IPMA
Quatro distritos do continente e o arquipélago da Madeira estão hoje e no sábado sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo...

De acordo com o instituto, os distritos de Leiria, Setúbal, Santarém e Lisboa vão estar, entre as 12:00 de hoje e as 21:00 de sábado, sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

Também o arquipélago da Madeira vai estar hoje sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo quente entre as 06:22 e as 21:00 de hoje.

O aviso amarelo, o terceiro de uma escala de quatro, é emitido pelo IPMA sempre que há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral a norte do Cabo Carvoeiro até meio da manhã, nebulosidade que poderá persistir em alguns locais da faixa costeira da região Centro.

A previsão aponta ainda para vento fraco, soprando moderado a forte de nordeste nas terras altas até meio da manhã e a partir do final da tarde, sendo temporariamente moderado de noroeste na faixa costeira ocidental durante a tarde.

Está também prevista neblina ou nevoeiro em alguns locais do litoral a norte do Cabo Carvoeiro e subida da temperatura máxima no litoral das regiões Norte e Centro.

No que diz respeito às temperaturas, as mínimas vão variar entre 09 graus Celsius (em Braga) e 24 (Portalegre) e as máximas entre 25 (no Porto) e 37 (em Santarém).

Na Madeira preveem-se períodos de céu muito nublado, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas da ilha, vento fraco a moderado de nordeste, soprando por vezes forte nas terras altas, e uma pequena descida de temperatura nas terras altas.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre 21 e 27 graus Celsius.

Estudo
Uma investigação descobriu níveis de cortisol, uma hormona que provoca ansiedade e nervosismo, mais elevados em miúdos mais...

A obesidade infantil continua a ser uma epidemia difícil de erradicar. Um estudo internacional financiado pela Robert Wood Johnson Foundation, nos EUA, alerta para os altos níveis de obesidade nas crianças de raça negra. A organização Trust of America's Health também mencionou essa elevada taxa numa altura em que uma outra investigação associa o excesso de peso a maiores probabilidades de ansiedade e nervosismo.

O trabalho, publicado pelo The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, revelou que as crianças obesas produzem níveis mais altos de cortisol. O estudo mediu os níveis desta hormona responsável pelo stresse no cabelo de 40 crianças, entre os 8 e os 12 anos, 20 obesas e 20 com peso considerado normal. Algumas das obesas, com apenas 8 anos, já acusavam níveis elevados desta hormona.

Quando uma pessoa está nervosa, o corpo produz cortisol que, à semelhança de outras hormonas provocadas pelo stresse, acumulam-se no sangue. Erica van den Akker, autora do estudo, considera contudo que é necessário aprofundar a investigação para perceber se as crianças obesas sofrem, efetivamente, mais com o stresse ou se os seus organismos lidam de forma diferente com a hormona que o provoca.

Distinção
O cirurgião cardiotorácico João Queiroz e Melo, responsável pelo primeiro transplante de um coração em Portugal, em 1986, foi...

A atribuição deste prémio levou em conta o “pioneirismo da transplantação cardíaca” de João Queiroz e Melo, assim como os seus “serviços prestados no ensino e difusão de métodos avançados no tratamento da doença cardíaca”.

“A sua vasta obra no domínio da investigação e da cultura cardiológica nacional” contou igualmente para a escolha do júri, composto por Walter Osswald, que presidiu, dos bastonários das ordens dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos, dos Médicos Dentistas, dos Psicólogos, dos Biólogos e dos Nutricionistas.

Do júri fez igualmente parte o diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e o diretor da Escola Nacional de Saúde Pública.

O Prémio Nacional de Saúde do Ministério da Saúde português visa distinguir, anualmente, “pela relevância e excelência no âmbito das ciências da saúde, nos seus aspetos de promoção, prevenção e prestação de cuidados de saúde, uma personalidade que tenha contribuído, inequivocamente, para a obtenção de ganhos em saúde ou para o prestígio das organizações de saúde no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Em janeiro de 2016, 30 anos após o primeiro transplante cardíaco em Portugal, o cirurgião Queiroz e Melo disse à agência Lusa que este feito colocou a sua equipa no estrelato, mas também lhe valeu ameaças de morte, numa altura em que a colheita de órgãos ainda era controversa.

“A comunidade médica, quase toda, apoiou maciçamente e ficou entusiasmada. A sociedade civil também, mas nem todos. Recebi ameaças de morte em casa, cartas anónimas. Durante uns 15 dias, três semanas olhava para um lado e para o outro quando saía de minha casa para ver se havia algum suspeito”, disse nessa entrevista.

A doente Eva Pinto foi a escolhida e recebeu o coração de um dador de Coimbra, cujo órgão chegou de helicóptero. O sucesso da operação, que durou quatro horas, foi noticiado no telejornal da meia-noite e foi dessa forma que a tutela – a ministra da Saúde era Leonor Beleza – tomou conhecimento do feito.

O cirurgião recordou que “a doente em causa era uma senhora de fé, de grande misticismo, acreditava muito na vida”.

Nascido em Tomar em 1945, João Queiroz e Melo enveredou pela Medicina por influência do seu avô, também médico.

Segundo a nota da DGS, João Queiroz e Melo realizou a especialidade de cirurgia cardiotorácica no Hospital de Santa Marta, com o Professor Machado Macedo (1979). Durante este período passou por Londres (Reino Unido), Portland e Boston (EUA) de modo a enriquecer a sua formação profissional.

Em 2009, o médico promoveu o início da implantação de válvulas percutâneas por via transpical e transfemural, tendo sido o criador e responsável do registo mundial da cirurgia da fibrilhação auricular.

Em resposta a técnicos de diagnóstico
A Ordem dos Enfermeiros afirma que as competências dos profissionais estão definidas há muitos anos e que não há usurpação de...

O Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) considerou hoje que os enfermeiros estão a “cavalgar as competências de outros profissionais”, realizando exames para os quais não estão preparados.

“Nada do que os enfermeiros realizam pode ser considerado usurpação de funções. Continuamos a fazer exatamente o que sempre fizemos em termos de competências. As competências dos enfermeiros estão definidas há muitos anos”, afirmou a bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, em declarações à agência Lusa.

A bastonária atribui as críticas do Sindicato dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica a uma necessidade de ter visibilidade, considerando que parece estar a existir “uma tendência em algumas classes” de falar sobre os enfermeiros.

“Os sindicatos não regulam competências, assim como as ordens não decretam greves”, lembrou ainda Ana Rita Cavaco.

Hoje, na comissão parlamentar de Saúde, o presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) denunciou o que considera ser uma “estratégia de laço ou de aperto” por parte dos enfermeiros, que “se vão desmultiplicando na criação de especialidades”.

Almerindo Rego deu aos deputados o exemplo da medicina de trabalho, onde diz haver enfermeiros a realizar exames que são da competência de outros profissionais, como audiogramas, eletrocardiogramas ou mesmo análises clínicas.

“No Serviço Nacional de Saúde são múltiplas as críticas e as queixas sobre isto”, disse Almerindo Rego em declarações à agência Lusa no final da comissão parlamentar de Saúde.

Segundo o presidente do Sindicato dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, os enfermeiros não têm competência para realizar eletrocardiogramas ou análises porque “não têm a necessária capacidade de interpretação científica”.

“Não é só executar um exame. Nós temos de ter conhecimento crítico sobre o trabalho produzido e nós somos responsáveis pela validação do nosso próprio trabalho”, afirmou o responsável.

Novo distúrbio alimentar
Um novo distúrbio alimentar, que afeta pacientes com diabetes tipo 1, está a alarmar a comunidade mé

Estima-se que cerca de um terço das mulheres diabéticas tipo 1 sofra de distúrbios alimentares ou se incomode com o próprio peso. Alguns estudos revelam, aliás, que as mulheres adultas com diabetes tipo 1 têm maior predisposição para desenvolverem transtornos alimentares, quando comparadas às não diabéticas.

Apesar de pouco conhecida, há cada vez mais casos diagnosticados de Diabulimia.

Deixar de tomar ou diminuir as doses de insulina ou não permitir que alguém acompanhe as aplicações de insulina e os testes de glicemia, apresentar sintomas de depressão, pouca energia e glicemia sempre alta são os principais sinais de alerta para estes transtorno alimentar.

“A Diabulimia é um termo que combina a diabetes e a bulimia(...) caracteriza-se por uma preocupação excessiva com o peso e a imagem corporal em indivíduos com Diabetes tipo 1, cujos comportamentos conduzem a uma dificuldade no controlo da glicemia”, começa por explicar Ana Rita Lopes, responsável pela Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa.

“A falta de controlo sobre a Diabetes pode ser causada pela redução ou abstenção das doses de insulina administradas ou por uma oscilação na ingestão alimentar. A prática de atividade física em excesso e uma alimentação compulsiva seguida de vómitos ou seguida pelo uso de laxantes são comportamentos que a caracterizam”, acrescenta.

A Diabetes tipo 1 é uma doença crónica “de natureza autoimune ou idiopática, que não está dependente dos estilos de vida” e que se caracteriza pela incapacidade de produção de insulina pelo pâncreas.

A insulina tem como função mover a glicose do sangue para as células, onde esta é convertida em energia. No entanto, na diabetes tipo 1, porque o corpo é incapaz de a produzir, não há insulina para transferir a glicose da corrente sanguínea para as células. Como consequência, o organismo decompõe sua própria gordura e músculo, levando à perda de peso. A longo prazo, esta condição pode evoluir para patologias graves, condicionando a própria vida.


A bulimia é um transtorno alimentar cerca de duas vezes mais frequente entre as mulheres com diabetes tipo 1.

“No caso da Diabulimia, a omissão deliberada da insulina conduz a um quadro de hiperglicemia e a internamentos hospitalares associados a cetoacidose diabética. A cetoacidose diabética inclui sintomas como a desidratação, mau hálito, confusão mental e cansaço excessivo, podendo, em casos extremos, resultar em coma com perda de consciência”, explica a nutricionista.

No início desta desordem de comportamento alimentar podem surgir sintomas  como a sede excessiva (polidipsia), poliúria (urinar em excesso) e fraqueza. “A longo prazo, casos de neuropatia, retinopatia, nefropatia e osteoporose podem surgir”, acrescenta Ana Rita Lopes.

De acordo com os especialistas, são muitos os motivos que podem conduzir a este  transtorno alimentar: a não aceitação da diabetes, o medo ou a vergonha de aplicar insulina, o medo de ter hipoglicemia ou o receio de ganhar peso.

“Os distúrbios alimentares estão relacionados com dificuldades na regulação das emoções. A maioria dos indivíduos com estes transtornos preocupam-se excessivamente com o seu peso corporal e com a forma do seu corpo. Para além disso, a visão que têm do seu próprio corpo é distorcida, uma vez que se consideram com excesso de peso, apesar do peso corporal estar dentro dos valores normais ou, até mesmo, abaixo”, esclarece a responsável pela Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa.

Sendo mais frequentes no sexo feminino, a verdade é que qualquer pessoa pode desenvolver um transtorno deste tipo “mesmo não tendo antecedentes psiquiátricos”. No caso da Diabulimia, a redução ou abstenção das doses de insulina administradas é mais uma “ferramenta” na luta contra o peso.

O seu tratamento deve ser realizado por uma equipa multidisciplinar, envolvendo as áreas de endocrinologia, nutrição e psicologia ou psiquatria.

“Na área da nutrição, é importante abordar vários parâmetros. Inicialmente, é crucial realizar a avaliação do estado nutricional, isto é, avaliação antropométrica (altura, peso, índice de massa corporal), avaliação de parâmetros bioquímicos, exame físico, avaliação da ingestão alimentar e do dispêndio energético. Em seguida, é necessário estabelecer uma intervenção nutricional, considerando as necessidades energéticas e nutricionais do indivíduo, as suas preferências alimentares, fatores psicológicos e recursos económicos”, descreve a especialista adiantando que esta intervenção deverá ser “adequadamente monitorizada”.

Ana Rita Lopes reforça ainda a importância de uma intervenção comportamento-cognitiva “visando a prevenção de respostas compensatórias”.

“Os familiares e os amigos podem ajudar, aumentanto a auto-confiança do indivíduo e auxiliando-o a reconciliar-se com a sua imagem corporal”, acrescenta.

A verdade é que quanto mais cedo a diabulimia for tratada, melhor. Por isso, a especialista recomenda particular atenção aos sinais: “em primeiro lugar, é importante prestar atenção às doses de insulina administradas, uma vez que são fundamentais para o controlo da glicemia e, consequentemente, para o controlo da Diabetes”.

Comportamentos como excesso de exercício físico e períodos de alimentação compulsiva, seguidos de comportamentos compensatórios são outros dos sinais suspeitos. “Uma preocupação excessiva com o ganho de peso ou uma distorção da imagem corporal (considerando que tem excesso de peso mas tem um peso adequeado ou até baixo peso) são também sinais de alerta”, conclui a nutricionista.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Técnicos de Diagnóstico denunciam
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica consideram que os enfermeiros estão a “cavalgar as competências de outros...

Na comissão parlamentar de Saúde, o presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) denunciou o que considera ser uma “estratégia de laço ou de aperto” por parte dos enfermeiros, que “se vão desmultiplicando na criação de especialidades”.

Almerindo Rego deu aos deputados o exemplo da medicina de trabalho, onde diz haver enfermeiros a realizar exames que são da competência de outros profissionais, como audiogramas, eletrocardiogramas ou mesmo análises clínicas.

“No Serviço Nacional de Saúde são múltiplas as críticas e as queixas sobre isto”, disse Almerindo Rego em declarações à agência Lusa no final da comissão parlamentar de Saúde.

Segundo o presidente do Sindicato dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, os enfermeiros não têm competência para realizar eletrocardiogramas ou análises porque “não têm a necessária capacidade de interpretação científica”.

“Não é só executar um exame. Nós temos de ter conhecimento crítico sobre o trabalho produzido e nós somos responsáveis pela validação do nosso próprio trabalho”, afirmou o responsável.

Almerindo Rego frisa que é o Estado o regulador destas matérias e por isso lamenta que a Administração Central do Sistema de Saúde “não acompanhe estas matérias”.

Orçamento do Estado
O ministro da Saúde revelou hoje que o seu ministério vai ter mais dinheiro em 2018, mas que o valor a mais não irá contemplar...

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas no final da sessão de abertura I Convenção de Alimentação Coletiva e antes de se dirigir para a reunião do Conselho de Ministros que hoje irá debater o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018).

Segundo o ministro, no próximo ano está previsto haver mais dinheiro para o sector da Saúde, para continuar a aposta no reforço dos recursos humanos, na valorização do seu trajeto profissional, no investimento tecnológico e no acesso aos medicamentos de qualidade.

Questionado sobre a possibilidade de o OE2018 contemplar todas as reivindicações dos profissionais do setor, o ministro respondeu que não, embora esclarecesse que as considera legítimas.

“É legítimo o que é pedido”, disse o governante, acrescentando que “mal está um país no qual os governos atendem a tudo o que é pedido”.

A propósito da greve dos médicos, marcada para dia 11, Adalberto Campos Fernandes disse que algumas reivindicações destes profissionais irão ser atendidas, mas não todas.

“Faremos o que é possível fazer”, garantiu o responsável da pasta da saúde, adiantando que os portugueses serão os primeiros a saber até onde o Governo foi, para mostrar que “não há má vontade da parte do Governo”.

Ministro da Saúde
Os portugueses vão consumir este ano menos 4.225 toneladas de açúcar graças à taxação de bebidas açucaradas, que levou a...

Adalberto Campos Fernandes falava na sessão de abertura da 1.ª Convenção de Alimentação Coletiva, que decorre em Lisboa, durante a qual sublinhou o sucesso desta taxação que, mais do que os impostos arrecadados, fez com que os portugueses ingerissem menos açúcar.

O sucesso da iniciativa levou o Governo a iniciar um trabalho de busca por outros caminhos, com vista ao combate ao excesso de gordura e sal em alimentos problemáticos, embora o ministro não tenha adiantado quais os alimentos visados nem a forma como a medida será aplicada.

"A matéria está a ser preparada", disse aos jornalistas à margem da convenção, acrescentando que gostaria que o caminho passasse pela autorregulação.

"Não queremos prejudicar o bom momento que a economia vive", disse, elogiando a atitude da indústria, que, perante a taxação dos seus produtos, "adaptou-se e gerou novos produtos mais saudáveis".

Investigadores preocupados
Crescimento da classe média é identificado pelos investigadores como um dos factores que mais contribui para o aumento da...

A mudança de hábitos alimentares em África está a criar uma crise de obesidade, com a população de classe média a comprar alimentos nos supermercados ao invés de alimentos que cultivam, defende o grupo de especialistas em agricultura e alimentos, Malabo Montpellier. 

Um relatório do Malabo Montpellier alerta que a obesidade se está a tornar um desafio significativo para governos, agências e setor privado em países africanos, ao mesmo tempo que enfrentam uma crise de desnutrição, conta o Guardian. 

“África está atrasado na epidemia de obesidade, mas com um rápido crescimento”, disse Joachim von Braun, professor de economia da Universidade de Bonn e co-presidente do grupo de especialistas, ao jornal britânico. 

Os diabetes também estão em ascensão, sublinham. O crescimento da classe média foi identificado pelos investigadores como um dos factores que mais contribui para o aumento da obesidade.

Segundo os investigadores, verifica-se um aumento de obesidade nos países africanos mais ricos, nomeadamente, entre pessoas com níveis mais elevados de educação e mulheres.

O grupo apela a que os governos reconheçam a obesidade como uma forma de desnutrição. Globalmente, existem 41 milhões de crianças com idade igual ou inferior a cinco que estão acima do peso ou obesas, recorda o Guardian.

EMA
Bruxelas já terminou a análise às 19 candidaturas dos países que querem acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA).

A Comissão Europeia publicou durante este fim de semana o relatório com a avaliação a cada uma das candidaturas, de acordo com os seis critérios pré-definidos, como as condições dos edifícios da futura sede da EMA, os acessos ou até mesmo a oferta de escolas para os filhos dos funcionários.

Cabe agora aos governos dos 27 Estados-membros reunir para debater o parecer da Comissão Europeia e votar as candidaturas, que será decisiva para escolher o novo destino da EMA. O primeiro encontro dos 27 governos está marcado para esta sexta-feira.

A EMA está sedeada em Londres mas a saída do Reino Unido da União Europeia implica uma nova localização para a Agência Europeia do Medicamento.

Portugal está representado pelo Porto, que está a competir com Amesterdão, Atenas, Barcelona, Bona, Bratislava, Bruxelas, Bucareste, Copenhaga, Dublin, Helsínquia, Lille, Malta, Milão, Sofia, Estocolmo, Viena, Varsóvia e Zagreb.

De acordo com os pressupostos da candidatura portuguesa, há três edifícios que podem acolher a sede da EMA: o Palácio dos Correios, nos Aliados, o Palácio Atlântico, na Praça D. João I, ou novas instalações na Avenida Camilo Castelo Branco. E de acordo com a nota da Comissão Europeia Portugal dá “o compromisso geral de cumprir com o calendário necessário para garantir a continuidade” dos trabalhos da EMA sendo previsível que os edifícios estarão disponíveis “no máximo em janeiro de 2019”.

No entanto, esta conjuntura pode não ser suficiente para seduzir os trabalhadores da EMA que têm a opção de escolha se querem sair de Londres. De acordo com o “Politico”, foi feita uma sondagem aos 900 trabalhadores da EMA e 81% indicou Amesterdão como sendo a opção preferida, entre as 19 cidades na corrida.

Assistência Hospitalar
Dois estudantes de medicina e cinco trabalhadores de um hospital venezuelano foram detidos na segunda-feira pela divulgação nas...

"Funcionários do CICPC - polícia científica - e do SEBIN - serviço de inteligência- chegaram ao hospital Pastor Oropeza de Barquisimeto (estado Lara, oeste do país) a dizer que investigavam a origem das fotografias e levaram sete pessoas", disse à agência de notícias France Presse Andrés Colmenares, coordenador da organização Funpaz.

No fim de semana foram divulgadas nas redes sociais fotografias de mulheres nuas em trabalho de parto nas cadeiras de metal da sala de espera do hospital.

Colmenares afirmou que os agentes dos corpos de segurança detiveram cinco trabalhadores do hospital e dois estudantes da Universidade Lisando Alvarado de Barquisimeto na condição de "interrogados, sem qualquer tipo de ordem assinada por algum juiz ou procurador".

A Federação Farmacêutica Venezuelana (Fefarven) denunciou em setembro que o setor farmacêutico da Venezuela está a passar por "graves" dificuldades económicas e que as farmácias registam 85% de escassez de medicamentos.

Desde há três anos que na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas da população de dificuldades para conseguir produtos básicos, medicamentos no mercado local, assim como no que toca à assistência hospitalar.

Dieta pouco saudável é uma das causas
Um estudo da Organização Mundial de Saúde concluiu que, em todo o mundo, 60 a 90% das crianças em idade escolar sofre de cáries...

Cerca de 60 a 90% das crianças em idade escolar sofrem de cáries dentárias, um problema que atinge quase todos os adultos, conclui um estudo da Organização Mundial de Saúde. A análise realça ainda que, mundialmente, 30% das pessoas entre os 65 e os 74 anos já não possui dentes naturais.

Entre os fatores de risco para as cáries dentárias, a doença não contagiosa mais comum no mundo, estão "uma dieta pouco saudável, o tabagismo, o abuso do álcool e uma fraca higiene oral, bem como desigualdades sociais", afirma Miguel Pavão, fundador da organização não governamental Mundo a Sorrir.

A escovagem dentária com pastas fluoretadas é, segundo o especialista, a forma mais eficaz e económica de prevenir a cárie dentária, mas "é preciso que os cuidados de saúde oral cheguem a todas as pessoas, o que ainda está longe de acontecer".

Em Portugal, no âmbito do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNSO), os cheques-dentista abrangem desde o ano passado jovens de 18 anos que já tinham beneficiado deste apoio e que tinham concluído o plano de tratamentos aos 16 anos. Este alargamento do PNSO passou também a abranger os infetados com VIH/sida.

As crianças e jovens portadores de deficiência que precisam de sedação para tratar dos dentes passaram igualmente a ter acesso a cheques-dentista, podendo ser tratados nos serviços de estomatologia dos hospitais.

Atualmente, o cheque-dentista abrange crianças de 7, 10, 13 e 15 anos que frequentem as escolas públicas, idosos com complemento solidário, grávidas e portadores de VIH. O programa dos cheques-dentista existe desde 2008.

ANCC alerta
A Associação Nacional dos Cuidados Continuados alerta que há já várias unidades a entrar em rutura financeira e que estas não...

As unidades de cuidados continuados integrados estão a ser aproveitadas pelo Estado para receber doentes com problemas mais complexos, devido à necessidade de libertar camas nos hospitais, avança o ‘Jornal de Notícias’. A Associação Nacional dos Cuidados Continuados (ANCC) alerta que há já várias unidades a entrar em rutura financeira e que estas não conseguem fazer o acompanhamento devido a todos os pacientes.

“O Estado está a querer transformar estas unidades numa espécie de hospitais baratos”, explicou ao ‘JN’ José Bourdain, presidente da ANCC, que vai ser esta quarta-feira ouvido na Comissão de Saúde. “Há doentes que morrem no caminho [entre o hospital e a unidade] porque estão instáveis. Não é todos os dias, mas isso acontece”, disse.

José Bourdain refere ainda que há unidades de cuidados continuados com dificuldades financeira, devido ao congelamento dos preços das diárias há seis anos, enquanto os salários mínimos e a taxa social única aumentaram. Acrescenta ainda que há repetidos atrasos nos pagamentos dos subsistemas de saúde e de algumas administrações regionais de saúde.

“O valor que nos pagam já é insuficiente e nem esse recebemos”, denuncia o presidente da ANCC. José Bourdain chama ainda à atenção para o facto de faltarem mecanismos para libertar as vagas ocupadas por utentes que já não necessitam de cuidados médicos, mas cujas famílias se recusam a levá-los de volta para casa, causando o congestionamento dos serviços prestados.

Investigação Biomédica
Sangue, osso, saliva e tumores estão reunidos em milhares de amostras guardadas no biobanco do Instituto de Medicina Molecular ...

Criado há seis anos, o biobanco do iMM não é um simples armazém de coleções de amostras biológicas, é mais do que isso, nas palavras de um dos codiretores, Sérgio Dias.

Trata-se de uma estrutura que, ao recolher e guardar essas amostras, pretende facilitar o trabalho dos cientistas com "interesse por investigação biomédica", possibilitando-lhes ter acesso "a uma quantidade de amostras que lhes permita fazer comparações para estudos mais completos", disse à Lusa.

O biobanco reúne não só amostras biológicas - como sangue, osso, saliva, soro, urina, ADN, líquido de cartilagens e tecidos tumorais - de pessoas saudáveis, mas também de doentes. E nas doenças, as mais variadas, incluem-se cancros, doenças reumatológicas e doenças neurológicas, como demências, Parkinson e Alzheimer.

Ao todo, enumerou Sérgio Dias, são mais de 160 mil amostras doadas por mais de 15 mil pessoas.

O número deverá crescer em 30 e 31 de outubro, dias para os quais o Fundo iMM-Laço convida as pessoas, doentes ou não, a doarem no Instituto de Medicina Molecular uma pequena amostra de sangue para efeitos de investigação do cancro da mama, fim para o qual o fundo foi criado em 2015.

Sérgio Dias explicou que o iMM promove regularmente campanhas de recolha de amostras de sangue em empresas, associações e mesmo na Faculdade de Medicina de Lisboa, à qual o instituto está agregado, para ter "controlos saudáveis" de amostras biológicas.

No caso de doentes, as amostras são recolhidas sobretudo em hospitais, por proposta de um médico, que depois é apreciada por uma comissão ética.

As coleções de material biológico são codificadas com um número distinto, para salvaguardar a identidade do seu dador, e 'arrumadas' em caixas conservadas em arcas congeladoras ou em contentores com azoto líquido, respetivamente a -80ºC e a -196ºC.

A localização das amostras é determinada por um 'software' específico, que regista igualmente a sua informação clínica, e ao qual apenas técnicos do biobanco têm acesso.

Há amostras que foram recolhidas há cinco anos, mas a ideia, segundo o codiretor do biobanco Sérgio Dias, é potenciar o seu uso o mais depressa possível, quer por investigadores portugueses quer estrangeiros, que são quem procura os serviços do biobanco.

Face ao "crescimento exponencial, muito rápido", das coleções, a meta, de futuro, será ter novas instalações, que atualmente funcionam no iMM, na Faculdade de Medicina de Lisboa.

Idosos internados
A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) confirmou hoje a ocorrência de um surto de gastroenterite num lar de idosos...

Em comunicado enviado à agência Lusa, aquele organismo refere que se encontra em curso a investigação epidemiológica promovida pelos delegados de saúde Regional e da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, no sentido de identificar o agente e veículo da doença.

"A investigação efetuada até ao momento permite suspeitar de exposição a agente patogénico, com período de incubação médio superior a seis horas, eventualmente veiculado por alimentos", lê-se na nota.

A ARSC adianta que foram enviadas para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge amostras de alimentos para análise.

De um total de 130 residentes no lar, 25 apresentavam "sintomatologia ligeira, com predominância de diarreia moderada e vómitos".

"Tinham, em média, 86 anos de idade, compreendida entre os 68 e os 96 anos, e foram observados por uma equipa do INEM que se deslocou ao lar, tendo sido transportados para os serviços de urgência do Centro Hospital e Universitário de Coimbra", refere o comunicado.

Até ao momento, de acordo com a ARSC, 20 doentes já tiveram alta, permanecendo ainda cinco em observação, "sem apresentarem sintomatologia preocupante".

Protocolo de formação
O Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto, vai reforçar a formação e investigação em...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) esclarece que o protocolo tem em vista incluir a área dos Cuidados Paliativos na “formação no ensino pré-graduado, nomeadamente no Mestrado Integrado de Medicina” do ICBAS, “dando continuidade ao Plano Estratégico definido para o biénio 2017-2018”.

“O investimento em formação específica e na dinamização do ensino na área dos Cuidados Paliativos é fulcral para a prestação de um serviço qualidade, pelo que este protocolo com o ICBAS reforça a componente formativa e de investigação”, observa numa nota de imprensa aquele instituto, também ligado ao Centro Hospitalar do Porto (CHP).

As áreas de colaboração neste domínio “vão contemplar a formação pré-graduada, no sentido de serem incluídos no Mestrado Integrado em Medicina novos conteúdos de medicina paliativa”, descreve o ICBAS.

A par disso, pretende-se a “promoção de formação ao nível das pós-graduações, mestrados ou programas doutorais em medicina paliativa e a investigação em Cuidados Paliativos”.

“Este protocolo insere-se no cumprimento do programa do Governo para a saúde, que estabelece como prioridade aperfeiçoar a gestão dos recursos humanos, promovendo uma melhoria da articulação entre as funções assistenciais, de ensino, de formação pré e pós-graduada e de investigação em universidades e a adequação da oferta educativa ao nível do ensino superior às necessidades de profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, descreve o ICBAS.

Já a ARS–N destaca que, “segundo a estimativa da Organização Mundial de Saúde, anualmente mais de 40 milhões de pessoas necessitam de Cuidados Paliativos em todo o mundo”.

A mesma organização “reconhece a eficiência e custo-efetividade de diversos modelos de organização de Cuidados Paliativos no alívio do sofrimento”, refere a ARS–N, acrescentando que, “na posse desta informação, o atual Governo consignou esta área no seu programa, estabelecendo como uma das prioridades melhorar a qualidade dos cuidados de saúde e reforçar o poder do cidadão no SNS”.

A assinatura do protocolo entre o ICBAS e o Ministério da Saúde está marcado para quarta-feira, às 09:30, no Salão Nobre do Hospital de Santo António.

Durante a cerimónia, será assinalado o 6.º aniversário da Equipa Inter-Hospitalar de Suporte de Cuidados Paliativos do CHP.

“Esta equipa desempenha uma função muito relevante na formação em Cuidados Paliativos dos profissionais do centro hospitalar e dos centros de saúde e no apoio a doentes adultos vulneráveis, com situação clínica complexa e com sofrimento, nomeadamente no caso de doenças crónicas avançadas oncológicas e não oncológicas, internados no Centro Hospitalar do Porto”, descreve a instituição.

Ambientalistas alertam
A seca levou a uma redução da eletricidade produzida a partir das barragens e à necessidade de recorrer às centrais térmicas,...

"A seca está a ter um efeito dramático nas emissões de dióxido de carbono associadas à produção de eletricidade", afirma a Associação Sistema Terrestre Sustentável Zero, em comunicado.

A associação quantificou as emissões associadas à produção de eletricidade entre janeiro e setembro de 2017, concluindo que se atingiu "cerca de 24 milhões de toneladas de dióxido de carbono, um aumento de 5,7 milhões de toneladas em relação ao mesmo período do ano passado (+31%)".

Perante esta situação, os ambientalistas defendem ser essencial o investimento em eficiência energética, o encerramento próximo das centrais térmicas a carvão, e a aposta nos recursos renováveis para produção de eletricidade, principalmente solar e eólico.

A Zero analisou dados da Redes Energéticas Nacionais (REN) para a produção de eletricidade em Portugal continental entre janeiro e setembro deste ano e as suas consequências para a sustentabilidade no uso de recursos e emissões de gases com efeito de estufa, que contribuem para as alterações climáticas.

A produção de eletricidade através das grandes barragens desceu 59% na comparação com o mesmo período do ano passado e o recurso a centrais térmicas aumentou 61%.

Ao mesmo tempo, a contribuição das fontes renováveis para a produção de eletricidade recuou 23,3% - 71% para 47,7% -, ou seja, "até final de setembro, menos de metade do consumo de eletricidade foi assegurado por fontes renováveis", realça a Zero. Em 2016, recorda, a produtibilidade hidroelétrica foi 66% acima da média, enquanto 2017 está com valores 43% abaixo.

As consequências em termos de emissões de gases de efeito de estufa "são verdadeiramente dramáticas", alertam os ambientalistas, já que a produção de eletricidade tem de ser garantida em grande parte pela queima de combustíveis fósseis, em particular nas centrais a carvão, de Sines e do Pego, e nas de ciclo combinado a gás natural (que mais que duplicaram o total da sua produção: +225% em relação ao mesmo período de 2016).

Tendo em conta a continuação e agravamento da situação de seca, "as emissões tenderão a aumentar", conclui a Zero.

Numa análise realizada há dois meses pela associação, é referido que, 2017, "com os efeitos da seca na produção de eletricidade e com grandes áreas ardidas, muito provavelmente este será um dos anos com maiores emissões em Portugal desde o início da década".

A quantidade de água armazenada em setembro voltou a descer em todas as bacias hidrográficas de Portugal continental, na comparação com agosto, segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

Das 60 albufeiras monitorizadas pelo Sistema, três apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 23 têm disponibilidades inferiores a 40% do total.

Estudo
Um investigador de uma universidade na Nova Zelândia vai fazer um ensaio clínico para confirmar que os cães podem detetar de...

O ensaio passa por dar amostras de saliva humana aos cães para eles as farejarem. Os animais têm um dispositivo que contabiliza o tempo que cada um demora a cheirar cada amostra.

Demorar mais tempo em determinada amostra significará uma indicação positiva da doença

“A doença tem uma elevada taxa de mortalidade, por isso qualquer pequena diferença pode salvar vidas”, afirmou Tim Edwards, citado pela própria universidade num comunicado publicado no seu site.

O investigador, especialista em comportamento animal, recebeu 30 mil dólares neo-zelandeses (18,3 mil euros) para levar a cabo o ensaio clínico com os cães.

 

Maus hábitos alimentares e estilo de vida estão na origem do problema
Quando pensamos em fígado, as hepatites são as doenças que se destacam. Mas estas não são as mais frequentes, confirma Arsénio...

Um problema que, juntamente com outros, vai estar em destaque nas XI Jornadas do NEDF, que se realizam a 6 e 7 de outubro em Viana do Castelo, um encontro que fomenta o debate entre os participantes, “a atualização de conhecimentos e a formação dos médicos internos”.

“Ao contrário das hepatites virais, cujo número tenderá a baixar, e da doença hepática alcoólica, que continua a ser um problema entre nós mas que não tem aumentado em número de casos, prevê-se que o fígado gordo, resultante de maus hábitos alimentares e do estilo de vida moderno, seja cada vez mais frequente”, refere Arsénio Santos.

 Um aumento que não surpreende, uma vez que, acrescenta, “há uma relação direta entre os excessos da alimentação moderna, o estilo de vida sedentário e o aumento da incidência de fígado gordo. Este aumento tem também relação direta com o aumento do número de casos de obesidade, de diabetes e de dislipidemia, todas elas causa de fígado gordo. E a nossa capacidade para diminuir o número de casos destas doenças, e para as combater, passa essencialmente pela educação das pessoas para fazerem uma alimentação mais saudável, com menor consumo de gorduras e hidratos de carbono e maior ingestão de vegetais, e para adotarem estilos de vida menos sedentários, com atividade física regular”.

O presente e o futuro das hepatites será outro dos temas em discussão. Um presente que, garante o especialista, “é já muito gratificante, pois temos tratamentos que, embora dispendiosos, são muito eficazes e muito bem tolerados, tanto para a hepatite B como para a C. Quanto ao futuro, a erradicação destas doenças poderá ainda demorar algumas décadas mas é lícito esperar, nos próximos anos, uma diminuição drástica do número de novos casos de infeção e a médio prazo a redução do número de complicações destas doenças”.

Para os internistas, as doenças do fígado vão continuar a ser um desafio, mais ainda porque, tendo em conta que estes especialistas “abordam a pessoa doente de uma forma global, estão em situação privilegiada para continuar a diagnosticar, tratar e acompanhar os doentes hepáticos, pois as doenças do fígado não existem isoladamente, tendo frequentemente implicações sistémicas”.

Arsénio Santos reforça que este é um trabalho que os médicos internistas querem continuar a fazer, mas chama a atenção para outro objetivo importante dos que se têm dedicado às doenças hepáticas: “que a nível da Ordem dos Médicos seja reconhecida essa diferenciação de alguns internistas. Durante anos, lutamos pela criação de uma Competência em Hepatologia a que pudessem aceder especialistas provenientes de áreas diversas. Como parece que, neste momento, tal não é possível, por ter sido, há alguns anos, criada a subespecialidade de Hepatologia no seio da Especialidade de Gastrenterologia, parece que a única alternativa será a criação de algo semelhante a que os internistas possam também aceder. Se assim é, que seja esse o caminho mas que se resolva em breve, pois esta indefinição já se arrasta há muito tempo”.

Importância da imunização
Época da gripe foi muito intensa no hemisfério Sul. Direção-Geral da Saúde recomenda vacinação dos grupos de risco, em especial...

A campanha de vacinação contra a gripe arrancou na segunda-feira. Este ano há 1,4 milhões de doses disponíveis no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais 200 mil do que na época passada.

Os responsáveis da Direção-Geral de Saúde (DGS) insistem na importância da imunização dos cidadãos dos grupos de risco, como idosos, doentes crónicos e profissionais de saúde.

Este ano o alerta é ainda reforçado devido à intensidade da época da gripe dos últimos meses no hemisfério Sul, nomeadamente na Austrália.

"Foi uma gripe muito intensa, houve muitos casos e mais mortalidade", sublinha a subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, citada pelo jornal Público.

Somadas às que estão à venda nas farmácias (e que são comparticipadas em 37% pelo Estado), são mais de dois milhões de doses disponíveis para os portugueses e residentes em Portugal.

Páginas