INEM
O INEM vai reorganizar o seu dispositivo de meios de emergência médica no próximo mês, reforçando na noite de fim de ano o...

Segundo o INEM, este ajustamento decorrerá no mês de dezembro e contará com uma “redução do horário de funcionamento de cinco Ambulâncias de Emergência Médica (AEM) e do reforço do horário de funcionamento, na noite de fim de ano, de seis AEM, de quatro Motociclos de Emergência Médica (MEM) e da colocação ao serviço da população de mais duas Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV)”.

Este planeamento decorre de uma análise sistemática, em que se identifica antecipadamente os constrangimentos e as necessidades específicas “que recomendem quer o ajustamento do horário de funcionamento de meios quer o seu reforço”.

A análise realizada ao mês de dezembro teve em consideração o volume de chamadas de emergência atendidas nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e a casuística dos meios de emergência nos seus diversos períodos de funcionamento, conjugados com os outros meios de emergência existentes.

Esta reorganização contempla a redução do horário de funcionamento de duas AEM afetas à delegação regional centro do INEM e de três AEM da delegação regional sul (Lisboa).

Em contrapartida, o INEM vai reforçar a capacidade de resposta a situações de emergência médica que possam ocorrer na noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro.

Atualmente, o INEM tem em funcionamento 56 AEM, 18 afetas à delegação regional norte, 12 à delegação regional centro e 26 à delegação regional sul (20 na região de Lisboa e Vale do Tejo e seis na região do Algarve).

O INEM conta com uma rede de Suporte Básico de Vida composta por 549 meios, entre Ambulâncias do INEM operadas diretamente pelo Instituto, Ambulâncias do INEM ao serviço de Corporações de Bombeiros ou Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e Ambulâncias próprias de Corporações de Bombeiros ou CVP, com quem o INEM estabeleceu um protocolo para acionamento de meios de socorro em situações de emergência pré-hospitalar.

Sindicato dos Médicos
O Sindicato Independente dos Médicos pediu ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, para suspender os atestados...

“É com imensa preocupação que o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) vem acompanhando a implementação da obrigatoriedade da emissão pelos médicos em exercício de funções da sua profissão no Serviço Nacional de Saúde de atestados médicos eletrónicos certificando a aptidão, física e psicológica, para a condução, sendo neste momento já acesa e crescente a contestação no seio da classe médica e nomeadamente dos médicos de família”, refere o SIM, em comunicado.

Segundo o sindicato, o novo atestado integra os dados clínicos dos doentes e a sua medicação de forma automática, obrigando os médicos a preencher todos os campos do relatório e as 10 páginas de procedimentos e validações, além de ter que ser o mesmo profissional a validar no fim o que iniciou.

Nesse sentido, o SIM pede ao ministro da Saúde para que determine a suspensão do atestado médico eletrónico para a carta de condução até reavaliação dos procedimentos.

O SIM solicitou também a Adalberto Campos Fernandes para que sejam criados os Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP), aos quais caberia a avaliação física, mental e psicológica dos candidatos, e correspondente emissão de atestado de aptidão para a obtenção ou revalidação de título de condução.

O sindicato defende que os CAMP deviam funcionar nos Gabinetes Médicos na dependência direta do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) ou por ela avençados, retomando desse modo o sentido e a forma da legislação de 2009.

O SIM lamenta que os CAMP nunca tenham sido regulamentados, nem saído do papel.

Ministro da Saúde garante
O Ministro da Saúde assegurou que a resposta ao esperado aumento da procura dos cuidados de saúde no inverno começou a ser...

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura da Declaração Conjunta com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde (OESPS), para Avaliação Externa das Políticas de Saúde.

A propósito de um alerta da Ordem dos Médicos, divulgado pelo Diário de Notícias, sobre um eventual “risco de rutura nas escalas médicas em dezembro”, o ministro da Saúde disse que os portugueses “têm razões para confiar nos profissionais, nos hospitais e nas Administrações Regionais de Saúde”.

“As coisas estão a ser feitas com preparação e com ponderação”, afirmou o ministro, recordando que a resposta ao inverno está a ser preparada desde a primavera.

Nesta altura do ano, lembrou o ministro, a procura dos cuidados de saúde aumenta 30 por cento.

Adalberto Campos Fernandes acredita que a resposta atual passa por “uma lógica de partilha de recursos, de afiliação, de entreajuda entre os hospitais. A urgência metropolitana de Lisboa está a funcionar bem”, disse.

As preocupações do ministro centram-se no facto de Portugal ter “uma população muito idosa, muito envelhecida, muito empobrecida”.

“A nossa obrigação é estarmos preparados. Os planos de contingência foram aprovados em agosto e há profissionais que estão a ser deslocados de uns hospitais para outros, mesmo de forma voluntária”.

Segundo o DN, citando a Ordem dos Médicos, “há hospitais que não estão a conseguir ter médicos suficientes para completar as escalas de dezembro”.

“Se o problema não for resolvido o risco de rutura das urgências aumenta”, prossegue a notícia do DN.

Adalberto Campos Fernandes responde: “Nesta altura do ano há uma grande pressão sobre os cuidados de saúde e estamos a fazer tudo para que o inverno decorra com normalidade”.

Sobre um eventual pedido aos profissionais para não gozarem férias neste período, o ministro limitou-se a dizer que esta é “uma matéria que depende dos conselhos de administração e das direções clínicas”.

O SNS conta hoje com “mais 3.200 profissionais de saúde do que há um ano atrás, temos mais camas hospitalares, mais meios financeiros”.

“A situação está a decorrer até agora com normalidade”, assegurou.

Sobre a avaliação externa que vai nascer da declaração hoje assinada, o ministro referiu que “vai permitir avaliar o verdadeiro impacto da crise na saúde das pessoas e no sistema da saúde”.

Para Constantino Sakellarides, consultor do ministro da Saúde, esta é “uma grande oportunidade de aprendizagem coletiva”.

O especialista em saúde pública realçou a importância desta avaliação ser realizada por entidades como a OMS e o OESPS.

Uma avaliação preliminar deve ser conhecida em abril do próximo ano.

8427 pessoas subscreveram
O relatório sobre a petição que pede a despenalização da morte assistida elaborado pelo deputado do BE José Manuel Pureza foi...

Após esta votação na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a petição, subscrita por 8427 pessoas, é discutida no plenário da Assembleia da República, tendo o BE e o PAN já anunciado que apresentarão iniciativas próprias.

Após a exposição do relatório pelo deputado bloquista, que liderou um grupo de trabalho com participação todos os grupos parlamentares e do deputado do PAN, deputados de todos os partidos elogiaram a qualidade do documento produzido.

No documento, José Manuel Pureza, que assinou o manifesto que deu origem à petição, inibiu-se de dar opinião, uma possibilidade que os relatores usam com frequência e expôs a controvérsia médica, jurídica, e ética da despenalização da morte assistida, recorrendo a argumentos de algumas das personalidades e entidades ouvidas pelo grupo de trabalho.

Foram realizadas audições com o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, os professores de Direito Jorge Reis Novais, Luísa Neto, Teresa Beleza, Mafalda Miranda Barbosa, José Francisco de Faria Costa, e Manuel Costa Andrade, os bastonários da Ordem dos Médicos e dos Enfermeiros, e o juiz conselheiro José Adriano Machado Souto de Moura.

"Deste importante conjunto de audições, para lá da evidência de um largo consenso sobre o direito de morrer enquanto expressão da recusa da distanásia e sobre o direito a uma medicina paliativa reforçada nos seus meios técnicos e no seu lugar na formação dos profissionais de saúde, resultou a noção de que a Petição nº 103/XIII/1ª coloca a sociedade portuguesa perante uma controvérsia de suma importância com três dimensões essenciais: uma dimensão médica, uma dimensão ética e uma dimensão jurídica", lê-se no relatório.

Os peticionários pedem a despenalização da morte assistida, que consideram poder revestir-se de "duas modalidades - ser o doente a autoadministrar o fármaco letal (suicídio medicamente assistido) ou ser este administrado por outrem (eutanásia) ".

Num e noutro caso, "é sempre efetuada por médico ou por sua orientação e supervisão", afirmam.

Em seis meses de livre acesso
Mais de 83 mil utentes optaram por consultas em hospitais fora da sua rede habitual desde que, há seis meses, entrou em vigor o...

De acordo com dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), 83.184 utentes foram referenciados para uma primeira consulta fora da rede hospitalar habitual, entre 01 de junho a 22 de novembro deste ano.

Desde 01 de junho que “o cidadão que aguarde pela primeira consulta de especialidade hospitalar pode, em articulação com o médico de família responsável pela referenciação”, pode “optar por qualquer uma das unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde exista a especialidade em causa”.

Os hospitais mais escolhidos pelos utentes foram o Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (37,5 por cento), os centros hospitalares de Lisboa Norte (37,3 por cento), de Lisboa Central (30,6 por cento), do Porto (27,8 por cento) e de São João (22,9 por cento).

As unidades com mais utentes que solicitaram consultas fora da sua rede hospitalar habitual foram os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora (28,2 por cento), de Sintra (28,1 por cento), do Oeste Sul (21,9 por cento), do Grande Porto II – Gondomar (21,7 por cento) e Tâmega III – Vale do Sousa Norte (20,7 por cento).

Portugal tem um número maior de doentes a iniciar a terapêutica
A ONUSIDA definiu como objetivos para 2020 o 90-90-90, ou seja, 90% de todos os casos diagnosticados, destes diagnósticos, 90%...

“Em Portugal, as autoridades de saúde comprometeram-se com estes objetivos, o que levou a que um número progressivamente maior de doentes esteja a iniciar a terapêutica” afirma Fausto Roxo, membro da direção do Núcleo de Estudos da Doença VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

“Ainda no nosso país, os últimos dados estatísticos indicam-nos que o primei 90 terá já sido alcançado” sublinha o especialista. Para que se consigam atingir os objetivos, doentes em tratamento e com carga viral suprimida, será preciso um esforço consertado das várias unidades de saúde e estruturas comunitárias, para a retenção em seguimento e tratamento dos doentes já diagnosticados, especialmente nos casos mais difíceis, como são as pessoas que se deslocam frequentemente dentro do país ou para fora dele.

Face a este novo quadro, impõe-se a adaptação das estruturas que seguem estes doentes em cada hospital, com equipas multidisciplinares em que a Medicina Interna terá um papel central. Também estruturas extra-hospitalares terão obrigatoriamente que estar envolvidas, num futuro que poderá vir a contemplar consultas e fornecimento de medicação fora dos Hospitais.

Ainda que tenha existido uma evolução inegavelmente positiva nas últimas décadas, é importante realçar o perfil do doente no nosso país, que sofreu alterações que devem ser analisadas e confrontadas. Se por um lado, os diagnósticos deixaram de estar maioritariamente ligados à utilização de drogas endovenosas, face ao grande sucesso das medidas tomadas neste campo nas últimas décadas, é preocupante a frequência atual de diagnósticos diretamente ligados à transmissão sexual, com particular relevância para a transmissão entre jovens homossexuais masculinos e entre pessoas de idades mais avançadas, na 5ª e 6ª décadas de vida, por relações heterossexuais.

“Do simples enunciado das questões levantadas, a merecer discussão mais aprofundada, constatamos que realmente os tempos estão a mudar. Cabe-nos a todos encontrar as respostas sopradas por estes ventos de mudança”, conclui o especialista.

Top 5 - A Excelência dos Hospitais
Dados fazem parte de ranking divulgado terça-feira. Entre as grandes unidades, o Centro Hospitalar do Porto foi considerado o...

Imagine-se este cenário: no mesmo dia e à mesma hora há dois homens, com a mesma idade e com os mesmos problemas de saúde, que têm um acidente vascular cerebral com as mesmas características. A diferença é que um dos doentes vai para um dos melhores hospitais do país e o outro para um que fica de fora do ranking, escreve o jornal Público. As estimativas indicam que o primeiro tem menos 20% de hipóteses de morrer do que o segundo. Este é um dos dados avançados pelo trabalho Top 5 - A Excelência dos Hospitais, que foi apresentado terça-feira, em Lisboa.

O trabalho é realizado pela consultora multinacional espanhola Iasist e traduz-se num ranking que divide os hospitais portugueses em cinco grupos, de acordo com a dimensão. Em cada grupo são conhecidos três finalistas e o galardão é entregue apenas ao que fica em primeiro lugar. Não são divulgados os hospitais com classificações menos positivas. Além da listagem, a consultora, que anteriormente foi liderada pelo atual secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, avalia indicadores que tentam explicar o que fazem melhor os vencedores.

As conclusões indicam que as unidades que estão no top têm uma mortalidade que é inferior em 19,5% à dos restantes hospitais. João Completo, da Iasist, explica que este valor já está “ajustado”, ou seja, tem em consideração que há naturalmente locais que atendem doentes mais graves e em que é inevitável que o desfecho possa ser negativo. Os melhores hospitais conseguem também ter menos 1,3% de complicações com os doentes que atendem e menos 1,5% de readmissões de doentes.

Segundo João Completo, “estes resultados são conseguidos com um tempo de internamento inferior” ao dos hospitais que não chegam ao top. Se todas as unidades do país conseguissem ter um comportamento idêntico às que chegam ao pódio, o país conseguiria ter menos 473.677 dias de internamento. Nas contas da Iasist, nas melhores instituições os profissionais também são mais produtivos: os médicos veem em média mais 11,6% de doentes e os enfermeiros assistem mais 21,8%.

Estes indicadores são conseguidos com menos dinheiro. Os hospitais do topo conseguem tratar os doentes com um valor que em média é de menos 26,3%. “Há mais qualidade com menos despesa”, sublinha João Completo, que estima que se no Serviço Nacional de Saúde todas as unidades trabalhassem com a mesma eficiência a poupança seria de 742 milhões de euros.

No que diz respeito aos prémios, na terceira edição do Top 5 e, pela terceira vez consecutiva, o galardão de melhor hospital do país foi entregue ao Centro Hospitalar do Porto (Hospital de Santo António, Centro Materno-Infantil do Norte e Hospital Joaquim Urbano). Aliás, nos vários grupos de hospitais o Norte é quase sempre líder.

Foram avaliados 41 hospitais de 50 em todo o país, excluindo-se unidades como os institutos portugueses de oncologia e as unidades psiquiátricas. O "grupo E" distingue os maiores hospitais e contou com três nomeados: além do vencedor, chegaram ao pódio o Centro Hospitalar de São João, no Porto, e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Quanto aos restantes prémios, no "grupo B", o que reúne os hospitais mais pequenos, o vencedor foi o Centro Hospitalar Póvoa Varzim/Vila do Conde. No "grupo  C" o galardão foi para o Hospital de Cascais. Já no "grupo D" o Hospital de Braga foi o grande vencedor. Num grupo à parte foram analisadas as Unidades Locais de Saúde (ULS) e a distinção foi para a ULS de Matosinhos.

Estudo
Depois de uma análise exaustiva, um grupo de cientistas chegou à conclusão que a ação cerebral nos momentos de êxtase religioso...

O cérebro humano reage da mesma maneira à religião, ao sexo, às drogas e ao vício do jogo. Essa é, pelo menos, a conclusão de um grupo de cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos da América. Depois de uma análise exaustiva, os investigadores concluíram que, segundo o Sapo, a ação cerebral nos momentos de êxtase religioso é muito semelhante à que se regista quando se consomem estupefacientes, quando se atinge o orgasmo ou ainda quando se faz batota.

Os especialistas não têm dúvidas. Ao ter experiências religiosas, o cérebro ativa as mesmas áreas que atividades como consumir drogas e ter relações sexuais estimulam. No seguimento da análise de imagens radiográficas de tomografia axial computorizada de mormons, os cientistas verificaram que, em termos neurológicos, as consequências do êxtase religioso não andam muito longe das proporcionadas por prazeres mais terrenos.

“Quando os participantes no nosso estudo foram instruídos para pensar no salvador, para imaginar em passar a eternidade na companhia de familiares e para pensar em recompensas celestiais, os seus cérebros e os corpos responderam fisicamente [da mesma maneira]”, afirma o bioengenheiro Michael Ferguson, que conduziu a investigação. Uma análise que avaliou o comportamento de 19 adolescentes que frequentam a igreja com regularidade.

Testes em humanos já arrancaram
A descoberta foi publicada na revista especializada Nature e abre caminho para o desenvolvimento de um medicamento contra as...

Chama-se Amuc_1100 e é uma proteína que integra a membrana externa da bactéria Akkermansia muciniphila, que vive exclusivamente na flora intestinal de animais vertebrados.

A equipa conduzida pelo professor Patrice Cani descobriu que, administrada em grande quantidade, essa proteína bloqueia completamente o desenvolvimento da intolerância à glicose e da resistência à insulina, atuando como uma espécie de barreira protetora e diminuindo a absorção no intestino, escreve o sapo.

"A permeabilidade intestinal é responsável pela passagem para o sangue de determinadas toxinas que contribuem para o desenvolvimento da diabetes e inflamações e para o facto de algumas pessoas obesas sentirem fome constantemente", explicou Cani em entrevista à BBC. Essa barreira também reduz a absorção de energia pelo intestino, resultando num menor ganho de massa corporal, escreve a referida televisão britânica.

Foi por acaso que Hubert Plovier, da equipa de Cani, descobriu a proteína Amuc_1100. A bactéria Akkermansia muciniphila é conhecida pela sua capacidade em reduzir entre 40 a 50% o ganho de massa corporal e de resistência a insulina em ratos, comprovada em 2013 também por Cani. Mas o teste em humanos esbarrava na dificuldade de reproduzir sinteticamente a bactéria, altamente sensível ao oxigénio.

Para resolver o problema, Plovier optou pela pasteurização, um processo no qual a substância é aquecida a 70 graus. "Descobrimos não só que a bactéria produzida dessa maneira conserva as suas propriedades, mas também que duplica a sua eficácia, detendo totalmente o desenvolvimento da obesidade e da diabete tipo 2, independente do regime alimentar", afirma Cani.

A equipa testou os efeitos da proteína isolada em três séries de testes com ratos e obteve, em todas elas, os mesmos resultados do tratamento com a bactéria Akkermansia muciniphila pasteurizada. Submetidos a um regime rico em gordura e altamente calórico, os animais que receberam a bactéria viva ganharam menos peso e desenvolveram menos resistência à insulina que os que receberam um placebo. No caso dos que receberam a bactéria pasteurizada ou a proteína isolada, o tratamento deteve totalmente o aumento de peso e a resistência à insulina.

O tratamento com Akkermansia muciniphila pasteurizada já foi submetido a uma primeira fase de testes em humanos e a conclusão é que sua administração não apresenta riscos para a saúde. A prova foi realizada com quatro grupos de dez voluntários. Segundo Cani, nenhum dos voluntários apresentou efeitos secundários graves ou muito graves. Se os resultados forem positivos, será o primeiro passo para o desenvolvimento de um futuro produto terapêutico contra ambas doenças, que pode chegar ao mercado dentro de cinco ou seis anos.

Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas
O alerta é do presidente da Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas: Portugal vive um momento de viragem no tratamento da...

Saraiva da Cunha revela à TSF que, depois do tratamento inovador para todos, os hospitais começam a ser, agora, confrontados com os casos difíceis. Doentes com cirroses, muitos a precisarem de transplantes de fígado, que continuam em seguimento nos serviços de saúde.

O diretor do serviço de Doenças Infecciosas do Centro Hospitalar de Coimbra alerta, ainda, para uma realidade que é, para já, desconhecida: o número de reinfeções dos doentes já curados.

Em quase dois anos, iniciaram os tratamentos inovadores 9.314 doentes, 4.358 foram dados como curados.

Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Saúde
Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Saúde da Universidade do Porto defendem que o exercício...

Num trabalho publicado no British Journal of Sports Medicine, a equipa coordenada por Carlos Martins e Luís Azevedo, médicos, professores universitários e investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Saúde (Cintesis), refere que “foi realizada uma extensa e aprofundada pesquisa, seleção e análise da literatura e agregados os resultados de sete ensaios clínicos desenvolvidos entre 2004 e 2013, envolvendo 478 participantes com diagnóstico de disfunção erétil e idades compreendidas entre os 43 e os 69 anos”.

Os resultados indicaram que “a atividade e exercício físicos melhoram a disfunção erétil, especialmente os exercícios aeróbicos com intensidade moderada a vigorosa”.

Segundo André Silva, primeiro autor deste trabalho, “o principal desafio é mudar o paradigma de tratamento, incluindo a atividade física como terapia adjuvante. Isso vai exigir a participação de equipas multidisciplinares que incluam especialistas em urologia, medicina geral e familiar, fisioterapia, medicina desportiva e enfermeiros devidamente treinados”.

O investigador reitera que “o exercício físico deve ser incluído como tratamento sob supervisão clínica, sendo importante excluir contraindicações relevantes para este tipo de intervenção”.

Ainda não é claro quanto tempo levará até que a prática de exercício físico melhore de forma significativa a disfunção erétil, por isso, os investigadores defendem que é importante “promover ensaios clínicos maiores, que acompanhem os pacientes por longos períodos, para investigar que tipo específico de exercício funciona melhor e por quanto tempo deve ser recomendado”.

De acordo com os autores do estudo, a disfunção erétil é um problema crescente na sociedade atual, afetando 8% dos homens entre os 20 e os 30 anos de idade. Esta taxa sobe substancialmente com a idade, estimando-se que atinja 37% dos homens entre os 70 e os 75 anos.

Para além de ter “um forte impacto negativo” na qualidade de vida dos afetados, a disfunção erétil é “um reconhecido indicador da presença de doenças cardiovasculares”.

“É importante que os homens que se veem confrontados com problemas em ter ou manter uma ereção procurem o seu médico assistente, não só para resolverem a disfunção erétil, mas também para avaliarem a existência de outros problemas de saúde potencialmente importantes”, sublinha André Silva.

Estudo
Beber um ou dois copos não faz mal a ninguém. No entanto, há quem não conheça limites e seja viciado em álcool. Mas agora foi...

Um grupo de investigadores ingleses descobriram uma hormona no fígado capaz de regular o consumo de álcool. A FGF21 define os limites do consumo de açúcar e álcool. O estudo — publicado pela revista Proceedings da National Academy of Sciences — analisou o ADN de mais de 105.000 europeus, questionando-os sobre quantas vezes e quanto álcool bebem por semana.

Os resultados destacaram a interação entre a hormona e um gene no cérebro, o beta-Klotho. Em cerca de 40% dos participantes, o beta-Klotho foi associado a um reduzido consumo de álcool. São os indivíduos que não têm o gene que se sentem mais atraídos pelo álcool, escreve o Observador.

O professor Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King’s College de Londres, explica que:

O FGF21 é produzido no fígado em resposta ao consumo de açúcar e álcool, agindo diretamente no cérebro para limitar o consumo” cita o The Telegraph.

Esta descoberta pode, futuramente, ajudar a desenvolver novos tratamentos para curar o alcoolismo.

Nações Unidas
O VIH/sida, atualmente considerada como uma doença crónica, pode deixar de ser uma epidemia global dentro de pouco mais de uma...

Os objetivos das Nações Unidas passam por chegar a 2030 com a epidemia do VIH/sida terminada, havendo apenas casos isolados, mas deixando de ser uma ameaça à saúde mundial.

Em vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a Sida, que se assinala na quinta-feira, António Diniz, antigo coordenador do Programa Nacional para o VIH/sida, lembra que atualmente a infeção é já considerada uma doença crónica.

“Uma pessoa que aos 20 anos é diagnosticada com VIH e que faça os tratamentos e controlos virológicos adequados tem uma expetativa média de vida de mais 45 anos”, exemplifica o especialista.

Também o presidente da associação Abraço recorda que, em 30 anos, o panorama da infeção mudou completamente.

“Passámos de uma questão de mortalidade e de pouca esperança de vida, para outra questão, na qual estamos neste momento a trabalhar, que é como as pessoas envelhecem com o VIH e como podemos garantir melhor qualidade de vida numa idade mais avançada, tendo em conta que são doentes que fazem uma medicação crónica e que traz consigo algumas complicações inerentes ao funcionamento sistémico do organismo”, refere o presidente da Abraço, Gonçalo Lobo.

Antes de se atingir uma eliminação da epidemia em 2030, é preciso primeiro cumprir os três grandes objetivos da ONU para 2020: ter 90% das pessoas que vivem com VIH diagnosticadas, atingir 90% dos diagnosticados em tratamento e 90% dos que estão em tratamento atingirem carga viral indetetável (o que torna muito baixa a possibilidade de transmitir a infeção).

Depois de atingidos estes objetivos em 2020, a ONU sida traça para 2030 os mesmos três objetivos, mas cuja meta passa a ser de 95% na mesma tríade.

Portugal terá já cumprido o primeiro dos três objetivos traçados pelo Programa das Nações Unidas para o VIH, tendo 90% das pessoas com VIH diagnosticadas.

Um estudo recente, apresentado internacionalmente por António Diniz em setembro, concluiu que menos de cinco mil pessoas em Portugal estarão infetadas com VIH sem saberem, o que representa menos de 10% dos infetados.

Os novos dados apontam para menos de 45 mil pessoas infetadas com VIH em Portugal, um número que é menos elevado do que as 65 mil a 70 mil pessoas que a própria ONU/sida apontava para o país.

Assim, a fração de casos não diagnosticados em Portugal estará abaixo dos 10%, sendo bem menor do que os 25 a 30% que se julgava existirem.

Para António Diniz, estes dados vieram mostrar que pode ser possível chegar a 2030 apenas com casos isolados de VIH/sida, mas é imperioso que se atinjam as metas de 2020.

Falar em erradicação parece mais difícil, reconhece o especialista, para quem sem uma vacina será complicado atingir um completo desaparecimento da doença à escala mundial.

Associação Abraço
Há pessoas em Portugal a tomar medicamentos para prevenir o VIH/sida sem controlo médico, uma situação que preocupa a...

Gonçalo Lobo, presidente da associação Abraço, diz ter conhecimento de pessoas em Portugal que tomam um medicamento para prevenir o VIH/sida, recorrendo a conhecidos residentes no Reino Unido e que recebem encomendas feitas online através da Índia.

Embora defenda que não existe um mercado negro, Gonçalo Lobo reconhece que são casos de pessoas que recorrem a esse medicamento – usado para tratar o VIH e que funciona também como uma prevenção da infeção – sem qualquer acompanhamento médico.

A profilaxia pré-exposição (PREP) consiste na toma de um medicamento que é um antirretroviral usado para tratar pessoas que vivem com VIH e que tem demonstrado resultados como método de prevenção.

Há já países que estão a usar esta forma adicional de prevenção em grupos de maior risco, como os Estados Unidos ou França.

“O que nos preocupa é pessoas estarem a recorrer sem acompanhamento médico. Porque as pessoas têm de ser previamente testadas, tem de ser analisada a sua função renal e precisam de ser monitorizados outros indicadores clínicos”, referiu Gonçalo Lobo em vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a Sida.

António Diniz, médico e antigo coordenador do Programa Nacional para a Infeção VIH/sida, afirma que os estudos têm demonstrado que o recurso à PREP diminui de forma substancial o risco de adquirir a infeção.

Mas o médico salienta que fazer a medicação profilática não significa abandonar as outras medidas preventivas, nomeadamente a utilização do preservativo.

O especialista admite que o facto de haver pessoas que acedem a medicação para prevenção sem acompanhamento médico lança pressão para que os países tomem uma decisão quanto à utilização da profilaxia para o VIH.

“Se não decidimos em tempo útil podemos estar a cometer dois pecados. O primeiro é não estar a disponibilizar uma coisa que se sabe que é eficaz. O outro é estar, eventualmente, por omissão, a deixar que as pessoas façam aquisição via Internet, que não é permitida em Portugal, podendo estar a adquirir medicação que sai fora do controlo de qualidade. E são pessoas que não estão a ser clinicamente avaliadas”, afirmou António Diniz.

Os estudos que avaliam a eficácia da PREP têm sido feitos sobretudo em populações de homens que têm sexo com homens, o que não significa que toda aquela população deva ser abrangida pela profilaxia pré-exposição.

“Há uma percentagem de pessoas dentro desse grupo que beneficiaria da sua utilização e que são as pessoas que estão em maior risco. Também outras pessoas podiam beneficiar, como trabalhadores do sexo ou casais sero-discordantes (um seropositivo e outro negativo)”, exemplifica o antigo coordenador do Programa Nacional para o VIH/sida.

António Diniz lembra que a PREP requer que as pessoas sejam submetidas a um conjunto de exames laboratoriais, nomeadamente para verificar se têm alterações que as excluam da utilização da medicação, lembrando que há reações adversas a ter em conta.

Há várias questões que os países têm de definir para avançar com a profilaxia para o VIH/sida, nomeadamente quem prescreve a medicação, quem faz a monitorização das pessoas ou quem as segue e, no limite, quem paga.

Chegou a estar planeado um projeto piloto em Portugal para fazer a PREP, em conjunto com uma organização de base comunitária, mas por enquanto não avançou.

A associação Abraço lamenta que as autoridades portuguesas não reconheçam ainda a profilaxia pré-exposição como um dos métodos de prevenção, sublinhando que é preciso estudar a realidade portuguesa e definir estratégias.

Estudo
Estudo da Federação dos Veterinários da Europa foi apresentado no X Congresso e no 7º Encontro de Formação da Ordem dos Médicos...

Atualmente, Portugal verifica um aumento de 140% na comunidade veterinária contabilizando 5,27 profissionais por cada 10 mil habitantes, 80% mais Médicos Veterinários por habitante do que a média de França, Reino Unido e Alemanha, prevendo-se que em 2023 esse valor chegue aos 7,37 e em 2033 aos 9,69. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pela Federação dos Veterinários da Europa, que já em 2010 havia alertado para a necessidade de limitar o número de estudantes de medicina veterinária.

O X Congresso da OMV, realizado no passado dia 25 de novembro, teve como principal objetivo debater o futuro da profissão numa altura em que a Federação dos Veterinários da Europa coloca Portugal com uma das maiores taxas de desemprego da Europa entre os Médicos Veterinários, 5,3%.

Também nos dias 26 e 27 de novembro a OMV realizou o 7º Encontro de Formação da Ordem dos Médicos Veterinários no qual se contaram 105 conferências, 64 oradores provenientes de 9 países e mais de 1100 participantes.

O 7º Encontro de Formação da Ordem dos Médicos Veterinários debateu a eutanásia e os cuidados paliativos em animais de companhia, a inspeção sanitária e os maus tratos animais, temas cada vez mais presentes na opinião pública portuguesa.

Entre os 1100 participantes estiveram o Diretor-Geral da DGAV - Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Fernando Manuel d’Almeida Bernardo, e o deputado do PAN André Silva, presentes na sessão de abertura deste encontro de formação anual dos Médicos Veterinários em Portugal.

Organização Mundial de Saúde
Quatro em cada dez pessoas infetadas com o VIH não sabem que têm o vírus, alertou hoje a Organização Mundial de Saúde, que...

"Milhões de pessoas com o VIH ainda estão excluídas de um tratamento que salva vidas e que também previne a transmissão a terceiros", disse a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, citada num comunicado da organização sediada em Genebra.

"O autodiagnóstico do VIH deverá abrir a porta a muito mais pessoas para que saibam o seu estado e para que descubram como receber tratamento e aceder aos serviços de prevenção", acrescentou a responsável.

Nas vésperas do Dia Mundial da Sida, que se assinala na quinta-feira, a OMS divulgou hoje novas orientações sobre o autodiagnóstico, que permite que as pessoas saibam, através de uma análise aos seus fluidos orais ou a uma picada no dedo, se estão ou não infetadas com o vírus, num local privado e conveniente.

Os resultados estão prontos em 20 minutos ou menos.

As pessoas que tiverem um resultado positivo são aconselhadas a realizar testes de confirmação nos serviços de saúde e a OMS recomenda que recebam informação e que sejam encaminhadas para aconselhamento e para serviços de prevenção e tratamento.

Segundo a organização, a falta de diagnóstico de VIH é um enorme obstáculo à recomendação da OMS de que todos os infetados devem receber terapia antirretroviral (ART, na sigla em inglês).

Um relatório da OMS revela que mais de 18 milhões de pessoas com VIH estão atualmente a receber ART, mas outras tantas pessoas não recebem ainda tratamento, a maioria das quais por desconhecer que está infetada.

Hoje, 40% de todas as pessoas com VIH (mais de 14 milhões) ainda desconhecem o seu estado, muitas das quais estão em grupos de risco de infeção, mas consideram difícil aceder aos serviços de diagnóstico existentes.

Entre 2005 e 2015 a proporção de pessoas com VIH que já sabe o seu estado aumentou de 12% para 60% em todo o mundo.

Das pessoas que já têm um diagnóstico, mais de 80% estão a receber ART.

Mas a cobertura do diagnóstico do VIH permanece baixa em alguns grupos, sendo mais reduzida nos homens do que nas mulheres, por exemplo.

Os homens representam apenas 30% das pessoas que fizeram testes de diagnóstico do VIH. Como resultado, os homens com VIH têm menor probabilidade de estarem diagnosticados e em tratamento e têm maior probabilidade de morrer de causas associadas ao vírus do que as mulheres.

Entre as mulheres, as adolescentes e jovens mulheres na África Oriental e Austral têm taxas de infeção até oito vezes mais altas do que os homens nas mesmas regiões e menos de uma em cada cinco das jovens entre os 15 e 19 anos sabem se estão ou não infetadas.

O diagnóstico é também baixo em algumas populações chave, como os homens que têm sexo com homens, os trabalhadores sexuais, os transgénero, as pessoas que injetam drogas e os reclusos, que representam aproximadamente 44% dos 1,9 milhões de novos casos de infeção por VIH em adultos no ano passado.

O autodiagnóstico duplica a frequência com que os homens que têm sexo com outros homens fazem o teste do VIH.

Cerca de 70% dos parceiros de pessoas com VIH também estão infetados e muitos deles não estão diagnosticados.

As novas diretrizes da OMS recomendam formas de ajudar as pessoas que estão infetadas a informar os seus parceiros e a encorajá-los a fazer o teste.

Atualmente, 23 países já têm políticas nacionais que apoiam o autodiagnóstico do VIH e muitos outros estão a desenvolver políticas nesse sentido, mas uma implementação abrangente do autodiagnóstico continua limitada.

A OMS recomenda a distribuição gratuita de kits de autodiagnóstico do VIH e outras medidas que permitam reduzir o custo dos kits, de forma a aumentar o acesso.

Referentes a 2015
Os centros hospitalares de Póvoa de Varzim/Vila do Conde, do Porto, os hospitais de Cascais, de Braga e a Unidade Local de...

O “TOP 5 - A excelência dos hospitais portugueses” é um “ranking” da responsabilidade da IASIST, uma multinacional de origem espanhola, que pretende “premiar os hospitais públicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que apresentaram os melhores resultados clínicos ao longo do ano”.

Para esta avaliação foram levados em conta indicadores “considerados essenciais para a avaliação dos resultados clínicos”, como a qualidade assistencial, a mortalidade, complicações e readmissões ajustadas ao risco e o índice de cesarianas.

Na eficiência, os indicadores selecionados foram os índices de demora média ajustado e de cirurgia ambulatória ajustado, o número de doentes-padrão por médico, de doentes-padrão por enfermeiro e os custos operacionais por doente-padrão.

Foram nomeados para este Top 5, que conta com o patrocínio do ministro da Saúde, 15 hospitais, divididos por cinco grupos.

Em 2015, os vencedores foram o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, o Hospital de Cascais, o Hospital de Braga, o Centro Hospitalar do Porto e a Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos.

Em relação ao ano anterior, apenas o Hospital de Braga se manteve no TOP 5.

A apresentação dos resultados do TOP 5 deste ano, referentes a 2015, decorre hoje no Museu da Fundação Oriente, em Lisboa, na presença do ministro da Saúde.

Estudo
Estudos recentes sobre o consumo de sumo de laranja 100% demonstram benefícios significativos para a saúde, no âmbito de uma...

Um conjunto de estudos, realizados em 2015 e 2016, sugerem que o consumo moderado de sumo de laranja 100% tem efeitos positivos para a saúde, para além dos relacionados com o elevado teor de vitamina C. A proteção contra a inflamação celular, síndrome metabólico e obesidade, assim como o aumento e melhoria dos níveis de insulina e da função cognitiva em idosos, são alguns dos benefícios identificados, associados ao consumo de sumo de laranja 100%.

Uma publicação de 2015 da Critical Reviews in Food Science and Nutrition revelou que o consumo de sumo de laranja 100% está associado a uma melhor ingestão alimentar em crianças e adultos e não parece substituir o consumo de fruta inteira entre os seus consumidores. A ingestão de sumo de laranja 100% fornece o aporte de nutrientes essenciais como vitamina C, folato, potássio e magnésio, contribuindo para atingir as recomendações diárias destas vitaminas e minerais, especialmente em casos em que o consumo de fruta, e em particular de citrinos, é deficiente. Segundo este estudo, a ingestão moderada de sumo de laranja 100% não está associada ao aumento de peso ou de outras medidas antropométricas em crianças e adultos (1).

Outro estudo investigou os efeitos do consumo moderado de sumo de laranja 100% em fatores de risco associados com a síndrome metabólica e concluiu que “o sumo de laranja tem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e hipolipemiantes, que podem prevenir o desenvolvimento da síndrome metabólica. Este estudo, publicado na International Journal of Food Sciences and Nutrition, demonstrou ainda como benefícios do consumo regular a redução da resistência à insulina e da pressão arterial sistólica em pessoas com peso normal e também a diminuição da pressão arterial diastólica em pessoas com excesso de peso (2).

A análise de literatura revela ainda uma associação positiva entre o consumo moderado de sumo de laranja 100% e importantes biomarcadores de saúde: melhoria do perfil lipídico evidenciado pela redução do colesterol total e LDL, aumento da capacidade antioxidante total e potencial papel na estimulação do sistema imunitário devido ao aumento de IL-12 (3). Além disso, a investigação nesta área mostra que o consumo de sumo de laranja pode prevenir a resposta inflamatória de baixo grau, induzida por uma refeição com elevado teor de gordura (4). Outros dois estudos demonstram que o consumo diário de sumo de laranja 100%, rico em flavona e flavonoides, é benéfico para a função cognitiva (5,6). Estes resultados vêm provar que o sumo de laranja 100% pode ser consumido como parte de uma alimentação saudável.

A maioria das pessoas na Europa não consume a quantidade recomendada de frutas e legumes (7). Em Portugal, dados do Relatório “Alimentação Saudável em Números – 2015” mostram que a “Dieta pobre em fruta” é a principal causa para a perda de anos de vida saudável (8). Como alternativa, beber diariamente um pequeno copo de sumo de laranja 100% (de aproximadamente 160 mL) pode ajudar nesta matéria. Em alguns países, como é caso do Reino Unido ou França, é assumido no âmbito do programa 5-a-Day que uma das 3 a 5 doses de fruta e legumes diárias poderá ser ingerida sob a forma de uma porção de sumo de fruta 100%, enquanto forma complementar de consumo de fruta.

Referências:
(1) Rampersaud & Valim (2015). 100% Citrus juice: nutritional contribution, dietary benefits, and association with anthropometric measures. Critical Reviews in Food Science and Nutrition.
(2) Silveira et al (2015). Red-fleshed sweet orange juice improves the risk factors for metabolic syndrome. International Journal of Food Sciences and Nutrition.
(3) Dourado & Cesar (2015). Investigation of cytokines, oxidative stress, metabolic, and inflammatory biomarkers after orange juice consumption by normal and overweight subjects. Food & Nutrition Research.
(4) Cerletti et al (2015). Orange juice intake during a fatty meal consumption reduces the postprandial low-grade inflammatory response in healthy subjects. Thrombosis Research.
(5) Alharbi et al (2015). Flavonoid‑ rich orange juice is associated with acute improvements in cognitive function in healthy middle‑ aged males. European Journal of Nutrition.
(6) Kean et al (2015). Chronic consumption of flavone-rich orange juice is associated with cognitive benefits: an 8-wk, randomized, double-blind, placebo-controlled trial in healthy older adults. The American Journal of Clinical Nutrition.
(7) European Fresh Produce Association, Freshfel (2015). New Freshfel consumption monitor shows slight recovery in consumption, although overall trend remains downward. News Release. Page 1 of 2.
(8) Direção Geral de Saúde (2016). Alimentação Saudável em Números – 2015. 

Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
A APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil anunciou esta manhã a abertura das candidaturas para a “Missão 1...

Esta iniciativa solidária, encontra-se aberta à participação de todas as salas e turmas que se encontrem inscritas e a participar na 6ª edição do projeto “Heróis da Fruta”, de qualquer região ou distrito do país.

Para candidatar a sua turma, basta preencher até às 23h59 do dia 3 de fevereiro de 2016 o formulário de candidatura que está disponível no seguinte endereço: https://goo.gl/pTJFsZ

Mário Silva, presidente e fundador da APCOI afirmou que “no ano letivo anterior, através da ‘Missão 1 Quilo de Ajuda’ a APCOI conseguiu apoiar 207 alunos carenciados, com a oferta de cabazes de fruta todas as semanas, mas registou mais de 2 mil candidatos. Felizmente, para este ano, graças ao apoio de algumas empresas solidárias como o Montepio, a Fábrica de Óculos do Cacém, a Aquafresh, a Fruut e a Vitacress, vamos conseguir no mínimo duplicar este número, chegando pelo menos aos 400 alunos apoiados a cada semana. Mas esta missão só termina quando todas as crianças em Portugal que chegam à escola de barriga vazia e que não trazem lanche por dificuldades financeiras da família recebam este apoio.”

Para que nenhuma criança carenciada fique por ajudar, os portugueses podem juntar-se a esta importante causa e contribuir para tornar mais saudável e feliz a vida destas crianças em situação de carência alimentar. Para isso, basta adquirir a lancheira solidária “Fruut Heróis da Fruta”, disponível em todas as lojas Jumbo, Pão de Açúcar, El Corte Inglés, Intermarché, Eleclerc, Apolónia e nas estações de serviço da Repsol, CEPSA e BP, pelo valor de 2,99€. Por cada lancheira vendida, estará a doar 5% à “Missão 1 Quilo de Ajuda”.

Acordos com ERS e IGAS
As ordens dos enfermeiros, dos médicos e dos farmacêuticos assinaram um protocolo com a Entidade Reguladora da Saúde e com a...

São dezenas de queixas que têm chegado à Ordem dos Enfermeiros. Situações que se repetem, de lares sem enfermeiro, mas com uma auxiliar "que nem formação para tal tem, que faz de enfermeira": desde o controlo, a preparação e a administração de medicamentos até à realização de pensos. "A maioria dos utentes precisam de cuidados de saúde e os lares não os asseguram. As queixas que recebemos reencaminhamos para o Ministério Público, por usurpação de funções quando alguém está a desempenhar as funções de enfermagem, e para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS)", diz Ana Rita Cavaco, bastonária dos enfermeiros.

Com os protocolos de cooperação será possível conhecer melhor a realidade destas instituições, indica a bastonária. "Esta é uma das áreas prioritárias para nós. Só podíamos entrar nos lares se nos permitissem a entrada. Com estes protocolos com a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a IGAS, que é tutelada pelo Ministério da Saúde, podemos acompanhá-las nas visitas que fizerem e assim perceber, do ponto de vista da regulação da profissão, o que está a acontecer", refere, acrescentando que as ações procuram ser preventivas, dando tempo às instituições para que possam resolver os problemas que venham a ser detetados e assegurar melhores cuidados.

Miguel Correia, vice-presidente do conselho jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros, reforça as palavras da bastonária e a importância que a assinatura dos dois protocolos tem para garantir melhores condições aos utentes dos lares. "O que temos são enfermeiros a tempo parcial. A nossa perceção é baseada nas queixas que chegam à ordem feitas por utentes, de familiares ou de colegas, de que as regras não têm sido cumpridas. Pela primeira vez, com estes protocolos, a ordem vai poder participar com estas entidades em ações inspetivas conjuntas. Agora somos parceiros e iremos contribuir para que se possam realizar mais ações. Para nós esta é uma questão importante, mas é-o ainda mais para todos os utentes", afirma.

Sobre a obrigatoriedade da presença de enfermeiros em lares, Miguel Correia afirma que a legislação em vigor não deixa dúvidas. "Para nós a lei é clara e deve existir um enfermeiro 24 horas por dia. Refere também que deve haver um enfermeiro por cada 40 residentes e sempre que a dependência for elevada o rácio diminui de um para cada 20 residentes."

A legislação que está em vigor é de 2012 e já não a de 1998, escreve o Diário de Notícias, que embora desse indicação de um enfermeiro por cada 40 utentes não fazia referência à necessidade de ter pessoal para assegurar a prestação de serviços todo o dia. Apesar da mudança na lei, Miguel Correia considera que é preciso ir mais longe. "Não estamos satisfeitos com estes números, achamos que os rácios devem ser menores. Os lares são quase um prolongamento dos internamentos dos hospitais", diz, para reforçar que as necessidades de cuidados se mantêm mesmo fora das unidades hospitalares.

Mais oportunidades de colaborar
Ana Paula Martins, bastonária dos farmacêuticos, enaltece os protocolos assinados com a ERS e com a IGAS. "Este é um passo de grande importância. Pela primeira vez estas duas entidades com capacidades de inspeção e as ordens reguladoras destas três profissões da saúde assinaram um protocolo. Vai permitir uma colaboração mais estreita e mais oportunidades para entrar com estas entidades [em unidades do setor privado e social] que têm missões inspetivas que a ordem não tem. Vai permitir ver como os profissionais estão a desempenhar as suas ações e poder contribuir com propostas para os portugueses terem mais saúde."

Segundo a bastonária, os dois acordos vão "permitir a existência de uma bolsa de peritos em áreas técnico-científicas muito específicas para trabalhar com a ERS e com a IGAS e às ordens darem formação de forma que nas auditorias a sensibilização para detetar não conformidades seja maior e propor nos relatórios melhorias que sejam mais eficazes".

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