Cuidados com a pele
Ao contrário das versões químicas, que não bloqueiam a penetração dos raios solares na pele (os UV q

Três principais diferenciais do protetor solar mineral

O produto também é ideal para peles sensíveis - Como não há reação química, os filtros físicos tornam-se alternativas ideais para todos os tipos de pele, principalmente para aquelas que apresentam algum tipo de sensibilidade, como rosácea, dermatite, alergias ou estão a recuperar de procedimentos dermatológicos, como peeling e laser.

Peles oleosas podem beneficiar do protetor mineral - Durante muito tempo, os filtros físicos não eram indicados para pessoas com pele oleosa pois estes aumentavam a acne ao obstruir parcialmente os poros. Atualmente, existem opções de filtros minerais que possuem ativos micronizados, ou seja, por estarem na forma de micropartículas, não obstruem os poros e não causam acne. Fotoprotetores minerais, que oferecem textura mousse, sílica - absorvedora de oleosidade - e efeito de disfarce óptico das imperfeições, conferem muitos benefícios para quem tem tendência ao brilho e oleosidade.

Protege a pele contra a luz visível e previne manchas - Além de manter a pele protegida dos raios UVA, UVB e radiações GAMA, os produtos minerais ajudam na proteção contra a luz visível emitida por telemóveis, tabletes e computadores, por exemplo, e que constituem uma das principais responsáveis pelo surgimento de manchas na pele, como melasma.

O que fazer quando vamos para a praia ou nos expomos ao sol?

  • Reduzir a exposição ao sol – Após 20 minutos de sol devemos proteger-nos das radiações e privilegiar a sombra.
  • Vestir T-shirt ou outra roupa protetora
  • Utilizar filtros minerais - Ao contrário dos homólogos sintéticos que permitem que os raios solares penetrem na pele (os UV que penetram na pele e só depois transformados pelos químicos), os protetores minerais - compostos por minerais como o dióxido de titânio e o óxido de zinco – atuam como um espelho e refletem e dispersam os raios solares, criando uma película "física" na pele mais segura. Permitem, assim, uma maior proteção contra os raios visíveis e infravermelhos e invisíveis UVB e UVA

Não aplique na pele produtos que contenham os seguintes ingredientes nos rótulos:

  • Ethylhexyl methoxyinnamate
  • Oxibenzona / Oxybenzone – responsável por alterações hormonais e alergia.
  • Palmitato de retinol - derivado “mau” da vitamina A, estes retinóis também usados como antirrugas, são fotocancerigenos e aceleram lesões.
  • Xenoestrogenios - Substâncias com efeitos estrogénicos que se acumulam na gordura visceral com a capacidade de ativar receptores estrogénicos implicados em cancros hormonodependentes, como o da mama, útero, ovário e da próstata. Como por exemplo: Alumínio / Aluminium / Hidróxido de alumínio
  • Parabenos
  • Substâncias que aumentam a oxidação da pele (manchas escuras) por ação do sol
  • Fragrâncias alergénicas

Que alimentos e nutrientes devo ingerir para proteger a pele da radiação solar?

Gorduras - Omega 3, Omega 6, Óleo de Borragem e Óleo de Onagra – peixes gordos, sementes, algas, frutos secos.

Carotenoides – alimentos com pigmento laranja – cenoura, algas, salmão, laranja

Astaxantina – Poderoso antioxidante. Salmão selvagem, truta e crustáceos em geral (Camarão, lagosta etc.)  

Licopeno – Componente existente no tomate. Atenção que para melhor ação deve ingerir tomate cozinhado.
 

Bibliografia
https://www.ewg.org/sunscreen/

https://www.drrondo.com/spf-protetor-solar/
https://www.health.harvard.edu/staying-healthy/the-science-of-sunscreen
http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-07-11-Risco-de-cancro-
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214750017300288
https://wellnessmama.com/55366/sunscreen-is-harmful/
https://vitaminadbrasil.org/2013/02/19/7-coisas-surpreendentes-que-voce-deve-nao-saber-sobre-a-exposicao-de-luz-solar-e-protetor-solar/
http://www.naturalnews.com/023317_skin_chemicals_products.html#
http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-07-11-Risco-de-cancro-o-consumo-de-sumos-naturais-pode-ser-tao-mau-como-o-de-refrigerantes?f bclid=IwAR1kim232vcA2BM6GxQ2UDD1evsWbYnZWWaiP6sfchO8aG17IxkyYoFjNIQ
https://amp.ecycle.com.br/2226-oxibenzona-protetor-solar

https://www.conasi.eu/blog/consejos-de-salud/alimentacion-para-la candidiasis/minuto.com/lifestyle/1247517/quimicos-cancerigenos-nos-protetores-solares-sao absorvidos-pelo-sangue

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Acne solar


Dra. Alexandra Vasconcelos 
Farmacêutica, Naturopata e Fitoterapeuta
Especialista em Medicina Natural Integrativa, Biorressonância e Medicina Bioreguladora.
Pós graduada em Nutrição Oncológica, Nutrição Ortomolecular e Medicina Integrativa e Humanista
Membro de:
ASEPROIM - Associcion Española Profesional en Nutricion y Medicina Integrativa
AEMI - Associacion Española de Microimunoterapia
Associação Internacional de Homeopsinetologia

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Enfermeiros recebem em função do número de chamadas atendidas
A Linha SNS 24 vive uma situação “explosiva” e, entre os enfermeiros que prestam serviço nesta linha de atendimento, já se fala...

Segundo as informações enviadas ao Sindicato, e que foram ainda enviadas a todos os partidos políticos, bem como a diferentes órgãos de comunicação social, fala-se numa falta de estabilidade profissional, na forma aleatória como os turnos são atendidos, a inexistência de uma carreira profissional e uma remuneração em função do número de chamadas atendidas por hora e não tendo em conta o tempo de serviço, experiência ou sequer formação dos enfermeiros que fazem o atendimento à população na Linha SNS 24, estão entre as principais queixas recebidas.

“Pode estar em causa a qualidade do atendimento e da informação prestada aos cidadãos, pois perante a pressão exercida, muitos colegas, para não perderem tempo, deixam de fazer um apuramento mais exaustivo do estado de saúde de quem está do outro lado da linha”. Pedro Costa adianta que a pressão exercida pela empresa “está, desde logo, relacionada com o facto de existirem multas para a gestora da Linha SNS 24 caso existam chamadas em espera”.

O recente reforço de competências do 808242424 apenas veio agudizar a situação. “Muitas unidades de saúde, nomeadamente a nível hospitalar, só pretendem aceitar doentes que sejam referenciados pela Linha SNS 24”, frisa.

“A situação é muito preocupante, os relatos que nos chegam, denunciam colegas muito desgastados, sentem-se constantemente pressionados para fazerem mais turnos pela empresa privada que gere a linha”, salienta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros. “Não existindo uma carreira associada à Linha SNS 24, a maioria dos enfermeiros que ali trabalham, não tem experiência profissional, é um mero prestador de serviços, que tem emprego principal numa outra unidade de Saúde”, acrescenta Pedro Costa, que justifica este acumular de empregos com “a precariedade da profissão de enfermeiro no SNS e os baixos salários pagos, nomeadamente para quem está em início de carreira”.

Segundo as denúncias que chegaram ao SE, “os turnos são atribuídos de forma aleatória e, em condições normais, um enfermeiro pode ter 8 a 12 turnos por mês”. Contudo, salienta, a aleatoriedade desta atribuição obriga a que os próprios enfermeiros tenham, depois, de andar a trocar turnos entre si, “pois nem sempre têm disponibilidade por estar de serviço no emprego principal”.

“Há um descontentamento muito grande entre os enfermeiros que ali trabalham, e nos relatos que nos fazem, muitos já falam na possibilidade de uma paralisação, sem atender nenhuma chamada, o que, naturalmente, iria bloquear por completo a Linha SNS 24 e provocar o colapso no atendimento à população”, sustenta Pedro Costa.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros alerta o Governo para esta situação e apela “à ministra da Saúde para que, com carácter de urgência, tome medidas sobre a situação que se vive na Linha SNS 24”. “Esperamos que na próxima reunião com o Ministério da Saúde, no dia 20 de junho, tenhamos o problema circunscrito e soluções imediatas”, acrescenta. “Sabemos que os colegas fizeram chegar as denúncias à tutela, mas é urgente uma intervenção do Ministério, pois, no limite, é toda a linha que pode ficar paralisada”.

Consequentemente, alerta Pedro Costa, é o próprio atendimento nas unidades hospitalares, em particular no Serviço de Urgência, que pode ser colocado em risco uma vez que se esta paralisação avançar, “sem qualquer tipo de apoio ou resposta da Linha SNS 24, à população apenas resta a possibilidade de ir para as urgências hospitalares na esperança de serem atendidas, mas sem uma noção mínima de se o seu estado de saúde justifica, ou não, essa deslocação”. No limite, “seria o colapso de todo o SNS, ainda para mais numa altura em que muitos enfermeiros estão a entrar em período de férias e, com isso, há menos recursos humanos para o atendimento aos portugueses”, alerta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

Educação sexual
A sexualidade masculina é complexa e, numa sociedade inundada de informação, é comum surgirem mitos

Para atenuar os mitos mais prevalecentes e capacitar os homens e as pessoas com pénis a abraçarem a sua sexualidade com confiança e realização, Megwyn White, Diretora de Educação da Satisfyer, quer ajudar a desmistificar 10 ideias preconcebidas:

1. Maior tamanho significa maior prazer - Falso

Historicamente, o tamanho do pénis tem sido associado à masculinidade, virilidade e desempenho sexual. Com tudo isto, as pressões sociais e a pornografia levaram à crença de que um órgão genital grande é a única solução para desfrutar do sexo, criando muitos complexos e expetativas irrealistas sobre o que é considerado um tamanho "ideal".  A realidade é que um pénis maior não é sinónimo de mais prazer.

"A pornografia apresenta muitas vezes a imagem de uma penetração profunda e intensa que se traduz em prazer para a mulher", diz Megwyn White. "No entanto, embora algumas pessoas possam achar isso prazeroso, a maioria das mulheres precisa de preliminares adequados. Isto permite que o sangue flua para os órgãos genitais e ajuda a relaxar o canal vaginal para a inserção do pénis. Se o pénis for demasiado grande, ou se a penetração for demasiado rápida, pode ser bastante dolorosa". 

Por outro lado, as posições sexuais podem fazer a diferença quando o tamanho é mais pequeno. "Escolher uma posição em que a vagina esteja mais fechada do que aberta pode ajudar a intensificar as sensações à volta do primeiro terço da vagina e permitir uma maior fricção", afirma a sexóloga.

Também é importante lembrar que a penetração é apenas um tipo de prazer sexual. A parte mais sensível do corpo de uma mulher é a glande do clitóris, que pode ser estimulada externamente, bem como o primeiro terço da vagina, onde o clitóris interno ladeia o canal vaginal. Esta zona, também conhecida como ponto G, é muito sensível e pode ser facilmente alcançada por um pénis de tamanho mais pequeno, pelos dedos ou por um brinquedo sexual. 

2. A forma do pénis tem um impacto maior do que o tamanho do pénis - Verdadeiro e falso

Embora o tamanho não influencie necessariamente a experiência sexual, é verdade que a forma do pénis pode ter um impacto maior. "A glande, que é a parte mais sensível do pénis, pode proporcionar mais prazer se tiver uma forma pronunciada, porque um pénis (reto ou curvo) tem diferentes capacidades para atingir o ponto G da mulher", explica Megwyn.

No entanto, há muitas formas de adaptar a posição para ajudar a intensificar as sensações, independentemente da forma do pénis. A utilização de adereços como uma almofada, a aproximação das pernas para intensificar o ângulo para uma zona mais sensível e uma boa comunicação entre os parceiros pode ser uma estratégia eficaz para aumentar o conforto e o prazer na intimidade.

3. O pénis não é a única (ou mesmo a principal) fonte de prazer - Verdade

Tradicionalmente, a pornografia e as representações culturais do sexo têm enfatizado formas falocêntricas de prazer. Isto pode levar os homens a sentirem-se pressionados a satisfazer expetativas irrealistas, o que pode limitar a sua capacidade de se relacionarem intimamente com a sua parceira e ter um impacto negativo na autoestima. Mas, na verdade, o pénis é apenas um dos fatores envolvidos no prazer sexual.

É importante salientar que os orgasmos não são da responsabilidade do parceiro. Por isso, a masturbação é um ingrediente essencial para uma vida sexual saudável, pois permite explorar a própria sexualidade sem a necessidade de outra pessoa. Esta consciência pode ajudar os homens a aprender a desfrutar do sexo não só pela libertação final, mas também pela totalidade da experiência, que também inclui a ligação emocional, a colaboração criativa que ocorre e o desenvolvimento natural do prazer e do orgasmo.

4. Masturbação consciente, um aliado para manter um pénis "saudável" - Verdade

O estado de saúde sexual de um homem depende da sua saúde física geral, bem como da sua capacidade de praticar formas saudáveis de sexualidade. "Masturbar-se regularmente pode ser muito útil para aumentar o fluxo sanguíneo, o que pode ajudar a nutrir os tecidos do pénis, juntamente com os nervos, músculos e vasos sanguíneos. Praticar um toque consciente, ou seja, mais ancorado na consciência de cada momento, também pode ajudar a aprofundar o relaxamento e a fortalecer a relação com a parceira. No entanto, se os homens tiverem o hábito de se libertarem demasiado depressa e com demasiada frequência, isso pode reforçar um padrão de habituação que pode contribuir para a disfunção sexual.", diz Megwyn.

A higiene também desempenha um papel essencial na manutenção de um pénis saudável. É importante lavar-se regularmente com água e sabão e tratar imediatamente qualquer irritação ou infeção para evitar o desenvolvimento de potenciais problemas. Além disso, os cuidados com a alimentação e a saúde mental também desempenham um papel importante.

5. O que comemos e bebemos é importante - Verdade

O consumo de alimentos naturais e não processados ricos em óxido nítrico pode melhorar as ereções e a qualidade do esperma. Alimentos como folhas verdes, beterraba e nozes são conhecidos por aumentar os níveis de óxido nítrico no corpo, melhorando o fluxo sanguíneo e a saúde sexual em geral. Além disso, a incorporação de alimentos ricos em antioxidantes, como bagas e chocolate preto, também pode apoiar a função erétil e a qualidade do esperma.

6. Ereções noturnas, uma indicação de boa saúde sexual - Verdade

As ereções noturnas podem fazer parte de sonhos eróticos, mas também podem ser parte de uma resposta fisiológica natural à fase REM do sono. Nesta fase, a atividade cerebral aumenta, o que se junta ao facto de os níveis de testosterona serem mais elevados durante as primeiras horas da manhã. As ereções noturnas são consideradas um sinal de boa saúde, uma vez que refletem o estado saudável dos sistemas vascular e nervoso. Para aqueles que, por exemplo, sofrem de disfunção erétil, verificar se alguém tem ereções noturnas pode ser útil para excluir um problema físico subjacente em vez de um problema psicológico.

7. A masturbação diária reduz a contagem de espermatozóides - Falso

A masturbação diária não afeta necessariamente a fertilidade nos homens. No entanto, a masturbação focada na libertação pode afetar a contagem de espermatozóides, uma vez que os espermatozóides precisam normalmente de alguns dias para se desenvolverem. Na maioria das vezes, masturbar-se ocasionalmente ou mesmo regularmente não esgota esta reserva nem afeta a fertilidade a longo prazo.

8. A abstinência pode melhorar a vida sexual - Falso

Nos últimos anos, nas redes sociais e nos fóruns da Internet, nasceram movimentos como o "No Fap", que promovem a abstinência da masturbação como forma de melhorar a vida sexual, a energia e as relações interpessoais. No entanto, quando se trata de melhorar os níveis de testosterona, ainda não há provas conclusivas que sugiram que a abstinência possa ter um impacto significativo a longo prazo. "Alguns estudos descobriram que os níveis de testosterona sobem um pouco após um período de abstinência, mas este aumento é geralmente pequeno e de curta duração", explica Megwyn White, Diretora de Educação da Satisfyer.

9. Os homens ou pessoas com pénis não podem usar brinquedos sexuais - Falso

Apesar do crescente interesse pelo tema, os brinquedos sexuais continuam a ser um tabu, especialmente para os homens. Isto deve-se a uma série de fatores, incluindo a perceção de que ameaçam a masculinidade e as normas e estereótipos sociais que implicam a necessidade de os homens serem auto-suficientes no sexo. "Os homens são frequentemente desencorajados de explorar a sua sexualidade com brinquedos sexuais. E quando o fazem, são muitas vezes menosprezados. O que é lamentável nestes estigmas e estereótipos é que, em última análise, podem impedir os homens de atingirem todo o seu potencial sexual e de se envolverem num leque mais vasto de jogos eróticos com as suas parceiras", observa Megwyn.

Além disso, a investigação mostra que os homens que exploram com brinquedos sexuais são geralmente mais propensos a participar em atividades de promoção da saúde sexual, como exames testiculares regulares, e relatam níveis mais elevados de satisfação sexual, bem como de função erétil.

10. Os brinquedos sexuais ajudam a fortalecer e a manter as ereções - Verdade

Os brinquedos sexuais podem ser benéficos de muitas formas para os homens. Em primeiro lugar, podem ajudar a aumentar o fluxo sanguíneo, o que também ajuda a aumentar a sensibilidade das terminações nervosas e a desbloquear novas sensações de prazer que podem ser perdidas com formas mais tradicionais de masturbação. Isto, por sua vez, produz uma maior estimulação.

Além disso, podem ajudar a fortalecer e a manter as ereções.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
De 13 a 15 de junho
A Associação Portuguesa de Pessoas que vivem com Obesidade (ADEXO) acolhe reunião da Coligação Europeia de Pessoas quem vivem...

A ECPO (Coligação Europeia para as Pessoas que Vivem com Obesidade), lançada oficialmente a 29 de abril de 2019 no Congresso Europeu sobre Obesidade, em Glasgow, agrupa Associações de 35 países europeus dedicadas ao tratamento da obesidade, à investigação da doença e à redução do estigma pelo qual todas as pessoas com obesidade passam no seu dia a dia, ajudando a comunidade científica e clínica europeia a compreender melhor a experiência dos doentes ao longo do percurso de cuidados.

Carlos Oliveira, presidente da ADEXO e Vice-Presidente do Conselho de Administração da ECPO, dará as boas vindas a representantes de diferentes países da Europa, nomeadamente Irlanda, Reino Unido, Suécia, Espanha e Hungria. Os participantes vão debater estratégias para impulsionar a criação de associações em países onde estas ainda não existam e consolidar o reconhecimento da obesidade como doença crónica em todos os países europeus.

"É com grande entusiasmo que acolhemos os representantes das associações congéneres europeias na nossa sede. Juntos, podemos fortalecer a nossa rede de apoio e trabalhar para o reconhecimento da obesidade como uma doença crónica em toda a Europa. Não posso deixar de referir que Portugal foi o primeiro país da Europa a reconhecer a obesidade como doença crónica, faz este ano 20 anos. A colaboração e a troca de conhecimentos que ocorrerão durante estes dois dias são essenciais para avançarmos na nossa missão comum!"  refere Carlos Oliveira.

 
28 e 29 de junho
A Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV) promove a Reunião de Verão nos próximos dias 28 e 29 de junho, no...

“Teremos oportunidade para partilhar conhecimentos, debatermos os últimos avanços da especialidade e reforçamos laços entre os pares”, afirma o presidente da SPDV, Professor Doutor Paulo Filipe, destacando que a preparação deste evento teve em conta uma “gama ampla de temas”.

“Estarão presentes as habituais comunicações e casos clínicos de livre submissão que são o espelho do árduo e profícuo trabalho dos dermatologistas portugueses ao serviço da medicina e dos doentes. São igualmente o espelho dos internatos de excelência que se praticam no Serviço Nacional de Saúde português”, realça.

No primeiro dia, destaque para um simpósio científico de atualização na área das infeções sexualmente transmissíveis e uma mesa-redonda dedicada à inteligência artificial (IA) na dermatologia, prós e contras. “Esta mesa surge na sequência do início de um novo projeto-piloto que terá lugar no Serviço Nacional de Saúde”, explica o Professor Doutor Paulo Filipe.

Tendo consciência do contributo que o passado tem para o presente, terá lugar uma sessão sobre a história da dermatologia preparada pelo grupo de história da SPDV com a colaboração da antropóloga Cristiana Bastos, autora do livro “Clínica, arte e sociedade - a sífilis no Hospital do Desterro e na Saúde Pública”.

Ainda no primeiro dia do evento e tendo em atenção o valor arquitetónico da cidade que acolhe a reunião, terá lugar a sessão “Mens Sana in Locus Sano”, com Paula Maria Simões (arquiteta paisagista e professora na Universidade de Évora). Pretende-se aqui refletir de que modo um local saudável e bem projetado pode contribuir significativamente para uma mente saudável.

O segundo dia está reservado para uma homenagem ao médico dermatologista Manuel Virgílio Murta, falecido no final do ano passado. Será também dedicado a alguns dos simpósios satélites organizados pelos parceiros da indústria farmacêutica, à apresentação dos três posters selecionados e ao anúncio de bolsas e prémios promovidos pela SPDV.

O evento é exclusivo para profissionais de saúde.

Para mais informações, consulte: https://www.spdv.pt/_reuniao_do_verao.

Seminário “Rastreio à Saúde: Promover o Futuro Sustentável”
A GS1 Portugal promoveu no passado dia 05 de junho, no Auditório do Hospital da Luz, em Lisboa, a 10.ª edição do seu Seminário...

Após uma sessão de abertura com intervenções do Diretor-Executivo da GS1 Portugal, João de Castro Guimarães, e da Presidente da Comissão Executiva do Grupo Luz Saúde, Isabel Vaz, a primeira intervenção de enquadramento do Seminário foi dedicada à “Relevância dos Estudos Real World Evidence, em Portugal”.

Sobre este tema, Tânia Caseiro, Engagement Manager da IQVIA Portugal, afirma: “Cada vez mais, as entidades regulamentares tomam decisões baseadas em incertezas, pelo que existe uma necessidade urgente de complementar a informação dos estudos clínicos com a informação dos estudos Real World Evidence”. “É importante apostar na qualidade e na interoperalidade dos dados, bem como nos recursos humanos. É premente que exista uma legislação que contemple e regule a investigação, tornando o processo mais uniforme e ágil para todos os intervenientes”, conclui.

Inovação e Rastreabilidade Hospitalar

Seguiu-se o primeiro painel de debate, dedicado ao tema “Inovação e Rastreabilidade Hospitalar: da recepção do medicamento à dispensa ao doente”, que contou com a participação de Carlos Neves Martins, Board Chairman da Unidade Local de Saúde de Santa Maria; Patrícia Eirinha, Diretora de Qualidade e Segurança do Doente do Hospital dos Lusíadas; Dulce Cachata Gonçalves, Chief Innovation Officer do Hospital de Cascais; e Pedro Líbano Monteiro, Administrador do Hospital da Luz.

Nestas intervenções, moderadas por Raquel Abrantes, Diretora de Standards da GS1 Portugal, enfatizou-se a importância da interoperabilidade e da rastreabilidade para agregar estruturas, pessoas e processos, bem como a relevância da partilha e da envolvência de todas as equipas para a integração da tecnologia no setor da saúde e, consequentemente, para a inovação e a eficiência do mesmo.

Nesse contexto, Carlos Neves Martins, da Unidade Local de Saúde de Santa Maria, destaca a importância da interoperabilidade e fiabilidade, referindo que “a tecnologia de informação e rastreabilidade são a nossa orientação desde o primeiro dia. (...) Nunca estamos verdadeiramente satisfeitos e procuramos inovar nas nossas ferramentas.” “As instituições têm de trabalhar sempre no limite da excelência, e não apenas fazer mais do mesmo.”, sublinha.

De acordo com Patrícia Eirinha, que apresenta a perspetiva do grupo privado, “a rastreabilidade permite aumentar a segurança de processos desde a aquisição até à administração do medicamento, através de um sistema que consegue pôr a tecnologia ao serviço da segurança do doente.”.

Por sua vez, Dulce Cachata Gonçalves reforçou as funções dos Standards GS1 no meio hospitalar, nomeadamente para a construção de pontes para a eficiência. Neste âmbito, explica que “a tecnologia está cá para nos ajudar, mas temos de a saber usar para sermos mais eficientes e, além disso, temos de envolver as nossas equipas para que isso aconteça”.

Pedro Líbano Monteiro sublinhou que o objetivo do Hospital da Luz é “ser um operador de referência, com elevada especialidade e complexidade” e, por isso, pretende “inovar bem, e não inovar apenas por inovar”.

Ainda no âmbito deste Painel Debate, Pedro Lima, CEO da GLSMED Trade SA, protagonizou uma intervenção sobre o poder da logística sustentável na eficiência dos cuidados de saúde, referindo que “a desglobalização é, atualmente, uma tendência” e reforçando “a importância da rastreabilidade do doente e dos processos para promover a eficiência e a sustentabilidade nos seus três pilares: ambiental, social e económico”.

Contributos para a melhoria da Informação nos Cuidados de Saúde

O último Painel de Debate deste Seminário contou com a moderação de Mário Macedo, Presidente da Comissão Setorial para a Saúde do Instituto Português da Qualidade, e com os contributos de António Vaz Carneiro, Presidente do Instituto de Saúde Baseada na Evidência; de Joana Pinto, Gestora da Área de Informação Técnico-Científica da Associação Nacional de Farmácias; de Carla Diogo, Técnica de Assuntos Profissionais da Ordem dos Farmacêuticos;  e de Raquel Abrantes, Diretora de Standards da GS1 Portugal, para discutir os “Contributos para a melhoria da Informação nos Cuidados de Saúde”.

António Vaz Carneiro destacou que “as clinical pathways têm muitas vantagens, tais como: a translação do conhecimento e a uniformização da prática clínica suportada na evidência, contribuindo assim para uma melhoria dos cuidados de saúde e para a segurança do paciente.”.

Sobre o mesmo tema, Joana Pinto reforçou que é fundamental “suportar as decisões na literatura que vai sendo publicada e nas orientações práticas do que vai sendo público, de forma a ter a certeza de que estamos a trabalhar de uma forma sincronizada com os restantes profissionais.”.

Carla Diogo afirma que “é essencial que o profissional de saúde tenha toda a informação de que precisa quando está a tomar a decisão” e, nesse sentido, destaca as vantagens do GS1 DataMatrix, por permitir incluir informação adicional e associa-la às clinical pathways.

Raquel Abrantes complementou referindo que “as normas GS1 são Standards que permitem identificar de forma única, inequívoca e global todos os medicamentos sujeitos a receita médica e permitem aceder a informação adicional útil para os profissionais e para o utente, sem ter de criar novos suportes de informação”.

Por fim, Mário Macedo resumiu este Painel de Debate explicando que “os clinical pathways contribuem para a segurança do doente e permitem diminuir o burnout dos profissionais de saúde, melhorando a recolha dos dados.”. Por isso, reforçou a “vantagem de ter qualquer dispositivo que nos permita identificar de forma automática o medicamento e aceder a toda a informação sobre o mesmo, o que ajuda os profissionais a tomar melhores e mais rápidas decisões, baseadas nas boas práticas”.

O evento terminou com uma visita ao Centro de Simulação do Hospital da Luz.

Palestra que assinala o Dia Mundial da Consciencialização da Violência Contra a Pessoa Idosa
A Câmara Municipal de Ponta Delgada, em São Miguel, Açores, promove na próxima sexta-feira, às 9h30, uma palestra subordinada...

A iniciativa, que decorre nos Paços do Concelho, contará com uma intervenção, entre outras, do Gabinete Sénior, um projeto social de apoio aos cidadãos com 65 ou mais anos (bem como aos seus cuidadores), criado pela Dantas Rodrigues & Associados.

A abordagem à matéria surge pela voz do sócio-partner deste gabinete de advogados, Joaquim Dantas Rodrigues. Que tem vindo a desenvolver um importante trabalho na área da Terceira Idade, fruto da consolidação do conhecimento e da experiência nas áreas jurídica, administrativa e financeira.

Exemplo disso mesmo é o “Guia jurídico para proteção dos mais velhos”, obra inédita que, através de uma linguagem acessível a todos, complementada com esquemas e imagens simples e claras - assim como minutas para as situações burocráticas mais recorrentes na vida dos seniores -, (pré)prepara os seniores para os desafios desta nova etapa de vida.

Portugal é o segundo país mais envelhecido da União Europeia e a tendência é de agravamento. Ao ponto de projeções do Instituto Nacional de Estatística apontarem para 2080 a existência de 300 pessoas idosas por cada 100 jovens portugueses (o rácio atual é de 184 cidadãos com 65 ou mais anos de idade por cada 100 jovens). Um cenário que muitos começam a preparar, inclusive na esfera jurídica e que justifica já a existência de cursos de Direito de Seniores, como é o caso do ministrado pelo Centro de Estudos Dantas Rodrigues (CEDR).

Não obstante esta realidade, e de acordo com Joaquim Dantas Rodrigues, em Portugal, o direito dos seniores “ainda não entrou na agenda da atualidade, por assim dizer”. “É um tema que está na ordem do dia em países como a França, na Alemanha, mas que no nosso País tarda em conquistar espaço”. Isto apesar de notar-se uma “procura crescente de informação e de apoio, sobretudo jurídico”, a respeito de todas as temáticas relacionadas.

“A inversão da pirâmide demográfica que temos em mãos é um dos grandes desafios do nosso País no séc. XXI, mas também é o da capacitação de cada vez mais pessoas, profissionais de várias atividades, para que possam dar respostas à altura dos anseios e problemas mais prementes - e futuros - das pessoas idosas. E é esta uma das grandes motivações do Guia que preparámos e das iniciativas em que nos desdobrámos, com frequência, em prol da importância destes assuntos”, explica o sócio da Dantas Rodrigues & Associados.

 
Saúde Auditiva
Verão é sinónimo de dias mais longos e quentes, mas também dos tão aguardados festivais de verão.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de mil milhões de jovens colocam-se permanentemente em risco de perda auditiva devido a ouvirem música em volume demasiado alto por longos períodos de tempo. 1 A exposição a ruídos elevados, muito comum em festivais, concertos e até no cinema, pode também causar danos permanentes na audição.

Para aproveitar os concertos de verão da melhor forma, partilhamos cinco conselhos 2 que deve seguir para garantir uma experiência musical segura:

Use dispositivos de proteção auditiva: É verdade que a adesão à utilização de protetores auditivos ainda é extremamente baixa, devido ao estigma social e ao acesso limitado a tampões confortáveis e de alta fidelidade. No entanto, estes dispositivos são altamente eficazes e reduzem significativamente a exposição ao ruído, assim como o risco de problemas auditivos (zumbidos e outras doenças induzidas pela música alta).

Para os músicos, cuja carreira depende de uma audição saudável, a utilização de protetores auditivos de alta fidelidade pode fazer uma grande diferença, pois reduzem o volume do som sem comprometer a qualidade da música. Já no público em geral, principalmente os fãs incondicionais de eventos musicais, os protetores são igualmente essenciais. Considere investir em protetores auditivos personalizados, feitos à sua medida, que proporcionam uma proteção superior e um conforto e segurança ainda maiores.

Escolha o seu lugar de forma estratégica: Fique afastado das colunas de som e procure um lugar mais longe do palco para diminuir a exposição direta ao ruído elevado.

Faça pausas auditivas: Em eventos prolongados, o ideal é que faça pausas com regularidade para descansar os ouvidos e minimizar a exposição contínua ao ruído. Em festivais de verão ou outros eventos de música, dirija-se às áreas designadas como zonas de descanso para o efeito, onde o nível de ruído é menor.

Controle o volume se conseguir: Se usa aparelhos auditivos, ajuste o volume para níveis seguros, prevenindo possíveis danos auditivos.

Tenha consciência dos riscos e informe-se: É importante saber mais sobre os riscos associados à exposição prolongada a sons com intensidade elevada. Os nossos ouvidos são muito sensíveis a ruídos elevados, pelo que mesmo em exposições muito curtas a sons de alto nível – acima de 132 decibéis – existe a possibilidade de causar perda auditiva permanente em algumas pessoas. Até sons de nível mais baixo – cerca de 85 decibéis – podem causar lesões nos ouvidos, se a audição decorrer por longos períodos de tempo. Segundo a OSHA (sigla em inglês para Occupational Safety and Health Administration) e o NIOSH (sigla em inglês para National Institute for Occupational Safety and Health), duas entidades americanas que regulamentam os tempos de exposição ao ruído em função da intensidade, importa ter consciência do período de tempo aconselhado para cada nível de som nos seguintes decibéis (dBA):

Relembramos que, quando se é músico e tem de estar em cima do palco, deve ter um cuidado muito particular. Já as pessoas que vão a eventos recreativos, onde estarão facilmente expostos a níveis de intensidade que excedem os aconselhados e indicados na tabela acima, é essencial usar proteção auditiva.

Atualmente, já existem aplicações de telemóvel que permitem medir os níveis de som do local onde se encontra, monitorizando a exposição ao ruído em tempo real. Informe-se sobre as aplicações disponíveis e utilize para ajudá-lo a cuidar melhor da sua saúde auditiva.

Humberto Pintado, audiologista na Widex – Especialistas em Audição, afirma: “A proteção auditiva em eventos musicais é crucial, não só para os músicos, mas também para o público em geral. Com uma abordagem consciente e proativa, podemos assegurar que estes grupos de pessoas desfrutem de experiências musicais sem colocar em risco a sua saúde auditiva. É fundamental alertar a população para o facto de a proteção auditiva ser um investimento a longo prazo na sua qualidade de vida e reforçar que, se não usar proteção auditiva, poderá vir a desenvolver perda auditiva precocemente. Está nas mãos de cada um decidir o que fazer com a saúde dos seus ouvidos. Só têm duas escolhas: cuidar ou prejudicar. Se a escolha é cuidar, então proteger é o primeiro passo para poder continuar a ouvir a vida em todos os momentos!”

Referências: 

1. Organização Mundial da Saúde (2021). Deafness and hearing loss. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/hearing-loss#tab=tab_2. [Consultado em junho de 2024].

2. Organização Mundial da Saúde (2020). Hearing protection use in recreational music exposure:

A review and analysis of the literature. Disponível em: https://cdn.who.int/media/docs/default-source/documents/health-topics/deafness-and-hearing-loss/monograph-on-hearing-protection-use-in-music-venues.pdf?sfvrsn=a6b008e5_5. [Consultado em junho de 2024].

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Norovirus e Salmonella
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a...

Reconhecendo o interesse pela sua inclusão em receitas culinárias como alimentos não processados, e de modo a avaliar possíveis efeitos adversos devido ao seu consumo em Portugal, foi publicado um estudo na revista científica Food Control que avaliou a presença de Norovirus e Salmonella, agentes patogénicos responsáveis por infeções graves e com possível transmissão através da ingestão de alimentos contaminados, em cerca de 50 amostras recolhidas desde Vila do Conde até Cascais.

«Este estudo mostrou a grande qualidade das águas costeiras portuguesas no que diz respeito à presença de Norovirus e Salmonella em macroalgas. No entanto, a bactéria Salmonella foi detetada numa halófita recolhida numa das praias amostradas, o que realça a importância da população não apanhar espécimes em meio natural para uso culinário», destaca Elsa Teresa Rodrigues, investigadora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e do Centro de Ecologia Funcional (CFE), e coordenadora deste estudo.

De acordo com esta investigação, as informações sobre os potenciais perigos microbiológicos em macroalgas e halófitas comestíveis são escassas, e os métodos normalizados para deteção de Norovírus em vegetais não foram ainda validados para este tipo de produtos alimentares.

Assim, explica a investigadora, «o método normalizado internacionalmente NF EN ISO 15216-2 foi aplicado em 57 amostras, tendo sido validado para 72% das amostras. Os resultados mostram que o método é adequado para macroalgas verdes e vermelhas, bem como para halófitas, mas que tem de ser otimizado para macroalgas castanhas. A presença de Salmonella foi ainda avaliada em 46 amostras usando o método internacional ISO/FDIS 6579, e foi detetada numa halófita», conclui.

Em 2020, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) reconheceu o possível impacto negativo das alterações climáticas na qualidade dos produtos usados para consumo humano, nomeadamente na magnitude de algumas doenças com origem alimentar, incluindo as causadas por Norovírus e a Salmonella.

O artigo científico “Portuguese macroalgae and halophytes for human consumption: minimal risk of Norovirus and Salmonella infection” pode ser consultado aqui.

 
Inauguração a 13 de junho
Oftalmologia, dentristia, imagiologia e capacidade para visualização remota de cirurgias diferenciam um dos maiores projetos de...

Com mais de 3.700 m2, este é um dos maiores e mais completos Hospitais Veterinários Universitários da Península Ibérica e que garantirá aos alunos do Mestrado Integrado em Medicina Veterinária do Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS) e da licenciatura de Enfermagem Veterinária da Escola de Tecnologias da Saúde da CESPU um ensino em ambiente real de trabalho e com acesso às mais inovadoras técnicas.

O hospital é especializado para o tratamento de animais domésticos e de produção, em particular equinos, tendo entre as suas áreas de especialização neurologia, ortopedia, dentristia, oftalmologia, cirurgia. O serviço de imagiologia (com salas de Rx, TAC e ressonância magnética) é um outro fator de diferenciação desta unidade, que dispõe também de laboratório próprio. Na cirurgia, está instalado equipamento diferenciado que permite a visualização remota dos procedimentos cirúrgicos.

“É um dos maiores e mais completos Hospitais Veterinários Universitários não só em Portugal, mas em toda a Península Ibérica, onde mais de 180 alunos têm a oportunidade de aprender em ambiente real de trabalho e adquirir técnicas inovadoras e que serão diferenciadoras no seu futuro percurso profissional”, destaca Nuno Vieira e Brito, coordenador do Mestrado Integrado em Medicina Veterinária.

O hospital veterinário está, ainda, a equipar todas as instalações dedicadas a equídeos, num projeto inovador e funcional único em Portugal.  

 
Ecografia dos gânglios da base
O CNS - Campus Neurológico, unidade de saúde especializada no tratamento e reabilitação de doenças neurológicas, disponibiliza...

A ecografia dos gânglios da base é uma técnica não invasiva, acessível e facilmente aplicável, com eficácia comprovada no diagnóstico de várias doenças do movimento, com particular destaque para a doença de Parkinson (DP) e outros parkinsonismos.

É uma ferramenta de diagnóstico muito útil em doentes com doenças do movimento nos quais há uma dúvida diagnóstica (exemplos: DP versus paralisia supranuclear progressiva ou atrofia multissistémica; parkinsonismo neurodegenerativo vs tremor essencial ou parkinsonismo induzido por medicação, entre outros). A ecografia dos gânglios da base tem potencial para responder às mesmas questões que outros exames utilizados para auxiliar o diagnóstico de doenças do movimento (como o DATSCAN), com a vantagem adicional de poder obter mais informação, de forma não invasiva e sem administração de contraste.

A ecografia é uma técnica de imagem que se baseia na emissão de ultrassons. O exame é indolor, não exige administração de sedação e não há exposição a radiação, sendo, por isso, um exame seguro e fácil de realizar. A ecografia dos gânglios da base é feita com o doente deitado, de barriga para cima. Coloca-se a sonda numa zona específica da cabeça, registando as imagens visíveis e calculando índices específicos, para posterior interpretação. A realização deste exame tem uma duração máxima de 20 a 30 minutos.

Linda Azevedo Kauppila, neurologista e especialista em doenças do movimento no CNS | Campus Neurológico, é atualmente responsável pela realização do exame, disponível na unidade de Lisboa do CNS. Fez a sua formação em ecografia dos gânglios da base sob supervisão do Professor João Sargento de Freitas, do serviço de Neurologia da ULS Coimbra.

Recentemente, Linda Azevedo Kauppila foi, também, formadora do ‘Curso de Ecografia dos Gânglios da Base’, inserido no congresso da Sociedade Portuguesa de Doenças do Movimento, em março de 2024. ‘A ecografia dos gânglios da base vai constituir uma alteração do paradigma da investigação de doentes com doenças do movimento. Vai permitir simplificar e melhorar, de forma inovadora e acessível, o diagnóstico de doença de Parkinson, bem como facilitar o esclarecimento diagnóstico de várias outras doenças do movimento. Estabelecer um diagnóstico tão preciso quanto possível é fundamental e pode traduzir-se em implicações diretas na gestão da doença e do plano terapêutico do doente; conseguir fazê-lo recorrendo a uma técnica não invasiva e sem incómodo acrescido para os doentes constitui um ganho significativo. É imensamente satisfatório podermos continuar a ampliar a oferta de cuidados a doentes com doença neurológica, com a mais recente disponibilização deste método diagnóstico.’ – afirma Linda Azevedo Kauppila. O CNS Lisboa é a primeira instituição em Lisboa – e das poucas em Portugal – que disponibiliza esta técnica, continuando a destacar-se pela modernização e diversificação de cuidados.

 
Infeção aguda causada pela reativação do vírus varicella zoster
Herpes zoster poderá afetar uma em cada três pessoas adultas ao longo da vida (1), mas 86% dos adult

O Herpes Zoster, ou Zona, é uma infeção aguda causada pela reativação do vírus varicella zoster, o mesmo agente que provoca a varicela.3 Na forma latente o vírus está presente na maioria dos adultos,4 mantendo-se adormecido por anos. Porém, pode ser reativado com o avançar da idade, entre outras causas.5 A nível global, estima-se que cerca de 30% dos adultos poderão desenvolver manifestações de herpes zoster.6 Ainda assim, diversos estudos apontam que quase metade dos adultos acreditam que é pouco provável virem a desenvolver esta infeção, que se manifesta por lesões cutâneas que podem ser muito dolorosas.7

“Sem dúvida, é uma infeção que não pode ser subestimada, principalmente quando olhamos para a população acima dos 50 anos. No entanto, há ainda uma clara falta de sensibilização relativamente aos riscos que a doença representa”, alerta Francisco George, presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública e ex-Diretor Geral da Saúde.

Como tal, importa conhecer esta doença que pode tornar-se incapacitante para os doentes e desfazer os mitos a ela associados:

#Mito 1: Sou saudável, por isso, não estou em risco de desenvolver a doença

À medida que as pessoas envelhecem, o sistema imunitário vai diminuindo a sua competência, aumentando, por isso, a probabilidade de reativação do vírus varicela zoster, que se encontra "adormecido" no organismo da maioria dos adultos,8 colocando, assim, as pessoas com 50 anos ou mais em risco de desenvolverem herpes zoster.9

“No entanto, a reativação do vírus varicella zoster pode acontecer a qualquer pessoa e em qualquer idade, desde que esta tenha tido varicela. Ou seja, apesar de ser potenciada por fatores como o aumento da idade, a imunossupressão e a presença de doenças crónicas, a reativação do vírus explica a génese da doença, mesmo em pessoas jovens e saudáveis, tendo um impacto significativo a nível físico, psicológico, pessoal e profissional. Nestes termos, é crucial investir na prevenção”, acrescenta o especialista em Saúde Pública.

#Mito 2: Não posso fazer nada para evitar ter Zona

Evitar exposição solar, precaver situações de stress, dormir bem e manter uma alimentação equilibrada rica em frutas e vegetais são algumas das formas de prevenir a reativação deste vírus.

A exposição solar prolongada, sobretudo sem proteção, pode provocar ou intensificar erupções cutâneas, uma vez que os raios UV são nocivos, tornando a pele mais vulnerável e suprimindo as respostas imunitárias do organismo. Já o stress é responsável por fragilizar o sistema imunitário, ao dificultar a ação das células de defesa do nosso organismo (linfócitos), no combate a infeções virais ou bacterianas.

É, igualmente, aconselhável evitar alimentos ricos em açúcar, pois aumentam os radicais livres e são responsáveis por processos inflamatórios do organismo, gerando um stress oxidativo que pode favorecer o aparecimento de doenças autoimunes, degenerativas e de zona. Perturbações do sono, incluindo dormir pouco, são fatores que contribuem para aumentar a probabilidade de surgirem manifestações de herpes zoster, uma vez que o sono ideal é de 7 a 8 horas diárias.

“Por outro lado, está demonstrado, no plano científico, que a imunização de adultos é uma importante medida para a prevenção de determinadas doenças infeciosas evitáveis pela vacinação. É o caso do herpes zoster que pode ser prevenido através da vacinação”, acrescenta Francisco George. “A adoção de estratégias globais e personalizadas, é essencial na obtenção de mais ganhos em saúde pública no âmbito do processo de envelhecimento saudável, contribuindo, assim, de forma positiva, para o bem-estar, para a prosperidade e para a economia do país”, explica.

#Mito 3: O herpes zoster não é perigoso

A maioria das pessoas que desenvolvem herpes zoster recupera totalmente passadas poucas semanas (mais raramente alguns meses). No entanto, podem ocorrer algumas complicações associadas a esta doença, sendo a mais comum a Nevralgia Pós-Herpética que se caracteriza por dor incapacitante que pode persistir, mesmo por meses ou anos, após o desaparecimento das erupções cutâneas herpéticas. É mais comum e grave em pessoas idosas, estimando-se que até cerca de 30% dos doentes com zona poderão desenvolver esta complicação que tem impacto significativo na qualidade de vida dos afetados.10,11

Há outras complicações que podem ocorrer: alterações cutâneas por cicatrizes ou transtornos na pigmentação devidas à infeção secundária da erupção herpética; perda total ou parcial da visão (devido ao herpes zoster oftálmico); complicações no sistema nervoso periférico e central; problemas de audição e de equilíbrio; complicações cardiovasculares.12

“Esta é uma doença ainda não conhecida pelas suas implicações, apesar de poder tornar-se incapacitante para os doentes, tendo um impacto significativo a nível físico, psicológico, pessoal e profissional”, remata.

Em resumo, é importante estar atento ao aparecimento de sintomas e sinais cutâneos de herpes zoster, tipicamente unilaterais, como formigueiro ou dormência a nível dorsal, cervical ou no tronco, incluindo dor ou ardor, prurido, manchas avermelhadas e pequenas vesículas que contêm um líquido transparente. A consulta do médico é indispensável para a confirmação do diagnóstico definitivo e para a prescrição terapêutica.

Referências: 

1. Harpaz R, Ortega-Sanchez IR, Seward JF; Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008 Jun 6;57(RR-5):1-30; quiz CE2-4. PMID: 18528318.

2. Shingles Misconceptions Map Survey (Australia, Brazil, Canada, China, Germany, India, Italy, Japan, Portugal, South Korea, United Kingdom, United States), Pollfish on behalf of GSK.

3. Harpaz R, Ortega-Sanchez IR, Seward JF; Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008 Jun 6;57(RR-5):1-30; quiz CE2-4. PMID: 18528318.

4. Johnson RW, et al. Herpes zoster epidemiology, management, and disease and economic burden in Europe: a multidisciplinary perspective. Ther Adv Vaccines. 2015;3(4):109-120. 

5. Mueller NH, et al. Varicella Zoster Virus Infection: Clinical Features, Molecular Pathogenesis of Disease and Latency. Neurologic Clinics. 2008;26;675-697. 

6. Harpaz R, Ortega-Sanchez IR, Seward JF; Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008 Jun 6;57(RR-5):1-30; quiz CE2-4. PMID: 18528318.

7. Shingles Misconceptions Map Survey (Australia, Brazil, Canada, China, Germany, India, Italy, Japan, Portugal, South Korea, United Kingdom, United States), Pollfish on behalf of GSK.

8.  Johnson RW, et al. Herpes zoster epidemiology, management, and disease and economic burden in Europe: a multidisciplinary perspective. Ther Adv Vaccines. 2015;3(4):109-120. 

9. Harpaz R, Ortega-Sanchez IR, Seward JF; Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008 Jun 6;57(RR-5):1-30; quiz CE2-4. PMID: 18528318.

10. DH Green Book Ch 28a. Shingles. 2021. https://www.gov.uk/government/publications/shingles-herpes-zoster-the-green-book-chapter-28a.

11. Gauthier A et al. Epidemiology and costs of herpes zoster and postherpetic neuralgia in the United Kingdom. Epidemiol Infect. 2009; 137 38-472

12. NICE Clinical Knowledge Summaries. Shingles: What are the complications. 2021. https://www.nice.org.uk/cks-uk-only.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Utentes são obrigados a percorrer 100 quilómetros diários para realização de diálise
Estima-se que em 2040 a doença renal possa vir a ser uma das cinco principais causas de morte em todo o mundo, afetando...

Na sequência da decisão da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) de não aprovar o licenciamento da referida clínica de diálise, os utentes juntaram-se na reivindicação da abertura do espaço para evitar, tal como reforçam no texto da petição, as deslocações a Peso da Régua, que têm de ser feitas no mínimo, três vezes por semana, tantas quantos os tratamentos de diálise a realizar. Contas feitas, tratam-se de 300 quilómetros por semana, número que sobe para os 1.200 todos os meses, o que obriga a perder, só em deslocações, cerca de 75 minutos diários, quase quatro horas por semana e 15 horas por mês, “um fardo significativo para os doentes e familiares”.

Apesar da existência de um Centro de Responsabilidade Integrada em Diálise na Unidade Hospitalar de Lamego, os cidadãos locais defendem que este não consegue dar resposta a todas as necessidades. A nova clínica, que está pronta a funcionar, garantiria, dizem, acessibilidade aos melhores cuidados de saúde, atrasos reduzidos no tratamento e um maior bem-estar da comunidade.

A petição está disponível aqui.

Participação gratuita
No próximo dia 18 de junho de 2024, pelas 18h00, vai ter lugar no auditório do Hospital Pêro da Covilhã – ULSCBeira, um...

Dirigida a Pais, Crianças e Profissionais/Cuidadores de Saúde primários, a iniciativa tem como propósito capacitar os participantes com conhecimentos teóricos e competências práticas, sobre o papel crucial da nutrição na prevenção e no tratamento da obesidade infantil, promovendo intervenções alimentares eficazes para melhorar a saúde e o bem-estar das crianças e jovens.

Os interessados devem inscrever-se em chcbeira.up.events. A participação é gratuita e confere direito a certificado de presença. 

 
90% das doenças da atualidade estão relacionadas com a microbiota
A modulação dos ecossistemas microbianos pode ser a chave para encontrar novas soluções para alguns dos principais desafios...

Estimulada pelos avanços tecnológicos da biologia, a investigação sobre a microbiota humana e os probióticos tem avançado significativamente, abrindo caminho para diversas abordagens terapêuticas. Segundo a nutricionista Filipa Horta, os probióticos estão naturalmente integrados numa abordagem terapêutica com base na medicina personalizada pela sua capacidade de modular a microbiota humana. Explica que os probióticos têm a capacidade de modular a microbiota intestinal de formas específicas. Ou seja, ao selecionar estirpes probióticas que atuem de maneira direcionada, é possível personalizar tratamentos para melhorar a saúde intestinal e extraintestinal de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa.

“Temos vindo a assistir a grandes avanços científicos na compreensão das interações entre a microbiota e o organismo humano. Isto permite aos investigadores isolar estirpes específicas de acordo com os seus benefícios para a microbiota e para a saúde. O potencial terapêutico para doenças como a obesidade, alergias, problemas de fertilidade, fadiga e infeções, é imenso e tem apresentado resultados promissores”, refere.

Filipa Horta explica que a microbiota é o conjunto de microrganismos que habitam no organismo: micróbios, bactérias, fungos, etc. Estes micróbios, vivem em comunidades no nosso corpo e cada uma destas comunidades tem uma impressão digital única em cada pessoa. De entre as microbiotas – pele, ouvidos, boca, pulmões, vagina – a intestinal é a mais predominante,  ajuda na absorção dos nutrientes e a prevenir e regular infeções em todo o organismo. Além disso, sabe-se que existe uma complexa comunicação bidirecional entre o intestino e o cérebro, pelo que o intestino é, há muito tempo, apelidado de segundo cérebro.

90% das doenças da atualidade estão relacionadas com a microbiota

“Embora haja ainda muito caminho para desbravar, podemos afirmar hoje que 90% das doenças da atualidade estão, de alguma forma, ligadas à microbiota”, afirma. Até em várias doenças psiquiátricas, foram identificados desequilíbrios da microbiota, como a esquizofrenia, a depressão e as perturbações obsessivo-compulsivas.

Os estudos para abordagens terapêuticas com recurso a probióticos prosseguem em várias frentes, abrangendo uma multiplicidade de doenças, e já com muita evidência científica. Os microrganismos mais usados como probióticos são as próprias bactérias (boas) que existem na microbiota humana ou de produtos lácteos fermentados – os lactobacilos, as bifidobactérias‎  ou leveduras, como o Saccharomyces boulardii, provenientes da casca da lichia. Sejam com origem no leite, frutas ou no corpo humano, as espécies de microrganismos potencialmente benéficas têm sido estudadas detalhadamente para encontrar as estirpes mais interessantes para a medicina. Filipa Horta dá alguns exemplos de aplicação prática comprovada de probióticos na abordagem a diversas doenças.

Distúrbios do aparelho digestivo

Leveduras como o Saccharomyces boulardii, proveniente da casca da lichia, têm revelado eficácia no tratamento e prevenção da diarreia aguda em crianças e adultos (gastroenterites, por exemplo), assim como na diarreia provocada pela toma de antibióticos. O mesmo sucede com a bifidobactéria Bifidobacterium longum, da estirpe 35624, no apaziguamento do desconforto gastrointestinal recorrente, relacionado, por exemplo, com a síndrome do intestino irritável.

Infeções respiratórias de inverno

Algumas espécies de bactérias probióticas, como Lactobacillus plantarum, Lactobacillus Rhamnosus GG e Bifidobacterium Lactis, têm evidência científica em diversos estudos internacionais na prevenção das infeções do trato respiratório. Em alguns casos, esses benefícios estendem-se à redução do risco de infeções respiratórias sazonais, com alguns estudos a demonstrar uma redução de 28% da sua incidência, menos 33% de risco de severidade dos sintomas e menor duração dos sintomas. O Lactobacillus Rhamnosus GG, apresenta ainda potencial benefício na diminuição do risco de asma e rinite alérgica.

Obesidade

Há estudos que comprovam, por exemplo, que existem enterobactérias que conseguem produzir uma proteína, ClpB, capaz de ativar vias neuroniais associadas à saciedade, o que para o controlo do peso é muitas vezes um fator decisivo. Nos casos em que foi utilizada especificamente a estirpe Hafnia alvei HA4597 observou-se, além redução da ingestão alimentar por menos apetite, uma potenciação da perda de adiposidade (gordura).

Infeções urinárias

Há um interesse crescente em métodos alternativos de prevenção das infeções do trato urinário em alternativa aos antibióticos. O uso de probióticos contendo lactobacilos, como as estirpes Lactobacillus rhamnosus LR06 e Lactobacillus plantarum LP02, revelaram eficácia no apoio ao reequilíbrio da microbiota vaginal em mulheres com tendência para infeções urinárias.

Stress e ansiedade

Estudos em animais comprovaram que a microbiota está envolvida na regulação das emoções através da comunicação entre o intestino e o cérebro. Se a microbiota não estiver equilibrada, esta comunicação é menos eficaz e favorece o aparecimento de perturbações de humor. Além dos tratamentos clássicos (antidepressivos, reguladores do humor, psicoterapia, etc.) está aberto um novo caminho: reequilibrar a microbiota para influenciar o humor. Um estudo recente mostrou que a toma de probióticos diariamente, uma combinação de lactobacilos e bifidobactérias, melhora o humor e reduz o nível de ansiedade em pessoas saudáveis.

 
3ª edição do ranking Research.com
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) celebra um marco significativo no panorama científico nacional, com...

Entre os cinco primeiros neurocientistas em Portugal, encontram-se os seguintes professores da FMUL:

1.     Mamede de Carvalho - 2º lugar

2.     Ana M. Sebastião - 3º lugar

3.     Alexandre de Mendonça - 5º lugar

Este reconhecimento reflete a excelência e o impacto das suas investigações na comunidade científica, destacando a FMUL como uma instituição de referência na área da neurociência.

De realçar, ainda, o Professor José Manuel Ferro, também da FMUL, que lidera o ranking dos Melhores Cientistas em Medicina em Portugal. Com um impressionante D-index de 101, o Professor José Manuel Ferro é reconhecido pelo seu contributo excecional para a ciência médica, acumulando 46.973 citações em 525 publicações. Já jubilado, continua a realizar pesquisas de grande relevância, mantendo-se na vanguarda da medicina e contribuindo significativamente para o conhecimento científico global.

A FMUL congratula-se com estas distinções, que reforçam o seu compromisso para com a investigação e o ensino de excelência em Portugal: “Estamos extremamente orgulhosos dos nossos neurocientistas Mamede de Carvalho, Ana M. Sebastião e Alexandre de Mendonça por estes recentes reconhecimentos, bem como do Professor José Manuel Ferro, que lidera o ranking dos cientistas em medicina. Estes rankings refletem a excelência e dedicação dos nossos investigadores e reforçam o compromisso da FMUL com a investigação científica de alta qualidade”, destaca João Eurico Cabral da Fonseca, Diretor da FMUL, e acrescenta: “Muitos parabéns a todos pelos seus contributos extraordinários para a ciência. Continuaremos a apoiar e promover a investigação de alta qualidade e o avanço da ciência em Portugal”.

O ranking Research.com dos melhores cientistas na área da Neurociência, elaborado com base em dados da OpenAlex e CrossRef, foi construído a partir de métricas de citação adquiridas em 21-11-2023, utilizando o D-index (Discipline H-index) para determinar as posições.

Dia Internacional da Doença Hepática Esteatósica | 13 de junho
A Doença Hepática Esteatósica, doença resultante da esteatose hepática ou fígado gordo, afeta mais d

Em Portugal, pelo menos 15% dos adultos, ou seja, mais de 1 milhão e 200 mil pessoas, apresentam esta condição. Deste conjunto de pessoas, 200 a 300 mil apresentam formas mais graves da doença que, mais tarde, poderão evoluir para cirrose. Tradicionalmente, esta condição era associada apenas ao consumo excessivo de álcool, motivo que infelizmente se mantém na atualidade. Contudo, hoje em dia, o fígado gordo deve-se, na maioria dos casos, a hábitos de vida não saudáveis, estando diretamente relacionado com o estilo de vida, nomeadamente o tipo de alimentação e a vida sedentária. Estes fatores levam ao excesso de peso, ao aumento da diabetes e ao excesso de gorduras no sangue, todos eles causadores de fígado gordo. Infelizmente, este é um problema que começa a surgir também nas crianças, representando 3% dos casos em Portugal.

Esta doença consiste na acumulação de gordura nas células do fígado, resultante da sua ingestão em excesso, o que, por sua vez, faz com que o organismo não a consiga processar.  É considerado fígado gordo quando a gordura corresponde a mais de 5-10% da massa do fígado. Nalguns casos, a acumulação de gordura pode ser uma situação simples, que não cause lesão significativa do fígado, mas noutros casos pode haver inflamação deste órgão, levando ao comprometimento da sua função e a doenças graves, como cirrose ou cancro hepático.

Também o açúcar pode ser tão tóxico como o álcool: um consumo contínuo e em excesso de doces, gorduras e refrigerantes é tão prejudicial para a saúde do fígado como o consumo exagerado de vinho ou cerveja. Assim, a prevenção passa essencialmente pela adoção de uma alimentação saudável, com menor consumo de gorduras e hidratos de carbono, menor quantidade de alimentos processados e ultraprocessados, maior ingestão de vegetais e um consumo reduzido ou ausente de bebidas alcoólicas.

Para além disso, a prática regular de exercício físico também contribui para controlar a obesidade e, consequentemente, para prevenir o fígado gordo.

A Doença Hepática Esteatósica é uma doença silenciosa, o que significa que, habitualmente, não causa qualquer sinal ou sintoma. No entanto, em fases mais avançadas da doença, pode provocar fadiga, perda de apetite, dor ou desconforto na parte superior direita do abdómen, distensão abdominal por acumulação de líquido (ascite) e amarelecimento da pele e dos olhos (icterícia).

É importante que as pessoas consultem o seu médico assistente regularmente e façam exames de rotina, de modo a detetar precocemente a doença. A sua saúde é um todo e ao adotar um estilo de vida saudável, que proteja o fígado, estará simultaneamente a beneficiar o bom funcionamento de todo o organismo.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Mais de 1 milhão de portugueses tem Fígado Gordo
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma campanha de consciencialização para a esteatose...

“A Doença Hepática Esteatósica é uma doença resultante da esteatose hepática ou fígado gordo. Em Portugal, pelo menos 15% dos adultos, ou seja, mais de 1 milhão e 200 mil pessoas, apresentam esta condição. Deste conjunto de pessoas, 200 a 300 mil apresentam formas mais graves da doença que, mais tarde, poderão evoluir para cirrose. Esta é uma doença prevenível e evitável. Com esta iniciativa pretendemos que, através de várias mensagens, as pessoas compreendam a importância da prevenção e do tratamento precoce do Fígado Gordo”, afirma Arsénio Santos, presidente da APEF.

E acrescenta: “Esta condição era associada apenas ao consumo excessivo de álcool. Contudo, atualmente, o fígado gordo deve-se, na maioria dos casos, a hábitos de vida não saudáveis, estando diretamente relacionado com o estilo de vida, nomeadamente o tipo de alimentação e a vida sedentária. Por esta razão, recomenda-se que as pessoas mantenham uma alimentação mais equilibrada e saudável, favorecendo alimentos ricos em fibras e evitando alimentos processados e ultraprocessados, compostos por gorduras saturadas; e que pratiquem cerca de 60 minutos de atividade física por dia. Não precisa ser tudo ao mesmo tempo. Andem mais, subam escadas e mantenham-se em movimento, sempre que for possível”.

A Doença Hepática Esteatósica, também conhecida por fígado gordo, é uma doença silenciosa, que afeta mais de 115 milhões de pessoas em todo o mundo. Esta condição é causada pelo excesso de gordura acumulada no fígado, que leva à inflamação e fibrose (cicatrização) deste órgão. Num estado mais avançado, pode provocar Cirrose Hepática ou mesmo Cancro do Fígado.

De acordo com o Global Liver Institute, estima-se que 357 milhões de pessoas sejam afetadas até 2030, em todo o mundo.

Atuação no setor da saúde ocupacional
A Preveris, uma empresa da CUF, resulta da união de duas marcas de sucesso: SAGIES e Atlanticare. Com uma experiência acumulada...

Através de uma rede nacional de 30 centros clínicos autorizados, pela Direção-Geral de Saúde, para a prestação de serviços de medicina no trabalho, de quatro unidades móveis de saúde e do acesso à rede de hospitais e clínicas da rede CUF, a Preveris assegura a prestação de todos os serviços de prevenção, saúde e bem-estar com uma cobertura geográfica de norte a sul do país. 

De acordo com as necessidades de cada empresa, a Preveris disponibiliza uma vasta gama de serviços, que vão desde o simples cumprimento de obrigatoriedades legais - saúde no trabalho, segurança no trabalho e formação - até uma oferta completa e diferenciada nas áreas da prevenção e saúde, que engloba check-ups, programas de saúde mental, serviços de Telemedicina, consultas de Medicina Geral e Familiar, para além de criar soluções de saúde e prevenção que respondam às necessidades específicas de cada cliente. 

Para o Presidente da Comissão Executiva da Preveris, Francisco Gonçalves Pereira, “a saúde ocupacional em Portugal deve ter um papel chave para a saúde preventiva, abrangente e de qualidade, da população em idade de trabalho. Com o apoio da CUF, as nossas soluções contribuem para prevenir as doenças e aumentar a qualidade de vida dos colaboradores das empresas, e diminuir a sinistralidade e o absentismo, o que se reflete na melhoria dos índices gerais de produtividade e ajuda à atração e retenção de talento.” 

A experiência, diferenciação e especialização das equipas multidisciplinares, que se mantêm permanentemente atualizadas, contribuem de forma decisiva para a qualidade dos serviços prestados aos nossos clientes empresariais. “O profissionalismo e compromisso das nossas equipas, com recurso a soluções para monitorização dos serviços em tempo real, garantem um elevado nível de integração e personalização dos serviços prestados”, assegura Francisco Gonçalves Pereira.  

Dia 15 de junho
A Escola Superior de Enfermagem do Porto completa 128 anos de existência no próximo dia 15 de junho. Num programa com três dias...

No dia 17 de junho, decorre a sessão solene comemorativa de aniversário da Escola Superior de Enfermagem do Porto, que conta com a presença da Senhora Ministra da Saúde, Doutora Ana Paula Martins, e com o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Luís Filipe Barreira.

A sessão solene conta ainda com as alocuções do Presidente da ESEP, Professor Doutor Luís Carvalho, da Presidente do Conselho Geral, Enfermeira Dulce Pinto e do Presidente da Associação de Estudantes, Bernardo Oliveira.

Na sessão serão ainda entregues distinções honoríficas e agraciamentos a membros da comunidade académica.

No dia 14 de junho, realiza-se a noite cultural com a participação das tunas e grupo de fados, do grupo teatro e do grupo coral Enfermagem Porto.

No âmbito das comemorações de aniversário será ainda realizada uma caminhada pelo corredor ecológico PR-VLG1, a realizar no dia 15 de junho.

Todas as informações disponíveis sobre o evento em https://i-d.esenf.pt/dia-da-esep-2024

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