Ministro da Saúde
O ministro da Saúde disse hoje que o Governo terá condições para decidir sobre a mudança do Infarmed para o Porto "a curto...

“Alguns aspetos estão a ser aprofundados” na análise da eventual deslocalização do Infarmed para o Porto e “teremos condições para uma decisão a curto prazo”, referiu Adalberto Campos Fernandes.

O governante está a ser ouvido na comissão parlamentar da Saúde sobre o anúncio da mudança do Infarmed para o Porto, avançada em novembro de 2017 e que tem suscitado várias críticas e a oposição dos trabalhadores, assim como da presidente da autoridade do medicamento.

A decisão terá em conta o relatório do grupo de trabalho acerca do assunto, a estabilidade da atividade da entidade, assim como as condições de trabalho dos funcionários, apontou.

O ministro da Saúde comprometeu-se no final de junho a acelerar o processo de deslocalização, tendo Adalberto Campos Fernandes garantido que a mudança para o Porto deverá acontecer em janeiro de 2019.

Questionado pelos deputados, nomeadamente Ricardo Baptista Leite, do PSD, acerca das declarações da presidente do Infarmed, na terça-feira, na comissão de Saúde, Adalberto Campos Fernandes salientou ser um “exagero”.

Quando se fala da ameaça da saúde pública nacional e mundial, “estamos no domínio do exagero”, defendeu.

Maria do Céu Machado alertou que uma deslocalização da instituição pode ser uma “ameaça à saúde pública” em Portugal e também no mundo.

Na sequência da decisão do ministro da Saúde de deslocalizar a autoridade do medicamento para o Porto, e da polémica daí decorrente, foi pedido um relatório a um grupo de trabalho que entregou as conclusões no final de junho.

Na terça-feira, a comissão de Saúde recebeu a presidente do Infarmed, Maria do Céu Machado, e a comissão de trabalhadores da instituição.

Maria do Céu Machado alertou também que uma deslocalização da instituição pode representar uma perda de credibilidade do país, e deixou duras críticas ao relatório pedido pelo Governo, que considerou superficial e opinativo, salientando não entender os benefícios da mudança.

No mesmo sentido crítico vai a comissão de trabalhadores do Infarmed ao defender que o relatório sobre a transferência da instituição de Lisboa para o Porto é superficial, e está cheio de erros e omissões.

Os trabalhadores ficaram “perplexos” perante o relatório, disse o dirigente Rui Spínola, referindo que a solução foi fazerem uma “errata”, um documento de 36 folhas que hoje entregaram aos deputados.

Já o presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos classificou de “egocêntricas e autistas” as declarações da presidente do Infarmed sobre a deslocalização da instituição para o Porto e assegurou que tal não terá “nenhum impacto”.

Investigação
Embora seja complicado ter dados concretos sobre como é que as pessoas tratam a dor, algumas pesquisas indicam que um terço dos...

De fato, mais de 100 milhões de adultos, só nos Estados Unidos, vivem com algum tipo de dor crónica ou severa; este número é maior do que o número de pessoas que vivem com diabetes, doenças cardíacas ou cancro, combinadas.

Contudo, quase metade das pessoas não recebe o alívio da dor necessário através de medicamentos, e muitos desses medicamentos têm efeitos secundários que vão desde náuseas a vómitos, passando pelo vício e a overdose.

Por esse motivo, alguns grupos de trabalho estão a procurar abordagens alternativas para o manejo da dor; e algumas dessas abordagens podem surgir, de forma surpreendente, de um grupo de crianças com cancro.

O custo emocional do cancro infantil é tão insuportável que às vezes é fácil ignorar a extrema dor física sofrida pelas crianças que têm de lidar com a doença. A "cura" para o cancro infantil inclui procedimentos de tratamento invasivos e às vezes dolorosos, incluindo punções venosas e aspiração da medula óssea, um procedimento que envolve tirar uma amostra de uma seringa do tecido esponjoso encontrado dentro dos ossos. Além disso, a quimioterapia pode causar neuropatia dolorosa, náusea e diarreia, além da dor causada pelo próprio tumor.

Embora a dor seja frequentemente subvalorizada em crianças, aqueles que tratam esta população têm de lidar com esta dor todos os dias e, assim, fazem do tratamento da dor da criança uma prioridade. Como resultado, novos tratamentos para a dor emergem, muitas vezes, primeiro para tratar crianças.

A perceção da dor ocorre no cérebro, em regiões da chamada matriz da dor, incluindo o córtex cingulado anterior, o tálamo e a ínsula. Essas regiões cerebrais estão envolvidas numa ampla gama de processos cognitivos e relacionados à emoção, e, de forma crítica, parecem estar envolvidas com o motivo pelo qual a dor é tão má, ou o que é chamado de aspetos afetivos da dor.

É importante ressalvar que as regiões da matriz da dor continuam a desenvolver-se ao longo da infância, tornando-se especialmente sensíveis à exposição repetida à dor.

Assim, a dor frequente experimentada com o cancro infantil e com procedimentos dos tratamentos no início da vida pode ser especialmente prejudicial ao sistema nervoso em desenvolvimento.

Em algumas das pesquisas realizadas descobriu-se que o cancro infantil afeta o funcionamento da matriz da dor. Alterações na estrutura e função cerebral podem contribuir para a dor crónica e outros efeitos tardios comummente relatados por pacientes com cancro e por sobreviventes, como problemas de memória e atenção.

Dado o potencial de efeitos negativos no cérebro em desenvolvimento, a atenção dos media sobre a epidemia de opioides e o fato de que em alguns casos as crianças já estão a receber muitos medicamentos durante o tratamento, os médicos precisam de encontrar abordagens alternativas não farmacológicas de forma a conseguirem “controlar” a dor em pacientes pediátricos.

Uma dessas abordagens promissoras é a da Kids Kicking Cancer, uma organização sem fins lucrativos que agora está em cinco países diferentes e usa técnicas de artes marciais para fortalecer as crianças além da dor, da angústia e da incerteza da sua doença. A terapia da Kids Kicking Cancer envolve uma variedade de intervenções ao nível da mente e do corpo que são baseadas na ciência, incluindo a meditação, a respiração e a visualização.

Um estudo recente demonstrou que esta é uma intervenção eficaz para reduzir a dor do cancro pediátrico, com quase 90% das crianças a relatarem uma redução da dor numa média de 40% ao longo de uma sessão de uma hora. Poucos, se algum tipo de medicamento para dor, demonstraram resultados tão significativos. 

Agora, um estudo realizado pela Universidade Estadual do Wayne, nos Estados Unidos, está a usar imagens do cérebro para estudar como isso funciona. Embora o estudo ainda esteja em curso, alguns dos resultados preliminares sugerem que as crianças com cancro são capazes de usar essas técnicas para assumir o controlo das suas vidas e reconfigurar a matriz da dor do cérebro.

Essas técnicas podem ajudar a controlar a dor, diminuindo o controlo de volume; a dor é apenas um dos muitos sinais no cérebro e as pessoas não precisam de prestar atenção a ela. E, mais importante, essas técnicas parecem ignorar os recetores opioides no cérebro.

Os adultos podem ter muito a aprender com essas crianças. Um dos elementos mais comuns na Kids Kicking Cancer é que as crianças com cancro se tornam, elas mesmas, as professoras.

De fato, o programa Kids Kicking Cancer "Heroes Circle" permite que as crianças mostrem aos adultos e a outras crianças como se pode tentar aliviar o stress, a raiva e a dor. 

O grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Wayne organizou um seminário sobre a Kids Kicking Cancer com adultos e descobriu que 97% das pessoas que o frequentaram relataram que o seminário teve um “impacto profundo” nas suas vidas.

Neste seminário, os adultos aprenderam com as crianças que lutam contra um cancro que, por exemplo, a respiração pode ser usada para ajudar a superar o stress. Ao integrar essas técnicas nas suas próprias vidas, os adultos podem diminuir o seu próprio stress e ansiedade, ajudando ao mesmo tempo a reduzir a dor e o sofrimento das crianças. 

Assim, estas antigas técnicas sobre a mente e o corpo, combinadas com uma plataforma que fornece um propósito de olhar para os outros como forma de inspiração, podem ser uma poderosa ferramenta terapêutica subutilizada para ajudar adultos que sofrem de dor, vício ou trauma.

A primeira recomendação nas diretrizes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos, para os médicos sobre o tratamento da dor crónica foi tentar intervenções não-farmacológicas e não opioides; mas agora, chega-se à conclusão que talvez de devesse olhar para alguns dos jovens super-heróis que estão a lutar contra um cancro, para se poder obter respostas sobre como lidar com a epidemia da dor e da dependência.

20 de julho - Dia Nacional do Transplante
O ano passado foi um ano em que o número de transplantes aumentou em relação a anos anteriores embora, não atingindo os...

É notório o esforço desenvolvido por todas as equipas que se encontram a trabalhar no limite sem que haja investimento da tutela nesta área, quer a nível de recursos humanos quer a nível de infra- estruturas. As celebrações do 10º Dia do Transplante, uma efeméride que a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) continua a lutar para que se torne uma celebração nacional, mantendo, para isso, uma petição e convidando todo os portugueses a darem o seu contributo para a criação do Dia Nacional do Transplante e que  “é uma forma de homenagear, em primeiro lugar, todos os dadores, os recetores, assim como todos os profissionais envolvidos nesta área”, explica Susana Sampaio.

Há 10 anos que a SPT comemora, no dia 20 julho, o primeiro transplante realizado em Portugal pela equipa do Professor Linhares Furtado, em Coimbra. Cidade que, este ano, recebe a cerimónia solene, subordinada ao tema ‘O Transplante e a Arte’, no Pavilhão Centro de Portugal.

Uma relação muito evidente no início da transplantação, explica Susana Sampaio, quando “os seus pioneiros de alguma forma necessitaram de possuir arte e engenho para ultrapassar as dificuldades que sentiram, numa época em que esta técnica dava os primeiros passos”, mas que não desapareceu nos dias de hoje. “A arte é uma das melhores formas de o ser humano expressar as suas emoções e sentimentos. E o mundo da transplantação pode ser uma avalanche de emoções, quer para os dadores, para os recetores e mesmo para os profissionais de saúde. No Dia do Transplante pretende-se “homenagear todos os intervenientes na transplantação e chamar a atenção para a transplantação através da ARTE e ao mesmo tempo divulgar algumas das suas expressões.” refere a presidente da SPT, que chama a ainda a atenção para a necessidade procurar  ir mais além, dado que o número de dadores falecidos não consegue suprir as necessidades de órgãos para os doentes em lista de espera, uma forma de aumentar a doação é através da doação em vida. São, por isso, necessárias campanhas, para sensibilizar potenciais dadores e profissionais de saúde, que poderão ajudar a responder a todas as dúvidas que possam surgir.”

 

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Alterações agudas da córnea e da conjuntiva, cataratas e degenerescência macular ligada à idade são algumas das doenças...

Com a chegada do verão, subida da intensidade da luz solar e dos raios ultravioleta (raios UV), os cuidados com a visão devem ser redobrados de forma a evitar lesões oculares, tais como: alterações agudas da córnea e da conjuntiva, cataratas e degenerescência macular ligada à idade.

“Já são vários estudos que demonstram que as pessoas mais expostas à luz solar têm uma maior tendência para desenvolverem certo tipo de doenças oculares. Mais do que a ação aguda dos raios UV sobre os olhos (que provoca uma queimadura na superfície ocular - fotoceratite), é o efeito cumulativo de longos períodos expostos à luz solar que tem um efeito mais pernicioso sobre a visão,” começa por explicar o Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), Manuel Monteiro Grillo.

De forma a evitar a ocorrência de problemas oculares, Manuel Monteiro Grillo em representação da SPO, recomenda algumas medidas de prevenção essências:

Exposição solar: Em primeiro lugar, deve-se evitar a exposição solar entre as 11h00 e as 16h00, intervalo de horas em que a exposição aos raios UV é bastante mais elevada.

Óculos de sol: Para uma maior proteção dos olhos é essencial o uso de óculos de sol com proteção UV, idealmente com lentes de proteção UV 100 por cento ou com a maior  percentagem possível.

Chapéus e bonés: Os chapéus com abas e/ou palas também são uma ajuda na proteção dos olhos, uma vez que este acessório proporciona uma barreira sobre a radiação solar direta pela sombra que dá.

Atenção os medicamentos: Se está a ser medicado o cuidado deve ser redobrado, os seus olhos podem estar mais sensíveis à luz solar. São vários os medicamentos fotossensíveis mas destacam-se, por exemplo, alguns anti-histamínicos, antibióticos ou antidepressivos.  

A SPO alerta ainda que se deve procurar imediatamente um oftalmologista caso, após exposição solar, sejam sentidos alguns destes sintomas:

  • Olhos vermelhos;
  • Ardor;
  • Sensação de corpo estranho;
  • Visão enevoada.
ONUSIDA
Um total de 1,8 milhões de pessoas contraiu o vírus da sida no ano passado, menos 5,3% do que em 2016, enquanto o número de...

A entidade revela no seu relatório anual sobre a evolução da pandemia publicado hoje que desde o pico alcançado em 1996, as novas infeções caíram 47%, enquanto o número de mortes de 2004 desceu mais de 51%.

A cobertura dos tratamentos antirretrovirais expandiu-se, sendo que no final de 2017 tinham-nos recebido 21,7 milhões de pessoas no mundo, cinco vezes e meia mais do que há dez anos.

De acordo com o relatório, 75% das pessoas que vivem com o HIV sabem que têm o vírus e, entre elas, 79% recebem esse tipo de tratamento, o que significa que, para 80% delas, a carga viral foi suprimida.

Assim, do total de infetados (36,9 milhões no final de 2017, 600.000 a mais do que um ano antes), 57% recebeu os tratamentos e 47% têm a carga viral suprimida.

No final, o aumento da disponibilidade dos medicamentos resultou numa redução de 34% do número de mortes por doenças relacionadas com a Sida entre 2010 e 2017.

No caso da África Austral e Oriental, onde 53% das pessoas em todo o mundo vivem com o HIV, a diminuição da mortalidade nesse período foi de 42% e a das novas infeções de 30%.

No Médio Oriente, norte da África, Europa Oriental e Ásia Central, o número de novas infeções quase duplicou desde 2000, devido às deficiências dos programas de prevenção primária.

As deficiências dos programas explicam porque o número de novas infeções diminuiu desde 2010 em apenas 18%, longe dos 75%, a meta para 2020 que a Assembleia Geral da ONU fixou em 2016.

Na altura, esperava-se que a pandemia deixasse de ser uma ameaça para a saúde até 2030.

No que diz respeito aos fundos internacionais disponíveis para financiar novas infeções, no ano passado aumentaram 8%, representando 20.600 milhões de dólares.

No entanto, a ONUSIDA alerta para o facto de que em 2017 "não houve novos compromissos significativos" por parte dos doadores, temendo-se até que diminuam.

No relatório, a entidade refere estar preocupada com o abandono por parte de alguns grupos chave devido à prevalência da doença, particularmente homens que mantêm relações homossexuais (a probabilidade de contrair o HIV é 28 vezes maior que a dos homens com relacionamentos heterossexuais), aqueles que consomem medicamentos injetados (22 vezes mais risco) ou prostitutas (13 vezes mais).

Estes grupos de risco e os seus parceiros representaram cerca de 40% das novas infeções registadas no ano passado.

Desde o início da epidemia, os especialistas desta agência estimam que 77,3 milhões de pessoas contraíram a infeção e 35,4 milhões morreram de doenças relacionadas a sida.

Infarmed
A Comissão de Trabalhadores do Infarmed defendeu ontem no parlamento que o relatório sobre a transferência da instituição de...

Numa audição na Comissão de Saúde, o dirigente da Comissão de Trabalhadores (CT) Rui Spínola disse que os trabalhadores ficaram tão “perplexos” ao não conseguirem perceber o relatório que a solução foi fazerem uma “errata”, um documento de 36 folhas que ontem entregaram aos deputados.

Na sequência da decisão do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, de deslocalizar a autoridade do medicamento para o Porto, e da polémica daí decorrente, foi pedido um relatório a um grupo de trabalho que entregou as conclusões no final de junho.

A CT, depois de a direção do Infarmed já o ter feito, foi instada a comentar o relatório, tendo Rui Spínola dito que depois dos últimos oito meses penosos para os trabalhadores havia a esperança de que o relatório trouxesse algo de novo, o que não aconteceu.

“Não quero acreditar que se todas aquelas 27 pessoas tivessem lido o relatório o assinavam”, disse Rui Spínola, depois de também a presidente do Infarmed, Maria do Céu Machado, ter deixado dúvidas sobre se de facto todos os membros da comissão leram o documento divulgado.

“O relatório não é para ser levado a sério, pela qualidade que apresenta mais valia não ter sido feito”, disse o dirigente da CT, exemplificando com o cálculo de 17 milhões de euros para um novo Infarmed, quando o atual custou, há vários anos, 24 milhões.

Rui Spínola falou das dificuldades que a CT vê na mudança para o Porto e concluiu que os trabalhadores não encontram “uma vantagem para a deslocalização”.

Os trabalhadores entregaram hoje uma carta aberta ao ministro da Saúde, na qual recordam que Adalberto Campos Fernandes tinha colocado como limite para desistir da deslocalização a qualidade, a segurança e a proteção do serviço público e do interesse público, e a questão dos trabalhadores e o seu interesse vital.

“O relatório entregue pelo grupo de trabalho não conseguiu demonstrar qualquer vantagem com a deslocalização do Infarmed”, diz a CT na carta, lembrando que os trabalhadores já demonstraram que não estão disponíveis para acompanhar essa deslocalização.

E dizem acreditar que o ministro irá decidir pela “defesa do Infarmed, da regulação eficaz do setor do medicamento e produtos de saúde, da defesa da saúde pública e do Serviço Nacional de Saúde”.

A mudança do Infarmed para o Porto foi anunciada em novembro, depois de esta cidade ter perdido a candidatura para acolher a Agência Europeia do Medicamento, que deixará Londres na sequência do ‘Brexit’.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental e do arquipélago da Madeira estão hoje em risco muito elevado de exposição à radiação...

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou em risco muito elevado os distritos de Portalegre, Coimbra, Porto, Lisboa, Coimbra, Leiria, Setúbal, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Évora, Beja, Vila Real, Bragança, Braga, Viseu, Aveiro, Castelo Branco, Santarém e Faro no continente e o arquipélago da Madeira.

As ilhas das Flores, São Miguel, Faial e Terceira, nos Açores, estão hoje com níveis elevados de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral oeste até meio da manhã, podendo persistir em alguns locais a norte do Cabo Raso.

Durante a tarde, está previsto um aumento temporário de nebulosidade no interior da região Norte e possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral Norte e Centro.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco de noroeste, soprando moderado no litoral oeste e nas terras altas, em especial a partir da tarde, neblina ou nevoeiro matinal, em especial no litoral oeste a norte do Cabo Raso e pequena descida da temperatura máxima.

As temperaturas mínimas no continente vão oscilar entre os 13 graus Celsius (Guarda, Portalegre e Beja) e os 18 (em Faro) e as máximas entre os 23 graus (Viana do Castelo, Porto, Viseu e Leiria) e os 31 (em Évora).

Para a Madeira prevê-se céu muito nublado, apresentando-se geralmente muito nublado até final da manhã com ocorrência de períodos de chuva, em especial nas vertentes norte e vento fraco a moderado.

No Funchal as temperaturas vão variar entre os 20 e os 25 graus Celsius.

O IPMA prevê para o arquipélago dos Açores períodos de céu muito nublado com abertas, possibilidade de aguaceiros fracos e vento fraco a moderado.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão oscilar entre os 21 e os 26 graus, na Horta entre os 20 e os 26, em Angra do Heroísmo entre os 20 e os 25 e em Ponta Delgada entre os 19 e os 26.

Investimentos elevados
O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Henrique Martins, defendeu ontem a introdução da robótica “de...

À margem de um workshop apresentado ontem, em Lisboa, pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), sobre a introdução da robótica na saúde, Henrique Martins, em declarações, explicou que “não se trata apenas de uma prioridade tecnológica”, é necessário perceber “qual é o valor que a solução robótica aporta numa determinada tarefa a ser feita no seio do Serviço Nacional de Saúde”.

Quando questionado se estas tecnologias poderão pôr em causa postos de trabalho, Henrique Martins explicou que, por exemplo, um braço robotizado poderia ajudar uma pessoa a levantar-se e fazê-lo “com muito mais conforto para o profissional de saúde, e até causando menos doenças profissionais”, ou seja, “no fundo, gerava mais saúde sem tirar emprego a ninguém”.

Para introduzir a robótica na saúde é necessário fazer investimentos, e o presidente da SPMS reconheceu que em alguns casos esse custo é “muito elevado” e que “pode haver outras prioridades”.

“É necessário aguardar pelo momento certo para investir nessas tecnologias. Contudo, noutros casos, o investimento não é muito maior do que aquele que já fazemos em certos tipos de medicamentos ou opções terapêuticas”, reconheceu.

No workshop realizado foram apresentados vários projetos inovadores, um deles foi o “Gasparzinho”, um pequeno robot que vive e interage com as crianças do Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO).

Os técnicos têm estudado a relação do aparelho com as crianças e feito pequenas modificações que melhoraram as suas capacidades sociais.

Em declarações, Pedro Lima, um dos responsáveis pela construção deste “robot social”, explicou que tem sido “muito bem aceite por todas as crianças autistas”, e que estas “chegam mesmo a preferir interagir com uma máquina do que com uma pessoa”.

“Estas máquinas em particular são especialmente apelativas, e o facto de o robot se mexer e falar faz com que as crianças se sintam ainda mais estimuladas a brincar com ele”, acrescentou.

Pedro Lima destacou que o projeto assume uma grande importância, porque ajuda a diminuir o “isolamento dos miúdos e estimula a interação em grupo”.

Na Austrália
Investigadores australianos desenvolveram um exame de sangue para detetar o melanoma em estádio inicial e dizem que se trata do...

Cientistas da universidade Edith Cowan, cujo trabalho foi publicado na revista Oncotarget, explicam que este teste pode ajudar os médicos a detetar o melanoma, um agressivo cancro de pele, antes que ele se espalhe pelo corpo.

"Pacientes cujo melanoma é detetado numa fase inicial têm uma taxa de sobrevivência de cinco anos entre 90 e 99%", disse a diretora do estudo, Pauline Zaenker, em comunicado.

Caso contrário, a taxa desce para menos de 50%.

"É por isso que este exame de sangue é tão promissor enquanto ferramenta de deteção potencial porque pode detetar o melanoma em fase inicial, quando ainda é tratável", acrescentou.

Os investigadores testaram 105 pacientes com melanoma primário e 104 pessoas saudáveis.

O teste detetou melanoma em um estádio inicial em 79% dos casos.

Atualmente, o diagnóstico é baseado em um exame clínico efetuado por um médico. Em caso de lesão suspeita, ela é removida cirurgicamente e alvo de biopsia.

O teste desenvolvido pelos investigadores permite identificar os auto-anticorpos produzidos por um paciente em resposta ao cancro.

"Nós analisamos um total de 1.627 tipos diferentes de anticorpos para identificar uma combinação de 10 anticorpos que são os melhores indicadores da presença de melanoma em pacientes afetados em comparação com voluntários saudáveis", acrescentou.

Sanchia Aranda, diretora executiva do Cancer Council Australia, disse que a pesquisa é promissora para pessoas de alto risco que precisam de passar por rastreios regulares de pele.

A especialista explicou que este teste não deteta outros cancros de pele mais comuns, mas menos perigosos, como o carcinoma basocelular.

"As pessoas precisam de estar muito conscientes do potencial dano à sua pele provocado pelo sol e prestar muita atenção à menor mudança na aparência de suas espinhas ou sinais", disse ela.

Os investigadores devem agora conduzir outro ensaio clínico, por três anos, para validar suas descobertas, esperando então ter um teste que possa ser útil aos médicos.

Um em cada três cancros detetados é cancro de pele, segundo a Organização Mundial de Saúde. A Austrália tem uma das maiores prevalências de melanoma no mundo.

 

Petição
Os deputados parlamentares vão analisar, na quarta-feira, 16 medidas relacionadas com a alimentação escolar, tais como o fim de...

Depois de um ano letivo que começou envolto em polémica no que toca à qualidade e quantidade das refeições escolares, o ano termina com o parlamento a debruçar-se novamente sobre o assunto: para a sessão plenária de quarta-feira está agendada a discussão de uma petição com cerca de 14 mil assinaturas, cinco recomendações ao Governo e dez projetos de Lei.

A petição defende que as autarquias, que são responsáveis pela alimentação das crianças dos jardins-de-infância e escolas de 1.º ciclo, devem ter liberdade para aumentar o valor pago por cada refeição, deixando de estar limitadas às determinações do Orçamento do Estado.

A petição, cujo primeiro signatário é o vereador da Educação da Câmara Municipal de Cascais, defende também que as autarquias possam celebrar protocolos locais com instituições de solidariedade sociais ou outras entidades.

Também preocupados com a alimentação das crianças e jovens, os deputados do Partido Animais e Natureza (PAN) e do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) são quem defende mais mudanças: O PAN apresenta três projetos de lei e duas recomendações ao Governo e o PEV apresenta quatro projetos de lei e uma recomendação.

O PAN quer que as cantinas escolares deixem de poder servir aos alunos refeições com carnes processadas, assim como deixe de distribuir leite achocolatado às crianças do pré-escolar e 1.º ciclo.

Também no âmbito do programa de leite escolar, o PEV defende que as escolas passem a ter a opção de uma bebida vegetal, assim como a disponibilização de bebidas vegetais nos bares das escolas.

Tanto o PAN como o PEV pedem um controlo mais apertado nos produtos disponibilizados nas máquinas de venda automática que existem dentro das escolas, desincentivando “a venda de alimentos com excesso de açúcar, gordura e sal”, sublinham os deputados do PEV.

Em alternativa, o PEV defende a promoção de fruta e outros produtos alimentares saudáveis nos bufetes e bares escolares e o PAN entende que o Governo devia criar uma estrutura que ficasse responsável pela educação alimentar em meio escolar.

Já o PCP e Bloco de Esquerda voltam a defender a gestão pública das cantinas escolares, apresentando projetos de lei nesse sentido.

O BE recomenda ainda ao Governo “medidas de promoção do acesso a produtos da agricultura de produção local às cantinas públicas”.

Já o CDS-PP recomenda ao Governo que passe a publicar um relatório anual sobre a situação das refeições escolares nas escolas públicas.

 

Presidente alerta
A presidente do Infarmed, Maria do Céu Machado, alertou hoje que uma deslocalização da instituição pode ser uma “ameaça à saúde...

Ouvida hoje na comissão parlamentar de Saúde, a propósito de uma eventual deslocalização da autoridade do medicamento português de Lisboa para o Porto, anunciada pelo ministro da Saúde, a responsável deixou também duras críticas a um relatório pedido pelo Governo, que considerou superficial e opinativo.

As conclusões do relatório do grupo de trabalho nomeado pelo Governo para apreciar a deslocalização do Infarmed - Autoridade do Medicamento de Lisboa - para o Porto foram divulgadas na última semana de junho.

Hoje no parlamento a responsável do Infarmed criticou duramente o documento, disse não entender os benefícios da deslocalização e alertou para perigos para a saúde pública, para custos e para perda de credibilidade do Infarmed e de Portugal.

Maria do Céu Machado começou por dizer que o facto de mais de 90% dos trabalhadores do Infarmed não quererem ir para o Porto não é por “birra” mas pelos custos pessoais, familiares e financeiros que a mudança acarreta.

E depois, respondendo aos deputados, disse que “obviamente” com a perda de trabalhadores vai haver perda de produtividade e isso é uma ameaça à saúde pública em Portugal, mas também no resto do mundo, porque há muitos medicamentos pelos quais o Infarmed é responsável durante todo o ciclo de vida.

“Somos um país de referência na avaliação de medicamentos, quando o país é responsável por uma avaliação é responsável por esse medicamento. Se estivermos dois ou dois anos e meio num processo de deslocalização”, a quebra de atividade pode por “em risco” a segurança desse medicamento, o que levaria “a um problema” para todos os países da Europa e de outros países fora da Europa, avisou.

Depois, sobre a instabilidade que vive a instituição, disse Maria do Céu Machado que 20% dos trabalhadores têm intenção de sair do Infarmed.

E quanto ao relatório confessou que no Infarmed tinham “alguma expectativa”, mas afinal, disse, não contém vários cenários, não se avaliou o custo-benefício da deslocalização, e sobre essa matéria não há mais que “um conjunto de frases sem evidência”.

“Ainda ninguém conseguiu perceber os benefícios” da deslocalização, nem o relatório os aponta, disse Maria do Céu Machado.

“O grupo de trabalho [responsável pelo relatório] assume que há um risco de perda de trabalhadores, mas diz que se podem contratar novos. Todos sabemos que um concurso público tem uma duração média de dois a dois anos e meio”, salientou a responsável, explicando que ir buscar profissionais a outras agências nunca seria possível e que só será possível recrutar “pessoas sem experiência”.

E depois, acrescentou ainda, a saída de muitos profissionais devido à deslocalização vai reduzir pessoas para a atividade normal, “quanto mais para fazer formação”.

E em relação ao laboratório, ao qual o grupo de trabalho “não deu importância”, recolocar todo o equipamento e recalibra-lo poderá ter custos elevadíssimos, mas “nada está quantificado”

Maria do Céu Machado disse aos deputados que está a preparar o contraditório ao relatório do grupo de trabalho, que nas palavras da responsável foi feito com base numa auditoria externa de quatro dias que não percebeu o que é o Infarmed e que até tem informação incorreta e enganadora.

E disse ainda que Portugal tem responsabilidades no ciclo de vida de vários medicamentos, que com uma deslocalização teria de dizer que não conseguia seguir esses medicamentos “durante dois ou três anos”, o que seria “gravíssimo”.

E ainda que o Infarmed espera ser aprovado pela FDA (autoridade do medicamento dos Estados Unidos) até ao final do ano, o que significa “negócio para Portugal e para as empresas portuguesas”, o que não acontecerá com a deslocalização, avisou.

Os deputados tinham direito a uma segunda ronda de perguntas, mas não a fizeram.

‘Mindfulness’
A presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências, Isaura Tavares, considerou hoje que o ‘mindfulness’, uma abordagem que...

A investigação sobre este conceito "tem crescido exponencialmente em todo o mundo" e a sua eficácia "demonstrada em centenas de estudos académicos", disse a docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), a propósito da formação ‘Mindfulness' em Contextos de Saúde, que decorre a partir de 22 de setembro naquela instituição de ensino superior.

Segundo a coordenadora do curso, especialista na área da dor, a evidência científica sugere que os mecanismos neurobiológicos dos indivíduos reagem às técnicas abrangidas por esta abordagem e, consequentemente, influenciando a forma como se reage ao stresse e à dor.

O ‘mindfulness', explicou, "não está relacionado com as terapias alternativas", sendo uma abordagem "baseada em conceitos que se conhecem e que estão bem esclarecidos", envolvendo técnicas como a respiração, a meditação, a alimentação, a consciência corporal e o relaxamento, que "permitem conectar com o momento presente".

Esta abordagem "não substitui as terapias convencionais, mas é um excelente complemento, que pode fazer com que as pessoas funcionem melhor, com doses menores de fármacos", salientou.

Depois de surgir como um método de intervenção em casos de ansiedade, depressão e de dor crónica, o ‘mindfulness' tem-se destacado em várias áreas da saúde pela sua eficácia.

Isaura Tavares contou que esta abordagem foi introduzida e desenvolvida numa faculdade de medicina dos Estados Unidos, no fim da década de 80, pelas mãos de um investigador "que explorou o conceito para aplicar numa população médica que não encontrava tratamento nos métodos convencionais".

Foi depois explorado por outras universidades, sendo a mais conhecida a da Universidade de Oxford (Reino Unido), onde desenvolveu-se uma técnica semelhante a dos Estados Unidos, com maior ênfase na parte cognitiva, conhecida como Terapia Cognitiva baseada no ‘mindfulness', referiu.

Em Inglaterra, indicou a investigadora, estes programas são recomendados pelo Sistema Nacional de Saúde, no qual "os médicos de família são incentivados a convidar alguns doentes depressivos para participar".

No curso ‘Mindfulness' em Contextos de Saúde, que decorre 22 de setembro até 19 de janeiro, na FMUP, os participantes podem desenvolver "uma atitude mais focada no momento atual, de modo a evitar pensamentos ruminativos", sobre "o que aconteceu no passado e o que vai acontecer no futuro", fatores que estão, muitas vezes, "associados à depressão", através de práticas formais e informais.

"Está provado que as pessoas que aderem a um programa como este, de treino mental, conseguem estar e funcionar melhor e ter menos hipóteses de uma recaída na depressão", indicou.

Direcionada para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde expostos a cenários que podem levar a ‘burnout' (distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso), a formação promove as competências necessárias para que os participantes "consigam minimizar o efeito das situações de stress, com as quais têm de lidar no seu dia-a-dia".

"As abordagens farmacológicas muitas vezes falham e as pessoas não têm mais a que recorrer. Ao treinarem o stress e a ansiedade e para conseguirem viver mais no momento atual, as pessoas conseguem lidar melhor com a dor", disse ainda Isaura Tavares.

Um dos objetivos futuros é que esta formação, realizada com o apoio de profissionais certificados pelo "Center for Mindfulness" da Universidade de Massachusetts, dos Estados Unidos, seja estendida a estudantes das faculdades de medicina, "uma população bastante stressada e que ganhava muito ao participar numa abordagem deste género", concluiu.

 

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Apesar de não terem uma idade específica para surgir, as doenças cardiovasculares fazem dos idosos as principais vítimas. A...

A propósito do Dia dos Avós, que se celebra a 26 de julho, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia deixa uma mensagem de apreço aos idosos portugueses e o desejo de que, num país envelhecido como Portugal, estas pessoas tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam.

A Insuficiência Cardíaca é, pela sua elevada prevalência e acentuadas comorbilidades e taxa de mortalidade, atualmente considerada uma ameaça à saúde pública. Os fatores de risco geralmente associados a esta síndrome são antecedentes de doença coronária ou de enfarte do miocárdio, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes, tabagismo, obesidade, e… a idade.

Num país envelhecido como Portugal, esta doença pode alcançar níveis devastadores em poucos anos. Na verdade, de acordo com o recente estudo Insuficiência cardíaca em números: estimativas para o século XXI em Portugal, é expectável que, tendo como base os dados do ano de 2011, a prevalência da IC no nosso país aumente aproximadamente 30% até 2035 e 33% até 2060. Assim, crê-se que teremos cerca de 480 mil pessoas afetadas em 2035, chegando este número a atingir os 495 mil doentes em 2060.

Segundo o Relatório de 2017 do Instituto Nacional de Estatística, o envelhecimento populacional no nosso país só abrandará daqui a quatro décadas, altura em que seremos 7,5 milhões a habitar o território nacional. A faixa etária jovem será bastante afetada, sendo que, do atual milhão e meio, passará a representar somente 0,9 milhões. A situação oposta verifica-se no grupo etário acima dos 65 anos, que passará de 2,1 milhões hoje em dia para 2,8 milhões. Isto significa que, no ano de 2080 haverá 317 idosos, por cada 100 jovens!

Tendo em conta que Portugal está cada vez mais envelhecido e que as pessoas têm uma esperança média de vida cada vez maior, é importante frisar que a Insuficiência Cardíaca, para além do peso que representa na saúde dos que com ela vivem, figura um peso avultado no Orçamento Para a Saúde.

De acordo com o Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Prof. João Morais, “combater o avanço das doenças cardiovasculares, nomeadamente da Insuficiência Cardíaca é uma prioridade nacional.” Para isso, diz ser “necessário atuar em conjunto com a Tutela e com a Sociedade Civil através de medidas de prevenção e de literacia na área da Saúde Cardiovascular.”

A Vitamina D e a exposição solar
A Vitamina D é muito importante para a saúde do organismo, intervindo na prevenção e tratamento de v

Embora a síntese de vitamina D varie de acordo com o tipo e cor de pele, idade e muitos outros fatores, no verão, em média, a exposição ao sol por 15 minutos pode ser suficiente para assegurar os níveis de vitamina D necessários. Esta exposição deve ocorrer com as pernas e braços descobertos e sem protetor solar, já que este anular ou diminui drasticamente a produção de Vitamina D pela pele.

Para ser eficaz, contudo, esta exposição solar tem que ocorrer nas horas de maior calor (das 10:00 às 16:00 horas) – é precisamente a hora a que é maior o risco de queimaduras solares.

Esta quantidade de exposição ao sol é considerada muito inferior ao necessário para contribuir de forma significativa para aumentar o risco de cancro da pele.

Assim, muito médicos sugerem devemos expor-nos ao sol desta maneira, por não mais de 15 minutos, antes de aplicar o protetor solar. É, seguramente, uma proposta razoável.

Outros argumentam, contudo, que a quantidade de vitamina D que produzimos assim é muito incerta. Chamam ainda a atenção para que o limite de segurança da exposição solar varia de uma pessoa para outra consoante a sua pele. Ambas as afirmações são verdadeiras. Por outro lado, é hoje muito fácil termos acesso a doses adequadas e bem definidas de Vitamina D através de medicamentos certificados, acessíveis e muito seguros.

Em face delas, estes médicos, em que pontificam geralmente os Dermatologistas, sugerem que é mais seguro e sensato usar sempre o protetor solar quando nos expomos ao sol, usando de forma continuada, também no Verão, os medicamentos indicados para suprir a necessidade de Vitamina D. Esta proposta está também muito bem fundamentada.

As doses recomendadas pelos especialistas do Fórum D (http://www.forumd.org) variam entre as 600U/dia para crianças, até 800 a 2000 U/dia para adultos. As doses mais altas estão especialmente indicadas para pessoas com excesso de peso.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes
A Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes (FPAD) foi convidada a representar Portugal no encontro...

No dia 21 de julho, pelas 14h, a FPAD vai apresentar a equipa oficial que vai representar Portugal aquando a comemoração do 28º aniversário da afiliada ADZC (Associação Diabéticos da Zona Centro).

Na apresentação vão ser conhecidos os nomes dos 20 atletas portugueses, federados ou amadores, que vão acompanhar mais 16 países e 3000 atletas com diabetes neste encontro, que têm como porta-voz da equipa o atleta, do Belenenses, Fernando Santos que na época 2017-2018 conquistou 14 medalhas regionais e nacionais.

Conta-se ainda com a apresentação da FPAD e a importância da prática desportiva em doentes com diabetes, com algumas palavras da Dr.ª Emiliana Querido, presidente da FPAD, da Dr.ª Maria do Carmo, presidente da ADZC, e dos atletas presentes como um incentivo à prática desportiva como um meio comprovado de melhorar a qualidade de vida da pessoa com diabetes e a desmitificar alguns receios.

 

Comissão de Saúde
A transferência do Infarmed para o Porto volta hoje a ser debatida no parlamento, onde os deputados vão ouvir o Conselho...

As audições, na Comissão de Saúde, acontecem depois de já ser conhecido um relatório, pedido pelo Governo, segundo o qual a mudança pode melhorar o funcionamento da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) a nível da produtividade.

A Comissão de Trabalhadores alerta, no entanto, para o tempo que demorará a recuperar a perda de grande parte dos funcionários, já que em inquéritos internos mais de 90% disseram não estar disponíveis para se mudarem para o Porto.

A transferência do Infarmed de Lisboa para o Porto foi uma decisão política anunciada pelo ministro da Saúde no final do ano passado, depois de ter sido conhecido que a cidade não foi a candidatura vencedora a receber a Agência Europeia do Medicamento (que vai deixar o Reino Unido).

O Governo pretende que a transferência se faça no próximo ano. Os trabalhadores pedem uma decisão rápida do Governo e alertam que a mudança do Infarmed para o Porto terá consequências graves na saúde em Portugal.

Comunidade surda
Os Açores dispõem desde ontem de um serviço de vídeo-intérprete para que a comunidade surda possa aceder aos serviços de...

"Vamos ter disponível um intérprete permanentemente, ou seja, através deste serviço, qualquer indivíduo que seja surdo e que saiba língua gestual portuguesa pode aceder ao serviço e comunicar, quer com a central da Proteção Civil, quer com os bombeiros", adiantou o secretário regional da Saúde dos Açores, Rui Luís, citado numa nota do gabinete de apoio à comunicação social do Governo Regional.

Estima-se que existam nos Açores cerca de 1.050 pessoas com deficiência ou perda auditiva, das quais cerca de 560 com surdez profunda.

O 'Serviin', que entrou ontem em funcionamento, é um serviço de vídeo-interpretação em língua gestual portuguesa, em que um intérprete licenciado comunica gestualmente com o surdo e oralmente com os profissionais do serviço de emergência.

A videochamada pode ser feita através do número 12472 ou via ‘skype’, em Serviin-Intérprete LGP.

Segundo Rui Luís, todas as viaturas de socorro dos bombeiros estão equipadas com 'tablets' e o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores vai dar formação sobre técnicas de comunicação com a pessoa surda em situações de emergência, a partir de setembro, no âmbito do curso de tripulante de ambulância.

Em julho de 2017, o executivo açoriano já tinha lançado um serviço de comunicação por SMS para a comunidade surda.

"Foi uma primeira solução que disponibilizámos e que levou 34 pessoas a inscreverem-se no sistema. Dessas, houve duas chamadas, o que para nós é relevante, já que se trata de situações de emergência e que justificam, por si só, o projeto", salientou o secretário regional da Saúde.

1,6 milhões de euros
As obras de ampliação da urgência do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém (Setúbal), deverão estar concluídas...

“A conclusão está prevista para outubro e, de acordo com o cronograma da obra, não há evidências de que esteja atrasada. A estrutura está montada e já estão a fazer uma das ligações entre os dois edifícios”, explicou Luís Matias, presidente da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), de que faz parte o hospital.

Depois de a obra de construção civil ser entregue, a ULSLA vai avançar com a colocação do equipamento, indicou o responsável, prevendo que, "se não houver nenhum deslize", a nova urgência "estará em funcionamento pleno no final deste ano”.

As obras, iniciadas em janeiro deste ano, pretendem melhorar as condições de atendimento dos utentes da urgência médico-cirúrgica do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), instalado em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal.

“Vamos ter mais disponibilidade de camas e gabinetes, áreas de espera interna condignas, uma sala de tratamentos mais ampla e moderna, duas salas de pequena cirurgia, um gabinete de exames e uma área para a ortopedia, o que nos permite dizer que vamos ter uma grande melhoria das condições atuais da urgência”, sublinhou o responsável.

Após a conclusão da obra de ampliação, a urgência ficará com uma área total de 1.300 metros quadrados.

“Esta ampliação é quase toda nova e prevê a ligação ao atual edifício”, adiantou Luís Matias.

“Vamos ainda aproveitar para relocalizar a farmácia do HLA, que é encostada à urgência, para criar nessa área um hospital de dia com serviço de ambulatório”, acrescentou.

O presidente da ULSLA adiantou ainda que “conta poder reforçar a equipa” de profissionais até à entrada em funcionamento da nova urgência.

Em declarações, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, reconheceu que a atual urgência do HLA "está desadequada" e que a ampliação vai melhorar as condições de atendimento dos utentes.

“A atual urgência está desadequada às necessidades das populações e o que vamos criar é melhores condições, quer de acessibilidade, quer de organização do próprio serviço”, sublinhou.

A nova estrutura, frisou, “é uma mais valia que estava projetada há muitos anos” e que vai resultar “numa melhoria no acolhimento dos doentes”.

 

Nações Unidas
Mais de 1,1 mil milhões de pessoas em 52 países enfrentam riscos significativos por falta de acesso a refrigeração, incluindo a...

Em conferência de imprensa, Rachel Kyte disse que “milhões de pessoas morrem todos os anos por falta de acesso a refrigeração, seja por perdas de alimentos, vacinas danificadas ou impacto severo do calor”.

A responsável, que promove o objetivo das Nações Unidas de fornecer energia sustentável a todas as pessoas até 2030, indicou que os países que mais riscos enfrentam são Bangladesh, Brasil, China, Índia, Indonésia, Moçambique, Nigéria, Paquistão e Sudão.

Kyte salientou que "refrigeração para todos" não significa "colocar um ar condicionado em todas as casas", mas que são necessários "esforços urgentes para esclarecer as necessidades de refrigeração e desenvolver e testar novas soluções”.

Prisões
Os ministérios da Justiça e da Saúde estão a trabalhar para encontrar uma solução na área da saúde mental e que permita aos...

“É necessário que ao nível dos estabelecimentos prisionais tenhamos uma capacidade mínima de resposta do ponto de vista da saúde prisional. Temos de ter uma base mínima em todos os segmentos nas doenças infecciosas, mas em particular também na área da psiquiatria”, disse a ministra da Justiça, na cerimónia de assinatura de protocolos entre a Direção-Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais e 28 instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde.

Os protocolos hoje assinados, no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), vão permitir que os médicos - infeciologistas, gastrenterologistas e internistas – passem a deslocar-se às prisões para cuidar da população reclusa infetada com VIH, hepatites B e C de 45 estabelecimentos prisionais do continente.

Segundo a DGRSP, este novo modelo vai possibilitar também a realização de rastreios à entrada, durante, e no final do período de reclusão.

Francisca Van Dunem adiantou que, além destas doenças infecciosas, há também “um problema relacionado com a doença da saúde mental no sistema prisional”, que passa pelo tratamento de pessoas que estão privadas da liberdade por terem praticado crimes e são consideradas inimputáveis, mas que são perigosas.

“As recomendações apontam no sentido do internamento em estabelecimentos para efeitos de cura na sequência da prática de crime e na condição de inimputável deve ser feito num estabelecimento com características médicas e não com características prisionais. É para aí que temos de caminhar”, disse aos jornalistas a ministra.

Francisca Van Dunem avançou que os ministérios da Justiça e da Saúde estão a trabalhar no sentido de encontrar uma solução, sendo o objetivo mudar “o modelo do paradigma prisional para o paradigma hospitalar”.

Como exemplo, referiu que o Hospital Júlio de Matos vai ter em breve mais 12 camas para acolher pessoas nessa situação.

Os protocolos hoje assinados só abrangem as prisões do continente e, segundo a ministra da Justiça, “numa segunda linha entrarão os arquipélagos”, mas ainda não há previsão.

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