Programa Nacional de Vacinação
Uma nova e mais abrangente vacina contra o vírus do papiloma humano, com uma eficácia superior a 90 por cento contra o cancro...

De acordo com a subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, esta é uma das várias novidades do novo Programa Nacional de Vacinação (PNV), que entra em vigor a 01 de janeiro de 2017.

“Usávamos uma vacina quadrivalente que cobria cerca de 75 por cento do cancro do colo do útero. Entretanto, foi possível adicionar à vacina mais cinco antigénios”, adiantou em entrevista.

Esta medida permite uma cobertura contra o cancro do colo do útero 20 por cento maior, mantendo-se na mesma em relação às lesões benignas que “estão em franco desaparecimento”.

Segundo o novo PNV, e tendo em conta o princípio de “vacinar o mais cedo possível”, a administração desta vacina será antecipada para os 10 anos, quando até então era recomendada para entre os 10 e os 13 anos.

O objetivo é a administração da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) coincidir com o reforço do tétano e difteria, evitando assim outra ida ao posto de vacinação.

“Ao décimo aniversário, as pessoas fazem o HPV e o reforço do tétano e da difteria”, explicou.

Em relação à possibilidade dos rapazes serem vacinados contra o HPV, Graça Freitas disse que “o benefício para as raparigas é muito maior”.

“Para os rapazes, a proteção do cancro não é tão evidente, porque não é tão frequente”, adiantou.

Ainda assim, a especialista disse que as autoridades vão continuar a acompanhar os resultados dos estudos sobre os efeitos da vacina na diminuição dos cancros da cabeça e pescoço nos rapazes, causados pelo HPV.

Outra novidade do novo PNV, que será apresentado na segunda-feira, é a junção de vacinas do programa a administrar aos dois e seis meses de idade, tendo em conta que existem ainda outras vacinas prescritas (a custos das famílias).

“Aos dois meses começavam a concentrar-se várias vacinas: a pentavalente, que não incluía a da hepatite B, a pneumocócica, introduzida em 2015, além da meningocócica, que era dada por prescrição”, disse.

A partir de 01 de janeiro, as crianças vão receber uma vacina hexavalente, na qual constam a proteção contra a hepatite B, a Haemophilus influenzae tipo B (Hib), a difteria, o tétano, a tosse convulsa e apoliomielite.

A medida permite “maior conforto e maior confiança na vacinação”, afirmou Graça Freitas.

A administração da vacina contra o tétano também vai sofrer alterações, com maiores intervalos, passando a ser tomadas aos dez, 25, 45 e 65 anos. Após os 65 anos, os intervalos entre tomas voltam aos 10 anos.

A alteração do PNV, que resulta de uma revisão iniciada em 2013, vai aumentar os seus custos, que se situam atualmente nos 30 milhões de euros anuais.

Para Graça Freitas, o objetivo desta alteração não foi fazer um PNV mais barato, mas sim melhor para todos, embora a questão dos custos não tenha sido ignorada.

O enfoque desta mudança é que “a vacinação é de facto para a vida e que as vacinas continuam a fazer bem e a salvar vidas”, disse.

A próxima decisão da Comissão Nacional de Vacinação deverá incidir sobre a inclusão, ou não, da vacina contra a meningite B.

Programa Nacional de Vacinação
A vacina BCG contra a tuberculose, que era administrada a todas as crianças logo após o nascimento, vai passar a ser dada...

De acordo com a subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, que coordena o Programa Nacional de Vacinação (PNV), a transição da vacinação universal para a proteção de grupos de risco é “um momento histórico”.

A partir de 01 de janeiro de 2017, apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com risco acrescido para a tuberculose ou as que vivem numa determinada região com uma taxa da doença superior à do país (como nos distritos de Lisboa e Porto).

“Não é difícil encontrar esses meninos. Dá trabalho, mas para isso é que cá estamos”, disse a responsável, em entrevista.

A alteração foi proposta por um subgrupo, criado no âmbito da Comissão Técnica de Vacinação, e contou com o contributo de dezenas de peritos de várias áreas.

“Destas pessoas todas que foram consultadas, algumas representando instituições, apenas uma pessoa, em nome individual, por já estar jubilado, tinha dúvidas sobre a mudança de estratégia. Reuniu-se, pois, um grande consenso junto da comunidade científica”, explicou.

Pesou igualmente na mudança a evolução da tuberculose, hoje com valores muito inferiores dos registados no passado.

Em 2015, Portugal atingiu o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose, com uma incidência de 20 casos por 100 mil habitantes.

A esta evolução positiva acresce o facto de “Portugal ter um programa de vigilância que permite monitorizar a doença”, sublinhou Graça Freitas.

A especialista em doenças transmissíveis garantiu que esta mudança de estratégia não está relacionada com a falta de vacinas BCG que se registou nos últimos anos.

Portugal tem atualmente 64 mil doses de vacina prontas para serem colocadas nas instituições e um “canal aberto de importação do Japão”, disse.

“Nós não quisemos nunca juntar as duas coisas. Só quisemos ter a mudança de estratégia de vacinação quando já tivéssemos as vacinas, para uma coisa ser completamente distinta da outra”, disse.

O novo PNV entra em vigor a 01 de janeiro de 2017 e contará com várias novidades, além das alterações na vacinação contra a tuberculose.

Estas alterações resultam da revisão do PNV, iniciada em 2013.

Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos
O presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos afirmou que a tomada de posse da comissão nacional, quatro anos...

Manuel Capelas falava a propósito do protocolo assinado com o Ministério da Saúde e o Observatório Português dos Cuidados Paliativos do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, que tem como objetivo “a colaboração, o desenvolvimento de ideias, monitorizar e avaliar”.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), a assinatura deste protocolo representa um “grande marco, porque é a primeira vez que o observatório tem um acordo com ministério, para podermos trabalhar com dados fidedignos”.

Mas mais do que o protocolo, Manuel Capelas destaca a “tomada de posse, quase 4 anos depois, de comissão nacional de cuidados paliativos”, através de despacho publicado na quarta-feira.

“Temos neste momento condições políticas e profissionais para pensar de forma estruturada nos cuidados paliativos em Portugal”, afirmou.

Na opinião de Manuel Capelas, atualmente “as coisas não estão bem do ponto de vista de qualidade, quantidade e equidade do processo”.

Segundo a APCP, dez anos depois da criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados ainda existem distritos sem qualquer unidade de cuidados paliativos a funcionar como é o caso de Viana do Castelo, Aveiro e Leiria.

No entanto, o responsável acredita que a comissão nacional de cuidados paliativos vai permitir desenvolver estas unidades e “passar das ideias à prática”, e mostra-se disponível para colaborar no levantamento do número de profissionais com formação específica em cuidados paliativos, para melhor planeá-los e desenvolvê-los.

“Estamos disponíveis para colaborar no desenvolvimento equitativo, para que os cuidados cheguem às pessoas, no tempo útil em que as pessoas precisam”, afirmou, sublinhando que “é preciso acreditar e colaborar com esta equipa”.

O presidente da APCP diz que a comissão nacional – criada em 2012, mas nunca efetivada – vai agora “dar resposta à Lei de Bases dos Cuidados Paliativos”.

“Esperemos, porque as pessoas são competentes e têm formação na área, que agora deem prossecução aos objetivos da lei: dar acesso em tempo útil, dar resposta aos cidadãos que precisam, em função das suas necessidades”, afirmou.

Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos promove, a 18 de Junho, o Dia do Médico, uma cerimónia onde são homenageados os...

Esta iniciativa anual pretende assinalar a qualidade da Medicina portuguesa, tomando como exemplo o trabalho desenvolvido por duas gerações de médicos que contribuíram para fazer do SNS um serviço público de Saúde de referência a nível internacional.

Este ano, a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) escolhe como tema do Dia do Médico o ‘ser médico hoje’ centrado no património da relação médico-doente e na valorização da profissão médica. E destaca a necessidade de um maior reconhecimento e respeito pelos profissionais como uma atitude que possa prevenir fenómenos como a emigração excessiva, a aposentação antecipada e a opção exclusiva pelo sector privado.

"É urgente oferecer condições de trabalho dignas que estimulem os médicos a optar pelo SNS", alerta o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, ressalvando que não está em causa apenas o fator remuneratório: "é essencial respeitar a relação médico-doente, melhorar a organização e o planeamento do sector público, revitalizar a carreira médica e aplicar na prática os mecanismos de progressão na carreira. No fundo valorizar e recompensar as pessoas de acordo com as suas competências e a sua diferenciação técnica".

No entender do presidente do CRNOM, este seria um passo importante para atenuar a saída de profissionais do sistema. "Em 2014 e 2015 emigraram 875 médicos. A grande maioria apresentou como justificação melhores condições de trabalho", aponta o dirigente, recordando, por outro lado, que se aposentaram 3172 médicos entre 2012 a 2015, a maioria de forma antecipada.

"A tudo isto, acresce um número cada vez maior de médicos que trabalham apenas no sector privado. Um número que, atualmente, já ultrapassa os 15 mil médicos", adverte. O que, frisa Miguel Guimarães, "contribui para que os portugueses continuem a sentir que faltam médicos nos hospitais, nos centros de saúde, no serviço público de saúde. Mesmo existindo no país um número claramente superior às necessidades".

"As causas estão identificadas. Falta trabalhar nas soluções que permitam o reforço do capital humano no SNS", refere o responsável do Conselho Regional do Norte. Começando desde logo pelos jovens médicos que agora estão a efetuar o Internato do Ano Comum e a efetuar a sua escolha para a formação especializada.

Também por isso a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos dedica parte do Dia do Médico aos mais novos, com a atribuição do Prémio Daniel Serrão, que honra, estimula e premeia a qualidade da formação pré-graduada e recorda a importância do caminho entre a academia e a enfermaria. "Tal como a Dr.ª Filipa Martins Silva, que foi a melhor aluna finalista da região Norte no ano letivo de 2014/2015, muitos jovens médicos preferiam fazer a sua formação especializada em Portugal e ficar a trabalhar no nosso país", sustenta Miguel Guimarães.

Lembrando que "os jovens hoje têm uma visão do mercado de trabalho mais global do que há algumas décadas", o presidente do Conselho Regional do Norte admite que só será possível "atrair estes médicos se formos competitivos face às propostas vindas do estrangeiro, se lhes oferecermos boas condições de trabalho, incentivos que os atraiam para as regiões mais carenciadas", sustenta. "Os jovens médicos que agora estão a escolher a área em que querem fazer a sua formação específica aspiram ficar em Portugal e só saem porque, de algum modo, não lhes são proporcionadas as condições desejadas", adverte Miguel Guimarães.

Entre as soluções preconizadas para equilibrar o capital humano no SNS e, em particular, nas zonas mais carenciadas, encontram-se medidas como "a promoção de incentivos fiscais, incentivos para alojamento e recolocação da família no mercado de trabalho local e nas escolas, oferta de maior qualidade em termos de equipamentos, dispositivos e materiais que permitam aos médicos a prestação de cuidados de saúde de acordo com o estado da arte, bem como o acesso a formação contínua qualificada".

"Só desta forma conseguiremos garantir que os jovens especialistas, que podem e devem ser o garante da sustentabilidade, inovação e qualidade do SNS, continuem a trabalhar em Portugal", adverte Miguel Guimarães. "Ao Ministério da Saúde cabe o papel de reforçar o capital humano do SNS e contribuir para que este continue a ser um serviço de saúde de excelência, universal e tendencialmente gratuito", frisa.

A edição deste ano do Dia do Médico irá ainda contar com uma conferência de Artur Santos Silva, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian. Uma palestra que promete ser enriquecedora e que irá abordar a temática dos aspetos culturais e éticos do ser médico.

A cerimónia está agendada para as 18h00 e irá decorrer no Salão Nobre do Centro de Cultura e Congressos da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

Em todo o país
Os pólenes vão estar em níveis muito elevados em todas as regiões de Portugal Continental, a partir de sexta-feira e durante...

Segundo o Boletim Polínico, entre sexta-feira e o dia 23 de junho, os níveis de pólenes vão manter-se em níveis muito elevados em todo o Continente, sendo baixos na Região Autónoma da Madeira e moderados nos Açores.

Na região de Trás-os-Montes e Alto Douro vão predominar os pólenes das ervas gramíneas, do castanheiro e da erva parietária.

Na zona do Porto terão predomínio as ervas gramínea, parietária e tanchagem e as dos castanheiros.

Já na Beira Interior o predomínio será de gramíneas, oliveiras, carvalhos e erva parietária.

Na região de Lisboa e Setúbal, as previsões apontam para um predomínio das ervas gramíneas e parietária e das árvores oliveira e carvalhos.

Os pólenes das gramíneas, da tanchagem, da parietária, da oliveira e sobreiro serão os que dominam no Alentejo.

Na região do Algarve, os pólenes a predominar serão os das gramíneas, seguidos dos das oliveiras, sobreiro e tanchagem.

Doenças Cardiovasculares
Responsáveis por mais de 20 mil mortes por ano, as doenças cardiovasculares têm um grande impacto na
Coração feito com frutas legumes e vegetais

De acordo com os dados disponíveis, Portugal tem a maior taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares na Europa Ocidental.

Associadas aos maus hábitos alimentares e estilo de vida, sabe-se que cerca de 70 por cento da população portuguesa tem colesterol elevado, 20 por cento é fumadora e 40 por cento é hipertensa.

Números aos quais se junta ainda uma das mais altas taxas de sedentarismo. Um alerta lançado pela Organização Mundial de Saúde, que destaca o país como o estado Europeu como menos praticantes de atividade física.

Uma alimentação cuidada – variada e com baixo teor de gorduras e sal - , aliada à prática regular de exercício físico é essencial para a manutenção da saúde cardiovascular, e um dos desafios da sociedade atual, cada vez mais presa à fast-food, aos alimentos processados ou pré-confeccionados e à inércia.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, uma alimentação saudável é, aliás, um dos aspetos mais importantes para conseguir manter ou melhorar a saúde. Para além de ajudar a controlar o peso, ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e acidentes cerebrais vasculares (AVC), baixa os níveis de mau colesterol, melhora o controlo dos níveis de açúcar no sangue , prevenindo a diabetes, e ajuda a reduzir os níveis da tensão arterial.

“Uma alimentação saudável contém muitos vegetais e frutas, hidratos de carbono como pão de mistura, massa e arroz, lacticínios magros ou meio gordos, mais peixe do que carne, água à discrição e contém pouca gordura (especialmente a gordura saturada), sal e açúcar”, pode ler-se na página da fundação.

Deste modo, deve apostar-se em alimentos com baixo teor de gordura e sal e moderar o consumo de álcool que pode afetar gravemente o músculo do coração.

Comer peixe gordo é outra das recomendações. “Os ácidos gordos omega 3 que se encontram nos peixes mais gordos, como o salmão, atum, cavala e a sardinha, ajudam a regular os batimentos do coração, melhoram a resistência dos vasos sanguíneos e previnem a formação de coágulos de sangue nas artérias coronárias”, explicam os especialistas.

Os melhores aliados do coração

Ainda que um alimento, por si só, não tenha a capacidade para combater uma determinada doença, isso não significa que não possua propriedades que o podem ajudar.

No caso das doenças cardiovasculares, saiba que a introdução de certos alimentos na dieta do dia-a-dia podem ajudá-lo a combater fatores de risco como hipertensão ou colesterol.

Nozes

De acordo com American Heart Association, sendo ricas em gordura monossaturada, vitamina E, ómega-3 e alfa-linolénico, as nozes contribuem para a redução dos níveis de mau colesterol no sangue e diminuem o risco de problemas cardíacos

Salmão e atum

Consumir peixe rico em ómega-3, duas vezes por semana, diminui os riscos de ataque cardíaco, graças ao aumento do colesterol bom no sangue e à queda dos níveis de triglicéridos

Azeite

Vários estudos demonstram que usar azeite para cozinhar ou temperar  saladas, por exemplo, diminui em 41 por cento as hipóteses de sofrer um AVC

Abacate

Um estudo publicado no México nos anos 90 mostrou que o consumo desta fruta ajuda a reduzir os níveis de mau de colesterol (LDL) e aumenta o bom (HDL)

Romã

A romã contém substâncias antioxidantes que protegem a parede das artérias. O sumo desta fruta também estimula o corpo a manter a pressão arterial nos valores ideais

Melancia

Um estudo realizado na Universidade da Flórida indicou que a melancia é capaz de alargar os vasos sanguíneos contribuindo, deste modo, para a redução da pressão exercida sobre os mesmos

Laranja

De acordo com estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, beber dois copos de sumo de laranja ajuda a diminuir a pressão arterial e melhora as funções dos vasos sanguíneos

Espinafre

Rico em potássio e acido fólico, o espinafre diminui o risco de doenças cardíacas em 11 por cento

Brócolos

Ricos em vitamina K, que protege as veias, os brócolos são também uma importante fonte de fibra, que ajuda a manter a pressão arterial e os níveis colesterol sob controlo

Espargos

Este vegetal diminui naturalmente a pressão arterial, reduzindo o risco de ataque cardíaco causado por anos de erros alimentares e artérias entupidas

Queijo

Um estudo recente do Brigham and Women's Hospital e Harvard Medical School descobriu que consumir três porções de queijo magro ajuda a reduzir a pressão arterial

Chá verde

Rico em catequenias contribui para a redução do mau colesterol, para a manutenção do peso e na prevenção de tumores

Café

Investigadores holandeses concluiram que consumir pelo menos duas chávenas de café por dia (mas não mais do que quatro) reduz em 20 por cento o risco de ataque cardíaco, o que indica que o seu consumo moderado é benéfico. No entanto, a polémica em torno do café persiste. Victoria Taylor da Fundação Britânica do Coração diz que é preciso cautela e que são necessários mais estudos que comprovem os benefícios desta bebida. Moderação é a palavra chave.

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Plantas que ajudam a combater o colesterol

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Máquinas de venda automática
A Fundação Portuguesa de Cardiologia acaba de anunciar que considera muito positiva para a saúde pública a intenção que o...

Estas máquinas são por vezes a única oferta alimentar disponível aos utentes e funcionários, condicionando grandemente as escolhas, porque é habitual nestes equipamentos a presença exclusiva de alimentos com elevado conteúdo em sal, gordura e açúcar, nutrientes que em excesso são prejudiciais para a saúde, nomeadamente, para a saúde cardiovascular.

Assim, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) sugere que neste tipo de máquinas estejam incluídos alimentos que proporcionem opções mais equilibradas aos utentes, nomeadamente:

·         Sandes variadas elaboradas com pães de mistura ou sementes que podem conter fiambre ou queijo ou mistas ou ovo cozido e que até podem incluir alface e tomate ou outro legume. Não devem ser utilizados molhos;

·         Peças de fruta inteiras - maçãs, peras, bananas, frutos vermelhos;

·         Taças com fruta pré-preparada cortada em pequenos pedaços – ananás, manga, morangos;

·         Iogurtes sólidos e líquidos magros ou meio gordos e com baixo teor de açúcar;

·         Pacotes “uni-dose” de bolachas tipo Maria ou torrada ou água e sal ou outra com baixo teor de gordura, açúcar e sal;

·         Pacotes “uni-dose” de frutos secos ou sementes, sem sal – amêndoas, nozes, pevides, pistáchios;

·         Copos de gelatina com vários sabores;

·         Água lisa e água com gás;

·         Leite simples meio gordo e magro;

·         Sumos naturais ou 100%;

·         Chá ou infusões de ervas ou frutos.

A FPC considera ainda que seria muito importante implementar esta medida em escolas, universidades e todas as empresas e instituições públicas como ministérios, Assembleia da República, tribunais entre outras. Também no setor privado deveria haver sensibilização para a melhoria da oferta deste tipo de máquinas em todas as empresas, hospitais e espaços públicos.

Redução do consumo de sal
Enquanto vencedora do prémio Distinção Notável para a Redução do Consumo de Sal na População (Dietary Salt Reduction at a...

O prémio, divulgado no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Hipertensão, foi desenvolvido pela Liga Mundial de Hipertensão para distinguir indivíduos e organizações cujos progressos foram notáveis ao nível da prevenção e do controlo da hipertensão e da redução do consumo de sal na alimentação. Este ano, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) foi a única vencedora na categoria que diz respeito à redução do consumo de sal.

José Mesquita Bastos, Presidente da SPH, afirma que “Este caminho iniciou-se em 2009 com a aprovação da lei que estabeleceu limites máximos para o teor de sal no pão. Contudo, Portugal é um país pobre, com alta prevalência de hipertensão e elevada percentagem de morte por AVC e, ao mesmo tempo, com consumo excessivo de sal, pelo que é imperativo que a SPH continue a atuar no sentido da sua redução.”

Instituo Nacional de Estatística
O número médio de filhos por mulher subiu em 2015 para o valor de 1,3 filhos, quando em 2014 era de 1,23, segundo as...

“No período de 2005 a 2015, o índice sintético de fecundidade apresenta uma tendência de declínio, ainda que com ligeiras oscilações, atingindo em 2015 o valor de 1,30 filhos por mulher, o que traduz uma recuperação face aos valores de 1,21 e 1,23 filhos por mulher de 2013 e 2014”, refere a informação do Instituo Nacional de Estatística (INE).

Em 2005 o número médio de filhos por mulher era de 1,42 filhos, tendo atingido em 2013 o valor mais baixo destes 10 anos (2005-2015).

No ano passado houve um aumento de 3,6% de nascimentos de nados-vivos, num total de 85.500, quando em 2014 se tinha situado nos 82.367.

Em média, por dia, nasceram no ano passado 234 crianças em território português. Contudo, o aumento de óbitos contribuiu para que o saldo natural da população se mantivesse com valor negativo.

Instituo Nacional de Estatística
A população residente em Portugal teve uma redução de 0,32% em 2015, passando a 10,34 milhões de pessoas, o que reflete saldos...

As estimativas de população residente em Portugal em 2015, apontam para um aumento do número de mortes e também de nados vidos, mas continuaram a morrer mais pessoas do que a nascer.

Assim, o saldo natural em 2015 foi negativo em 23.011 pessoas, ainda assim um ligeiro aumento relativamente a 2014, quando o balanço entre mortos e nados-vivos foi de menos 22.423.

Também o saldo migratório - diferença entre o número de pessoas que entra no país e do número de pessoas que sai - continuou negativo em 2015 (-10.481). Apesar disso, registou-se um aumento do número de imigrantes e a diminuição do número de emigrantes relativamente a 2014.

Globalmente, em 2015 continuou, embora atenuado, o decréscimo populacional que se tem verificado desde 2010. Em números brutos, houve menos 33.492 pessoas a residir no país no ano passado.

O Instituo Nacional de Estatística (INE) regista um acentuar do envelhecimento demográfico: entre 2005 e 2015 há um duplo envelhecimento, com o número de idosos a aumentar em mais de 316 mil e o número de jovens até aos 15 anos a diminuir 208 mil. O número de pessoas em idade ativa – entre os 15 e os 64 anos – reduziu-se em 278 mil.

Estas alterações refletem o aumento da idade média da população residente que passou de 40,6 anos em 2005 para 43,7 anos em 2015.

“Em 2005, por cada 100 jovens residiam em Portugal 109 idosos, valor que aumentou para 147 em 2015. Desde 2000 que o número de idosos é superior ao de jovens”, refere a informação do INE.

Também o número de dependência de idosos continua a crescer: no ano passado, por cada 100 pessoas em idade ativa residiam em Portugal 32 idosos, valor que em 2005 estava nos 26.

O envelhecimento da população em idade ativa mostra a diminuição do índice de renovação populacional. Desde 2010 que o número de pessoas em idade potencial de saída do mercado de trabalho não é compensado pelo número de pessoas em idade potencial de entrada.

Burlas ao Estado
A Polícia Judiciária deteve dois médicos e uma farmacêutica por burla ao Estado e falsificação de receitas médicas, crimes que...

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) dá conta da detenção efetuada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, no âmbito de um inquérito do Ministério Público, de dois médicos, de 45 e 57 anos de idade, e de uma farmacêutica, de 36 anos, na zona Centro do país, por “crimes de falsificação de documento agravada e burla qualificada”.

Em causa está um esquema fraudulento, com o objetivo de obter lucros ilícitos, em que os médicos passavam receitas médicas fictícias, para receberem a taxa de comparticipação paga pelo Estado.

No decurso da investigação, foram realizadas dez buscas, entre domiciliárias e não domiciliárias, tendo sido apreendido diverso material relacionado com esta prática criminosa, por causa da qual “o Serviço Nacional de Saúde (SNS) estará lesado num valor próximo de um milhão de euros”.

Os detidos serão presentes às autoridades judiciárias a fim de serem submetidos a primeiro interrogatório judicial.

A investigação prossegue no sentido de determinar todas as condutas criminosas e o seu alcance, bem como o prejuízo total causado ao Estado de comparticipações obtidas fraudulentamente do SNS, adianta a PJ.

Universidade da Beira Interior
Uma investigação que está a ser realizada na Universidade da Beira Interior, sediada na Covilhã, alcançou "resultados...

Em nota de imprensa, a Universidade da Beira Interior (UBI) adianta que o estudo está a ser realizado no Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da universidade e que as mais recentes conclusões apontam para a possibilidade de tratamento - quer por via intravenosa, quer pelo método ‘in vitro’ - com nanopartículas contendo ácido retinóico.

"Em teoria, a administração destas nanopartículas não só pode reabilitar os vasos propriamente ditos, mas igualmente possibilitar que novos neurónios proliferem, migrem para a zona de lesão e sobrevivam", refere Raquel Ferreira, a investigadora que lidera o estudo e que é citada na nota.

As conclusões foram recentemente publicadas na "Nanoscale", que é considerada uma das mais importantes revistas científicas de nanociência.

De acordo com a investigadora, os resultados agora alcançados são "robustos" e foram mais longe do que se esperava inicialmente, abrindo portas a outra utilização da técnica realizada.

Assim, por um lado, a possibilidade de "administração destas partículas de forma intravenosa, de maneira a estimular o mecanismo de regeneração interno", método para o qual ainda é necessário fazer testes de modo a confirmar que não há riscos para outros órgãos.

Por outro lado, pode também proceder-se à recolha "das células progenitoras endoteliais, aumentar o seu número ‘in vitro’ e voltar a injetá-las no doente para que façam o que sabem de melhor, ou seja, promover a reparação tanto vascular como do tecido cerebral", acrescentou Raquel Ferreira.

A investigação pretende agora avançar para testes em modelo animal e dentro de um ano espera ter mais elementos que complementem estes dados.

O artigo que dá a conhecer os recentes resultados tem o título "Retinoic acid-loaded polymeric nanoparticles enhance vascular regulation of neural stem cell survival and differentiation after ischaemia", é encabeçado por Raquel Ferreira e conta com coautoria de outros elementos.

Segundo a nota da UBI, participaram na realização do trabalho Márcia Fonseca, Tiago Santos, Liliana Bernardino (CICS), Miguel Castelo Branco, que é também diretor do mestrado integrado em Medicina da UBI, e ainda Fátima Paiva e Ricardo Tjeng, clínicos do Centro Hospitalar Cova da Beira, João Sargento-Freitas, clínico no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, e Lino Ferreira, investigador no Biocant Park e no Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra.

A publicação na "Nanoscale" é editada pela Royal Society of Chemistry e trata-se de uma revista científica que está entre as melhores e se direciona para a aplicação de terapêuticas de novas formulações.

Entregue no parlamento
Os profissionais das diversas medicinas alternativas entregam, no parlamento, uma petição com 120 mil assinaturas a exigir o...

Com o lema “Por uma saúde sem IVA”, a petição juntou as assinaturas em poucos meses, e ainda conseguiu reunir numa causa milhares de profissionais de terapêuticas não convencionais, estando em criação uma União das Medicinas Naturais, como explicou fonte ligada à iniciativa.

A petição teve origem na Associação Portuguesa de Profissionais de Acupunctura (APPA), a que se juntaram outros profissionais e muitas pessoas que apoiam as medicinas naturais, explica um comunicado divulgado.

Segundo o documento da APPA, a delegação que estará no Parlamento é composta por representantes das terapêuticas não convencionais e será recebida simbolicamente por todos os grupos parlamentares.

“A Petição pretende a consagração legal expressa da isenção de IVA nas Terapêuticas Não Convencionais”, frisa o comunicado, acrescentando que “a Autoridade Tributária e Aduaneira está a aniquilar financeiramente a atividade dos prestadores de saúde das Terapêuticas Não Convencionais”.

Em causa estão profissionais de Acupunctura mas também de Osteopatia, Naturopatia, Homeopatia, Quiropráxia, Fitoterapia e Medicina Tradicional Chinesa, aos quais está a ser cobrado retroativamente IVA de quatro anos (desde 2013, quando a prática foi regulamentada).

A fonte ouvida pela Lusa explicou que as Finanças estão a contactar profissionais no sentido de pagarem IVA. “E depois chega-se ao ridículo de, a um médico de medicina convencional, que aprendeu por exemplo acupunctura, não lhe ser cobrado IVA e, ao lado, um profissional que faz o mesmo trabalho, tem de cobrar IVA”, disse.

“É uma injustiça e uma situação que pode levar muitos a fechar portas”, avisou.

A situação já levou a uma manifestação dos profissionais das medicinas naturais em frente à Assembleia da República, no passado dia 01. Uma situação que, diz o comunicado, “não só coloca em risco milhares de postos de trabalho, como afeta gravemente a liberdade de escolha e acesso dos utentes às medicinas naturais, pondo em causa uma pedra basilar da Democracia Portuguesa, o Direito à Saúde”.

Evitar abandono no superior
O bastonário da Ordem dos Psicólogos defendeu a criação de programas de aconselhamento vocacional e de carreira, para evitar...

Em declarações, Telmo Baptista disse que 12.160 alunos do primeiro ano do ensino superior público, no ano letivo 2014/2015 (19% do total dos estudantes), mudaram de curso ou abandonaram os estudos, o que representou um custo de 67 milhões para o Estado.

O custo destes processos representa 5.500 euros por estudante, segundo dados divulgados no congresso “Mudando vidas para melhor: a Orientação Escolar e Profissional como vetor de desenvolvimento pessoal e social”.

Para o bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), é um “custo enorme” para o Estado e acaba por ser “desperdiçado”.

“Foram 67 milhões que foram gastos e que não tiveram um reflexo positivo naquilo que seria o percurso das pessoas. Com uma parte muito menor deste custo conseguiríamos ter formas de ter uma boa intervenção psicológica relacionada com as questões vocacionais e de carreira”, defendeu.

Com esta intervenção psicológica, argumentou, este investimento era melhor aproveitado e sem consequências negativas para os estudantes e respetivas famílias e sem o sofrimento associado ao insucesso e abandono escolar.

Isto porque os jovens ficavam mais capacitados para “procurar percursos profissionais mais adequados às suas necessidades, às suas competências e às suas ambições”, disse Telmo Mourinho Baptista.

“Temos que pensar definitivamente não no curto prazo, que custa muito dinheiro e muito sofrimento, e temos que pensar a médio e a longo prazo”, acrescentou.

Para Telmo Baptista, o valor que está a ser pago pelos contribuintes podia ser investido, numa “parcela muito mais pequena”, na criação de “bons serviços, mais generalizados”, que permitissem às pessoas ter mais capacidade para escolherem as suas carreiras.

Sobre os motivos que levam os estudantes a abandonar ou mudar de curso, o bastonário disse que há “um conjunto de motivações para o fazer”, mas em muitos casos deve-se à ausência de “um trabalho de orientação” para saberem o percurso profissional mais adequado.

“As pessoas acabam por abraçar percursos profissionais que são muitas vezes profundamente insatisfatórios” e que se refletem negativamente no seu dia-a-dia, lamentou.

Universidade do Minho
As universidades do Minho e de Columbia (EUA) provaram que mutações genéticas estão a "comprometer a eficácia" dos...

Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) adianta que um estudo coordenado pela investigadora do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da academia minhota, Isabel Veiga demonstrou que as mutações no gene pfmdr1 "colocam em causa" a eficiência do combate à Malária através do tratamento à base de artemisinina, fármaco considerado o mais eficiente neste âmbito e cuja descoberta valeu o Prémio Nobel da Medicina à chinesa Youyou Tu.

A UMinho lembra que a Malária continua a ser "uma das doenças mais perigosas", colocando "em risco" metade da população mundial, e que em 2015 foram registados cerca 214 milhões de casos de malária dos quais 438 mil pessoas resultaram na morte do doente (nove em cada dez mortes ocorrem na África subsaariana).

"Um dos principais fatores responsáveis pela falta de controlo desta doença é o aparecimento de resistência aos fármacos", afirma Isabel Veiga, cujo trabalho, publicado recentemente na "Nature Communications", salientou a importância de mutações no pfmdr1 na resposta do parasita da malária (Plasmodium falciparum) a diversos antimaláricos usados clinicamente.

A investigação avaliou também "milhares" de genomas daquele parasita para determinar a prevalência e as associações regionais destas mutações.

"Num mundo globalizado de rápido fluxo de pessoas e bens, é normal existir maior facilidade para transmissão de doenças infectocontagiosas. A deteção da diversidade genética do parasita da Malária e a sua implicação na eficiência dos tratamentos torna-se crucial para o controlo e a contenção da doença, evitando epidemias futuras. Em Portugal, esta área é importante em termos científicos e de saúde pública, principalmente devido às ligações crescentes com os Países Africanos de Linga Oficial Portuguesa", refere no texto a cientista.

A UMinho lembra ainda que "embora a taxa de mortalidade [associada à Malária] tenha diminuído em quase 25% desde 2000, a doença continua a matar uma criança por minuto na África".

A Malária é transmitida pela picada dos mosquitos Anopheles, contaminados pelo parasita Plasmodium e os principais sintomas são febre e dor de cabeça, que, em alguns casos, podem progredir para coma ou morte.

Associação Nacional de Farmácias
Em abril de 2016, foram reportadas cerca de 4,4 milhões de embalagens de medicamentos em falta pelas farmácias, revelou a...

Os dados foram apresentados na Comissão Parlamentar da Saúde, onde o presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) esteve a fazer um ponto de situação do setor e das propostas das farmácias para a normalização da assistência farmacêutica às populações.

Paulo Duarte revelou que os dados mais recentes disponíveis, relativos a abril deste ano, dão conta da existência de 552 farmácias em processo de insolvência ou penhora (92 em insolvência e 360 com penhoras), o que representa 18,8% de todo o setor.

Reportando-se a dezembro de 2012, o responsável indicou que nestes três anos e quatro meses, as insolvências aumentaram 214,8% e as penhoras aumentaram 100%.

Segundo Paulo Duarte, as regiões do país mais críticas em matéria de insolvência de farmácias são Portalegre, Guarda, Setúbal, Lisboa e Algarve.

No entanto, quando questionado pelo deputado do PSD Miguel Santos sobre o número de farmácias que foram efetivamente declaradas insolventes nos últimos anos, ou que perderam licença para operar, Paulo Duarte não soube responder, afirmando não dispor desses números.

À questão sobre quantas farmácias em processo de insolvência estão em processo de recuperação, o presidente da ANF também não respondeu.

Outro dado apresentado pela associação que evidencia a existência de uma “crise profunda” no setor diz respeito à evolução mensal de embalagens em falta nas farmácias, que só em abril deste ano totalizavam 4,4 milhões.

Contudo, desde janeiro de 2014, o número de embalagens em falta tem oscilado entre os quatro e os cinco milhões, sendo que em dezembro de 2015 esse valor estava abaixo dos quatro milhões e depois voltou a subir.

Sobre a evolução do mercado farmacêutico, Paulo Duarte afirmou que “este ano o mercado continua em queda”: caiu 2,8% do valor de mercado, relativamente a 2015, e 4% em volume (quantidade de embalagens).

A ANF destacou também a estagnação do mercado de genéricos, afirmando que entre abril de 2015 e abril deste ano a poupança com genéricos diminuiu 6,8% (menos 10 milhões de euros) e que em dois anos (entre dezembro de 2013 e dezembro de 2015), a quota de genéricos no mercado SNS cresceu apenas 2 pontos percentuais.

Quanto à evolução da despesa do SNS, a ANF afirma estar controlada, afirmando que as estimativas para o período 2016-2018 apontam para que haja uma “manutenção e até queda da despesa do Serviço Nacional de Saúde com medicamentos em ambulatório” (menos 1,9% de 2016 para 2017 e menos 1,4% de 2017 para 2018).

Paulo Duarte lamentou que a situação das farmácias continue a não evoluir e, ressalvando que o setor não quer "condições especiais”, afirma que precisa de “condições para trabalhar”.

Entre as iniciativas que a ANF defende, conta-se a definição de um critério objetivo de remuneração.

“Antigamente as farmácias ganhavam muito, agora ganham pouco. O problema é a falta de critério. Se houvesse um critério que definisse qual o nível de rendimento adequado”, estas oscilações não aconteceriam, defende.

A dispensa de medicamentos hospitalares, a prestação de serviços (como vacinação na farmácia, por exemplo) ou a partilha de ganhos, são outros dos princípios defendidos pela ANF.

Estudo
Quanto mais em forma se estiver na meia-idade, menor é o risco de acidente vascular cerebral depois dos 65 anos, afirma um...

O estudo foi realizado a partir de dados recolhidos de 19.815 pessoas de raça branca com idades entres os 45 e 50 anos, das quais 79% eram homens.

Os participantes foram submetidos a diferentes exames para medir as suas capacidades cardiorrespiratórias, escreve o Sapo. Em função dos resultados, os voluntários foram divididos em três grupos, de acordo com seu estado físico (mau, médio e bom).

As pessoas que tinham as melhores capacidades respiratórias beneficiaram de uma redução de 37% do risco de acidente vascular cerebral (AVC) depois dos 65 anos, em comparação com o grupo em mau estado físico.

A relação entre o estado físico e o risco de AVC depois dos 65 anos continuou a verificar-se mesmo quando os investigadores consideraram outros fatores de risco, como a hipertensão, diabetes e fibrilhação auricular.

"Os resultados deste estudo comprovam o papel único e específico do exercício físico na prevenção de um AVC", afirmou Jarett Berry, professor-adjunto de medicina interna do Centro Médico da Universidade de Texas e principal autor do estudo, cita a agência de notícias France Presse.

Os acidentes vasculares cerebrais são a quinta maior causa de morte nos Estados Unidos e uma das maiores causas de incapacidade permanente.

Cirurgião alerta
Visualmente conhecida como um “buraco” no tórax, a doença do peito escavado afeta uma em cada 500 pessoas em todo o mundo e...

"O peito escavado ou pectus excavatum é uma doença caracterizada por uma deformação das costelas e do esterno, que afeta, na sua maioria, pessoas altas e magras. Do ponto de vista clínico, é uma doença que pode ter consequências avassaladoras para o doente com a manifestação de sintomas como dor torácica, falta de ar e intolerância ao exercício físico", revela Tiago Henriques Coelho, cirurgião pediátrico.

E acrescenta: "A doença tem também graves repercussões para o doente a nível psicológico e social, uma vez que este fica condicionado a uma imagem com a qual não se identifica, evitando todo o tipo de atividades que exigem uma maior exposição do corpo como, por exemplo, ir à praia ou à piscina com os amigos".

Relativamente ao tratamento, escreve o Sapo, o médico revela que em crianças pode ser realizado através de uma abordagem não cirúrgica, embora no adolescente e no adulto o cenário seja diferente: "nestes casos é necessário um tratamento cirúrgico com recurso a técnicas minimamente invasivas, nomeadamente a toracoscopia. A técnica de Nuss é a de eleição, uma vez que permite a correção cirúrgica da doença sem cicatriz visível".

Donald Nuss, um dos cirurgiões pediátricos mais influentes das últimas décadas ao descrever esta técnica cirúrgica totalmente inovadora no tratamento da doença, vai estar em Portugal para participar no Oporto Pectus Meeting 2016. A iniciativa decorre no dia 2 de julho, entre as 9h e as 17h30, no Hospital Lusíadas Porto, e conta com a participação de 100 especialistas e de um doente para contar a história na primeira pessoa.

Estudo
A má nutrição está a alargar-se, a obesidade aumenta em quase todos os países e a desnutrição persiste nos lugares mais pobres,...

A comunidade internacional não conseguirá acabar com a má nutrição até 2030 se não atuar mais energicamente, segundo os autores do estudo financiado por entidades públicas e organizações filantrópicas de todo o mundo.

O estudo, segundo o Sapo, assinala que pelo menos 57 dos 129 países analisados apresentam altos níveis tanto de desnutrição - principalmente no atraso do crescimento e anemia - como de obesidade e excesso de peso na idade adulta.

"Uma em cada três pessoas sofre de má nutrição", explica Lawrence Haddad, co-presidente do grupo responsável pelo estudo e investigador associado ao International Food Policy Research Institute, citado num comunicado de imprensa daquele instituto.

Segundo a investigação, quase metade das mortes de crianças com menos de cinco anos é provocada por má nutrição. No entanto, também o número de crianças com menos de cinco anos com excesso de peso está mais próximo do número crianças com a mesma idade com peso abaixo do desejado.

Segundo o estudo, os países precisam de investir mais 70 mil milhões de dólares para alcançar os objetivos mundiais de redução em termos de atraso de crescimento, má nutrição severa, lactância e de redução da anemia previstos para 2030.

No Parlamento
O Parlamento vai debater a inclusão de uma opção vegetariana em todas as cantinas públicas, uma proposta legislativa do partido...

Em março deu entrada na Assembleia da República uma petição pela inclusão de opções vegetarianas nas escolas, universidades e hospitais portugueses.

Das cerca de 15.000 assinaturas recolhidas, foram validadas e entregues cerca de 12.000, que representam “a vontade de muitos portugueses que, por opção ou necessidade, motivados por aspetos éticos, ecológicos ou de saúde, seguem regimes de alimentação que diferem da norma, nomeadamente uma alimentação vegetariana”, refere o PAN.

Para André Silva, subscritor do projeto de lei e único deputado do PAN na Assembleia da República, “Portugal possui as condições necessárias para adotar uma dieta vegetariana”, uma vez que tem “uma produção vegetal de elevada qualidade, com variedade sazonal e diversificada”.

“A nossa tradição gastronómica baseia-se em produtos de origem vegetal, que vão desde a sopa de hortícolas a uma grande variedade de frutas, passando ainda pelo pão e pelo azeite”, afirma o deputado no documento.

Salienta ainda o “evidente impacto” da alimentação na saúde, lembrando a publicação “As linhas de orientação para uma alimentação vegetariana saudável”, lançada pela Direção-Geral da Saúde em 2015, ”onde claramente reconhece os benefícios de uma alimentação baseada em produtos de origem vegetal”.

Por outro lado, defende André Silva, uma dieta sustentável “deve ter um baixo impacto ambiental contribuindo para padrões elevados de segurança alimentar e de saúde das gerações futuras”.

A oportunidade para a inclusão de uma alternativa vegetariana em todas as cantinas públicas tem motivações pedagógicas, ambientais e de saúde, mas também é uma forma de “impedir a discriminação das pessoas que já seguem esta dieta mas que dificilmente conseguem fazer uma refeição fora das suas casas”.

“Esta questão torna-se especialmente relevante quando se tratam de crianças e jovens, os quais são também cada vez mais a seguir este tipo de alimentação e sentem-se muitas vezes discriminados nas escolas, pelos colegas, professores, auxiliares, por comerem comida diferente, necessariamente trazida de casa”, salienta André Silva.

Para o deputado, “é importante que sejam asseguradas as condições para que todos possam seguir as suas dietas sem qualquer tipo de discriminação”, mas também é de “extrema importância informar e sensibilizar as pessoas para o impacto que a sua alimentação tem na natureza mas também na sua própria saúde”.

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