o fluxo de trânsito ou os atrasos.

No entanto, mesmo com pouco tráfego, 43% dos entrevistados admitem ir além dos limites quando circulam em estradas principais.

O estudo da associação para a defesa do consumidor conclui também que as distrações durante a condução são outro problema, sendo o telemóvel o principal culpado.

Cerca de metade dos inquiridos usa o telemóvel durante a condução com frequência, mas recorre a um sistema de mãos-livres, como um auricular ou via Bluetooth. No entanto, três em cada 10 fazem-no sem utilizar qualquer solução.

Destes, a maioria diz que reduz a velocidade ou aumenta a distância para o veículo da frente por considerar que evita assim eventuais perigos.

Enviar mensagens escritas durante a condução é algo que 13% dos inquiridos confessam fazer, sendo que os jovens entre os 18 e os 24 anos são os que dizem adotar este comportamento com mais frequência.

Um condutor que tenha o hábito de usar o telemóvel sem um sistema de mãos-livres ou enviar mensagens escritas corre um risco 83% superior ao de estar envolvido num acidente, diz a Deco.

Um quarto dos entrevistados refere também que muda de CD enquanto conduz – uma atitude que, apesar de não se proibida, implica que o condutor retire os olhos da estrada durante vários segundos.

No que toca aos comportamentos agressivos, 37% dos inquiridos mostram hostilidade quando se aborrece com alguns condutores, 16% ignoram a distância de segurança do veículo da frente, 14% impõem-se para obter uma posição melhor numa fila e 11% ignoram os peões na passadeira.

O inquérito concluiu ainda que quase metade dos condutores inquiridos admitem conduzir cansados e 12% conduzem depois de beber "um copo a mais".

Outros comportamentos potencialmente perigosos são travar de modo brusco (18% dos inquiridos), desligar os máximos muito tarde no cruzamento com um outro veículo (12%) e não alterar a velocidade com o piso molhado (7%).

O inquérito sobre os hábitos de condução mostra ainda que os mais novos tendem a violar mais os limites de velocidade e executar outras tarefas ao volante, enquanto os mais velhos têm mais o hábito de beber bebidas alcoólicas e conduzir a seguir.

Segundo o estudo da Deco, os homens costumam violar os limites de velocidade e conduzir após beber álcool mais do que as mulheres, sendo estas mais cumpridoras na estrada.

Na quinta-feira, a associação de defesa do consumidor publica um inquérito sobre os hábitos de condução na edição da revista “Proteste”. Foram interrogados 1.053 portugueses. 

A fazer hemodiálise
Um ano após o acordo entre o ministério e um laboratório que já permitiu curar 1477 pessoas, ainda há quem aguarde por um...

Há mil doentes renais com hepatite C sem acesso a um medicamento inovador para os curar da doença. Há um ano, o Ministério da Saúde assinou um acordo com um laboratório para financiamento de dois medicamentos, que já curaram 1477 doentes com hepatite C. Mas que não serve para quem está em hemodiálise. Há três meses que o Infarmed tem um acordo de principio com a Abbvie, laboratório que tem no mercado remédios que podem tratar estes doentes, mas o processo não está concluído. O preço por tratamento ronda atualmente os 30 mil euros.

"O medicamento no mercado não serve todos os doentes. Os medicamentos da Abbvie permitem tratar os doentes renais, mas ainda não há comparticipação. Os medicamentos estão disponíveis por autorização especial de utilização (AUE), mas dá acesso a poucos. Estão cerca de 40 doentes a serem medicados através de AUE [mecanismo usado quando ainda não existe acordo para comparticipação]. Queremos que chegue a todos. Não é só a questão da discriminação, é terminar com o risco de contaminação, como o que aconteceu com os seis doentes infetados com hepatite C numa clínica de diálise", disse ao Diário de Notícias João Cabete, presidente da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais. Estima-se que sejam mil doentes renais infetados com hepatite C.

Os medicamentos ombitasvir/ paritaprevir/ritonavir e dasabuvir têm taxas de cura de 98%. Foram aprovados em janeiro de 2015 pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e nessa altura a comparticipação começou a ser negociada. Mas até ao momento, sem consenso. "Temos um acordo de principio com o Infarmed desde o final de novembro, mas continuamos a aguardar a conclusão do processo", disse fonte do laboratório Abbvie, sem adiantar os motivos do atraso. O Diário de Notícias questionou o Infarmed, mas não recebeu resposta em tempo útil.

Segundo o Diário de Notícias, o valor por tratamento (12 semanas) custa cerca de 30 mil euros, sendo que alguns doentes podem precisar de dois. Custos atualmente assumidos pelos hospitais, já que os medicamentos estão apenas disponíveis por AUE. O acordo entre o Infarmed e o laboratório, segundo apurou o Diário de Notícias, irá permitir reduzir substancialmente o preço a pagar, além de permitir que o pagamento passe a ser feito através de uma linha de financiamento própria, à parte dos orçamentos dos hospitais, como já acontece com os medicamentos da Gilead, cujo acordo foi assinado em fevereiro de 2015. O Estado pagará apenas pelos doentes curados.

Luís Mendão, presidente do GAT - Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos, alertou o Ministério da Saúde para a falta de tratamento dos doentes renais com hepatite C, mas afirmou que garantir o acesso é uma responsabilidade de todos. "O preço é muito alto, ainda não há acordo de reembolso, e as administrações dos hospitais têm de assumir os custos. Também não há meio de o daclastavir [da Bristol-Myers Squibb] chegar a acordo. É preciso que os laboratórios baixem os preços. Ainda existem cerca de 30 mil doentes por identificar e tratar. Se os laboratórios não apresentarem propostas sustentáveis, ficamos todos a perder", afirmou Luís Mendão, salientando que "independentemente do preço, o Estado tem de dar condições para o tratamento dos doentes mais graves".

Até junho a EMA deverá aprovar mais um remédio inovador - o elbasvir + grazoprevier da farmacêutica MSD - para a hepatite C. Segundo fonte do laboratório, "o medicamento está indicado para o tratamento de doentes renais e pacientes com os genotipos 1,3 e 4". Já foi aprovado nos Estados Unidos e Canadá. "Neste momento, a nossa principal prioridade na Europa é conseguir a aprovação regulamentar, sendo que o respetivo processo está em avaliação pela EMA. A autorização pela EMA é o principal garante de acesso aos doentes que podem beneficiar deste medicamento, pelo que, não prevemos a existência de programas de acesso precoce", disse fonte do laboratório MSD. Este programa permite o acesso gratuito a tratamentos.

Pela erradicação da doença
Na semana passada realizou-se a primeira European Policy Summit, que juntou associações, representantes de vários governos e da Comissão Europeia e de onde saiu um manifesto pela erradicação da hepatite C na Europa. "Todos dizem que há interesse social e de saúde pública no compromisso de eliminar a doença. Temos medicamentos, sabemos como prevenir a infeção, sabemos onde encontrar os doentes. Podemos fazê-lo. Em Portugal uma parte já aconteceu. Agora é fundamental ter um rastreio. A modalidade e eficácia precisam de ser discutidas", disse Luís Mendão, que esteve na reunião.

Estudo conclui
Uma nova investigação científica conclui que o consumo de chocolate está relacionado com melhores funções cognitivas ao nível...

Há mais uma boa razão para comer chocolate. Uma investigação publicada no jornal Appetite indica que o consumo de chocolate apresenta vários benefícios para o cérebro, independentemente dos hábitos alimentares.

Os investigadores estudaram dados recolhidos durante uma investigação anterior em que os habitantes da cidade de Syracuse, no estado de Nova Iorque, foram avaliados em relação aos fatores de risco alimentares para as doenças cardiovasculares. Ao mesmo tempo, a amostra era sujeita a uma bateria de testes para medir as funções cognitivas, escreve o Sapo.

"Um maior consumo de chocolate está associado a uma melhor performance ao nível da memória espacial e visual assim como organizacional, memória de trabalho e raciocínio abstrato", comentam os cientistas ao jornal britânico The Telegraph, com base nos resultados da investigação.

Por isso, os cientistas sugerem que a ingestão regular de chocolate pode ajudar "a proteger o declínio cognitivo natural da idade".

Não é a primeira vez que o chocolate é tema de estudos relacionados com a saúde. Em outras investigações, com amostras mais amplas e sólidas, o consumo de cacau foi associado e uma melhor saúde cardiovascular, com redução significativa da incidência de doenças coronárias.

Estudo conclui
Investigadores da Universidade de Cornell, no estado de Nova Iorque, Estados Unidos, concluíram com base num estudo que...

Investigadores da Cornell Food and Brand Lab dividiram 101 estudantes do sexo feminino em dois grupos.

Metade das estudantes entrou numa cozinha arrumada e a outra numa cozinha cheia de pratos sujos e com o barulho de telefones a tocarem, escreve o Sapo. Todas as participantes receberam bolachas e cenouras e foi-lhes pedido que escrevessem sobre uma altura da sua vida em que se tenham sentido sob controlo ou, por oposição, fora dele.

A investigação, publicada na revista científica Environment and Behavior, conclui que as mulheres que escreveram sobre situações de descontrolo na cozinha desarrumada ingeriram duas vezes mais calorias em bolachas do que as que estavam na cozinha arrumada.

Quando ao consumo de cenouras, não se verificou uma diferença significativa entre os dois grupos de análise.

Segundo um dos autores do estudo, Lenny Vartatian, "estar num ambiente caótico e sentir-se fora de controlo é mau para a dieta", disse em entrevista à Bustle.

Fundação Grünenthal
Já estão abertas as candidaturas à Bolsa para Jovens Investigadores em Dor 2016, uma iniciativa da Fundação Grünenthal, que...

A bolsa, no valor de 10 mil euros, será atribuída, este ano, a projetos de investigação básica.

O investigador principal, dos trabalhos a concurso, não pode ter mais do que 35 anos de idade e deverá, segundo o Sapo, estar afiliado a uma universidade ou centro de investigação português.

Para avaliação dos projetos serão tidos em consideração os seguintes critérios: âmbito do projeto; originalidade da pergunta de investigação, incluindo a importância e possíveis repercussões científicas e sociais; e qualidade do plano de investigação.

As candidaturas a esta bolsa deverão ser enviadas até 30 de abril de 2016 por correio eletrónico para [email protected]

A Fundação Grünenthal é uma entidade sem fins lucrativos que tem por fim primordial a investigação e a cultura científica na área das ciências médicas, com particular dedicação ao âmbito da dor e respetivo tratamento.

Para mais informações consulte o regulamento da Bolsa em http://www.fundacaogrunenthal.pt/.

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