Estudo
Um estudo revelou que as mulheres que tomam a pílula contracetiva podem reduzir o risco de contrair o cancro do útero, dos...

Um estudo revelou que as mulheres que tomam a pílula contracetiva podem reduzir o risco de contrair certos tipos de cancro, mesmo após 30 anos de terem parado a sua toma, conta o The Guardian. A investigação, levada a cabo por cientistas da Universidade escocesa de Aberdeen, mostrou que a pílula pode prevenir o cancro do intestino, do cólo do útero e dos ovários, a partir da análise e acompanhamento de 46 mil mulheres durante 50 anos. Conduzido pelo Royal College of General Practitioners, foi o maior estudo alguma vez já realizado sobre os efeitos na saúde dos métodos contracetivos orais a longo prazo.

“Como o estudo foi realizado durante um período de tempo tão longo, somos capazes de compreender e analisar os efeitos a longo prazo, se houver alguns, associados à toma do comprimido”, admitiu Lisa Iversen, investigadora do Instituto de Ciências Aplicadas para a Saúde da Universidade de Aberdeen e uma das autoras da pesquisa.

Nos últimos anos, escreve o Observador, vários especialistas afirmaram que as pessoas que tomam ou tomaram a pílula durante mais de cinco anos poderiam duplicar o risco de contrair cancro. Mas os resultados desta pesquisa vieram comprovar exatamente o contrário.

Um dos nossos objetivos era também perceber e ter uma noção mais aprofundada do balanço global de todos os tipos de cancro nas mulheres que tomaram ou estão a tomar a pílula. Não encontrámos quaisquer evidências de novos riscos de cancro que possam aparecer nas mulheres à medida que elas vão envelhecendo. Estes resultados, conseguidos através do maior estudo do mundo sobre métodos contracetivos, são tranquilizantes”, revelou ainda Iversen.

O estudo, que foi realizado com a ajuda e financiamento do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, da Fundação Britânica do Coração e do Fundo de Pesquisa para o Cancro, encontra-se publicado pelo American Journal of Obstetrics and Gynecology.

Estudo
Uma nova vacina contra rotavírus, vírus que causa diarreias e gastroenterites, pode ser mais eficaz e mais barata, reduzindo...

A nova vacina pode ser 67% mais eficaz na prevenção de gastroenterites severas causadas pelo vírus, segundo os investigadores da Universidade de Harvard, Estados Unidos, e da associação Epicentre, de Paris (criada pela organização Médicos Sem Fronteiras e centrada na pesquisa e formação).

O rotavírus é responsável por cerca de 37% das mortes por diarreia em crianças com menos de cinco anos, um total de cerca de 450.000 crianças por ano, especialmente na África subsaariana. É a principal causa de diarreia aguda ou gastroenterite grave em crianças e as medidas de higiene não impedem a transmissão, pelo que a vacinação é importante.

Em países onde a taxa de rotavírus é elevada e o acesso a cuidados de saúde é baixo, as vacinas têm de ser baratas e fáceis de armazenar, sendo por exemplo estáveis com altas temperaturas, dizem os autores do trabalho.

Atualmente existem duas vacinas contra o rotavírus mas são caras e têm de estar em locais refrigerados durante toda a cadeia de abastecimento, o que nem sempre é possível em países como o Níger, onde a eletricidade e a capacidade de refrigeração nem sempre “são fiáveis”, segundo os responsáveis, que salientam que a nova vacina é estável com o calor.

Por isso, a nova aposta é uma vacina adaptada a África, o continente onde é mais precisa, disse um dos responsáveis pelo estudo, Sheila Isanaka, professora assistente em Harvard, que defendeu: Quando a vacina estiver amplamente disponível em África ajudará a proteger milhões de crianças vulneráveis.

No ensaio, os pesquisadores fizeram um estudo no Níger para avaliar a eficácia da vacina de baixo custo e estável no calor, tendo sido recrutadas mais de 3.500 crianças que receberam três doses de vacina ou placebo.

A vacina foi licenciada na India mas a aprovação, conhecida como pré-qualificação, pela Organização Mundial de Saúde é necessária antes que possa ser comprada pelas Nações Unidas e agências governamentais.

“Após o sucesso do ensaio clínico da vacina esperamos que ela possa ser disponibilizada em breve para as crianças do Níger e de toda a África”, disse Isanaka.

O estudo foi publicado no “New England Journal of Medicine”.

No Porto
O Presidente da República, a rainha Letizia de Espanha, o comissário Europeu da Saúde e Segurança e os ministros da Saúde de...

Organizada pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), a sétima edição da Conferência Europeia do Tabaco e Saúde vai decorrer no Porto até sábado e conta com a participação de médicos e peritos de Portugal, Espanha e outros países europeus, bem como delegados de toda a União Europeia.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o tabaco é atualmente responsável por mais mortes do que a sida, a tuberculose e a malária juntas e os custos do tabaco representam cerca de seis por cento do gasto mundial com saúde.

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a organização do evento em Portugal "será uma oportunidade para congregar todos os profissionais que lutam, diariamente, por uma melhor saúde em que se enquadra, indubitavelmente, o controlo dos hábitos tabágicos".

O programa da conferência contempla as questões relativas ao controlo do tabagismo em várias vertentes, nomeadamente as políticas nacionais e internacionais, a prevenção e cessação, os projetos desenvolvidos a nível europeu e mundial, bem como o impacto do consumo de tabaco sobre a saúde.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a rainha Letizia de Espanha, o comissário europeu da Saúde e Segurança, Vytenis Andriukaitis, e os ministros da Saúde de Portugal vão estar presentes na sessão de abertura.

Letizia assistirá à conferência também na qualidade de presidente honorária da Associação Espanhola Contra o Cancro.

A conferência realiza-se de três em três anos, tendo as mais recentes acontecido em Istambul e Amesterdão.

Antes da conferência, o comissário europeu reúne-se com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Estudo
Os pulmões desempenham um papel na produção do sangue e são responsáveis por mais de metade das plaquetas produzidas no...

Usando câmaras microscópicas no tecido vivo dos pulmões de ratos, os investigadores comprovaram que produzem dez mil milhões de plaquetas por hora, uma função pulmonar até agora desconhecida.

No estudo publicado na revista científica Nature, postula-se que isto pode também passar-se nos pulmões dos seres humanos e os investigadores esperam poder chegar a conclusões sobre doenças em que as pessoas sofrem de falta de plaquetas, que servem para conter as hemorragias e reparar os tecidos.

Descobriram ainda uma fonte nova de células estaminais sanguíneas, capazes de repor a produção de sangue quando as da medula óssea se esgotam.

"Estas observações mudam os paradigmas existentes sobre a formação de células sanguíneas, a biologia do pulmão, doenças e transplantes", afirmou o pneumologista Guy A. Zimmerman, professor do departamento de Medicina Interna na faculdade de Medicina da Universidade do Utah.

O movimento das células estaminais sanguíneas entre os pulmões e a medula óssea sugerem que este tipo de célula é muito mais ativa do que se pensava até agora, indicou.

Especialista
O especialista espanhol em agricultura biológica Mariano Bueno defendeu a criação de hortas caseiras ou a participação em...

“Defendo hortas em casa ou perto de casa, porque a poluição do ambiente é mais ‘saudável’, já que uma planta que cresce num determinado sítio vê-se submetida ao frio, também a compostos tóxicos ambientais e para sobreviver fabrica polifenóis. O aumento da asma e alergias na sociedade atual é por pouco contacto com a natureza e com a terra e por não comermos plantas e legumes que cresçam perto de onde vivemos”, explicou Mariano Bueno, em declarações aos jornalistas na Escola Básica n.º 1, em Lisboa.

Para o especialista, "os legumes plantados no ambiente poluído em que vivemos podem tornar-se vacinas", já que as plantas vão ter de se proteger desses componentes químicos que andam no ar.

“Se tudo o que comemos vem esterilizado, é produzido em estufa, vem embalado, o corpo não vai ser ‘contaminado’ e aquele alimento não vai fazer nada. Por seu turno, aqueles que crescem no ambiente em que vives vão-te proteger”, sublinhou Mariano Bueno.

Mariano Bueno explicou ainda que um tomateiro que cresce ao ar livre “tem mais sabor porque tem de se defender enquanto um tomate de estufa, de temperatura controlada, rega controlada, não tem sabor porque não teve de defender-se de nada: estamos a descobrir que os aromas e os sabores das plantas são os mecanismos de proteção”.

O especialista europeu em agricultura biológica participou hoje num 'workshop' na Escola Básica n.º 1 de Lisboa, onde ensinou crianças entre os seis e 10 anos a fazer um vaso hidropónico caseiro com um garrafão de água de cinco litros, entre muitos outros truques.

Henrique, de 10 anos, disse que hoje aprendeu muitas coisas: como fazer uma horta na garrafa, a fazer produtos ‘pesticidas’ naturais para matar os bichos. Na horta biológica que os pais têm no Alentejo vai dizer o que têm de fazer.

Também Maria explicou que agora já sabe fazer um ‘pesticida natural’ com água e iogurte para controlar os fungos dos legumes e das plantas e ficou também a saber que a melhor forma de se ver livre das lesmas numa horta é colocar tacinhas com cerveja para que estas durante a noite, atraídas pelo cheiro, se afoguem.

Mariano Bueno não come nem carne, nem peixe, há 42 anos. Desde os 17 que é vegetariano por problemas de saúde. Aos 18 foi para França onde aprendeu o que precisava para dar os primeiros passos na agricultura biológica. Reconhece que se seguiram “anos duros” pela “incompreensão” do que fazia.

“Depois consegui, com o passar dos anos, demonstrar que era possível cultivar sem recorrer a químicos, mas antes de uma forma natural, recuperando formas ancestrais de fazer agricultura, voltar ao estrume dos animais, ver as luas, por exemplo”, lembrou.

Mariano Bueno avançou que existem atualmente movimentos médicos e científicos, designados por horto terapia, que revelam que grande parte dos problemas de saúde “tem a ver com o facto de nos desenraizarmos da terra e de nos desvincularmos das nossas raízes, já que somos seres biológicos”.

Com várias obras publicadas sobre agricultura biológica, alimentação biológica ou hortas ecológicas, Mariano Bueno lançou agora em Portugal o livro “A Horta-Jardim Biológica”, juntamente com Jesús Arnau, no qual ensina várias formas de fazer uma horta-jardim e os seus benefícios para a saúde.

No livro explica também as flores comestíveis e que, apesar de algumas serem tóxicas, é preciso ingerir uma grande quantidade para que façam mal ao organismo: “o importante é comer cru, quer seja para as plantas medicinais, flores comestíveis ou hortaliças. Há que processá-las o menos possível, quanto muito escaldar será o suficiente para ‘matar’ qualquer bicho”.

Portugal
Portugal tem mais de 10 mil tubos com espermatozóides, alguns congelados desde 1985 e sem respeitar os parâmetros serológicos...

Alberto Barros, do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) falava na Comissão Parlamentar de Saúde sobre a proposta de lei que altera a utilização de técnicas de procriação medicamente assistida (PMA), numa audição requerida pelo CDS-PP e pelo BE.

Segundo este especialista, que introduziu em Portugal a inseminação artificial com sémen de dador, em 1985, a existência de material genético criopreservado antes de 2006 (altura em que esta área foi alvo de legislação específica) “é um problema real, com o qual os diretores dos centros que o conservam se deparam”.

Alberto Barros recordou que 32 anos em ciência é muito tempo. “Quando comecei a criopreservar espermatozoides levava ovos de casa, que ajudavam no processo”, contou.

Com o aumento das técnicas de procriação medicamente assistida e a criopreservação de gâmetas de doentes que se sujeitavam a tratamentos oncológicos, os quais podem comprometer a sua capacidade reprodutora, aumentou a quantidade de material guardado.

Só no serviço de genética da Faculdade de Medicina do Porto existem 4.498 amostras de espermatozoides, afirmou, acrescentando que em todos os centros são mais de 10 mil os tubos de espermatozoides criopreservados.

Os diretores dos centros “têm medo dos processos judiciais” que os proprietários desse material possam acionar no caso da destruição, mas, por outro lado, também não respondem quando chamados a decidirem o destino a dar a este material.

Desde 2007/2008, altura em que o CNPMA definiu o consentimento informado, que o destino a dar aos gâmetas excedentários está definido. Contudo, sobre o material criopreservado anteriormente, ainda nada foi decidido.

Uma proposta de lei que está a ser debatida na especialidade pela Comissão Parlamentar da Saúde refere que os embriões, espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico que tenham sido congelados antes de 2006 podem vir a ser descongelados e eliminados se assim determinar o diretor do centro de procriação medicamente assistida.

Esta proposta de lei pretende evitar “a indesejável eternização da sua conservação, sem que os mesmos sejam utilizados ou reclamados pelos seus beneficiários” e propõe a conservação dos “espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico” por um prazo máximo de cinco anos. No caso dos embriões, esse prazo será de três anos.

O presidente do CNPMA, Eurico Reis, explicou que a diferença se deve ao facto de a expetativa de utilização dos embriões ser mais rápida do que a do restante material, que pode ser colhido em pessoas a partir dos 15 anos, por razões de saúde.

Sobre a hipótese deste material ser doado, Alberto Barros e Eurico Reis referiram que isso não poderá acontecer, porque antes da lei de 2006 os critérios serológicos, com vista ao despiste de várias doenças, não eram tão apertados como os atuais.

“Não queremos alargar os riscos de transmissão de doenças às novas crianças”, afirmou Eurico Reis, reconhecendo que, seja de que forma for, “terá sempre de haver decisões de destruição”.

A propósito desta proposta de lei, o presidente do Conselho Nacional da Ética para as Ciências da Vida (CNECV), Jorge Soares, disse aos deputados que a eliminação simples do material colhido até 2006 não merece qualquer reserva deste organismo.

No entanto, em relação aos embriões, o CNECV defende que se tente contatar os seus proprietários, lembrando que, apesar de não existir, até 2006, um consentimento informado como o atual, as pessoas foram esclarecidas e deram a sua anuência para a recolha, pelo que devem ser contactadas, ou pelo menos existir uma tentativa nesse sentido.

“Deve ser cumprido o preceito de contactar os beneficiários ou doadores para saber qual a sua opinião”, disse Jorge Soares.

Investigadora
A investigadora Raquel Duarte disse hoje, no Porto, que o álcool e o tabaco estão associados ao aumento da incidência da...

Em declarações, no âmbito de um seminário sobre “Tuberculose, Álcool e Tabaco: ligações perigosas”, organizado pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), Raquel Duarte afirmou que a tuberculose tem vindo a diminuir ao longo do tempo, mas lentamente, situando-se abaixo dos 20 casos por 100 mil habitantes.

“A tuberculose tem vindo a diminuir, mas não tem vindo a diminuir ao ritmo que nós gostaríamos ou que queríamos de forma a atingir os objetivos da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, sublinhou a responsável pelo encontro.

Segundo explicou, “as pessoas que fumam têm maior risco de estar doentes, têm maior risco de o tratamento correr pior e, uma notícia ainda pior, é que o tabagismo passivo também coloca as pessoas em risco de tuberculose, particularmente nas crianças”.

“O que é preciso é que, além de sensibilizar a população, haja uma abordagem integrada da tuberculose, também prestando atenção a estes comportamentos de risco, como o álcool e o tabaco”, sublinhou.

Sendo uma doença causada por um agente conhecido, que é possível prevenir e para a qual existe tratamento e cura, os investigadores questionam-se porque é que a tuberculose ainda existe.

“O que nos preocupa na tuberculose é que ela ainda exista. Não devia haver casos de tuberculose, por isso devemos continuar atentos à sua redução. Ela tem vindo a reduzir, de uma forma consistente, mas podemos fazer mais”, frisou.

Defende por isso que é necessário atuar “na co-infeção VIH, na resistência e na boa adesão ao tratamento”.

“Mas temos de atuar também, e cada vez mais se dá importância a isso, [quanto] aos determinantes sociais, à pobreza, ao desemprego, à forma como as pessoas vivem e aos comportamentos de risco, como o consumo de droga, de álcool e tabaco”, acrescentou.

A investigadora considera que “só uma abordagem integrada é que permitirá maior eficácia na redução da tuberculose”.

“A tuberculose é curável. O que é preciso é que a pessoa seja diagnosticada atempadamente, de modo a não ficar com sequelas, e faça o tratamento adequado, o tempo todo, para não ter resistências. Porque se houver resistências estamos a perder fármacos e, assim, a ter algumas complicações em tratar a tuberculose”, frisou.

Raquel Duarte é atualmente diretora da Unidade de Gestão Integrada do Tórax e Circulação do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, Coordenadora do Centro de Referência Nacional para a Tuberculose Multirresistente, assessora do Diretor do Programa Nacional para a TB/VIH, para a área da tuberculose, e doente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Estudo
A braquiterapia em casos de cancro da mama pouco agressivos permite reduzir a duração do tratamento de sete semanas para quatro...

Esta é a principal conclusão de um estudo elaborado com 1.200 doentes de sete países, divulgado pela revista científica Lancet Oncology, e que comparou os resultados da radioterapia com os da braquiterapia, que contudo só pode ser usada numa percentagem reduzida de casos.

O tratamento com braquiterapia consiste na colocação de uma fonte radioativa dentro ou na proximidade do tumor, com o objetivo de que sejam destruídas as células malignas.

Os doentes que integraram este estudo foram mulheres de mais de 50 anos e com tumor de grau 1 ou 2, com um máximo de três centímetros de diâmetro.

Outros parâmetros que se têm em conta ao aplicar a braquiterapia são que o doente não tenha os gânglios afetados e que o tumor tenha recetores hormonais positivos.

Estes parâmetros reduzem bastante a percentagem de doentes que podem receber tratamento, restringindo-os a uns 10% (dados recolhidos em relação à população da Catalunha, dado que o Instituto Oncológico desta região espanhola participou no estudo).

A responsável da Unidade de Braquiterapia do Instituto da Catalunha Cristina Gutiérrez explicou à agência EFE que esta técnica se aplica numa só intervenção. Uma vez aplicada, o doente pode fazer a sua vida normal durante os quatro dias que dura o tratamento, embora tenha de deslocar-se duas vezes por dia ao centro de tratamento.

Estudo
Um novo método de quimioterapia não tóxica para tratamento do cancro poderá evitar que os pacientes passem diariamente horas em...

O método consiste num aerossol que se usa como um inalador normal, através do qual entram no corpo nanocápsulas inteligentes capazes de levar o medicamento diretamente às células dos tumores.

Pensado especialmente para casos de cancro do pulmão, consegue reduzir os efeitos tóxicos do tratamento, sem reações adversas com o tecido do pulmão.

A equipa de investigadores do departamento de Engenharia Química Eva Martín del Valle afirmou hoje, em comunicado, que se trata de "abolir a dependência do paciente que está durante duas horas a fazer quimioterapia dentro de uma sala".

O projeto permitiu também reduzir a quantidade de fármaco que o paciente recebe, usada de forma mais certeira.

"Praticamente 80% do fármaco administrado não é utilizado, tem que ser metabolizado ou expulso do organismo", afirmam.

A equipa, que tem um financiamento de 120 mil euros para os próximos três anos garantido por uma fundação espanhola, conta que em dois anos, ou menos, possa começar a fazer testes em ratos de laboratório.

Centro Hospitalar de Lisboa Norte
O Centro Hospitalar de Lisboa Norte assegura que os alimentos vendidos em máquinas automáticas cumprem o despacho que limita o...

Todos os chocolates disponibilizados nas máquinas automáticas do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) cumprem com o preconizado no despacho, isto é, são chocolates em embalagens iguais ou inferiores a 50 gramas”, refere um comunicado hoje divulgado.

Na terça-feira, a máquina de venda automática disponível nas urgências do Hospital de Santa Maria apresentava pelo menos três tipos de embalagens de chocolates diferentes. Segundo o Centro Hospitalar, os chocolates continuam a ser vendidos porque cumprem o despacho, com as embalagens a terem menos de 50 gramas.

No hospital Fernando Fonseca, na Amadora, por exemplo, a máquina disponível nas urgências deixou de ter qualquer tipo de chocolate à venda, disponibilizando embalagens de ‘snacks’ de fruta e bolachas sem açúcar.

Segundo o Centro Hospitalar que integra o hospital Santa Maria, "todos os produtos existentes nas máquinas de venda automática colocadas em áreas das duas unidades hospitalares constituintes do CHLN foram alvo de revisão e encontram-se em conformidade".

Assim, a venda de chocolates continua por se apresentarem em embalagens com menos de 50 gramas.

Um despacho publicado em junho do ano passado definiu que os centros de saúde e os hospitais, assim como toda e qualquer instituição do Ministério da Saúde, passam a ser proibidos de ter máquinas de venda automática de alimentos com excesso de calorias e em particular com altos teores de sal, de açúcar e de gorduras trans, processadas a nível industrial.

O diploma entrou em vigor a 6 de setembro, mas as instituições tiveram seis meses (até 6 de março) para rever os contratos que tivessem em vigor de exploração de máquinas de venda automática. Contudo, este prazo destina-se apenas às instituições cujos contratos em vigor não impliquem o pagamento de indemnizações ou de outras penalizações.

Com o despacho que entrou em vigor dia 6 deste mês, fica proibida a venda de salgados, pastelaria, pão e afins com recheios doces, charcutaria, sandes com molhos de maionese, ketchup ou mostarda, bolachas ou biscoitos muito gordos ou açucarados, guloseimas, snacks, sobremesas, refeições rápidas, chocolates grandes e bebidas com álcool.

As embalagens de chocolates habitualmente compradas em supermercados ou cafés continuam assim a poder ser disponibilizadas, desde que não tenham mais de 50 gramas.

Estudo
Uma proteína extraída do veneno de aranha pode minimizar os efeitos dos danos provocados por um acidente vascular cerebral,...

"A pequena proteína que descobrimos, a Hi1a, bloqueia os canais de íons sensíveis ao ácido (ASIC) no cérebro, que são os principais responsáveis pelos danos cerebrais do acidente vascular cerebral (AVC)", disse o professor Glenn King, do Instituto de Biociência Molecular da Universidade de Queensland, na Austrália.

"Acreditamos ter encontrado pela primeira vez uma maneira de minimizar os efeitos devastadores" de um AVC, acrescentou King, após injetar uma versão sintética da proteína em ratos.

A descoberta foi publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, escreve o Sapo.

O AVC, também chamado de derrame cerebral, mata seis milhões de pessoas por ano, e deixa cinco milhões de sobreviventes com sequelas permanentes. "Esta descoberta ajudar-nos-á dar perspetivas mais favoráveis aos sobreviventes de um AVC, diminuindo os danos cerebrais e as sequelas devastadoras que provoca", afirma King.

"Um dos aspetos mais promissores dessa proteína é que ela oferece níveis excecionais de proteção por oito horas após o início do acidente vascular cerebral, o que é uma janela notavelmente longa de oportunidade de tratamento", disse.

Segundo o estudo, esta proteína também oferece um certo grau de proteção às regiões centrais do cérebro, as mais afetadas pela falta de oxigénio em consequência do derrame. "Agora estamos a trabalhar para reunir o valor necessário para financiar ensaios clínicos e poder comercializar rapidamente esse tratamento promissor", contou.

Baixas médicas
O bastonário da Ordem dos Médicos considera preocupantes os dados do estudo da Deco que indicam que um em cada cinco médicos...

“São dados preocupantes (…). Essa pressão sempre existiu e provavelmente é maior nos dias que correm dadas as circunstâncias em que vivemos, com dificuldade económica e financeira, muita pressão no trabalho, em todos os lados tentam fazer mais com o mesmo e isso também acontece na medicina”, disse Miguel Guimarães.

O bastonário sublinha que considera preocupante não só a pressão para as baixas, mas também para os meios complementares de diagnóstico e a prescrição de medicação.

De acordo com o estudo da Defesa do Consumidor, quase metade (48%) dos médicos inquiridos assume que, todas as semanas, prescreve exames desnecessários apenas porque o doente insiste.

“É preciso fazer algo na relação médico/doente. É preciso que a relação entre médicos e doentes seja reforçada em termos de tempo e de comunicação porque vai permitir que haja maior empatia entre as pessoas e essa maior empatia pode conseguir resolver alguns problemas apontados neste inquérito”, defendeu.

O bastonário da Ordem dos Médicos sublinha que a comunicação e o tempo das consultas são essenciais para que o médico consiga explicar ao doente que ele não precisa de fazer determinado exame ou de tomar aquele medicamento de que julga precisar.

“Se tiver um doente que vai ao meu consultório e acha que tem uma infeção e que precisa de um medicamento e se eu chegar à conclusão que ele não precisa, eu tenho de ter tempo para lhe explicar porque é que ele não precisa e dizer que o antibiótico pode até ser mais prejudicial para ele”, exemplificou.

Para Miguel Guimarães, os médicos, neste momento, “estão a ser demasiado pressionados naquilo que é o exercício da medicina, pelo tempo e pelos doentes”.

“No SNS [Serviço Nacional de Saúde] a falta de tempo é constante em todos os serviços, desde os cuidados primários até aos hospitais”, afirmou.

Outro dos dados apurados no estudo da Deco indica que quase metade dos médicos confessam que gostariam de dedicar mais tempo aos doentes, mas têm uma agenda muito preenchida: “Seis em cada dez atendem mais de 20 pacientes por dia, sendo que, para dois em cada dez o número é superior a 30”, refere o documento.

Confrontado com estes dados, o bastonário diz: “mais de 20 já são muitos, mais de 30 é uma barbaridade”.

“No dia a dia, uma das queixas mais comuns dos médicos é que acabam por ter muitos mais doentes nas consultas do que deviam de ter. Os médicos também têm responsabilidade porque vão cedendo ao sistema, mas entre o que o médico acha que deve fazer e o excesso de doentes marcados (…) as consultas são feitas a correr”, defende Miguel Guimarães.

O bastonário aponta ainda os quatro passos que, segundo defende, são essenciais para que as coisas melhorem: a comunicação entre médico e doente, a utilização dos sistemas informáticos, a possibilidade de os médicos tirarem dúvidas com colegas e o tempo para explicar ao doente o que lhe vai ou não fazer.

“Este último passo, que é fundamental nesta sequência, é o passo mais prejudicado porque é o último e o médico já está atrasado e tem doentes à espera”, afirmou Miguel Guimarães, concluindo: “Se explicarmos bem aos doentes, estes deixam de fazer a pressão e a relação medico/doente é mais benéfica”.

O estudo da Deco, feito entre setembro e outubro de 2016, obteve respostas de 1.013 pacientes e 281 médicos de família.

Estudo
Um em cada cinco médicos de família recebem todas as semanas pedidos de baixas médicas desnecessárias e 8% confessam que acabam...

De acordo com o estudo da Defesa do Consumidor – Deco, quase metade (48%) dos médicos inquiridos assume que, todas as semanas, prescreve exames desnecessários apenas porque o doente insiste.

“Apesar de os clínicos afirmarem que são regularmente confrontados com estes pedidos, e que por vezes até cedem, a percentagem de doentes que admitem exagerar sintomas para obterem exames, medicamentos ou baixas é mínima”, refere a Deco.

Dados revelados em janeiro pelo Ministério da Segurança Social revelam que, no ano passado, um em cada cinco trabalhadores com baixa médica podia trabalhar.

Somando as inspeções extraordinárias às inspeções regulares, no total foram feitas mais de 262 mil inspeções em 2016 (mais 19% do que no ano anterior), concluindo-se que 22% destes trabalhadores de baixa foram considerados aptos para o trabalho.

O estudo da Deco, feito entre setembro e outubro de 2016 e que obteve respostas de 1.013 pacientes e 281 médicos de família, evidencia “uma inconsistência de comportamentos”, com "o doente que exagera e o médico que não sabe dizer ‘não’”.

“Embora o estudo resulte da experiência dos inquiridos, as respostas foram ponderadas em termos estatísticos para refletirem de forma fiel a realidade de pacientes e médicos portugueses”, sublinha a Defesa do Consumidor.

Citado no estudo, o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, afirma: “É muito pouco frequente o doente insistir. O que não quer dizer que não haja doentes simuladores, que tentam e conseguem iludir o médico”.

Por outro lado, sublinha, “ainda se encontram doentes convictos de que a ‘baixa médica’ é um direito que depende da sua vontade. ‘Venho cá para meter baixa’ é algo que ainda se ouve”.

Segundo o inquérito, o número de médicos que, também todas as semanas, cedem à prescrição de fármacos desnecessários, por insistência do doente, é de 27 por cento.

Rui Nogueira defende que “os médicos não devem ceder (…), não com o simples argumento de sobrecarregar o sistema, mas por serem desnecessários, arriscados ou irrelevantes do ponto de vista clínico”.

Das respostas recebidas, a Deco concluiu também que os médicos gostariam que os pacientes “não se detivessem demasiado na net a pesquisar sintomas e a navegar por ansiedades antes do encontro [consulta]”.

“Ainda existe quem tenha vergonha de perguntar, ou de confessar que está a seguir outro tratamento ou a fazer automedicação”, recorda a Deco, que indica que mais de metade dos doentes não informa os médicos sobre tratamentos paralelos que está a fazer.

São ainda menos de metade aqueles que informam sempre o médico sobre os medicamentos que estão a tomar sem que lhes tenham sido prescritos.

Outro dos dados apurados no estudo da Deco indica que quase metade dos médicos confessam que gostariam de dedicar mais tempo aos doentes, mas têm uma agenda muito preenchida: “Seis em cada dez atendem mais de 20 pacientes por dia, sendo que, para dois em cada dez o número é superior a 30”.

O estudo sobre a relação doente/médico mostra que quase metade dos pacientes (43%) diz ter o mesmo médico de família há mais de uma década, mas nem sempre esta relação reflete uma boa comunicação.

“Apurámos que 22% dos pacientes nunca definem ou organizam queixas para ajudar a conduzir a consulta e que 43% nunca tiram notas das recomendações do médico, comportamentos que podem potenciar os erros na execução do tratamento”, refere a Deco.

Unicef
Cerca de 600 milhões de crianças viverão em zonas onde falta a água até 2040, alertou hoje a organização das Nações Unidas para...

Num relatório publicado hoje, Dia mundial da Água, a Unicef aponta 36 países que já vivem com níveis "extremamente altos" de 'stress hídrico', ou seja, recursos muito limitados de água potável.

"Temperaturas mais elevadas, o aumento do nível do mar, o aumento de inundações, as secas e o derretimento do gelo" são algumas das razões para isto, justifica a Unicef.

O diretor executivo da organização, Anthony Lake, afirmou que "esta crise crescerá" se não se agir imediatamente, começando por travar as alterações climáticas que pioram a situação.

No relatório refere-se que há quase 663 milhões de pessoas que não têm acesso a toda a água de que precisam, mais sujeitas a doenças mortais, como a cólera e a diarreia.

Na vida das crianças, isto reflete-se no tempo que têm de passar a acartar água (200 milhões de horas por dia), em vez de estarem na escola, e sujeitando as meninas e as mulheres a ataques durantes esses percursos.

A defecação a céu aberto é um hábito de 946 milhões de pessoas, tornando o saneamento em zonas com falta de água um pesadelo, e multiplicando doenças como a diarreia, que mata diariamente mais de 800 crianças com menos de 5 anos em todo o mundo.

Em zonas de cheias frequentes, as latrinas e casas de banho são destruídas e contaminam as fontes de água, e quebra-se a ordem social, com reflexos na higiene e no saneamento das populações.

Estima-se que mais de 270 milhões de crianças vivam em zonas de cheias recorrentes, enquanto 60 milhões vive em zonas de seca.

O aumento do nível da água do mar faz com o que o sal se infiltre nas fontes, arruinando-as para o consumo humano. Derretendo o gelo, há menos água doce disponível, porque é lá que se concentra 70% do total.

Aos governos, a Unicef exige que consigam fazer chegar água potável às crianças que mais dela precisam e que tomem em consideração os riscos climáticos nas medidas sobre água e saneamento, investindo nas pessoas mais vulneráveis.

O papel da indústria deverá ser poluir menos para não contaminar ou acabar com fontes de água bebível, acrescenta a Unicef.

E às pessoas que vivem em zonas com pouca água disponível, a Unicef aconselha que procurem várias fontes de obter água e garantam que armazenam em segurança a que conseguem.

Estudo
A taxa de mortalidade em pessoas com autismo aumentou 700% nos últimos 16 anos nos Estados Unidos, refere um estudo da...

Os autistas morrem três vezes mais por lesões acidentais ou intencionais do que o resto da população, segundo o estudo feito com base numa análise de atestados de óbito de 32 milhões de pessoas do registo nacional entre 1999 e 2014.

Os investigadores identificaram 1.367 pessoas (1.043 homens e 324 mulheres) com autismo.

A média de idade no momento da morte foi de 36 anos, muito mais jovens do que o resto da população em geral, referem os autores.

Entre as pessoas com autismo, 28% morreram de ferimentos, geralmente por asfixia ou afogamento.

“Embora estudos anteriores demonstrem uma taxa de mortalidade significativamente maior entre todas as pessoas com autismo, o estudo atual destaca a elevada taxa de mortes acidentais que tinham sido subestimadas naquele grupo populacional”, disse Guohua Li, professor de epidemiologia da Universidade de Columbia e principal autor do estudo.

Segundo o investigador, apesar do acentuado aumento anual de mortes, o autismo como fator que contribui para a mortalidade é provavelmente subestimado, porque as informações sobre as causas de morte nos certificados são frequentemente incompletas ou imprecisas.

O autismo é quatro vezes mais comum em menino do que em meninas. O distúrbio também é mais comum entre as crianças brancas e naqueles cujos pais têm níveis elevados de educação.

“O estudo mostra que as crianças autistas sofrem 160 vezes mais risco de afogamento do que o resto das crianças”, afirmou o investigador, enfatizando a importância de aprenderem a nadar cedo.

Os autistas são atraídos pela água.

“Assim que as crianças são diagnosticadas com autismo, geralmente entre os dois e os três anos, os pediatras e os pais devem inscrevê-las em aulas de natação antes de qualquer outra terapia, porque ser capaz de nadar é essencial para a sobrevivência de um autista”, disse.

Comissão Parlamentar de Educação
A comissão parlamentar de Educação e Ciência decidiu criar um grupo de trabalho para analisar a petição contra o peso das...

Na reunião de ontem da comissão o deputado do PSD Amadeu Albergaria propôs aos restantes grupos parlamentares que fosse feita uma proposta de iniciativa legislativa com o contributo de todos.

Do debate entre os deputados, onde foi consensual a ideia de encurtar prazos, surgiu a proposta de Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, de criação de um grupo de trabalho para a audição dos peticionários e discussão do tema. A proposta foi aprovada.

A petição pública "Contra o Peso Excessiva das Mochilas Escolares em Portugal" foi lançada em janeiro, 13 anos depois de um estudo da associação de defesa dos consumidores DECO ter identificado que mais de metade das crianças dos 5.º e 6.º anos de escolaridade transporta peso a mais nas suas mochilas escolares.

Os signatários desta petição, que tem o apoio dos diretores das escolas, pais, especialistas em ortopedia, entre outros, pedem urgência na resolução do problema.

Propõem, entre outras medidas, que se legisle no sentido de definir que o peso das mochilas escolares não deve ultrapassar os 10% do peso corporal das crianças, tal como sugerido por associações europeias e americanas.

Na petição defende-se a obrigatoriedade de as escolas pesarem as mochilas das crianças semanalmente, de forma a avaliarem “se os pais estão conscientes desta problemática e se fazem a sua parte no sentido de minimizar o peso que os filhos carregam”.

A existência de cacifos em todas as escolas públicas e privadas para que os alunos possam deixar alguns livros e cadernos, evitando transportar tanto peso nas mochilas, e a utilização por parte das editoras de papel de menor gramagem na elaboração dos manuais são algumas das propostas apresentadas pelos signatários da petição.

Sugerem igualmente que as editoras possam criar livros escolares divididos em fascículos retiráveis segundo os três períodos escolares e que os conteúdos dos manuais sejam o mais concisos e sintéticos possível.

Entretanto a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros manifestou-se solidária com a preocupação e diz que os editores escolares “têm investido bastante na procura das melhores soluções no que diz respeito aos manuais”.

“Ao longo dos últimos anos, os editores escolares tomaram algumas medidas, como a divisão de alguns dos seus manuais em dois ou três volumes, pese embora isso constitua um acréscimo adicional nos custos de produção que não se reflete no preço final dos livros escolares”, recorda a APEL.

Outra das medidas apontadas pela APEL é o investimento em outras soluções, para além da criação de volumes, “tais como o tipo de papel, utilizando papéis mais leves, sem nunca afetar a qualidade dos manuais e a sua utilização plena, nomeadamente, no que concerne à leitura”.

As associações de pais e os diretores de escolas defendem que o ideal seria a aposta nos livros digitais para aliviar o peso nas mochilas dos alunos, mas até lá concordam que o aumento do número de cacifos nas escolas já ajudava.

Autarquias
O secretário de Estado das Autarquias Locais mostrou-se confiante de que a Associação Nacional de Municípios Portugueses deverá...

"Muito provavelmente, na próxima semana, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) já terá nas mãos um amplo pacote de legislação nos mais diversos setores, de forma a que possamos conversar sobre os mesmos", afirmou Carlos Miguel.

O governante, que falava à margem da apresentação do projeto Cesop-Local/Territórios Sustentáveis, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, adiantou que o Governo já possui algumas propostas de decretos setoriais para a descentralização de competências, que serão apresentados a par do processo legislativo no parlamento.

"Estamos a trabalhar afincadamente para apresentar diplomas de caráter indicativo, porque só terão caráter definitivo após aprovação da lei geral", explicou o secretário de Estado, assegurando que já existem "alguns projetos prontos", em áreas mais simples.

Segundo Carlos Miguel, o Governo está "a aguardar um pacote mais amplo" para remeter à ANMP e à Associação Nacional de Freguesias (Anafre), no sentido de contribuírem para o processo de transferência de competências nas autarquias.

Em relação à proposta de revisão da Lei das Finanças Locais, o governante revelou que "o grupo de trabalho já apresentou para apreciação política uma proposta de princípios, mas que ainda não tem números".

Esta apreciação política será "concertada com a ANMP", uma vez que o parlamento ainda vai debater as várias propostas de descentralização apresentadas pelos partidos juntamente com a proposta de lei do Governo.

O secretário de Estado salientou a necessidade de os diplomas setoriais darem resposta à lei-quadro, porque "se houver menos competências a descentralizar na educação, na saúde ou na segurança social, o volume financeiro a transferir será menor".

"Teremos que apresentar um pré-projeto à Assembleia da República, antes consensualizado com a ANMP e a Anafre, daquilo que poderá ser uma nova Lei das Finanças Locais, mas só poderá ir a Conselho de Ministros depois de termos uma lei-quadro finalizada", esclareceu.

O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, antecipou, na véspera do debate parlamentar sobre a descentralização, a 16 de março, que as propostas de revisão da Lei das Finanças Locais, da organização dos serviços municipais e a maioria dos diplomas setoriais da descentralização de competências para as autarquias devem ser "em breve" colocados em discussão pública.

O parlamento discutiu na generalidade uma proposta do Governo de descentralização de competências para as autarquias e entidades intermunicipais e diversas propostas sobre o mesmo tema apresentadas por PSD, PCP, CDS-PP, BE e PAN.

A proposta de descentralização do Governo prevê a transferência de competências, entre outras, nas áreas da educação, saúde (cuidados primários e continuados), ação social (com a rede social), transportes, cultura, habitação, proteção civil, segurança pública, áreas portuárias e marítimas e gestão florestal.

As diversas propostas vão agora ser debatidas na especialidade na comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.

Estudo
Investigadores internacionais revelaram que encontraram uma forma de avaliar o risco genético de uma pessoa desenvolver a...

O estudo, divulgado na revista PLOS Medicine, foi baseado em informação genética de mais de 70 mil doentes com Alzheimer e idosos sem esta doença, que participaram em vários estudos sobre demência.

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando cerca de 47 milhões de pessoas em todo o mundo, e não tem cura ou tratamento efetivo.

A maior parte das pessoas começa a exibir sintomas no início dos 60 anos, mas em casos excecionais estes começam a aparecer tão cedo quanto os 30 anos.

“Para qualquer pessoa, com uma certa idade e informação genética, podemos calcular o risco ‘anualizado’ de desenvolver a doença de Alzheimer”, disse o coautor Rahul Desikan, instrutor clínico no Departamento de Radiologia e Imagiologia Biomédica da Universidade da Califórnia em São Francisco.

“Isto é, se você agora não tem demência, (somos capazes de quantificar) qual é o seu risco, baseado na sua idade e informação genética”, adiantou.

É ainda necessária mais investigação antes de o teste ficar disponível para o público.

Os investigadores salientaram também que as suas bases de dados incluem principalmente pessoas de ascendência europeia, pelo que as suas previsões perdem acuidade quando se trata de calcular o risco de Alzheimer em outros grupos étnicos, como os afro-americanos ou latinos.

DiabPT United
A DiabPT United, equipa de futsal composta por pessoas com diabetes, inicia este mês os seus treinos semanais de preparação...

Pelo quinto ano consecutivo a equipa portuguesa, composta por elementos do Núcleo Jovem da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (NJA) e da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), ambiciona a participação neste campeonato e trazer o título para Portugal.

Como refere Alexandra Costa, Coordenadora do NJA, “o exercício físico é uma componente muito importante para todas pessoas, especialmente quando falamos de Diabetes, sendo essencial para a terapia da diabetes tipo 1 e na prevenção e tratamento da diabetes tipo 2.  Queremos que as nossas crianças e jovens sejam ativas e que lutem pelos seus sonhos, acreditando que a Diabetes bem compensada promove uma vida longa, saudável e feliz.”.

Paula Klose, Presidente da AJDP, considera que “a formação desta equipa de futsal é muito importante para os jovens se manterem ativos, para chamarmos a atenção para a Diabetes e motivarmos os jovens a dar o seu melhor e a ultrapassarem todas as barreiras que tiverem pela frente. Pretendemos transmitir a mensagem de que a Diabetes não é limitativa para alcançarmos os desafios e metas que ambicionamos”.

A equipa fará treinos semanais abertos à participação de todas as pessoas interessadas até ao final do mês de Maio, aos domingos na zona do Seixal, sendo que os pavilhões são cedidos por esta Câmara Municipal. Para mais informações relativas aos treinos e à equipa, acompanhe a página www.facebook.com/diabptunited.

Presidente da ANF e diretor do IMPSP
O presidente da Associação Nacional das Farmácias, Paulo Cleto Duarte, e o diretor do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde...

A obra, editada pela Edições Esgotadas, é uma publicação revista das atas da I Conferência de Comunicação em Saúde, realizada em 2015 no Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Lisboa (IMP-SP), e que contou com nove apresentações distintas de alguns dos grandes comunicadores na área da Saúde, do país e estrangeiros.

Sob coordenação de José Pereira Miguel e Isabel de Santiago, especialista em comunicação em Saúde Pública, essas apresentações enformam os diferentes capítulos do livro, de onde se destacam temas como “Comunicação em Saúde Pública nos Domínios das Redes Sociais, Internet e Aplicações Móveis”, de Carol Crawford; “Comunicação em Saúde: Experiências, Reflexões e Lições Aprendidas”, de Graça Feitas; ou “Comunicação em Saúde na Imprensa Portuguesa”, de Felisbela Lopes.

Fernando de Pádua, Francisco Antunes, Afonso Cavaco e Luís Saboga Nunes, juntamente com os dois coordenadores da obra, assinam os restantes capítulos.

Paulo Cleto Duarte, que presidiu à sessão de apresentação do livro no Museu da Farmácia, em Lisboa, sublinhou “a parceria antiga da ANF e das farmácias com a educação para a saúde, que torna óbvio o apoio a iniciativas de debate nesta área”. O presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF) acrescentou ainda que “a Saúde e a Cultura estão muito mais próximas do que muitas vezes imaginamos”, numa alusão à publicação, mas também ao local onde ela foi apresentada.

De acordo com o diretor do IMPSP, José Pereira Miguel, a “Saúde Pública tem muito a ver com a promoção, proteção da saúde e prevenção da doença. Mas estas funções nucleares dependem de outras ditas habilitadoras, igualmente essenciais, onde se inclui a comunicação”.

Para Isabel de Santiago, “a comunicação em Saúde Pública serve para mobilizar as audiências para uma causa. Somos um país pequeno, com subfinanciamento na área da Saúde, a prevenção da doença faz todo o sentido. Isso implica trabalhar cada vez mais e melhor as matérias da comunicação”.

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