Estudo
Cientistas norte-americanos trataram os sintomas depressivos em animais de laboratório com uma bactéria encontrada no iogurte,...

O estudo da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos, demonstrou que a bactéria probiótica lactobacillus possui um mecanismo específico que afeta e regula o estado de humor.

Segundo os cientistas, há uma relação direta entre a saúde do microbioma intestinal e a saúde mental e a lactobacillus pode ajudar a ciência a perceber melhor a depressão e outras doenças do foro psíquico.

Para o estudo, segundo o Sapo, os investigadores analisaram o microbioma intestinal de ratinhos antes e depois de terem sido expostos a episódios de stress. "Quando se está stressado, aumenta-se a probabilidade de se ficar deprimido", começa por explicar o autor principal do estudo, o norte-americano Alban Gaultier.

Em laboratório a equipa observou que os episódios de stress induzido provocavam a perda em quantidade da bactéria lactobacillus nos intestinos dos ratinhos, aumentando os sintomas de depressão.

Uma análise mais profunda dos cientistas revelou que os níveis de lactobacillus nos intestinos fizeram aumentar os níveis de um metabolito do sangue conhecido como quinurenina, fortemente associado ao surgimento da depressão.

Para os investigadores da Universidade de Virginia, o próximo passo é replicar a experiência em humanos para perceber se os resultados obtidos em animais de laboratório se confirmam. "A grande esperança é que não precisemos de nos preocupar com fármacos complexos e efeitos secundários", explica o autor. "Basta manipular o microbioma", acrescentou Alban Gaultier.

Estudo
Cientistas criaram um novo método de análise de biomarcadores metabólicos que permite identificar se uma criança tem autismo,...

O método desenvolvido por investigadores do Instituto Politécnico de Rensselaer, nos Estados Unidos, tem por base concentrações de substâncias específicas numa amostra de sangue. As substâncias (metabolitos) são produzidas por processos metabólicos, um deles conhecido por transsulfuração, que estão alterados nas crianças com autismo. Os processos metabólicos são necessários à formação, ao desenvolvimento e à renovação das células, escreve o Observador.

Os cientistas usaram amostras de sangue de 83 crianças com autismo e de 76 crianças neurotípicas (sem qualquer distúrbio psíquico significativo) com idades entre os três e os 10 anos. Os dados recolhidos foram trabalhados com o auxílio de modelos matemáticos avançados e de ferramentas de análise estatística, permitindo identificar corretamente 97,6 por cento das crianças autistas e 96,1 por cento das neurotípicas (que têm processos metabólicos um pouco diferentes das autistas).

Os autores da investigação ressalvam que são necessários mais estudos e pretendem perceber se possíveis tratamentos que manipulem os processos metabólicos poderão interferir nos sintomas do autismo, um distúrbio neurológico que aparece na infância e se caracteriza por comportamentos repetitivos e restritivos e dificuldade de interação social e comunicação.

As causas exatas do autismo continuam desconhecidas e o seu diagnóstico exige uma equipa multidisciplinar de médicos.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde confirmou hoje um quinto caso de doença dos legionários num trabalhador da fábrica Sakthi na Maia,...

Fonte oficial da Direção-Geral da Saúde (DGS) adiantou que está já confirmado o quinto caso de contaminação num trabalhador da fábrica onde foi detetada a bactéria.

Na segunda-feira, as autoridades avançaram o primeiro caso deste surto na Maia, estando na altura sete outros em estudo.

Segundo o comunicado de hoje da DGS, há até agora cinco doentes, “todos trabalhadores” da empresa Sakthi Portugal, “admitindo-se que os casos foram devidos a exposição ocupacional previamente identificada”.

“O nível de alerta para a população em geral mantém-se nos termos dos comunicados anteriores, uma vez que se trata de exposição, até ao momento, confinada a ambiente ocupacional”, acrescenta a autoridade de saúde.

Os trabalhos conduzidos pela Inspeção-Geral do Ambiente (IGAMAOT) confirmaram que a unidade fabril está em condições de continuar a laboração, visto que os trabalhos de desinfeção foram, entretanto, concluídos.

Desenvolvimento
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, realçou hoje a aposta do Governo na consolidação de uma “aliança estratégica”...

“A saúde traz valor, a economia aporta através da saúde muito emprego qualificado, muito desenvolvimento”, disse Adalberto Campos Fernandes, em Coimbra.

O ministro da Saúde falava aos jornalistas, durante uma visita à empresa farmacêutica Bluepharma, em São Martinho do Bispo, margem esquerda do rio Mondego, cujo programa incluiu a inauguração da ampliação do Centro de Investigação e Desenvolvimento da empresa, em que também participou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

“Estou aqui a sinalizar aquilo que há muito tempo entendemos ser fundamental: o estabelecimento de uma aliança estratégica dentro do Governo entre a economia, a saúde e a ciência”, afirmou.

O executivo do PS, liderado por António Costa, tem “uma leitura de que a saúde e a economia devem contribuir para o progresso do país, para a criação de valor e para a geração de emprego qualificado”, sublinhou Adalberto Campos Fernandes.

Na sua opinião, a Bluepharma, criada há 16 anos, nas antigas instalações da Bayer, “é apenas um dos excelentes exemplos de que o país dispõe” na área da investigação e produção de medicamentos.

“A região Centro, neste aspeto, põe Portugal na rota da competitividade internacional, com uma economia do conhecimento orientada para a investigação e para a ciência”, acrescentou.

O ministro da Economia, por sua vez, defendeu a importância de “estimular a transferência de tecnologia entre a investigação e as empresas”, o que, na região, tem sido feito pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a Universidade e o parque tecnológico Biocant, em Cantanhede, entre outros, “em colaboração com várias empresas”, incluindo a Bluepharma.

O grupo liderado por Paulo Barradas Rebelo “mostra bem o potencial que tem a ciência portuguesa para criar valor na área da investigação, da farmacêutica e da saúde em geral”, segundo Manuel Caldeira Cabral.

Em 2016, Portugal realizou exportações de produtos da área da saúde no valor de 1.400 milhões de euros, contra os 600 milhões registados há oito anos.

“É um crescimento notável”, enfatizou o ministro da Economia, salientando que os agentes económicos conseguiram “ser mais ousados nos investimentos”, o que justifica os bons resultados do setor.

O grupo Bluepharma emprega 450 pessoas.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, afirmou que Portugal aparece pela primeira vez “a verde” no...

“Finalmente, Portugal, embora na tangente, é representado já a verde, o que quer dizer que conseguimos fazer um trabalho aceitável, que modificou a posição do nosso país”, disse Vítor Veloso, que falava a propósito da “7.ª Conference of Tobacco or Health”, que começa quarta-feira, no Porto, e onde serão apresentados os dados relativamente a esta problemática.

Seguindo explicou, “há dois anos, quando o mesmo gráfico foi apresentado na 6.ª conferência, o nosso país estava representado a vermelho, porque ainda não tinha atingido os mínimos”.

“Agora, embora de forma tangencial, passamos para o verde, o que efetivamente significa que temos feitos avanços em relação ao tabaco, tendo diminuído o consumo, o que se fez não só através da legislação que é cada vez mais apertada, mas também pelas campanhas que têm sido feitas”, sublinhou.

Contudo, o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) salientou que há ainda um “longo caminho a percorrer” em relação à resolução dos problemas ligados ao tabagismo. No encontro, irá discutir-se “como é que a União Europeia pode lutar em relação aos ‘inimigos’ que são, sem dúvida alguma, as tabaqueiras, que têm um poder político e económico superior ao dos países”, referiu.

“É uma ‘guerra’ entre a legislação e a fuga que as tabaqueiras tentam com as novas formas de fumo, para camufladamente fugir a essas leis e a essas exigências. Exemplo disso são os cigarros eletrónicos”, sustentou.

Defendeu, por isso, “a necessidade de alterar a legislação que atualmente só consagra determinados tipos de fumo”.

A contrafação, o contrabando de tabaco e os medicamentos de cessação tabágica, que são eficazes e vão ser contemplados pelo Serviço Nacional de Saúde com “uma redução drástica de preços”, são outros temas em análise no congresso.

Vítor Veloso lembrou que “o tabaco é responsável por 90% dos cancros de pulmão e é responsável também por 20 a 30% de todos os cancros nas diferentes localizações”.

Um novo estudo da Organização Mundial de Saúde alerta para o impacto “sem paralelo” do tabagismo na saúde pública e os investigadores avisam que as doenças associadas ao tabaco são responsáveis por quase 6% dos gastos mundiais em saúde, num total de 400 mil milhões de euros.

O objetivo desta conferência é mobilizar os cidadãos, tornando‐os mais conscientes e capazes de melhorar a sua saúde, promovendo e apoiando políticas de controlo do tabagismo na Europa e no Mundo.

“Como o impacto do tabaco na Europa e no mundo ainda é devastador, é de extrema importância que o controle do tabagismo seja atualmente uma prioridade de agenda”, considerou o presidente da LPCC.

Com este Congresso pretende-se “a partilha e desenvolvimento de conhecimentos, bem como a tomada de decisões que permita uma Europa e um mundo sem tabaco”, acrescentou.

A sessão de abertura do encontro, agendada para a próxima quinta-feira, pelas 12:00 conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da rainha de Espanha Leticia Ortiz, do Comissário Europeu da Saúde e dos ministros da saúde de Portugal e Espanha.

24h® de Saúde
A cidade de Braga recebe em maio a primeira edição do 24h® de Saúde, evento que promove o desenvolvimento de competências...

Num período de 24 horas consecutivas, as equipas verão as suas capacidades de trabalho em equipa desafiadas, à medida que constroem um projeto e adquirem novas competências. O evento formativo decorre de 20 a 21 de maio, na Escola de Medicina da Universidade do Minho.

O 24h® de Saúde, através de inscrições de equipas de 3 a 5 elementos, destina-se a todos os profissionais e estudantes das áreas de saúde, pretendendo assim contribuir para a formação e desenvolvimento de equipas interprofissionais e multidisciplinares, desde a Enfermagem e Nutrição, passando pela Fisioterapia, Medicina e Ciências Farmacêuticas.

Os desafios assentes no quotidiano da saúde colocarão à prova a forma como os profissionais de saúde se relacionam entre si e gerem as suas atividades, com vista à melhoria do serviço ao doente, redução do erro médico e aumento da eficácia dos cuidados de saúde. O modelo de evento formativo promove atividades pedagógicas competitivas e colaborativas, além de testar e desenvolver vários aspetos comportamentais e técnicos.

Para mais informações e inscrições:

www.24hsaude.com | https://www.facebook.com/24hsaude

Ordem dos Médicos Americana
O American College of Physicians instrui os clínicos americanos para que privilegiem tratamentos não invasivos como acupuntura,...

O American College of Physicians acaba de revolucionar a sua estratégia de tratamento para as dores de costas. Num estudo publicado no Annals of Internal Medicine, o organismo americano que define as recomendações terapêuticas para os clínicos dos EUA aconselha que médicos e pacientes passem a optar pelo tratamento não-farmacológico com calor superficial, massagem ou acupuntura em todos os casos de dor aguda na região lombar inferior. O documento, que assina um conjunto de “fortes recomendações” para ortopedistas e clínicos gerais, baseia a sua nova estratégia num conjunto de estudos clínicos que “evidenciam cientificamente” que as técnicas utilizadas pela medicina tradicional chinesa promovem o mesmo tipo de melhorias que a terapêutica medicamentosa, pelo que a utilização de medicamentos pode ser, em muitos casos, substituída por tratamentos não invasivos.

A dor lombar é uma das razões mais comuns para consultas médicas, e aproximadamente 25% dos adultos relataram ter dores lombares que duraram pelo menos um dia.

“A dor física afeta muitas vezes a vida das pessoas, o seu trabalho e até o lado pessoal, e ao menor sinal de dor a maioria de pessoas opta por tomar medicamentos. Porém, os medicamentos não resolvem o problema. A dor é um sinal que algo não está bem no nosso organismo e é a origem do problema que deve ser combatida. Com a acupuntura é possível perceber o problema e tratá-lo.”, comentou Hélder Flor, especialista em Medicina Tradicional Chinesa.

A dor lombar é uma das razões mais comuns para consultas médicas, e aproximadamente 25% dos adultos relataram ter dores lombares que duraram pelo menos um dia. O objetivo da orientação do American College of Physicians é precisamente fornecer a melhor orientação terapêutica com base na eficácia comparativa e segurança de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos não invasivos para pacientes que sofrem de dores lombares.

“A acupuntura deve cada vez mais ser vista como uma solução válida para qualquer tipo de dor ou inflamação, apresentando efeitos analgésicos, de relaxante muscular e anti-inflamatórios, auxiliando no tratamento de dores lombares. Os resultados de um estudo recente publicado no Clinical Journal of Pain demonstraram a eficácia da acupuntura no alívio das dores, e que foi também um procedimento seguro e eficaz. O alívio da dor e outros sintomas manteve-se por 6 meses após o fim das sessões. Os pacientes também não relataram efeitos adversos dos tratamentos, o que geralmente não ocorre com o uso crónico de medicamentos”, comentou Hélder Flor.

A expetativa de muitos especialistas é de que esta recomendação do American College of Physicians possa abrir um novo capítulo na história da medicina americana, e que técnicas como a aplicação superficial com calor, a massagem (com e sem ventosas) e a acupuntura deixem de ser “terapêuticas alternativas”, para passarem a ser consideradas como o tratamento de referência para vários tipos de dores lombares.

Dia Mundial do Sono – 17 de Março
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia, através da sua Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono, associa-se à...

Inserida no Dia Mundial do Sono, que se assinala um pouco por todo o mundo, a Comissão de Trabalho de Patologia do Sono da Sociedade Portuguesa de Pneumologia lança uma campanha de sensibilização, focada no impacto que os distúrbios do sono têm na vida conjugal.

Segundo Fátima Teixeira, Coordenadora da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da SPP “os distúrbios do sono não atingem apenas o próprio, refletindo-se também na vida conjugal e familiar. São frequentes os doentes que dormem em quartos separados. A ansiedade e depressão nos parceiros, gerada por consecutivas noites sem qualidade de sono, pelo ruído causado pela roncopatia ou pelas pausas respiratórias durante a noite, acabam por desgastar as relações, conduzido muitas vezes o casal a uma situação de rutura”.

Estudos relacionados com distúrbios do sono, revelam existir evidências que apontam para uma associação entre a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) e disfunções sexuais. Dados recentes revelam que a prevalência da disfunção sexual feminina e a disfunção eréctil no homem varia entre a ⅔ dos doentes com AOS, sendo a relação conjugal prejudicada pela falta de desejo e satisfação sexual. Um outro estudo que envolveu doentes com AOS moderada a grave demonstrou que 63% dos doentes possuíam problemas conjugais e 69% manifestavam diminuição do desejo sexual.

“Não são raros os casos de disfunção erétil associados à Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono. Um sono sem qualidade traz também diminuição da tolerância e aumento da irritabilidade que podem levar a conflitos conjugais. Trata-se de algo que também tem influência na atividade social do casal e da própria família. É muito frequente o doente que na primeira consulta relata a necessidade de dormir em quartos separados pela presença de roncopatia, fator que acaba por interferir na intimidade do casal”, acrescenta a Susana Sousa, secretária da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da SPP.

A suspeita de Apneia Obstrutiva do Sono é, frequentemente, o motivo de solicitação de consulta de sono. Na grande maioria dos casos as queixas surgem do companheiro cujo sono é também incomodado pelo ronco, pelo movimento associado aos microdespertares e pela preocupação com as apneias. Assim sendo, é habitual verificar-se a alteração de hábitos como seja a alteração da posição do ressonador, o uso de tampões auditivos, a toma de medicação e em última instancia a separação de espaços. Numa análise realizada pela National Sleep Foundation, ⅔ dos casais relataram que o companheiro ressonava, ⅓ referiam dormir em quartos separados ou usar tampões e mais de ½ dos roncopatas tinham noção que perturbavam o sono do companheiro.

Os companheiros de doentes portadores de AOS, com ronco intenso, mais frequentemente têm sintomas de insónia inicial, fragmentação do sono, noção de sono não reparador, fadiga e sonolência diurna. Quando o sono é de má qualidade a capacidade de regular as emoções está também alterada. Aqui temos duas pessoas cujo sono é afetado de forma negativa pela doença e provoca a sonolência diurna, ansiedade, irritabilidade e a depressão. Inevitavelmente haverá situações de conflito conjugal. No entanto o tratamento da AOS demonstrou melhoria na qualidade do sono do doente e do próprio companheiro, sendo fundamental a participação ativa deste último no tratamento para garantir uma boa adesão.

Apesar da maioria dos distúrbios do sono serem evitáveis ou tratáveis, menos de um terço dos doentes procura ajuda profissional.

A mensagem, que procura chamar a atenção para a importância de um sono de qualidade e reparador, surge como forma de contrariar os números que revelam que 45% da população mundial sofre de distúrbios do sono. A Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da SPP salienta ainda que a maioria dos distúrbios do sono são tratáveis mas apenas um terço dos doentes procura ajuda pelo que é importante levar a população a adotar medidas preventivas:

  • Deitar e levantar sempre à mesma hora todas as noites
  • Evitar o tabaco, álcool e bebidas com cafeína (café, chá preto, coca cola entre outros) a partir do final da tarde
  • Praticar exercício físico regular preferindo os períodos da manhã ou almoço evitando a sua prática pelo menos 4 horas antes da hora de dormir
  • Criar no quarto boas condições para o repouso, temperatura adequada, pouca luz e sem ruído
  • Evite ler, ver televisão ou alimentar-se na cama
  • Faça refeições ligeiras à noite e não se alimente próximo da hora de dormir
  • Evitar sestas em caso de dificuldade em adormecer
  • Não leve as preocupações diárias para a cama, tente libertar-se delas antes de ir dormir. 
Medicina geral e familiar
A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou ter realizado em 2016 mais de 12 mil consultas no âmbito dos Cuidados de...

“Esta Administração Regional de Saúde finalizou o ano de 2016 com 12.761.632 consultas, mais 1,6% do que as verificadas no ano anterior na especialidade de Medicina Geral e Familiar”, refere em comunicado a ARSN segundo a qual o valor representa um “maior acesso da população [da região Norte] ao seu Médico de Família”.

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) diz mesmo que atualmente a população do Norte tem “quase 100% de cobertura no que aos Cuidados Primários de Saúde diz respeito”.

O resultado positivo de um maior número de consultas realizadas em 2016 no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários está relacionado com a “reforma dos Cuidados de Saúde que o Ministério da Saúde está a levar a efeito, nomeadamente no que respeita ao aumento do número de Unidades de Saúde Familiar (USF)”, refere o comunicado.

Apesar do resultado positivo, tanto o Ministério da Saúde, como as chefias da região Norte, designadamente os Agrupamentos de Centros de Saúde e USF, pretendem ao longo deste ano “melhorar ainda mais”.

A finalidade é “dotar as unidades com mais equipas de Saúde Familiar proporcionando, por um lado, a integração de cuidados, melhorando assim a performance hospitalar e, por outro lado, alargando a oferta de serviços, nomeadamente ao nível da saúde oral, alimentar e da psicologia clínica, proporcionando maior acessibilidade e ganhos assistenciais consideráveis”, refere o mesmo comunicado.

Dia Mundial do Sono
Dormir bem é fundamental para o nosso bem-estar psíquico, emocional e cognitivo, no entanto, estima-

As perturbações do sono estão entre as mais frequentes na prática clínica, afetando pelo menos uma em cada 6 pessoas. Há uma relação muito próxima entre sono de qualidade e saúde mental; o sono é essencial para o bem-estar psicológico.

O sono desempenha diversas funções

O sono é determinante na regulação da homeostasia do nosso organismo, contribuindo para manter o equilíbrio do meio interno. Entre as funções do sono encontram-se a conservação de energia, restauração de tecidos, organização da memória, fortalecimento de células do sistema imunitário e secreção de hormona do crescimento (GH – “growth hormone”) em crianças e adolescentes.

Arquitetura do Sono

O sono divide-se em sono não-REM (sem movimentos oculares rápidos, do inglês REM – “rapid eye movement”) e sono REM.

SONO NÃO-REM

O sono não-REM ocupa cerca de 75% do sono e estrutura-se em 4 fases.

Fase 1 – transição entre sono e vigília, facilmente interrompida por ruídos ou toques. Ondas cerebrais rápidas.

Fase 2 – Sono mais profundo. Cessam os movimentos dos olhos. Os músculos relaxam. Importante para a consolidação da memória. São necessários estímulos mais intensos para despertar. Ondas cerebrais rápidas.

Fase 3 – Mais profunda que a anterior. Início de ondas lentas. Atividade cardíaca e respiração abrandam. Importante para funções reparadoras do sono.

Fase 4 – Corresponde ao sono mais profundo, em que é mais difícil acordar uma pessoa. Continuam as funções reparadoras, de crescimento e recuperação de células, tecidos e órgãos.

SONO  REM

No sono REM há atonia muscular generalizada, mas aumento marcado da atividade cerebral. É nesta fase que ocorrem os sonhos. Pode ser também importante para a consolidação da memória.

Ao longo da noite os ciclos de sono não-REM – REM sucedem-se a cada 90 a 110 minutos, e os períodos de sono REM tornam-se progressivamente mais longos. Os últimos correspondem a 25% do total, portanto passamos menos de ¼ do tempo a sonhar.

As necessidades de sono são variáveis

As necessidades de sono variam em função da altura do ano, da atividade física e profissional e sobretudo da idade: os bebés passam 95% do tempo a dormir no útero durante a gravidez, um recém-nascido pode dormir cerca de 16 horas. Já uma criança de quatro anos pode necessitar de dormir 12 horas, um adolescente 10 horas, um adulto cerca de 8 e um idoso cerca de 6 horas.

Assim, um adulto jovem tem necessidade de dormir 6,5 a 8 horas de sono por noite. Uma pequena percentagem da população (6 a 8%) tem necessidades de sono inferiores, os chamados “short sleepers” e uma percentagem semelhante, “long sleepers”, necessidades superiores.

O sono é regulado por vários fatores

A regulação do sono depende de vários aspetos, mas entre os mais importantes estão a luz (no escuro segrega-se uma hormona, a melatonina, que induz a entrada no sono) e a temperatura interna do corpo (a temperatura do corpo vai subindo até cerca das 18h e começa então a descer lentamente até à madrugada seguinte, quando normalmente temos necessidade de nos aconchegar na cama).

Higiene do Sono

A higiene do sono é o conjunto de regras, rotinas e modificações de estilo de vida, que permitem readquirir padrões de sono saudáveis.

Entre as medidas mais importantes estão deitar e levantar a horas regulares, não ingerir refeições pesadas antes de ir para cama, não ingerir estimulantes à noite, não beber demasiados líquidos e ter o cuidado de urinar, pelo menos, após o jantar e antes do deitar, não fazer exercício físico intenso à noite, fazer uma atividade relaxante antes de dormir (ler, conversar, ouvir música suave, …), não ficar até tarde a ver televisão ou ao computador e NÃO adormecer a ver televisão. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Investigadores do Porto concluíram que em pacientes saudáveis e pós-AVC a natureza da tarefa que pretendem desempenhar tem...

Verificou-se que os padrões do movimento, tanto no que se refere ao tempo como à precisão, são influenciados pelo objeto que está a ser manipulado, diferindo quando se trata de um objeto com uma função associada, como uma garrafa, ou de um sem função específica, como uma caixa de cartão, disseram a investigadora Mariana Silva e a responsável pelo projeto, Sandra Mouta.

Também o tipo de instrução tem influência nesses dois parâmetros, quando são comparadas tarefas intencionais, como beber, com movimentos sem finalidade específica, como levantar um objeto, explicaram as investigadoras do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

Este são alguns alguns dos resultados do projeto HUMERAL - 'Human Motor (re)Learning: the use of sensor information fusion' ((Re)Aprendizagem motora humana: o uso da fusão de informação de sensores) - que visa verificar o papel, em termos de rapidez e precisão, dos movimentos do membro superior executados por pessoas com diagnóstico pós-AVC, consoante o tipo de objeto e o contexto (instrução).

"Sabemos que existem técnicas adotadas pelos fisioterapeutas para se focarem na estimulação de grupos musculares específicos e que há uma recuperação da atividade motora nos meses subsequentes ao AVC. Contudo, a recuperação da atividade motora do membro superior é habitualmente mais lenta, comparativamente à recuperação da marcha, e não completamente conseguida", referiram as investigadoras.

Para as investigadoras, era essencial perceber de que forma a reabilitação pode ser mais direcionada para tarefas com implicações diárias, possivelmente contribuindo para uma melhoria da recuperação motora e, por fim, que se traduzisse numa maior autonomia por parte dessa população.

Os resultados obtidos neste projeto, como referiram, ajudam a identificar condições que potenciam a aprendizagem motora e a suportar o desenvolvimento de metodologias ou tecnologias de apoio ao treino e reabilitação física.

"Este suporte pode passar, por exemplo, pela seleção dos melhores estímulos, tarefas e 'feedback' a serem utilizados durante as sessões de treino motor ou cognitivo", indicaram.

Os dados para o estudo foram recolhidos no Laboratório de Biomecânica do Porto (Labiomep) da Universidade do Porto, fazendo parte da primeira amostra participantes sem qualquer patologia ao nível dos sistemas motor e percetivo.

Posteriormente, foi realizada a coleta de dados de indivíduos com um diagnóstico específico - AVC unilateral na artéria cerebral média -, confirmado com exame neuroimagiológico e relatório médico, cujo período pós-AVC fosse de, pelo menos, seis meses.

Foram também tidos em conta outros fatores que pudessem influenciar os resultados do estudo, como dores musculares ou patologias neuromusculares e défices ao nível percetivo ou cognitivo.

No projeto participaram ainda o professor do INESC TEC Miguel Velhote Correia, duas fisioterapeutas da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, um técnico do Labiomep, uma investigadora de Ciências do Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda, e outros colaboradores das áreas de engenharia e fisioterapia.

O Humeral foi financiado pela Fundação Bial em, aproximadamente, 50 mil euros.

Estudo
Um tratamento com cannabidiol, um derivado da canábis sem efeitos psicotrópicos, reduziu para metade a ocorrência de ataques...

"Pelo menos 80% dos casos viram a frequência de crises reduzida para metade. E isso é muito difícil de conseguir", comentou em entrevista coletiva o neuropediatra Sául Garza, responsável pela investigação e coordenador da Unidade de Neurodesenvolvimento do Hospital Espanhol da Cidade do México.

O estudo, pioneiro no país com crianças com a doença, foi realizado com 38 pacientes, escreve o Sapo. As crianças receberam durante um ano o RHSO-X 5000mg, um produto do cannabidiol puro derivado do cânhamo e recentemente aprovado pela Comissão Federal Contra Riscos Sanitários do México (Cofepris).

De acordo com os resultados, 33 pacientes (86%) tiveram uma melhoria em 50% das crises. Desses, 21 atingiram uma redução dos ataques epilépticos de até 75%. Em cinco casos, as convulsões desapareceram totalmente.

Por outro lado, o tratamento falhou em outras cinco crianças. "Os cinco meninos que não responderam ao óleo de cannabidiol continuaram com o seu tratamento habitual, sem que a saúde deles fosse afetada", afirmou Garza.

Além da redução das crises, o uso do medicamento gerou outros benefícios nas crianças, disse o líder da pesquisa, como uma melhoria no estado de alerta e maior interação social.

No entanto, o remédio também provocou efeitos secundários, com 30% das crianças a ter episódios de diarreia ou insónia, problemas que são complicações recorrentes de outros tratamentos convencionais.

Estudo
Uma equipa de investigadores conseguiu voltar a fazer crescer osso no crânio de um ratinho, segundo um estudo publicado na...

Investigadores da Universidade de Northwestern e da Universidade de Chicago, ambas nos Estados Unidos, conseguiram obter uma inovação que poderá no futuro melhorar os cuidados prestados a pacientes com traumatismos severos do crânio.

Para a reparação do osso, que era um buraco no crânio de um rato de laboratório, a equipa empregou uma combinação de tecnologias que regeneraram o osso, com vasos sanguíneos de suporte, sem desenvolver cicatriz e com maior rapidez do que métodos já utilizados, escreve o Sapo.

Para o ensaio, os investigadores recolheram células do crânio do ratinho e modificaram-nas de forma a produzirem uma proteína potente - a BMP-9 - para fazer crescer o osso. De seguida utilizaram um tipo de hidrogel que deu suporte para ir paulatinamente inserindo células na área afetada.

"Os resultados são empolgantes", comentou Guillermo Ameer, professor de engenharia biomédica na Escola de Engenharia McCormick na Universidade de Northwestern. A combinação daquelas tecnologias foi um sucesso, comentou o investigador numa nota da instituição de ensino.

As lesões cranianas são difíceis de tratar e muitas vezes exigem um enxerto de osso de outra parte do corpo, uma micro-cirurgia por vezes falível e cujo pós-operatório é bastante doloroso.

Estudo
Um estudo conduzido por uma equipa de investigadores apurou que a cafeína e outros 23 compostos - que não estão presentes no...

Um estudo liderado por Hui-Chen Lu, da Universidade do Indiana, nos Estados Unidos, provou que esses 24 compostos aumentam a produção de uma enzima conhecida como NMNAT2, substância esta que bloqueia processos que podem dar origem a demências como a doença de Alzheimer.

Num estudo anterior, segundo o Sapo, esta investigadora já tinha demonstrado que a enzima NMTAT2 oferecia proteção ao cérebro contra um tipo de stress prejudicial ao ligar-se às proteínas tau.

Agora, na presente investigação, a equipa identificou compostos que podem aumentar a produção de NMNAT2, potenciando os seus efeitos protetores.

Através de uma plataforma de rastreio, os investigadores testaram mais de 1.280 farmacológicos. No final do estudo, os cientistas identificaram 24 compostos que aumentam a produção de NMNAT2, com a cafeína a liderar o ranking.

Os investigadores administraram então cafeína a ratinhos que tinham sido geneticamente modificados para produzirem níveis baixos de NMNAT2. Foi observado que os ratinhos começaram a produzir níveis daquela enzima comparáveis aos de ratinhos normais.

A equipa acredita que estas descobertas abrem portas para novos fármacos com vista à prevenção da doença de Alzheimer e de outras doenças neurodegenerativas.

Estudo
Um estudo dinamarquês agora publicado concluiu que o Ibuprofeno aumenta em 31% o risco de paragem cardíaca. No caso do...

Um grupo de investigadores dinamarqueses lançou o alerta: é preciso restringir a venda do analgésico Ibuprofeno, porque análises científicas concluíram que o medicamento aumenta o risco de ataque cardíaco em 31%.

A informação é avançada por um estudo publicado no European Heart Journal, escreve o Sapo, com base em dados clínicos de cerca de 29 mil pacientes dinamarqueses que sofreram paragens cardíacas.

Outros medicamentos do mesmo grupo de analgésicos, conhecidos como anti-inflamatórios não esteroides, e também analisados no estudo, são ainda mais perigosos: é o caso do Diclofenaco, no qual o risco de paragem cardíaca aumenta para 50%.

De acordo com o jornal britânico "Guardian", o principal autor do estudo, o médico cardiologista e professor Gunnar Gislason, da Universidade de Copenhaga, exige controlos mais rigorosos sobre a venda destes fármacos.

"Permitir que esses medicamentos sejam adquiridos sem receita médica e sem qualquer conselho ou restrição, envia uma mensagem ao público de que devem ser seguros. Estas descobertas são um forte lembrete de que os anti-inflamatórios não esteroides não são inofensivos", alerta o investigador numa nota de imprensa da referida instituição de ensino.

"O Diclofenaco e o Ibuprofeno, ambos  medicamentos comummente utilizados, estão associados a um aumento significativo do risco de paragem cardíaca. Os anti-inflamatórios não esteroides devem ser utilizados com precaução e para uma indicação válida. Estes fármacos, provavelmente ,devem ser evitados em pacientes com doença cardiovascular ou com muitos fatores de risco do foro cardiovascular", lê-se ainda no mesmo comunicado.

Já em setembro do ano passado, um outro estudo publicado na revista British Medical Journal dava conta de que as pessoas que consomem este tipo de medicamentos tinham uma probabilidade 19% superior de ter uma falha cardíaca nos 14 dias seguintes à sua ingestão.

As conclusões da equipa da Universidade Milano-Bicoca, em Itália, basearam-se em dados relativos a 10 milhões de pessoas do Reino Unido, Holanda, Itália e Alemanha, que iniciaram um tratamento com aqueles anti-inflamatórios entre 2000 e 2010.

Estudo
Uma variante de um gene comum encontrada em cerca de um terço da população pode explicar porque os cérebros de algumas pessoas...

Este gene, conhecido como TMEM106B, acelera até 12 anos o envelhecimento normal do cérebro nas pessoas idosas, de acordo com o relatório publicado na revista Cell Systems.

O gene geralmente começa a afetar as pessoas com cerca de 65 anos, escreve o Sapo, particularmente nas regiões do córtex frontal, responsável por processos mentais importantes como a concentração, o planeamento, o julgamento e a criatividade.

"Se olhar para um grupo de idosos, alguns parecerão mais velhos e outros maisjovens do que os seus colegas", comentou Asa Abeliovich, autor do estudo e professor de patologia e neurologia no Centro Médico da Universidade de Columbia.

"As pessoas que têm duas cópias más deste gene têm um córtex frontal que, por diversos indicadores biológicos, parecem ser 12 anos mais velhos do que o daqueles que têm duas cópias normais", acrescenta.

Os investigadores encontraram o gene ao analisar dados genéticos obtidos a partir de autópsias de amostras de cérebro humano retiradas de 1.904 pessoas sem qualquer doença aparente. Até aos 65 anos de idade, "todos estão no mesmo barco e então há algum stress ainda não identificado que entra em ação", disse Abeliovich.

"Se tivermos duas cópias boas do gene, respondemos bem a esse stress. Se tivermos duas cópias ruins, o cérebro envelhece rapidamente", afirmou.

Anteriormente foram encontrados outros genes individuais que aumentam o risco de doenças neurodegenerativas, tais como a apolipoproteína E (apoE) para a doença de Alzheimer.

Consórcio da Sociedade Médica sobre o Clima e a Saúde
As mudanças climáticas estão a causar mais pessoas doentes, ao promoverem o aumento dos níveis de poluição atmosférica e da...

O Consórcio da Sociedade Médica sobre o Clima e a Saúde representa mais da metade dos médicos dos Estados Unidos e pretende ajudar os criadores de políticas públicas a compreender os riscos para a saúde do aquecimento global. "Nós, médicos de todos os cantos do país, vemos que as mudanças climáticas estão a fabricar americanos doentes", disse Mona Sarfaty, diretora do novo consórcio.

"Os danos estão a ser sentidos principalmente pelas crianças, idosos, pessoas com baixo rendimentos ou doenças crónicas, e pela comunidade negra", afirmou.

O grupo divulgou um relatório que explica como as mudanças climáticas afetam a saúde e insta a uma rápida transição para as energias renováveis, escreve o Sapo. O texto vai ser distribuído pelos membros do Congresso, de maioria republicana.

Doenças respiratórias
As principais advertências surgem no campo dos problemas respiratórios e cardíacos. O aumento da sua incidência tem sido associado ao incremento dos incêndios florestais e da poluição do ar, assim como às consequências do calor extremo.

As doenças infecciosas podem propagar-se mais e mais rápido quando os mosquitos e carrapatos que transmitem as doenças ampliam sua área de ação, afirma o texto. O clima extremo, assim como os furacões e as secas, podem tornar-se mais comuns, destruindo casas e meios de subsistência e prejudicando a saúde mental das pessoas, alerta.

A maioria dos norte-americanos não está ciente de que os aumentos dos ataques de asma e de alergias também estão relacionados com as mudanças climáticas, de acordo com o relatório.

Parentalidade
O Porto Canal estreia no próximo sábado o programa “Filhos & Cadilhos”. Inteiramente dedicado aos temas da parentalidade,...

A estreia está marcada para o próximo sábado às11h00,sendo as honras de apresentação feiras por Mariana D’ Orey. Com uma duração de 50 minutos, o novo “Filhos &Cadilhos” vai dedicar-se à parentalidade abordando para o efeito várias temáticas deste universo: gravidez, recém-nascidos e crianças: saúde, alimentação, roupa e acessórios, puericultura, primeiros cuidados com o bebé, entre muitos outros temas de interesse.

O novo programa vai por isso contar com uma série de rubricas fixas, assim como com um conjunto de convidados e reportagens diversas que se vão alterando de programa para programa. As rubricas incluídas são:

Boca de leão: rubrica dedicada às questões da alimentação. Semanalmente será apresentada uma proposta de menu infantil – sugerido por uma bloguer, um chef de cozinha ou por mães – devidamente escrutinado por uma nutricionista pediátrica. As receitas podem ser visionadas posteriormente no site dos bloggers convidados.

Vou contar até 3: dedica-se aos temas comportamentais e educacionais, sendo que todas as semanas a especialista convidada (a psicóloga Maria Andressen) traz um tema central que é discutido e poderá incluir outro entrevistado.

Dois por um: a puericultura será o tema central de um espaço que será composto por uma abordagem teórica do tema e também uma demonstração. Como convidado fixo podemos contar com a colaboração do projeto D’Barriga (Joana Freitas) e, posteriormente, com uma demonstração.

Grande pinta: as últimas tendências de moda e acessórios em destaque.

Doutor remédios: temas de saúde abordados com a ajuda de um pediatra. Os telespetadores poderão colocar questões via mail ou facebook.

A acrescentar a tudo isto, o “Filhos & Cadilhos” conta com várias reportagens, agenda de eventos infantis e vídeos caricatos com crianças que vão certamente proporcionar muita animação ao programa.

Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física
Cerca de 3,5 milhões de mulheres (65,5%) e 4,3 milhões de homens (85,9%) em Portugal apresentam uma ingestão de sódio acima do...

O sódio é "um dos nutrientes para os quais se estimou maior inadequação", tendo-se verificado "o importante contributo de alimentos como o pão, os produtos de charcutaria e a sopa" para esse elevado consumo, explicou a investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), Carla Lopes.

Este é um dos resultados do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF), projeto liderado pela Universidade do Porto (UP) que, ao longo de um ano, avaliou mais de 6.500 pessoas, com idades compreendidas entre os três meses e os 84 anos, em todas as regiões do país.

No inquérito foi avaliado o consumo alimentar da população portuguesa, incluindo os tipos de alimentos consumidos, os nutrientes, os suplementos alimentares e nutricionais e outros comportamentos de risco, os níveis de insegurança alimentar e de atividade física, tendo a recolha de dados decorrido entre outubro de 2015 e setembro de 2016.

Outra das conclusões indica que "o consumo de carne vermelha, associado a risco de cancro do cólon (mais de 100 gramas por dia), é realizado por mais de 3,5 milhões de portugueses (34% da população)", referiu Carla Lopes, também investigadora do Instituto de Saúde Pública do Porto da Universidade do Porto (ISPUP), envolvido no projeto.

Segundo indica, um em cada dois indivíduos não consome a quantidade de fruta e produtos hortícolas recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que aumenta a probabilidade de inadequação de nutrientes, como a fibra, e de micronutrientes, como o folato, o potássio e o cálcio.

Aproximadamente 1,5 milhões de pessoas (17% da população) "consomem pelos menos um refrigerante ou néctar por dia", indicou a especialista, acrescentando que a prevalência é maior nos adolescentes (40,6%).

O consumo elevado de álcool foi também verificado neste inquérito, em particular nos idosos, registando-se em 5% desse grupo a ingestão de um litro de bebida alcoólica por dia, sendo o vinho o produto mais frequentemente consumido.

Na população com mais de 15 anos, 5,4% das mulheres e 24,3% dos homens "consome álcool excessivamente", alerta a investigadora, que vê a ingestão de açúcares acima das recomendações (15% da população, número que aumenta para 31% nos adolescentes) como outro dos resultados mais preocupantes.

De acordo com a coordenadora do IAN-AF, o nível de atividade física registado "é baixo" e "apenas em 27% da população os indivíduos com mais de 15 anos foram considerados fisicamente ativos", o que equivale à prática de uma hora ou mais de atividades moderadas por dia ou 30 minutos de atividade vigorosa.

Nos jovens entre os 15 e os 21 anos "é relevante a diferença entre os sexos", havendo 50% ativos no sexo masculino e apenas 20% no sexo feminino, estando as regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve associadas a um maior grau de sedentarismo.

Dada a baixa prevalência de indivíduos classificados como fisicamente ativos, as medidas a implementar devem considerar "não apenas o aumento das atividades de lazer e desportivas mas uma mudança de hábitos no dia-a-dia" da população, salientou Carla Lopes.

Outros dados demonstram que apenas 41,4% das mulheres grávidas fez suplementação com ácido fólico antes de engravidar e que, no período entre 2015 e 2016, 10% das famílias em Portugal experimentaram insegurança alimentar, ou seja, tiveram dificuldade de fornecer alimentos suficientes a toda a família, devido à falta de recursos financeiros.

Segundo a investigadora, o primeiro inquérito alimentar nacional foi em 1980. Este realizado agora, que inclui de forma inédita todas as regiões de Portugal continental e ilhas, "vem não só cobrir a falta de informação de indicadores de saúde nestas áreas de avaliação", mas também "permitir a sua comparação com países europeus".

O IAN-AF é apresentado hoje, na Reitoria da Universidade do Porto (UP), num evento que inclui um debate sobre a importância dos resultados para a definição de políticas públicas.

Este projeto, no qual participaram 15 investigadores e mais de 60 colaboradores, foi desenvolvido por um consórcio liderado pela UP, com o contributo das faculdades de Medicina, de Ciências da Nutrição e Alimentação e de Desporto, bem como do ISPUP.

Envolveu ainda o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, as faculdades de Medicina e de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Medicina da Universidade de Oslo (Noruega) e a empresa SilicoLife, tendo sido financiado pelo programa EEAGrants - Iniciativas em Saúde Pública.

Os resultados do inquérito nacional vão ser apresentados também em Lisboa, na sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian.

Direção-Geral da Saúde
Dois novos casos de “legionella” foram notificados, elevando para quatro o número de pessoas comprovadamente infetadas no...

Num comunicado anterior a Direção-Geral da Saúde (DGS) dava conta de um novo caso da “doença dos legionários” no concelho da Maia mas a mesma entidade diz agora que foi notificado outro caso, acrescentando que se admite “a possibilidade de exposição ocupacional, uma vez que ambos são trabalhadores da mesma unidade fabril”.

Os dois casos estão internados (um no Centro Hospitalar de São João e outro no Centro Hospitalar do Porto – Hospital de Santo António) e ambos estão “em estado clínico considerado estável”.

As duas pessoas, diz-se no comunicado, poderão ter contraído a infeção antes da conclusão dos trabalhos de descontaminação das torres de arrefecimento da empresa em causa.

A DGS lembra no documento que as torres de arrefecimento da fábrica estão tratadas e sem contaminação, e diz que se mantém “o nível de alerta para a população em geral”.

Num comunicado anterior a DGS já tinha dito que a população residente no concelho da Maia não precisa de tomar cuidados adicionais.

Prosseguem os trabalhos de investigação epidemiológica, lembra também a autoridade de saúde no comunicado.

Na terça-feira a DGS confirmava que desde novembro de 2016 foram identificados dois casos de “doença dos legionários” em trabalhadores da Empresa Sakthi Portugal, na Maia, estando outros seis “em estudo”.

Na segunda-feira, a DGS avançava apenas com um caso confirmado na fábrica da Maia e outros sete “em estudo”.

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