A partir de abril
O Governo comprometeu-se com os sindicatos médicos a repor 25% das horas extraordinárias a partir de abril a todos os...

Segundo o presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, esta foi uma das conclusões da reunião que decorreu ontem entre as organizações sindicais médicas e o Ministério da Saúde.

Os médicos estavam desde 2012 com um corte de 50% das horas extraordinárias e tinham a expetativa de que os 25% fossem repostos para todos os médicos.

Contudo, após uma diploma que definia a reposição apenas para os profissionais que fazem urgência externa, as organizações médicas ameaçaram avançar com uma greve caso não fosse reposto para todos os profissionais.

Na reunião, segundo o presidente do SIM, o Governo comprometeu-se a repor mais 25% (até se atingir 75%) das horas extra a todos os médicos e ainda a negociar para que até fim de dezembro deste ano estejam repostos os restantes 25%, alcançando a totalidade.

De acordo com o sindicalista, a reposição do pagamento de horas extra será, segundo o compromisso do Ministério, para todos os profissionais de saúde e não apenas para médicos.

Apesar de registar que houve um progresso, Roque da Cunha lamentou que o Governo prefira gastar dinheiro com empresas prestadoras de serviços do que repor mais rapidamente as horas extraordinárias dos médicos.

Segundo o Sindicato Independente, que esteve reunido em conjunto com a Federação Nacional dos Médicos, o Ministério da Saúde comprometeu-se ainda a negociar um pacote global de reivindicações.

Para isso, no dia 21 de março haverá outra reunião no Ministério da Saúde.

O Sindicato Independente dos Médicos propõe também que os participantes do Fórum Médico voltem a encontrar-se ainda este mês.

O Fórum Médico, constituído por sindicatos, Ordem dos Médicos e várias organizações de profissionais de saúde, tem exigido ao Governo que melhore o acesso aos cuidados de saúde e as condições de trabalho dos profissionais.

Segundo o presidente do SIM, na reunião, além dos elementos dos sindicatos, estiveram os dois secretários de Estado do Ministério da Saúde e elementos da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

ONU
Portugal organiza na quinta-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, um evento de alto nível sobre Mutilação Genital Feminina em...

O evento, que acontece no âmbito da 61.ª sessão da comissão para Estatuto da Mulher (CSW), tem o tema "Let's be the generation that eliminates FGM once and for all" (Vamos ser a geração que elimina a mutilação genital feminina de uma vez por todas).

O primeiro painel da conferência será moderado pelo diretor-executivo do Fundo de População das Nações, Babatunde Osotimehin, e contará com um discurso da secretária de Estado para Cidadania e Igualdade de Portugal, Catarina Marcelino.

Participam na discussão a primeira-dama do Burkina Faso, Adjoavi Sika Kaboré, a embaixadora da Grécia junto da ONU, Mara Marinaki, a ministra das Mulheres e Crianças da Guiné, Sanaba Kaba Camara, o ministro do Comércio e Emprego da Gâmbia, Isatou Touray, e a secretária de Estado da Noruega, Laila Bokhari.

O segundo painel será moderado por Catarina Furtado, embaixadora da boa vontade do Fundo de População da ONU, e terá uma intervenção da vice-diretora da Fundo das Nações Unidas para Crianças (UNICEF), Fatoumata Ndiaye.

O segundo painel terá ainda os contributos da especialista italiana da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres Bianca Pomeranzi, da presidente do Comité de Eliminação de Más Praticas de Saúde em Mulheres e Crianças da Guiné-Bissau, Fatumata Djau Baldé, os ativistas Gabriel Ademeyo e Fatima Porgho e a diretora do Comité Africano contra Práticas Nocivas, Morissanda Kouyate,

A 61.ª sessão da comissão para Estatuto da Mulher (CSW) teve início na segunda-feira, com uma intervenção do secretário-geral da ONU António Guterres, e o seu tema prioritário é o empoderamento das mulheres num mercado de trabalho em mudança.

Ministro da Saúde
O Ministro da Saúde classificou hoje como “absolutamente inaceitável” o caso de uso indevido de um ficheiro com dados de 230...

“Foi, como é natural, pedido às autoridades que investiguem para apurar com todo o rigor responsabilidades porque consideramos que essa é uma situação absolutamente inaceitável”, disse Adalberto Campos Fernandes.

O governante, que falava à margem da cerimónia de apresentação dos novos centros de saúde para Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento, apontou que esta foi “uma situação que ocorreu em 2014, portanto há três anos, e, infelizmente, foi detetada recentemente”.

Na segunda-feira, a empresa pública Saudaçor, que gere os recursos e equipamentos de saúde dos Açores, revelou que vai remeter ao Ministério Público o processo relativo à utilização indevida de um ficheiro com dados de 230 mil utentes da região.

"O passo seguinte é remeter todo este processo ao Ministério Público para eventual procedimento criminal", afirmou a presidente da Saudaçor, Luísa Melo Alves.

A revista Exame Informática noticiou que dados de quase todos os habitantes dos Açores estiveram expostos no 'site' da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.

"O ficheiro tinha o nome 'Exportação Utentes SRSA para Reembolsos'. Quem o descobria na Internet tinha uma surpresa: numa grelha Excel estão os dados discriminados de mais de 230 mil habitantes dos Açores", incluindo "nomes completos, número fiscal e de utente dos serviços de saúde regionais, moradas, datas de nascimento e números de telefone e/ou telemóveis", indicou a revista.

Hoje, Adalberto Campos Fernandes foi também questionado pelos jornalistas sobre as declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que divulgou na segunda-feira que cerca de 600 médicos pediram "passaportes" para emigrar em 2016, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior.

Em resposta, o ministro da Saúde assinalou que a tutela deseja “que todos os médicos jovens qualificados possam ficar no SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.

Contudo, “sabemos bem que hoje, num mundo global, em que há atração pelo mercado aberto e pelo mercado europeu onde existem oportunidades de trabalho (…), há, naturalmente, uma emigração que é voluntária”, notou.

“O que nós queremos fazer é criar condições para que a emigração não voluntária acabe e com isso criar boas condições de trabalho, bons equipamentos e modernização tecnológica para que cada vez menos médicos possam ter vontade de sair do país”, sublinhou Adalberto Campos Fernandes.

Já falando sobre a greve geral nacional de 40 horas convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, para os dias 30 e 31 de março, o responsável afirmou que este é um direito dos trabalhadores.

“Nós, naturalmente, temos a nossa porta negocial e a abertura para o diálogo social sempre aberta, mas tenho sempre dito que não é possível ao Governo fazer tudo para todos ao mesmo tempo”, reiterou.

Ministro da Saúde
O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse hoje que o caso de “doença dos legionários” detetado numa fábrica na...

“As medidas cautelares estão a ser tomadas. Penso que é um caso relativamente controlado e mitigado e, portanto, aguardaremos as informações que a Direção-Geral da Saúde e o Ministério do Ambiente irão divulgar nos próximos dias”, afirmou o governante.

Falando aos jornalistas à margem da cerimónia de apresentação dos novos centros de saúde para Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento, admitiu, contudo, não ter “mais nenhuma informação do que aquela que foi publicitada ontem [segunda-feira]”.

“Fui informado pelo senhor diretor-geral de Saúde ontem [segunda-feira] e, naturalmente, que ele, enquanto autoridade nacional de saúde, age como é de protocolo nestas situações”, vincou.

Na segunda-feira, o diretor-geral de saúde, Francisco George disse que "o Instituto Ricardo Jorge identificou a relação causa-efeito entre as secreções pulmonares de um doente com pneumonia provocadas por uma bactéria que é a mesma detetada na água da torre de arrefecimento da respetiva empresa fabril".

De acordo com Francisco George, o caso foi sinalizado na última semana de fevereiro.

"Todas as medidas foram tomadas para controlar o problema e prevenir novas ocorrências. Prosseguem os estudos em mais sete casos que foram diagnosticados nas últimas semanas", afirmou Francisco George que não quis, para já, adiantar qual a fábrica afetada pelos casos de 'legionella', nem se a unidade foi encerrada.

A doença, provocada pela bactéria 'legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Estudo
A prática desportiva intensa e a competição na adolescência provocam alterações no coração dos atletas, conclui um estudo da...

A investigação, conduzida pelo docente Joaquim Castanheira, do Departamento de Fisiologia Clínica, no âmbito da sua tese de doutoramento, intitula-se "Participação Desportiva, Crescimento, Maturação e Parâmetros Ecocardiográficos em Jovens Masculinos Peri-Pubertários" e é hoje à tarde apresentada em livro.

Segundo um comunicado da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), o estudo detetou "diferenças significativas no tamanho, espessura das paredes e massa ventricular esquerda entre jovens desportistas e não desportistas, por um lado, e entre atletas de uma modalidade de nível local e de nível internacional, por outro, relacionando as diferenças encontradas com a prática de treino intensivo e de competição".

"Verificámos que, na mesma modalidade desportiva com metodologias de treino semelhantes, há diferenças significativas para a massa ventricular esquerda entre atletas de nível local e de nível internacional, parecendo que esta é influenciada pelo maior grau de exigência e de sucesso", disse o investigador Joaquim Castanheira, citado no documento.

O estudo teve como objetivo explicar o efeito do treino continuado na remodelagem cardíaca em jovens atletas do sexo masculino, em fase de crescimento, com idades entre os 13 e os 17 anos, uma vez que a maior parte dos estudos conhecidos foram realizados em atletas adultos, dividindo-se em quatro áreas transversais - atletas internacionais e adolescentes saudáveis não atletas, atletas de várias modalidades federadas há mais de cinco anos, basquetebolistas locais e internacionais, e judocas convocados para estágios da seleção nacional.

A investigação constatou ainda a necessidade de acompanhamento médico, previamente e durante a prática desportiva: "Mesmo as crianças devem fazer testes médicos antes de praticar desporto de competição, para despistar eventuais problemas", afirma o docente.

Durante os testes realizados aos 382 atletas que constituem a amostra, o docente Joaquim Castanheira constatou que uma grande percentagem nunca realizou um ecocardiograma e uma pequena percentagem apresentava mesmo alterações estruturais ao nível do coração.

Embora habitualmente os atletas de competição realizem um eletrocardiograma anualmente, "todos os atletas, mesmo os mais jovens, deviam realizar pelo menos um ecocardiograma antes de iniciar a prática de desporto de competição", uma vez que há alterações da estrutura cardíaca que são detetadas por este exame, refere o comunicado da ESTeSC.

Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono
O presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, Miguel Meira e Cruz, alertou hoje que a privação do...

O alerta da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono (APCMS) surge nas vésperas de se assinalar o Dia Mundial do Sono, que se assinala na sexta-feira e que tem este ano como tema “Durma profundamente, nutra a vida”.

“Este ano a Associação Mundial de Medicina do Sono decidiu fazer um alerta numa área que tem sido pouco debatida, mas que tem um significado importante, a função sexual”, disse Miguel Meira e Cruz.

O especialista em medicina do sono explicou que “o sono adequado”, além de beneficiar o bem-estar e a prevenção de doenças, regula algumas funções do organismo, nomeadamente a testosterona.

Estudos indicam que a privação total e a privação parcial do sono fazem diminuir “significativamente os níveis de testosterona”, uma “hormona importantíssima” que regula não só a função sexual, como a função metabólica a nível da manutenção de osso, de músculo e de gordura, adiantou o também investigador do Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa.

Segundo o especialista, a privação de sono potencia também “um risco acrescido cardiovascular e metabólico, nomeadamente no que diz respeito à diabetes”.

“Alguns estudos atribuem protagonismo à disfunção erétil como fator preditivo de morbilidade e mortalidade cardiovascular, encontrando-se também uma associação forte entre aquela e a diabetes, o que, como sabemos, sucede com a privação de sono”, sublinhou.

A médio e a longo prazo, a redução desta hormona pode também leva a alterações comportamentais, como a agressividade e a impulsividade.

Miguel Meira Cruz coordenou cientificamente um estudo realizado em Moscovo com estudantes universitários saudáveis e com sono regular.

O estudo teve como objetivo observar o que sucederia quando lhes fosse retirado “uma parte importante do sono de ondas lentas”, um período do sono com propósitos de recuperação metabólica e hormonal.

“Este estádio de sono é o mais afetado pelos hábitos e padrões de sono inadequados, bem como por alterações primárias ou mesmo pelas doenças do sono mais frequentes, como por exemplo a apneia do sono”, explicou.

Os resultados do estudo verificaram que, após uma noite com a redução deste período de sono, os alunos apresentavam níveis significativamente mais baixos de testosterona em comparação com a noite normal.

“Sendo a testosterona uma hormona que oscila ao longo das 24 horas do dia, a sua produção, nomeadamente o seu pico, depende do sono, e se o sono é fragmentado ou reduzido, os seus níveis diminuem na manhã seguinte, sendo isto uma realidade válida para todas as idades”, frisou Miguel Meira e Cruz.

O Dia Mundial do Sono é uma iniciativa da Associação Mundial de Medicina do Sono que se comemora anualmente em cerca de 75 países e que chama a atenção para a importância do sono regular diário.

Segundo esta associação, 21% dos adultos dorme menos de seis horas por dia. Estima-se que 25% dos portugueses sofre de insónia crónica, com especial incidência nas mulheres e idosos.

Diário da República
O Diário da República publica hoje portarias que autorizam a construção de duas unidades de saúde e a remodelação de uma...

Em causa, e de acordo com aquelas portarias hoje consultadas pela agência Lusa, está a construção de um edifício para a unidade de saúde da Amorosa, integrada no agrupamento de centros de saúde do Alto Ave, em Guimarães, no valor de 790 mil euros, a construção de uma unidade de saúde familiar em Alfena, Valongo, no valor superior a 975 mil euros e a remodelação de um edifício para a instalação da unidade de saúde do Cerco, no Porto, estimada em mais de um milhão de euros.

Segundo os diplomas publicados em Diário da República (DR), a construção das duas unidades e a remodelação de outra assumem "importância fulcral na melhoria das condições de funcionalidade e acesso dos cidadãos à carteira básica de serviços, mediante o aumento da cobertura assistencial à população sem médico de família e, consequentemente, à obtenção de maiores ganhos em saúde, contribuindo para a consolidação da reforma dos cuidados de saúde primários".

Os investimentos serão executados de forma faseada e com conclusão prevista para 2018.

RESPIRA
A RESPIRA - Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas subscreve o Manifesto das...

A tomada de posição da Associação RESPIRA é assumida publicamente perante a hesitação demonstrada pelos deputados das várias bancadas em relação à pertinência da nova lei do tabaco e à continua escassez de consultas de apoio à Cessação Tabágica nos cuidados de saúde primários.

“O tabagismo é, atualmente, um grave problema de saúde pública, representa elevados gastos para o serviço nacional de saúde e é responsável pela diminuição da qualidade e duração de vida do fumador e de todos aqueles que se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo.

É urgente a promoção de medidas restritivas ao consumo do tabaco tradicional e tabaco aquecido. Está provado cientificamente, como aliás defende a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Fundação Portuguesa do Pulmão, Pulmonale e a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, que este tipo de tabaco é nocivo para a saúde e pode provocar dependência, tal como os cigarros”, explica Isabel Saraiva, vice-presidente da RESPIRA.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de tabaco, na Europa, é responsável por um milhão e 200 mil mortes anuais, e em Portugal atinge cerca de 20 a 26% da população.

“Deixar de fumar é um processo difícil e complexo, pelo que o acesso aos cuidados de saúde que apoiam esta decisão deve ser uma prioridade: consultas de apoio disponíveis a horas convenientes, com equipas de profissionais multidisciplinares, e terapêuticas medicamentosas financeiramente comportáveis.

Só para recordar: as consultas de cessão tabágica entre 2009 e 2013 diminuíram e, em 2014, só 3,6 % das pessoas que deixaram de fumar recorreram a apoio médico ou medicamentoso. É necessário apostar em medidas que ajudem as pessoas a deixar de fumar e incentivar os mais jovens a não iniciarem este vício”, conclui Isabel Saraiva.

Apenas 10% dos doentes recorrem ao médico por problemas de incontinência
Estima-se que, em todo o mundo, mais de 60 milhões de pessoas sofram de incontinência urinária.

O que é a incontinência urinária?

A incontinência urinária é uma situação patológica que resulta da incapacidade em armazenar e controlar a saída da urina.

É caraterizada por perdas urinárias involuntárias que se apresentam de forma muito diversificada, desde fugas muito ligeiras e ocasionais, a perdas mais graves e regulares.

Atualmente, 33% das mulheres com mais de 40 anos têm sintomas da doença epenas 10% destes doentes recorrem ao médico. Os restantes recorrem à automedicação ou à autoprotecção.

Além de ser encarada como um tabu que diz respeito apenas à intimidade da mulher a incontinència urinária é também um problema cultural. Muitas vezes quer a mãe quer a avó sofreram da mesma doença pelo que a mulher assume a incontinència urinária com uma herança familiar e que faz parte do normal envelhecimento. Esta situação condiciona a vida da doente a todos os níveis; pessoal, sexual, familiar, social e laboral.

Existem múltiplos factores de risco como é o caso da raça, da predisposição familiar ou de anormalidades anatómicas e neurológicas, fatores obstétricos e ginecológicos, como por exemplo a gravidez, o parto e a paridade, os efeitos laterais da cirurgia pélvica e radioterapia ou o prolapso genital.

Ou podem ser fatores promotores, como a Idade, a obesidade, a obstipação, o tabaco, as atividades ocupacionais, as infecções urinárias, a menopausa ou a medicação.

Quando se fala de incontinência feminina referimo-nos fundamentalmente a três tipos:

Incontinência de esforço

Perdas de urina relacionada com o esforço e que acontecem quando o indivíduo se ri, tosse, espirra, faz exercício, se curva ou pega em algo pesado e decorre da fragilidade dos músculos pélvicos que suportam a bexiga e a uretra. Em alturas de maior esforço, a pressão abdominal aumenta e o esfíncter (válvula responsável pela retenção da urina na bexiga) perde a força e deixa escapar a urina.

Incontinência por urgência ou imperiosidade

Perda de urina acompanhada ou imediatamente precedida por uma vontade súbita ou urgente de urinar. A bexiga apresenta contrações súbitas, causando urgência em urinar.

Este tipo de incontinência pode estar relacionado com o envelhecimento e o avanço da idade, mas também surge em idades mais jovens, associado a doenças neurológicas ou muitas vezes sem causas identificáveis.

Incontinência mista

Combinação da incontinência de esforço com a incontinência de urgência.

Diagnóstico

O diagnóstico da incontinência urinária é muito simples e começa na história clínica e no exame físico. São também necessários uma ecografia pélvica, umas análises ao sangue e urina e por vezes um diário miccional. Em algumas situações pode ser necessário alguns exames mais específicos como é o caso do exame urodinâmico.

Tratamento

O tratamento da incontinência urinária da mulher é possível em todos os grupos etários e se no caso da IU por imperiosidade é o tratamento medicamentoso que permite com maior eficácia uma melhoría clínica, na IU de esforço o tratamento de eleição é o cirúrgico.

A cirurgia tem um papel muito importante não apenas pela sua elevada eficácia mas também pela sua simplicidade de execução com mínimos efeitos indesejáveis para o doente. Consiste na colocação de uma fita de material sintético sob a uretra, por meio de uma abordagem vaginal, com uma pequena incisão de um a dois centímetros. A intervenção dura poucos minutos e o internamento é geralmente de um dia. A recuperação é rápida, em poucos dias a doente pode voltar à actividade normal.

Tem uma alta taxa de sucesso, acima de 90% e a taxa de complicações é baixa.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Lisboa vai ter 14 novas unidades de saúde que, até 2020, irão substituir centros de saúde em prédios de habitação frequentados...

Em declarações, a presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Rosa Valente de Matos, afirmou que as novas unidades vão acolher utentes que até agora eram atendidos em centros de saúde construídos em prédios de habitação.

Os novos centros de saúde, construídos essencialmente em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), vão, numa primeira fase, substituir “os que estão mais degradados”.

Numa segunda fase, prosseguiu, serão transferidos para novas unidades os centros de saúde que “receberam algumas remodelações e não precisam já, já de uma substituição”.

Os novos centros de saúde a ser construídos serão as Unidades de Saúde (US) Alta Lisboa-Norte (freguesia de Santa Clara), a US Telheiras (Lumiar), US Alcântara (Alcântara), US Ajuda (Ajuda), US Restelo (Belém), US Alto dos Moinhos (São Domingos de Benfica), US Fonte Nova (Benfica), US Marvila (Marvila), US Campo de Ourique (Campo de Ourique), US Areeiro (Areeiro), US Arroios (Arroios), US Beato (Beato), US Sapadores-Graça (Penha de França) e US Parque das Nações (Parque das Nações).

A US Alta de Lisboa-Norte irá receber os utentes das Unidades de Cuidados de Saúde primários (UCSP) da Charneca e parte dos da UCSP do Lumiar, a US Parque das Nações os da UCSP dos Olivais, a US Telheiras acolherá parte dos utentes da UCSP do Lumiar e a US do Alto dos Moinhos os da Unidade de Saúde Familiar (USF) das Tílias.

A US Fonte Nova receberá os utentes das USF Gerações e Rodrigues Migueis, a US Marvila os da UCSP de Marvila (duas unidades), a US Areeiro os da USF Fonte Luminosa e a US Beato os da USF Oriente.

A US Sapadores-Graça contará com os utentes da UCSP da Graça, a US Arroios os das UCSP Alameda e Penha de França, a US Campo de Ourique os das USF de Santo Condestável e Sofia Abecassis.

Para a US Alcântara irão os utentes da UCSP de Alcântara e a US da Ajuda os da USF da Ajuda.

Segundo Rosa Valente de Matos, a construção das novas unidades arranca este ano e deverá terminar em 2020.

“Temos de ter serviços de saúde diferentes, mais abertos à comunidade, em que as pessoas tenham espaços e que não tenham de subir escadarias que encontramos nos prédios de habitação, mas que sejam também edifícios amigos das pessoas”, disse.

Algumas das novas unidades terão novas competências, como médicos dentistas, exames complementares, raio x, recolha de sangue e outros meios complementares de diagnóstico.

O objetivo é “responder à maioria das necessidades das pessoas”, adiantou.

Com estas mudanças, a ARSLVT espera ainda atrair mais profissionais de saúde.

“Desenho do Futuro – Portugal sem VHC”
Um grupo de peritos em saúde defende o uso das verbas dos jogos sociais para financiar um plano nacional estratégico para...

Nas recomendações do projeto “Desenho do Futuro – Portugal sem VHC [Vírus da Hepatite C]”, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e da Universidade Nova de Lisboa, sugerem também o financiamento de medicamentos disponíveis e ainda não comparticipados e a criação de um fundo de financiamento para a inovação.

Nestas sugestões, que serão hoje apresentadas em Lisboa, os investigadores reconhecem que muito tem sido feito nesta área em Portugal, mas consideram importante a formação dos especialistas em medicina geral e familiar para que, com a ajuda destes, se possa chegar aos doentes ainda não diagnosticados.

“Estes medicamentos são de dispensa exclusivamente hospitalar. O médico do centro de saúde não pode prescrever estes medicamentos e quando falamos na formação é na preparação para lidar com estas populações, que normalmente são acompanhadas pelos hospitais e já numa fase mais adiantada”, explicou Rute Simões Ribeiro, investigadora da ENSP.

A investigadora irá apresentar as recomendações do estudo, elaborado em colaboração com um grupo de peritos nacionais e que aponta orientações, a nível nacional, para cumprir o objetivo da Organização Mundial da Saúde para 2030 de eliminar a infeção pelo vírus da hepatite C.

“Existem múltiplos dados e ações já definidas, que têm vindo a ser recolhidas e consensualizadas por vários grupos de trabalho na tentativa de elaboração de um plano nacional estratégico (…). Continua, porém, em falta a definição de objetivos específicos e indicadores que, dentro de um prazo determinado, possibilitem a monitorização”, consideram os autores.

Nas recomendações, os peritos apontam o rastreio populacional a todos os grupos de maior risco (toxicodependentes, população prisional e nascidos entre 1945 e 1975) e sublinham a importância de sensibilizar toda a população para a doença, com campanhas de informação e anúncios publicitários.

Na área do financiamento, defendem ainda um modelo integrado, com um contrato-programa com base na totalidade do tratamento com internamento e transplante, o que implica a classificação da hepatite C “como não crónica na ótica do financiamento”.

A utilização de parte das verbas dos jogos sociais para a criação de um fundo para a inovação é outra das recomendações: “O importante é salvaguardar que existe um fundo que permita acomodar a introdução da inovação (…) para que o sistema esteja preparado para isso porque os doentes não podem esperar”, sublinhou Rute Simões Ribeiro.

Os peritos defendem igualmente uma mais rápida atualização das normas de orientação clinica (NOC), para que estas acomodem a inovação, e a aplicação das NOC nos serviços de saúde acompanhada de um programa de formação, em cascata, na área da Hepatite C.

“É preciso que os médicos que prescrevem os medicamentos os conheçam e saibam como devem ser utilizados”, afirmou a investigadora.

Os especialistas sugerem também a abordagem do VHC na perspetiva de Saúde Pública, com interligação a outras áreas.

“Têm sido dados passos importantes, mas (….) um pensamento traduzido numa ação que integre todos os parceiros e atores do sistema, segurança social, prisões, não conseguimos dar conta disso. Apesar de notarmos algumas ações que se aproximam do que é importante, não conseguimos ver a interação de todos”, considerou.

Sublinhando a importância dos médicos de medicina geral a familiar em todo o processo, assim como dos cuidados primários, a investigadora lembra que é preciso continuar a seguir estes doentes, que estão curados, mas podem vir a ser reinfectados.

As recomendações deste estudo vão ser apresentadas hoje na conferência “Hepatite C, Pensar o Futuro”, que decorrerá na Escola Nacional de Saúde Pública.

Durante o encontro, que contará com diversos especialistas na área, entre os quais a diretora do programa nacional das hepatites víricas e o gastrenterologista Rui Tato Marinho, será igualmente abordado o projeto internacional Path to Zero, que tem como objetivo promover esforços globais e atribuir responsabilidades para a eliminação da infeção pelo vírus da hepatite C em todo o mundo.

Criada em dezembro de 2016
A Força 3P - Associação de Pessoas com Dor quer promover o conhecimento e compreensão da problemática da dor crónica, que, em...

“Não havia nenhuma associação a nível continental direcionada para pessoas com dor crónica, sendo uma necessidade não só para os doentes, mas para os familiares, os cuidadores e os amigos que os rodeiam”, afirmou.

A associação, sem fins lucrativos, foi criada em dezembro de 2016, mas só ontem foi apresentada publicamente, no Porto, traçando a “paciência, persistência e positividade” como sentimentos fundamentais para lidar com a dor crónica.

Alexandra de Oliveira frisou que a “dor não se vê, a dor sente-se”, afetando os doentes no “seu todo”.

“A dor provoca alterações emocionais, físicas e profissionais, situação ainda não totalmente entendida pela sociedade”, referiu.

Por esse motivo, a Força 3P quer divulgar esta problemática através de campanhas e ações de sensibilização, contribuir no apoio social e na humanização da assistência às pessoas com dor e familiares, explicou.

Outros dos objetivos da associação é impulsionar estilos de vida saudáveis, incentivar à prática de exercício físico, participar em reuniões ministeriais e estabelecer parcerias com outras instituições.

“O que queremos é melhorar a qualidade de vida das pessoas com dor crónica porque ninguém tem dor porque quer, mas sim porque sente”, realçou.

A responsável falou ainda na necessidade de cada hospital do país ter uma unidade da dor e ter médicos especializados e sensibilizados para a dor crónica, assim como a importância de aumentar a comparticipação dos medicamentos.

O Plano Estratégico Nacional de Prevenção e Controlo da Dor diz que a “dor, em particular a dor crónica, tem impacto na pessoa muito para além do sofrimento que lhe causa, nomeadamente sequelas psicológicas, isolamento, incapacidade e perda de qualidade de vida. Este impacto pode ultrapassar a própria pessoa e envolver a família, cuidadores e amigos”.

Investigador na área da dor e professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, José Castro Lopes salientou, citando um estudo, que a dor crónica atinge mais as mulheres do que os homens.

“É altura de acabar com o flagelo da dor cónica”, entendeu, sublinhando que as pessoas com esta dor têm complicações laborais, nos relacionamentos pessoais e redução das atividades de lazer.

Os custos diretos e indiretos anuais relacionados com a dor crónica em Portugal ascendem aos 4,5 milhões de euros, revelou.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde revelou ontem que há um caso confirmado de "doença dos legionários" numa fábrica na Maia,...

O diretor-geral de saúde, Francisco George, disse que “o Instituto Ricardo Jorge identificou a relação causa-efeito entre as secreções pulmonares de um doente com pneumonia provocadas por uma bactéria que é a mesma detetada na água da torre de arrefecimento da respetiva empresa fabril”.

De acordo com Francisco George o caso ontem confirmado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) foi sinalizado na última semana de fevereiro.

“Todas as medidas foram tomadas para controlar o problema e prevenir novas ocorrências. Prosseguem os estudos em mais sete casos que foram diagnosticados nas últimas semanas”, disse Francisco George.

De acordo com o diretor-geral de saúde, as medidas tomadas em conjunto com a Inspeção-Geral do Ambiente vão no sentido de “controlar a situação de ‘cluster’ de doença dos legionários ocorrida numa empresa fabril da Maia”.

Francisco George não quis, para já, adiantar qual a fábrica afetada pelos casos de ‘legionella’, nem se a unidade foi encerrada.

A doença, provocada pela bactéria 'legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Investigação
O parasita responsável pela doença do sono, que interfere com o relógio biológico dos infetados, tem ele próprio um relógio...

A equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) liderada por Luísa Figueiredo, que trabalhou em colaboração com o grupo de Joe Takahashi da Universidade Southwestern, de Dallas, nos Estados Unidos, publicou um artigo na revista ‘Nature Microbiology’ que “demonstrou pela primeira vez que o parasita responsável pela doença do sono, o ‘Trypanosoma brucei’, tem o seu próprio relógio interno”.

“Este relógio permite ao parasita antecipar as alterações diurnas do meio que o rodeia, tornando-se assim mais virulento”, explica um comunicado do IMM.

As características do parasita agora reveladas tornam possível que os futuros tratamentos tenham por base a cronoterapia, ou seja, a administração de fármacos a uma determinada hora do dia, considerada ideal para a obtenção de resultados.

“O artigo, publicado na revista Nature Microbiology, revela que os parasitas vão modificando ligeiramente a sua composição a as suas funções consoante a hora do dia. Estas alterações são altamente previsíveis e repetem-se todos os dias. Uma das consequências é que os parasitas são mais sensíveis ao tratamento com um certo fármaco durante a parte da tarde do que de manhã”, refere o comunicado do IMM.

A doença do sono deve o seu nome ao facto de os pacientes infetados sofrerem interferências no seu relógio interno, ou ciclo circadiano, por ação do parasita, que tem ele próprio um ritmo que varia ao longo do dia, de acordo com as variações detetadas pelos investigadores, que sincronizaram os parasitas para a mesma hora do dia e a partir daí detetou os padrões de variação que sustentam a descoberta.

“A doença do sono é uma doença infecciosa que, na maioria dos casos, é fatal. É transmitida pela mosca ‘tsetse’ e, por isso, existe apenas na África subsariana. Não há vacinas contra desta doença e as formas de tratamento apresentam vários problemas, como serem difíceis de administrar e serem tóxicas. Atualmente há cerca de 7.000 casos por ano.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pretende eliminar a doença até 2020”, recorda o IMM.

Infarmed
Em Portugal, segundo dados do Registo Oncológico Nacional publicados em 2013, a taxa de incidência do melanoma, padronizada...

De acordo com Ana Raimundo, oncologista médica no IPO do Porto, "o tratamento do melanoma avançado é um desafio, sendo necessária a utilização das terapêuticas mais eficazes para o controlo desta doença e melhorar a sobrevivência dos doentes. O pembrolizumab, um anticorpo anti-PD-1 que estimula o sistema imune dos doentes, foi aprovado pela EMA (Agencia Europeia do Medicamento) em julho de 2015 para o tratamento dos doentes com melanoma avançado, em primeira linha ou previamente tratados".

"Antes da aprovação e utilização destes novos agentes, a sobrevivência mediana dos doentes com melanoma avançado situava-se entre os 6 e 9 meses. As taxas de sobrevivência ao ano e 2 anos eram cerca de 25% e 10%, respetivamente", adianta a médica especialista.

Os dados dos estudos que compararam o pembrolizumab com outros agentes aprovados com a mesma indicação (quimioterapia e ipilimumab) revelaram uma superioridade em termos de resposta e sobrevivência, e com menos toxicidade, tendo conduzido à sua aprovação, escreve o Sapo. "Esta medida "vai permitir a sua utilização com ganhos para o doente", frisa Ana Raimundo.

"Dados apresentados recentemente mostraram que cerca de 55% dos doentes estavam vivos aos 2 anos apos início do tratamento (2mg/kg a cada 3 semanas). Um outro estudo com um seguimento mais longo, mostrou uma sobrevivência mediana de 24.4 meses. Os dados de segurança, mostraram um perfil de toxicidade consistente e manejável. Deste modo, podemos concluir que os resultados dos vários estudos confirmaram a real eficácia do pembrolizumab, com respostas mantidas ao longo do tempo e com um benefício significativo na sobrevivência dos doentes, culminando com a sua aprovação para utilização pelos hospitais do SNS", comenta.

Sobre os ganhos desta aprovação quer no que respeita ao doente, quer no que se refere ao SNS, a médica indica que "vários estudos publicados revelam que a incidência do melanoma tem crescido exponencialmente nos últimos 30 anos. E este tumor afeta doentes mais jovens, com impacto numa faixa etária mais jovem, afetando significativamente a atividade laboral e vida familiar, resultando num impacto social mais marcado".

"A utilização de fármacos mais eficazes, como o pembrolizumab, com respostas superiores e mais duradouras, vai permitir diminuir o impacto familiar e social deste tumor tão agressivo. Esta aprovação vai permitir o acesso mais célere ao fármaco garantindo uma melhor eficácia, com ganhos em saúde para o doente e para a sociedade, salvaguardando a sustentabilidade do SNS", conclui Ana Raimundo.

Estudo
O resveratrol, um composto químico presente no vinho tinto, oferece o mesmo benefício neuroprotetor que uma dieta de poucas...

Um estudo conduzido pelo Instituto de Investigação Virginia Tech Carilion, nos Estados Unidos, demonstrou que o resveratrol preserva as fibras musculares à medida que o organismo envelhece, ajudando a preservar as ligações entre neurónios, denominadas sinapses, contra os efeitos negativos do processo de envelhecimento.

"Todos nós ficamos lentos à medida que envelhecemos", adianta Gregorio Valdez, professor assistente daquela instituição. "A marcha, problemas de equilíbrio e a coordenação motora limitada contribuem para problemas de saúde, acidentes, falta de mobilidade e uma menor qualidade de vida (…). Acredito que estamos perto de desvendar os mecanismos que fazem diminuir a degeneração dos circuitos neuronais causados pela idade", comenta o investigador numa nota daquela instituição de ensino.

No estudo, publicado na revista "The Journals of Gerontology", os cientistas injetaram durante um ano resveratrol em ratinhos de laboratório, concluindo que a substância exerce o mesmo efeito benéfico sobre as sinapses de junção neuromuscular que o exercício físico e uma dieta saudável, escreve o Sapo.

Adicionalmente, foi descoberto que a metformina, um fármaco usado no tratamento da diabetes de tipo 2, fez igualmente desacelerar o índice de envelhecimento da fibra muscular.

Apresentadas na 66th Annual Scientific Session do ACC
A Daiichi Sankyo anunciou hoje a apresentação de cinco abstracts na 66th Annual Scientific Session do American College of...

Quatro destes abstracts vão destacar os resultados das análises de subgrupos do estudo global de fase 3 ENGAGE AF-TIMI 48, obtidos com edoxabano uma vez ao dia.

Os estudos incluem a análise de doentes com fibrilhação auricular (FA) e doença maligna ativa, doentes submetidos a procedimentos de ablação, doentes que reúnem um score de risco genético com o peso da fibrilhação auricular, e a comparação dos efeitos do tratamento numa população asiática versus numa população não asiática.

Para além disso, uma análise do estudo ENSURE-AF, que incluiu doentes submetidos a cardioversão, será apresentada numa sessão de posters, destacando o grau de satisfação em relação ao tratamento e o recurso aos cuidados de saúde durante o estudo.

Estudo
Um estudo europeu multicêntrico, apresentado na Figueira da Foz na 188ª Reunião da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG),...

Os dados publicados agora pela European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, revelam ainda que os sintomas moderados e severos dos miomas uterinos referidos pelas doentes, como é o caso de hemorragias, anemia, dores abdominais e sintomas de pressão, diminuíram significativamente com a administração do acetato de ulipristal, único tratamento médico não invasivo, que igualmente melhorou a sua qualidade de vida.

“Este estudo comprova que o novo tratamento de acetato de ulipristal pode permitir uma terapêutica conservadora e evitar a remoção do útero. Esta mudança no tratamento dos miomas uterinos representa uma evolução importante em termos médicos com um impacto positivo na vida da mulher. Esta abordagem conservadora no tratamento dos miomas tem um potencial impacto positivo em termos de gastos para o Serviço Nacional de Saúde na medida em que se evitam os custos diretos com as cirurgias, assim como os custos indiretos atribuíveis, ao período de recuperação pós-operatória” avança Margarida Martinho, presidente da Secção Portuguesa de Endoscopia Ginecológica da Sociedade Portuguesa de Ginecologia.

Os miomas uterinos são a principal causa de histerectomias (remoção total do útero) em Portugal e são os tumores benignos mais comuns do trato genital feminino afetando entre 30 a 70% da população feminina em geral e 20 a 40% das mulheres em idade reprodutiva. Em Portugal, estima-se que acete cerca de 2 milhões de mulheres.

Os países envolvidos neste estudo foram Portugal, Alemanha, França, Reino Unido, Roménia, Suécia, Polónia, Hungria, Eslovénia e Áustria. 

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) anuncia a abertura das candidaturas ao Prémio Nacional de Oncologia da LPCC, Manuel...

Anunciado durante a sessão comemorativa dos 75 anos da LPCC, o Prémio Manuel Sobrinho Simões tem como propósito reconhecer pessoas, cujo contributo no campo da medicina, investigação ou ação social tenha tido um impacto significativo na área de oncologia.

Até dia 17 de março, todos os proponentes podem submeter a candidatura através do formulário no site da LPCC. As propostas serão avaliadas por um júri presidido pelo Presidente da LPCC e composto por sete elementos com experiência comprovada na área oncológica. O vencedor do Prémio Manuel Sobrinho Simões será divulgado no dia 4 de abril de 2017, data da cerimónia de encerramento do 75º aniversário da LPCC.

O prémio terá o nome do seu patrono, o Prof. Manuel Sobrinho Simões, patologista mundialmente reconhecido. É professor Catedrático de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Chefe de Serviço no Hospital de S. João. Criou e desenvolveu o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), tornando-o uma instituição de grande prestígio nacional e internacional. Sobrinho Simões tem-se destacado, desde sempre, não só na investigação do cancro do estômago e da tiroide, mas igualmente como impulsionador da investigação a nível nacional e internacional.

Para mais informações, consulte: www.ligacontracancro.pt

Estudo
Um grupo internacional de investigadores conseguiu sequenciar pela primeira vez o ADN do veneno produzido por vermes marinhos...

O estudo centrou-se na família de anelídeos poliquetas 'glyceridae', vermes cilíndricos com o corpo macio, sem esqueleto, e dividido em anéis, que podem medir até meio metro.

Os cientistas, entre os quais investigadores do Museu Nacional de Ciências Naturais espanhol, já sabiam que estes animais são venenosos porque os pescadores, que os utilizam como isco, são por vezes mordidos e relatam os efeitos dolorosos.

Estes vermes geram um veneno complexo baseado numa "neurotoxina potente" que até agora não tinha sido sequenciada, explicou Christoph Bleindorn, um dos cientistas que participou no trabalho.

Os investigadores disseram que este veneno atua de uma forma única pois afeta canais específicos da união neuromuscular.

Trata-se de um composto muito forte e específico que atua em "doses dependentes e reversíveis", ou seja, se a dose aumentar, o efeito aumenta, e se deixar de ser ministrado, deixa de atuar, características que apontam para um potencial farmacológico elevado, segundo os investigadores.

Durante a investigação, os cientistas chegaram à localização exata do veneno nos vermes, que têm quatro mandíbulas ligadas a estruturas similares a glândulas. As mandíbulas são usadas para paralisar as suas presas e para defesa.

No entanto, as glândulas não segregam veneno, e a neurotoxina situa-se em tecidos ligados entre si, demonstrando que "o sistema venenoso destes vermes é muito mais complexo do que se supunha", afirma o primeiro autor do estudo, Sandy Richter, do Museu de História Natural de Londres.

As toxinas produzidas por muitos animais, como escorpiões, serpentes ou aranhas, são estudadas para o desenvolvimento de novos medicamentos, mas o sistema de veneno destes vermes ainda não tinha chamado a atenção dos investigadores.

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