Em cinco anos
A Organização Mundial da Saúde quer reduzir o número de complicações por erros de medicação a metade nos próximos cinco anos,...

Um comunicado lançado na quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que os erros com medicamentos causam pelo menos uma morte por dia e afetam 1,3 milhões de pessoas por ano só nos Estados Unidos.

Globalmente, os custos com erros de medicação estimam-se em 42 mil milhões de dólares anuais (cerca de 39 mil milhões de euros).

A OMS lembra que erros de medicação podem ser causados por cansaço extremo dos trabalhadores de saúde, falta de formação e informação errada dada aos doentes, entre outros motivos. Qualquer destas causas, ou a sua combinação, pode resultar em dano grave, invalidez ou mesmo morte.

Krokodil
Investigadores do Porto iniciaram um estudo para provar que ao remover as impurezas presentes na droga 'krokodil',...

Ao purificar a droga 'krokodil', uma substância "corrosiva, cáustica e muito aditiva", esta pode atuar no tratamento da dor de múltipla natureza, como é o caso do enfarte agudo do miocárdio, doentes com cancro em fase terminal, situações de queimadura ou pós-operatório, explicou à Lusa o investigador da Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário (CESPU), Ricardo Dinis-Oliveira.

Os efeitos nefastos da 'krokodil' são considerados "mais fortes e rápidos" do que os associados à heroína, levando ao aparecimento de úlceras, necroses (degeneração de um tecido pela morte das suas células), flebites (inflamações nas paredes das veias), gangrena, alterações na pressão sanguínea e na funções cardíaca, renal e hepática, lesões neurológicas (como alucinações, perda das capacidades cognitivas e da memória) e amputação dos membros dos utilizadores.

Segundo indica o toxicologista, a ideia de estudar os possíveis efeitos benéficos desta substância surgiu a partir de uma primeira linha de investigação, resultante de uma parceira entre a CESPU e as faculdades de Farmácia e de Medicina da Universidade do Porto.

Esse primeiro estudo visava compreender melhor a droga, "que se está a alastrar pela Europa" e é a " mistura estupefaciente mais tóxica de que se tem conhecimento", resultando na criação de métodos para a deteção da substância no sangue, na urina e nos órgãos dos utilizadores.

Após explorarem em detalhe a composição química do 'krokodil', os investigadores depararam com várias substâncias que, pelo facto de serem semelhantes à morfina, "podem ser também excelentes ferramentas terapêuticas para a dor, sobretudo quando os tratamentos clássicos deixam de ter eficácia", explicou o também presidente da Associação Portuguesa de Ciências Forenses.

Durante a análise da composição dessa substância, a equipa percebeu assim que, se remover as suas impurezas, podem produzir um produto "muito mais puro" e com "um enorme poder analgésico".

"O que é também interessante é que vários dos compostos semelhantes à morfina detetados na droga são, até à data, totalmente desconhecidos, embora detenham uma grande potencialidade terapêutica", indicou.

Segundo Ricardo Dinis-Oliveira, esta descoberta pode revolucionar o conhecimento que se tem do tratamento da dor, aumentando as alternativas dos médicos para controlar esse sintoma.

"Os toxicodependentes - e simultaneamente os produtores do 'krokodil' - poderão ter criado, mesmo que de forma totalmente casual, um arsenal terapêutico da dor, até à data verdadeiramente incomparável", afirmou.

De acordo com o investigador, já foi iniciado um segundo projeto, "exclusivamente focado no estudo daquela que se pode chamar a parte boa do 'krokodil'".

A etapa seguinte passa pela "purificação da droga", de forma para remover as impurezas, e ao estudo, em modelos celulares e em animais, para descobrir quais das dezenas de compostos podem ter maior benefício terapêutico, acrescentou.

A provar-se esta teoria, Ricardo Dinis-Oliveira prevê que o desenvolvimento de fármacos com este produto purificado (em formato de comprimidos, medicamentos injetáveis, xaropes ou pensos transdérmicos) demore, aproximadamente, uma década.

Para além dos investigadores portugueses, a equipa que vai dar seguimento ao projeto é composta por cientistas da Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro (Brasil), da República Checa, da Geórgia e da Holanda.

A "krokodil", os métodos desenvolvidos para a sua deteção e este novo estudo são exemplos de temas estão em debate, hoje e sexta-feira, nas Jornadas Científicas da CESPU e no II Congresso da Associação Portuguesa de Ciências Forenses, que decorrem na Alfândega do Porto.

Médico
O fenómeno dos refugiados do Mediterrâneo é “o novo Holocausto” europeu, considera Pietro Bartolo, médico na ilha de Lampedusa...

Natural de Lampedusa, onde serviu como médico durante 26 anos, Bartolo prestou os primeiros cuidados médicos - e muitas vezes os últimos, limitando-se a certificar a morte - a muitos milhares de refugiados que chegaram à ilha italiana que serve de porta de entrada para a Europa.

De acordo com os dados mais recentes da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 481 migrantes ou refugiados morreram ou desapareceram ao tentar fazer a rota do Mediterrâneo Central (entre a Líbia e a Itália) este ano, um número mais de três vezes superior aos 159 do mesmo período do ano passado.

Já foram resgatados mais de 20 mil migrantes nesta rota desde o início do ano.

"As medidas que a Europa tomou para evitar as mortes destas pessoas no Mediterrâneo, evidentemente, não foram suficientes. Na verdade, até ações louváveis - como a Mare Nostrum, a Triton ou a Frontex - tornaram-se numa vantagem para os traficantes de homens, que em vez de comprar barcos duráveis, como faziam antes, começaram a usar barcos de borracha baratos que se afundam facilmente, aumentando assim os naufrágios e as mortes", disse à agência Lusa Pietro Bartolo.

O médico - que narra no seu livro as histórias cruéis contadas pelos muitos refugiados que tratou - considera que os líderes europeus "devem tomar medidas imediatas" para travar este fenómeno, até como forma "evitarem ser acusados, no futuro próximo, de ser responsáveis por este novo Holocausto".

Apesar de o fenómeno das mortes de refugiados no Mediterrâneo entrar pelas casas dos europeus adentro, ciclicamente, nos noticiários das televisão e através dos jornais e da Internet, os autores consideram que o formato do livro ajuda a contar a história com um maior fôlego.

A jornalista Lidia Tillota sublinha que os autores decidiram "contar as [várias] histórias para contar 'a história'" global", escolhendo "testemunhos concretos". "Escolhemos não embelezar nada", disse Tillota, acrescentando que se trata de uma narrativa "que não traz qualquer honra à Europa".

Pietro Bartolo e Lidia Tillota consideram que "Lágrimas de Sal" é um livro "pensado e escrito para contar a verdade sobre o que acontece com aqueles que são forçados a deixar o seu país para escapar à guerra e à fome". E ambos têm a esperança de que este possa "servir para agitar a consciência daqueles que ainda hoje, apesar de terem o poder de intervir, não o fazem".

"O nosso objetivo é 'infetar' tantas pessoas quantas for possível com os 'vírus' do acolhimento e da solidariedade. Gostamos de dizer que este é um livro 'político' e, de facto, é isso que ele é", afirmam os autores.

O livro "Lágrimas de Sal" é apresentado hoje às 19:00 em Lisboa, no espaço Nimas, com a presença dos dois autores e de Rita Sacramento Monteiro, da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR).

Comissário europeu da Saúde
A União Europeia está a avaliar endurecer as exigências para a importação de carne brasileira depois do escândalo que atingiu...

“A decisão de introduzir medidas mais rigorosas pela União Europeia está em estudo”, afirmou, em conferência de imprensa em Brasília, o comissário europeu para a Saúde e Segurança Alimentar.

Vytenis Andriukaitis afirmou que a União Europeia precisa de “montar uma rede de resposta imediata para o caso de haver uma nova crise” através de um “sistema de controlo oficial e independente”.

A União Europeia impôs restrições à importação de carne brasileira a 21 março, quando um grande escândalo envolvendo empresas brasileiras veio a público após a polícia brasileira ter realizado uma operação contra empresas que supostamente subornavam funcionários públicos para vender carne ilegal e até mesmo produtos estragados.

Pelo menos 30 pessoas foram detidas, quando a polícia brasileira acabou por invadir mais de uma dúzia de unidades de processamento de carne.

O comissário europeu também recomendou aos parceiros comerciais que “introduzam as mesmas regras e requisitos” que regem o bloco europeu, porque assim vai haver mais avanços.

A carne brasileira é exportada para mais de 150 países, com mercados principais como Arábia Saudita, China, Singapura, Japão, Rússia, Holanda e Itália.

As vendas de carne de aves em 2016 atingiram 5,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros) e de carne bovina 4,3 mil milhões de dólares (quatro mil milhões de euros), segundo dados do Governo brasileiro.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
O programa Tele Via Verde AVC, coordenado pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e que agrega mais sete unidades da...

A rede "está a funcionar em pleno, traduzindo-se em grandes benefícios na assistência ao doente, tendo já alcançado resultados muito positivos que o colocam como referência a nível europeu", refere a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), após uma reunião realizada na terça-feira para avaliar os dois anos de atividade do programa.

Com uma média de "três a quatro" teleconsultas diárias, o Tele Via Verde do AVC garante uma resposta tecnicamente equitativa aos doentes que sofrem um acidente vascular cerebral.

O programa inclui, além do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o hospital distrital da Figueira da Foz, Centro Hospitalar de Leiria, Centro Hospitalar Baixo Vouga, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Unidade Local de Saúde da Guarda, Centro Hospitalar da Cova da Beira e Unidade Local de Saúde de Castelo Branco.

O CHUC é o ponto central, onde, diariamente, durante as 24 horas, uma equipa de especialistas acompanha em tempo real, através de telemedicina, os doentes com AVC que dão entrada naquelas unidades e prescrevem a melhor terapêutica, consoante a situação clínica.

A rede permite que apenas os doentes mais graves sejam transferidos para Coimbra, já depois de estabilizados e com terapêutica iniciada.

O projeto estende-se ainda ao Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais (Tocha, Cantanhede), permitindo o acesso a fisioterapia a doentes, que reúnam os critérios clínicos para beneficiarem de um programa de reabilitação em internamento.

Segundo o comunicado da ARSC, na reunião de terça-feira, que juntou todas as unidades hospitalares que integram o programa e o INEM, foram debatidas novas formas de referenciação do doente, incluindo o seu retorno ao hospital de origem.

"O transporte acompanhado do doente à unidade hospitalar que o referenciou depois de assistido numa unidade de AVC mais diferenciada é um dos objetivos a prosseguir no âmbito do programa", refere a nota.

4th International Porto Congress of Multiple Sclerosis
“Cerebral autoregulation in multiple sclerosis” e “S100B a new inflammatory target in multiple sclerosis” foram considerados o...

O prémio de melhor poster foi atribuído a Daniel Oliveira, aluno da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. O prémio de melhor comunicação oral foi entregue a Adelaide Fernandes, do Instituto de Investigação do Medicamento, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Segundo a Prof.ª Maria José, “O nosso objetivo ao criar estes prémios é fomentar uma participação mais ativa no Congresso e promover uma partilha de conhecimento. Todos os participantes devem ser felicitados pelo seu empenho.” 

Dirigidos a todos os participantes do Congresso, os prémios para melhor poster e melhor comunicação oral tinham por objetivo distinguir trabalhos originais de investigação ou de descrição de casos clínicos na área da esclerose múltipla. 

Até 30 de abril
Em março comemora-se o Mês de Consciencialização do Mieloma Múltiplo e, neste âmbito, a Associação Portuguesa Contra a Leucemia...

Dirigida a investigadores nacionais ou estrangeiros a desenvolver projetos em instituições portuguesas, a Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo representa mais um importante passo no desenvolvimento do conhecimento sobre esta doença hemato-oncológica rara, para a qual existe ainda necessidade de disponibilizar tratamentos mais efetivos que aumentem a sobrevivência e qualidade de vida dos doentes. Em Portugal, estima-se que a cada ano surjam 513 novos casos de Mieloma Múltiplo, segundo dados publicados pelo Globocan, relativos ao ano 20121.

O Prof. Doutor Manuel Abecassis, Presidente da APCL defende que “Estes incentivos são de extrema importância para o desenvolvimento da investigação nacional, colmatar a falta de dados e consequentemente potenciar o desenvolvimento de novas estratégias para o diagnóstico, o tratamento, a avaliação ou o acompanhamento destes doentes.”

Segundo o Prof. Doutor José Eduardo Guimarães, Presidente da SPH, “É uma grande satisfação para a SPH participar neste projeto. É nosso objetivo apoiar iniciativas de carater técnico-científico na área hemato-oncológica, nomeadamente através de bolsas de investigação científica.”

Segundo o Prof. Doutor José Eduardo Guimarães, Presidente da SPH, “É uma grande satisfação para a SPH participar neste projeto. É nosso objetivo apoiar iniciativas de carater técnico-científico na área hemato-oncológica, nomeadamente através de bolsas de investigação científica.”

1Globocan 2012 Estimated Cancer Incidence, Mortality and Prevalence Wordwide in 2012 http://globocan.iarc.fr/old/summary_table_site-html.asp?selection=17270&title=Multiple+myeloma&sex=0&type=0&window=1&europe=4&sort=0&submit=%C2%A0Execute%C2%A0

Para consultar o regulamento da Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo, aceda a: www.apcl.pt www.sph.org.pt; www.amgen.pt

Escola Superior de Tecnologia da Saúde
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde, do Instituto Politécnico de Lisboa, acolhe entre os dias 30 de março e 1 de abril de...

Cursos, painéis, conferências, sessões científicas, comunicações orais e exposições vão reunir mais de 250 participantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Uma reunião que tem como principal objetivo promover o intercâmbio e o desenvolvimento da cooperação internacional no âmbito do ensino, da investigação, do desenvolvimento e da inovação em ciências da saúde no mundo lusófono.

A Rede Académica das Ciências da Saúde (RACS) é uma rede internacional no espaço lusófono criada em setembro de 2016, que tem como missão promover a formação e cooperação científica na área das ciências da saúde entre Instituições do Ensino Superior e Centros de Investigação de países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa1. A direção da Rede Académica das Ciências da Saúde é constituída pelas três Escolas Superiores de Tecnologias nacionais – Lisboa, Coimbra e Porto.

A Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTeSL) disponibilizou-se para acolher a assembleia constituinte desta rede, que se realizou a um de setembro de 2016, e alojar provisoriamente a sede da mesma nas suas instalações. Dado o seu histórico de cooperação internacional com todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e a sua localização, a ESTeSL recebe a primeira Reunião Internacional da RACS.

O programa completo da reunião está disponível em: http://racscplp.org/event/rracs-2017

Conferência Portugal Saudável
A Conferência Portugal Saudável, realizada ontem, dia 28 de março, na Fundação Champalimaud, concluiu que a saúde começa na...

O evento deixou bem evidente que a alimentação saudável é um hábito que tem de ser cultivado em casa e desde tenra idade, apesar de nunca ser tarde para o fazer. Ficou também demonstrado que há ainda muito trabalho a fazer em termos de sensibilização e que esse esforço deve ser conjugado entre entidades públicas, privadas e organizações não governamentais.

A iniciativa foi promovida pela Missão Continente e contou com a participação de um painel alargado e diverso de interlocutores, que expuseram as suas posições sobre alimentação e sobre a melhor forma dos portugueses adotarem um estilo de vida saudável.

Na audiência estiveram perto de 200 pessoas, que participaram ativamente na discussão promovida pelos interlocutores em palco. Destacam-se o Diretor-Geral da Saúde, Francisco George, o Secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, Luís Medeiros Vieira, e ainda caras bem conhecidas do grande público, como Fátima Lopes, Adrien Silva e o Chef Hélio Loureiro.

A Conferência contou também com a participação de especialistas em saúde e nutrição, como a Dr.ª Minnie Freudenthal, médica especialista nas áreas da nutrição e neurociência, de investigadores como Helena Abreu, responsável de investigação e desenvolvimento da Algaplus, mas, também, das Vloggers Inês Ribeiro e Sea3po, que, representando as gerações mais jovens de portugueses, deram a conhecer as suas principais preocupações em termos de alimentação.

De acordo com José Fortunato, Presidente da Missão Continente “A Conferência Portugal Saudável cumpriu em pleno o objetivo de colocar em perspetiva um conjunto de ações, para promover uma alimentação e um estilo de vida saudável, que poderão ser implementadas por todos os agentes da sociedade civil. Começando nos particulares, passando pelas entidades públicas e ONG’s e acabando nas empresas, todos temos algo a fazer para contribuir para um Portugal mais saudável.”

Por sua vez, Francisco George, Diretor-Geral da Saúde, diz que “é importante que aconteçam iniciativas como esta, pelo interesse público, e que existam alianças entre o Governo e empresas do setor privado, como a SONAE MC, para contribuir nesta temática (da promoção da alimentação saudável) e para que possam dar o exemplo, de modo que sejam ações a serem replicadas.”

Alimentação saudável
Com a chegada da Primavera devemos adaptar e ajustar as nossas escolhas alimentares diárias, de form

Os alimentos próprios da estação em que as horas de luz aumentam, os dias ficam mais quentes e as flores florescem são muito variados e têm em comum o facto de serem extraordinariamente ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes.

Os morangos têm um forte papel antioxidante e anti-inflamatório, devido à sua riqueza em vitamina C. Também são uma boa fonte de folatos e fibra.
Por serem de fácil preparação e muito práticos podem ser um óptimo snack para levar na lancheira ou uma excelente opção para enriquecer o pequeno-almoço, adicionando uma mão cheia ao iogurte, por exemplo.

As nêsperas, características da paisagem mediterrânica, são uma das frutas mais ricas em carotenos (quanto mais alaranjada for a sua cor, maior a presença de carotenos). Esta fruta caracteriza-se também pela sua riqueza em fibras solúveis, nomeadamente a pectina. A pectina atrasa o tempo de esvaziamento gástrico e intestinal e contribui para a diminuição da absorção de colesterol.

As acelgas, conhecidas pelos seus calos coloridos (brancos, amarelos, laranjas e avermelhados) são uma excelente fonte de vitamina A, vitamina C, ácido fólico e cálcio. As folhas podem ser consumidas cruas ou cozidas, por exemplo em sopas ou para fazer esparregado.

As ervilhas e as favas são uma excelente fonte de proteína de origem vegetal, hidratos de carbono complexo e fibra. Na ervilha, encontramos vitaminas do grupo B, vitamina C, potássio, ferro e fósforo e na fava destaca-se a presença de ácido fólico, magnésio, ferro e fósforo.

As leguminosas são um alimento com uma óptima relação qualidade/preço, pois enriquecem as refeições, tanto do ponto de vista energético como pela presença de diferentes nutrientes, a baixo custo. Além disso, são muito versáteis de cozinhar, podem ser consumidas cozidas, guisada ou estufadas podem ser adicionadas a saladas frias ou para fazer sopa.

Sempre que possível, prefira as leguminosas secas em vez das leguminosas enlatadas muito ricas em sal e conservantes.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Na última década
O presidente do Health Cluster Portugal, Luís Portela, afirmou hoje, no Porto, que nos últimos nove anos, Portugal “mais do que...

“Exportamos mais do que 1.400 milhões de euros, mais do que a cortiça e bastante mais do que os vinhos, mas o país é conhecido pelos vinhos e pela cortiça, a nossa boa saúde ainda não é conhecida”, disse Luís Portela, considerando que este é “um dos grandes desafios dos próximos anos”.

Luís Portela encerra hoje funções como presidente do Health Cluster Portugal (HCP), sendo sucedido no cargo por Salvador de Mello, do grupo José de Mello Saúde, que terá como vice-presidentes António Rendas, reitor da Universidade Nova, e João Pedro Almeida Lopes, presidente da Apifarma.

Sobre o balanço dos últimos nove anos à frente do HCP, Luís Portela – presidente não executivo dos laboratórios Bial - disse que “70% das exportações foram medicamentos”, mas salientou também “os dispositivos médicos e matérias-primas na área químico-farmacêutica”.

“Temos hoje uma exportação bastante diversificada na área da saúde, mas estamos capazes de exportar cada vez mais serviços também, onde as coisas ainda estão um bocadinho incipientes”, sublinhou.

Do ponto de vista assistencial, os indicadores de saúde são “muito bons”, disse Luís Portela, apontando que “a nossa esperança média de vida é superior à média europeia” e que a mortalidade infantil é “das melhores da Europa e do mundo”.

Do ponto de vista da inovação, o ainda presidente do HCP afirmou que das 25 instituições que mais patenteiam a partir de Portugal, “dez são da área da saúde”.

O investimento nas áreas do turismo de saúde e da investigação clínica são, de acordo com Luís Portela, “desafios” que a nova direção terá de enfrentar.

A investigação clínica “caiu muito nos últimos 10/15 anos” sendo necessário que “os atores no terreno se dediquem, conquistem e envolvam as entidades que têm disponibilidades financeiras para a apoiar. É necessário uma aposta nacional na investigação clínica para que ela tenha em Portugal a dimensão que deve ter”, referiu.

“Temos boas instituições, temos excelentes profissionais, temos muito bons investigadores e é uma pena que a investigação clínica não tenha a dimensão apropriada, mas temos condições para a ter. Acho que é um desafio grande para os próximos anos”, frisou.

Uma outra área a explorar é a do turismo de saúde, que é “algo que está incipiente no nosso país”, disse.

“Temos de conquistar a confiança de quem nos visita, de quem vem a Portugal. Temos hoje um número de turistas muito grande no país, temos grande número de estrangeiros que opta por residir em Portugal, temos que desenvolver o turismo de saúde como ele deve ser desenvolvido e como ele merece, de uma forma profissional”, considerou o responsável.

Admitiu que “há outros países a concorrerem connosco”, mas salientou que Portugal “tem condições, nomeadamente climatéricas e de hotelaria, muito boas para ter um turismo de saúde de qualidade e o desenvolver bastante”.

Luís Portela falava à Lusa à margem da Conferência “Encontros com a Inovação” do HCP que se realizou no Instituto de Desenvolvimento e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto que reuniu 150 especialistas, de 13 países.

“Queremos que as instituições de saúde portuguesas se conheçam entre si, mas também queremos que os atores da saúde na Europa e no mundo conheçam os que se faz em Portugal para, a partir daí, surgirem novos projetos e novas oportunidades, quer de investimento, quer de desenvolvimento, quer de negócio”, acrescentou.

Faculdade de Medicina de Lisboa
Mais de 200 estudantes e professores da Faculdade de Medicina de Lisboa, convencidos de que “um médico que só de medicina sabe,...

Organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa (AEFML), o Sarau Cultural nasceu do “espírito irreverente e inquieto dos estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) de poderem prosseguir a sua atividade artística mesmo estando em Medicina”.

“Foi esta força de vontade que levou a que, ano após ano, os estudantes se reunissem para realizar pequenas atuações musicais que permitiam manter viva a veia artística aliada à medicina”, segundo uma nota da AEFML sobre o espetáculo.

Estes alunos acreditam que “a arte tem um papel essencial na construção de médicos mais capazes, mais motivados, mais humanos e mais unidos”.

“Acreditamos na arte como linguagem unificadora dos estudantes, como marca indelével do seu percurso académico, como memória que guardarão dos seus tempos de estudante, e como motor de construção pessoal e humana”, lê-se no comunicado.

Ao palco da Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, subirão perto de 200 artistas (entre os quais 130 músicos, 20 atores e 20 dançarinas).

Pedro Frazão, que coordenou a anterior edição deste sarau, refere-se a este espetáculo como “uma noite precedida de meses de trabalho e amor”.

“Ao relembrada em memórias insubstituíveis, [essa noite] reduz o meu coração a um sentimento de tristeza tranquila e irrequieta ao mesmo tempo, num misto de saudade e glória. E posso aí dizer que já vivi alguma coisa”, escreve.

Para Pedro Frazão, trata-se de um projeto que, “acima de tudo, une as pessoas. Em todos os dias, mas especialmente nos de hoje, isso é algo que deve ser acarinhado com toda a fervura”.

AGROBIO
O presidente da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica enalteceu hoje a intenção do Governo de distribuir produtos...

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, vai apresentar hoje as medidas da Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica (ENAB) e um plano de ação. Entre as ações a anunciar está a distribuição de produtos biológicos no novo regime de frutas e leite escolar e incluir estes alimentos nas ementas dos refeitórios públicos.

“A associação [AGROBIO] vai desenvolver em breve um projeto-piloto nesta área das cantinas escolares com produtos biológicos e pretendemos demonstrar nos próximos meses que é possível haver alimentação biológica nas escolas públicas”, disse.

Jaime Ferreira adiantou que o projeto será anunciado nos próximos meses, escusando-se a dar mais pormenores sobre o mesmo.

“O que posso dizer é que isto nunca foi feito em Portugal, mas é possível fazê-lo. Há todo um trabalho a fazer com os agricultores, com a contratação de produtos, mas vai ser possível. O que falta em Portugal é organização e planeamento da produção face ao escoamento e criar condições para que as cantinas possam receber esses produtos”, disse.

Segundo Jaime Ferreira, o plano hoje a anunciar pelo Governo, é “absolutamente importante e estruturante” para a agricultura biológica e “já fazia falta há muitos anos”.

“A existência deste documento permitirá dar indicações a quem pretende desenvolver agricultura biológica em Portugal. Vamos aguardar pelo resultado final deste documento pois não o conhecemos, apesar de termos feito parte de um grupo de trabalho", disse.

O responsável lembrou que a AGROBIO está há 32 anos em Portugal e já “venceu muitas barreiras”.

“Outro desafio no plano de ação é fomentar um aumento da produção biológica. Nós precisamos claramente de mais produtos. Não estamos satisfeitos com a produção nacional, que é escassa. Claramente a procura é maior que a oferta”, disse.

De acordo com Jaime Ferreira, a produção nacional não abastece as necessidades mesmo em frutas e legumes, tendo os produtores recorrido a Espanha.

“Nós temos todas as condições para aumentar a produção. Penso que este plano irá também promover e incentivar a produção de produtos biológicos”, realçou.

O presidente da AGROBIO salientou igualmente a necessidade de Portugal ter de apostar na produção biológica em áreas como os laticínios, da carne e dos cereais e leguminosas, quase inexistentes.

Jaime Ferreira destacou ainda a necessidade de se obterem dados estatísticos sobre o desenvolvimento da agricultura biológica em Portugal e de se fazer investigação como por exemplo à existência de pesticidas nos alimentos.

Hoje, o Governo vai também anunciar o Dia Nacional da Alimentação Biológica e uma aplicação móvel para os portugueses poderem localizar unidades de produção ou comercialização de produtos biológicos.

Promover a representação da produção biológica em certames nacionais e internacionais, desenvolver um plano de comunicação nesta área versando o grande público e iniciativas de promoção dos produtos biológicos a nível local e nacional são outras das medidas previstas.

Médicos e enfermeiros
Subscritores querem aprovação de lei "que defina com rigor" condições em que morte assistida "pode vir a...

Um grupo de três dezenas de profissionais de saúde, que inclui o patologista Sobrinho Simões, o diretor-geral da Saúde Francisco George e a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Guadalupe Simões, acaba de tornar público um apelo à despenalização da morte assistida que é dirigido aos presidentes da República e da Assembleia da República.

Os promotores deste apelo, escreve o jornal Público, estão a recolher assinaturas nos hospitais e centros de saúde e, desde esta semana, também a partir da Internet, numa petição pública destinada a ser subscrita por profissionais de saúde, numa altura em o Bloco de Esquerda e o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) já apresentaram anteprojectos-de-lei para a despenalização da eutanásia, que ainda estão em debate público.

Sublinhando que muitas vezes se sentem “frustrados pela impossibilidade de aliviar de forma satisfatória” a agonia dos doentes “sem qualquer esperança de vida, à espera que a morte ponha termo ao seu martírio”, os médicos e enfermeiros que assinam o texto agora divulgado apelam “à aprovação de uma lei que defina com rigor as condições em que ela possa vir a verificar-se sem penalização dos profissionais”.

Recusando-se a “manter ou iniciar tratamentos inúteis”, lembram que há “situações em que a boa prática é deixar morrer” e dizem conhecer "as vantagens dos cuidados paliativos mas, também, os seus limites". Notam ainda que há "situações em que respeitar a vontade do doente e o seu direito constitucional à autodeterminação significariam aceitar e praticar a antecipação da sua morte, não fosse a lei considerar como crime essa atitude exclusivamente movida pela compaixão humanitária."

Do outro lado da barricada, têm-se multiplicado os apelos à não despenalização da eutanásia. Um exemplo foi o documento aprovado no passado dia 18 pela Associação dos Médicos Católicos Portugueses, que rejeitou a possibilidade de os médicos poderem vir a participar ativamente na morte dos seus doentes.

Numa nota com dez pontos elaborada no conselho nacional desta associação, os médicos frisam que a vida é um valor. “Somos confrontados com uma cultura e uma sociedade que pretende redefinir princípios relativos ao respeito pela vida humana. Com uma sociedade que se arroga no direito de querer redefinir critérios de dignidade humana. E com a difusão da ideia de que a dignidade varia ou se perde, de acordo com as circunstâncias.”

Os médicos católicos sustentam que a eutanásia viola o código deontológico da profissão e que tanto esta como o suicídio assistido e a distanásia são formas de instrumentalizar a medicina “com objetivos que são alheios à sua atividade”. “Não é possível ser médico sem passar pelo confronto com o sofrimento e com a morte. Não somos donos da vida dos nossos doentes, como não somos donos da sua morte”, acrescentam, lembrando que atualmente “é possível aliviar a dor física intensa e a angústia”.

Sexo e drogas
Sexo em grupo é acompanhado por drogas que reduzem as inibições e aumentam a euforia. Em Londres, há muito que é um problema de...

O diretor-geral da Saúde, Francisco George, deu conta nesta terça-feira de um surto de hepatite A em Portugal e noutros países europeus que está a ser relacionado pelas autoridades de saúde com o chamado chemsex. De que se trata, afinal?

"Atividade sexual potenciada por substâncias químicas" é a descrição utilizada pela Direcção-Geral da Saúde. Com a crescente popularidade do chemsex, sobretudo entre homens homossexuais (mas não exclusivamente), o British Medical Journal (BMJ) aproveitou para explicar o fenómeno. Praticado normalmente em festas e orgias, escreve o jornal Público, o sexo é misturado com drogas, tais como mefredona, cristais e GHB, para que dure horas ou até dias. O nome, chemsex, vem do inglês “chemical sex”, o que significa “sexo químico”.

Estas substâncias são consumidas para reduzir as inibições e aumentar o prazer, mas os especialistas do BMJ alertam para os riscos para a saúde. Estes estimulantes aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, podendo ainda ter graves efeitos na saúde mental, sendo que a dependência, tal como acontece com outras drogas, pode tornar-se permanente.

Além disso, devido à excitação e à euforia provocadas pelas substâncias, os praticantes desta atividade podem ficar até 72 horas sem dormir ou comer — o que prejudica, naturalmente, a saúde. O risco de exposição a doenças sexualmente transmissíveis, como por exemplo o VIH/Sida, também aumenta, devido à redução da perceção do perigo provocada pelas drogas.

Em Londres, este tipo de atividade sexual já se tornou num caso de saúde pública. De tal forma que, em 2015, foi realizado um documentário sobre o mundo do chemsex na capital britânica.

Associação Bate Bate Coração
A fibrilhação auricular é a perturbação do ritmo cardíaco crónica mais frequente. É mais comum nas pessoas com mais de 40 anos,...

A Associação Bate Bate Coração, em parceria com a Bayer, vai promover uma campanha de recolha de assinaturas para a Carta dos Direitos dos Doentes com Fibrilhação Auricular, no próximo dia 31 de março, entre as 11h00 e as 18h30m, no Largo de Camões.

“Este documento pretende dar uma voz única, a nível mundial, a todas as pessoas e famílias que já sofreram com a fibrilhação auricular. O nosso objetivo, em termos globais, é conseguir 1,7 milhões de assinaturas em apoio à Carta e entregá-la depois aos decisores de saúde em todos os países do mundo”, esclarece Carlos Morais, presidente da Associação Bate, Bate Coração.

O AVC relacionado com a fibrilhação auricular é o mais debilitante tendo um risco de morte duas vezes superior comparado com os não relacionados, escreve o Sapo.

A fibrilhação auricular é uma perturbação do ritmo e da frequência de batimento do coração, frequentemente assintomática, em que as aurículas contraem de forma irregular e descoordenada. O sangue acumula-se nesta zona do coração, com risco de formação de coágulos, que se podem deslocar através da corrente sanguínea e bloquear o afluxo de sangue para o cérebro, causando um acidente vascular cerebral .

Estima-se que a fibrilhação auricular é responsável por um em cada três acidentes vasculares cerebrais (AVCs), representando um risco maior do que fumar, ter diabetes ou não fazer exercício físico.

A fibrilhação auricular é mais comum nas pessoas com mais de 40 anos, mas por não apresentar sintomas as pessoas desconhecem que estão em perigo.

Estudo
Os homens que praticam exercícios com pesos têm uma melhor formação e densidade óssea, essencial na prevenção das osteoporose,...

Uma investigação da Universidade de Missouri-Columbia, nos Estados Unidos, concluiu que o treino com pesos faz reduzir a esclerostina em homens, uma proteína formada no osso, e promove o aumento da IGF-1, uma hormona associada ao crescimento ósseo.

Para o estudo, segundo o Sapo, os investigadores dividiram os participantes em dois grupos. A um grupo foi pedido que praticassem exercícios de treino com pesos. O outro grupo praticou vários tipos de salto. Após 12 meses, a investigadora principal, Pamela Hinton, comparou as proteínas ósseas e hormonas presentes no sangue dos participantes de ambos os grupos.

"Observámos um decréscimo no nível de esclerostina em ambas as intervenções de exercício nos homens", revelou a investigadora. "Quando a esclerostina é expressa em níveis elevados, detém um impacto negativo na formação óssea. Tanto no treino de resistência como no de salto, o nível de esclerostina diminui, facilitando a formação óssea".

Por outro lado, no primeiro grupo, foi detetada um aumento na hormona IGF-1, que faz desencadear o crescimento ósseo.

"As pessoas podem ser fisicamente ativas e muitas vezes sabem que precisam de fazer exercício para prevenir a obesidade, as doenças cardíacas ou a diabetes", comenta a investigadora, que acrescenta que é também preciso "fazer exercícios específicos para proteger a saúde óssea" e prevenir a osteoporose.

Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica
O Governo vai criar o Dia Nacional da Alimentação Biológica e uma aplicação móvel para os portugueses poderem localizar...

Promover a representação da produção biológica em certames nacionais e internacionais, desenvolver um plano de comunicação nesta área versando o grande público e iniciativas de promoção dos produtos biológicos a nível local e nacional são outras das medidas previstas.

A Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica (ENAB) e o respetivo Plano de Ação serão hoje apresentados pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, escreve o Sapo.

A ENAB, que foi definida com um horizonte temporal de 10 anos (2027) e prevê uma avaliação intercalar ao fim de cinco anos (2022), tem como metas duplicar a área de agricultura biológica para cerca de 12% da Superfície Agrícola Utilizada (atualmente é de 7%) e triplicar as áreas de hortofrutícolas, leguminosas, proteaginosas, frutos secos, cereais e outras culturas vegetais destinadas a consumo direto ou transformação.

Duplicar a produção pecuária e aquícola em produção biológica - com particular incidência na produção de suínos, aves de capoeira, coelhos e apícola, assim como a capacidade interna de transformação de produtos biológicos são outras das metas a atingir. Fomentar a expansão das áreas em modo de produção biológico nos setores da Agricultura, da Pecuária e da Aquicultura, aumentar a oferta de produtos agrícolas e agroalimentares biológicos, promovendo a sua competitividade e rentabilidade comercial, assim como desenvolver a procura destes produtos, são alguns dos objetivos estratégicos definidos.

De acordo com dados da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), em 2015 a superfície em agricultura biológica atingiu os 239.864 hectares (ha), o equivalente à área do distrito do Porto. O número de produtores agrícolas biológicos tem vindo a aumentar durante a última década e em 2015 chegou aos 3.837. No mesmo ano, o efetivo pecuário biológico total incluía 96.876 cabeças de bovinos, 108.337 de ovinos, 61.062 bicos e 55.001 colmeias. Ainda que sem grande expressividade numérica, já se registam efetivos de suínos, caprinos e equídeos.

Segundo os dados da DGADR, o peso da superfície em agricultura biológica em relação à superfície agrícola utilizada total é de cerca de 7%, sendo as regiões do Alentejo e da Beira Interior as que apresentam maior percentagem (64% e 19%, respetivamente). A superfície na União Europeia (UE) aumentou significativamente, tendo quase duplicado entre 2002 e 2014. Em 14 anos, a superfície passou de cinco milhões ha para cerca de 11,1 milhões ha (+6% ao ano) na UE-28.

Os Estados-membros com a maior superfície em agricultura biológica são a Espanha (com quase 2 milhões ha), a Itália (com cerca de 1,5 milhão ha) e a Alemanha (com 1 milhão ha). Em conjunto, estes três países são responsáveis por cerca de 40% da superfície total de agricultura biológica na UE-28.

Como gerir?
No âmbito do ciclo de sessões práticas e informativas sobre doença de Alzheimer e outras demências d

Quais são as principais alterações motoras manifestadas pelos doentes com Doença de Alzheimer ou outra demência?
A demência constitui uma patologia predominantemente cognitiva, mas também está associada a alterações motoras. Estas são muitas vezes desvalorizadas, por pensar-se que estão unicamente relacionadas com o avançar da idade.

As alterações motoras, bem como o seu surgimento diferem consoante o tipo de demência diagnosticado, destacando-se como principais a diminuição da mobilidade que se caracteriza por uma lentificação do movimento global, alterações da marcha e a diminuição do equilíbrio, principal fator que contribui para o aumento do risco de queda. Para além destas, a dor é outro problema comum nesta população.

Estas alterações irão condicionar a mobilidade, a funcionalidade, a independência e qualidade de vida destas pessoas.

As pessoas com doença de Alzheimer ou outra demência têm menos dor?
A dor é um problema real e comum, sendo que as pessoas com demência não sentem menos dor, mas têm sim uma maior dificuldade em reconhecer e comunicar a dor.

A literatura sugere que a dor músculo-esquelética, a dor oro-facial e a dor neuropática, são as mais comuns nesta população.

Um dos fatores importantes é o cuidador/familiar estar atento e reconhecer os comportamentos sugestivos de dor, como a expressão facial, a linguagem corporal e as vocalizações negativas. A presença de dor tem um impacto muito grande na qualidade de vida destas pessoas, podendo ocorrer como consequência a diminuição da socialização, o agravamento do padrão de sono e do apetite, o aumento da agitação, bem sintomas depressivos, levando consequentemente a uma sobrecarga nos cuidados prestados pelos cuidadores. É por isso fundamental a promoção do conforto, da mobilidade e do exercício físico das pessoas com demência.

Há alguma coisa que o cuidador/familiar possa fazer para menorizar as alterações motoras que vão surgindo?
Sabe-se que o exercício físico regular tem um impacto crucial na cognição, na capacidade física e nas atividades de vida diária das pessoas com demência. Está demonstrado também que a realização de um programa de exercícios a longo prazo diminui a exigência dos cuidados prestados pelos cuidadores.

Torna-se, assim, fundamental que o exercício físico seja uma prática regular, não só em contexto controlado (fisioterapia), como em casa.

No entanto, o tipo de exercício e as suas características devem ser ajustados às capacidades físicas, à tolerância e aos gostos da pessoa em si, sendo que aspetos como o ambiente onde é realizado, a duração, a intensidade, são fundamentais de serem definidos adequadamente. Para isso é fundamental o aconselhamento com um profissional de saúde da área, como o fisioterapeuta.

A caminhada é um ótimo exemplo de uma atividade que pode ser realizada para promover a mobilidade e, ao mesmo tempo, contribuir para um momento prazeroso para estas pessoas.

Qual o papel da fisioterapia neste contexto?
A fisioterapia é a principal área responsável por intervir nestas alterações, sendo o seu principal objetivo manter a máxima funcionalidade e independência, de forma a facilitar as atividades de vida diária, durante o maior tempo possível e lidar com as alterações motoras que possam surgir da demência e do avançar da idade.

Para além disso, tem também um papel fundamental no ensino aos cuidadores e familiares de dicas a adotar em casa para a promoção do exercício físico e na prevenção e redução do risco de quedas, bem como o surgimento de dor e outras complicações motoras.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estação Vitivinícola Amândio Galhano
Um tratamento único em Portugal, iniciado em 2013 pela Estação Vitivinícola Amândio Galhano, em Arcos de Valdevez, atingiu uma ...

De acordo com o diretor João Garrido, a Estação Vitivinícola Amândio Galhano (EVAG), um centro de experimentação e investigação vitivinícola criado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), "aquele tratamento, até ao momento único no país, intervém através da água quente nos materiais de propagação da videira (estacas, garfos, porta-enxertos ou enxertos prontos), de modo a garantir que os mesmos não contribuem para a disseminação da doença".

A flavescência dourada da videira é uma doença muito grave que provoca a morte da vinha.

O projeto pioneiro começou em 2013 com a instalação do equipamento naquela estação e resultou "da avaliação feita ao risco das vinhas poderem multiplicar a doença por poderem estar contaminadas, sem aparentar os sintomas".

"O tratamento pela água quente é o processo que nos garante a eliminação desse risco", sustentou o responsável pela EVAG.

A EVAG é um centro de experimentação e investigação vitivinícola criado pela CVRVV em 1984.

Localizada em Arcos de Valdevez, ocupa uma propriedade conhecida pela Quinta de Campos de Lima, na margem direita do rio Lima, com uma área de 66 hectares.

Foi criada com o objetivo de desenvolver a vitivinicultura desta região e através dos seus trabalhos pretende dar resposta aos problemas dos viticultores.

Segundo João Garrido, o "sucesso" do tratamento efetuado "pela única máquina no país tem levado à EVAG produtores do Douro e da Bairrada, e viveiristas de Coimbra e Leiria".

"Por outro lado, todas as varas de garfos [material de propagação da videira] produzidas na Região são submetidas ao tratamento pela água quente de acordo com o controlo que é efetuado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV)", sustentou.

O responsável adiantou que "o acompanhamento da evolução da doença e do agente vetor na região é feito pelos serviços do Ministério da Agricultura".

"De acordo com o plano nacional de controlo e erradicação da praga, têm sido recomendados tratamentos ao longo do ciclo vegetativo da videira. Um, dois ou três tratamentos obrigatórios consoante o grau de risco e da presença da doença", sustentou.

João Garrido afirmou que existir "uma diminuição da presença do agente vetor da doença, sendo que neste momento a presença do inseto parece estar ainda confinada à região Norte".

O responsável recomendou "um controlo apertado ao agente vetor, cumprindo com a realização dos tratamentos fitossanitários, para além de prospetar e identificar nas vinhas quais as videiras com sintomas que devem ser imediatamente arrancadas e queimadas".

"Obviamente a CVRVV recomenda que se submeta ao tratamento pela água quente todos os materiais usados na multiplicação da videira", reforçou.

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