“É inaceitável” a utilização indevida de vacinas, afirma Ministério da Saúde

De acordo com o documento, divulgado após denúncia de casos de utilização indevida de vacinas, a operacionalização do Plano apenas “prevê que, no caso de, por circunstâncias imprevistas, não ser possível administrar todas as doses definidas numa determinada entidade, face às caraterísticas de conservação das vacinas e com o intuito de evitar a sua inutilização, as mesmas possam vir a ser administradas a pessoas não previstas inicialmente”. No entanto, faz saber que também nestas situações, “se deverão observar as prioridades definidas pelo Plano de Vacinação”.
Como tal, “tendo em vista obviar a qualquer falta imprevista de pessoas numa entidade priorizada para vacinar, o Ministério da Saúde entendeu determinar que a Task Force reforce instruções para que as entidades responsáveis pela operacionalização do plano preparem, de antemão, uma lista de outras pessoas prioritárias a quem poderão administrar as vacinas, no caso de impossibilidade superveniente de alguma das pessoas inicialmente definidas, devendo, ainda, tal circunstância ser devidamente reportada”, sublinha o documento.
Deste modo, “de forma a avaliar a correta aplicação dos critérios estabelecidos no plano de vacinação, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) promoverá, a partir da próxima semana auditorias, de âmbito nacional”
O Ministério da Saúde sublinha ainda que a utilização indevida das vacinas contra a Covid-19 “pode constituir conduta disciplinar e criminalmente punível, em face da factualidade concreta que venha a apurar-se em sede de inquérito”.