1 de junho - Dia Mundial da Criança
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra proporciona manhã lúdica e pedagógica, que visa promover o conhecimento dos mais novos...

São 136 os meninos do 1º ciclo do ensino básico que, no dia 1 de junho, vão participar num conjunto de workshops organizados pela Escola Superior de Enfermagem (ESEnfC) para comemorar o Dia Mundial da Criança, subordinados ao tema "Aprender, brincando aos enfermeiros".

Mostrar aos mais novos o que é ser enfermeiro e promover o conhecimento da criança sobre cuidados de Enfermagem em Saúde Infantil e Pediatria são objetivos da participação nestes ateliês, com início às 9h30, nas instalações a ESEnfC em São Martinho do Bispo (Polo B).

“A vacinação é muito importante!”, “Tenho uma ferida, e agora o que faço?”, “Vamos à consulta de Enfermagem em Saúde Infantil e Pediatria! ” e “Nasceu um bebé, e agora como se faz? ” são alguns temas das oficinas dirigidas às crianças da Escola Básica do 1º Ciclo (EB 1) de Almas de Freire, da freguesia de Santa Clara, em Coimbra.

O programa de atividades compreende, ainda, os workshops “As minhas mãos estão bem lavadas?”, “Sinais vitais, o que é isso? ”, “Estou dentro de um Bloco Operatório” e “Será que há oxigénio engarrafado?! ”.

"Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. É uma preparação para a vida adulta, pela interiorização de habilidades e comportamentos", afirma a organização da atividade comemorativa, da responsabilidade da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem da Saúde da Criança e do Adolescente, da ESEnfC, e que tem a colaboração dos estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Enfermagem em ensino clínico de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria.

Paralelamente aos workshops, decorre, nos polos A (Avenida Bissaya Barreto, em Celas) e B da ESEnfC, uma exposição de desenhos realizados pelos alunos da EB 1 de Almas de Freire, a respeito do tema "Eu sou enfermeiro".

Em Lisboa
O comissário europeu para os Assuntos Internos, Dimitris Avramopoulos, apresenta na terça-feira em Lisboa o relatório sobre...

Avramopoulos irá apresentar o relatório anual elaborado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), sediado em Lisboa, e que centraliza as informações relativas ao fenómeno da droga na União Europeia.

"A Europa enfrenta um problema crescente com drogas", disse o comissário, salientando que o relatório "irá fornecer dados importantes sobre as tendências atuais, sendo um instrumento importante para os decisores europeus definirem as suas políticas e ações para reduzirem os malefícios relacionados com a droga".

O comissário disse ainda esperar que o relatório faça uma "análise de alto nível" sobre as tendências da oferta, prevalência de consumo, prevenção e tratamento na UE, Turquia e Noruega.

Durante a sua estada em Lisboa, Avramopoulos, que tem também a pasta das migrações, irá encontrar-se com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

Instituto de Higiene e Medicina Tropical
Quando tiver vontade de matar aquele mosquito irritante, pegue antes num copo e apanhe-o, porque assim pode ajudar a prevenir a...

O apelo é do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), em Lisboa, que tem em vigor o programa de ciência cidadã Mosquito Web, através do qual qualquer pessoa pode apanhar um mosquito e enviá-lo gratuitamente para ser estudado no instituto.

O IHMT faz a vigilância das populações de mosquitos em Portugal, em colaboração com as autoridades de saúde, mas "dez milhões de cidadãos ativos superam largamente a eficiência de todos os entomologistas de Portugal", pode ler-se na página do programa (http://mosquitoweb.ihmt.unl.pt/).

Se não o fizer apenas por curiosidade científica, pode fazê-lo para se proteger de doenças graves, como o Zika, febre-amarela ou as febres de Dengue e de Chikungunya, todas transmitidas por mosquitos.

É que Portugal continental é, há duas ou três décadas, um território de alto risco para a introdução de duas espécies invasoras de mosquitos transmissores desses vírus, disse em entrevista à Lusa a investigadora Carla Sousa, do IHMT.

Embora o programa Mosquito Web exista desde junho de 2014, a adesão tem ficado "muito aquém do que poderia ser", disse a investigadora do IHMT.

Um programa semelhante foi lançado na Holanda e, ao fim de três semanas, o instituto responsável teve de parar todas as outras atividades para conseguir dar resposta aos exemplares enviados pela população, contou Carla Sousa.

Hoje, com o verão à porta e com ele uma nova época de mosquitos, a investigadora lança o desafio: "Participem no Mosquito Web porque o Aedes albopictus está a chegar à região de Sevilha".

E porque é que é importante detetar cedo a presença destes mosquitos?

"O que sabemos é que se estas espécies forem detetadas precocemente - diz-se empiricamente antes de passar o primeiro inverno - há ainda uma boa probabilidade de se impedir a instalação da espécie. (...) Se tal não for feito atempadamente, é quase impossível erradicar a espécie de uma nova região", explicou Carla Sousa.

O problema é que estes mosquitos estão muito bem adaptados ao ambiente humanizado: "Eles exploram-nos de todas as maneiras. Este mosquito consegue fazer todo o seu ciclo de vida sem sair da mesma habitação. Pode coabitar connosco e fazer todo o seu ciclo de vida sem sair para o exterior", exemplificou a investigadora, referindo-se ao A. aegypti.

Por isso, a solução é ter sistemas de vigilância e atuar assim que é detetada uma nova espécie, aproveitando o período em que a população de mosquitos está suficientemente frágil para poder ser erradicada.

Para facilitar a participação da população nesta tarefa, o Instituto está a preparar, juntamente com a Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, uma aplicação para telemóveis.

Se tudo correr bem, no próximo verão poderá deixar o copo no armário e munir-se antes do telemóvel para fotografar o próximo mosquito irritante.

Por ano
Os insetos transmitem doenças que matam mais de um milhão de pessoas por ano em todo o mundo e todos os anos registam-se mais...

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças transmitidas por insetos vetores representam 17% de todas as doenças infecciosas.

A malária, transmitida pelos mosquitos Anopheles, infetou mais de 214 milhões de pessoas e matou 438 mil doentes em 2015,

A febre de Dengue, transmitida pelos mosquitos Aedes, é a doença transmitida por vetores que mais tem crescido, tendo a sua incidência aumentado 30 vezes nos últimos 50 anos.

Os mesmos mosquitos provocam outras doenças, como a febre-amarela, o vírus do Rio Nilo, a Chikungunya ou o Zika, que já fez mais de um milhão e meio de casos no Brasil e que os cientistas associam a casos de microcefalia congénita e de encefalite.

A transmissão do agente patogénico - parasita no caso da malária e vírus no caso do Dengue ou do Zika - é feita através da picada do inseto e apenas as fêmeas picam porque só elas precisam de uma refeição de sangue para produzirem os ovos.

Existem cerca de 3.500 espécies de mosquitos e graças à globalização - viajam com os humanos em automóveis, camiões, navios e aviões - estão espalhados por todo o mundo.

Mas a maioria dos mosquitos não viaja longe sozinho. Se tiverem onde se alimentar e onde se reproduzir por perto, não se deslocam mais longe.

Na sua fase imatura, os mosquitos são seres aquáticos, eclodindo e desenvolvendo-se em água estagnada, onde se alimentam de algas microscópicas e onde, por sua vez, servem de alimento aos peixes.

Enquanto adultos, são consumidos por aves, morcegos e aranhas.

Desde a invenção do inseticida DDT em 1939, os humanos têm tentado acabar com os mosquitos, mas eles aprendem a resistir a cada nova geração de veneno, tornando-se ainda mais fortes.

Como diz a entomologista do Instituto Pasteur de Paris Anna-Bella Failloux, "simplesmente não conseguimos erradicar os mosquitos".

Por isso, a solução é evitarmos servir-lhes de alimento, usando todas as técnicas possíveis para impedir a picada.

Usar repelente e roupas largas e claras, recomenda a entomologista Carla Sousa, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.

Se houver declaração de um surto é obrigatório, mas mesmo que não haja, caso se viaje para zonas onde existem os mosquitos Aedes, como a Madeira ou outras zonas da Europa, é recomendável "até porque a picada é dolorosa e provoca reação alérgica".

Cientista alerta
Portugal continental é um território de alto risco para a introdução de duas espécies de mosquitos que transmitem doenças como...

Carla Sousa, entomologista e investigadora no Instituto de Higiene e Medicina Tropical falava em entrevista depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevar de baixo para moderado o risco de propagação do vírus Zika na Europa este verão, em particular na Madeira e na costa do Mar Negro.

Sem se mostrar surpreendida com a decisão da OMS, Carla Sousa explicou que o alerta para a ilha da Madeira e para a costa do Mar Negro se deve à existência, nesses dois pontos da Europa, de populações do mosquito Aedes aegypti, o mais competente para a transmissão do Zika.

No entanto, uma outra espécie que já se provou em laboratório transmitir a doença, o Aedes albopictus, colonizou 20 países na Europa desde os anos 80 e tem vindo a descer a costa sul de Espanha em direção ao Algarve.

"Portugal, desde há duas ou três décadas, quando vemos mapas de risco para a introdução destes mosquitos, por questões geográficas, históricas e agora por questões económicas, é sempre um território de alto risco para a introdução de qualquer uma destas espécies", disse Carla Sousa.

Ambas as espécies transmitem também Dengue, Chikungunya ou febre-amarela, doença que já fez mais de 2.500 casos suspeitos e 299 mortos em Angola.

Tradicionalmente, a migração destes mosquitos faz-se no transporte de cargas, nomeadamente de pneus usados ou de bambus da sorte, plantas que foram moda há alguns anos.

Com transporte terrestre por toda a Europa e trocas comerciais regulares com países que têm populações destes mosquitos, Portugal tem muitas 'portas de entrada'.

As migrações humanas são outro meio preferencial.

O mosquito que existe na Madeira, por exemplo, será originário da Venezuela ou do Brasil, o que "faz sentido", tendo em conta as tendências migratórias, explicou a entomologista: a Venezuela tem uma vasta comunidade de madeirenses e a Madeira tem vindo a ser muito procurada por imigrantes brasileiros, logo há correntes migratórias de saída e de entrada.

Os ovos dos mosquitos sobrevivem até seis meses mesmo sem água e podem ser transportados de uma zona endémica para uma zona livre num simples prato, daqueles que se põe debaixo dos vasos e que acumulam sempre alguma água, contou Carla Sousa.

Ao chegar a um novo destino, basta que o prato volte a servir de recetáculo para água para os ovos eclodirem e darem origem a uma nova população.

Como cada fêmea distribui por vários pontos os cerca de 200 ovos que põe por postura, cada pratinho poderá ter ovos de várias fêmeas diferentes, o que é "uma grande vantagem do ponto de vista da sobrevivência", disse a entomologista.

Vantagem para o mosquito equivale a dizer desvantagem para os humanos.

Impedir a entrada de mosquitos é difícil, por isso o trabalho das autoridades concentra-se na vigilância, para detetar precocemente a presença de uma comunidade invasora e tomar medidas para tentar erradicá-la enquanto ainda é frágil.

"Mas o primeiro sinal de alerta muitas vezes nem vem dos sistemas de vigilância. A grande maioria das vezes, vem da população local", já que estes mosquitos são muito agressivos, picam até através de calças de ganga, e a picada provoca reações alérgicas fortes.

No entanto, desde que surgem as primeiras queixas no centro de saúde até as autoridades suspeitarem de uma espécie invasora, "geralmente já se passou muito tempo".

Como para haver um surto de uma doença destas é preciso haver simultaneamente e no mesmo lugar uma população humana suscetível, o vírus causador da doença e uma população de mosquitos competentes para transmiti-lo, evitar a instalação dos insetos é uma boa aposta.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, lanç

Este documento, com autoria de docentes das faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação e de Medicina da Universidade do Porto, foi criado com o objetivo de informar, educar e ajudar os setores da restauração, hotelaria e turismo a lidar com a alergia alimentar e com disposições europeias previstas para esta área. A informação disponível relativamente à presença de alergénios nos alimentos processados e preparações culinárias é exemplificativa, permitindo a adaptação ao desenvolvimento de novos géneros alimentícios e receitas culinárias.

A possibilidade de um doente com alergia alimentar poder desfrutar de uma refeição “fora de casa” em segurança e com qualidade de vida, depende em grande parte do compromisso da restauração em criar situações que facilitem a integração destes doentes.

A legislação que entrou em vigor em Dezembro de 2014 vem reforçar a necessidade de promoção da segurança do doente com alergia alimentar, obrigando a que os clientes devam ser avisados que poderão solicitar informações sobre a presença de alergénios nos produtos que vão consumir.

Assim sendo, é importante que todos os colaboradores dos estabelecimentos de Hotelaria e Restauração saibam o que é a alergia alimentar, quais as suas manifestações clinicas, e quais os alimentos maioritariamente implicados, para poderem assegurar a qualidade e a segurança das refeições servidas.

No manual participaram ativamente a APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo, a ALIMENTA – Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares e a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

A componente científica é endossada pela SPAIC - Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, e por médicos e nutricionistas das Faculdades de Medicina e Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.

Consulte aqui o manual:

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista aconselha
A menopausa é um processo natural que inaugura uma nova etapa da vida da mulher em termos fisiológicos e deve ser acompanhada...

"Entre as primeiras manifestações do início do processo e o final dos ciclos menstruais, que marca a entrada efetiva na menopausa, podem decorrer anos. No entanto, impõe-se, desde logo, a adoção de medidas ao nível do estilo de vida: adequar os hábitos às transformações do organismo permite, a prazo, minimizar os riscos consequentes, assegurando uma transição mais cómoda e tranquila para esta nova etapa da vida", explica Joaquim Neves, ginecologista do Hospital Lusíadas Lisboa.

"Nesta fase é ainda mais importante a adoção de uma dieta rica em fruta e vegetais, reforçar a ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, que ajudam a preservar os ossos, moderar a ingestão de sal e proteínas, que potenciam a eliminação de cálcio pela urina e evitar bebidas alcoólicas e estimulantes como o café, que favorecem o risco de problemas cardiovasculares e cancro da mama", acrescenta.

O especialista aconselha ainda que as mulheres, durante esta fase da vida, mantenham um estilo de vida ativo, escreve o Sapo. "Praticar exercício três vezes por semana e praticar desporto com carga durante 30 a 45 minutos são bons aliados para preservar a massa muscular, controlar o peso, estimular a formação óssea e reduzir o risco de problemas cardiovasculares".

De acordo com Joaquim Neves, o risco de incontinência urinária também pode ser reduzido através do fortalecimento da musculatura pélvica: "a musculatura pélvica pode ser fortalecida com exercícios de Kegel: com a bexiga vazia, a mulher deve contrair os músculos a que recorre quando está a urinar e interromper o fluxo urinário. Manter a contração durante cinco segundos e relaxar durante outros cinco. Ao longo do dia, repetir três séries de dez exercícios".

O desconforto vaginal pode ser reduzido
"O desconforto vaginal também pode ser reduzido através de um lubrificante à base de água (sem glicerina, que pode provocar irritação) ou através da aplicação local de uma solução (creme, anel, comprimidos) com estrogénios, sempre com aconselhamento de um ginecologista", revela.

E aconselha ainda: "as mulheres que fumam devem abandonar o hábito de forma progressiva, uma vez que para além de a menopausa tender a surgir mais cedo, as mulheres fumadoras também sofrem mais com os sintomas da menopausa e têm um risco agravado de problemas cardiovasculares, osteoporose e cancro".

"Para reduzir os sintomas da menopausa e o processo de envelhecimento, as mulheres podem ainda recorrer a um tratamento hormonal ou a outras alternativas sugeridas pelo seu ginecologista, informando-se sempre sobre as vantagens e inconvenientes destes tratamentos", conclui.

10.ª Mostra Nacional de Ciência
Uma luva para cegos que 'deteta' obstáculos, através de sensores sonoros, ou um capacete de ciclista que os '...

A exposição, que reúne cem projetos de várias áreas científicas, realizados maioritariamente por estudantes do ensino secundário, decorre, de segunda a quarta-feira, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, sob organização da Fundação da Juventude.

Alunos da Escola Secundária de Oliveira do Bairro, em Aveiro, desenvolveram um protótipo de uma luva para cegos, a partir de uma luva de karaté, para melhorar a sua qualidade de vida, autonomia e independência.

Na prática, segundo o Sapo, a luva tem incorporado dois sensores de ultrassons para detetar obstáculos e desníveis. Sempre que são detetados, geram-se sons audíveis, para cada um dos sensores, e, simultaneamente, são produzidas vibrações na mão.

O sinal sonoro é produzido de acordo com a proximidade, ou não, do obstáculo ou desnível. A luva pode 'detetar' obstáculos a uma distância máxima de quatro metros e desníveis até um metro.

Estudantes da Escola Profissional de Espinho conceberam um capacete 'inteligente' para ciclistas, um capacete de ciclista convencional, mas com um dispositivo, com sensores, que, ao permitirem acompanhar a posição e o andamento do ciclista, conseguem detetá-lo, em caso de paragem repentina ou queda.

O dispositivo estará ligado ao telemóvel do ciclista, que, nestas situações, enviará uma mensagem para um número pré-definido, alertando para a possibilidade de um acidente. O dispositivo poderá facultar ainda informação sobre a localização da pessoa.

O capacete tem, ainda, duas luzes que indicam a intenção de o ciclista mudar de direção, bastando-lhe para tal inclinar a cabeça no sentido pretendido.

O uso da casca de banana para diminuir a concentração de corantes e metais pesados, nos esgotos industriais, ou o crescimento de feijões em águas com diferentes origens são outras experiências que constam na mostra.

No certame vão estar também patentes, a convite da Fundação da Juventude, projetos de estudantes de Moçambique, Brasil e Espanha.

Biologia, ciências do ambiente, engenharias e química são as áreas científicas que concentram maior número de projetos, com os distritos de Castelo Branco, Aveiro e Leiria a lideraram a lista de participações nacionais.

No último dia da mostra, serão anunciados os premiados do 24.º Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores.

Em Coimbra
Foi realizada em Coimbra, no Spine Center, pela primeira vez em Portugal, a primeira cirurgia de fixação da articulação sacro...

O responsável pelo procedimento foi o cirurgião Ortopedista Luís Teixeira. A atuação teve uma duração de cerca de 45 minutos e representa um elemento totalmente inovador no campo da medicina ortopédica, uma vez que, de acordo com o especialista, consiste numa “técnica pouco agressiva para as estruturas musculares, praticamente sem perdas sanguíneas e a sua realização através da navegação permite uma segurança enorme para o médico e para o doente, com resultados muito satisfatórios.”

“Neste caso, já tinham sido executadas outras formas de tratamento, como infiltrações farmacológicas e técnicas de radiofrequência, mas o alivio das queixas da doente era apenas temporário." assegura o médico ortopedista.

Este procedimento apresenta maior segurança e menor agressividade para o doente além de ser um grande avanço para a medicina ortopédica em Portugal, como explica Luís Teixeira: “Muitas das dores articulares acabam por não ter uma solução imediata e persistem ao longo do tempo. Apesar de existirem outras técnicas de tratamento e alívio da dor como infiltrações, radiofrequência, entre outras, quando a dor é resistente tendia a fazer-se uma incisão aberta controlada através de raio-x e, agora com este procedimento minimamente invasivo através de navegação, existe um menor dano muscular, sendo que possibilita uma recuperação funcional, rápida e um maior índice de segurança.” 

O procedimento foi aplicado com sucesso numa doente com 80 anos cujas alterações degenerativas da articulação sacroilíaca direita condicionavam a sua qualidade de vida, gerando muitas dores e incapacidade funcional. "Tendo em conta o desgaste na articulação sacroilíaca com alguma instabilidade, optámos por esta solução terapêutica. Esta técnica, realizada de forma mini-invasiva por uma pequena incisão de cerca de 2 cm, permitiu à doente ter alta no dia seguinte à cirurgia. Foi feita uma fixação com recurso à introdução de novas implantes de forma piramidal, que substituem os antigos parafusos, possibilitando uma maior capacidade de fixação e uma maior integração óssea.” remata.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que o cirurgião ortopédico inova na área da coluna, em Portugal. Luís Teixeira foi também responsável pela primeira cirurgia da coluna vertebral feita em território nacional com recurso ao O-ARM (sistema de navegação eletrónica corporal sob controlo de imagiologia 3D intraoperatória) que fornece imagens intraoperatórias multidimensionais completas.

Simpósio sobre Impacto Social da Dor
Especialistas médicos em dor, doentes, cidadãos e políticos definiram recomendações detalhadas para que os governos dos países...

As principais medidas envolvem estabelecer uma plataforma europeia sobre o impacto social da dor; integrar a dor crónica no âmbito das políticas da União Europeia sobre doenças crónicas; implementar ajustes no local de trabalho das pessoas com dor crónica; aumentar o investimento na investigação em dor, e dar prioridade à educação no campo da dor junto de profissionais de saúde, doentes e público em geral.

Estas recomendações são o resultado do Simpósio sobre Impacto Social da Dor, que teve lugar no Parlamento Europeu, em Bruxelas, e contou com a participação de mais de 300 pessoas, escreve o Sapo.

Esta iniciativa teve como objetivos aumentar a consciencialização dos governos e dos cidadãos para a dor crónica, promover a partilha das melhores práticas entre os profissionais, e apelar à implementação de estratégias políticas e atividades para melhorar a gestão da dor, na Europa.

Em Portugal, os custos diretos e indiretos anuais relacionados com a dor crónica ascendem aos 4.611 milhões de euros.

Estima-se que a dor crónica afeta mais de 30% dos adultos portugueses. É uma situação de dor persistente que se não for seguida e tratada de modo adequado, poderá afetar gravemente a qualidade de vida das pessoas e pode levar à incapacidade total ou parcial para o trabalho.

Estudo
Cientistas descobriram que é possível combater tumores cancerígenos utilizando células do sistema imunológico de uma pessoa...

Os investigadores observaram que ao inserir em laboratório componentes de células do sistema imunológico de um doador saudável nas células de um paciente com cancro é possível fazer com que o seu organismo reconheça os tumores e passe a atacá-los. A pesquisa foi feita com três pacientes com melanoma, um tipo de cancro de pele.

É função dos linfócitos T diferenciar células do organismo de corpos estranhos, escreve o Diário Digital. Quando esses corpos são reconhecidos, são desencadeados estímulos imunológicos que destroem ou eliminam o invasor. O problema é que nem sempre as células imunológicas reconhecem o cancro como um invasor. Isso permite a sua proliferação pelo corpo.

“A célula tumoral é traiçoeira. Ela tem algumas técnicas para desligar e escapar do sistema imunológico”, afirma Denyei Nakazato, oncologista do Hospital Sírio-Libanês e do Icesp (Instituto do Cancro do Estado de São Paulo).

Para avaliar essa capacidade de reconhecimento pelos linfócitos T, os cientistas mapearam todos os antígenos que poderiam estimular uma resposta às células de cancro de pele de três pacientes. Antígeno é toda a substância que, ao entrar no organismo, é capaz de iniciar uma resposta imune, ativando os linfócitos.

Os linfócitos T dos pacientes com a doença deixavam passar despercebido fragmentos estranhos de células tumorais. Já linfócitos derivados de voluntários saudáveis conseguiram detetar um número significativo de antígenos.

Para Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o estudo é promissor, apesar de envolver apenas três pacientes. Ele afirma que uma técnica parecida já havia sido testada com tumor de rim no Hospital Sírio-Libanês, mas teve uma resposta pouco eficaz. A novidade com o novo estudo seria a sugestão de transferir as células entre pacientes imunologicamente parecidos através do sangue.

XXII Congresso Nacional de Medicina Interna
Carlos Vasconcelos, Chefe de Serviço de Medicina Interna do Hospital Santo António, Centro Hospitalar do Porto e Professor...

Este galardão que será a partir de agora atribuído anualmente pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), visa distinguir um(a) Internista que tenha contribuído relevantemente para a divulgação, avanço científico e/ou implementação da especialidade em Portugal.

O prémio, entregue na sessão inaugural do XXII Congresso Nacional de Medicina Interna, tem um carácter não pecuniário, contemplando a oferta de uma peça artística original da autoria do artista Pedro Calapez, e a oportunidade de o laureado apresentar uma lição magistral no decorrer da comemoração do aniversário da SPMI, assinalado em dezembro.

Luís Campos, presidente da SPMI, explica que “este prémio foi criado com o objetivo de distinguir Internistas portugueses que se tenham destacado pelo seu contributo para a evolução desta especialidade, quer a nível nacional, quer internacional. É o caso do Prof. Carlos Vasconcelos, cuja carreira dedicada à Medicina Interna, em particular nas áreas das doenças auto-imunes e do VIH/Sida, caracterizada pela dedicação, competência e capacidade de agregação de saberes diversos, contribuiu sem dúvida para o prestígio desta especialidade.  O Prof. Carlos Vasconcelos desenvolveu um notável trabalho a nível clínico, científico e académico que catapultaram a unidade de Imunologia Clínica do Hospital de Santo António, que dirigiu durante muitos anos, para um reconhecimento nacional e internacional como centro de excelência no tratamento das doenças autoimunes e da infeção pelo VIH”.

31 de maio - Dia Mundial Sem Tabaco
A nicotina e outros químicos consumidos pelos fumadores são das maiores ameaças à saúde oral, agravando patologias, como as...

O consumo regular de tabaco deixa marcas que facilmente são identificadas pelos médicos dentistas numa consulta de rotina.

Os fumadores têm entre 5 a 20 vezes mais probabilidade de vir a desenvolver cancros orais e da faringe do que um não-fumador, e deixar de fumar reduz, ao fim de cinco anos, em 50% as hipóteses de contrair cancro oral.

O médico dentista pode ter um papel fundamental aos doentes que querem deixar de fumar. Estudos realizados nos EUA mostram que quando os médicos dentistas intervêm as taxas de sucesso na cessação tabágica aumentam.

Em Portugal, onde segundo dados do Eurobarómetro, 25% da população é fumadora, pelo que o papel dos profissionais de saúde no combate a este vicio é muito importante, nomeadamente, o papel dos médicos dentistas no combate ao tabagismo pode ser essencial para diminuir o número de fumadores.

A realização de check-ups aos doentes fumadores permite traçar um histórico da evolução da saúde oral e os dados de vários estudos reunidos no abstract “Effectiveness of dentist’s intervention in smoking cessation: A review” dos investigadores Carlos Omaña-Cepeda, Enric Jané-Salas, Alberto Estrugo-Devesa, Eduardo Chimenos-Küstner e José López-López mostra a importância da participação dos médicos dentistas em técnicas de cessação tabágica.

A par dos substitutos de nicotina e de tratamento com antidepressivos ou hipnose, a intervenção dos profissionais de saúde oral junto dos doentes mostra ser uma das formas de maior sucesso para ajudar quem quer deixar de fumar.

Os autores sublinham que quanto maior é o conhecimento do doente sobre a evolução da sua saúde oral, vendo por exemplo o crescimento de manchas amarelas devido ao consumo de tabaco, maior é a consciência das consequências deste hábito na cavidade oral.

Existem várias técnicas de intervenção que devem ser utilizadas em função do grau de dependência do fumador e vários países já incorporam estas técnicas nas consultas de medicina dentária.

Para Marta Resende, docente da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e representante da OMD no Grupo Técnico Consultivo do Tabaco da DGS “o primeiro passo é a criação de check-ups regulares com despiste do tabagismo de forma a permitir desenvolver um histórico do doente. Este questionário será depois utilizado para definir os próximos passos, que vão sempre depender quer da vontade do doente quer do seu grau de adição. É um processo que requer tempo e disponibilidade tanto do médico dentista como do fumador. Mas se tivermos em conta que o tabaco é o principal fator de risco do cancro oral e que reduzir os riscos de cancro oral é a forma mais eficaz de diminuir a morbilidade e a mortalidade desta doença, percebemos que é um investimento que todos devemos fazer”.

Neuropediatria
Vera nasceu com spina bífida e, aos 16 anos, é talvez o pilar mais simbólico de uma ponte que há cinco anos liga semestralmente...

Vera é uma típica adolescente. Está em Cabo Verde, mas podia estar em Portugal, país onde nasceu. Gosta da escola, adora "pôr-se bonita" e passear com as amigas. A saúde é a última das suas preocupações.

Talvez por isso há 12 anos que tem uma ferida num pé, fruto das complicações associadas à patologia de que sofre, e segundo a enfermeira Luísa Monteiro, da ligeireza com que encara as recomendações médicas.

Sentada na marquesa de uma das salas de tratamentos do Hospital Agostinho Neto, na Praia, Vera sorri aos ralhetes da enfermeira que a tratou em pequena no Hospital D. Estefânia, em Lisboa, e que, 14 anos depois, a veio reencontrar em Cabo Verde quando se juntou à equipa de médicos portugueses que desde 2011 fazem missões nos hospitais cabo-verdianos.

Luísa Monteiro, que trabalha desde 1998 no Núcleo de Spina Bífida do Hospital D. Estefânia (HDE), é das "aquisições" mais recentes da equipa de especialistas coordenada pela neuropediatra do HDE Ana Isabel Dias, que acabou de completar a sua nona missão.

A missão, que decorreu entre 21 e 28 de maio e integrou pela primeira vez especialistas nas áreas de nefrologia e urologia pediátricas, incluiu consultas e triagem de doentes e ações de formação destinadas a médicos cabo-verdianos e à população.

O projeto, que nas suas primeiras três edições decorreu em regime de voluntariado com o apoio de um laboratório farmacêutico, acontece agora no âmbito da cooperação entre os ministérios da Saúde português e cabo-verdiano.

Ana Isabel Dias assinala a grande evolução e orgulha-se do percurso feito, sobretudo pelo Hospital Agostinho Neto, que tem já uma consulta de neuropediatria estruturada.

"A neuropediatria já existe, já faz parte, já é tida em conta e já está criada essa necessidade", disse em entrevista, assinalando que as doenças neurológicas representam 25 por cento das doenças pediátricas.

Estima-se que, em Cabo Verde, só crianças com spina bífida sejam perto de 5 mil (1 por cento da população), a que se juntam patologias como epilepsia, paralisia cerebral, doenças neuromusculares, atrasos cognitivos, problemas de comportamento, autismo, problemas de hiperatividade e outras.

Fruto das missões e com a ajuda de bolsas de algumas instituições, como a Fundação Gulbenkian, conseguiu-se também tornar possível a realização de formações e estágios de uma médica, uma enfermeira e uma fisioterapeuta em Portugal.

O hospital conta agora com uma equipa integrada de neuropediatria, que inclui as duas únicas neuropediatras existentes em Cabo Verde, uma terapeuta ocupacional, uma psicóloga e uma fisioterapeuta. É esta equipa que acompanha os doentes entre missões.

Foi ainda criado o Núcleo de Spina Bífida do HAN, que está em contacto permanente com o Núcleo de Spina Bífida do Hospital D. Estefânia.

Num contexto de doenças que são em larga escala degenerativas, a vinda dos médicos portugueses representa para muitas crianças e, sobretudo para os pais, a expectativa de conseguir sair do país para encontrar fora uma solução que muitas vezes não existe.

César, 12 anos, é um desses casos, foi diagnosticado aos seis anos com uma miopatia (perda de massa muscular).

Aluno do 5.º ano, César adora jogar à bola, é adepto do FC Porto e torce pelos Tubarões Azuis, mas vive com dores, para desespero da mãe, que tem dificuldades em entender porque é que só lhe receitam fisioterapia.

"É uma doença para a qual não há xaropes, nem injeções nem em Cabo Verde, nem em lado algum e vai piorar", explica Ana Isabel Dias, que tem que se socorrer da ajuda da neuropediatra do HAN, Albertina Lima, para convencer a mãe de que tudo o que é possível fazer está a ser feito.

"As pessoas têm esperança que possa haver noutra parte do mundo outra solução e se damos a ideia que não há solução, desaba o mundo, desaba a esperança", adianta.

Apesar do muito que foi feito, há sempre mais a fazer e uma das batalhas de Ana Isabel Dias é conseguir um aparelho para conseguir fazer eletroencefalogramas na consulta de neuropediatria.

Num país onde, entre as doenças neurológicas existe uma grande prevalência de epilepsia, a médica lamenta também que em muitos casos os doentes não consigam fazer rigorosamente os tratamentos por causa do preço dos medicamentos, que não são comparticipados.

Entre novembro de 2011 e dezembro de 2015, a equipa portuguesa realizou cerca de 750 consultas de neuropediatria nos hospitais da Praia e do Mindelo. Na missão que decorreu na semana passada foram consultados uma média de nove doentes por dia apenas na Praia e não houve necessidade de enviar ninguém para Portugal.

No outono, a equipa de médicos portugueses volta para mais uma missão.

Resistência aos antibióticos
Os Estados Unidos detetaram o primeiro caso de “superbactéria” resistente aos antibióticos de “último recurso”, uma temida...

“Basicamente, mostra-nos que o final do caminho para os antibióticos não está muito longe, que teremos uma situação em que teremos pessoas em unidades de emergência ou com infeções urinárias para as quais não teremos medicamentos”, disse o diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, Tom Frieden, em entrevista publicada no Washington Post.

Os investigadores detetaram a bactéria, em abril, na urina de uma mulher de 49 anis na Pensilvânia e que não se ausentou do país durante os últimos cinco meses, explicaram as autoridades de saúde norte-americanas em várias entrevistas.

A estirpe daquela bactéria tem um gene móvel com resistência à colistina, o antibiótico que as autoridades de saúde utilizam como último recurso nos casos das bactérias mais difíceis de combater.

Aquela descoberta mostra o “surgimento de uma bactéria verdadeiramente resistente a todos os medicamentos”, escrevem investigadores num estudo publicado na revista especializada “Antimicrobial Agents and Chemotherapy”.

A “gen mcr-1” foi detetada pela primeira vez em novembro na China, num estudo realizado por cientistas britânicos e chineses.

“Como as bactérias podem propagar genes entre elas, cria-se uma situação em que se pode vir a ter bactérias resistentes a todos os antibióticos conhecidos. E isso é uma perspetiva aterradora”, explicou a investigadora Beth Bell.

Pedido da Ordem dos Farmacêuticos rejeitado
O Tribunal de Leiria decidiu que a publicidade da empresa Viva Melhor ao Calcitrin está em conformidade com a lei e rejeitou a...

“O tribunal decidiu que a publicidade ao Calcitrin está em plena conformidade com os diplomas legais aplicáveis aos suplementos alimentares e rejeitou o pedido da Ordem dos Farmacêuticos para que fosse decretada uma providência cautelar de suspensão da sua emissão nos meios de comunicação social”, disse, em comunicado, a empresa.

Segundo o documento, o Tribunal de Leiria julgou o “pedido de providência totalmente improcedente”.

“Desmentindo totalmente as pretensões do ex-bastonário Maurício Barbosa, que argumentava ser o Calcitrin uma ameaça aos consumidores, entendeu o Tribunal que o direito à saúde dos cidadãos, não é violado com a publicitação em apreço do suplemento alimentar Calcitrin visto a mesma estar em conformidade com os referidos diplomas legais”, salientou.

Para a empresa, a decisão do tribunal “rejeita totalmente o procedimento judicial, não deixando margem de dúvida de que a publicidade do Calcitrin está em conformidade com a lei”.

Em dezembro, a Ordem dos Farmacêuticos entregou uma providência cautelar para travar os anúncios publicitários daquele suplemento alimentar em todos os órgãos de comunicação social, alegando que lesam o direito dos cidadãos à saúde.

Em França
A relatora do Conselho de Estado, a mais alta instância administrativa francesa, declarou-se favorável ao pedido de uma cidadã...

“Defendemos a exportação” do esperma, declarou, numa audiência pública, Aurélie Bretonneau, relatora pública, afirmando tratar-se de uma situação “excecional”.

A França proíbe a inseminação post-mortem, ao contrário de Espanha, que autoriza a procriação assistida post-mortem, mas apenas num prazo de um ano após a morte, neste caso, até 10 de julho.

Mariana González-Gomez, espanhola, viúva de Nicola Turri, italiano, falecido em Paris em julho de 2015, vítima de cancro, está a lutar pelo respeito do projeto de ambos de conceção de uma criança e pelo seu direito a decidir ela mesma a sua vida.

Antes da morte do marido, o casal já tinha feito uma tentativa de inseminação infrutífera. Depois do falecimento, a mulher abriu um processo judicial para a transferência do seu esperma com vista a uma inseminação em Espanha.

A decisão final do Conselho de Estado “deverá ser conhecida nos próximos dias”, indicou Jean-Pierre Chevallier, advogado de Mariana González-Gomez junto do Conselho de Estado, citado pela agência de notícias francesa AFP.

A cidadã espanhola, que agora reside em Espanha, esteve presente na audiência, mas escusou-se a fazer declarações.

Universidade do Porto
Investigadores da Universidade do Porto estão a colaborar num projeto para verificar o impacto dos hábitos alimentares no...

De acordo com Pedro Oliveira, investigador do Instituto e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), o que se tem verificado é que "as hormonas gastrointestinais funcionam como sensores energéticos no funcionamento das células que produzem espermatozóides".

"Havendo alteração nessas hormonas, facto que se constata nos indivíduos obesos, altera-se também a produção", indicou o investigador, que faz ainda parte da Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica (UMIB) e leciona no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).

A obesidade é uma doença metabólica que promove "sérias disfunções hormonais", esclareceu Marco Alves, investigador do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da Universidade da Beira Interior, que colabora neste projeto.

"Muitas doenças acabam por se desenvolver como consequência do excesso de peso, algumas mais visíveis que outras", acrescentou o investigador, indicando que a infertilidade ou a baixa fertilidade são dois "potenciais" problemas de saúde que decorrem dessa patologia, com a "agravante de não serem detetados no imediato".

Os resultados desta investigação, segundo aponta Marco Alves, podem ter "importantes implicações clínicas" e, em simultâneo, revelar "mecanismos e possíveis abordagens terapêuticas para o tratamento" desses problemas.

Este projeto, intitulado Obesitility, surge no seguimento de um estudo desenvolvido pela equipa, no qual foram obtidos resultados com base em estudos efetuados em animais.

Com um financiamento de 200 mil euros, atribuído pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) para a realização deste projeto, a equipa começou agora a utilizar material humano, de forma a explorar os mecanismos moleculares que estão subjacentes às alterações verificadas nos modelos animais.

As amostras estudadas, provenientes de indivíduos em idade fértil (não superior a 60 anos) com diferentes composições corporais, são coletadas em hospitais públicos e clínicas privadas da zona do Porto, colaboração que a equipa pretende expandir para outros centros médicos do país.

Para a obtenção dos dados, os investigadores estão a estudar as hormonas grelina, leptina e peptídeo, responsáveis pela regulação da glucose no sangue, cujos níveis alteram-se na ocorrência de uma mudança significativa na composição corporal.

A previsão é que o projeto Obesitility, iniciado em abril de 2016, finalize em 2019.

O primeiro Simpósio Diabesidade e Fertilidade, organizado no âmbito do projeto, vai ser realizado a 22 e 23 de setembro, na Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica do ICBAS.

No evento vão estar presentes a Sociedade Portuguesa de Diabetologia, a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, a Associação Portuguesa dos Nutricionistas e Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.

Publicado em Diário da República
O Governo vai avançar com experiências-piloto de unidades de internamento e de ambulatório de cuidados continuados pediátricos,...

“A implementação das unidades de internamento de cuidados continuados e de ambulatório pediátricas é progressiva e concretiza-se, numa primeira fase, através de experiências-piloto”, adianta a portaria dos ministérios do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social e da Saúde.

Segundo a portaria, estes projetos terão a duração de um ano, sendo os cuidados e serviços da responsabilidade do Ministério da Saúde.

No seu programa para a saúde, o Governo estabelece “como prioridades expandir a resposta em cuidados continuados a todos os grupos etários e melhorar a integração” da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

“Nos países desenvolvidos o panorama da pediatria está em mudança, devido ao aumento e prolongamento da sobrevivência de crianças com doenças crónicas, muitas vezes requerendo uma abordagem complexa, multiprofissional e interinstitucional”, refere a portaria.

No entanto, salienta, “a realidade da prestação de cuidados a estas crianças e suas famílias caracteriza-se frequentemente por uma inadequação às suas necessidades clínicas, psicossociais e educativas, sendo o impacto desta situação incomensurável para as famílias, a sociedade e os sistemas de saúde”.

Como forma de dar resposta a essas necessidades, e incidindo nos cuidados clínicos de reabilitação, o Governo afirma que “urge implementar as experiências-piloto” a que devem obedecer as unidades de internamento e de ambulatório pediátricas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

A identificação e caracterização destas unidades são definidas por despacho dos ministros que tutelam as áreas da segurança social e da saúde.

Sistema Digestivo
Com a ajuda do especialista em gastrenterologia, Vítor Viriato, fique a conhecer algumas das doenças
Doenças digestitvas

Azia

Azia é uma sensação de queimadura com origem na parte de trás do peito e que, por vezes, sobe podendo irradiar até ao pescoço e garganta.

O ardor é quase sempre provocado pelo refluxo do suco gástrico para o esófago.

O esfíncter esofágico inferior, uma espécie de válvula que está entre o esófago e o estômago, só deveria abrir para a passagem dos alimentos durante as refeições, mas por funcionamento deficiente permite o fluxo do ácido do estômago em sentido inverso.

Prevenir e controlar

Evitar alimentos que favorecem a azia: bebidas alcoólicas, café, chá, chocolate, bebidas gaseificadas, refeições pesadas e ricas em gorduras (por exemplo, com muitos molhos), sumo de laranja, sumo de tomate.

Corrigir alguns hábitos: deve evitar ir para a cama antes do esvaziamento gástrico estar completo – o que demora cerca de três horas.

Deixar de fumar é fundamental — o tabaco favorece a azia. E prevenir a obesidade é também importante. Os obesos, devido ao aumento da pressão intra-abdominal, associada a hábitos alimentares prejudiciais, são um conhecido grupo de risco. E está provado que o simples facto de reduzir o peso em alguns quilos leva a um melhor controlo e/ou desaparecimento da azia.

Conhecer os factores de risco: durante a gravidez,  o aparecimento de azia é quase inevitável. Isto deve-se não só ao aumento da pressão intra-abdominal devido ao crescimento progressivo do útero, mas também a alterações hormonais (aumento de progesterona e estrogénios que baixam a pressão do esfíncter inferior do esófago). Alguns fármacos também podem ser prejudiciais: anti-inflamatórios, aspirina, alguns medicamentos para doenças do coração e hipertensão (nitratos, inibidores do Cálcio) e asma. Consulte o seu médico.

Dispepsia

Dispepsia é o termo médico que designa a dificuldade de digestão. Consiste na existência de dor ou mal estar no abdómen superior de forma crónica ou recorrente, sensação de enfartamento e saciedade precoce.

Pode acompanhar-se de distensão abdominal, náuseas, eructações (“arrotos”) e azia.  Trata-se de uma queixa muito comum que ocorre em cerca de 25% da nossa população e é  a causa de de 40% das consultas de Gastrenterologia.

Pode ser provocada por um problema orgânico, por exemplo úlcera duodenal, úlcera gástrica, refluxo gastro-esofágico, doenças biliares ou pancreáticas ou até Cancro do estomago. No entanto na maioria dos casos não existe nenhuma alteração orgânica responsável pelas queixas tratando-se então da chamada dispepsia funcional.

É  portanto de uma situação cujas causas são variadas indo desde a dispepsia funcional em que não existe nenhuma alteração estrutural por detrás das queixas até situações de maior gravidade sendo por esse motivo essencial o recurso a consulta médica de forma a haver conveniente orientação. A orientação poderá passar apenas por medidas simples como alteração de hábitos alimentares ou de vida, até terapêutica farmacológica ou então poderá ser necessária a realização de exames (endoscopia, ecografia)  e análises para estabelecer o diagnóstico. Por tudo isto é fundamental que converse com o seu médico o qual avaliará a melhor forma de proceder.

Sindrome do intestino irritável

O sindrome do intestino irritável é popularmente conhecido como “colite nervosa”, “colite espástica (seca ou húmida)”, “cólon irritável” ou “doença funcional do intestino”.

A designação de intestino irritável deve-se ao facto de, nestes doentes, o tecido muscular do intestino ser mais sensível e reagir mais intensamente a estímulos habituais, como alimentação e stresse. A disfunção muscular pode ocasionar atraso ou aceleração no movimento intestinal e, consequentemente, alteração na frequência, forma ou consistência das fezes.

Nos países desenvolvidos, estima-se que, aproximadamente, 20% da população sofre desta doença funcional que é responsável por cerca de 12% das consultas de clínica geral e 25% das consultas de gastrenterologia.

Esta doença benigna não apresenta complicações orgânicas a longo prazo, nomeadamente, risco elevado de cancro. Todavia, devido à intensidade e cronicidade dos sintomas, pode provocar desconforto com alteração da actividade diária, em alguns doentes.

Quais os sintomas mais frequentes?

  • Dor abdominal, frequentemente desencadeada pela ingestão de alimentos e aliviada pela defecação ou emissão de gases. A dor localiza-se, geralmente, na parte inferior do abdómen.
  • Alteração na frequência, forma ou consistência das fezes (obstipação e/ou diarreia).
  • Distensão e sensação de gás abdominal.
  • Sensação de evacuação incompleta.
  • Presença de mucosidade nas fezes.

Os doentes apresentam, geralmente, vários destes sintomas durante longos períodos de tempo. Podem associar-se outros sintomas do aparelho digestivo, por exemplo, digestão difícil, bem como sintomas de outros aparelhos (urinário, genital, músculo-esquelético).
A sintomatologia é habitualmente agravada pelo stresse e ansiedade.

Geralmente não se verifica presença de sangue nas fezes, emagrecimento ou febre. A ocorrência destes sintomas deve ser referida ao seu médico.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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