“Este Natal dê um presente ao seu coração”
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a alertar a população para a importância de cuidar da saúde...

“Sobretudo nesta época festiva, existe uma tendência para serem cometidos alguns excessos alimentares e verifica-se uma redução de alguns hábitos mais saudáveis, contudo é importante que os cuidados regulares com o coração se mantenham”, afirma Eduardo Infante de Oliveira, presidente da APIC.

E acrescenta: “A época natalícia pode ser um bom pretexto para fazer algumas mudanças no seu estilo de vida, optando por uma alimentação equilibrada, pela prática de exercício físico, mesmo que apenas 10 minutos por dia, e evitando situações de stress e o consumo de álcool e de tabaco.”

A doença coronária caracteriza-se pela acumulação de depósitos de gordura no interior das artérias que fornecem sangue ao coração. Esses depósitos causam um estreitamento ou obstrução das artérias o que provoca uma diminuição dos níveis de oxigénio e nutrientes que chegam às células do músculo cardíaco. As principais doenças coronárias são a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio.

 

Doenças raras
Trata-se de uma síndrome extremamente rara que envolve uma mutação do gene KAT6A e que ainda se enco

“A Constança tem 3 anos e 8 meses e foi diagnosticada em novembro de 2019 com a síndrome KAT6A”, começa por contar a mãe revelando que se trata de uma síndrome tão rara que até os médicos foram apanhados de surpresa. “Na altura, não sabiam bem o que a tornava tão especial, parecia ser uma doença genética que ainda não conseguiam identificar”, recorda. “A médica que nos acompanhou no Hospital da Estefânia conhecia muito pouco pois é uma síndrome conhecida há meia dúzia de anos e ela apenas conhecia outro caso em Portugal”, recorda.

Assim que nasceu, Constança foi internada no serviço de Neonatologia do Hospital de Portimão. “Não mamava, tinha o nariz achatado, e esteve internada uma semana” para avaliar problemas cardíacos. Aos seis meses foi operada ao coração e detetaram uma microcefalia.

Segundo a mãe, Anadá Filipitsch, foram necessárias várias consultas de genética e vários exames para concluir o diagnóstico. “Neste momento em todo o mundo somos pouco mais de 250 com este diagnóstico. Cada situação é única, mas todas elas exigem uma intervenção terapêutica, educativa e médica que implica apoios de vária natureza, muitas vezes dispendiosos para as famílias”, explica.

A Síndrome KAT6A é um distúrbio do neurodesenvolvimento recentemente identificado, caracterizado principalmente por deficiência intelectual de gravidade variável e atraso na fala, hipotonia e malformações do coração e dos olhos. Além disso, problemas com alimentação são frequentes.

De todos os sintomas, como os atrasos severos na fala, atrasos gerais no desenvolvimento da criança, problemas de alimentação, problemas de visão, problemas sensoriais, graves problemas gastrointestinais, anomalias cardíacas, hipotonia e convulsões, Constança apenas não apresenta os últimos.

“A Constança é dependente para tudo, para se alimentar, para se vestir, para a sua higiene - a mais difícil de todas é a Constança não defecar sozinha, precisa de ajuda”, esclarece a mãe.

Deste modo, é acompanhada por várias especialidades médicas, quer no Serviço Nacional de Saúde, quer a nível privado. “É seguida no Hospital de Portimão, no centro de saúde de Lagos, em pediatria, otorrino e fisiatria. Para outras especialidades é seguida no privado”, conta.

“Relativamente as terapias semanais como fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional é seguida pela Eli, de Lagos\Luz\Neci, e no privado Técnifisio em Lagos”, adianta referindo, no entanto, que “onde a Constança teve mais evolução foi no seu primeiro intensivo no CHS - Centro de Estimulação Intensiva, em Braga, e que conta com uma área física de aproximadamente 8.000 m2, incluindo diferentes ginásios especializados para adultos e crianças, onde diariamente se aplica o protocolo terapêutico MIIP - Multi-fatorial, Integral, Intensivo e Personalizado”. “Foi assim que a Constança iniciou o gatinhar”, explica.

Não existindo um tratamento específico para esta síndrome, e sendo que cada caso é um caso, é essencial a realização de terapias com estimulação para que estas crianças possam desenvolver algumas capacidades. Segundo Anadá, “existem meninos que andam e vão a escola, como existem meninos que não andam não comunicam e são dependentes para tudo”.

Sendo a estimulação intensiva que recebe no Centro de Braga um tratamento dispendioso, a família lançou uma campanha de angariação de fundos para que a Constança possa realizar um novo protocolo em breve. “Para que a Constança possa continuar a evoluir, ( e ela tem evoluído, mesmo que seja pouco evolui e é nisso que eu me agarro para continuar a nossa  maratona) ela precisa de continuar a fazer dois intensivos por ano, que tem um custo de cerca de 10 mil euros cada, ou seja 20 mil euros ano. Deste modo, e porque não nos é possível pagar estes montantes, fiz esta campanha para que ela tenha hipótese de fazer outro intensivo em abril\maio de 2022 e assim caminharmos para um futuro melhor”, explica a mãe.

“Também fazemos recolha de tampas de plástico e metal, que entregamos na empresa Resialentejo, em Beja, (projecto dê uma tampa) que consiste na entrega de tampas e o valor angariado nessa entrega é revertido para pagamentos parciais dos intensivos. Todo este processo é feito entre a Resialentejo e a Clínica”, acrescenta.

Para quem tiver interesse em acompanhar o caso de Constança, a mãe partilha a página que criou para a filha: https://www.instagram.com/morningsmilewithconstanca/ e a página onde pode contribuir com donativos:  https://gofundme/41354e1d.

“Ajudem a Constança a continuar a sorrir todos os dias da sua vida! E quem sabe um dia andar e poder usufruir deste mundo como nós! Juntos somos mais fortes. Juntos podemos fazer a diferença na vida da nossa Constança”, apela recordando que o momento do diagnóstico foi muito duro. “Foi como se me tivessem tirado o chão, mas de alguma forma um alívio por ter um relatório e saber com o que tinha que lidar. As palavras da médica foram: «tem uma maratona pela sua vida fora, pois era mais fácil ganhar o Euromilhões do que ter uma filha com esta síndrome»”.

“Claro que passámos pela fase de aceitação que é bastante dolorosa para toda a família e cada um leva o seu tempo... Como Mãe custou-me particularmente ver a minha filha mais velha com sete anos, na altura, a chorar e a perguntar porque é que tinha uma mana assim... se para nós é difícil aceitar e já temos muito mais perceção da vida, o que será para uma criança...”, conclui.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Resultados de 15 a 30 minutos
Os utentes que queiram usufruir de testes Antigénio comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) podem fazê-lo nas...

Para garantir o acesso da população à realização de testes como medida de proteção da saúde pública advinda da pandemia COVID-19, a SYNLAB passou a realizar testes de antigénio comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), possibilitando a realização de 4 testes gratuitos por mês a todos os cidadãos.

Para usufruir da comparticipação do SNS, o utente deverá apresentar o número nacional de utente e preencher a Declaração de Compromisso de Honra, disponibilizada na unidade SYNLAB. O resultado dos testes de antigénio é comunicado ao utente entre 15 a 30 minutos.

 

Metodologia criada por docente da ESTeSC-IPC
Ana Lúcia Baltazar, docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), desenvolveu e...

O cumprimento da legislação relativa à higiene e segurança alimentar é um desafio para as micro e pequenas empresas de restauração. “As grandes empresas contratam profissionais com formação na área ou consultores, mas os restaurantes de micro ou pequena dimensão, muitas vezes de cariz familiar, apresentam maior dificuldade em contar com essa possibilidade”, nota Ana Lúcia Baltazar, lembrando a precariedade e elevada rotatividade dos profissionais do setor, que contribuem para o agravamento deste cenário. Para ajudar estes empresários a cumprir as normas legais e garantir a saúde pública, a investigadora desenvolveu uma ferramenta de controlo e orientação, a Foodsimplex.

Esta metodologia combina auditorias (técnico-funcionais e de segurança alimentar) e análises microbiológicas (de alimentos, superfícies, utensílios, equipamentos e manipuladores de alimentos), com planos de ação e formação ajustados à realidade de cada restaurante. “É uma ferramenta dinâmica, que tem de ser atualizada em função das alterações legislativas e que deve ser acompanhada por um profissional, mas a base está criada”, descreve Ana Lúcia Baltazar. A ferramenta resulta na disponibilização aos empresários de uma “check list” que orienta a organização das rotinas relacionadas com a garantia de higiene e segurança alimentar do restaurante. “Até aqui sabíamos os princípios, mas não está descrito qual a operacionalidade do sistema a implementar”, justifica.

Ao longo de quatro anos, Ana Lúcia Baltazar aplicou a Foodsimplex em restaurantes da zona centro do País. Nas primeiras avaliações realizadas encontrou problemas estruturais (instalações antigas, equipamentos desatualizados) e unidades onde não existiam circuitos de alimentos, bem como procedimentos que resultavam em práticas de higiene inadequadas, inadequada qualidade da higienização e produção alimentar.

“Após a avaliação das condições técnico funcionais da empresa (1ª fase), foi desenvolvido um plano de melhoria, estipulados circuitos de alimentos ajustados à realidade de cada restaurante, sempre dando formação aos empresários e manipuladores de alimentos (2ª fase)”, descreve a investigadora. Um trabalho que resultou numa melhoria estatisticamente significativa, nas avaliações seguintes (3ª e 4ª fase FoodSimplex), em relação à conformidade e segurança alimentar nos parâmetros referenciados, frisa.

“Foodsimplex é um nome irónico, a remeter para a ‘simplicidade’ com que qualquer cidadão – independentemente da formação – pode abrir estabelecimento no sector da restauração em Portugal”, explica a investigadora. Noutros países da Europa é obrigatória formação mínima para entrar no setor, mas em Portugal tal não acontece. Neste cenário “devia ser assegurado apoio a estas micro e pequenas empresas, para que consigam cumprir adequadamente os princípios de higiene e segurança alimentar”, defende Ana Lúcia Baltazar, lembrando que esta é uma questão de saúde pública.

A aplicação do sistema Foodsimplex está documentada no estudo “Foodsimplex – Food Safety Methodology in micro and small restaurants”, que é hoje apresentada em livro, numa cerimónia que acontece às 14h30, ESTeSC-IPC.

Dados Task Force
Portugal ultrapassou no início da semana os 22 milhões de testes de despiste do coronavírus desde o início da pandemia, 642 mil...

A informação foi revelada pela task force que coordena o processo de testagem, que adiantou, em comunicado, que até 6 de dezembro foram realizados um total de 22.042.987 milhões de testes, não incluindo os autotestes.

Destes mais de 22 milhões, 15,3 milhões foram testes PCR e 6,7 milhões testes rápidos de antigénio (TRAg).

De acordo com a task force, mais de 642 mil testes foram realizados entre 1 e 6 de dezembro, dos quais 416 mil (65%) foram TRAg de uso profissional, tendo Portugal ultrapassado em cinco dias – 30 de novembro e 02, 03, 04 e 06 de dezembro – uma testagem diária superior a 100 mil despistes do vírus.

A partir de 19 de novembro os TRAg de uso profissional efetuados nos laboratórios e farmácias que aderiam ao regime excecional de comparticipação voltaram a ser gratuitos, uma medida que abrange toda a população e que vai vigorar até 31 de dezembro.

O regime excecional e temporário tinha cessado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a Covid-19, mas o Ministério da Saúde decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos de Covid-19 e dos internamentos.

No acesso a lares e nas visitas a utentes em estabelecimentos de saúde e em grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passou a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, uma medida que se aplica mesmo a pessoas vacinadas contra a Covid-19.

 

Estudo
Segundo o estudo da Euroconsumers e das suas congéneres, das quais a DECO PROTESTE faz parte, dois em cada três inquiridos são...

O aumento das taxas de infeção por Covid-19 levou a que a Euroconsumers realizasse um estudo sobre as opiniões e expectativas dos consumidores portugueses e europeus sobre a gestão da pandemia, nomeadamente, o processo de vacinação. Segundo os dados apurados para Portugal, dois em cada três inquiridos são a favor da obrigatoriedade da toma da vacina contra a Covid-19 para a população adulta.

Para 79% dos inquiridos portugueses, profissionais do setor da saúde, como médicos, enfermeiros, farmacêuticos e assistentes de geriatria, devem ser obrigados a vacinar-se. Quanto aos funcionários das escolas e das universidades e aos trabalhadores dos serviços públicos em contacto direto com o público, o nível de concordância dos inquiridos sobre a vacina obrigatória é de 73% e 72%, respetivamente. Contudo, apenas 52% dos inquiridos portugueses concordaram em tornar a vacina obrigatória para menores com idades entre os 12 e os 17 anos – um valor superior aos 48% registado a nível europeu. A percentagem desce para 42% no caso das crianças portuguesas com menos de 12 anos e para 38% na Europa.

Nos agregados familiares com crianças abaixo dos 12 anos, muitos dão conta da incerteza que sentem quando está em causa uma possível vacinação nesta faixa etária. No entanto, a maioria (56%) é a favor de os vacinar. Apenas 13% dos inquiridos não o fariam.

Marco Pierani, Head of Public Relations da Euroconsumers, afirma que “a COVID-19 já tirou a vida a muitas pessoas e deixou tantas outras com sequelas  consideráveis. Temos de acreditar na ciência e agir de forma mais coordenada possível, salvaguardando os interesses de todos. É por isso que precisamos de continuar a vacinação dentro e fora da Europa”.

Preocupações das pessoas vacinadas VS não vacinadas

Segundo o estudo, os inquiridos vacinados ou com inoculação agendada e os ainda não vacinados mostraram preocupações diferentes em relação à vacinação contra a Covid-19. Os primeiros estão, sobretudo, preocupados com a escassez de vacinas e testes nos países em desenvolvimento, tendo seis em cada dez dos inquiridos vacinados ou com a vacina marcada dito que este era o aspeto que maior nível de preocupação lhes suscitava.

Entre os inquiridos ainda não vacinados, estender a indicação do uso da vacina a crianças com menos de 12 anos e ter de tomar novas doses da vacina contra a covid-19 todos os anos são os aspetos que mais preocupam. Para metade destes inquiridos, vacinar crianças abaixo dos 12 anos é o fator que mais os preocupa. Ter de repetir a vacina anualmente é o que mais inquieta 42% destes inquiridos.

À pergunta “porque é que ainda não foi vacinado ou porque é que não o vai fazer?”, 41% dos inquiridos não inoculados responderam que não acreditavam na eficácia da vacina. Uma percentagem ligeiramente mais baixa, 38%, não confia no processo de fabrico e de aprovação da vacina.

Certificado Digital na União Europeia é fácil e eficaz

Metade dos inquiridos na Europa concorda que a implementação do Certificado Digital da COVID-19 é uma medida eficiente para permitir a livre circulação na União Europeia. No entanto, cerca de um terço afirma que as diferentes regras nacionais (como número de doses, limite de idade, etc.) complicaram a utilização do certificado. Surpreendentemente, 18% dos inquiridos indicaram que nem sempre lhes foi pedido o certificado digital ao cruzar uma fronteira da União Europeia desde junho de 2021.

Há muito que a Euroconsumers pede à Comissão Europeia e aos Estados-Membros que coordenem a implementação do Certificado Digital da União Europeia. À luz de algumas decisões unilaterais recentes e da proposta da Comissão Europeia de uma recomendação do Conselho sobre regras de viagem atualizadas, a Euroconsumers reitera o seu apelo para garantir uma frente única.

 Els Bruggeman, Head of Policy and Enforcement da Euroconsumers, reforça que “precisamos de salvaguardar o Certificado Digital da COVID-19 como uma ferramenta fácil e eficiente que permita aos consumidores deslocarem-se livremente e com segurança pela Europa”.

 Menos de metade dos portugueses apoia restrições para quem não tenha certificado digital

Sobre se as pessoas que não têm certificado digital covid devem ser impedidas de entrar em espaços e eventos públicos, menos de metade dos inquiridos portugueses (46%) respondeu concordar com tais restrições. Ligeiramente menos ainda (45%) acha que a implementação do certificado seja uma medida eficiente para evitar a propagação da doença. E só quase três em cada dez inquiridos (28%) não concordam que as diferentes regras nacionais de vacinação, como o número de doses e os limites de idade, tenham complicado o uso do certificado digital covid para a livre circulação na Europa.

No entanto, apenas 21% concordam com a ideia de que o certificado digital Covid discrimina injustamente as pessoas não vacinadas. Mais de metade dos inquiridos acredita mesmo que o certificado digital encoraja os indecisos a vacinar-se (59%) e é uma medida eficaz para permitir a livre circulação dentro na União Europeia (55 por cento). Metade afirma-se também mais segura ao entrar em alguns espaços públicos, pelo facto de ser obrigatório ter certificado digital covid. A grande maioria dos inquiridos neste estudo (87%) tem certificado digital covid. Quase metade (45%) indicou não lhe ter sido pedido o certificado, pelo menos uma vez, ao entrar num espaço ou evento onde o documento era exigido. O mesmo aconteceu a 17% dos inquiridos ao cruzarem uma fronteira da União Europeia (UE) desde junho de 2021.

Necessidade de mais transparência

Mais de metade dos inquiridos (52%) creem que as negociações entre a UE e as empresas farmacêuticas detentoras das vacinas deveriam ter sido mais transparentes, apurou também o nosso estudo. Mais de quatro em cada dez inquiridos, contudo, são da opinião de que a UE conseguiu um melhor negócio com as farmacêuticas, em comparação com o que Portugal teria conseguido sozinho.

No entanto, a perceção do desempenho da UE na aquisição de vacinas contra a covid-19 é má. Apenas 37% dos inquiridos acham que o processo foi bem gerido.

Garantir que informações confiáveis ​​são uma prioridade

Embora os consumidores pareçam estar bastante bem informados sobre o coronavírus (ou seja, como se dissemina, como evitar a contaminação, como afeta os mais idosos, etc.), é preocupante que 44% ainda acreditem que seja tão mortal quanto uma gripe comum. Mais surpreendente é o facto de aproximadamente um em cada três consumidores acreditar que “o coronavírus foi lançado pelo governo chinês para destruir as economias ocidentais” e de um em quatro admitir que “foi criado em laboratório para que a indústria farmacêutica pudesse vender vacinas”. Mostra que, apesar de todos os esforços, continua a ser essencial continuar a garantir informações fiáveis.

Entre as fontes usadas com maior frequência para recolher informação sobre a pandemia encontram-se a televisão ou a rádio (78%), portal de notícias, (42%), sites institucionais do governo ou de saúde (33%) e o médico de família (32%). De notar que 28% procuram informação nas redes sociais e 16% em sites, blogs ou fóruns.  Em todos os países participantes verificou-se que são os inquiridos com idade inferior a 30 anos que tendem a recolher informação sobre a pandemia nas redes sociais, YouTube ou aplicações de chat.

Empresa de capitais 100% portugueses
Augusto Santos Costa assume a administração da ALMGENE PHARMA, empresa detentora da OPFC-Clínica Médica do Porto, prestadora de...

Formado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Augusto Santos Costa conta ainda com um Executive Master in Management na Católica Lisbon School of Business & Economics e uma Pós-Graduação em Project Management do Instituto Bissaya Barreto.

Dedicado à consultoria e gestão de projetos, o jovem consultor de 36 anos, conta com cerca de 15 anos de experiência na área da indústria farmacêutica, consultoria e gestão de projetos em empresas como a PHAGECON (FHC GROUP), a LABIALFARMA (FERRAZ GROUP) ou a BIOJAM HOLDING GROUP, empresa Farmacêutica Portuguesa, onde é Diretor Técnico desde 2017, cargo que vai acumular com o de administrador da ALMGENE PHARMA.

Como explica Augusto Santos Costa “a ALMGENE PHARMA é uma empresa de capitais 100% portugueses que ambiciona ser capaz de implementar a marca OPFC e os seus serviços de saúde em todo o território Português, por intermédio de expansão de instalações e corpo clínico próprio ou por intermédio de parceiros bem definidos, tendo sempre como objetivo fazer a diferença nos cuidados de saúde ao doente.”

E acrescenta: “No que à OKPHARMA diz respeito, o futuro passa pela sua afirmação nos mercados Europeus e países terceiros, através de parcerias locais estratégicas ao nível da logística e distribuição. Na área da consultoria estratégica o desafio é fazer da HASC uma marca reconhecida pelos seus clientes em Portugal e nos outros países onde já opera pela competência, eficiência e profissionalismo dos seus peritos nacionais e internacionais.”

Primeira cirurgia minimamente invasiva do punho com recurso ao NanoScope
O Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira realizou no passado dia 19 de novembro,...

O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira é assim um dos primeiros hospitais públicos do país, e o primeiro de toda a região centro, a implementar este procedimento inovador, através do qual os cirurgiões ortopedistas introduzem na área afetada, uma câmara do tamanho de uma agulha com 1,9 mm, para tratar ou diagnosticar lesões articulares, procedimento este que para o doente resulta numa recuperação muito mais rápida e sem cicatrizes cutâneas.

Para Cláudia Santos, ortopedista do CHUCB, com experiência na área da cirurgia da mão e do punho, a diferença do que se fazia até aqui consiste apenas no artroscópio utilizado, o NanoScope, que apresenta um terço do tamanho dos artroscópios convencionais, e que desta forma “permite visualizar todas as estruturas da articulação, cartilagens, ossos, ligamentos e até os tendões, através de um «mini microscópio», que dado o tamanho e flexibilidade, não danifica a cartilagem, o que representa um futuro muito promissor em termos de cirurgia da mão”, conclui.

Com esta técnica artroscópica aliada à “nanotecnologia”, podem ser diagnosticados em consultório, com recurso a uma simples anestesia local, quistos sinoviais, roturas de ligamentos, conflitos osteoarticulares, instabilidades cúbito-carpais e outras, sendo estes depois tratados através da mesma tecnologia, em bloco operatório ou em ambulatório, com recurso a anestesia geral ou local.

O objetivo desta médica, natural do Porto mas residente na Covilhã há mais de 10 anos, é continuar a apostar na área da cirurgia da mão, introduzindo no CHUCB o que de melhor se faz a nível mundial e apostar especialmente na realização desta técnica com o método WALANT (Wide Awake Local Anesthetic No Tourniquet procedure), ou seja, com anestesia local, por forma a conseguir dar uma resposta mais célere às necessidades dos seus doentes.

Nesta primeira artroscopia com recurso ao NanoScope, Claúdia Santos contou com a participação especial de Filipa Santos Silva, ortopedista coordenadora da unidade de punho e mão do Hospital Cuf Descobertas e com o também ortopedista do CHUCB, Eduardo Salgado.

 

 

Ação solidária de venda de t-shirts no mês do Cancro da Mama
O projeto “Há causas que nos vestem bem”, promovido pela MO, marca portuguesa de moda da Sonae Fashion, angariou mais de 22 mil...

Esta iniciativa, já na sua 3ª edição, foi criada com objetivo de alertar para a necessidade da prevenção e importância do rastreio e do diagnóstico precoce do cancro da mama, contribuindo também com uma doação monetária direta a favor das delegações de Porto, Coimbra e Lisboa do IPO.

O valor de 22.479 euros foi angariado com a venda das t-shirts solidárias para toda a família nas lojas MO e em www.mo-online.com durante outubro – o mês internacional da prevenção do cancro da mama. Este donativo monetário da MO pretende contribuir para continuar a proporcionar aos doentes do IPO as melhores condições de prestação de cuidados de saúde e ajudar a investir no futuro do tratamento contra o cancro.

Pela primeira vez desde o início desta iniciativa, em 2019, foram desenhadas t-shirts a pensar em toda a família: mulher, homem e criança, reforçando a mensagem de que o apoio familiar é fundamental no contexto desta doença. 100% made in Portugal, as t-shirts contavam com um desenho original de Joana Soares, mais conhecida como Violeta Cor de Rosa, que ilustrou a empatia através de formas que quase parecem sorrisos.

Diana Teixeira Pinto, diretora de marketing e e-commerce da MO, afirma: “Trata-se de um projeto já emblemático para a MO, e no qual toda a nossa equipa se empenha de uma forma incansável. Este ano, e procurando envolver os familiares mais próximos numa missão que os coloca à prova, decidimos apresentar uma proposta de valor que abrangesse toda a família. Em nome da MO, queria uma vez mais agradecer a todos os nossos clientes que não hesitaram em abraçar esta causa tão nobre.”

No âmbito das três edições do projeto “Há causas que nos vestem bem”, iniciado em 2019, a MO já angariou um valor total de mais de 65 mil euros a favor das três delegações do IPO.

O cancro da mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o tumor maligno mais frequente entre as mulheres. Em Portugal, com uma população feminina de 5 milhões, foram diagnosticados, em 2020, cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama e 1.800 mulheres morreram vítimas desta doença. Apesar de ser o tipo de cancro mais incidente na mulher, com maior número de casos, cerca de 1 em cada 100 cancros da mama são detetados em homens.

“Ser Espiritual - Da Evidência à Ciência”
O bestseller “Ser Espiritual - Da Evidência à Ciência”, da autoria de Luís Portela, está agora disponível em versão audiolivro.

Nesta versão falada do livro, com narração a cargo do autor, Luís Portela cruza os saberes tradicionais com os resultados da investigação científica e sugere um prévio despojamento de conceitos e preconceitos para que o leitor possa perspetivar o Universo a partir do seu eu espiritual de uma forma harmoniosa, consistente e útil. 

Durante 236 minutos, Luís Portela procura recentrar o ser humano no âmago do seu ser, apresentando uma perspetiva diferente dos conhecimentos aceites pela cultura vigente. Este audiolivro segue a linha de pensamento de Luís Portela colocando o enfoque na compreensão da dimensão integral do ser humano, tanto sob os aspetos físicos como sob o ponto de vista espiritual. 

Lançado em 2013, o livro “Ser Espiritual - Da Evidência à Ciência” conta já com 31 edições publicadas, uma versão e-book e agora a versão audiolivro disponível no catálogo da editora Gradiva. 

Luís Portela tem dez livros publicados, dos quais se mantêm nas livrarias Serenamente, O Prazer de Ser, Ser Espiritual, Da Ciência ao Amor e o mais recente The Science of Spirit - Parapsychology, Enlightenment and Evolution, publicado nos E.U.A. pela Toplight/McFarland. 

Licenciado em Medicina pela Universidade do Porto, em 1979, com 27 anos, Luís Portela desligou-se da carreira médica e universitária para assumir a presidência da BIAL, liderando a sua transformação numa farmacêutica internacional de inovação, com o lançamento dos primeiros medicamentos de investigação portuguesa: um antiepilético e um antiparkinsoniano. Em 2011, deixou a presidência executiva ao filho mais velho, António Portela, passando a exercer as funções de Chairman. Em 2021, Luís Portela retirou-se da vida profissional para se dedicar à Fundação BIAL, aos seus livros e à família.

 

No valor de 5 mil euros
Como tem vindo a acontecer todos os anos, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) vai atribuir uma Bolsa...

Esta Bolsa destina-se a financiar, parcial ou totalmente, o melhor projeto de investigação científica na área clínica de estudo da Doença Vascular Cerebral, e terá a duração máxima de dois anos, iniciada no momento de atribuição da mesma e terminada no momento em que seja entregue o relatório final em formato de artigo científico.

"Concorrer a esta Bolsa é uma excelente oportunidade para obter financiamento para um projeto que de outra forma será mais difícil concretizar”, salienta a Prof.ª Patrícia Canhão, presidente da Comissão Científica da SPAVC.

As candidaturas devem ser enviadas até ao dia 16 de janeiro de 2022 por via eletrónica à Direção da SPAVC ([email protected]), num formulário disponível no website da Sociedade, fazendo-se acompanhar de outros elementos necessários para apreciação do Júri, sendo o vencedor divulgado publicamente no encerramento do 16.º Congresso Português do AVC (5 de fevereiro de 2022) com a correspondente atribuição monetária.

Na perspetiva da médica neurologista, “obter esta distinção da SPAVC é uma força e motivação para concretizar esse projeto” e “é uma forma de melhorar a participação de instituições portuguesas na investigação da doença vascular cerebral”. Por isso, a Professora convida todos “aqueles que estão à espera de uma oportunidade para iniciar um projeto de investigação” a apresentar a sua candidatura à Bolsa “destinada a premiar um projeto de investigação clínica que venha a ser desenvolvido, pelo menos parcialmente, em instituições portuguesas”.

De acordo com o Regulamento, o júri de avaliação “terá em conta o interesse e mérito da candidatura, assim como o mérito científico dos candidatos e instituições participantes”. Este documento abrange ainda outros aspetos sobre o Processo de Avaliação, bem como sobre a Constituição do Júri e a Comissão de Acompanhamento, estando disponível para consulta no separador de Bolsas e Prémios no website da SPAVC (https://www.spavc.org/pt/informacoes/bolsa-de-investigacao-em-doenca-vascular-cerebral). 

 

 

"É fundamental reforçar o quadro de enfermagem"
O Sindicato dos Enfermeiros – SE reúne amanhã, a partir das 10 horas, com os enfermeiros do Centro Hospitalar de Vila Nova de...

O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros recorda que “o CHVNG/E chegou a ter mais 37 enfermeiros do que no início de 2021, mas desde julho até final de outubro deste ano saíram já 14 enfermeiros”. “É fundamental reforçar o quadro de enfermagem para garantir a prestação de cuidados de saúde adequados a um hospital com uma população de referência direta de 350 mil pessoas, e também para reforçar a capacidade do Centro Hospitalar na recuperação de consultas e cirurgias adiadas devido à situação pandémica do país nos últimos quase dois anos”, salienta Pedro Costa.

A situação de 18 enfermeiros em cargos de chefia é outra das situações que será analisada. De acordo com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, “estamos a falar de profissionais que estão em cargos de chefia, alguns há mais de uma década, mas sem estarem enquadrados na categoria de enfermeiro especialista”. “No limite, estes enfermeiros vão ficar impedidos de progredir na sua carreira, de concorrerem à categoria de enfermeiro gestor, por não verem resolvida uma situação que, no nosso entender, teria soluções simples desde que haja vontade da tutela”, conclui Pedro Costa.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE estará disponível para prestar declarações aos jornalistas por volta das 11 horas na entrada principal do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho, antigo Hospital Eduardo Santos Silva.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados quase de 3.600 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 23 mortes em território nacional. O...

A região Norte foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 11, em 23. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com quatro óbitos a assinalar nas últimas 24 horas.  A região Centro e o Algarve contabilizam agora mais três mortas cada, e o Alentejo duas. As regiões Autónomas da Madeira e Açores não têm mortes a assinalar, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.588 novos casos. A região Norte foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.161, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 1.104 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 723 casos na região Centro, 126 no Alentejo e 371 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 76 infeções, e os Açores com 27.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 961 doentes internados, mais 44 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais quatro doentes internados, desde o último balanço: 142.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.269 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.097.554 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 65.130 casos, mais 2.296 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.451 contactos, estando agora 83.528 pessoas em vigilância.

Certificado “Biosphere – Sustainable Lifestyle”
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) acaba de receber o certificado “Biosphere –...

O certificado “Biosphere – Sustainable Lifestyle” foi atribuído após a realização de uma auditoria ao trabalho desenvolvido pela ESTeSC-IPC na implementação de práticas e iniciativas que contribuam para um futuro mais sustentável e inclusivo. Ao todo, a Escola apresentou 165 ações que comprovam o seu esforço na concretização dos ODS das Nações Unidas para 2030, tendo a Biosphere confirmado que a instituição apresenta “uma clara orientação para a sustentabilidade, não apenas ao nível do seu posicionamento e orientação, mas igualmente em termos de boas práticas efetivas”.

A atribuição do certificado acontece menos de meio ano depois de a ESTeSC-IPC ter assumido o Compromisso com a Sustentabilidade da Biosphere, numa cerimónia realizada em julho. Desde então, a ESTeSC-IPC tem vindo a trabalhar para evidenciar as suas boas-práticas nesta área, considerada estratégica para a Presidência da Escola. A atribuição do certificado “Biosphere – Sustainable Lifestyle” confere “consistência ao papel da ESTeSC-IPC neste âmbito e reforça o compromisso da Escola em contribuir para formar as novas gerações, integrando comportamentos e atitudes compatíveis com os desafios da sustentabilidade nas suas práticas diárias”, afirma o Presidente, João José Joaquim.

 

De 11 a 27 de dezembro
A exposição “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina” viaja até ao Hospital Divino Espírito...

A exposição refere ainda os anos 80 do século XX, década em que a insulina passou a ser comparticipada a 100% pelo Serviço Nacional de Saúde. Em Portugal destaca-se a figura de Ernesto Roma, a quem se deve a criação da primeira associação de diabetes do mundo, a APDP.

A Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina conta com elementos que acompanharam mais de meio século da história da insulina para trabalhar com Instituições e Sociedades ligadas ao tratamento da diabetes num programa vasto de atividades adequadas à ocasião que tiveram início em janeiro de 2021. O objetivo desta comissão é reforçar a importância da descoberta da insulina e os principais avanços que se fizeram sentir nos últimos cem anos. As comemorações contam com o patrocínio da Federação Internacional da Diabetes.

A exibição, que percorreu Portugal de norte a sul, iniciou o seu percurso em Lisboa e esteve já presente em cidades como Coimbra, Porto, Braga e Funchal.

Poderá visitar a exposição no Hospital Divino Espírito Santo até ao próximo dia 27 de dezembro. Para mais informações, consulte www.100anosinsulina.pt.

 

Nova abordagem
Esta doença pode causar problemas cognitivos, musculoesqueléticos, cardíacos e respiratórios, aumento do volume do fígado e do...

A síndrome de Hurler é uma doença genética grave, com efeitos devastadores para os doentes, caracterizada pela falta de uma determinada enzima no organismo, que resulta na acumulação de açúcares complexos nos tecidos e órgãos.

Esta síndrome, que afeta uma em cada 200 mil pessoas na Europa, pode causar problemas cognitivos, musculoesqueléticos, cardíacos e respiratórios, aumento do volume do fígado e do baço e alterações na visão e audição.

Uma das estratégias de tratamento usadas atualmente, e que o doente tem de fazer durante toda a vida, assenta numa terapêutica de substituição enzimática para suprir a enzima que está em falta no organismo. Este tratamento permite a melhoria dos sintomas e o aumento da esperança de vida destes doentes.

Contudo, quando a Síndrome de Hurler é detetada até aos dois anos e meio de idade, a opção ideal de tratamento é um transplante, a partir de um dador compatível, com células estaminais hematopoiéticas (que formam novas células do sangue e do sistema imunitário). Através do transplante, a criança passará a produzir a enzima em falta, mitigando os sintomas da doença e aumentando a sua esperança de vida.

O sangue do cordão umbilical, pelas suas vantagens, é a melhor fonte de células estaminais no caso da Síndrome de Hurler, devido à sua disponibilidade imediata (reduzindo o tempo entre diagnóstico e transplante), maior tolerância relativamente aos fatores de compatibilidade (facilitando a escolha de um dador compatível), probabilidade reduzida de doença do enxerto contra o hospedeiro (uma complicação potencialmente fatal dos transplantes hematopoiéticos), e melhores níveis de enzima nos indivíduos transplantados, associados a melhor controlo da doença.

 A otimização dos transplantes para a Síndrome de Hurler

 Um estudo publicado na revista científica Bone Marrow Transplantation sugere uma metodologia para a otimização dos resultados dos transplantes – a utilização de um medicamento biológico (rituximab), composto por um anticorpo que permite eliminar linfócitos B (células do sistema imunitário produtoras de anticorpos), que já é utilizado no tratamento de outras doenças.

O estudo da utilização do rituximab partiu da hipótese de que a eliminação dos linfócitos B, aquando do transplante, poderia conduzir a melhores resultados. Para o efeito, os autores analisaram os resultados do tratamento de 57 crianças com Síndrome de Hurler transplantadas (em média, aos 12 meses) com sangue do cordão umbilical.

Vinte crianças receberam rituximab 10 dias antes e 30 depois do transplante para além do regime de condicionamento necessário. As restantes 37 crianças não receberam o medicamento, tendo constituído o grupo controlo do estudo.

Embora a taxa de sobrevivência aos dois anos tenha sido igual em ambos os grupos, a taxa de sobrevivência livre de complicações (e.g., rejeição do transplante), um ano após o transplante, foi de 85 por cento no grupo que recebeu o rituximab, muito acima dos 45,9 por cento do grupo controlo.

Estes dados indicam que a adição do rituximab ao protocolo de tratamento ajuda a melhorar os resultados da transplantação com sangue do cordão umbilical para esta síndrome. Adicionalmente, os autores verificaram que, seis meses após o transplante, os níveis de linfócitos B eram semelhantes em ambos os grupos e que a taxa de infeções não foi superior nas crianças que receberam rituximab, indicando que esta abordagem não acarreta riscos acrescidos de infeções no período pós-transplante.

Este estudo é mais um passo no sentido de otimizar os resultados dos transplantes de sangue do cordão umbilical em crianças com síndrome de Hurler, cuja melhor hipótese de cura é a realização de um transplante deste tipo o mais rapidamente possível após o diagnóstico.

Impacto dos medicamentos é maior do que pensávamos
Somos uma das gerações mais medicadas de humanos a viver no nosso planeta. As doenças cardiometabólicas como diabetes tipo 2,...

Investigadores do grupo Bork do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL) de Heidelberg, que trabalham em conjunto com um consórcio europeu que envolve mais de vinte institutos europeus, demonstraram agora que muitos medicamentos geralmente utilizados têm efeitos poderosos nos nossos micróbios intestinais. Estes incluem fármacos usados para tratar distúrbios cardiometabólicos e antibióticos. Os resultados foram publicados na revista Nature.

O microbioma intestinal consiste em biliões de microrganismos essenciais ao funcionamento normal do corpo.

"Analisámos os efeitos de 28 medicamentos diferentes e várias combinações de fármacos", explicou Peer Bork, Diretor de Atividades Científicas do EMBL Heidelberg: "Muitos fármacos impactam negativamente a composição e o estado das bactérias intestinais, mas outros, incluindo a aspirina, podem ter uma influência positiva no microbioma intestinal. Descobrimos que os fármacos podem ter um efeito mais pronunciado no microbioma hospedeiro do que doenças, dieta e tabagismo combinados."

Embora o impacto negativo e duradouro dos antibióticos nas bactérias intestinais já seja bem conhecido, este estudo mostrou que tais efeitos provavelmente se acumulam ao longo do tempo. "Descobrimos que o microbioma intestinal dos pacientes que tomam vários tratamentos com antibióticos ao longo de cinco anos tornou-se menos saudável. Isso incluía sinais que indicam resistência antimicrobiana", disse a coautora do estudo Sofia Forslund, antiga bolseira de pós-doutoramento do grupo Bork e agora líder do grupo no Max Delbrück Center for Molecular Medicine (MDC), Berlim.

"Quisemos distinguir o efeito que as doenças têm nos microbiomas hospedeiros do efeito dos medicamentos, particularmente em pacientes que tomam mais do que um fármaco ao mesmo tempo", disse a coprimeira autora Maria Zimmermann-Kogadeeva, líder do grupo no EMBL Heidelberg. "Fazer parte do consórcio MetaCardis permitiu-nos usar dados de mais de 2000 doentes com doenças cardiometabólicas", acrescentou. A grande coorte também permitiu que os investigadores estabelecessem que a dosagem de medicamentos prescritos também tem um efeito significativo no nível de impacto no microbioma.

"Sabemos que o microbioma pode refletir o estado da saúde do paciente e fornecer uma gama de biomarcadores para avaliar a gravidade das doenças. O que é muitas vezes negligenciado, no entanto, é que a medicação usada para tratar uma doença também afeta o estado do microbioma", acrescentou Rima Chakaroun, uma das principais autoras do estudo e uma cientista clínica do Centro Médico da Universidade de Leipzig.

Ao desenvolver uma abordagem estatística que explica os efeitos de múltiplos fatores de confusão, os investigadores podem provocar separadamente os efeitos dos fármacos e doenças. "Temos agora um quadro metodológico robusto que permite livrar-se de muitos dos erros padrão", disse o professor Bork. "Isso permitiu-nos mostrar que a medicação pode mascarar as assinaturas de doenças e ocultar potenciais biomarcadores ou alvos terapêuticos."

Os investigadores esperam que estes resultados possam fornecer conhecimentos que possam potencialmente ajudar na reposição de fármacos, bem como no planeamento de estratégias de tratamento e prevenção individualizadas.

O estudo combinou a perspicácia, conhecimento e abordagens de especialistas em seis países. "Foi muito motivador trabalhar com uma equipa interdisciplinar de clínicos, bioinformáticos e biólogos de sistemas computacionais para avançar a nossa compreensão das interações moleculares na doença cardiometabólica", disse Zimmermann-Kogadeeva.

Estudo “Portugal Biotech: tendências, oportunidades e desafios no sector da biotecnologia em Portugal”
O número de empresas ativas em Portugal dedicadas a investigação e desenvolvimento em biotecnologia como atividade principal...

O estudo “Portugal Biotech: tendências, oportunidades e desafios no sector da biotecnologia em Portugal” foca-se nas empresas que desenvolvem como atividade principal I&D e inovação na área da biotecnologia em Portugal e revela que, de 2011 a 2019, o volume de negócios deste tipo de empresas aumentou 33%. O setor da biotecnologia está em franco crescimento no nosso país. As exportações representam mais de 60% do volume de negócios para 53% das empresas analisadas.

A sessão de apresentação do estudo, que decorreu no passado dia 3 de dezembro, contou com a participação de João Cerejeira, coordenador científico do estudo, bem como de Fernando Alexandre (Universidade do Minho) e a moderação de Simão Soares, Presidente da P-BIO. João Cerejeira afirmou que o setor da biotecnologia “mostra resiliência em períodos de crise, incluindo mais recentemente durante a pandemia”, acrescentou.

“90% do volume de negócios está concentrado em 30 empresas. Este é um tipo de negócio com características especiais, já que um número considerável de empresas espera até quatro anos de tempo necessário para lançar o produto no mercado, sendo que 44,1% das empresas não têm produto no mercado”, referiu, ainda, João Cerejeira. Segundo o estudo, os principais mercados-alvo das empresas são nas áreas da saúde humana (36,0%), agroalimentar (20,0%) e ambiental (16,0%).

Em Portugal, a biotecnologia ocupa o 5º lugar nas 35 classificações tecnológicas relativas a publicações de patentes. Mais de 80% de todas as patentes publicadas pelas empresas portuguesas de biotecnologia teve lugar nos últimos dez anos. “Em Portugal, o setor tem uma dimensão relativamente pequena”, mas o número de patentes está “acima daquilo que seria esperado para a sua dimensão, o que é um aspeto positivo”, assinalou João Cerejeira. Contudo, “grande parte do investimento é feito, em cerca de um terço dos casos, com recurso a fundos próprios”.

O estudo aponta também para alguns entraves para o crescimento das empresas, como o acesso ao financiamento, a falta de investidores privados, a dimensão do mercado, as questões regulamentares e o subdesenvolvimento do ecossistema biotecnológico. Segundo o estudo, este é um setor com equipas altamente qualificadas, em que cerca de 86% possui, pelo menos, uma licenciatura. 59% dos colaboradores são mulheres e a idade média dos colaboradores é inferior à média nacional: 51% tem menos de 35 anos de idade, em comparação com 32% a nível nacional.

“A área da biotecnologia vai ser essencial”, destaca Fernando Alexandre, sendo “uma área que traz uma enorme esperança para resolver vários problemas da Humanidade, por exemplo, no caso da crise climática”. Para um maior desenvolvimento, o desafio passa por “integrar com outros setores da economia”, sublinhou Simão Soares na sessão.

Os objetivos deste estudo passaram por caracterizar as tendências, oportunidades e desafios do setor da biotecnologia português. Desta forma, pretende-se que possa ser um instrumento de apoio ao crescimento e desenvolvimento deste setor, bem como orientar o desenvolvimento de novas políticas. O estudo foi desenvolvido no âmbito do BioData.pt, a infraestrutura portuguesa de dados biológicos, e resulta de uma análise mais ampla e completa de um primeiro estudo sobre a Indústria Portuguesa da Biotecnologia, lançado pela P-BIO em 2016.

13 de dezembro às 18h00
A gravidez, apesar de ser uma etapa muito especial na vida de qualquer mãe, é também um momento particularmente difícil, devido...

A gravidez é caracterizada por grandes modificações no organismo da mulher, sendo que a pele é um dos órgãos especialmente sensível às alterações hormonais que ocorrem durante este período. Por isso, é natural que surjam várias questões, como de que forma as pode evitar, quais os cuidados diários a ter, quais os problemas de pele mais comuns e de que modo os pode prevenir. Assim, na primeira parte da sessão, “Cuidados da pele da mamã e do bebé”, a Enfermeira Marlene Duarte irá esclarecer todas as participantes acerca do tema.

Na segunda parte da Masterclass, “Ansiedade na gravidez – Estar grávida e agora?”, Miguel Oliveira, Especialista em Desenvolvimento Pessoal, irá ajudar as futuras mamãs a perceber de que forma podem ultrapassar os momentos de maior ansiedade, havendo espaço para que este momento seja mais feliz e menos receoso. O essencial é que as grávidas consigam usufruir ao máximo desta etapa tão especial das suas vidas.

No final da Masterclass, haverá ainda uma oferta especial para todas as participantes.

A inscrição é feita através deste link.

 

12 de dezembro - Dia Mundial da Cobertura Universal de Saúde
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) associa-se à celebração do Dia Mundial da Cobertura Universal de...

“Não deixe a saúde de ninguém para trás: invista em sistemas de saúde para todos”, alerta a campanha de sensibilização do Dia Mundial da Cobertura Universal de Saúde.

Para Raúl de Sousa, Presidente da APLO, Portugal enfrenta “ainda muitos desafios” – os quais devem ter uma resposta célere – no que concerne ao acesso aos cuidados para a saúde da visão que são, à escala nacional e nos dias de hoje, “manifestamente insuficientes”.

No período de julho a setembro de 2021, de acordo com dados divulgados no site do Ministério da Saúde, o Tempo Máximo de Resposta Garantido no Serviço Nacional de Saúde (SNS) fixava-se em “30 dias em casos muito prioritários, 60 dias em casos prioritários e 150 dias em casos considerados normais” – números de dias, esses, não correspondentes à realidade de vários hospitais do país.

Em Portugal, 260 mil pessoas sofrem perda de visão moderada a grave e 42 mil sofrem de cegueira. Dois milhões de pessoas têm dificuldade em ver e um milhão sofre de erros refrativos.

Estima-se que 90 por cento dos casos de deficiência visual e cegueira poderiam ser evitados se referenciados e tratados atempadamente. “116 mil utentes estão em lista de espera para a consulta hospitalar da especialidade de Oftalmologia”, num país onde há “desrespeito pelos tempos máximos de resposta garantida e uma total inexistência de cuidados primários para a saúde da visão”, frisa Raúl de Sousa.

A saúde da visão deve ser incluída no planeamento, definição de recursos e prestação de cuidados de saúde.

“Para assegurar cuidados de saúde abrangentes, incluindo promoção, prevenção, tratamento e reabilitação é necessária uma ação intersectorial coordenada, para melhorar de forma sistemática e definitivamente a saúde da visão da população”, defende ainda o presidente da APLO.

A regulamentação da profissão de optometrista – não regulamentada há mais de três décadas – deve ser encarada como prioridade pelo governo uma vez que a mesma permitirá “assegurar o exercício da profissão por profissionais com qualificação e habilitações adequadas, garantir mão de obra qualificada, formação, inovação e capacidade de desempenho e permitir prestação de cuidados de saúde com qualidade, segurança e prevenir a fraude”.

Em linha com a campanha de sensibilização promovida no Dia Mundial da Cobertura Universal de Saúde exorta-se todos os países, incluindo Portugal, a considerarem os cuidados para a saúde da visão como essenciais dentro da cobertura universal de saúde.

“O Covid-19 chegou a quase toda a gente, mas os cuidados de saúde ainda não. Vamos mudar esta realidade, começando agora”, apela a campanha mundial.

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