Psicóloga deixa dicas para uma boa saúde mental no verão
A Saúde Mental, em época de lazer e descanso, é, cada vez mais, um desafio. Cláudia Adão, psicóloga e responsável pela Integral...

Perante o aumento da possibilidade de sentir sozinho, a pressão para se divertir, as mudanças nas rotinas e a dificuldade em lidar com a falta de estrutura típica deste período, muitas pessoas poderão lidar com desafios crescentes na sua saúde mental.

A resposta passa por encontrar um compromisso entre o relaxamento e a manutenção de rotinas saudáveis, permitindo que o descanso traga os benefícios esperados sem comprometer o bem-estar psicológico.

Este período deve ser visto não apenas como um tempo de lazer, mas como uma oportunidade para refletir sobre práticas de autocuidado e conexão connosco próprios e com os outros.

5 dicas para uma boa saúde mental no Verão:

  1. Fazer planos com quem vai passar o tempo;
  2. Aproveitar o tempo livre para fortalecer conexões com amigos e familiares;
  3. Experimental algo novo e fora do quotidiano;
  4. Optar pelo equilíbrio através da meditação ou outras práticas;
  5. Aceitar que nem todos os momentos precisam de ser perfeitos.

Perante o aumento da possibilidade de sentir solidão, a pressão para se divertir, as mudanças nas rotinas e a dificuldade em lidar com a falta de estrutura típica deste período, muitas pessoas poderão lidar com desafios crescentes na sua saúde mental.

29 de junho
A "Mamãs Sem Dúvidas" irão dinamizar mais uma edição do evento online “Barrigas Ativas”, no dia 29 de junho, entre as...

Sob o nome "Treino Diário para Grávidas", a iniciativa será da responsabilidade de Joana Pereira, Personal Trainer e Especialista em Exercício na Gravidez e Pós-Parto, que irá partilhar estratégias eficazes para manter uma rotina de exercício físico segura durante a gravidez, com benefícios físicos e mentais para as futuras mamãs, como é o caso da melhoria da postura e flexibilidade, redução de dores, inchaço e produção da hormona do stress (cortisol), que é prejudicial tanto para a grávida como para o bebé.

As inscrições para o evento já estão abertas e podem ser efetuados através do seguinte link: https://mamassemduvidas.pt/ciclo/

 
Dados do 2.º Retrato das Residências Sénior em Portugal
A União Europeia (UE) está a envelhecer. Dos 448,8 milhões de residentes nos 27 países que a compõem, 21,3% são idosos, ou seja...

Portugal há muito que está a ficar mais velho. Numa análise à evolução da população idosa entre 2013 e 2023, os últimos dados disponíveis, o Eurostat revela que “em cinco países da UE, a idade média da população aumentou quatro anos ou mais. A idade média em Portugal aumentou 4,4 anos, a maior entre os países da UE”. Atualmente, a proporção de pessoas com 65 e mais anos ascende a 24%, ou seja, praticamente um em cada quatro residentes é idoso. São mais de 2,5 milhões.

São vários os fatores que explicam o crescente aumento da idade média da população, colocando Portugal em primeiro lugar entre os mais envelhecidos da UE e em quinto em termos mundiais. Um dos principais é o baixo número de nascimentos no País, reflexo tanto da mudança de paradigma no mercado de trabalho como dos baixos rendimentos, mas também da ausência de políticas de incentivo à natalidade. Junta-se a percentagem de jovens que decidem emigrar, em busca de desafios profissionais ou de melhores condições de vida, acabando por ter filhos no exterior.

Em simultâneo, regista-se um aumento da esperança média de vida que, em conjunto com os demais fatores, levará a que, se nada for feito, Portugal assista a uma expressiva redução do número de habitantes. Em 2060, Portugal terá pouco mais de 8,6 milhões de habitantes, sendo que 30%, ou seja, quase um terço do total, terá mais de 60 anos.

O atual cenário tem já um forte impacto nos serviços públicos de assistência. O Serviço Nacional de Saúde há muito que revela o impacto da demografia do País, com um crescente número de idosos a sobrelotarem hospitais e centros de saúde, isto porque o aumento da esperança média de vida não é acompanhado, em Portugal, por um envelhecimento de qualidade. O impacto é também expressivo ao nível das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), com uma oferta que se revela desajustada perante a realidade nacional.

Poucas residências, quase todas esgotadas

São poucas as residências sénior em território nacional. Segundo os dados mais recentes do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, referentes a 2018, Portugal conta com cerca de 2.700 ERPIs que, no seu conjunto, tinham a capacidade para acolher um total de mais de 100.000 idosos, um número que tem vindo, desde então, a aumentar, mas que é manifestamente reduzido à luz das necessidades atuais e preocupante considerando as perspetivas futuras. Considerando os cerca de 2,5 milhões de residentes com mais de 65 anos, a taxa de cobertura das ERPI é de apenas 4%, subindo para 8,5% se se olhar para os com mais de 75 anos.

Enquanto a oferta de ERPI das Misericórdias e das IPSS tem-se mantido praticamente inalterada, assiste-se a um crescimento da oferta privada, nomeadamente fruto do investimento de grandes grupos nacionais e internacionais neste setor. Pese embora esse esforço, toda a nova capacidade que é adicionada revela-se parca, sendo quase automaticamente preenchida, de acordo com os resultados do 2.º Retrato das Residências Sénior em Portugal, realizado pela Via Senior em parceria com a BA&N Research Unit.

Das ERPI que responderam ao questionário, 30% são estruturas com até 30 camas, sendo que 72% tem até 50 camas, sendo raras as ERPI de grandes dimensões. Praticamente dois terços (62,3%) revelam uma taxa de ocupação de 100%. Ou seja, são residências lotadas, sem capacidade para receber novos idosos, enquanto 32,1% aponta para taxas de ocupação que se situam entre 91% e 99%. São pouco representativas as residências que referem apresentar taxas de ocupação baixas, logo com camas disponíveis para poderem acolher idosos que necessitam destas estruturas, seja pelos cuidados, seja pela impossibilidade da rede familiar os apoiar no dia-a-dia.

É, por isso, comum a existência de listas de espera para a admissão de novos utilizadores das ERPI, sendo uma realidade em 7 em cada 10 das residências participantes neste inquérito. Contudo, estar na lista de espera pode, muitas vezes, não passar disso mesmo, ficar à espera, tendo em conta a longevidade da permanência daqueles que estão já a fazer uso das camas disponibilizadas pelas ERPI.

Praticamente 40% das residências aponta para estadias médias entre 5 e 10 anos por parte de idosos que na sua grande maioria (70%) têm entre 80 e 90 anos de idade. Por outro lado, a maioria das famílias que procura uma Residência fá-lo com o objetivo de concretizar a entrada do seu idoso num curto espaço de tempo, ou seja fica em lista de espera também não é muitas vezes sequer uma opção viável.

Falta de oferta faz subir as mensalidades

Apesar do aumento do número de ERPI’s, o setor continua sob pressão, sendo incapaz de colocar no mercado um número de camas suficientes para acomodar a crescente procura. Este contexto repercute-se invariavelmente nos valores cobrados mensalmente pela permanência dos seniores, que estão a subir. Entre o 1.º Retrato das Residências Sénior em Portugal, divulgado em 2023, e esta segunda edição, há aumentos médios em torno dos 5%.

Considerando as respostas ao inquérito realizado pela Via Senior em parceria com a BA&N Research Unit, há 26% que indica que não fez qualquer alteração nos valores cobrados mensalmente, mas praticamente um terço aponta para agravamentos de preços entre 2,5% e os 5%, com muitas instituições a alinharem o aumento com a taxa de inflação (4,3%, em 2023), procurando responder aos maiores custos com pessoal, serviços básicos e alimentação. Há, contudo, 25% das respostas que apontam aumentos acima dos 5%, com alguns casos a indicarem uma subida de mais de 10%.

Estes aumentos traduzem-se em preços médios que, num quarto duplo, a tipologia que mais residências sénior têm na sua oferta, estão, na sua maioria, entre os 1.250 e os 1.500 euros, acima da média de 1.000 a 1.500 euros no inquérito realizado há um ano. Aliás, 20,8% das camas em quarto duplo têm até um custo superior, entre 1.500 e 1.750 euros, enquanto 18,9% indica valores entre os 1.750 e os 2.000 euros. Só 3,8% das residências inquiridas admite disponibilizar camas abaixo de 750 euros mensais.

Considerando os quartos individuais, que oferecem um maior nível de privacidade aos idosos que residem nas ERPI, a preço médio varia entre os 1.500 e os 1.750 euros, sendo que dois terços das instituições inquiridas revelam cobrar valores acima dos 1.500 e até aos 3.000 euros. Mesmo nos quartos triplos, um terço das instituições indica valores mensais entre 1.500 e 1.750 euros, embora 22,6% das respostas apontem para um valor mais reduzido: 1.250 e a 1.500 euros.

Mais e melhores serviços para os idosos

Os preços mais elevados traduzem um desequilíbrio entre a procura, que é elevada, e a oferta, que apesar de estar a aumentar continua a ficar muito aquém daquelas que sãos as necessidades 

reais do País. Mas não se explicam apenas desta forma, sendo também reflexo de uma melhoria das condições que são oferecidas aos residentes idosos, procurando apresentar-lhes condições mais dignas nesta fase da vida e que cobrem as suas necessidades físicas,cognitivas ou espirituais, também de convívio, estímulo e valorização individual.

Prova dessa oferta melhorada passa tanto pela qualidade das instalações per si, mas também pelos serviços prestados e cuidados proporcionados aos idosos que residem nestas ERPI. Às tradicionais salas de convívio e salas de atividades, comuns à generalidade das instituições que participaram neste 2.º Retrato das Residências Sénior em Portugal, junta-se a oferta de salas de fisioterapia (68% das residências inquiridas), mas também espaços de lazer, como jardins, ou destinados à prática de desporto, seja ginásios (42%), seja piscinas (13%). A isto untam-se serviços como o de cabeleireiro.

No que respeita à resposta clínica, é grande a aposta em valências técnicas médicas. Todas as ERPI’s que participaram no inquérito revelaram que entre os seus colaboradores – metade conta com até 30 colaboradores – estão enfermeiros, que têm a capacidade de prestar cuidados médicos aos idosos, sendo que a existência de um médico é uma realidade em 98% dos inquiridos. Mais de dois terços das Residências Sénior revela contar com um médico pelo menos uma vez por semana, 15% tem duas a três vezes por semana, enquanto 17% tem um profissional em permanência na instituição.

 

Dia 27 de junho em Alte
“Segurança dos medicamentos: tod@s podemos contribuir!” é o mote da próxima sessão informativa do Projeto Saúde Mental 360º...

A segurança dos medicamentos é um pilar fundamental da saúde pública. É necessário consciencializar a população para a importância do uso seguro dos medicamentos, assim como para o papel do indivíduo na sua promoção, nomeadamente através da notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos.

Margarida Espírito Santo, farmacêutica, professora na Universidade do Algarve e Presidente do Conselho Científico da Unidade de Farmacovigilância do Algarve e Baixo Alentejo, e António Figueiredo, farmacêutico e diretor técnico da Farmácia Horta Figueiredo, localizada em Alte, conduzirão a sessão que visa sensibilizar os participantes para o uso responsável da medicação, contribuindo ainda para a segurança do medicamento.

Investir na literacia em saúde e na capacitação das pessoas para navegarem no sistema de saúde e tomarem as suas decisões de forma responsável é cada vez mais importante. “Tudo isto contribui para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e a sustentabilidade do sistema de saúde”, explica Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Saúde Mental 360º Algarve.

As sessões informativas “Saúde em Dia” pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas relacionados com a área da saúde e prevenção e gestão da doença, através de uma comunicação simples e objetiva que desmitifica alguns conceitos. Para isso, contam com o importante apoio de profissionais de saúde e de associações de doentes associadas à Plataforma Saúde em Diálogo, que se juntam nesta missão de promover a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade idosa do Algarve.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral.

 
Cirurgia HoLEP (Enucleação Prostática com Laser Holmium)
O Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) de Urologia da Unidade Local de Saúde (ULS) de São José realizou, pela primeira...

De acordo com a ULS de São José, depois de, em novembro de 2022, se ter tornado a primeira instituição de saúde do país a realizar esta cirurgia a laser de forma regular, foi agora novamente pioneira ao realizar a técnica HoLEP em regime de ambulatório. A cirurgia foi realizada por Pedro Baltazar, cirurgião principal e coordenador do projeto de HoLEP em ambulatório, e por Ana Meireles, cirurgiã ajudante.

A técnica permite operar doentes através da uretra, por via endoscópica e sem cortes, independentemente do volume prostático, em alternativa ao método clássico, que consiste numa incisão abdominal.

Segundo o diretor do Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) de Urologia, a HoLEP em ambulatório representa um avanço significativo em comparação com o método clássico, que exigia internamentos de três a cinco dias. Com esta opção terapêutica, os pacientes podem ser tratados sem necessidade de internamento ou com um período reduzido de um a dois dias, beneficiando de menor morbilidade e uma recuperação mais rápida e com menores riscos. 

 
 
Opinião
Este meu artigo de opinião pretende partilhar com o leitor um exercício reflexivo individual, relati

Importa, desde logo, clarificar que corroboro profundamente com o entendimento presente no Regulamento das Competências Comuns do Enfermeiro Especialista, ao assumir que, atualmente, os cuidados de saúde no geral, e os cuidados de Enfermagem, em particular, assumem uma maior e reconhecida importância e exigência técnico-científica. Adicionalmente, é igualmente assumido que a diferenciação e a especialização são cada vez mais uma realidade absolutamente fundamental, e que abrange a generalidade dos profissionais de saúde, onde naturalmente estão inseridos os enfermeiros.

O Estatuto da Ordem dos Enfermeiros segue assim a exigência e a necessidade descritas anteriormente, pelo que é possível atribuir o título profissional de enfermeiro especialista em seis área de especialização: i) Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; ii) Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica; iii) Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica; iv) Enfermagem de Reabilitação; v) Enfermagem Médico-Cirúrgica; e vi) Enfermagem Comunitária.

No que concerne à definição de enfermeiro especialista, trata-se de um profissional a quem é reconhecida competência científica, técnica e humana para a prestação de cuidados de enfermagem especializados, nas áreas de especialidade mencionadas previamente.

Constata-se que a atribuição do título de enfermeiro especialista pressupõe, para além da verificação das competências enunciadas em cada um dos regulamentos da respetiva especialidade em Enfermagem, que estes profissionais partilhem igualmente um conjunto de competências comuns, que são aplicáveis em todos os contextos de prestação de cuidados de saúde.

As Competências Comuns do Enfermeiro Especialista, assim designadas, envolvem um conjunto de dimensões relacionadas com a educação dos clientes e dos pares, de orientação, aconselhamento, liderança, incluindo-se também a responsabilidade de descodificar, disseminar e desenvolver investigação relevante e pertinente, que permita avançar e melhorar de forma contínua a prática de Enfermagem. São quatro os domínios das Competências Comuns do Enfermeiro Especialista: i) Responsabilidade profissional, ética e legal; ii) Melhoria contínua da qualidade; iii) Gestão dos cuidados; e iv) Desenvolvimento das aprendizagens profissionais.

Referências bibliográficas:

Diário da República - 2.ª série N.º 26 (2019). Regulamento n.º 140/2019 - Regulamento das Competências Comuns do Enfermeiro Especialista. https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/regulamento/140-2019-119236195

 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 4 de julho
No próximo dia 4 de julho, das 10h00 às 17h30, terá lugar, no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde, da...

Esta iniciativa é organizada pela Comissão Nacional para a Humanização dos Cuidados de Saúde no SNS (CNHCS-SNS). 

O Programa do Seminário integra:

  • Intervenção sobre motivação e propósito da CNHCS - SNS;
  • Conferência e debate sobre humanização em saúde - um valor integral;
  • Painel sobre a humanização como valor na terapêutica, no cuidar, na gestão e na doença;
  • Mesa-redonda sobre a realidade que temos, tendo em consideração as respostas a questionário nacional;
  • Painel sobre a humanização em saúde, contemplando o lugar da Medicina Narrativa, a formação para a humanização e a implementação da humanização;
  • Painel com apresentação das boas práticas de humanização dos cuidados de saúde em Portugal identificadas nas respostas a questionário nacional;
  • Sessão de encerramento com a presença da Senhora Ministra da Saúde. 

Este evento é destinado a profissionais e estudantes das várias áreas da saúde e outros interessados.

A inscrição é gratuita mas obrigatória (através do qrcode do poster).

 
 
Dados do Portal da Queixa
Continua a subir o número de reclamações dos utentes dirigidas às urgências hospitalares e aos serviços de emergência médica....

Os constrangimentos que têm afetado vários serviços de urgência hospitalar, de norte a sul do país, continuam a gerar ondas de insatisfação entre os utentes, aferiu uma análise do Portal da Queixa. Entre janeiro e maio deste ano, o número de reclamações registadas na plataforma relacionadas com serviços de urgência ou de emergência médica aumentou 2.3%, em comparação com o período homólogo do ano passado. 

Segundo os dados do Portal da Queixa, entre os principais motivos de reclamação dos utentes estão: o mau atendimento, a gerar 35% das queixas e onde os utentes reclamam da forma como são atendidos pelos vários profissionais de saúde (auxiliares, enfermeiros e médicos). 

Segue-se a demora no atendimento, a motivar 31.2% das participações. São reportados casos de utentes que chegam aos hospitais, mas que demoram para ser atendidos, ou alegam atrasos para realizações de consultas ou exames. 

Os problemas na triagem estão na origem de 8.1% das queixas. Já a dificuldade de contacto com os serviços acolhe 6.5% das reclamações. Referem-se a problemas para entrar em contato com as entidades por meio de telefone, e-mail e outros meios.

A falta de informação por parte dos organismos ou serviços de emergência é denunciada em 3.1% das queixas. 

O maior volume de reclamações gerado no período analisado (24.2%) foi dirigido à entidade Serviço Nacional de Saúde (SNS). O segundo lugar pertence ao número europeu de emergência 112 (11.4%) e o Hospital Beatriz Ângelo (Loures) foi a unidade de saúde hospitalar mais visada (5.2%). Alvo também de 5.2% das reclamações dos utentes está o INEM.

Segundo revelam os indicadores no Portal da Queixa, das doze entidades que figuram na lista das mais reclamadas, todas registam baixos indicadores de performance na resposta e resolução dos problemas reportados e os níveis de reputação situam-se no Insatisfatório, à exceção do INEM que é: Fraco.

Numa reclamação registada no Portal da Queixa, uma utente denuncia a falta de resposta do 112, onde viu ser recusado o envio de uma ambulância para o pai doente que viria a falecer, doze dias depois no Hospital de Santa Maria.

“No dia 29 Março de 2024, entrei em contacto com o 112 a fim de ser prestado auxílio ao meu pai pois estava doente. Quando expliquei a situação, foi me dito que o caso não era urgente e que não iriam enviar ambulância (...) e para eu solicitar transporte aos bombeiros da minha área de residência. Quando chegaram ficaram perplexos quando viram o estado do meu pai. Levaram-no para o hospital distrital, ao qual foi transferido de imediato para a medicina intensiva do Santa Maria. Resumindo, o meu pai faleceu no dia 11 abril 2024.”

Um dos utentes queixou-se também da espera no atendimento do número 112 quando tinha o pai desmaiado, descrevendo como “quatro minutos essenciais, em casos de vida ou morte”.

Manuela Gonçalves reporta na reclamação que teve de chamar um táxi e descreve como grave o atendimento no 112: “De repente fiquei com tonturas de tal forma que não me mantinha em pé liguei para o 112 pedi que me enviassem uma ambulância, ao que o homem que me atendeu, se pôs a gozar a dizer isso já passa vá para a cama mais um bocadinho.”

Constrangimentos nos serviços de urgência afetam Sul do país

De referir que, os constrangimentos nos serviços de urgência afetam esta semana particularmente a região de Lisboa e Vale do Tejo. Em Setúbal, a urgência de obstetrícia e ginecologia está encerrada desde terça-feira. 

Já em Almada, no Hospital Garcia de Orta, estes serviços permanecem encerrados durante toda a semana. O mesmo acontece no Hospital de Santa Maria, devido às obras que decorrem na maternidade e também no Hospital do Barreiro.

No Beatriz Ângelo, a urgência pediátrica está apenas aberta entre as 9h00 e as 21h00. E há também restrições nos hospitais Amadora Sintra e São Francisco Xavier, que à noite recebem apenas doentes referenciados pelo INEM e pela linha SNS24. 

 
No Dia do Médico em Portugal
No âmbito do Dia do Médico, celebrado a 18 de junho em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT)...

Desde a sua fundação, a SPOT tem trabalhado na formação, investigação e desenvolvimento científico e tecnológico na área da Ortopedia e Traumatologia. Assim, a instituição do Dia Nacional do Ortopedista, já celebrado em vários países como Espanha (20 de maio), Brasil (19 de setembro) e Argentina (8 de maio), permitirá realçar a importância desta especialidade, não só pela promoção da saúde, bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos, como também pelo seu impacto económico e social” afirma João Gamelas, Presidente da SPOT.

Para ser discutida no parlamento, a petição requer 7.500 assinaturas, pelo que a SPOT apela a que todos se juntem à causa, contribuindo, assim, para a valorização e visibilidade da profissão de ortopedista no país, reconhecendo o seu impacto positivo na saúde e na sociedade.

Para apoiar a causa, deverá assinar a petição disponível em http://participacao.parlamento.pt/initiatives/4219.

 
Desafios e Adaptações
A deficiência auditiva refere-se à perda total ou parcial da capacidade de ouvir.

Ambas as deficiências têm impactos significativos na vida diária das pessoas, influenciando a forma como interagem com o ambiente ao seu redor e com os outros. A coexistência dessas deficiências adiciona complexidade aos desafios enfrentados, requerendo abordagens inclusivas e estratégias específicas para promover a participação plena na sociedade.

O propósito deste artigo é explorar a complexa relação entre deficiência auditiva e visual, com foco na coexistência dessas condições, conhecida como surdocegueira. Além de abordar as causas subjacentes, o artigo visa analisar as implicações significativas que essa combinação pode ter na vida diária, na comunicação, na mobilidade e na participação social.

Ao examinar a intersecção dessas deficiências, pretendemos destacar os desafios enfrentados por indivíduos surdo-cegos, proporcionando insights sobre estratégias adaptativas e a necessidade de abordagens inclusivas na sociedade. A compreensão dessas implicações é fundamental para promover ambientes mais acessíveis e para informar iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

Este artigo busca não apenas fornecer uma visão abrangente das complexidades da surdocegueira, mas também inspirar a reflexão sobre as formas como a sociedade pode se adaptar e oferecer suporte eficaz a fim de garantir a plena participação e inclusão de indivíduos que enfrentam a intersecção desafiadora entre a deficiência auditiva e visual.

Causas e Condições Associadas:

A surdocegueira, caracterizada pela coexistência de deficiência auditiva e visual, pode ter causas variadas. Abordar essas causas é crucial para compreender a complexidade dessa condição. Aqui estão algumas das possíveis causas:

1. Condições Genéticas:

  • Mutações genéticas podem resultar em síndromes ou condições que afectam tanto a audição quanto a visão. Exemplos incluem a síndrome de Usher e a síndrome de Waardenburg.

2. Complicações durante a Gravidez e Parto:

  • Factores como infecções durante a gravidez, exposição a toxinas, complicações durante o parto ou prematuridade podem contribuir para a surdocegueira.

3. Doenças Congénitas e Adquiridas:

  • Algumas doenças congénitas, como a rubéola, podem causar surdocegueira.
  • Infecções, como a meningite, podem levar à perda auditiva e visual quando ocorrem em estágios críticos do desenvolvimento.

4. Degeneração Sensorial Relacionada à Idade:

  • O envelhecimento pode resultar em perda auditiva e visual progressiva, especialmente em casos de degeneração macular e presbiacusia.

5. Traumas e Lesões:

  • Lesões na cabeça, acidentes ou trauma físico podem causar danos simultâneos aos órgãos auditivos e visuais.

6. Condições Neurodegenerativas:

  • Algumas condições neurodegenerativas, como a síndrome de Alport ou a doença de Refsum, podem afectar múltiplos sistemas sensoriais.

7. Síndromes Associadas:

  • Algumas síndromes, como a síndrome de CHARGE, apresentam uma combinação de deficiências sensoriais, incluindo audição e visão.

A compreensão das causas da surdocegueira é fundamental para aprimorar estratégias preventivas, diagnóstico precoce e intervenções terapêuticas. Além disso, reconhecer a diversidade de origens dessa condição é essencial para adaptar abordagens de suporte e inclusão, considerando as necessidades específicas de cada indivíduo afetado pela coexistência de deficiência auditiva e visual.

Desafios Diários:

A surdocegueira apresenta uma série de desafios únicos que impactam diversos aspectos da vida diária, comunicação, mobilidade e interacção social para aqueles que vivenciam a coexistência de deficiência auditiva e visual. Alguns dos desafios mais significativos incluem:

1. Comunicação Limitada:

  • Dificuldade em compreender informações verbais sem a capacidade de ouvir e ver simultaneamente.
  • Dependência de métodos táteis, linguagem de sinais tátil ou comunicação gestual para se expressar e entender.

2. Mobilidade Restrita:

  • Obstáculos na navegação e orientação devido à falta de informações visuais e auditivas.
  • Necessidade de apoio de guias, bengalas longas ou cães-guia para se locomover de forma segura.

3. Acesso Limitado à Informação:

  • Dificuldade em acessar informações visuais e auditivas, como gráficos, vídeos e apresentações.
  • Dependência de tecnologias assistivas, como leitores de tela táteis e dispositivos braille, para obter informações escritas.

4. Isolamento Social:

  • Desafios na participação em actividades sociais devido às barreiras na comunicação e interacção.
  • Necessidade de consciencialização e adaptação por parte da comunidade para promover a inclusão social.

5. Educação Especializada:

  • Demandas por métodos educacionais adaptados que considerem as limitações auditivas e visuais.
  • Necessidade de profissionais treinados para apoiar o desenvolvimento cognitivo e académico.

6. Desafios no Emprego:

  • Obstáculos na obtenção e manutenção do emprego devido a requisitos específicos do ambiente de trabalho.
  • Adaptações necessárias para garantir a acessibilidade no ambiente profissional.

7. Estigma e Percepções Sociais:

  • Possibilidade de enfrentar estigmatização devido a atitudes e percepções equivocadas sobre a capacidade e independência dessas pessoas.
  • Educação e conscientização necessárias para promover uma compreensão mais abrangente e inclusiva.

A abordagem eficaz desses desafios requer não apenas adaptações tecnológicas e ambientais, mas também uma mudança cultural e social para criar ambientes que reconheçam e apoiem as necessidades específicas daqueles com surdocegueira.

Estratégias de Adaptação, Reabilitação e Comunicação:

1. Linguagem Tátil e Comunicação Gestual:

  • Alfabeto Tátil e Braille: Utilização do alfabeto braille para leitura e escrita tátil.
  • Sinais Táteis: Desenvolvimento de sinais táteis personalizados para facilitar a comunicação gestual.

2. Comunicação Gestual Adaptada:

  • Linguagem de Sinais Tátil: Uso de variações táteis da linguagem de sinais para comunicação.
  • Gestos Ampliados: Adaptação de gestos visuais para uma escala tátil compreensível.

3. Tecnologias Assistivas e Reabilitação:

  • Leitores de Ecrã Táteis: Dispositivos que convertem informações visuais em estímulos táteis.
  • Sistemas de Comunicação Tátil-Assistiva: Softwares e dispositivos que facilitam a comunicação através de estímulos táteis.
  • Reabilitação Auditiva e Visual Integrada: Treino conjunto para otimizar o uso de próteses e implantes auditivos.

4. Próteses e Implantes Auditivos:

  • Treino Auditivo Tátil: Adaptação para reconhecer e interpretar estímulos auditivos recebidos por meio de próteses e implantes.
  • Integração de Estímulos Sensoriais: Coordenar informações táteis e auditivas para uma percepção mais completa.

5. Comunicação Multissensorial:

  • Integração de Estímulos: Combinação de estímulos táteis, gestuais e auditivos para otimizar a comunicação.
  • Treino Multissensorial: Desenvolvimento de habilidades para interpretar informações a partir de diferentes estímulos sensoriais.

6. Orientação e Mobilidade:

  • Treino com Cães-Guia: Uso de cães treinados para auxiliar na mobilidade e na navegação.
  • Bengalas Longas e Guias Humanos: Ferramentas e auxílios humanos para orientação em ambientes diversos.

7. Reabilitação Especializada:

  • Equipe Multidisciplinar: Envolvimento de profissionais como terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e especialistas em reabilitação.
  • Programas Personalizados: Desenvolvimento de programas adaptados às necessidades específicas de cada indivíduo.

8. Acessibilidade Digital:

  • Softwares de Acessibilidade: Uso de softwares que convertem informações visuais em formatos acessíveis.
  • Desenvolvimento de Conteúdo Acessível: Garantia de que conteúdos digitais sejam acessíveis através de múltiplos modos sensoriais.

A implementação dessas estratégias visa oferecer suporte holístico, capacitando indivíduos com deficiência auditiva e visual a enfrentar desafios diários e a participar plenamente na sociedade.

O Papel da Tecnologia Assistiva:

1. Leitores de Ecrã Táteis:

  • Descrição: Dispositivos que convertem informações visuais em estímulos táteis, possibilitando a leitura de textos e gráficos.
  • Exemplo: TactileView, que transforma diagramas e mapas em representações táteis.

2. Sistemas de Comunicação Tátil-Assistiva:

  1. Descrição: Softwares e dispositivos que facilitam a comunicação através de estímulos táteis, permitindo a troca de informações.
  2. Exemplo: Communicator 5, um sistema de comunicação alternativa que incorpora elementos táteis.

3. Softwares de Reconhecimento de Voz e Linguagem de Sinais:

  • Descrição: Softwares que traduzem a linguagem de sinais ou comandos de voz em texto ou voz, facilitando a comunicação.
  • Exemplo: Google Live Transcribe, que converte fala em texto em tempo real.

4. Dispositivos de Sinalização Vibro-Tátil:

  • Descrição: Dispositivos que utilizam vibrações para transmitir informações, alertando sobre eventos ou notificações.
  • Exemplo: Wearable tech, como Smartwatches, que emitem vibrações para notificações.

5. Aplicações de Realidade Virtual e Aumentada:

  • Descrição: Ambientes virtuais que oferecem experiências sensoriais simuladas para compensar as limitações sensoriais.
  • Exemplo: Apps de realidade virtual para exploração de museus ou simulações educacionais.

6. Sistemas de Navegação Indoor:

  • Descrição: Aplicações que usam tecnologia de GPS e sensores para auxiliar na navegação em ambientes internos.
  • Exemplo: BlindSquare, um aplicativo que fornece informações de localização e orientação em tempo real.

7. Softwares de Reconhecimento de Objetos e Pessoas:

  • Descrição: Programas que identificam e descrevem objetos, rostos e cenas através de feedback auditivo ou tátil.
  • Exemplo: Seeing AI, um aplicativo que descreve o que está ao redor do usuário por meio da câmera do dispositivo.

8. Dispositivos Hápticos:

  • Descrição: Equipamentos que proporcionam feedback tátil, como luvas ou coletes, para transmitir informações sobre o ambiente.
  • Exemplo: Haptic Helpers, um dispositivo vestível que utiliza vibrações para indicar direções.

A tecnologia assistiva desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade de vida para pessoas com deficiência auditiva e visual, proporcionando acesso a informações, comunicação eficiente e autonomia em diversas áreas da vida quotidiana.

Estudos de Caso (de Indivíduos):

1. Helen Keller:

  • Experiência: Helen Keller, cega e surda desde a infância, tornou-se uma renomada autora, palestrante e activista.
  • Conquistas: Superou as barreiras da comunicação, aprendeu a linguagem de sinais e braille, e dedicou sua vida à defesa dos direitos das pessoas com deficiência.

2. Haben Girma:

  • Experiência: Haben Girma, primeira pessoa surdo-cega a se formar em direito em Harvard, utiliza tecnologias assistivas e linguagem de sinais tátil.
  • Conquistas: Advogada e defensora da acessibilidade, Haben trabalha para garantir que as informações sejam acessíveis a todos.

3. John Bramblitt:

  • Experiência: John Bramblitt perdeu a visão devido a complicações de epilepsia, mas encontrou na pintura uma forma de expressão.
  • Conquistas: Artista visual premiado, John cria obras impressionantes, usando texturas e cores para transmitir emoções.

4. Christine Ha:

  • Experiência: Christine Ha, chef e vencedora do MasterChef EUA, perdeu a visão devido a uma doença auto-imune.
  • Conquistas: Demonstrou habilidades culinárias notáveis, destacando a capacidade de superar desafios e se destacar em um campo competitivo.

5. Tommy Edison:

  • Experiência: Tommy Edison, cego desde o nascimento, é um popular criador de conteúdo no YouTube que compartilha sua perspectiva única sobre o mundo.
  • Conquistas: Tornou-se uma figura inspiradora, oferecendo insights valiosos sobre a vida sem visão.

6. Marla Runyan:

  • Experiência: Marla Runyan, atleta olímpica, é cega desde a infância devido a uma condição degenerativa.
  • Conquistas: Competiu em várias Olimpíadas e Paralimpíadas, desafiando estereótipos sobre as capacidades de atletas com deficiência visual.

7. João Carlos Martins:

  • Experiência: João Carlos Martins, renomado pianista brasileiro, enfrentou a perda de parte dos movimentos das mãos e a cegueira em diferentes momentos de sua carreira.
  • Conquistas: Continua a se apresentar, adaptando-se às suas limitações físicas, e é um exemplo de resiliência na música clássica.

Estes estudos de caso destacam a diversidade de experiências, conquistas notáveis e a capacidade extraordinária de superar desafios enfrentados por indivíduos com deficiência auditiva e visual. Suas histórias inspiradoras ressaltam a importância da inclusão e da criação de ambientes que promovam a igualdade de oportunidades.

Perspectivas Futuras e Avanços Científicos:

1. Terapias Genéticas:

  • Pesquisas visam desenvolver terapias genéticas para corrigir mutações responsáveis por deficiências auditivas e visuais.

2. Implantes Neurais Avançados:

  • Desenvolvimento de implantes neurais mais sofisticados para restaurar a audição e visão, proporcionando maior clareza sensorial.

3. Inteligência Artificial e Visão Computacional:

  • Avanços em inteligência artificial e visão computacional para criar dispositivos capazes de interpretar e transmitir informações visuais de maneira mais eficiente.

4. Próteses Biónicas:

  • Pesquisas focadas em próteses biónicas que replicam funções sensoriais, oferecendo uma alternativa mais próxima da experiência natural.

5. Estimulação Cerebral Não Invasiva:

  • Exploração de técnicas não invasivas de estimulação cerebral para aprimorar a percepção auditiva e visual em indivíduos com deficiências.

6. Terapia de Células-Tronco:

  • Investigação de terapias baseadas em células-tronco para regenerar células auditivas e retinianas danificadas.

7. Tecnologias Vestíveis Integradas:

  • Desenvolvimento de tecnologias vestíveis que integram feedback tátil, auditivo e visual para uma experiência sensorial mais completa.

8. Aprimoramentos em Neuro-próteses:

  • Pesquisas para melhorar a eficácia de neuro-próteses, permitindo uma comunicação mais direta entre o sistema nervoso e dispositivos externos.

9. Melhorias em Interfaces Cérebro-Computador:

  • Avanços nas interfaces cérebro-computador para traduzir sinais cerebrais em comandos que controlem dispositivos e próteses.

10. Pesquisas em Medicina Regenerativa:

  •  Estudos em medicina regenerativa visam reparar e regenerar órgãos sensoriais, proporcionando soluções duradouras para as deficiências.

O futuro para indivíduos com deficiência auditiva e visual é promissor, com a pesquisa científica avançando em diversas frentes. À medida que essas inovações se materializam, espera-se uma melhoria significativa na qualidade de vida e nas oportunidades de inclusão para essa comunidade.

Conclusão: Melhorando as Vidas de Pessoas com Deficiência Auditiva e Visual

Neste percurso, exploramos os desafios e triunfos de vidas impactadas pelas pessoas que sofrem da união das deficiências auditiva e visual. Desde estratégias adaptativas até avanços tecnológicos, ressaltamos a resiliência de indivíduos notáveis.

A convergência de deficiências auditivas e visuais exige esforços inclusivos, da educação ao ambiente social. Estudos de caso inspiradores evidenciam que, mesmo diante de obstáculos, é possível conquistar feitos extraordinários.

A revolução tecnológica, com leitores táteis a avanços em neuro-próteses, promete um futuro mais acessível. No entanto, a verdadeira transformação começa com consciencialização, inclusão e apoio contínuo.

Em síntese, ao construirmos uma sociedade que valoriza a diversidade, damos passos significativos para um futuro onde todos têm oportunidades iguais. A jornada rumo à igualdade é coletiva, e cada ato de compaixão molda um mundo mais acolhedor para todos.

*por opção do autor este artigo não foi escrito seguindo o Novo Acordo Ortográfico 

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Miopia aumenta e surge em idades cada vez mais jovens
Estima-se que, até 2050, metade da população mundial sofra de miopia. Um nível crescente de evidências sugere que as...

Efetivamente, as crianças estão a tornar-se míopes em idades mais jovens, pelo que é importante monitorizar a saúde visual  das crianças e adotar medidas para prevenir e controlar a miopia desde cedo. Até porque, quanto maior o nível de miopia, maior o risco associado a condições como descolamento da retina e degeneração macular míope. Portanto, o rastreio e o cuidado adequado são essenciais para a saúde visual das crianças.

É com esta preocupação em mente que, nos dias 29 e 30 de junho, o MAR Shopping Matosinhos organiza um rastreio à miopia infantil. Entre as 11h00 e as 18h00, os técnicos da Opticália Premium estarão junto à saída da loja IKEA, piso 0, a monitorizar a saúde ocular das crianças.

A saúde da comunidade envolvente continua a ser uma prioridade do MAR Shopping Matosinhos, que periodicamente organiza rastreios em parceria com entidades especializadas públicas e privadas.

 
Professora Conceição Calhau deixa dicas para melhorar a saúde intestinal
“Não é exagero dizer que que o microbioma é um super-herói no nosso organismo. É vital para o desenvolvimento da imunidade e...

O microbioma é um órgão com um papel importante na saúde, contribuindo para a defesa do organismo através da modulação do sistema imunitário, prevenindo a colonização por microrganismos patogénicos e promovendo a imuno-tolerância. É também crucial na digestão dos alimentos, em particular da fibra, facilitando a absorção de minerais, como o magnésio, o cálcio e o ferro, e tem ainda a capacidade de sintetizar aminoácidos e algumas vitaminas, como a vitamina K e o folato. Paralelamente, alguns estudos identificam uma relação entre a microbiota e o cérebro, podendo estar associado a mudanças de humor e até sintomas depressivos.

Assim, o grupo de profissionais de Nutrição e Metabolismo da NOVA Medical School, coordenado pela professora Conceição Calhau, deixa os seguintes conselhos para melhorar a microbiota intestinal:

  • Reforçar a ingestão de fibra: A fibra é fundamental para a saúde intestinal, uma vez que serve de alimento às bactérias “boas” para o organismo. Alimentos como frutas, hortícolas, cereais integrais e leguminosas (grão, feijão, lentilhas) são excelentes fontes de fibra. “Antes de aumentar a ingestão de fibras, é recomendável consultar um nutricionista para ajustar a quantidade de acordo com as suas necessidades específicas e evitar desconforto gastrointestinal”, sublinha Conceição Calhau.
  • Probióticos e alimentos fermentados: Probióticos são micro-organismos vivos que trazem inúmeros benefícios para a saúde, tendo como função ajudar a manter a microbiota intestinal equilibrada. Alimentos fermentados como iogurte, kefir ou kombucha são ricos em probióticos, sendo essencial discutir com um nutricionista qual a melhor solução para a sua condição.
  • Evitar o açúcar e os alimentos ultraprocessados: O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar pode desequilibrar a microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias prejudiciais ao organismo, devendo reduzir-se a ingestão deste tipo de alimentos.
  • Manter a hidratação: A adequada ingestão de água é crucial para o funcionamento do sistema digestivo e para a saúde intestinal. A água ajuda a regularizar o trânsito intestinal, evitando a obstipação. “A quantidade de água a ingerir para atingir as recomendações hídricas diárias deve ter em consideração fatores como o nível de atividade física e outras condições de saúde”, alerta a professora.
  • Vida ativa e prática de exercício físico: O exercício regular ajuda a melhorar a motilidade intestinal, promovendo uma melhoria na saúde gastrointestinal.

“Um nutricionista pode auxiliar na criação de um plano alimentar equilibrado e estruturado, potenciando um estilo de vida mais saudável e sustentável”, considera a professora.

Para além da alimentação e do exercício físico, Conceição Calhau destaca ainda o papel do ciclo do sono e gestão de stresse, enquanto fatores influenciadores não só no envelhecimento, como também na longevidade. “Há doenças que, ao contrário da obesidade, não se manifestam de uma forma tão visível, sendo fundamental ter cuidados redobrados”, sublinha.

A microbiota intestinal forma-se essencialmente nos primeiros anos de vida e dada a vulnerabilidade e a exposição que a própria fase denota, são vários os fatores que podem influenciar o desenvolvimento desta condição intrauterina – o tipo de parto, exposição ou não a antibióticos, o tipo de alimentação, o stresse, acontecimentos traumáticos, animais domésticos, o próprio ambiente em que o ser humano se encontra e o tipo de dieta que adota.

A investigadora desmistifica, ainda, alguns hábitos que se propagam no meio digital e que não beneficiam a saúde da microbiota. Saltar o pequeno-almoço, as receitas mágicas detox, os superalimentos e a privação de hidratos de carbono são alguns das informações nocivas que se alastram.

De forma a assinalar o Dia Mundial do Microbioma, a equipa de nutricionistas da NOVA Medical School vai realizar consultas a preço reduzido, até dia 28 de junho, com a primeira consulta – que inclui avaliação da composição corporal, a 25 euros.

Projeto AGEWISE recebe bolsa no valor de 25 mil euros
Uma equipa liderada pela investigadora Ana Santos Almeida, do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (CARE, iMM),...

De acordo com a investigadora, “há estudos recentes que apontam para uma ligação entre a menopausa e a comunidade de milhares de milhões de microrganismos presentes no intestino e que desempenham um papel crucial na digestão, na função imunitária e no desenvolvimento cognitivo, contribuindo assim para a saúde em geral”. Além disso, sublinha, que o microbioma intestinal tem também uma função de destaque no processamento do estrogénio, o que afeta os níveis desta hormona no organismo da mulher, especialmente na menopausa. As escolhas de estilo de vida, incluindo a dieta, podem resultar numa mudança positiva do número e tipo de bactérias intestinais, potencialmente reduzindo o risco de doença nas mulheres pós-menopausa.

“O principal objetivo do AGEWISE é utilizar algoritmos de Inteligência Artificial para analisar dados biológicos e de estilo de vida, criando um perfil de risco personalizado para doenças relacionadas com a menopausa”, revela Ana Almeida. A investigadora lembra que “a menopausa é uma fase de grande importância na vida das mulheres, cuja diminuição dos níveis de estrogénio acarreta um risco acrescido de doenças crónicas, como as doenças cardíacas e o cancro”. Neste sentido, o que a equipa vai procurar, através da investigação, é melhorar a saúde das mulheres durante o envelhecimento, o que representa um passo crucial para descobertas inovadoras no apoio às mulheres durante a menopausa.

A investigação vencedora da 5.ª edição da Bolsa Nacional para Projetos de Investigação em Microbiota, atribuída pela Biocodex Microbiota Foundation, pretende revolucionar a deteção precoce e a gestão das doenças relacionadas com a menopausa através do desenvolvimento de ferramentas inovadoras de diagnóstico por Inteligência Artificial (IA) baseadas no microbioma intestinal.

 
Dia 26 de junho
O EGO - Especial Grávida Online, organizado pelas “Mamãs Sem Dúvidas” está de volta no próximo dia 26 de junho, das 21h às...

"Os Benefícios do Treino na Gravidez", apresentado pela Personal Trainer Joana Pereira, Especialista em Exercício na Gravidez e Pós-Parto, será a primeira intervenção da noite, através da partilha das vantagens e ferramentas necessárias para que as grávidas se mantenham ativas em segurança, contribuindo para o seu bem-estar e o do bebé.

De seguida, “Células Estaminais: Um Potencial de Cura" será a temática conduzida por Diana Santos, Formadora do Laboratório BebéVida. Serão discutidos os avanços científicos mais recentes nesta área, assim como as aplicações terapêuticas e como as famílias podem beneficiar do armazenamento das células estaminais do cordão umbilical, numa lógica preventiva.

Por fim, serão revelados "7 Truques para o Sono do Bebé", por Ana Maria Pereira, Terapeuta do Sono, que irá partilhar dicas práticas para estabelecer uma rotina de sono saudável, assim como esclarecer as questões mais comuns dos problemas de sono nos primeiros meses de vida.

Além das palestras, os participantes terão a oportunidade de concorrer a um cabaz especial, composto por diversos produtos úteis e de qualidade: um Peluche Babiage; uma Ecografia Emocional, um ​Kit travel Uriage e um ​MINILAND Intercomunicador Digital 3.5" Easy.

As inscrições para o evento já estão abertas e devem ser feitas em https://mamassemduvidas.pt/especial-gravida-online/

 
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa o alerta
Com a chegada do verão, e do aumento da intensidade da luz solar e dos raios ultravioleta (UV), os c

Para evitar a ocorrência de problemas oculares a SPO deixa algumas recomendações que deve ter em consideração:

  • Óculos de sol: Para garantir uma maior proteção dos olhos é essencial o uso de óculos de sol com proteção UV, idealmente com 100% ou com a maior percentagem de proteção possível.
  • Tempo de exposição solar: Deve evitar-se a exposição solar entre as 12h00 e as 16h00, intervalo de horas em que a exposição aos raios UV é mais elevada do que nos outros períodos do dia.
  • Proteção para a cabeça: Os chapéus com abas ou palas são também uma ajuda na proteção dos olhos, uma vez que proporcionam uma barreira de sombra sobre a radiação solar direta que incide sobre os olhos.
  • Toma de medicação: Se está a fazer alguma medicação o cuidado deve ser ainda mais redobrado, uma vez que os seus olhos podem estar mais sensíveis à luz solar. São vários os medicamentos fotossensíveis, mas destacam-se entre os mais comuns os anti-histamínicos, antibióticos ou antidepressivos.
  • Exposição a agentes químicos: O cloro que é habitualmente utilizado na desinfeção da água das piscinas pode provocar lesões ao nível da superfície ocular pelo que o uso de óculos de natação nestes ambientes é aconselhável.

A presidente da SPO, Rita Flores, alerta ainda “No período do verão temos também, por vezes, a questão dos grãos de areia que podem provocar lesões consideráveis na superfície ocular. Caso permaneçam alojados no interior das pálpebras após a lavagem abundante com água ou soro fisiológico, ou persistam sintomas após a sua remoção, é aconselhável procurar a ajuda de um médico oftalmologista”.

A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta ainda que se deve procurar ajuda de um médico oftalmologista de imediato caso, após a exposição solar, sejam experienciados alguns destes sintomas:

  • Olhos vermelhos;
  • Visão enevoada;
  • Ardor;
  • Sensação de corpo estranho.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 20 de junho
A Ordem dos Médicos promove amanhã, dia 20 de junho, entre as 19h00 e as 20h00, uma sessão online de debate sobre Medicina...

O debate conta com a presença do Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, da presidente do Colégio de MGF, Paula Broeiro, José Luís Biscaia, Médico de MGF, e de Rubina Correia, Diretora da clínica ULS Algarve, e Rui Macedo, Diretor clínico ULS de Braga, ambos Médicos de MGF.

O encontro vai ser conduzido pela médica Sofia Couto da Rocha.

Os cuidados de saúde primários (CSP) são o garante do acesso nos sistemas de saúde. Nos próximos cinco anos, 45% dos médicos de família atingirá a idade da reforma, colocando ainda maior pressão no SNS, um sistema com falta de planeamento e que não tem valorizado adequadamente a resposta da Medicina Geral e Familiar.

Com a anunciada reforma das Unidades Locais de Saúde, qual o papel dos CSP no sistema de saúde? Estará a função do médico de família salvaguardada nas ULS ou irá esta reforma condicionar a autonomia médica e a qualidade técnico-científica atingida nos últimos anos? Serão estas as medidas necessárias para atrair mais médicos de família e resolver o problema de todos os utentes? Ou há outro caminho para a Medicina Geral e Familiar?

A sessão poder ser acompanhada em https://www.youtube.com/@ordemdosmedicos1938.

1.ª edição da APIC Focus Meeting
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai dinamizar a primeira edição da APIC Focus Meeting, no dia 20...

“A APIC tem duas reuniões principais com periodicidade anual. A Reunião Anual da APIC, que procura abordar todos os temas da intervenção cardiovascular, e a Reunião VaP-APIC, que incide sobre a intervenção estrutural valvular. Apercebemo-nos de que existem temas específicos da Cardiologia de Intervenção que, por terem relevância atual científica e clínica, consideramos que beneficiarão de uma reunião dedicada. Assim, nasceu o conceito da “APIC Focus Meeting”, que pretende dar mais luz à discussão clínica de temas específicos da Cardiologia de Intervenção”, explica Pedro Jerónimo de Sousa, Membro da Comissão Organizadora.

E acrescenta: “Atualmente, a área da Cardiologia de Intervenção dispõe de vários dispositivos para realização de angioplastias, o que permite uma flexibilidade importante no planeamento e tratamento dos doentes coronários. Acreditamos que esta reunião será uma oportunidade única para o debate de conceitos, a partilha de conhecimentos e experiências, entre especialistas nacionais e internacionais, que tornarão esta primeira edição memorável”.

A APIC Focus Meeting contará com a presença de especialistas de renome nacional e internacional, da área da Cardiologia de Intervenção, que participarão na apresentação de casos clínicos e palestras.

Para mais informações consulte o site: https://www.apic.pt/apic-focus-meeting/

 
“Do corpo à mente, ouvimos a tua saúde”
A Lusíadas Saúde regressou ao Rock in Rio como serviço médico oficial do festival, desta vez com uma resposta reforçada para...

Da saúde física à saúde mental, a estreita colaboração do grupo de saúde com os parceiros de segurança do evento garantiu uma resposta ágil, eficaz e totalmente integrada às necessidades dos festivaleiros.

Durante o primeiro fim de semana do festival, as cefaleias (relacionadas com a exposição solar e algum grau de desidratação), as feridas (decorrentes de quedas e calçado desadequado ao recinto) e as lesões osteoarticulares foram as ocorrências físicas diagnosticadas com maior frequência. Paralelamente, o serviço médico da Lusíadas Saúde proporcionou um apoio psicológico dedicado e personalizado junto dos festivaleiros que deste necessitaram, assegurando um ambiente tranquilo e seguro para todos.

Complementarmente, a Lusíadas Saúde distribuiu 10 mil pulseiras com o número de urgência médica, facilitando a deslocação imediata dos carros de apoio e/ou ambulâncias, que estiveram estrategicamente posicionados no recinto e responderam às necessidades do público.

O Hospital do Rock integra uma unidade clínica outdoor constituída por 12 equipas distribuídas pelo recinto – oito equipas de suporte básico de vida e quatro dedicadas ao suporte avançado de vida. Além disso, conta com infraestruturas de assistência fixas, incluindo um centro médico com gabinete de observação, sala de reanimação e uma área dedicada à imagiologia; um posto de saúde localizado atrás do palco principal que presta assistência a situações clínicas menos complexas.

A equipa de coordenação, mantendo-se a mesma das edições anteriores, ofereceu um elevado nível de organização e resposta, assegurando uma assistência médica rápida e eficaz aos festivaleiros no Parque Tejo. Esta equipa é composta por três profissionais do Grupo Lusíadas Saúde, uma médica e dois enfermeiros: Dr.ª Sofia Lourenço, Enf.º Rui Dias e Enf.º Bruno Matos.

“Os primeiros dois dias do evento decorreram com tranquilidade. Embora as ocorrências registadas, na sua grande maioria, não tenham sido consideradas graves, é importante reforçar algumas dicas básicas de prevenção e preparação para o próximo fim de semana. Por exemplo, prestar atenção aos cuidados de hidratação e proteção solar, bem como à utilização de vestuário e calçado adequados”, refere Rui Dias, enfermeiro coordenador do Rock In Rio e do Internamento Médico-Cirúrgico do Hospital Lusíadas Lisboa.

 
9º episódio do podcast Vidas é lançado hoje
O novo episódio do podcast Vidas, disponível nos canais do Youtube e do Spotify, dá a conhecer o testemunho de Madalena Beirão...

Madalena Beirão vive com estas duas condições desde criança e recorda o processo até chegar ao controlo dos sintomas. Revela que no início tinha a pele constantemente em crise, com feridas permanentes, às quais se somavam infeções respiratórias, que chegavam a ocorrer 5 a 6 vezes por ano, implicando a sua qualidade de vida a vários níveis.

“Eu vivi uma fase em que acreditava que este era um problema crónico que não tinha solução e, portanto, eu iria ter que viver naquele estado grave permanentemente, mas não é verdade. O facto é que consegui, através de procura continua de outras soluções, chegar a uma situação que me trouxe imensa qualidade de vida. Uma ideia que eu achei que poderia não existir. A mensagem de esperança é total: procurem informação, acompanhamento médico e tratamento", revela Madalena Beirão, doente com dermatite atópica e asma grave.

No podcast Vidas, admite existir uma Madalena “antes” e “depois” do tratamento, reforçando a transformação que viveu na sua qualidade de vida quando deixou de desvalorizar os sintomas da dermatite atópica e da asma grave associadas à inflamação tipo 2 e passou a conseguir controlá-los.

Cerca de 10% dos adultos com asma moderada a grave também têm dermatite atópica, causada pela Inflamação Tipo 2. Esta condição consiste numa resposta imunitária, hiperativa ou exagerada, que está subjacente a diferentes doenças “atópicas”, “alérgicas” e ou “eosinofílicas”.

A Dermatite Atópica (D.A.) é uma doença cutânea inflamatória crónica, que afeta entre 15 e 20% das crianças e entre 1 e 10% da população adulta. A sua incidência tem vindo a aumentar ao longo dos últimos 40 anos e, atualmente, estima-se que afete entre 15% a 20% da população pediátrica. Trata-se de uma doença muito comum, mais frequente em áreas urbanas, que está na origem de erupções cutâneas vermelhas visíveis ao longo da face, couro cabeludo, mãos, braços, pés e pernas, que causam muita comichão e desconforto. Já os sintomas da asma grave, como a tosse, pieira e/ou falta de ar podem levar a uma obstrução grave das vias respiratórias, conhecida como um ataque de asma.

Este episódio reforça a importância da literacia em saúde, porque com a procura da informação certa e com acompanhamento médico adequado existe a possibilidade de identificar um tratamento eficaz que proporcione uma melhor qualidade de vida para estes doentes.

O podcast Vidas, que conta agora com nove episódios, é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias.

 
Um dos tratamentos mais populares é a terapia com aligners transparentes
O perfil dos pacientes que visitam uma clínica dentária mudou nos últimos anos, com os pacientes a compreenderem melhor a...

João Cerejeira, médico dentista, especialista em Ortodontia, licenciado em Medicina Dentária pela Universidade do Porto, explica esta tendência e sublinha que a prevenção, a profilaxia e a melhoria estética são os principais motivos de consulta no seu consultório.

De facto, os pacientes de hoje estão mais informados sobre a importância da saúde oral e da sua prevenção; estão conscientes das potenciais consequências dos problemas dentários e da razão pela qual os check-ups regulares são fundamentais para evitar problemas.

“Atualmente, as consultas de observação e check-up dentário geral ocupam a primeira posição entre os pacientes que procuram a clínica pela primeira vez. A sua grande importância relaciona-se quer com o facto de possibilitarem enquadrar tratamentos ligados à reabilitação estética e funcional e ainda pelo carácter preventivo a que se associam”, afirma João Cerejeira.

A estética é também uma razão comum para consultar um dentista ou ortodontista e parece que os pacientes estão agora plenamente conscientes das várias formas de melhorar o seu sorriso com soluções de branqueamento, facetas dentárias ou colagem.

Neste sentido, um dos tratamentos mais solicitados pelos pacientes é a terapia com aligners transparentes, uma alternativa aos fios e brackets, que veio mudar o paradigma na medicina dentária com ótimos resultados clínicos, sem comprometer a vida diária do paciente. “Cada vez mais os pacientes elegem os alinhadores como método de escolha para o seu tratamento de ortodontia. Essa popularidade relaciona-se claramente com algumas vantagens que reconhecemos neste método, nomeadamente estarem associados a uma tecnologia mais moderna, não causarem a dor e desconforto que acontecia com os aparelhos fixos tradicionais, bem como pelo facto de permitirem menos visitas ao ortodontista, para além de serem mais discretos que os aparelhos fixos. A vantagem de possibilitar uma melhor higiene buco-dentária é também um fator a ter em conta na escolha de um tratamento com alinhadores”, acrescenta.

Este tipo de tratamento deve ser adaptado às necessidades e ao estado clínico de cada paciente. As novas tecnologias da medicina dentária digital com scanners intraorais, soluções de planeamento do tratamento, alinhadores feitos à medida e sistemas de cuidados virtuais para monitorizar o tratamento à distância são de grande ajuda para os profissionais alcançarem os melhores resultados nos seus pacientes.

Conscientes e capacitados, é assim que os pacientes de hoje podem ser definidos quando se trata de tratamento dentário. São proativos e consultam os seus médicos antes que algo de grave aconteça, estão cientes das várias técnicas e tratamentos disponíveis para melhorar o seu sorriso. E graças às tecnologias digitais, podem visualizar e compreender melhor as opções de tratamento, o que os torna mais empenhados durante o processo de tratamento. Um envolvimento a todos os níveis que só pode beneficiar a saúde oral de todos.

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