ONU
Portugal organiza esta quinta-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, um evento de alto nível sobre Mutilação Genital Feminina...

"Queremos ser um país referência quando se fala do combate à Mutilação Genital Feminina (MGF) no mundo. Queremos ser um país que faz pontes e parcerias, não só com a Guiné-Bissau, mas também outros países africanos, como a República da Guiné, a Guiné Conacri, o Burkina Faso, e que tenta construir pontes para que o trabalho que fazemos possa chegar a estes países", explicou a secretária de Estado para Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino.

Além da secretária de Estado, o evento conta com a participação da apresentadora de televisão Catarina Furtado, embaixadora da boa-vontade do Fundo de População das Nações Unidas, e tem o tema "Let's be the generation that eliminates FGM once and for all" (Vamos ser a geração que elimina a mutilação genital feminina de uma vez por todas).

"Apesar de sermos um país que não tem esta prática, acabamos por estar na linha da frente na defesa destas mulheres e raparigas porque temos comunidades que têm culturalmente esta realidade. Com este evento, queremos fazer uma troca de boas práticas e um trabalho concertado", explicou a secretária de Estado.

O evento, que é organizado em colaboração com o Fundo de População das Nações Unidas e o Fundo das Nações Unidas para crianças (UNICEF), acontece no âmbito da na 61.ª sessão da comissão para Estatuto da Mulher (CSW) e é um dos grandes eventos realizados à margem do encontro.

O primeiro painel da conferência será moderado pelo diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas, Babatunde Osotimehin, e contará com um discurso da secretária de Estado.

Participam na discussão a primeira-dama do Burkina Faso, Adjoavi Sika Kaboré, a embaixadora da Grécia junto da ONU, Mara Marinaki, a ministra das mulheres e crianças da Guiné, Sanaba Kaba Camara, o ministro do comércio e emprego da Gâmbia, Isatou Touray, e a secretária de estado da Noruega, Laila Bokhari.

O segundo painel será moderado por Catarina Furtado e terá uma intervenção da vice-diretora da Fundo das Nações Unidas para crianças, Fatoumata Ndiaye.

O segundo painel terá ainda os contributos da especialista italiana da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres Bianca Pomeranzi, da presidente do comité de eliminação de más praticas de saúde em mulheres e crianças da Guiné-Bissau, Fatumata Djau Baldé, os ativistas Gabriel Ademeyo e Fatima Porgho e a diretora do Comité Africano contra Práticas Nocivas, Morissanda Kouyate,

A 61.ª sessão da comissão para Estatuto da Mulher (CSW) teve inicio na segunda-feira, com uma intervenção do secretário-geral, António Guterres, e o seu tema prioritário é o empoderamento das mulheres num mercado de trabalho em mudança.

Associação Americana para o Avanço da Ciência
Um rápido, preciso e versátil teste com base em papel pode determinar o tipo de sangue em segundos, anunciou a Associação...

O teste não precisa de equipamentos especializados e é uma abordagem mais económica para determinar o grupo sanguíneo.

Após a análise de 3.550 amostras clínicas de sangue o teste demonstrou uma taxa de exatidão superior a 99,9%, sendo que as únicas inconsistências aconteceram em ensaios com tipos de sangue muito raros.

Ao contrário dos testes convencionais de tipo de sangue (microplacas ou colunas de gel), tecnicamente mais exigentes e lentos na produção de resultados, o novo método classificou as amostras nos grupos sanguíneos A, B e O e fator Rh em menos de 30 segundos e com apenas duas ações simples.

Para criar o teste os cientistas aproveitaram as reações químicas entre as proteínas do soro sanguíneo e um corante designado “verde de bromocresol” quando misturados num papel absorvente.

Os investigadores utilizaram uma pequena amostra numa tira de papel de teste contendo anticorpos que reconheceram diferentes tipos de sangue e os resultados apareceram como diferentes cores. Com um pouco mais de tempo, mas sempre menos de dois minutos, foi possível identificar também vários tipos raros de sangue.

Agência Europeia dos Produtos Químicos
A Quercus defendeu que "já é tradição das agências europeias serem favoráveis à indústria", e não fazerem estudos...

A Agência Europeia dos Produtos Químicos considerou que o glifosato não deve ser considerado cancerígeno, o que deverá levar a Comissão Europeia a relançar o procedimento para a renovação da licença desta substância.

"Infelizmente não é surpresa, já é tradição das agências europeias serem favoráveis à indústria", disse Alexandra Azevedo, da Quercus, que, tal como as organizações ambientalistas europeias, defende que o glifosato é potencialmente causador de cancro, posição que baseiam em estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Há mais de um ano, a OMS classificou este herbicida como "carcinogénico provável para o ser humano e carcinogénico provado para animais de laboratório".

O químico, usado na agricultura, tem sido alvo de vários alertas dos ambientalistas e, em Portugal, em 2014, a Quercus lançou uma campanha nacional a apelar aos municípios para que deixem de utilizar pesticidas para eliminar ervas daninhas em jardins e outros locais públicos, com o argumento de que são responsáveis por danos na saúde, podendo provocar cancro.

Em Portugal, o Governo já aprovou, em janeiro, a proibição do uso de pesticidas em espaços públicos como jardins infantis, parques e jardins urbanos, escolas e hospitais “com o objetivo de reduzir e controlar os efeitos sobre a saúde pública”.

Alexandra Azevedo salientou que "as agências europeias não fazem quaisquer estudos e apenas se baseiam nas informações fornecidas pela indústria" que não divulga os trabalhos.

Ao contrário, acrescentou, a posição da OMS parte de estudos científicos publicados.

"Organizações internacionais como a Greenpeace, têm denunciado a falta de transparência e o concluiu com a indústria em entidades que deviam ser garantia de isenção e defesa do interesse público", criticou a ambientalista.

O Comité de Avaliação de Riscos europeu chegou, por consenso, à conclusão de que a substância não deve ser catalogada como potencialmente cancerígena, depois de analisar toda a informação recolhida sobre o glifosato, anunciou hoje em Helsínquia o diretor da agência, com sede na capital finlandesa.

A Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) tem a responsabilidade de classificar os produtos químicos na UE e determinar o seu perigo potencial.

O parecer da ECHA também já mereceu críticas por parte de diversas Organizações Não-governamentais (ONG), que recordam outros pareceres científicos em sentido contrário.

“Para chegar às suas conclusões, a ECHA rejeitou provas científicas flagrantes de cancro em animais de laboratório”, lamentou já a Greenpeace, que acusou ainda os especialistas da agência europeia de ignorarem os alertas de dezenas de cientistas independentes.

Agência Europeia dos Produtos Químicos
A associação da indústria dos produtos contra pragas em culturas e plantas saudou a decisão da Agência Europeia dos Produtos...

"É uma boa notícia para os produtores" agrícolas que o usam como "substância fulcral" para a sua atividade "com baixo custo e baixo impacto ambiental", disse o diretor da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas, António Lopes Dias.

O responsável considerou que a decisão de uma entidade "de última instância" significa que "não haverá mais argumentos" contra a utilização do glifosato, cujo uso continua a ser contestado pelos ambientalistas e por outros setores da sociedade civil.

Por os especialistas da agência considerarem que o glifosato não deve ser considerado cancerígeno, a Comissão Europeia deverá relançar o procedimento para a renovação da licença desta substância.

O parecer da ECHA já mereceu críticas por parte de diversas Organizações Não-governamentais (ONG), que recordam outros pareceres científicos em sentido contrário.

Em Portugal, o Governo já aprovou, em 26 de janeiro, a proibição do uso de pesticidas em espaços públicos como jardins infantis, parques e jardins urbanos, escolas e hospitais “com o objetivo de reduzir e controlar os efeitos sobre a saúde pública”.

António Lopes Dias afirmou que o produto já é usado com cuidados especiais, como proteção para os olhos do utilizador, a uma distância mínima de cursos de água e em doses controladas.

"Economicamente, tem um impacto muito grande, porque não se conhece outro produto que faça o mesmo com eficácia, sem deixar resíduos no terreno", afirmou.

Após análise
O Mistério do Ambiente revelou que análises realizadas pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento...

Em comunicado o gabinete liderado por Matos Fernandes refere que foi realizada no local uma inspeção extraordinária na última segunda-feira, tendo sido recolhidas amostras de água das torres de refrigeração e do tanque de arrefecimento e que os resultados analíticos conhecidos hoje "revelaram a ausência de Legionella pneumophila em todas as amostras recolhidas".

"[Confirma-se] que a empresa se encontra a dar cumprimento ao plano de manutenção das instalações. Não se verifica, assim, qualquer risco decorrente destas, e, por essa razão, não se justifica a adoção de quaisquer medidas subsequentes", lê-se na nota do Ministério do Ambiente.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) avançou na segunda-feira que tinha sido detetado um caso na fábrica da Maia, estando outros sete "em estudo".

Hoje foi confirmado um novo caso de "doença dos legionários" no concelho da Maia, distrito do Porto, subindo para três o número de confirmações de pessoas infetadas com a bactéria, uma vez que já terça-feira tinha sido confirmado um segundo caso.

Segundo a DGS este terceiro caso, notificado através do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), refere-se a um doente que se encontra internado no Centro Hospitalar de São João, no Porto, com "estado clínico considerado estável".

A DGS adianta que se mantém o nível de alerta, mas reitera que "a população residente no concelho da Maia não precisa de tomar cuidados adicionais", acrescentando que "os trabalhos conduzidos pela Inspeção-Geral do Ambiente (IGAMAOT) confirmam que a unidade fabril está em condições de continuar a laboração".

Também no seu comunicado, o Ministério do Ambiente destaca que a Sakthi havia sido inspecionada pela IGAMAOT no dia 26 de abril de 2016, tendo, à data dessa inspeção, "evidenciado o cumprimento das obrigações legais em matéria de controlo de Legionella pneumophila, designadamente através do cumprimento de um plano de manutenção e de realização periódica de análises".

"À data da referida inspeção não se verificava, assim, qualquer incumprimento legal. A IGAMAOT continuará a acompanhar o desempenho ambiental da referida empresa", termina a nota.

O vice-presidente da Câmara da Maia afirmou que "a população do concelho pode estar muito mais tranquila", porque o assunto relacionado com o surgimento de casos da "doença dos legionários" numa fábrica do concelho está "resolvido".

Instalada na Maia há 45 anos, a Sakthi Portugal opera na área da fundição de componentes para o setor do automóvel e é detida a 100% pela Sakthi Índia, empregando cerca de 520 trabalhadores e tendo uma faturação anual de 35 milhões de euros.

A doença, provocada pela bactéria 'legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

1º Plano de Cuidados Integrados na Bexiga Hiperativa
Afetando mais de um milhão e meio de portugueses, a Bexiga Hiperativa tem um grande impacto na vida

A Bexiga Hiperativa, uma condição que se caracteriza pela presença de urgência urinária, geralmente acompanhada por aumento de frequência das micções, resulta da contração ou aperto involuntário e repentino do músculo da parede da bexiga, mesmo quando esta contém um volume reduzido de urina.

Não se encontrando sempre uma causa para as contrações anormais da bexiga há, no entanto, alguns fatores que podem contribuir ou agravar os sintomas. “O consumo de bebidas gaseificadas ou com cafeína, obstipação, musculatura pélvica fraca, excesso de peso ou obesidade, entre outros”, começa por enumerar Vera Pires da Silva, especialista em Medicina Geral e Familiar, reforçando a importância do diagnóstico precoce.

“A Bexiga Hiperativa afeta tanto mulheres como homens, ou seja, não é depentente do sexo dos doentes”, refere acrescentando que os dados apontam para cerca de um milhão e 700 mil portugueses, “com idade acima dos 40 anos”, que sofrem desta condição.

“A Bexiga Hiperativa não é o mesmo que a incontinência urinária”, ressalva, no entanto, a especialista explicando que a incontinência urinária pode ser um dos seus sintomas, mas que nem todos os doentes a apresentam.  “Alguns doentes têm queixas de Bexiga Hiperativa com incontinência urinária, enquanto outros não”, afirma.

Vontade súbita e intensa de urinar e difícil de adiar, necessidade de urinar com mais frequência, interrupção do sono várias vezes durante a noite devido à necessidade de urinar e/ou perda involuntária de urina associada à urgência são os principais sintomas.

Deste modo, embora fácil de diagnosticar, “esta síndrome pode ter um grande impacto na qualidade de vida dos doentes, porque estes podem limitar as suas atividades diárias e escolhas profissionais, devido ao receio dos sintomas e necessidade de ter uma casa de banho por perto”.

O seu tratamento pode ter diferentes abordagens. “Pode passar por uma abordagem conservadora que não implica medicação ou cirurgia, como pode requerer uma terapêutica farmacológica e, em casos mais graves, por alguma intervenção invasiva”, explica Vera Pires da Silva acrescentando que, embora a Bexiga Hiperativa não tenha cura, os seus sintomas podem ser atenuados ou vir a desaparecer com o tratamento adequado.

Para garantir que todos os casos são diagnosticados e que todos os doentes são acompanhados, recebendo o tratamento indicado para sua recuperação, foi criado o 1º Plano de Cuidados Integrados na Bexiga Hiperativa que conta com o apoio científico da Associação Portuguesa de Neurologia e Uroginecologia (APNUG), da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e da Associação Portuguesa de Urologia (APU).

“O Plano de Cuidados Integrados na Bexiga Hiperativa consiste num documento de consenso entre especialidades que têm um papel na abordagem destes doentes e no qual pode ser encontrada toda a informação desde o diagnóstico até ao tratamento, passando pela articulação entre cuidados primários e secundários”, explica a médica.

“Este documento inclui informação atualizada sobre como proceder em doentes com queixas de bexiga hiperativa, quais as opções terapêuticas que podem ser oferecidas aos doentes, durante quanto tempo estas devem ser mantidas, quando ponderar alterar uma opção terapêutica caso esta não tenha tido  êxito pretendido ou quais as alternativas existentes e em que intervalos deve ser feito o seguimento”, acrescenta.

Medicina Geral e Familiar, Urologia, Ginecologia e Medicina Física e Reabilitação são as especialidades envolvidas e que assumem este compromisso com vista a minimizar impacto desta síndrome na vida dos doentes, evitando o abondono precoce do seu tratamento. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Agência Europeia dos Produtos Químicos
Os especialistas da Agência Europeia dos Produtos Químicos consideraram e que o glifosato não deve ser considerado cancerígeno,...

O Comité de Avaliação de Riscos chegou, por consenso, à conclusão de que a substância não deve ser catalogada como potencialmente cancerígena, depois de analisar toda a informação recolhida sobre o glifosato, cuja utilização é contestada por muitos na União Europeia, anunciou em Helsínquia o diretor da agência, com sede na capital finlandesa.

A Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) tem a responsabilidade de classificar os produtos químicos na UE e determinar o seu perigo potencial.

Face a este parecer, há muito aguardado, a Comissão Europeia deverá relançar o procedimento com vista à renovação da licença para utilização do glifosato, um processo que conheceu diversos avanços e recuos devido à falta de entendimento entre os Estados-membros da UE.

O parecer da ECHA já mereceu críticas por parte de diversas Organizações Não Governamentais (ONG), que recordam outros pareceres científicos em sentido contrário.

“Para chegar às suas conclusões, a ECHA rejeitou provas científicas flagrantes de cancro em animais de laboratório”, lamentou já a Greenpeace, que acusou ainda os especialistas da agência europeia de ignorarem os alertas de dezenas de cientistas independentes, baseando-se antes em estudos não publicados encomendados por produtores de glifosato.

Em Portugal, o Governo já aprovou, em 26 de janeiro, a proibição do uso de pesticidas em espaços públicos como jardins infantis, parques e jardins urbanos, escolas e hospitais “com o objetivo de reduzir e controlar os efeitos sobre a saúde pública”.

A alteração da regulação relativa aos produtos fitofarmacêuticos - produtos químicos para uso agrícola com o objetivo de combater ou evitar pragas em culturas e plantas - já havia sido antecipada em julho do ano passado pelo ministro do Ambiente, no quadro da polémica suscitada em torno do uso do glifosato, sobretudo em meio urbano, devido ao seu potencial carcinogénico.

SmartReab
Num país onde as doenças respiratórias são a terceira principal causa de morte e onde uma em cada quatro mortes é causada por...

O Sistema de Telemonitorização SmartReab, implementado no Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, irá permitir prolongar a monitorização da atividade física para lá do ambiente hospitalar, acompanhando e incentivando com segurança o doente a manter-se ativo no seu ambiente domiciliário e na comunidade em que se insere.

“Segundo a OMS, a inatividade física é o 4º principal fator de risco com impacto global, sendo responsável por 10% da mortalidade. No doente respiratório crónico, a inatividade física é ainda um fator de risco para hospitalizações e mortalidade precoce”, refere a Professora Doutora Cristina Bárbara, Diretora do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte e Diretora da Clínica Universitária de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Nos doentes respiratórios mais graves, o Sistema SmartReab permitirá também ajustar a adequação dos níveis de oxigénio necessários para aqueles que cumprem esta terapêutica diariamente.

Através do aumento da atividade física, estima-se que o Sistema SmartReab contribuirá, a médio e a longo prazo para:

·         Promover um estilo de vida saudável nos doentes respiratórios crónicos;

·         Reduzir o número de episódios de urgência face a um melhor controlo clínico, minimizando as agudizações da doença respiratória;

·         Reduzir o número de episódios de internamento como consequência da redução dos episódios de urgência.

“Para os médicos e suas equipas, este sistema de telemonitorização proporciona dados em tempo real, contínuos, com o doente em ambiente domiciliário e na comunidade. Para além de sinalizar ocorrências anómalas, permite sobretudo incentivar com segurança o aumento da atividade física e acompanhar o benefício obtido pelos programas de Reabilitação Respiratória na adoção de hábitos de vida saudável”, sublinha a Professora Doutora Fátima Rodrigues, Coordenadora da Unidade de Reabilitação Respiratória do Hospital Pulido Valente, onde se tem desenvolvido o Sistema SmartReab.

A Diretora Clínica do Centro Hospitalar Lisboa Norte - Dra. Margarida Lucas, face ao trabalho desenvolvido, congratula-se com os benefícios clínicos observados nos doentes.

“Podemos dizer que este é um exemplo concreto de sucesso e inovação decorrente da parceria entre as instituições envolvidas”, refere o Dr. Carlos das Neves Martins, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte.

“Este é mais um exemplo de sucesso de utilização das modernas tecnologias ao serviço da Sociedade. Uma das grandes preocupações da Fundação Vodafone é a promoção e desenvolvimento de soluções tecnológicas que contribuam para melhorar a qualidade de vida da Comunidade, e que funcionem como alavanca para desenvolver novas soluções em áreas tão importantes como a da saúde”, refere Mário Vaz, Presidente da Fundação Vodafone Portugal.

Doenças Neurodegenerativas
A Maratona da Saúde, associação sem fins lucrativos, atribui os “Prémios Maratona da Saúde de Investigação Biomédica”...

Os Prémios Maratona da Saúde para a Investigação em Doenças Neurodegenerativas, no valor total de 50 mil Euros, são o resultado dos donativos angariados durante o espetáculo televisivo anual da Maratona da Saúde, transmitido pela RTP em abril de 2016, e de outras iniciativas e apoios ao longo da edição entre os quais o da Biogen, que associará o seu nome a um dos prémios. A cerimónia de entrega de Prémios Maratona da Saúde decorrerá no Centro de Estudos de Doenças Crónicas da NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa (CEDOC-NMS|FCM),  no dia 16 de março, às 11h00, ocasião onde se conhecerão os vencedores.

A Maratona da Saúde é uma associação sem fins lucrativos que implementou em Portugal um formato de sucesso a nível internacional, que tem como principais objetivos a sensibilização na área da saúde e a angariação de fundos para a investigação biomédica desenvolvida em Portugal.

Os Prémios anuais da Maratona da Saúde cumprem um dos principais objetivos desta organização e foram criados para promover a investigação científica portuguesa em diferentes áreas da biomedicina. O financiamento a ser atribuído aos dois projetos de investigação nesta 3ª edição dos Prémios Maratona da Saúde totaliza 50 mil euros e provém dos donativos da sociedade civil angariados durante o espetáculo solidário emitido na RTP em Abril de 2016, e de outros financiamentos obtidos ao longo do ano em iniciativas desenvolvidas com a sociedade civil a nível nacional. Nesta edição a Maratona da Saúde contou também com o apoio da Biogen, que associará o seu nome a um dos Prémios. Durante o concurso, organizado em parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia e destinado a investigadores e médicos que se propuseram desenvolver um projeto de investigação numa instituição sediada em Portugal, foram obtidas 57 candidaturas.

A avaliação das propostas foi realizada por um painel internacional de 31 cientistas na área das Doenças Neurodegenerativas e pelo conselho científico da Maratona da Saúde que escolheu os dois investigadores que receberão os Prémios desta edição.

Os vencedores da 3ª edição dos Prémios Maratona da Saúde irão ser conhecidos numa cerimónia pública que decorrerá no auditório Professor Doutor Manuel Machado Macedo, no Centro de Estudos de Doenças Crónicas da NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa (CEDOC-NMS|FCM), na Rua Câmara Pestana, n.º 6, 1152-082 Lisboa, no dia 16 de março, às 11h00. Nesta ocasião irão estar presentes a Dra. Maria de Belém Roseira, Presidente da direção da Maratona da Saúde, o Professor Doutor Jaime Branco, Diretor da NMS/FCM, o Professor Doutor João Ramalho Santos, Diretor do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra- CNC, a Doutora Ana Sanchez, Vogal do Conselho Diretivo da FCT, a Dra. Anabela Fernandes, Diretora Geral da Biogen e os vencedores desta 3ª edição dos Prémios Maratona da Saúde, que terão oportunidade de apresentar o seu projeto.

Segundo Maria de Belém Roseira, presidente da Maratona da Saúde, “estes prémios são a demonstração de que a sociedade civil também se envolve no financiamento da investigação científica para saúde em Portugal, de forma amplamente participada.”

Em abril de 2016, o espetáculo solidário da Maratona da Saúde dedicado às Doenças Neurodegenerativas, transmitido em direto dos estúdios da RTP e pela RTP Internacional, contou com o apoio de milhares de Portugueses que se juntaram a esta causa, e com muitos parceiros que tornaram possível a organização deste evento. Durante as cerca de 5 horas de emissão foram realizados milhares de donativos através de chamadas telefónicas para o número de valor acrescentado e para os Call Centers, gentilmente cedidos pela Fundação PT, os quais contaram com mais de 30 voluntários a nível nacional. A Pricewaterhouse Coopers (PwC) também se juntou a esta maratona televisiva na auditoria de todos os donativos que foram efetuados.

Para além do evento televisivo, a Maratona da Saúde desenvolveu, ao longo da 3ª edição dedicada conjunto de iniciativas nas comunidades locais, sensibilizando para a importância da prevenção da doença e da investigação científica na descoberta de novos avanços. A Maratona da Saúde contou também com o apoio de várias empresas entre as quais a Fundação PT, o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Fundação Calouste Gulbenkian, a Saúde Cuf, a Wisdom Consulting, a Cev Fiscalidade, a Caixa Geral de Depósitos, a Vieira de Almeida, a Biogen, a Pfizer, entre outros, e várias associações de doentes, e com o alto patrocínio da Presidência da República para a Gala Solidária dedicada às Doenças Neurodegenerativas.

As edições dos Prémios Maratona da Saúde em Investigação Biomédica contaram até à data com cerca de 200 Candidaturas nas áreas do cancro, da diabetes e das doenças neurodegenerativas e, com a presente edição, já permitiram galardoar 9 cientistas a desenvolver o seu trabalho de investigação nestas áreas em Portugal. No primeiro ano, dedicado ao Cancro, foram atribuídos 4 prémios de investigação a cientistas com projetos em cancro da mama, em cancro do cólon e em cancro do pâncreas, desenvolvidos no Centro de Biomedicina Molecular e Estrutural da Universidade do Algarve, no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em Lisboa, e no IPATIMUP, no Porto. Na segunda edição, dedicada à Diabetes, foram atribuídos 3 prémios de investigação a cientistas com projetos em Obesidade e em Diabetes Tipo 1 em crianças, desenvolvidos no Instituto Gulbenkian de Ciência e no Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve. Os 2 vencedores da edição dedicada às Doenças Neurodegenerativas serão conhecidos após a cerimónia de entrega dos prémios, que decorrerá no dia 16 de março, às 11h, no Centro de Estudos de Doenças Crónicas da NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa (CEDOC-NMS|FCM)

Está de momento a decorrer a 4ª Edição da Maratona da Saúde dedicada às Doenças Cardiovasculares e o seu espetáculo solidário anual na RTP terá lugar no início de abril.

A Maratona da Saúde considera que permitir o avanço da ciência e do conhecimento em Portugal, contribui para uma sociedade mais informada, motivada e competitiva, capaz de integrar os pilares essenciais do progresso económico global.

Os donativos à Maratona da Saúde podem ser realizados ao longo de todo ano através de chamadas de valor acrescentado para o 760 20 60 90 (0,60€+IVA) ou do IBAN: PT50 0035 0413 00044189730 73 BIC SWIFT: CGDIPTPL.

Saiba mais em www.maratonadasaude.pt

Oncologia
O ministro da Saúde quer avançar com uma iniciativa legislativa para impedir a transferência de doentes com cancro do privado...

Adalberto Campos Fernandes considerou "cruel" aquilo que designou como "deambulação" de doentes oncológicos do privado para o público quando terminam os “plafonds” dos seus seguros de saúde.

Numa resposta a deputados do CDS na comissão parlamentar de Saúde, o ministro diz que é necessário encontrar um modelo para que "nenhum doente oncológico seja confrontado com um outro médico, outra equipa ou, pior ainda, com alterações de estratégias terapêuticas" a meio do tratamento.

Para isso, Campos Fernandes refere que o Ministério pretende "tomar uma iniciativa legislativa" e diz que será necessário chamar ao processo a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros e os representantes dos hospitais privados.

Nos últimos anos têm sido muitos os doentes que, seguidos em instituições privadas através de seguros de saúde, tiveram de interromper tratamentos e ir para as unidades públicas.

Este ano, a Entidade Reguladora da Saúde emitiu um parecer a recomendar que os hospitais privados informem os doentes dos custos dos tratamentos.

Em declarações aos jornalistas no final da comissão parlamentar, o ministro da Saúde disse que será necessário criar uma espécie de código de conduta para evitar estes casos.

Estudo
Uma investigação da Universidade do Porto mostra que nadadores com síndrome de Down possuem menor potência e capacidade...

Este é um dos resultados do projeto "Health related, daily life activity and sports domain characteristics of swimmers with Down syndrome" ("Saúde, atividade de vida diária e características do domínio desportivo de nadadores com síndrome de Down"), coordenado pela investigadora Ana Querido, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP).

A investigação demonstra que os nadadores com esta patologia nadam a velocidades máximas mais lentas do que nadadores com deficiência intelectual, apesar de não se terem verificado diferenças significativas noutros parâmetros de eficiência e coordenação, apenas diferenças nas características antropométricas (peso, altura, entre outros).

Os nadadores com síndrome de Down "possuem perfis de composição corporal mais saudáveis e níveis mais elevados de aptidão física do que as pessoas não treinadas com a mesma patologia", indicou a investigadora, sendo esta uma das conclusões do projeto, que teve a duração de seis anos.

Outro dos resultados, segundo indica, mostra que o treino da natação parece melhorar o índice de massa corporal, a percentagem de gordura e massa magra, bem como a condição física (especialmente a força superior e inferior) dos nadadores portadores da síndrome.

As pessoas que têm esta patologia e treinam "parecem ser mais ativas nas suas vidas diárias" do que as que não treinam mas praticam natação de forma recreativa.

O "baixo nível" de aptidão física das pessoas com síndrome de Down influencia a sua 'performance', apresentando, os nadadores portadores desta patologia, formas de coordenação semelhantes a desportistas de baixo nível, com menor eficiência e maior variação da velocidade, explicou a coordenadora.

Para além disso, os nadadores com esta síndrome demonstram problemas relacionados com o ritmo, nos treinos e em competição, e não conseguem tirar vantagem do 'feedback' visual a curto prazo, que lhes permitiria manter uma estratégia de natação, acrescentou.

Para Ana Querido, uma das recomendações que poderia sair deste estudo passa pela inclusão, por parte do sistema de classificação do Comité Paralímpico Internacional, de uma separação na avaliação do perfil de aptidão física corporal de nadadores com síndrome de Down e com deficiência intelectual, situação que não se verifica atualmente.

Os dados para a investigação foram recolhidos em momentos diferentes, tendo sido realizada a primeira coleta durante o Campeonato do Mundo de Natação para síndrome de Down, em Taiwan, na China, em 2012.

Os participantes foram avaliados em contexto de vida diária, de competição e laboratorial (na piscina da FADEUP), em escolas e instituições, e durante atividades desportivas.

Neste projeto, parcialmente financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), participaram 18 investigadores da FADEUP, do Laboratório de Biomecância do Porto (Labiomep), do Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto da Universidade do Porto (CIFI2D) e do Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer da Universidade do Porto (CIAFEL).

A par destas instituições, estiveram ainda envolvidos na investigação profissionais da Faculdade de Cinesiologia e Ciências da Reabilitação, da Universidade de Leuven (Bélgica), e da Faculdade de Ciências do Desporto, da Universidade de Rouen (França).

Observatório Nacional da Diabetes
Apenas 13,4% das pessoas com diabetes registadas nos cuidados de saúde primários foram sujeitos ao rastreio de retinopatia...

José Manuel Boavida falava durante a apresentação do relatório “Diabetes: Factos e Números” do Observatório Nacional da Diabetes, o qual revela um crescimento acentuado do número de novos casos diagnosticados em Portugal em 2015.

No final da cerimónia de apresentação, o presidente do Observatório da Diabetes lamentou que apenas 13,4% das pessoas com a doença tenham sido sujeitos ao rastreio de retinopatia diabética, da responsabilidade das Administrações Regionais da Saúde (ARS).

Em declarações aos jornalistas, o especialista disse que, na origem desta baixa percentagem, estão “motivos de organização”.

“O rastreio da retinopatia diabética tem tido dificuldades de implementação em algumas zonas do terreno, outras avançaram muitíssimo bem, mas está essencialmente dependente da agilização das ARS”, adiantou.

José Manuel Boavida reconhece que o Governo tem consciência da importância deste rastreio, tanto que “fez um despacho em maio do ano passado, exigindo respostas até final de 2016”.

“Penso que os números de 2016 não serão muito diferentes dos de 2015”, disse.

O rastreio “é uma forma mais barata e mais eficaz de prevenir a cegueira que é absolutamente fundamental”, afirmou, acrescentando que o risco da falta destes rastreios é “o aumento da cegueira e do custo com tratamentos da diabetes”.

“Os tratamentos dos olhos da retinopatia diabética são cada vez mais caros, com injeções que se fazem dentro do olho e que são caríssimas. Todos esses custos deveriam ser poupados através de um rastreio sistemático”, defendeu.

José Manuel Boavida recordou que “faz parte das orientações da Direção Geral da Saúde (DGS) e das orientações de todo o mundo que as pessoas com diabetes tenham anualmente uma observação do fundo do seu olho e isto faz-se através de uma simples fotografia que demora menos de 30 segundos”.

Açores
O ministro da Saúde pediu a intervenção da Inspeção-geral da Saúde para apurar responsabilidades no caso da divulgação de dados...

"É totalmente inaceitável", declarou Adalberto Campos Fernandes quando questionado hoje pelo PSD na comissão parlamentar de Saúde.

A revista Exame Informática noticiou que dados de quase todos os habitantes dos Açores estiveram expostos no 'site' da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.

"O ficheiro tinha o nome 'Exportação Utentes SRSA para Reembolsos'. Quem o descobria na Internet tinha uma surpresa: numa grelha Excel estão os dados discriminados de mais de 230 mil habitantes dos Açores", incluindo "nomes completos, número fiscal e de utente dos serviços de saúde regionais, moradas, datas de nascimento e números de telefone e/ou telemóveis", indicou a revista.

No seguimento desta notícia, os deputados do PSD eleitos pelo círculo dos Açores na Assembleia da República exigiram explicações ao ministro da Saúde sobre esta “divulgação ilegal”.

Adalberto Campos Fernandes disse hoje, na comissão parlamentar da Saúde, que foi pedida a intervenção da Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) e, se necessária, a do Ministério Público "para se apurar responsabilidades" no caso.

O ministro adiantou que se tratou de um episódio que ocorreu em 2014 e que "esteve oculto" até agora.

Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Estrasburgo, novas regras que reforçam os controlos oficiais ao longo da cadeia...

A nova legislação europeia quer também restaurar a confiança dos consumidores, na sequência de escândalos como o dos alimentos que continham carne de cavalo e eram vendidos como sendo de vaca.

O novo regulamento é aplicável às atividades de controlo relativas aos géneros alimentícios e aos alimentos para animais, bem como nos domínios veterinário e fitossanitário, da produção biológica e das indicações geográficas protegidas.

A nova legislação prevê controlos oficiais sem aviso prévio e baseados no risco nos vários setores, requerendo uma melhor aplicação das regras contra práticas fraudulentas ou enganosas ao longo da cadeia agroalimentar.

Além disso, impõe requisitos para a importação de animais e mercadorias e estabelece regras para a realização de controlos pela Comissão Europeia nos Estados-membros e nos países terceiros.

Os controlos oficiais são um elemento essencial para garantir um nível elevado de proteção da saúde, assegurando ainda a aplicação correta da complexa legislação ao longo de toda a cadeia agroalimentar e promovendo a confiança junto dos consumidores.

Estudo
“O tratamento com progesterona vaginal reduz o risco de parto prematuro, complicações neonatais e morte neonatal em mulheres...

“Os partos prematuros são os que ocorrem antes da semana 37, aumentando o risco de morte infantil e sequelas com incapacidade a longo prazo. As gravidezes gemelares têm, além do mais, 5 ou 6 vezes mais risco de parto prematuro. Antes do parto e na fase final da gravidez, o colo do útero, parte mais baixa do útero, torna-se mais fino e encurta-se. Em algumas mulheres o encurtamento do colo do útero ocorre prematuramente, por volta do quarto ou quinto mês de gravidez, facto que aumenta o risco de parto prematuro. Estudos prévios demonstraram que a hormona natural progesterona, também chamada “hormona da gravidez”, administrada por via vaginal, em forma de óvulos ou gel, reduz o risco de parto prematuro em mulheres com gravidez única e colo uterino curto. Porém, “o efeito deste tratamento em gravidezes gemelares era controverso”, segundo o Dr. Vicente Serra e o Dr. Alfredo Perales, Chefe da Unidade de Medicina Materno-Fetal do IVI Valencia e Chefe do Serviço de Obstetrícia do Hospital da Fé de Valencia, respetivamente.

Segundo os investigadores “os achados aportam evidência sólida de que o tratamento com progesterona vaginal em mulheres com gravidez gemelar e colo do útero curto reduz a frequência de partos prematuros e complicações neonatais, tais como problemas respiratórios e mortes neonatais.     

Ambos destacam que os estudos colaborativos internacionais representam a única forma de dispor de suficiente quantidade de dados para poder responder a questões clínicas num relativo curto prazo de tempo.

O presente estudo inclui os resultados de 6 estudos, nos quais participaram 303 mulheres grávidas de gémeos e com um comprimento do colo uterino de 25 mm, ou menos, no segundo trimestre. Destas, 159 receberam progesterona vaginal e 144 receberam placebo ou nenhum tratamento. O risco de ter um parto antes da semana 33 reduziu-se a um 31% nas mulheres que receberam progesterona vaginal (31% no grupo em que recebeu progesterona vaginal frente a um 43% que não receberam o dito tratamento). A progesterona vaginal também reduz o risco de parto prematuro antes da semana 32 e 34 de gravidez. Todos os resultados foram estatisticamente significativos.

As crianças nascidas de mulheres que receberam progesterona vaginal tiveram uma redução de 30% na taxa de problemas respiratórios, nas complicações mais frequentes dos prematuros (dos 47% no grupo de placebo/não tratamento reduziu-se  a um 33% no grupo da progesterona); uma redução de 46% na taxa de ventilação mecânica assistida (dos 27% no grupo de placebo/não tratamento reduziu-se a 16% no grupo da progesterona);e um 47% de redução de risco de morte neonatal (dos 22% do grupo placebo/não tratamento reduziu-se a 11% no grupo da progesterona.

O estudo foi publicado na revista cientifica Ultrasound in Obstetrics and Gynecology.

R. ROMERO, A. CONDE-AGUDELO, W. EL-REFAIE, L. RODE, M. L. BRIZOT, E. CETINGOZ, V. SERRA, E. DA FONSECA, M. S. ABDELHAFEZ, A. TABOR, A. PERALES, S. S. HASSAN and K. H. NICOLAIDES. Vaginal progesterone decreases preterm birth and neonatal morbidity and mortality in women with a twin gestation and a short cervix: an updated meta-analysis of individual patient data. Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. DOI: 10.1002/uog.17397.

RESOLVE
O Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto anunciou hoje que decorre, até dia 27, a segunda chamada para...

O programa está aberto a toda a região Norte, mas também a todo o país, se o projeto for executado no Norte. Durante dois anos, o RESOLVE irá financiar um mínimo de dez projetos até 75 mil euros cada.

Seguindo o Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto (i3S), na primeira chamada o programa recebeu 26 candidaturas e há já sete equipas a receber apoio. Das candidaturas selecionadas incluem-se tecnologias para amputados, revestimento de cateteres para evitar infeção hospitalar, deteção de células tumorais em circulação ou implantes ósseos.

O principal objetivo do RESOLVE é criar “as condições necessárias para que tecnologias inovadoras consigam dar rapidamente o salto para uma fase que desperte o interesse de investidores e assim ganharem autonomia”, refere o i3s.

Em comunicado, João Cortez, um dos membros da equipa do programa, esclarece que o RESOLVE representa uma “oportunidade única para financiamento de provas de conceito, complementando outros programas de aceleração que existem no País”.

Segundo Margarida Rossi, outro dos membros da equipa do programa, “a maioria das tecnologias com potencial comercial não saem da gaveta, pois os autores não conseguem atravessar aquilo que, na gíria, chamamos o vale da morte”.

De facto, salienta Margarida Rossi, há uma etapa crucial ao desenvolvimento tecnológico que conta com poucos apoios.

Essa etapa consiste, normalmente, em terminar o protótipo e provar que o conceito que o sustenta pode ter interesse de mercado.

“A maioria dos financiamentos disponíveis servem a fase inicial, ainda de investigação pura, ou apenas muito mais à frente no ciclo, quando a tecnologia está pronta para tentar entrar no mercado. A descoberto fica esta fase de desenvolvimento intermédia, o denominado vale da morte” acrescenta.

João Cortez explica que existem já alguns prémios de inovação que, não sendo dirigidos exclusivamente a esta fase de desenvolvimento de tecnologias, podem apoiar projetos nestas condições.

O RESOLVE, no entanto, “vai muito além do financiamento, ao acompanhar com mentoria especializada cada um dos projetos financiados e disponibilizando um conjunto de recursos e ferramentas essenciais para que o processo de valorização corra bem”, sustenta.

De acordo com João Cortez, “os novos empreendedores que têm algo promissor em mãos, muitas vezes conhecem mal as etapas que devem seguir, os pontos críticos que devem validar para provarem que o protótipo é apetecível aos mercados, ou que caminhos deverão seguir em situações muito concretas”.

O RESOLVE, que a equipa denomina de programa de ignição de tecnologias, existe precisamente para “criar todas as condições, quer financeiras (até 75.000 euros por projeto), quer de acompanhamento e orientação, quer através da disponibilização de um conjunto de ferramentas essenciais para ultrapassar essa fase”, salienta João Cortez.

O concurso aos apoios pelo programa encontra-se aberto até às 18:00 do dia 27 de março.

Observatório Nacional da Diabetes
O número de consultas de diabetes nos centros de saúde diminuiu 12% entre 2014 e 2015, mas aumentaram os doentes sujeitos a...

Segundo o relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes, em 2015 houve pouco mais de 2,1 milhões de consultas de diabetes nos cuidados primários de saúde, quando no ano anterior tinha havido 2,39 milhões. Isto representou uma diminuição de 12%.

Contudo, em 2015, o número de pessoas com diabetes sujeitas a rastreio da retinopatia diabética aumentou 19% face a 2014, continuando a aumentar também a avaliação dos pés das pessoas com diabetes e a diminuir as amputações, as quais registaram os valores mais baixos da década.

Quanto à retinopatia, o número de pessoas com diabetes abrangidas pelos programas de rastreio tem vindo a aumentar desde 2009, tendo crescido 283% até 2015.

Em 2009 havia 29,5 mil utentes com rastreios realizados à retinopatia e em 2015 foram mais de 113 mil.

A retinopatia faz parte das principais complicações crónicas da diabetes, tal como a neuropatia e a amputação.

No que se refere ao número de amputações de membros por causa diabetes houve um decréscimo de quase 30% face a 2006.

No mesmo ano, o número de utentes saídos (internamentos hospitalares) por “pé diabético”, outra das complicações da diabetes, registou um decréscimo de 220 episódios comparativamente com o ano anterior (141).

“As amputações de membros inferiores continuaram a registar um decréscimo, atingindo o valor mais baixo da década (1.250), o que representou um decréscimo na ordem dos 28% relativamente a 2006. Esta descida verifica-se sobretudo no que se refere às amputações major que baixaram para 545 (um decréscimo de 41% relativamente a 2006)”, refere o documento do Observatório.

Glaucoma
O glaucoma é a primeira causa de cegueira não reversível a nível mundial, afetando cerca de 80 milhõ

Com uma incidência de 1 a 2% em toda a população mundial, o glaucoma é considerado como a principal causa de cegueira não reversível em todo o mundo. Em Portugal afeta cerca de 150 mil pessoas e estima-se que em cada 3 doentes apenas 2 estejam diagnosticados.

“O glaucoma é uma neuropatia ótica degenerativa, ou seja, uma doença degenerativa do nervo ótico, que leva a alterações progressivas e irreversíveis do campo visual”, começa por explicar António Figueiredo, coordenador do Grupo Português de Glaucoma da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

A hipertensão ocular é tida como a principal causa, havendo, no entanto, outros fatores de risco. “Tensão ocular elevada, não detetada e não controlada, vai conduzir com o tempo ao aparecimento da doença”, refere o especialista apontando ainda a idade e a existência de familiares diretos com glaucoma como fatores que podem condicionar o desenvolvimento da doença.

“A probabilidade de ter a doença aumenta com a idade, começando a ter incidência significativa a partir dos 45-50 anos. Mas pode aparecer em qualquer altura”, acrescenta o médico oftalmologista, tendo em conta os glaucomas não são todos iguais.

Existem dois grandes tipos de glaucoma, o mais frequente chamado de ângulo aberto e o outro, menos comum chamado de ângulo estreito, ambos relacionados com o espaço “livre” existente na parte interior do olho, entre a íris e a córnea. “Os ângulos estreitos podem impedir a circulação do líquido intra-ocular (o humor aquoso) e causar um tipo particular de glaucoma, o glaucoma agudo, de início abrupto, muito doloroso e grave se não houver tratamento rápido e adequado”, explica António Figueiredo. 

Embora menos frequente, sabe-se que este tipo de glaucoma ocorre em 25% dos casos, sendo responsável por cerca de metade dos casos de cegueira.

É assim, por comparação com o glaucoma de ângulo aberto, mais grave causando maior  morbilidade.

Também menos frequentes, ou até mesmo raros, são os casos de glaucoma congénito “que pode manifestar-se logo no recém-nascido” e de glaucoma juvenil.

Por outro lado, a doença pode ocorrer como complicação de outras doenças oculares, dando origem a glaucomas secundários.

“À exceção do glaucoma agudo, hoje relativamente raro, as formas mais frequentes de glaucoma são completamente assintomáticas na fase inicial”, alerta o coordenador do Grupo Português de Glaucoma da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

Nas formas mais avançadas, tal como explica o especialista, “começam a aparecer perturbações várias na visão, que correspondem à perda de campo visual”.

“Por último, a evolução natural da doença pode levar a grande restrição visual ou mesmo à cegueira”, refere quanto à sua sintomatologia.

Tendo em conta tratar-se de uma doença progressiva e irreversível, é fundamental o diagnóstico precoce para evitar o agravamento dos sintomas. “A oftalmologia possui métodos clínicos e exames complementares sofisticados que permitem detetar a doença muito antes de ela dar sintomas, prevenindo com tratamento adequado a sua progressão”, revela o clínico.

Tratamento não cura mas evita progressão da doença

O primeiro passo para o diagnóstico é a medição da tensão ocular. “Valores adequados ou suspeitos, conjugados com outros dados de observação, levam a que sejam realizados exames auxiliares de diagnóstico: gonioscopia, paquimetria, estudo dos campos visuais assistido por computador (PEC) ou exames tomográficos específicos (OCT)”, descreve António Figueiredo explicando que o exame clínico é fundamental uma vez que, em alguns glaucomas, a tensão ocular pode ser aparentemente normal.

“Não existe, infelizmente, nenhuma cura para o glaucoma, no sentido de erradicar a doença ou devolver a visão perdida”, afirma.

Deste modo, o objetivo da terapêutica é evitar a progressão da doença. “No caso do glaucoma agudo, a deteção precoce do chamado ângulo estreito permite prevenção muito eficaz por laser – por isso ele é hoje bastante mais raro entre nós”, explica o oftalmologista.

O tratamento pode consistir na utilização de medicação específica (as mais utilizadas são as gotas oftálmicas), no recurso a tramentos de laser ou cirurgia.

No entanto, nem sempre é necessário o tratamento cirúrgico. “Em geral é usado em 3 situações: quando os medicamentos falham no controlo da tensão ocular, quando os doentes não toleram a medicação (por alergia ou contra-indicações, por exemplo) ou quando não cumprem o tratamento e a doença continua a avançar, o que não é tão raro como possa parecer”, explica o especialista advertindo, no entanto,  que também a cirurgia não oferece uma cura efetiva.

“Recordo que, ao contrário do que por vezes se pensa ou é sugerido, a cirurgia não cura o glaucoma. Ela faz o mesmo que os outros tratamentos: baixa a tensão ocular, que é a forma comprovadamente mais eficaz de controlar a doença”, justifica.

De acordo com o especialista, a cirurgia comporta alguns riscos uma vez que se trata de uma técnica invasiva e mais agressiva. “No entanto, as modernas técnicas microcirúrgicas, com recurso a microimplantes, são muito mais seguras e certamente o seu uso tenderá a aumentar”, assegura.

António Figueiredo termina deixando um conselho: "se tem mais de 45 anos e nem sabe a sua tensão ocular, se tem familiares com glaucoma, proteja a sua visão”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Observatório Nacional da Diabetes
Os custos com medicamentos para a diabetes mais do que triplicaram em dez anos, sendo que o aumento dos encargos tem sido bem...

O documento, que é hoje apresentado, aponta para um aumento dos custos de 269% num período de dez anos, sendo que o também existe um crescimento significativo do consumo de medicamentos para a diabetes - tal como acontece em toda a Europa -, mas inferior à subida dos custos.

Entre 2006 e 2015, os encargos do Serviço Nacional de Saúde e dos utentes com vendas em ambulatório de insulinas e antidiabéticos não insulínicos aumentaram 269%.

“O crescimento dos custos dos medicamentos da diabetes tem assumido uma especial preponderância e relevância (mais 269%) face ao crescimento efetivo do consumo, quantificado em número de embalagens vendidas (mais 66%)”, refere o relatório do Observatório Nacional da Diabetes.

O aumento dos custos e das vendas explicam-se porque, além do aumento da prevalência da doença, subiu o número e a proporção de pessoas tratadas, bem como as dosagens médias utilizadas nos tratamentos.

Em 2015, 6,7% da população portuguesa recebiam tratamento de antidiabéticos não insulínicos (ADNI) e insulinas.

Os utentes do SNS têm encargos diretos de 22 milhões de euros com o consumo de ADNI e de insulinas, o que representa 8,4% dos custos do mercado de ambulatório com estes medicamentos no último ano.

Por seu lado, e ao contrário do registado na última década, “em 2015, os genéricos de medicamentos para a diabetes perderam relevância em termos do volume de vendas, medido em número de embalagens”.

Em termos de valor, o mercado de genéricos de medicamentos para a diabetes mantém um papel relativamente residual na despesa com medicamentos. As vendas de tiras-teste de glicemia (sangue), em número de embalagens, têm registado um crescimento muito significativo ao longo da última década: mais 70% entre 2006 e 2015.

“O mercado de ambulatório do SNS em 2015 representava um valor global de vendas de 52,6 milhões de euros, o que corresponde a uma despesa para o SNS de 44,7 milhões de euros”, um valor que representa um aumento de 3,4% do valor do mercado de tiras-teste e um crescimento de 3,8% dos encargos do SNS com estes produtos comparativamente ao anterior.

Observatório Nacional da Diabetes
A diabetes matou 12 pessoas por dia em 2015, estando presente em mais de um quarto dos óbitos nos hospitais públicos em...

O documento alerta para “um crescimento acentuado do número de novos casos diagnosticados em Portugal em 2015”, com 168 novos casos a serem identificados todos os dias.

De acordo com o Observatório (estrutura integrada na Sociedade Portuguesa de Diabetologia – SPD), a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) foi, em 2015, de 13,3%. Isto significa que mais de um milhão de portugueses neste grupo etário tem a doença.

“O impacto do envelhecimento da estrutura etária da população portuguesa (20-79 anos) refletiu-se num aumento de 1,6 pontos percentuais da taxa de prevalência da diabetes entre 2009 e 2015”, lê-se no documento.

Em termos de composição da taxa de prevalência da diabetes, o relatório indica que “em 56% dos indivíduos esta já havia sido diagnosticada”.

Os autores identificaram “uma diferença estatisticamente significativa na prevalência da diabetes entre os homens (15,9%) e as mulheres (10,9%)”, verificando igualmente “a existência de um forte aumento da prevalência da diabetes com a idade”: mais de um quarto das pessoas entre os 60-79 anos tem a doença.

“A prevalência da diabetes gestacional em Portugal continental em 2015 foi de 7,2% da população parturiente que utilizou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante esse ano, registando um acréscimo significativo do número absoluto de casos, comparativamente ao ano transato”, lê-se no relatório.

Por seu lado, “a diabetes tipo 1 nas crianças e nos jovens em Portugal, em 2015, atingia 3.327 indivíduos com idades entre 0-19 anos, o que corresponde a 0,16% da população portuguesa neste escalão etário, número que se tem mantido estável nos últimos anos”.

Em 2015 foram detetados 13,3 novos casos de diabetes tipo 1 por cada 100 mil jovens com idades compreendidas entre os zero e os 14 anos, valores inferiores aos registados nos últimos anos.

Continuaram a aumentar os internamentos em que a diabetes surge associada a outras doenças, enquanto a população com diabetes seguida nas unidades de cuidados primários do SNS continuou a aumentar, atingindo os 6,8% da população nelas inscrita (6,4% em 2014).

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