Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias

Uma maior consciência pode aumentar a esperança e a qualidade de vida

O alerta foi lançado: é fundamental a realização de um diagnóstico como forma de prevenção. Estima-se que existam mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo com uma Imunodeficiência Primária (IDPs) mas apenas cerca de 60.000 pessoas foram identificadas até agora. O Dia Internacional da Imunologia é celebrado hoje e será realizada uma Caminhada de sensibilização para as IDP em Belém no dia 1 de maio. Em Portugal, existem mais de 250 investigadores, em todos os níveis de carreira, que se dedicam à investigação da Imunologia.

Sabia que atualmente a taxa de sobrevivência dos casos com Imunodeficiência Combinada Grave é de 40%, mas seria maior caso houvesse um diagnóstico aos 3 meses de idade? Foram estes os tópicos, e outros igualmente relevantes, que foram apresentados e discutidos no último sábado na cidade de Coimbra no V Encontro de Famílias com o objetivo de “Melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos doentes com Imunodeficiências Primárias”.

 

É sob o tema “Testar, Diagnosticar, Tratar” que é apresentada a 6.ª edição da Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias. Marcada por várias iniciativas, esta semana pretende consciencializar a população em geral acerca da importância de um diagnóstico precoce que pode aumentar a esperança de vida e reduzir impactos negativos no quotidiano de um doente com IDPs.

 

A Sociedade Portuguesa de Imunologia, através de algumas instituições nacionais que se distinguem na investigação em Imunologia, está a preparar um conjunto de atividades que pretende dar a conhecer à população, a investigação feita em Portugal nesta área científica, através de palestras com cientistas, atividades práticas e visitas a laboratórios. Estas atividades estão agendadas para o dia 29 de abril, o Dia Internacional da Imunologia.

 

Sobre a importância do estudo da Imunologia, Susana Lopes da Silva, Imunoalergologista, responsável pela consulta de IDP no adulto no Centro de IDP do CHLN-HSM / FMUL / IMM, revela: “A disciplina da Imunologia tem tido um crescimento muito acentuado nos últimos anos, que se traduz num aumento de aplicações práticas, quer no domínio do diagnóstico, quer no tratamento de múltiplas doenças. As IDPs são exemplos muito óbvios desta realidade, mas, para além destas, muitas outras áreas têm crescido com o progresso no conhecimento da Imunologia (desde a Imunoalergologia e Reumatologia, à Cardiologia, Gastrenterologia ou mesmo Dermatologia)”.

 

A culminar esta semana de sensibilização a nível mundial, Belém irá receber no próximo dia 1 de maio a III Caminhada pela Saúde, promovida pela Associação Portuguesa de Doentes com Imunodeficiências Primárias (APDIP). Esta caminhada, que terá a distância de 5km, terá a Torre de Belém como ponto de encontro (pelas 10h) e qualquer pessoa poderá participar sem qualquer custo associado. As inscrições deverão ser feitas em http://www.apdip.pt/caminhada.

Fonte: 
Ecofirma
Nota: 
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