Comissão Europeia
A Quercus saudou hoje a proposta da Comissão Europeia para restringir a utilização de alguns inseticidas prejudiciais para as...

Referindo-se aos neonicotinóides, a associação ambientalista salientou esperar que "exista força política suficiente para levar por diante esta proposta, enfrentando as muitas pressões da indústria e dos fabricantes de pesticidas", já que "existem indícios suficientes que comprovam os impactes negativos daquelas substâncias nos insetos polinizadores".

Assim, "não deve existir margem de recuo relativamente à sua proibição", insistiu a Quercus, defendendo que a Comissão Europeia deve definir outras iniciativas que "proíbam ou condicionem fortemente a utilização de pesticidas de síntese com efeitos adversos no ambiente, nos organismos vivos e na saúde pública, e aumente a velocidade de transição para métodos de agricultura mais responsáveis e sustentáveis", como a agricultura biológica.

"Portugal, que em 2013 demonstrou uma posição muito débil relativamente a este assunto ao votar contra a proibição de três neonicotinóides muito tóxicos para as abelhas, terá agora a oportunidade de se redimir", acrescentou a associação liderada por João Branco.

A Comissão Europeia pretende limitar o uso de alguns inseticidas que afetam as abelhas, principalmente os neonicotinóides, de largo espectro, usados na prevenção, controlo e tratamento de várias culturas agrícolas contra organismos considerados prejudiciais.

A proposta a ser apresentada aos Estados-membros terá como objetivo a proteção das abelhas e dos serviços ambientais que prestam, e será baseada na avaliação de risco sobre pesticidas publicada no ano passado pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar.

As restrições ao imidacloprid, clotianidina e tiametoxam, que constam de um esboço de proposta a apresentar em maio, não são uma proibição total e o documento pode ser alterado até à versão definitiva, com os contributos dos Estados-membros, segundo disseram fontes comunitárias, na sexta-feira.

O colapso das colónias de abelhas nos últimos anos tem causado importantes baixas nos efetivos dos apicultores em todo o mundo e é um dos grandes problemas da atualidade, com reflexos relevantes no ambiente e na atividade agrícola, decisiva para a produção de alimentos.

A Quercus refere estimativas a apontar que, pelo menos, 80% das culturas agrícolas mundiais necessitam de polinização para dar semente e só na Europa o valor anual estimado dos polinizadores é de 22 mil milhões de euros.

Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica
O Governo vai integrar a distribuição de produtos biológicos no novo regime de frutas e leite escolar e incluir estes alimentos...

Estas são algumas das medidas da Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica (ENAB), um documento que será apresentado, em conjunto com um plano de ação, pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos.

Entre as várias ações previstas para desenvolver a procura, aumentando o consumo de produtos biológicos, estão igualmente o incentivo à criação de ementas biológicas nos refeitórios, através de um sistema de classificação em consonância com a dieta mediterrânica.

Para desenvolver a procura de produtos biológicos, o Governo pretende ainda fomentar a articulação entre as explorações biológicas com atividades turísticas e de lazer.

A ENAB, que foi definida com um horizonte temporal de 10 anos (2027) e prevê uma avaliação/revisão intercalar ao fim de cinco anos (2022). Tem como metas duplicar a área de agricultura biológica para cerca de 12% da Superfície Agrícola Utilizada (atualmente é de 7%) e triplicar as áreas de hortofrutícolas, leguminosas, proteaginosas, frutos secos, cereais e outras culturas vegetais destinadas a consumo direto ou transformação.

Duplicar a produção pecuária e aquícola em produção biológica - com particular incidência na produção de suínos, aves de capoeira, coelhos e apícola - e a capacidade interna de transformação de produtos biológicos são outras das metas a atingir com a Estratégia Nacional.

De acordo com dados da Direção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), o peso da superfície em agricultura biológica em relação à superfície agrícola utilizada total é de cerca de 7%, sendo as regiões do Alentejo e da Beira Interior as que apresentam maior percentagem (64% e 19%, respetivamente).

 

Em 2015, a superfície em agricultura biológica atingiu os 239.864 hectares (ha), equivalente à área do distrito do Porto, traduzindo, por um lado, a consolidação da produção biológica e, por outro, a resposta a um novo regime de apoios.

Estados Unidos
Um homem que ficou tetraplégico num acidente voltou a mover-se com a ajuda da tecnologia e apenas usando o pensamento, num...

Bill Kochevar conseguiu, depois de oito anos paralisado, mover uma mão e um braço e beber água, sendo o primeiro recetor de sistemas de gravação e estimulação de músculos implantados no cérebro.

De acordo com o trabalho desenvolvido na universidade Case Western Reserve, em Cleveland, Estados Unidos, o paciente deverá ser o primeiro tetraplégico do mundo a mexer um braço e uma mão com a ajuda de duas tecnologias que lhe foram temporariamente implantadas.

Segundo o artigo publicado na revista científica britânica, Bill Kochevar conseguiu pegar numa caneca de água, puxa-la para os lábios e beber por uma palhinha, embora com movimentos lentos e tendo sido necessário algum treino.

Um interface cérebro-computador com elétrodos de gravação debaixo do crânio, e um sistema de estimulação elétrica funcional ativaram o braço e a mão, ligando o cérebro de novo aos músculos paralisados.

Com este método, Kochevar conseguiu também segurar um cabo e coçar com ele o nariz, ou pegar num garfo e comer uma batata.

“Para alguém que foi ferido e durante oito anos não se podia mexer, ser capaz de se mover ainda que só um pouco foi incrível para mim”, disse Kochevar, 56 anos, acrescentando: “é melhor do que eu pensava que seria”.

Segundo Bob Kirsch, presidente do departamento de Engenharia Biomédica da universidade, o paciente é um precursor da comunidade de pessoas com lesões na espinal medula e a experiência é um “passo importante para restaurar alguma independência”.

As pessoas tetraplégicas estabelecem como prioridades, quando questionadas, para a recuperação dos movimentos o poderem coçar-se, alimentar-se e executar outras funções simples sem dependerem de terceiros.

“Tomando os sinais cerebrais gerados quando Bill se tenta mover, e usando-os para controlar os estímulos do seu braço e mão, foi possível que ele realizasse funções pessoais que eram importantes para ele”, disse Bolu Ajiboye, professor assistente de engenharia biomédica.

Em Lisboa
O administrador do IPO de Lisboa, Francisco Ramos, defendeu uma proteção dos medicamentos órfãos, mas alertou para o...

“Parece que há um aproveitamento da regulamentação favorável aos medicamentos órfãos para criar condições para preços muito elevados para medicamentos que se vêm a revelar na prática pouco órfãos, ou seja, de grande consumo e de custos muito elevados”, disse o presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.

Para Francisco Ramos, “faz todo o sentido” que haja “uma iniciativa de proteção dos medicamentos órfãos”, para tratamento de doenças raras e “cuja utilização será sempre mais reduzida do que medicamentos para doenças de maior prevalência”.

No final de uma visita ao serviço farmacêutico do IPO, em que acompanhou a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, e representantes de todos os grupos parlamentares, Francisco Ramos falou dos encargos em oncologia.

“Em oncologia [o encargo é grande], estamos a falar de cerca de um terço da despesa que o IPO faz. O ano passado gastou cerca de 120 milhões de euros, e desse valor 40 milhões foram para medicamentos”, elucidou.

Segundo o administrador hospitalar, nos últimos dois anos tem-se verificado “uma tendência para o aumento muito rápido do custo com medicamentos”, o que exige um reforço dos meios para conseguir “gerir capazmente todo esse volume de produtos” que são “muito caros”.

Durante a visita, o diretor do serviço farmacêutico do IPO, Melo Gouveia, disse que naquela unidade são realizados, por ano, 39 mil tratamentos individualizados.

Na farmácia hospitalar, há três milhões de euros em medicamentos, sendo que um terço desse valor serve o ambulatório, onde uma caixa de medicamentos pode custar mais de 20 mil euros, adiantou Melo Gouveia.

Por uma questão de segurança, o doente apenas pode levar para casa uma embalagem de medicamentos por mês.

“São pequenas joias que têm de ser tratadas com alguma cautela pelo seu valor económico”, comentou Francisco Ramos.

Mas, “independentemente das razões financeiras e económicas, a segurança de utilização do medicamento é, naturalmente, uma preocupação muito grande e ainda por cima num ambiente de farmácia hospitalar oncológica em que há medicamentos com toxicidades muitíssimo elevadas”, explicou.

Desde janeiro
Portugal continental registou 105 casos de hepatite A desde janeiro, quase todos sinalizados na Grande Lisboa, um surto que...

“No ano passado na Europa começou-se a assistir a esta atividade anormal da doença. Parece ter tido origem na Holanda e espalhou-se depois para outros países. O Reino Unido foi o primeiro a reportar um aumento do número de casos e, atualmente, são cerca de 13 países que reportam este aumento, incluindo Portugal. Para lhe dar uma noção da grandeza, no ano passado tínhamos nesta altura seis casos reportados e agora temos uma centena”, explicou a diretora do programa nacional para as hepatites virais da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Quase todos os casos estão sinalizados na Grande Lisboa e, segundo Isabel Aldir, a situação desta “atividade epidémica parece estar associada com muita frequência” a uma transmissão por via sexual através de determinadas práticas, sobretudo entre homens, que fazem com que haja um aumento do risco de transmissão da doença.

“Isto pode acontecer com qualquer indivíduo, com qualquer orientação sexual, mas o que tem sido até à data mais descrito, de facto, é um predomínio de casos em homens - não exclusivamente -, mas são muito mais frequentes os casos no sexo masculino comparativamente aos do sexo feminino. E dentro dos homens, parecem ser mais atingidos os homens que praticam sexo com outros homens”, sublinha esta responsável da DGS.

A principal forma de contágio é através da via fecal-oral.

Isabel Aldir defende que a informação e o conhecimento sobre que atitudes a adotar para reduzir o risco de contágio é das formas mais eficientes para se combater a proliferação da doença, e deixa alguns exemplos de posturas a adotar.

“Fazer práticas de higiene pessoal, doméstica, normais, uma lavagem correta das mãos quando se vai preparar as refeições ou quando se vai à casa de banho, é também das medidas mais eficientes. E porque nesta situação em concreto têm sido assinaladas esta via de transmissão sexual, é de facto na sua vida sexual que cada indivíduo deve adotar medidas para a redução do risco”, alerta a diretora do programa nacional para as hepatites virais.

Ao contrário da hepatite B e da hepatite C, “que podem evoluir para a cronicidade a hepatite A é uma doença autolimitada, curável e benigna”, explica Isabel Aldir.

“Não tem nenhum tratamento específico, a não ser o repouso, a não ingestão de bebidas alcoólicas ou evitar a toma de medicamentos que possam ser mais agressivos para o fígado. Tem o seu ciclo normal da doença e há depois uma recuperação para o estado de saúde prévio do indivíduo”, sublinhou Isabel Aldir.

31 de março - Dia Nacional do Doente com AVC
Por ocasião do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala a 31 de março, o Núcleo de Estudos de Doença Vascular Cerebral...

Maria Teresa Cardoso, coordenadora do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Cerebral (NEDVC), sublinha cinco particularidades sobre o AVC na mulher:

1) A mulher tem um pior prognóstico em termos funcionais relativamente ao homem e tem também menor qualidade de vida após um AVC. A causa desta diferença não está bem estabelecida mas o que é conhecido é que as mulheres têm mais probabilidade de viverem sós e enviuvar antes do AVC e de serem institucionalizadas após o AVC, tendo uma pior recuperação relativamente aos homens.

2) A mulher é geralmente mais idosa, funcionalmente mais dependente e tem AVC mais graves. A mulher tem mais arritmias (fibrilhação auricular) o que lhe condiciona mais eventos tromboembólicos implicados em AVC mais graves. Tem também mais hipertensão e o risco de AVC por diabetes é também mais elevado relativamente ao homem. O mito da proteção hormonal não tem qualquer sentido na mulher após a menopausa.

3) Têm sido apontados vários fatores de risco específicos do género feminino como a anticonceção oral, a hipertensão na gravidez, o parto pré termo, abortos espontâneos, idade da menopausa e a ooforectomia. No entanto, discute-se se estes fatores de risco específicos influenciam o prognóstico do AVC na mulher.

4) O uso de anticoncetivos orais causa um pequeno aumento do risco de AVC especialmente na mulher com outros fatores de risco vascular como tabagismo, hipertensão, diabetes, obesidade e aumento do colesterol, embora o risco de AVC seja muito baixo na faixa etária que os usa. Em termos práticos é aconselhado e muito importante o tratamento agressivo dos fatores de risco vascular em mulheres a fazer contraceção oral e aconselhada uma medição da pressão arterial antes de iniciar anticoncepção oral.

5) Quanto à menopausa, discute-se se há influência da idade de início da menopausa no risco de AVC. Há estudos que sugerem que mulheres com menopausa antes dos 40 anos tem maior risco de AVC. O que é importante saber é que o tratamento hormonal após menopausa não reduz o risco de AVC podendo mesmo pelo contrário aumentá-lo, portanto a hormonoterapia após menopausa não está recomendada.

A coordenadora do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Cerebral explica que “um estudo recente (VISTA) avaliou diferenças específicas de género no prognóstico do AVC, tendo constatado prognósticos semelhantes para os dois sexos. No estudo, o tratamento trombolítico e os cuidados do AVC agudo em Unidades de AVC garantem um prognóstico ótimo, independentemente dos fatores de risco específicos de género”.

A especialista lembra ainda que “o prognóstico após AVC é inevitavelmente influenciado pela qualidade de tratamento e pelas condições sociais. Em países com acentuadas desigualdades entre géneros, o prognóstico é mais reservado nas mulheres, estando associado a um menor acesso aos cuidados de saúde, com menor acesso a trombólise e a Unidades de AVC. Estes resultados reforçam a importância da implementação difusa de Unidades de AVC para melhorar o seu prognóstico”.

Universidade do Porto
Um estudo assinado por investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto associou a crise financeira de...

De acordo com esta investigação, publicada na revista “BMJ Global Health”, os recém-nascidos de mães imigrantes estão entre os mais afetados.

Henrique Barros, responsável pela Unidade de Investigação em Epidemiologia Perinatal e Pediátrica do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), e um dos autores do estudo, defende, por isso, que “o governo reforce as políticas sociais para as grávidas estrangeiras, trabalhadoras ou noutras situações vulneráveis, mantendo a igualdade, efetiva, na saúde, durante a gestação”.

Os investigadores do ISPUP avaliaram dados oficiais de dois milhões de nascimentos registados em Portugal, entre 1995 e 2014, concluindo que a crise fez aumentar o número de bebés que nascem abaixo do peso.

O estudo concluiu que entre 2006 e 2014, houve uma subida do número de nascimentos com baixo peso em Portugal (de 6% para 7%), mas esta tendência já vinha de anos anteriores à crise de 2007-2008.

“No entanto, nas mulheres imigrantes, o aumento é mais notório (1,5 pontos percentuais), porque na década anterior a tendência era de descida”, sublinhou Henrique Barros.

Os autores do estudo referem que há vários anos que Portugal tem registado um aumento do número de crianças que nascem com pouco peso, devido ao adiamento da maternidade e ao consumo do tabaco durante a gravidez, por exemplo.

Contudo, os dados mostram que “essa tendência foi acelerada nos anos posteriores à crise financeira e de forma muita mais acentuada nas mães imigrantes, que são, sublinhe-se, responsáveis por cerca de 10% dos bebés nascidos em território nacional”.

Os especialistas salientam que as crianças que nascem com menos de 2,5 quilos têm uma desvantagem significativa na sua saúde futura, com maior probabilidade de desenvolverem doenças crónicas ao longo da vida.

Na sexta-feira, o ISPUP anunciou que começa em abril a avaliar o acesso das mulheres imigrantes aos serviços de saúde em Portugal durante a gravidez e o nível de satisfação quanto aos cuidados durante e pós-parto.

Com este estudo, designado "Bambino - Saúde Perinatal em Imigrantes: Barreiras, Incentivos e Resultados", pretende-se "compreender de que forma os serviços de saúde são utilizados pelas mulheres imigrantes, em comparação com a população portuguesa", disse à Lusa Henrique Barros.

Para obtenção dos dados vão ser inquiridas sete mil mulheres (3.500 imigrantes e 3.500 portuguesas nativas), durante o período de dez meses a um ano, sendo o recrutamento das participantes realizado por profissionais de 38 centros hospitalares com maternidade (todos os que se localizam em Portugal Continental).

A equipa envolvida no projeto pretende perceber se os dispositivos legais - como o direito a cuidados sem restrição - funcionam de forma efetiva, o que lhes vai permitir analisar "as desigualdades que as imigrantes enfrentam" nesses casos.

Os resultados deste estudo vão servir de base para apoiar decisões no âmbito da implementação de programas de saúde relacionados com a gravidez e da integração das imigrantes no Sistema Nacional de Saúde, referiu Henrique Barros.

A investigação vai permitir ainda comparar as práticas portuguesas com as realizadas em países como o Canadá, a Austrália, o Reino Unido e a Noruega, nos quais se aplicam questionários semelhantes aos utilizados em território nacional.

Participam neste estudo cerca de 14 investigadores, epidemiologistas, sociólogos e médicos de saúde pública e de obstetrícia do ISPUP, bem como 80 investigadores clínicos pertencentes aos Serviços de Obstetrícia dos hospitais públicos portugueses.

Administração Regional de Saúde do Centro
A Administração Regional de Saúde do Centro anunciou hoje a contratação de 13 psicólogos para reforçar as equipas de...

"A maioria dos profissionais vai iniciar funções já no dia 01 do próximo mês [abril]", esclarece a Administração Regional de Saúde (ARS), acrescentando que a contratação visa "aumentar a resposta assistencial na especialidade de psicologia" nos agrupamentos de centros de saúde (ACeS) do Baixo Mondego, Baixo Vouga, Cova da Beira, Dão Lafões, Pinhal Interior Norte e Pinhal Litoral.

Com o início de funções dos novos psicólogos clínicos, aumenta de 21 para 34 o número destes profissionais nos Cuidados de Saúde Primários na região Centro.

A contratação de psicólogos para reforçar a cobertura nacional nos cuidados de saúde primários foi anunciada no final do ano passado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, na cerimónia de inauguração da nova sede da Ordem dos Psicólogos Portugueses, em Lisboa.

Na altura, Fernando Araújo afirmou que seriam contratados 55 psicólogos para dar uma cobertura nacional nos cuidados de saúde primários, esclarecendo que a contratação seria feita na sequência da abertura de estágios profissionais.

Na área da ARS Centro, entrarão em funções dois novos psicólogos no Baixo Mondego, três no Baixo Vouga, um na Cova da Beira, três em Dão Lafões, dois no Pinhal Interior Norte e dois no Pinhal Litoral.

A partir de abril
O Governo dos Açores nomeou a jurista Paula Brás para assumir as funções de Inspetora Regional da Saúde, a partir de 01 de...

A nova inspetora regional da Saúde substitui no cargo Paulo Gomes, que exerce funções de Inspetor Regional da Saúde desde 2011, data da operacionalização deste serviço, e que cessa funções a seu pedido.

Uma nota do executivo açoriano adianta que Paula Brás é licenciada, desde 1997, em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo exercido advocacia durante cinco anos na cidade de Ponta Delgada e foi ainda técnica superior na Câmara Municipal daquela cidade.

Desde 2004 que Paula Cristina da Conceição Portela Brás Soares de Albergaria desempenha funções na área do Direito na administração pública, em especial nas áreas do apoio jurídico, recursos humanos e formação profissional.

Entre 2009 e 2011, foi coordenadora do Núcleo de Formação Profissional do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, em regime de cedência de interesse público, acrescenta a nota.

A Inspeção Regional da Saúde fiscaliza o cumprimento das normas aplicáveis ao Serviço Regional de Saúde, visando o bom funcionamento e qualidade dos serviços prestados.

Caso de suicídio
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou Portugal a pagar 26.112,8 euros a uma mãe que apresentou queixa por considerar...

Aquele valor divide-se em 25.000 euros por danos não pecuniários, 703,8 euros por danos pecuniários e 409 euros por custos do processo, especifica uma informação divulgada hoje pela instituição europeia.

Maria da Glória Fernandes de Oliveira, uma portuguesa de Ceira, no distrito de Coimbra, apresentou queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, depois de processos semelhantes, no tribunal daquela cidade e no Supremo Tribunal de Justiça, que consideraram que o suicídio não era previsível e que o hospital não tinha falhado qualquer dever de assistência.

A queixa da cidadã portuguesa referia que "o seu filho se tinha suicidado devido a negligência de um hospital psiquiátrico em vigiá-lo", segundo o Tribunal Europeu.

"A senhora Fernandes de Oliveira queixou-se que as autoridades falharam na proteção da vida do seu filho e foram responsáveis pela sua morte, violando os seus direitos, segundo o artigo 2 (direito à vida)", especifica.

No relato do caso, é referido que o filho de Maria da Glória de Oliveira sofria de distúrbios mentais e deu entrada várias vezes no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, na unidade Sobral Cid.

Em abril de 2000, foi admitido naquela unidade depois de ter tentado o suicídio e, a 27 daquele mês, deixou os serviços sem avisar as autoridades hospitalares e saltou para a frente de um comboio, descreve o Tribunal Europeu.

Governo
A secretária de Estado da Inclusão afirmou que o Governo português está “estritamente comprometido” na execução da nova...

“O Governo português está estritamente comprometido com a implementação da agenda de 2030 e com estratégias, como esta que hoje aqui debatemos, em que o principal objetivo será sempre implementar políticas que torne uma sociedade cada vez mais inclusiva”, afirmou Ana Sofia Antunes na conferência “Direitos Humanos: Uma realidade para todos”.

A conferência, em Nicósia, marca o lançamento da nova estratégia, elaborada em 2016 pelos Estados membros, em cooperação com a sociedade civil e outras partes interessadas, e adotada pelo Comité de Ministros em dezembro.

A estratégia, segundo o Sapo, centra-se em cinco áreas prioritárias baseadas em direitos ancorados na Convenção Europeia dos Direitos do Homem: Igualdade e não discriminação, sensibilização, acessibilidade, igual reconhecimento perante a lei e proteção contra a exploração, violência e abuso.

Na sua intervenção na conferência, a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência afirmou que Portugal já dispõe de “medidas e serviços que contribuem para assegurar o acesso e exercício dos direitos das pessoas com deficiência, em pé de igualdade com outras pessoas, promovendo a possibilidade de viver de forma autónoma”.

Entre essas medidas, apontou os programas de formação e qualificação, “programas socioprofissionais apoiados”, medidas em matéria de emprego, educação inclusiva, quotas de acesso à educação e equipamentos de apoio educativo.

Modelo de Apoio à Vida Independente
A secretária de Estado lembrou ainda medidas que estão a ser criadas em Portugal, nomeadamente o Modelo de Apoio à Vida Independente, que visa que todas as pessoas com deficiência possam ter acesso ao sistema de assistência pessoal. “A assistência pessoal contribuirá para melhorar o acesso aos direitos políticos, económicos, sociais e culturais, para que as pessoas com deficiência possam efetivamente viver de forma independente”, defendeu.

Para a governante, a adoção, em 2015, da agenda de 2030 para o desenvolvimento sustentável foi “um passo histórico” para “superar os muitos desafios e que todas as sociedades enfrentam”. “É claro que a maior vantagem dos objetivos de desenvolvimento sustentável, em comparação com os objetivos anteriores e outros planos de ação, é a inclusão, em termos de colher e em termos de aplicabilidade a todos os Estados membros”, frisou.

Na Europa existem 80 milhões de pessoas com deficiência e muitas delas continuam a ser vítimas de discriminação ou abuso, sendo o objetivo da nova estratégia melhorar a qualidade de vida destas pessoas.

"O nosso objetivo não é apenas estabelecer padrões, mas também capacitar as pessoas com deficiência para derrubar barreiras e permitir, por exemplo, um melhor acesso ao estudos, ao trabalho e ao uso das suas capacidades e talentos para competir no desporto e fazer a diferença na vida dos outros", disse a diretora do Conselho da Europa responsável pela Dignidade Humana e Igualdade, Marja Ruotanen.

Estudo
Um novo estudo da Universidade da Califórnia concluiu que a inibição de uma enzima específica reduz os sintomas de depressão em...

O estudo conduzido por Abraham Palmer, da Escola de Medicina de San Diego da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu que a inibição da enzima glioxalase-1 (GLO-1) influencia o estado de humor e o comportamento.

De acordo com o estudo publicado na revista médica "Molecular Psychiatry", os investigadores dividiram os ratinhos em três grupos. A um administraram o novo tratamento, o outro grupo foi tratado com Prozac e o terceiro não recebeu qualquer tratamento, escreve o Sapo.

Segundo os testes, os resultados demonstraram que a inibição da enzima GLO-1 tinha reduzido os sintomas de depressão nos ratinhos em apenas cinco dias, enquanto o grupo que recebeu o Prozac só começou a demonstrar melhorias 14 dias após o início do tratamento.

"Não existem neste momento nenhum antidepressivo com ação rápida, sendo que encontrar algo assim é pouco usual", comentou a coautora do estudo, Stephanie Dulawa, professora de psiquiatria na Escola de Medicina de San Diego.

Estima-se que uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens possam ter crises de depressão em alguma fase da sua vida. As crianças também podem ser afetadas.

Não existem dados concretos em relação à sua frequência em Portugal, mas as estimativas referem valores de 2 a 3% para os homens e de 5 a 9% para as mulheres para as formas mais graves de depressão e valores superiores a 20% para formas mais ligeiras da doença.

Estudo
Os humanos provavelmente desenvolveram cérebros grandes e poderosos com a ajuda do consumo de frutas, concluíram cientistas num...

Comer frutas foi um passo-chave a partir dos alimentos mais básicos, como folhas, e forneceu a energia necessária para desenvolver cérebros mais volumosos, segundo os cientistas.  "Foi assim que conseguimos estes cérebros enormes", disse o autor do estudo Alex Decasien, cientista da Universidade de Nova Iorque.

O estudo publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution observou os alimentos básicos de mais de 140 espécies de primatas, e concluiu que as suas dietas não mudaram muito ao longo da evolução recente.

De acordo com a pesquisa, escreve o Sapo, os animais que se alimentam de frutas têm cérebros cerca de 25% maiores do que aqueles que ingerem principalmente folhas. Os resultados questionam a teoria que prevaleceu desde meados da década de 1990, segundo a qual os cérebros maiores se desenvolveram a partir da necessidade de sobreviver e se reproduzir em grupos sociais complexos.

Decasien disse que os desafios de viver em grupo podem ter contribuído para o desenvolvimento da inteligência, mas não encontrou nenhuma ligação entre a complexidade da vida social dos primatas e o tamanho dos cérebros. Comer frutas, por outro lado, estava fortemente correlacionado com o tamanho dos cérebros.

Alimentos como frutas contêm mais energia do que fontes básicas como folhas, criando assim o combustível adicional necessário para evoluir para um cérebro maior. Ao mesmo tempo, o exercício de lembrar que plantas produzem frutas, onde estão e como abri-las também poderia ajudar um primata a desenvolver um cérebro maior.

"Sinto-me confiante de que este estudo vai reorientar e revigorar a pesquisa à volta da complexidade cognitiva em primatas e outros mamíferos", escreveu Chris Venditti, cientista da Universidade de Reading, no Reino Unido, num comentário anexo sobre o estudo, também publicado na Nature Ecology & Evolution. "Mas muitas perguntas continuam por responder", acrescentou.

100 mil celíacos em Portugal
O que era antes considerada uma doença pediátrica é agora percebida como uma doença que atinge todas

A doença celíaca é uma doença auto-imune que ocorre em indivíduos com predisposição genética causada pela permanente sensibilidade ao glúten. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de uma reacção imunológica do organismo contra o próprio intestino delgado, levando ao aparecimento de lesões na mucosa.

“O glúten é o fator primordial na indução da doença celíaca (DC) e é composto por prolaminas e glutaminas – principais constituintes do trigo, centeio e cevada. Esse glutén desencadeia, no intestino delgado, uma resposta inflamatória mediada pelo sistema imunitário, originando a progressiva destruição da mucosa, que se traduz na atrofia das vilosidades intestinais”, começa por explicar Rita Jorge, nutricionista da Associação Portuguesa de Celíacos, adiantando que, como consequência, este orgão perde a capacidade para absorver os nutrientes.

Apresentando uma grande variedade de sintomas e sinais, a doença celíaca pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade, “desde que o glúten já tenha sido introduzido na alimentação”, e atingir vários sistemas de órgãos.

“As manifestações da DC são habitualmente divididas em dois grupos: os doentes com sintomas clássicos (frequentes nas crianças) que apresentam casos de diarreia, flatulência, distensão abdominal, cólicas, emagrecimento, desnutrição ou atraso no crescimento; e os doentes com sintomas atípicos”, explica a especialista.

Neste último grupo, os doentes, geralmente adultos, apresentam sintomas extra-intestinais. Anemia, osteoporose, dermatite herpetiforme, estomatite aftosa recorrente, alterações hepáticas ou neurológicas ou aborto espontâneo são alguns dos sintomas referenciados.

Sem cura conhecida, o seu diagnóstico nem sempre é fácil. “Em Portugal, aponta-se que existam entre 10 a 15 mil pessoas diagnosticadas com doença celíaca. Estima-se, no entanto, que o número de celíacos efetivo, ao nível nacional, se situe entre os 70 e os 100 mil”, refere Rita Jorge admitindo que cerca de 85% dos doentes tem doença mas não sabe.

“A DC apresenta, como já referi, uma grande variedade de sintomas e sinais, podendo atingir o organismo afetando vários sistemas de órgãos ou, por vezes, manifestando-se com sintomas muito ligeiros. E é esse o maior entrave ao diagnóstico”, justifica.

De acordo com a nutricionista, o diagnóstico deve ser apoiado na história clínica (sinais e sintomas) do doente, em análises sanguíneas específicas (testes serologicos), endoscopia digestiva alta com biópsia do duodeno e teste genético. “Este último surje como teste de exclusão de doença”, explica Rita Jorge.

As neoplasias do tubo digestivo são a consequência mais grave da doença não tratada. “Enquanto um celíaco tratado – que cumpre uma dieta isenta de glúten – apresenta uma esperança média de vida igual à de um cidadão comum, aquele que não sabe que é portador da DC, além de muitas vezes sofrer de sintomatologia variada que afeta negativamente a sua qualidade de vida, reduz drasticamente esse indicador, estando muito mais exposto, por exemplo, a desenvolver algumas formas de cancro”, adianta a nutricionista da Associação Portuguesa de Celíacos advertindo, deste modo, para a importância do diagnóstico precoce.

“Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor é o prognóstico para o resto da vida e, por isso, é fundamental investirmos na divulgação da doença celíaca e dos sintomas que a ela estão associados e que, frequentemente, são subtis e transpõem largamente o âmbito gastrointestinal”, afirma.

Dieta Isenta de Glúten é o único tratamento conhecido

Atualmente, o único tratamento disponível consiste numa dieta isenta de glúten, praticada para o resto da vida. “Apenas a eliminação desta proteína da alimentação permite que o intestino regenere por completo da lesão e o organismo recupere”, afirma Rita jorge.

Trigo, centeio e cevada devem ser excluídos da dieta alimentar e substituídos por outros alimentos isentos de glutén. “Estamos a falar de todos os alimentos que na sua composição tenham um dos quatro cereais ou seus derivados, como o pão, produtos de confeitaria e pastelaria, bolachas e biscoitos, massas alimentícias, iogurtes com cereais, farinheira e alheira, sopas de pacote, cerveja, panados, salgados, delícias do mar e variantes, pizza, lasanha, canelones, raviolis, e ingredientes como o amido dos cereais proibidos, amido, amido modificado, proteína vegetal, fibras alimentares, aditivos do grupo dos E-14xx, malte e xarope de malte, extrato de malte, e cereais”,  específica a nutricionista.

Por outro lado, existem alimentos que podem conter glúten, “disfarçadamente, na sua composição através do processamento industrial”, pelo que é fundamental ler a sempre a informação presente nos rótulos.

Cuidados a ter

De acordo com Rita Jorge, existem alguns cuidados a ter, não só na escolha dos alimentos mas também na sua conservação e confeção.

“Os produtos sem glutén devem ser guardados em local específico e bem identificado, preferencialmente nas prateleiras superiores”, começa por especificar.

No caso das famílias que optam por preparar refeições com e sem glúten, os alimentos isentos de glutén devem ser preparados em primeiro lugar. “Nunca partilhe utensílios que estiveram em contato com alimentos com glúten”, acrescenta.

No caso das crianças celíacas, estas devem ser ensinadas, desde muito cedo a fazerem as escolhas adequadas e quais os cuidados a ter para evitar a contaminação cruzada.

“Para o celíaco a migalha conta. A ingestão de qualquer quantidade de glúten por mínima que seja é prejudicial para o celíaco (mesmo que não sejam visíveis e sentidos os sintomas de imediato), favorecendo o aparecimento de lesões na mucosa intestinal”, justifica a nutricionista.

Fora de casa, e caso não esteja num estabelecimento de restauração certificado – apto a fornecer refeições sem glúten em total segurança – deve optar pelo consumo de alimentos cozidos, grelhados ou saladas sem adição de molhos.

“Deve ainda questionar o chef de cozinha quando tem alguma dúvida relativa a algum prato ou alergénio”, aconselha.

“O principal receio era comer fora de casa”

Vanessa Domingos tinha 18 anos quando, há cerca de 10, lhe foi diagnosticada a doença celíaca. “Os meus sintomas foram atípicos. Perdi peso e sentia-me cansada, com falta de forças. Também ficava sempre muito cheia quando acabava de comer, o que me levava a fazer intervalos longos entre refeições ou a comer menos, o que por sua vez agravou a perda de peso”, recorda.

Ao fim de alguns meses, consultou o médico que sugeriu a realização de uma endoscopia com biopsia para diagnosticar o problema. “Tive bastante sorte com a médica gastroenterologista que me fez a endoscopia pois, devido ao achatamento das vilosidades intestinais, suspeitou logo que eu fosse celíaca”, afirma a jovem.

Sem saber o que significava a doença, aquando o diagnóstico, Vanessa sentiu-se sobretudo frustrada perante a necessidade de ter de planear todas as refeições antes de sair de casa. “Senti que limitava a minha espontaneidade. No entanto, foi um alívio ter um nome para dar às coisas. Saber o que tinha foi a primeira ferramenta para melhorar”, afiança.

O seu principal receio prendia-se com as refeições feitas fora de casa. “Pouco depois do diagnóstico entrei para a faculdade e tive de me adaptar a levar comigo quase todas as refeições do dia”, recorda Vanessa que passou de ter de explicar às pessoas mais próximas em que consiste a doença celíaca. “É importante que as pessoas compreendam o que podemos e não comer”, afirma.

Depois de adaptar a sua alimentação, Vanessa demorou cerca de um ano a recuperar o seu peso habitual. “Penso que por os meus sintomas serem atípicos, os resultados também demoraram um pouco mais”, explica.

Apesar da sua principal dificuldade continuar a ser comer fora de casa, Vanessa conseguiu, com a ajuda da Associação Portuguesa de Celíacos (APC), dissipar as suas principais dúvidas e por isso aconselha outros doentes a pedir ajuda. “Não existe outra entidade no país que tenha tantos conhecimentos sobre a doença celíaca e que possa ajudar da mesma forma um recém-diagnosticado”, afiança.

“Fazer parte de uma associação de pares é comprovadamente um dos fatores primordiais na promoção da qualidade de vida e saúde mental de quem é confrontado com uma doença de longa duração e que obriga ao cumprimento continuado e rigoroso de uma terapêutica”, esclarece Rita Jorge.

Para além de disponibilizar informação de qualidade sobre a doença, a Associação Portuguesa da Celíacos fornece “dicas práticas sobre como os portadores de DC e seus familiares poderão atuar, em casa e no exterior, no sentido de garantir o cumprimento da dieta”.

Providencia ainda encontros, programas de formação ou workshops, entre outras iniciativas, com o objectivo de ensinar os doentes a conviver com a doença e partilhar experiências.

“Além disso, a APC também desenvolve parcerias com diversas empresas, quer no ramo alimentar, quer de outros serviços, no sentido de facilitar cada vez mais a vida dos portatores de doença celíaca”, acrescenta a nutricionista admitindo que foi pelo trabalho de sensibilização desta associação também junto do poder legislativo que “se conseguiu que os portadores de DC pudessem beneficiar de isenções fiscais na aquisição de produtos específicos isentos de glúten”.

“O celíaco pode deduzir no IRS as despesas com produtos isentos de glúten, desde que o IVA seja taxado a 6% e que tenha uma declaração médica comprovativa da doença celíaca”, refere Vanessa Domingos aplaudindo o esforço da associação.

“Nos últimos 10 anos, nota-se uma evolução enorme na sensibilização para a doença, na oferta de produtos, no número de estabelecimentos certificados para a confeção de produtos sem glúten, no interesse dos profissionais de saúde, mesmo na cobertura mediática, e nada disso seria possível sem o trabalho da APC”, conclui. 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
O bloqueio na produção de uma proteína que regula as conexões das células cerebrais, a Ephexin5, evitou perdas de memória em...

Uma investigação da Universidade de Medicina Johns Hopkins, de Baltimore, Estados Unidos, mostrou que a Ephexin5 parece ser elevada nas células cerebrais de doentes de Alzheimer e também em ratos com a doença.

Os investigadores da Universidade fizeram várias experiências com ratos e concluíram que a remoção da proteína evita que os animais desenvolvam perdas de memória, uma característica da doença.

Num relatório publicado no “The Journal Clinical Investigation”, os investigadores dizem que a descoberta poderá ser um avanço no desenvolvimento de medicamentos para a proteína e assim prevenir ou tratar os sintomas da doença.

“Ephexin5 é um alvo farmacêutico tentador, porque em adultos saudáveis a sua presença é mínima no cérebro”, disse Gabrielle Sell, da Universidade, acrescentando: “Isso significa que tirar a Ephexin5 pode ter poucos efeitos secundários”.

Em conjunto com Seth Margolis, da mesma instituição, o trabalho dos responsáveis partiu do princípio das características da doença, a formação de placas no cérebro compostas por uma proteína chamada beta amiloide, sendo a sua destruição o foco principal dos esforços para tratar a doença. No entanto, dizem os cientistas, não é a beta amiloide que leva à gravidade da doença mas sim a perda das chamadas sinapses excitatórias.

Embora não esteja claro como a beta amiloide e a perda das sinapses excitatórias estão ligadas, pesquisadores da Universidade da Califórnia mostraram há vários anos que os doentes de Alzheimer diminuíram os níveis cerebrais da uma proteína chamada EphB2. A Ephexin5 é regulada pela EphB2.

Os investigadores quiseram saber primeiro se a proteína poderia estar a ser mal regulada nos modelos animais e nos pacientes com Alzheimer. E descobriram que quando adicionavam beta amiloide às células de cérebros de ratos saudáveis essas células começaram a produzir Ephexin5 em excesso, o que parece indicar que a proteína que produz as placas características da doença também desencadeia um aumento da Ephexin5.

Em diversas experiências os investigadores concluíram que o excesso de Ephexin5 está associado à doença de Alzheimer e procuraram perceber se a redução de Ephexin5 iria impedir também os efeitos da doença.

Segundo o estudo, bloqueando a produção da proteína em ratos verificou-se que estes desenvolviam as placas mas não perdiam as sinapses excitatórias. E também não perdiam a memória, uma causa da doença.

Com esses resultados obtidos com os ratos os cientistas consideram que o aumento da Ephexin5 pode ser a razão pela qual os pacientes perdem as sinapses e por consequência a memória, e admitem que bloquear a proteína pode retardar ou interromper a doença.

Estudo
O diagnóstico da tuberculose poderá ser mais rápido e fiável com um novo teste sanguíneo para detetar a doença que só nos...

A investigação de académicos do Arizona, Texas e Washington usa a nanomedicina, com a qual pretende evitar diagnósticos errados baseados nos métodos atuais, assentes na análise da expetoração, culturas sanguíneas e biópsias invasivas aos pulmões e ao sistema linfático.

"Estes resultados podem ser falsos negativos e, além disso, podem demorar dias até haver confirmação" da doença, cujo tratamento deve começar o mais depressa possível. afirmou Tony Hu, da universidade do Arizona.

O novo método consegue medir a gravidade das infeções detetando a presença no sangue de quantidades ínfimas de duas proteínas que as bactérias da tuberculose produzem durante infeções ativas.

Apesar de todos os anos se gastarem milhares de milhões de euros para cuidar dos doentes e evitar infeções, a tuberculose continua a ser um dos maiores riscos de saúde mundiais, estimando-se que possa estar latente em um terço da população mundial.

Todos os anos, 10 milhões de pessoas contraem a doença e quase dois milhões morrem, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Os responsáveis pela investigação querem agora testar se o seu método se adapta a outra doenças e candidatar-se a testes clínicos na luta contra a tuberculose.

Faculdade de Engenharia
A Administração Regional de Saúde do Norte divulgou que está em fase de investigação e tratamento um surto de parotidite...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) aponta que, até esta data, estão confirmados quatro casos, estando sob investigação cerca de mais uma dezena e que o seu departamento de Saúde Pública teve conhecimento da ocorrência parotidite epidémica entre alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) na semana passada.

Contactada, a FEUP confirmou a ocorrência, mas remeteu todos os esclarecimentos para a ARS-Norte, apontando que o tratamento a esta situação está "completamente articulado" entre ambas as instituições.

Vulgarmente conhecida como papeira, a parotidite epidémica é uma doença infecciosa, provocada por um vírus, caraterizando-se pelo aparecimento de febre, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, seguindo-se o aumento de volume das glândulas parótidas (glândulas salivares).

A ARS-Norte explica que se trata de uma doença habitualmente benigna, que se transmite através das gotículas de saliva, durante a tosse, espirro ou a conversação, ou através da partilha de objetos e utensílios como copos, podendo a transmissão ocorrer ainda antes do aparecimento dos sintomas.

"Neste momento, a equipa responsável pela investigação do surto, sob a coordenação da ARS-Norte, está a trabalhar, em estreita colaboração, com os diferentes serviços de saúde e com a FEUP, de forma a conhecer a verdadeira dimensão do surto e a facilitar a implementação das medidas de prevenção e controlo", lê-se no comunicado.

O "afastamento social" dos doentes durante um período de nove dias a partir da data do aparecimento do aumento do volume das parótidas, a vigilância dos contactos próximos, a verificação do seu estado vacinal e a atualização da vacinação, sempre que tal se verifique necessário, são as medidas que estão a ser implementadas.

A FEUP também divulgou, internamente, informação da ARS-Norte com a indicação de que, perante a existência de sintomas sugestivos de parotidite epidémica, deverá ser contactada a Linha de Saúde 24 ou a equipa de saúde familiar e cumpridas todas as recomendações prescritas.

"A ARS-Norte e a FEUP continuarão atentas à evolução deste surto e a desenvolver as medidas consideradas necessárias ao controlo da situação", termina o comunicado.

O Programa Nacional de Vacinação contém a vacina contra a parotidite epidémica, associada à vacina contra o sarampo e a rubéola, designada como VASPR, sendo administrada em duas doses, uma aos 12 meses e outra aos cinco anos de idade.

De acordo com a ARS-Norte a vacinação contra a parotidite epidémica não evita todos os casos de doença, não sendo rara a ocorrência de surtos em populações com elevada proporção de vacinados, em ambientes em que o contacto interpessoal é próximo e frequente.

Também a Reitoria da Universidade do Porto, apontou estar a acompanhar a situação.

Fertilidade
A endometriose é uma doença tão dolorosa como desconhecida.

A procriação medicamente assistida pode ser a resposta adequada para os problemas de fertilidade destas mulheres. A vitrificação de ovócitos pode ser a solução para concretizar o projeto reprodutivo no futuro. Tanto para as mulheres que se submetem a uma cirurgia que possa comprometer a fertilidade, como para aquelas que simplesmente desejem adiar a maternidade. De facto, nos últimos 10 anos, mais de 300 mulheres procuraram o IVI com problemas de fertilidade derivados da endometriose.

Para João Calheiros Alves, ginecologista, especialista em medicina reprodutiva do IVI Faro, na atualidade o enfoque clínico em relação a esta doença está a mudar: “não houve nenhum avanço no tratamento sintomático da endometriose nos últimos nos, continua sem existir cura. A diferença é que agora o diagnóstico e início do tratamento são mais pragmáticos e isso ajuda a melhorar a qualidade de vida de quem padece endometriose.”

“Antes podia demorar até 6 anos até ser diagnosticada a endometriose a uma mulher e poucos médicos a tratavam”, explica o Dr. João Calheiros Alves. A idade média em que se deteta esta doença é aos 27 anos e calcula-se que cerca de 70% receberam anteriormente diagnóstico errado.

A falta de informação, junto com a ausência de consciencialização social sobre este problema, provoca que muitas destas mulheres se sintam sozinhas e incompreendidas em relação à dor.

“O nosso trabalho passa muito por consciencializar a sociedade de modo geral e os profissionais de saúde para a existência e consequências desta patologia na vida da mulher. Felizmente o nosso trabalho começa a surtir resultados, contudo começamos a deparar-nos com um outro problema, que é a falta de profissionais que compreendam verdadeiramente a doença e se dediquem a aprofundar os seus conhecimentos para acompanhar de forma adequada as portadoras desta patologia,” salienta Susana Fonseca, presidente da Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose.

A endometriose
Esta doença crónica ocorre quando o endométrio – a parte que reveste o interior do útero e se desprende em cada ciclo através da menstruação – se encontra noutros locais, mais frequentemente na pélvis. Uma vez na pélvis, e com os ciclos menstruais da mulher, produzem-se pequenos sangramentos, que se não forem corretamente eliminados pelo próprio organismo, serão responsáveis, em parte, pelo quadro de dor e infertilidade.

A importância de um bom diagnóstico
A endometriose é uma doença crónica, pelo qual é importante que se diagnostique o quanto antes e se trate de forma adequada. Uma vez que pode piorar, é importante que a mulher disponha de toda a informação possível desde o primeiro momento.

Apesar de depender da idade e do contexto clínico, calcula-se que nos casos de endometriose, sem importar que seja moderada ou severa, a taxa de gravidez espontânea por ciclo é inferior a 2% (e entre 2 e 4,5% nos casos mais leves), muito inferior aos 20% das mulheres que não padecem da doença.

Nos casos com maior sintomatologia recomendam-se medicamentos paliativos e, se necessário, pode efetuar-se uma cirurgia pélvica por via laparoscópica para eliminar as lesões, apesar de existirem casos em que é necessário retirar parte dos ovários ou inclusivamente os ovários por completo, prejudicado desta forma a fertilidade da paciente.

A presidente da MulherEndo reforça ainda que “apesar da fertilidade ser um fator de peso na vida da mulher, a Endometriose é muito mais do que uma doença que pode prejudicar a gravidez. A Endometriose é uma doença complexa que pode afetar vários órgãos e comprometer a qualidade de vida da paciente prejudicando a vida pessoal, familiar, profissional e social. A Endometriose é hoje um problema de saúde pública!”

7 Conselhos MulherEndo para melhorar a qualidade de vida das mulheres com endometriose

Uma vez diagnosticada a endometriose, a mulher deve considerar alguns aspetos que poderão melhorar a sua qualidade de vida. Nem sempre são fáceis de aplicar. Sobretudo deve investir algum tempo a interiorizá-los e depois ver como poderão ter aplicação prática na sua vida.

Apoio Psicológico
Esta é uma doença que causa sentimentos de incapacidade, culpa, medo, angústia, incerteza. Portanto é importante ter alguém que nos ajude a lidar com todas estas fases. O objetivo é que não tornemos algo que já é grande e complicado, em algo muito difícil de lidar. Uma mente serena e organizada, lida melhor com a situação, tem menos ansiedade e menos stress. Deste modo encontra respostas mais rapidamente e de forma mais acertada quando surgem os problemas. Já para não falar que o estado de stress e ansiedade causa mais inflamação e consequentemente mais dor!

Alimentação equilibrada – apoio nutricional adequado
A alimentação pode ser a chave para uma vida com menos dor. Não conseguimos controlar a doença pela alimentação, mas conseguimos controlar a sintomatologia. Uma alimentação anti-inflamatória, sem produtos processados, açúcares e com pouco glúten pode ser a chave para reduzir inchaço, perder o peso ganho com a toma de medicação e para que a sintomatologia da doença seja atenuada.

Desporto adaptado
Nem todos os desportos são adequados. Mas existem alguns que certamente nos farão sentir melhor. Yoga, pilates, caminhadas e natação são alguns exemplos. O importante é perceber qual é mais eficaz para cada uma de nós e mexer o corpo. Por menos vontade que se tenha. Um corpo parado é um corpo mais doente!

Tempo para mim
Há estudos que ligam a Endometriose a mulheres que se preocupam primeiro com todo o universo e só depois consigo. Mulheres que em vez de lerem um livro que lhes apetece estão preocupadas em como resolver os problemas dos amigos/familiares. Mulheres que em vez de verem uma série preferem ir fazer voluntariado e resolver os problemas do mundo. Não que este tipo de personalidade/vivências não seja positivo. É! Mas há que encontrar um equilíbrio. Precisamos de cuidar de nós. Ter tempo para ler, se nos apetecer, para ver uma série, para tomar um banho mais relaxado, para ir ao cinema, para não fazer nada! Desligar do mundo é essencial!

Saber parar
Nos dias de mais dor é importante parar. Deitar, colocar um saco de água quente/ou de gelo na zona que nos está a doer com mais intensidade ou tomar um banho quente relaxante.

Dormir bem
Se o nosso corpo/mente não descansa no mínimo 7/8h por dia todo o quadro de dor piora.

Gostar de mim
Eu não tenho culpa de ter uma doença crónica, de não poder ter filhos, de não conseguir exercer a minha profissão. Eu não tenho culpa e não me posso culpar por isso! Mas posso aprender a virar a página e a transformar o mau em algo positivo. Consequentemente é possível viver bem e feliz com Endometriose!

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra organiza, nos dias 30 e 31 de março de 2017, o “Seminário EMC (Enfermagem Médico...

O seminário é uma iniciativa dos cursos de mestrado e de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica e da respetiva Unidade Científico-Pedagógica da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), que está aberto, gratuitamente, a toda a comunidade de Enfermagem.

A avaliação da via aérea em contexto pré-hospitalar, os dilemas éticos e a gestão da esperança em cuidados paliativos, ou as guidelines (recomendações) para a prática perioperatória nos domínios da assepsia cirúrgica, da segurança do doente e da equipa cirúrgica, da segurança de materiais e equipamento, assim como no domínio do “cuidar o doente”, são alguns temas em discussão nos dois dias de trabalhos.

O programa detalhado do seminário pode ser consultado em www.esenfc.pt/event/seminarioemc2017, o mesmo espaço reservado às inscrições.

Estudo
O projeto Menos TB Porto concluiu que relativamente às dinâmicas de transmissão da tuberculose, o Porto é “um reservatório...

A responsável Raquel Duarte salienta que, “embora a tuberculose tenha vindo a diminuir no país, concentra-se cada vez mais nos grandes centros urbanos em grupos vulneráveis. O Porto é a prova disso”.

“O Porto constitui-se assim como um importante modelo para a diminuição de incidência numa área endémica para tuberculose”, refere a investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e coordenadora do Centro de Referência Nacional para a Tuberculose Multirresistente.

O Projeto Menos TB Porto, que tem como objetivo principal estabelecer uma estratégia eficaz de diagnóstico e tratamento precoce de tuberculose, e identificar fatores de risco específicos para o desenvolvimento da doença nos grupos vulneráveis, nomeadamente junto dos sem-abrigo, encontra-se na sua fase final.

Resultou da colaboração entre o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, o Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho, a ARS Norte, o ACeS Porto Ocidental e o ACeS Porto Oriental.

Os rastreios realizados pelas Unidades de Saúde Pública do Porto Oriental, do Porto Ocidental e do Centro de Diagnóstico Pneumológico (CDP), em parceria com as organizações de apoio aos sem-abrigo, permitiram rastrear 403 indivíduos e nestes identificar dois casos de tuberculose.

“A incidência de tuberculose na população em geral é de 20 casos por cada 100 mil habitantes, e só no Porto este projeto permitiu detetar dois casos em apenas 403 indivíduos, o que se traduz numa taxa de incidência de 496 por cada 100 mil sem-abrigo”, sublinha a responsável.

Raquel Duarte é a coordenadora deste projeto, diretora da Unidade de Gestão Integrada do Tórax e Circulação do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, coordenadora do Centro de Referência Nacional para a Tuberculose Multirresistente, assessora do diretor do Programa Nacional para a TB/VIH, para a área da tuberculose, e docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Os resultados do projeto sugerem que as equipas de rua têm um papel muito importante na proximidade com os sem-abrigo e outras populações vulneráveis, cuja articulação com as unidades de saúde pública e CDP são fundamentais.

Assim, salienta a responsável pela investigação, o término do projeto não deve implicar a diminuição destas sinergias e, por isso, foi proposto “um cronograma de rastreios para 2017, que visa a articulação, sensibilização e acompanhamento de casos entre os ACES do Porto e as equipas de rua”.

Os autores do estudo referem que a caracterização genética, aliada à georreferenciação, em conjunto com a informação epidemiológica, permitiram a identificação das cadeias de transmissão da doença.

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