Campus vai dar assistência a mais de 9 mil utentes sem médico de família
A Câmara Municipal de Torres Vedras, em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), apresenta...

Este campus, que vai, no imediato, conseguir dar assistência a mais de 9 mil utentes que não têm médico de medicina geral e familiar, resulta de uma parceria consolidada através do Memorando de Entendimento assinado em 28 de junho de 2019, entre o Município de Torres Vedras e a FMUL. O compromisso da Câmara Municipal inclui a reabilitação do antigo edifício do Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior, que já foi convento, asilo e sanatório. Por sua vez, a FMUL, que terá o seu primeiro campus fora do Campus do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), irá desenvolver um polo de inovação e empreendedorismo em One Health, que vai combinar um espaço multidisciplinar e interdisciplinar dedicado ao ensino, assistência e investigação em saúde.

A apresentação do futuro Medicina ULisboa Campus de Torres Vedras marca o início de uma transformação significativa na formação e prestação de cuidados de saúde na região e com potencial transposição para o modelo de cuidados aplicado a todo o país. O projeto que vai contar com uma Unidade de Saúde Familiar Académica, Unidade de Cuidados Interdisciplinares em doenças crónicas (com capacidade de internamento), Centro de Investigação Clínica, Centro de Investigação em Tecnologias da Saúde, Centro Académico com formação pré e pós-graduada e alojamento universitário, prevê-se que esteja totalmente concluído em cinco anos, sendo que a primeira fase deverá estar em funcionamento ainda 2024. Com uma área de construção de 13.435m2 e 25.926m2 de área de terreno, este campus empregará cerca de 400 pessoas entre profissionais de saúde e prestadores de serviços.

Laura Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, afirma que “a colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa neste projeto pioneiro é uma aposta na saúde e investigação científica a nível nacional, mas também um importante investimento para Torres Vedras, que vai saber acolher estes profissionais de saúde e equipas multidisciplinares".

Já o Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, João Eurico da Fonseca, destaca que "o Medicina ULisboa Campus de Torres Vedras vai oferecer à população local um serviço de cuidados de saúde primários na sua plenitude com enfoque em três áreas essenciais do ponto de vista clínico e científico: neurociências, cardiologia e fatores de risco cardiovasculares, e patologia musculoesquelética. Além disso, estará dotado de uma unidade de investigação clínica e tecnologias da saúde com destaque para a inteligência artificial, e uma unidade de formação, onde se destaca a medicina humanitária e de catástrofe, que é uma nova área na qual a Faculdade está a apostar”, explica.

O Medicina ULisboa Campus de Saúde de Torres Vedras conta com os apoios institucionais da Universidade de Lisboa, Ministério da Coesão, Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Ministério da Saúde, e tem como parceiros o Instituto Superior Técnico para as áreas de engenharia biomédica e robótica, a Faculdade de Ciências para as áreas de engenharia informática, interação doente/tecnologia, e outras faculdades da Universidade de Lisboa como a de Medicina Veterinária, Agronomia e o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Unidades de Saúde Familiar Torres Vedras e mecenas privados.

Em relação ao Dia Aberto à comunidade, que acontecerá no dia 8, estão previstas diversas atividades, entre as quais jogos tradicionais e xadrez, uma Feira de Ciência e Saúde, visitas guiadas ao espaço e ainda um momento cultural. Os visitantes são também convidados a saber mais sobre o passado e o futuro deste espaço através da exposição ‘Um Campus de Saúde em Torres Vedras’. No local estará disponível uma área dedicada à alimentação, que permitirá a quem visitar o espaço desfrutar de refeições saudáveis.

Imunoterapia
A imunoterapia utiliza o sistema imunitário do organismo para combater o cancro.

"A terapia com células CAR-T está entre as áreas mais promissoras do tratamento do cancro, com muitas histórias de sucesso em todo o mundo", explica Mohamed Kharfan Dabaja, hematologista e oncologista da Mayo Clinic. "Deu esperança a doentes que tinham opções limitadas".

Quem pode receber a terapia celular CAR-T?

Nos EUA, a FDA aprovou a terapia com células CAR-T para tratar os seguintes tipos de cancro do sangue:

  • Leucemia linfoblástica aguda (LLA)
  • Linfoma difuso de grandes células B (DLBCL)
  • Linfoma primário do mediastino de grandes células B 
  • Linfoma folicular de grandes células B 
  • Linfoma de células B de alto grau
  • Linfoma agressivo de células B sem especificação
  • Linfoma de células do manto
  • Linfoma folicular
  • Mieloma múltiplo

As pessoas que receberam estes diagnósticos, cuja doença não respondeu ao tratamento (refractária) ou cuja doença recidivou, podem ser adequadas para a terapia com células CAR-T. Os doentes devem ser submetidos a uma avaliação exaustiva para determinar se a terapêutica com células CAR-T é a melhor opção de tratamento.

Quanto tempo é necessário para concluir a terapia com células CAR-T?

O processo de terapia com células CAR-T é complexo e dura muitas semanas. A maioria das pessoas tem uma reação às células CAR-T. Poderão ter de permanecer no hospital para receberem monitorização e cuidados.

"As pessoas que planeiam receber a terapia com células CAR-T devem estar predispostas a permanecer no hospital após a infusão das células durante muitos dias, para que a equipa de cuidados de saúde possa monitorizar a resposta à terapia", explica Kharfan Dabaja.

Quais são os possíveis efeitos secundários da terapia com células CAR-T?

Embora os efeitos secundários da terapia CAR-T sejam geralmente reversíveis, Kharfan Dabaja explica que podem incluir:

  • Síndrome da tempestade de citocinas (STC): A síndrome de libertação de citocinas é um dos efeitos secundários mais comuns da terapia com células CAR-T e é desencadeada pela resposta imunitária que ocorre quando as células T modificadas são introduzidas na corrente sanguínea do doente. Quando as células T começam a atacar as células cancerígenas, libertam um grande número de citocinas, que são proteínas que podem provocar uma reação exagerada do sistema imunitário. Isto pode provocar febre, tensão arterial baixa, dores musculares e outros sintomas semelhantes aos da gripe. Em casos graves, a STC pode provocar a falência de órgãos e pode mesmo ser fatal. A maior parte dos sintomas relacionados com a STC podem ser controlados com medicação e monitorização atenta.
  • Neurotoxicidade: Alguns doentes podem sofrer um efeito neurológico conhecido como neurotoxicidade após receberem a terapia com células CAR-T. Este efeito pode ser uma condição potencialmente perigosa em que a resposta imunitária ao tratamento afeta o sistema nervoso central. Embora a causa exata da neurotoxicidade não seja bem compreendida, alguns estudos sugerem que está parcialmente relacionada com a gravidade da STC. Os sintomas podem incluir confusão, convulsões e dificuldade em falar ou andar. Com uma monitorização atenta, a maioria dos casos de neurotoxicidade desaparece sem efeitos secundários a longo prazo.
  • Doenças do sangue: A terapêutica com células CAR-T pode provocar alterações sanguíneas que podem causar anemia, trombocitopenia (contagem baixa de plaquetas) e outras perturbações sanguíneas. Geralmente, estes efeitos ocorrem num curto período de tempo e desaparecem com o tempo, mas podem ser mais graves em alguns doentes.
  • Infeções: As pessoas que recebem terapia com células CAR-T podem ter um risco mais elevado de infeções, especialmente durante as primeiras semanas após o tratamento, quando o sistema imunitário trabalha mais do que o normal para combater o cancro. As pessoas com contagens baixas de glóbulos brancos podem ter um risco mais elevado de infeções durante algum tempo. Devem ser monitorizadas de perto para detetar sinais de infeção, incluindo febre, arrepios e uma sensação geral de mal-estar.
  • Efeitos secundários a longo prazo: Como a terapia com células CAR-T é relativamente recente, os profissionais de saúde ainda não conhecem todo o espetro de efeitos secundários a longo prazo.

O especialista incentiva, deste modo, os pacientes que estão a considerar a terapia com células CAR-T a falar com as suas equipas de saúde sobre os possíveis riscos, benefícios e outras preocupações de saúde a longo prazo. Recomenda também que sejam avaliadas para a terapia com células CAR-T num centro oncológico abrangente.

"Se um doente pensa que ele ou um ente querido pode ser candidato à terapia, deve contactar uma equipa de cuidados de saúde que tenha experiência no tratamento de muitos doentes com a terapia CAR-T", explica o médico.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação do MARE estuda a influência das poeiras do Saara no Atlântico
Uma investigação do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente – estudou a influência das poeiras do Saara no Oceano...

Liderado por Catarina Guerreiro, micropaleontóloga e investigadora em biogeociências marinhas no MARE/ARNET e na FCUL, representante nacional do SOLAS (Surface Ocean – Lower Atmosphere Interactions Study), e membro da Direção da Fundação do INA (International Nannoplankton Association), um estudo recente do MARE reportou evidências inéditas de respostas ecológicas à deposição de nutrientes fornecidos por poeiras do Saara.

A deposição destas poeiras no oceano transporta elementos como o ferro e o fósforo, nutrientes essenciais para a fertilização do fitoplâncton marinho, especialmente em regiões remotas e afastadas dos continentes, onde o oceano é mais quente e pobre em nutrientes durante quase todo o ano.

É através do fitoplâncton (conjunto de organismos composto por minúsculas algas marinhas que fazem fotossíntese para se reproduzir, à semelhança do que se passa com as plantas terrestres) que o oceano cumpre o duplo papel de fonte de oxigénio e de “sumidouro” de CO2 atmosférico – um contributo crucial para manter a nossa atmosfera “respirável” para a vida na Terra.

Uma das mais importantes descobertas deste estudo diz respeito à observação de um aumento na abundância de um grupo especial de fitoplâncton, os cocolitóforos.

Os cocolitóforos são um grupo muito particular e biogeoquimicamente importante de fitoplâncton marinho devido à sua capacidade calcificante, a qual lhes permite interagir com, e influenciar, o ciclo do carbono marinho de três formas: 1) enquanto sumidouro natural de CO2, através da fotossíntese; 2) enquanto fonte natural de CO2, através da biomineralização da carapaça; e, finalmente 3) enquanto fonte natural de lastro mineral com o qual contribuem para facilitar o afundamento e subsequente sequestro de carbono no oceano profundo.

Quaisquer mudanças na produtividade deste grupo têm um enorme potencial de alterar a Bomba Biológica de Carbono, uma vez que esta é determinada pela proporção com que o carbono é biologicamente sequestrado da atmosfera através da fotossíntese.

Atlântico tropical em estudo – próximos passos

No seguimento desta investigação, Catarina Guerreiro abraça agora um novo desafio que a levou a integrar uma expedição multidisciplinar a bordo do navio holandês RV Pelagia para investigar processos biogeoquímicos relacionados com correntes de upwelling e com a deposição de poeiras desérticas no Atlântico tropical.

Este novo estudo vai contribuir para identificar as espécies de cocolitóforos que mais influenciam a Bomba Biológica do Carbono na região, e permitir calibrar o potencial paleoecológico deste grupo de fitoplâncton enquanto ferramenta de estudo das condições oceânicas e de deposição de poeiras atmosféricas no passado geológico desta importante região EBUS [Eastern Boundary Upwelling System regions – os sistemas de afloramento da orla costeira oriental (EBUS) são um dos biomas mais produtivos do oceano. Sustentam um quinto da pesca mundial de peixes marinhos selvagens. Estes ecossistemas são definidos por correntes oceânicas que trazem água rica em nutrientes, mas pobre em oxigénio, para as regiões costeiras que se encontram nas margens orientais das bacias oceânicas do mundo].

Grupo assegura investimento inicial de 30 milhões de euros
A Lusíadas Saúde acaba de anunciar a expansão do Grupo para a região do Tâmega e Sousa com a abertura do Hospital Lusíadas...

O novo hospital privado dá seguimento ao plano estratégico de expansão do Grupo Lusíadas Saúde, do qual já foram anunciadas a abertura do Hospital Lusíadas Santa Maria da Feira e, agora, Paços de Ferreira. Só na região Norte, o investimento global previsto para a expansão da Lusíadas Saúde excede os 60 milhões de euros.

O novo Hospital Lusíadas Paços de Ferreira terá um bloco operatório com duas salas para diversas especialidades cirúrgicas, 25 consultórios, sete salas de exames de diversas especialidades e uma sala de imagiologia, numa área total superior a 4.000 metros quadrados.

Esta aposta do Grupo prevê a criação de cerca de 500 novos postos de trabalho, para além da criação de uma moderna e sofisticada oferta de cuidados de saúde direcionada aos cerca de 400 mil habitantes da região. O investimento inicial previsto ascende a cerca de 30 milhões de euros.

O novo hospital, que ficará situado no centro comercial Ferrara Plaza, irá disponibilizar à população local um conjunto alargado de especialidades clínicas, nomeadamente Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Vascular, Dermatologia, Endocrinologia, Estomatologia, Gastroenterologia, Ginecologia, Imunoalergologia, Medicina Dentária, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Neurocirurgia, Neurologia, Nutrição, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologista, Pediatria, Pedopsiquiatria, Pneumologia, Psicologia, Psiquiatria, Reumatologia e Urologia. O Hospital Lusíadas Paços de Ferreira terá, ainda, atendimento permanente.

A estratégia de expansão da Lusíadas Saúde contempla a abertura de unidades em novas localizações geográficas, assim como o reforço da resposta das unidades já existentes. O objetivo do Grupo passa por atender as necessidades clínicas dos portugueses e, consequentemente, colmatar as assimetrias regionais que atualmente existem no acesso a cuidados de saúde. Além do investimento na região Norte, o Grupo já anunciou a abertura do Hospital Lusíadas Vilamoura, a aquisição do Hospital Monsanto e as negociações para a aquisição das Clínicas Dr. Wells na rede de cuidados de medicina dentária da marca.

Segundo Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, “o propósito do plano de expansão que temos em curso para alargar e consolidar a resposta clínica do Grupo em diferentes zonas geográficas do País vai muito mais além do crescimento do negócio. É um reflexo do nosso compromisso com os portugueses.

Diversas estatísticas e estudos mostram que a atividade dos hospitais privados continua a crescer, demonstrando que os portugueses estão, assim, a procurar cada vez mais o setor privado. É, por isso, tão importante chegarmos a novas zonas do País”.

 
Literacia em saúde
“Prevenir para não deixar de curtir” é o novo posicionamento do Pensa Positivo, um projeto que tem como objetivo contribuir...

Com uma comunicação mais empática, inclusiva e próxima, o Pensa Positivo, em www.pensapositivo.pt e nas redes socias Instagram e Facebook, cresceu e tem agora novos conteúdos e uma nova imagem que permitem fazer a diferença na vida de muitas pessoas.  Através das redes sociais, o projeto pretende atingir os mais jovens com informação atual, pertinente e sempre atualizada. Informações suportadas pelo website, onde é possível encontrar conteúdos detalhados sobre os principais tópicos da infeção por HIV.

O novo posicionamento apresenta-se numa campanha de ativação em vários meios. Para ajudar o Pensa Positivo na missão de chegar ao maior número possível de pessoas, a Psicóloga Clínica e Sexóloga Tânia Graça aceitou o desafio de produzir conteúdos sobre os tópicos de prevenção, rastreio e qualidade de vida das pessoas que vivem com a infeção por HIV que já se encontram disponíveis nas redes sociais, tanto da influencer Tânia Graça como do Pensa Positivo.

Para além das plataformas mais comuns, o Pensa Positivo está também na app de encontros “Tinder”, uma presença mais próxima do público, tendo sido criados 4 perfis com um grande objetivo: fazer match com a prevenção da infeção por HIV!

O Pensa Positivo é uma iniciativa da Gilead Sciences.

 
‘Ver Cascais com outros Olhos’
A Associação Retina Portugal (ARP) realiza no próximo dia 13 de dezembro, data em que se assinala o 6.º aniversário do...

Para além dos rastreios haverá também a possibilidade de experienciar, através de óculos simuladores, como veem as pessoas com EMD, RD e DMI, com o objetivo de alertar a população para a importância de estar atento aos primeiros sinais, de forma a obter-se um diagnóstico precoce.

Estima-se que em Portugal mais de 1 milhão de pessoas entre os 20 e os 79 anos têm diabetes e destas 300 000 têm retinopatia diabética. No que diz respeito à DMI, esta é uma doença que afeta 1 em cada 8 pessoas a partir dos 60 anos.

«É com enorme satisfação que promovemos a iniciativa ‘Ver Cascais com outros Olhos’ levando aos munícipes de Cascais a possibilidade de avaliarem o estado da sua visão. Escolhemos esta data, o aniversário do movimento Bengala Verde em Portugal pois este é um projeto importante que tem como objetivo ajudar a identificar as pessoas que têm baixa visão, isto é, que têm resíduo visual, apesar deste ser muito inferior ao considerado “normal”», afirma Andreia Neves, membro da ARP e responsável pelo movimento Bengala Verde em Portugal.

O movimento Bengala Verde foi criado para identificar as pessoas com baixa visão, evitando a confusão com as pessoas cegas, pois as necessidades são diferentes. Além do apoio na identificação de obstáculos, orientação e mobilidade, a Bengala Verde é um elemento facilitador da autonomia e da inclusão das pessoas com baixa visão.

Para mais informações consulte: https://retinaportugal.org.pt/wordpress/

 
Nutrição e saúde
Incorporar mais frutas e vegetais, que oferecem fibras mais valiosas, na alimentação, é dar um passo

A quantidade de fibra que cada pessoa precisa depende da sua idade. Geralmente, homens com 50 anos de idade ou menos devem consumir 38 gramas de fibra por dia, enquanto as mulheres nessa faixa etária devem consumir 25 gramas diariamente. À medida que envelhecemos, as recomendações para a ingestão de fibras diminuem. Homens com 51 anos ou mais devem consumir 30 gramas de fibras diariamente; As mulheres devem consumir 21 gramas por dia.

Além disso, devemos ter em mente que certos alimentos e bebidas podem causar desconforto digestivo excessivo. Deste modo devemos considerar evitar alguns dos abusos mais frequentes. 

Frutos ricos em frutose

Muitas pessoas evitam frutas devido ao açúcar, incluindo frutose e sorbitol, que podem causar inflamação e gases. No entanto, as frutas contêm fibras, o que é importante para uma dieta saudável, bem como vitaminas e minerais benéficos.

Evite frutas ricas em frutose, como maçãs, peras e melancia. Em vez disso, escolha bananas, laranjas, melão e frutas de tons mais escuros, como amoras, mirtilos e morangos, que contêm antioxidantes valiosos.

Feijões e lentilhas

Enquanto o feijão e a lentilha são excelentes fontes de proteína e fibras, esses alimentos também contêm açúcares complexos chamados oligossacarídeos, que podem causar inchaço abdominal e gases ao passarem pelo sistema digestivo.

Para reduzir a quantidade de açúcar, lave sempre os grãos enlatados e certifique-se de que estão bem cozidos. Cozinhar os grãos até ficarem muito macios ajuda a diminuir a produção de gases.

Outra alternativa são as opções de fácil digestão que não causam tanto inchaço abdominal, como tofu, tempe ou quinoa.

Produtos hortícolas crucíferos

Brócolos, couve-flor, couve-de-bruxelas e repolho estão entre os alimentos mais difíceis de digerir devido à sua fibra complexa, que tende a fermentar no intestino, causando gases e inchaço.

Alimentos alternativos ricos em nutrientes, mais fáceis de digerir, incluem folhas verdes escuras como couve, espinafre e acelga.

Cebola e alho

Muitas variedades da família do allium, incluindo cebola vermelha e amarela e alho, podem ser difíceis de digerir. Isso ocorre porque eles contêm um composto chamado frutose, que pode fermentar no intestino e causar náuseas, inchaço, gases e diarreia.

Para reduzir a sensibilidade, cozinhe bem os legumes ou mergulhe-os por pelo menos 15 minutos se forem consumidos crus.

Há também a possibilidade de usar as versões em pó, embora algumas pessoas ainda possam ter sensibilidade. Para aumentar o sabor dos seus pratos, procure alternativas como aipo, funcho, chalota ou cebolinha. Também é possível adicionar outras especiarias e ervas, como manjericão, gengibre e orégãos, para que as refeições tenham mais sabor, mas sem medo de problemas digestivos.

Com alguns ajustes, o inchaço e desconforto podem ser aliviados. Dicas adicionais incluem:

  • Fazer refeições mais pequenas com mais frequência. Em vez de comer grandes refeições, consuma porções menores com mais frequência ao longo do dia. Esta abordagem ajuda o sistema digestivo a processar os alimentos de forma mais eficiente, além de reduzir as chances de inchaço abdominal.
  • Comer devagar. Dedicar algum tempo a mastigar bem os alimentos pode ajudar a garantir que estes são devidamente decompostos em partes mais pequenas na boca, o que ajuda a digestão e reduz a pressão sobre o estômago. Isso também ajuda a evitar excessos, o que pode colocar pressão desnecessária no sistema digestivo, bem como causar mais inchaço abdominal.
  • Manter uma boa hidratação. Beber a quantidade adequada de água diariamente ajuda a garantir uma digestão saudável. "Estar devidamente hidratado ajuda a mover suavemente os alimentos através do trato digestivo".
  • Evitar bebidas gaseificadas. Refrigerantes e outras bebidas gaseificadas introduzem excesso de ar no sistema digestivo, o que leva a mais inchaço abdominal e gases. Em vez disso, beber água sem gás ou chá de hortelã-pimenta, camomila ou gengibre após as refeições pode ajudar a promover a digestão e acalmar o intestino.
  • Manter um diário alimentar. Ao ajustar a dieta, registar num diário alimentar o que come e como se sente depois, pode ajudar a identificar alimentos gatilhos específicos, bem como permitir fazer ajustes adicionais para o obter conforto.
Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 7 de dezembro
Estudantes e docentes do Politécnico de Coimbra irão realizar rastreios de Saúde e Bem-estar, abertos a toda a comunidade, no...

Esta iniciativa contará com a colaboração de estudantes e docentes das licenciaturas de Nutrição, Fisiologia Clínica e Ciências Biomédicas e Laboratoriais da Escola Superior de Tecnologias da Saúde (ESTEsC-IPC) e também da Licenciatura em Desporto e Lazer da Escola Superior de Educação (ESEC-IPC) do Politécnico de Coimbra.

Esta iniciativa decorre no âmbito da estratégia de ligação ao território das várias valências do Politécnico de Coimbra e no seguimento de um conjunto de ações de apoio à comunidade sénior dinamizadas pelo Município de Arganil.

Para a organização, estes rastreios de saúde e bem-estar têm vindo a ter um papel cada vez mais relevante na sociedade pois permitem uma identificação precoce de diversas patologias, sendo um dos métodos iniciais de combate à doença. Têm ainda um papel pedagógico positivo no que diz respeito à promoção de comportamentos saudáveis, estando os estudantes e docentes disponíveis para esclarecer dúvidas e transmitir informações relevantes.

 
Investimento da GED Ventures ronda os 2,5 milhões de euros
A GED Ventures Portugal investiu cerca de 2,5 milhões de euros na Virtuleap, uma startup HealthTech e EdTech, que desenvolveu...

Estes jogos, curtos, intensos e divertidos, foram desenvolvidos por neurocientistas e projetados como traduções de ferramentas de avaliação neuropsicológica. Posteriormente, os dados recolhidos são analisados por ferramentas de aprendizagem de Inteligência Artificial. A “Enhance VR”, desenvolvida pela Virtuleap, pretende tornar-se num “ginásio para a mente” acessível a todos e servir, no futuro, como uma terapêutica para colmatar desafios de aprendizagem como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e outros distúrbios cognitivos. Esses exercícios dividem-se entre sete categorias cognitivas: memória, atenção, processamento de informação, orientação espacial, flexibilidade cognitiva e resolução de problemas, controlo motor e orientação espacial.

A empresa encontra-se presentemente a desenvolver um segundo produto, o Cogniclear VR, que prevê lançar ainda 2024. Trata-se de uma ferramenta de rastreio cognitivo baseada em realidade virtual, que está a ser co-desenhada com parceiros como a Lusíadas Saúde e a Roche Portugal, para detetar precocemente uma potencial perturbação cognitiva (por exemplo Alzheimer), para permitir uma intervenção antecipada, potenciando melhores resultados de saúde.

Para Amir Bozorgzadeh, CEO e Co-Founder da Virtuleap, este investimento “permitirá acelerar a investigação e desenvolvimento e a comercialização de nossas soluções cognitivas de RV que irão ajudar, nas escolas, nas empresas, nos lares, entre outros, a combater esta ‘Crise Cognitiva’”.

GED Ventures Portugal lidera esta ronda de investimento e reforça o compromisso com o #Tech4Purpose.  “Esta aposta na VituLeap reflete a estratégia adotada de investir em tecnologia com impacto direto na saúde mental das pessoas proporcionando uma melhor qualidade de vida. Neste encontro entre a tecnologia e o bem-estar, estamos a construir um novo futuro na saúde mental acessível a todos”, explica Bibi Sattar Marques, Partner e membro do conselho de administração da GED Ventures Portugal.

A GED é um grupo financeiro independente e internacional, estando presente na Europa, Estados Unidos da América e América do Sul. Atualmente, gere mais de mil milhões de euros em ativos nas áreas de Venture, Private Equity e Infraestruturas, assentes no propósito ESG-friendly ethos, presente desde a sua fundação e incorporado em todos os momentos do ciclo de vida dos seus Fundos. Sob o desígnio #Tech4Purpose, a GED Ventures Portugal tem como objetivo o apoio a tecnologias capazes de transformar o mundo, que promovam a sustentabilidade e que sejam capazes de deixar um legado viável e promissor às gerações futuras.

 
Início em fevereiro de 2024
A NOVA Medical School vai lançar uma Pós-Graduação em “Medicina 4.0”, a primeira em Portugal sobre o desenvolvimento...

Esta formação inédita tem como objetivo dotar os formandos dos conhecimentos essenciais para compreender como a tecnologia desempenha múltiplos papéis cruciais na prática médica no presente e, sobretudo, no futuro. Os participantes irão compreender que essas inovações terão um impacto significativo nos ambientes de trabalho, podendo reduzir a carga de certas tarefas, mas também oferecer novas oportunidades e desafios profissionais.

“Esta será a história a escrever na saúde nos próximos anos: a saúde digital está a mover-se desde uma curiosidade, passando por uma ferramenta de investigação, até ser uma corrente imparável e atual, aceite como ferramenta clínica: são tempos entusiasmantes”, segundo o Prof. Doutor Márcio Navalho, Coordenador da Pós-Graduação em Medicina 4.0.

No final do curso, os participantes estarão preparados para as mudanças nos campos da cibermedicina, inteligência artificial, robótica e dispositivos médicos, para que se possam destacar num mundo tecnologicamente cada vez mais avançado.

A Pós-Graduação em “Medicina 4.0” destina-se não apenas a profissionais de saúde, mas também a todos aqueles que possam contribuir para melhorar os equipamentos médicos, como Engenheiros Biomédicos, Eletrotécnicos e Informáticos.

A formação tem um total de 11 sessões, de duas ou três horas cada, com início em fevereiro de 2024.  As inscrições já se encontram abertas e podem ser feitas no website da NOVA Medical School.

Modernização tecnológica
O Presidente do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Alexandre Lourenço,...

Este equipamento vai contribuir para a modernização tecnológica dos equipamentos deste Centro Hospitalar, bem como para reforçar a capacidade do CHUC para responder às necessidades das populações, impactando positivamente a qualidade e o acesso aos cuidados de saúde que prestamos.

Recorde-se que o SNS se encontra num processo de grande investimento e de renovação e modernização do seu parque tecnológico o qual vai permitir a instalação de 68 equipamentos médicos pesados nas várias unidades do SNS em todo o país, num valor que ascende aos 100 milhões de euros. Estes investimentos são realizados no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Programa de Modernização Tecnológica do SNS.

Para o Presidente do CA do CHUC, Alexandre Lourenço, “o investimento agora aprovado permitirá renovar a oferta deste Centro Hospitalar, possibilitando dotar os nossos profissionais dos melhores meios técnicos e, desta forma, melhorar a resposta à população.”

A cerimónia teve lugar no Instituto Português de Oncologia do Porto e contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, o presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Vítor Herdeiro, e da coordenadora da dimensão Resiliência da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, Conceição Carvalho.

Prémio atribuído pela Universidade de Coimbra
O projeto PkXplorer®Epi, de desenvolvimento de modelos de individualização posológica para doentes com epilepsia, é o vencedor...

O projeto PkXplorer®Epi vem dar resposta à inexistência de modelos de individualização posológica (PopPK) para doentes com epilepsia que sejam medicados com anticonvulsivantes de nova geração, como o levetiracetam e o perampanel. Estes modelos permitem determinar, com elevada precisão, a dose de medicamento adequada para cada doente (ajustando-se às suas características individuais, através de biomarcadores predefinidos – como as concentrações plasmáticas ou salivares do fármaco e/ou seus metabolitos). 

Em conjunto com o seu grupo de investigação, as docentes e investigadoras desenvolveram três técnicas analíticas inovadoras para quantificar anticonvulsivantes de nova geração, duas em plasma humano e uma em saliva humana, tendo também criado o primeiro modelo PopPK de individualização posológica de perampanel em doentes adultos diagnosticados com epilepsia farmacorresistente. Agora, têm como objetivo integrar os modelos desenvolvidos numa aplicação informática, que possa ser usada pelos profissionais de saúde na personalização do tratamento anticonvulsivante e expandir para outros grupos farmacoterapêuticos. 

Esta solução permitirá promover tratamentos mais eficazes e seguros num menor período de tempo, diminuindo os riscos de efeito subterapêutico e de toxicidade. “A ausência de modelos de individualização posológica em doentes com epilepsia refratária, assim como a demonstração da aplicação e relevância da nossa invenção na prática clínica, elevam o valor do projeto PkXplorer®Epi, cuja continuidade proporcionará uma melhor e sustentada terapêutica anticonvulsivante, uma melhoria da qualidade de vida da/o doente e redução dos custos de saúde e sociais”, declaram Ana Fortuna e Joana Bicker.

“O projeto vencedor destacou-se entre um elevado número de candidaturas de grande qualidade que foram propostas, o que realça o seu mérito”, declara o Vice-Reitor da UC, Luís Neves, que presidiu ao júri que atribuiu o galardão.

“Uma vez mais mostra-se que o conhecimento produzido pela Universidade de Coimbra resulta em soluções inovadoras de grande impacto para os problemas da sociedade”, afirma o Coordenador da Comissão de Inovação, Serviço e Relação com a Comunidade do Conselho Geral da UC (entidade que propôs a criação da distinção), Alcino Lavrador.

O Prémio Inovação J. Norberto Pires visa estimular e reconhecer iniciativas inovadoras concebidas e desenvolvidas por alunos, funcionários, docentes ou investigadores da Universidade de Coimbra (ou que apresentem qualquer tipo de vínculo académico ou funcional a esta instituição), constituindo uma homenagem a Joaquim Norberto Pires, pela sua excecional contribuição para a inovação na Universidade de Coimbra. O galardão, entregue anualmente, contempla a atribuição de um diploma e uma recompensa no valor de 6.000 euros.

Mais informações, incluindo o regulamento e a composição do júri, estão disponíveis em https://www.uc.pt/premionorbertopires/.

Ação destina-se a cumprir o objetivo de compensar emissões de CO2 anuais da companhia
Pela segunda vez este ano, os colaboradores da AstraZeneca Portugal deitaram, literalmente, as mãos à terra para uma ação de...

Depois de, em março passado, terem sido plantadas 5.500 árvores em Murça, distrito de Vila Real, e tendo em conta as estimativas da Quercus, que apontam que cerca de 30% destas árvores não sobrevivem, foi necessário voltar a agir para uma compensação completa das emissões de CO2. Desta vez, mais de 30 colaboradores ajudaram a plantar 1.650 árvores (30% das 5.550) no Parque Natural de Sintra-Cascais, numa área cogerida pela Câmara Municipal de Cascais e pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

“Sabemos que a saúde do planeta tem impacto em todos nós e consideramos, por isso, essencial fazer uma gestão eficiente da nossa pegada através, nomeadamente, de um investimento na natureza”, refere Sérgio Alves, Country President da AstraZeneca. 

Recorde-se que, desde 2020, a AstraZeneca tem o compromisso de compensar todas as emissões de Co2 em scope 1 e 2 através da plantação de árvores em diferentes regiões do País, numa parceria com a Quercus, o que se traduz em mais de 20 mil árvores plantadas até ao momento.

Esta medida junta-se a várias outras que a companhia tem promovido em Portugal em prol da sustentabilidade ambiental. Esta é uma das prioridades da empresa e tem como expoente máximo o edifício sede, onde estão instalados 795 painéis solares, que têm uma produção estimada de 400 MWh/ano de energia. Um edifício que opera a 100% com energia renovável. Paralelamente, tem existido uma forte aposta na transição para viaturas elétricas, prevendo-se que a totalidade da frota automóvel seja elétrica já em 2024.

Estudo publicado na revista científica European Journal of Medical Research
Uma nova investigação científica revela dados promissores sobre o tratamento da pré‑eclâmpsia, uma doença multissistémica que...

Esta condição é uma das principais causas de mortalidade materna, fetal e neonatal, estando associada ao atraso no crescimento intrauterino e ao nascimento prematuro. Caracteriza-se por um quadro de hipertensão arterial após as 20 semanas de gestação, associada à perda de proteínas na urina e lesão em vários órgãos, como rins, fígado e cérebro.

Até agora, o parto, ou, em casos mais severos, a sua indução, constitui o único tratamento definitivo para esta condição, sendo, por isso, necessário desenvolver estratégias capazes de prevenir a progressão da doença.

Os resultados de um estudo publicado na revista científica European Journal of Medical Research destacam o potencial terapêutico de vesículas extracelulares libertadas pelas células estaminais mesenquimais do cordão umbilical, chamadas exossomas, no tratamento da pré-eclâmpsia em modelo animal.

Estas células presentes no tecido do cordão umbilical têm sido objeto de interesse devido à sua capacidade de diferenciação em diferentes tipos de células, pela rápida autorrenovação e por, uma vez criopreservadas, apresentarem disponibilidade imediata para utilização clínica.

Ao longo do estudo, foram acompanhados animais tratados e não tratados com exossomas de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical chegando-se às seguintes conclusões sobre o tratamento experimental:

  • Tem um efeito positivo na pré-eclâmpsia: conduziu a uma diminuição da pressão arterial nas mães.
  • Está associado a melhorias no desenvolvimento dos fetos: verificou-se aumento do tamanho e do peso dos fetos à nascença, que resultam de melhorias nas trocas gasosas e de nutrientes entre as mães e os fetos.
  • É capaz de promover a reconstituição uma densa rede de vasos sanguíneos na placenta, o que permite uma melhoria na vascularização, crucial para o desenvolvimento saudável do feto.
  • Conduz a uma redução da concentração de um biomarcador de pré‑eclâmpsia, uma proteína que leva a uma disfunção do endotélio (i.e., do tecido que reveste os vasos sanguíneos).

A análise dos exossomas das células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical demonstrou um enriquecimento em proteínas envolvidas na regulação da comunicação, migração e sinalização celulares e na formação de novos vasos sanguíneos.

Os autores recorreram ainda a experiências in vitro, em que estudaram os efeitos dos exossomas de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical na disfunção endotelial que ocorre na pré‑eclâmpsia, tendo observado o efeito benéfico dos exossomas destas células sobre o modelo celular usado, melhorando a capacidade de proliferação e de migração celulares.

Globalmente, estes resultados sugerem que estes exossomas podem ser úteis na recuperação da disfunção endotelial característica da pré-eclâmpsia e fornecem evidências que suportam a consideração da sua administração como uma nova abordagem terapêutica para o tratamento da pré‑eclâmpsia.

Carla Cardoso, Diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal, expressa o seu entusiasmo em relação a estes resultados, que “destacam o potencial dos exossomas das células estaminais do cordão umbilical podem ter no desenvolvimento de novas opções terapêuticas para o tratamento desta condição grave que afeta muitas mulheres durante a gravidez, e cuja prevenção da sua progressão e tratamento são atualmente muito difíceis de conseguir”.

“The Transition”
O lançamento do livro “The Transition” ocorreu no passado dia 28 de novembro, na biblioteca e auditório do Instituto Dom Luiz ...

“Neste ensaio analiso a descarbonização simultânea dos transportes terrestres e do sistema elétrico, tomando Portugal como um caso de estudo, e comparo os resultados de vários modelos possíveis para esta transição. A conclusão é que os diferentes modelos têm consequências marcadamente diversas, não só na mobilidade e no sistema elétrico, como também em toda a economia, no ambiente e no clima, na forma como vivemos e organizamos as nossas sociedades”, diz António M. Vallêra.

António M. Vallêra é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico da ULisboa, e doutorado em Física pela Universidade de Cambridge (Cavendish Laboratory). O seu interesse na área da energia focou-se inicialmente na tecnologia solar fotovoltaica. Atualmente o seu interesse principal diz respeito à transição para sistemas de energia e de transporte descarbonizados.

“O livro também se foca nas políticas públicas, que podem conduzir a melhores resultados, que interessantemente resultam do modelo menos estudado e mais ignorado pelos decisores até hoje”, comenta António M. Vallêra.

A obra em formato digital encontra-se disponível para consulta em regime de acesso aberto (sem custos), através do Repositório da ULisboa. Os leitores interessados em adquirir um exemplar em versão impressa (preço 20€), devem contactar o autor através do seu endereço [email protected].

“The Transition” destina-se a profissionais e decisores das áreas da energia e dos transportes, investigadores e alunos, políticos e público em geral.

 
Investigação visa desenvolver sistema de terapia génica capaz de detetar a presença de células com infeção pelo VIH
O projeto de investigação miThic-eSwitch na área da Virologia – Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH) /...

Em 2023, este programa distinguiu 13 projetos de investigação e de intervenção comunitária nas áreas de Oncologia e Virologia. Um deles foi o “miThic-eSwitch - microRNA-specific targeting of HIV latently infected cells using virus-dependent dCas9 control switches”, reconhecido pelo seu contributo para o avanço científico na área da Virologia - Infeção VIH/SIDA. Com uma duração de 18 meses, tem como instituição proponente a FCiências.ID – Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências. A equipa deste projeto é constituída ainda por Cláudia Estima, Tânia Marques, Carolina Ruivinho e Marcelo Pereira.

“Trata-se de um projeto que surge na continuidade do trabalho desenvolvido pelo nosso laboratório com o objetivo de desenvolver um sistema de terapia génica capaz de detetar a presença de células com infeção latente pelo VIH e promover a sua eliminação de forma seletiva”, diz Margarida Gama Carvalho, acrescentando que, “a cura definitiva continua distante devido à persistência de células infetadas que podem sobreviver de forma silenciosa durante décadas, até reativarem a produção viral”.

O desenvolvimento de uma intervenção curativa para a infeção pelo VIH é reconhecido como uma prioridade de saúde global. As estimativas da Organização Mundial de Saúde apontam para aproximadamente 38 milhões de pessoas no mundo que vivem com SIDA, a maioria das quais em África, com 2,3 milhões (5%) de pessoas infetadas na Europa e na América do Norte. Este número continua a aumentar devido ao sucesso das atuais terapias antirretrovirais no prolongamento da vida dos pacientes, alimentado por um acréscimo de 1,7 milhões de novas infeções todos os anos.

Margarida Gama Carvalho refere que nos últimos anos tem havido um desenvolvimento extraordinário das abordagens disponíveis para manipulação genética dirigida. Estas abordagens são utilizadas de forma regular para fins de investigação e estão a ser dados os primeiros passos na área da aplicação terapêutica.

“O miThic-eSwitch é um projeto de inovação que pretende desenvolver um interruptor molecular capaz de restringir de forma precisa a ativação do nosso sistema de terapia génica para que se expresse apenas nas células alvo, reduzindo efeitos indesejados”, diz Margarida Gama Carvalho.

A plataforma biotecnológica que está a ser desenvolvida por Margarida Gama Carvalho e pela sua equipa tem um potencial de aplicação alargado a outros contextos de doença, que possam beneficiar de terapêuticas de base semelhante, como é o caso de doenças genéticas de base genética e do cancro, indo assim além da aplicação proposta no âmbito do combate à infeção por VIH.

“O reconhecimento deste projeto pelo Programa Gilead GÉNESE representa um enorme incentivo no sentido de continuarmos a prosseguir esta linha de investigação aplicada, em paralelo com o nosso trabalho mais fundamental que visa compreender melhor os mecanismos moleculares dependentes de moléculas de RNA que influenciam a resposta imunitária, infeção viral e a manifestação de doenças de base genética”, conclui Margarida Gama Carvalho.

O que é e para que serve?
A Fototerapia consiste num tratamento baseado na interação da irradiação eletromagnética da luz com

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) iniciou-se o tratamento de úlceras traumáticas com o uso de fototerapia e luz solar, observando-se bons resultados. Em 1925 Goeckerman introduziu a combinação de coaltar e irradiação ultravioleta para tratamento da Psoríase, que foi utilizada por muito tempo.

Usam-se câmaras com lâmpadas emissoras de UVA (ultravioletas A) de maior comprimento de onda, mas que exigem a toma de fotossensibilizadores (psoralenos) para a absorção da radiação.

Também se usam UVB de menor comprimento de onda e maior intensidade, ou de largo espectro (290 a 320 nanómetros-nm) ou uma de “banda estreita” (Narrow band 311 nm) que é considerada a mais ativa no tratamento da Psoríase e do Eczema (atópico).

Também um laser Excimer que é um UV Laser que usa uma mistura de gases nobres e halogéneo, como seu paradigma.

Os laser Excimer têm a característica de conseguir oscilar numa excecional alta eficiência na banda UV e de difícil hardware compacto e são aplicados em diversos campos da indústria e da medicina (cirurgia corretiva da visão 

como o LASIK).

A bomba dá energia que é amplificada pelo gás e a energia convertida em LUZ é refletida através dum “ressonador” ótico que emite o raio final.

Como outros lasers de gás, Excimer é alimentado por uma corrente. O meio laser é um tubo com 3 tipos diferentes de gases;

1 um gás nobre (Argon, Crípton ou Xenon)

2 um gás Halogéneo (Flurina, Clorina ou Bromina).

Funcionamento

Os Excimer assentam na interação entre o gás nobre e o Halogéneo para produzir um raio altamente poderoso.

A corrente bomba o gás obtido (“médio”) usando pulsos muito curtos transmitidos através de elétrodos metálicos, o pulso excita os átomos do gás e fá-los fundirem-se em pares atómicos chamados dímeros.

A principal vantagem dos Excimer é que são capazes de produzir um spot muito pequeno e preciso.

Servem para remover excesso de material pela ablação do laser devido ao facto de conseguirem destruir sem efeito térmico. Isto contrasta com os lasers de CO2.

Com ele pode-se tratar alopecia areata, vitiligo segmentar, eczema, eczema atópico e eczemas localizados e seborreicos.

Os Ultravioletas também são úteis no tratamento dos linfomas cutâneos de células T, como nos estados iniciais de Micose Fungóide.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Redes de Referenciação Hospitalar (RRH)
José Guilherme Tralhão, Diretor do Serviço de Cirurgia do Centro Hospitalar e Universitário (CHUC) integra o grupo de trabalhoi...

A necessidade de revisão advém dos desafios que se colocam atualmente à prestação de cuidados de saúde tendo em conta a modificação das necessidades e a alteração das características das unidades hospitalares, a adequação da distribuição de recursos humanos, o progressivo desenvolvimento tecnológico e a crescente inovação nas várias dimensões.

A RRH de Cirurgia Geral tem como finalidade direcionar o fluxo dos utentes aos Serviços de Cirurgia Geral, tendo em conta a necessidade de adequação de determinadas patologias, que pela sua frequência ou características, carecem de concentração em centros de elevada diferenciação técnica, experiência clínica ou equipamento específico.

As Redes de Referenciação Hospitalar (RRH) desempenham um papel determinante no planeamento e organização na prestação de cuidados de saúde, contribuindo significativamente para garantir a qualidade de cuidados nas diferentes especialidades, a articulação entre as diferentes instituições e a diferenciação e complexidade que cada hospital deve possuir, de forma a poder responder às necessidades em saúde, promovendo a experiência, os centros de referência e a concentração das respostas mais exigentes, de acordo com os padrões internacionais e o estado da arte, garantindo segurança e qualidade.

 
Seminário internacional inserido nas comemorações do 16º aniversário do projeto “(O)Usar & Ser Laço Branco”
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, amanhã (dia 6 de dezembro), as partir das 14h30 (sessão de...

Bernardo Coelho, sociólogo e professor no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, cuja tese de doutoramento versou sobre as acompanhantes e os homens seus clientes, é o convidado a proferir a conferência "Assédio Sexual e Moral nas Instituições de Ensino Superior" (às 15h00). 

Segue-se (16h00-17h30) o painel “Construir uma cultura institucional de tolerância zero ao assédio”, com as intervenções de   Sérgio Barata (coordenador do Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde, que falará sobre “A perspetiva das Forças de Segurança”),  Lúcia Penna (professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro que dissertará sobre “A perspetiva docente no Ensino Superior internacional”),  Manuel Chaves (com o olhar do Provedor do Estudante da ESEnfC) e Ana Maria Conceição (vice-presidente da Associação de Estudantes da ESEnfC).   

O “IV Seminário Internacional Assédio nas Instituições de Ensino Superior – Conhecer para mudar” é organizado pelo projeto “(O)Usar & Ser Laço Branco”, que este mês comemora o 16º aniversário, e pelo projeto “Género, Saúde e Desenvolvimento", inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:  E), da ESEnfC.

O projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, em funcionamento desde 2007, tem como missão prevenir a violência entre pares, a começar pelo namoro, promovendo o fortalecimento da liberdade, da igualdade de género, do humanismo, da cidadania ativa, da cooperação e, ainda, dando mais poder aos jovens. 

Desde esse ano que dezenas de milhares de pessoas, entre estudantes do ensino secundário e superior, encarregados de educação e professores, foram sensibilizados sobre este tema. 

A sessão de abertura do congresso (14h30) conta com as presenças de Maria da Conceição Alegre de Sá (vice-Presidente da ESEnfC), Paulo Pina Queirós (presidente do Conselho Técnico-Científico da ESEnfC), Maria da Alegria Simões (docente em representação do Conselho Pedagógico da ESEnfC), João Alves Apóstolo(c  oordenador científico da UICISA: E) e Armando Silva (coordenador do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco).   

Mais informações estão disponíveis no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/lacobranco2023.

 
Saúde Auditiva
A audição desempenha um papel fundamental na nossa vida quotidiana.

Para além disso, a perda auditiva pode afetar a segurança e a independência das pessoas. A incapacidade de ouvir adequadamente alarmes, sirenes ou sinais de trânsito pode colocá-las em risco. Também pode dificultar o desempenho em ambientes de trabalho, onde a comunicação é essencial.

É importante destacar que a perda auditiva não afeta apenas os idosos. Pessoas de todas as idades podem enfrentar este desafio. Nestes casos, é essencial procurar ajuda profissional, o mais cedo possível. A tecnologia de apoio às dificuldades auditivas, como aparelhos convencionais e implantes cocleares, pode melhorar a qualidade de vida destas pessoas, permitindo, na maior parte das situações, a recuperação da capacidade de ouvir e, consequentemente, o envolvimento pleno nas atividades diárias. Portanto, é fundamental haver uma consciencialização sobre a importância da audição e incentivar a procura de soluções. Todos merecem desfrutar plenamente dos sons, conectando-se com o mundo ao seu redor.

Algumas das principais patologias associadas à surdez são:

  • Surdez Genética – relacionada com mutações genéticas, sendo responsável por mais de metade de todos os casos de surdez. Pode ser considerada sindrómica, se estiver associada a uma síndrome (30%), ou não-sindrómica (70%).
  • Perfuração Timpânica - a rutura da membrana timpânica pode ocorrer por várias razões, entre as quais se destacam: complicações resultantes de otites; não cicatrização da membrana, após colocação de tubo de ventilação; barotrauma por mergulho ou outro impacto forte no ouvido; inserção de objetos no canal auditivo externo, ou outras lesões traumáticas da membrana; traumatismo craniano.
  • Otite - inflamação ou infeção do ouvido. Dependendo da sua localização, pode ser externa (afeta o canal auditivo externo) sendo, normalmente, causada por fungos e bactérias; média (é a mais frequente e ocorre no ouvido médio); interna (afeta o ouvido interno), também denominada labirintite. Esta é considerada a mais grave, pois atinge o labirinto e a cóclea.
  • Otosclerose - crescimento anormal do tecido ósseo no ouvido médio, em particular no estribo, rigidificando toda a cadeia ossicular e impedindo que a transmissão do som se propague normalmente até ao ouvido interno.
  • Doença de Ménière - também chamada hidropisia endolabiríntica, é uma patologia do ouvido interno que afeta a audição e o equilíbrio. Caracteriza-se por vertigem, zumbido e perda auditiva flutuante.
  • Presbiacusia - é o tipo mais comum de perda auditiva neurossensorial, causada pelo envelhecimento natural do sistema auditivo.
  • Traumatismo Acústico - perda auditiva induzida por prolongada exposição a ruído.
  • Ototoxicidade - refere-se ao dano provocado no ouvido interno e sistema auditivo nervoso central, devido a medicamentos ou a exposição a produtos químicos.
  • Surdez Súbita - perda repentina da audição, normalmente em apenas um dos ouvidos. Pode ser de causa desconhecida, estando muitas vezes associada a má vascularização do ouvido interno ou a infeções virais ou bacterianas.
  • Neurinoma do Acústico - tumor benigno do nervo auditivo, geralmente de crescimento lento.

É importante consultar um especialista para obter informações mais detalhadas e precisas sobre cada uma destas patologias.

As variadas condições que podem levar à perda auditiva destacam a complexidade e a diversidade dos desafios enfrentados por aqueles que lidam com problemas de audição. Desde causas genéticas até lesões traumáticas e distúrbios do sistema auditivo, cada patologia possui suas próprias «nuances» e impactos únicos na vida das pessoas. A busca por conhecimento detalhado, acompanhamento médico e o acesso a tecnologias de apoio são passos essenciais para enfrentar e superar os obstáculos impostos por essas condições. A consciencialização sobre essas diversas patologias é fundamental para garantir que todos tenham a oportunidade de receber cuidados adequados e desfrutar de uma vida com plenitude auditiva.

Assim, é crucial reconhecer que a diversidade de patologias relacionadas à surdez não apenas evidencia a complexidade do sistema auditivo humano, mas também destaca a importância da pesquisa contínua e do avanço da medicina para compreender e tratar essas condições. A inclusão e a acessibilidade são pilares fundamentais para garantir que as pessoas afetadas por essas condições tenham igualdade de oportunidades na sociedade. Educação, consciencialização e políticas que promovam a inclusão são essenciais para que todos possam superar os desafios associados à perda auditiva e viver plenamente, independentemente da condição auditiva que possuam.

 
Prof. Dra. Fernanda Gentil - Audiologista, Sócia Profissional (e Honorária)
A. Ricardo Miranda - Associação OUVIR

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas