Em parceria com o Centro Materno Infantil do Norte
A Unidade de Investigação em Design e Comunicação da Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia –...

“Humanizing Maternity Care Through Design” pretende redesenhar a experiência macro da utente (jornada) e as microexperiências detalhadas (pontos de contacto) dos cuidados à maternidade, considerando toda a envolvência.

Partindo da premissa de que a experiência proporcionada às grávidas, há 20 anos, não pode ser a mesma de agora, utiliza-se uma abordagem baseada no design de experiências para assegurar que as grávidas se sentem bem integradas durante todo o processo e parte da solução. Projetar essas experiências em toda a jornada dos cuidados à maternidade, ou seja, antes, durante e após a intervenção, permitirá oferecer um cuidado mais direcionado e humano a grávidas, bebés e famílias, durante as fases da gravidez, parto e pós-parto.

“O design deve estar, cada vez mais, ao serviço da sociedade e dos cidadãos”, afirma a coordenadora científica da UNIDCOM/IADE, Emília Duarte, “pelo que projetos interdisciplinares como este são fundamentais, não só para a afirmação da área do design, mas também, para a resolução de muitos problemas complexos que a humanidade enfrenta na atualidade”.

Envolvendo as áreas da Saúde e do Design, o projeto insere-se nas atividades do Strategic Design and Innovation Lab (SDI.Lab), uma parceria entre a UNIDCOM/IADE e a Escola de Design do Politécnico de Milão, e procura alavancar os cuidados assistenciais na saúde da mulher com a expectativa de que tenha um impacto positivo na experiência dos utentes e dos profissionais de saúde.

 

Durante 2021 realizaram-se mais de 12 000 intervenções com o sistema robótico da Vinci
Em Portugal e Espanha, durante 2021 realizaram-se mais de 12 000 intervenções com o sistema robótico da Vinci, o que revela um...

Atualmente, existem mais de 6 700 sistemas cirúrgicos da Vinci disponíveis em centros hospitalares, em todo o mundo. Em 2021, o número de novas instalações ultrapassou as 1300 unidades. Depois dos Estados Unidos, onde existem mais de 3000 sistemas robóticos da Vinci, a Europa representa a principal zona de utilização, com mais de 900 sistemas robóticos da Vinci em atividade. Desde que se realizou a primeira operação com o sistema cirúrgico da Vinci, há mais de duas décadas, já foram efetuadas em todo o mundo mais de 10 milhões de intervenções. E só em 2021 foram realizadas mais de 1,5 milhões de cirurgias com este sistema.

O primeiro sistema robótico da Vinci chegou a Portugal em 2010 e a Espanha em 2005. Atualmente, já foram instalados mais de 100 equipamentos na Península Ibérica. Desde 2005, já foram operados com o sistema robótico da Vinci mais de 60 000 pacientes na Península Ibérica.

De acordo com mais de 30 000 artigos de literatura científica sobre o sistema robótico da Vinci, publicados ao longo dos seus mais de 20 anos de atividade, a cirurgia robótica, em comparação com as técnicas tradicionais, permite uma cirurgia mais precisa, com menos sangramento e menor risco de infeção após a cirurgia.

Pablo Diaz, Diretor Ibérico da ABEX – Excelência Robótica, salienta: " Ao longo da história, surgiram inovações que determinaram uma evolução disruptiva nos respetivos sectores de atividade. Na cirurgia, esse momento aconteceu com a introdução da robótica, há mais de 20 anos. Hoje, o sistema robótico da Vinci é usado por cirurgiões em 65 países por todo o mundo, incluindo Portugal. A cirurgia robótica com recurso ao sistema da Vinci apresenta vantagens importantes para os sistemas de saúde, nomeadamente a redução de tempo de internamento, a minimização complicações pós-operatórias e o aumento da rapidez de recuperação dos pacientes, o que contribui para uma melhor alocação dos recursos médicos e para a melhoria da eficiência das unidades hospitalares".

Especialidades cirúrgicas robóticas

O sistema cirúrgico da Vinci foi desenvolvido com o objetivo de disponibilizar a tecnologia mais avançada aos cirurgiões que pretendem garantir um tratamento minimamente invasivo para patologias complexas. O sistema robótico da Vinci aplica-se, sobretudo, nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Torácica, Urologia, Ginecologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia de Transplantes.

Em Portugal e Espanha, durante 2021, 56% das intervenções cirúrgicas com o sistema da Vinci foram realizadas por urologistas, em casos de patologia da próstata e rim. Entre os casos urológicos, 75% foram prostatectomias. Já nos EUA, 88% das prostatectomias são operadas através de cirurgia robótica assistida pelo sistema cirúrgico da Vinci.

Na Península Ibérica, 26% das intervenções cirúrgicas assistidas pelo sistema robótico da Vinci realizadas em 2021 foram de cirurgia geral. Nesta especialidade, 52% dos procedimentos foram cirurgias colorretais.

No ano passado, 10% das intervenções cirúrgicas com o sistema robótico da Vinci, em Portugal e Espanha, foram de ginecologia oncológica e benigna. Entre os casos ginecológicos, 78% foram histerectomias oncológicas. Também em ginecologia, inúmeras publicações demostram as vantagens da histerectomia robótica em comparação com a cirurgia tradicional ou laparoscópica, das quais se destacam a maior radicalidade oncológica, redução das complicações pós-operatórias, redução do tempo de internamento em 1,4 dias em relação à cirurgia tradicional, menores perdas hemáticas e um regresso mais rápido às atividades normais, sociais e laborais.

Inovação tecnológica ao serviço da medicina

Para muitos cirurgiões, o sistema robótico da Vinci foi - e continua a ser- uma inovação revolucionária na área da cirurgia minimamente invasiva. O sistema da Vinci foi desenvolvido para disponibilizar a tecnologia mais avançada aos cirurgiões que optam por um tratamento minimamente invasivo em patologias complexas.

Com o sistema cirúrgico da Vinci, o cirurgião não opera diretamente no paciente, mas sentado numa consola, a partir da qual manuseia os comandos dos instrumentos. O sistema traduz os movimentos das mãos do médico em impulsos que são literalmente transmitidos aos braços robóticos, permitindo-lhes alcançar áreas de difícil acesso. Para além disso, os instrumentos permitem 540º de rotação, numa amplitude de movimentos francamente superior à da mão humana. A visão tridimensional com ampliação até 10 vezes permite ao cirurgião visualizar as estruturas teciduais com grande detalhe e trabalhar com enorme precisão.

As vantagens são inquestionáveis quer na fase de intervenção, aumentando o controlo e reduzindo as perdas de sangue, quer na fase reconstrutiva. Com o sistema cirúrgico da Vinci, o acesso é mais fácil em anatomias complicadas, permite uma excelente visualização dos pontos de referência anatómicos e planos teciduais, são eliminados tremores fisiológicos ou movimentos involuntários do cirurgião e minimizada a fadiga postural após longas horas de intervenção.

O recurso a este sistema de cirurgia robótica apresenta diversas vantagens clínicas, para as equipas médicas, para o sistema nacional de saúde e, sobretudo, para os pacientes. A cirurgia assistida pelo sistema robótico da Vinci permite ao doente aceder a um tratamento minimamente invasivo, com pequenas incisões e melhores resultados estéticos, menor necessidade de transfusões, redução da dor pós-operatória e do tempo de internamento hospitalar, o que possibilita um regresso mais rápido às atividades normais.

Na Aula Magna a 11 setembro
Composta por médicos e estudantes de medicina de Portugal e Espanha, a Orquestra Médica Ibérica (OMI) vai realizar no dia 11 de...

O grupo, que partilha a sua paixão pela música e medicina e que tem a direção do médico e maestro Sebastião Castanheira Martins, vai interpretar obras icónicas da música clássica e ibérica, de compositores como Dvorak, Eurico Carrapatoso e Manuel Falla.

Os bilhetes têm o valor unitário de 10,00€ e podem ser adquiridos na Ticketline, aqui. O evento terá o apoio da Universidade de Lisboa, que se junta à Orquestra Médica Ibérica tendo em vista a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa através da música e da medicina, pelo acesso universal aos cuidados de saúde, pela melhor prestação de cuidados a todos os doentes e pelo apoio às populações mais vulneráveis e desfavorecidas.

O objetivo da OMI passa por criar pontes entre os profissionais de saúde da península ibérica, contribuindo através da ciência e da arte para a construção de um mundo mais justo e solidário.

O valor angariado com o concerto reverterá integralmente para a APCL, associação fundada em 2022 com a missão de contribuir, a nível nacional, para aumentar a eficácia do tratamento das leucemias e outras neoplasias hematológicas afins, apostando em investigação científica com programas de atribuição de Bolsas, investindo na formação para profissionais de saúde e dinamizando outras ações dirigidas também a cuidadores e doentes.

Startup de saúde luso-irlandesa que desenvolve dispositivos médicos
A Luminate Medical, startup de saúde luso-irlandesa que desenvolve dispositivos médicos que eliminam os efeitos secundários do...

O financiamento contou com o investimento da sociedade de capital de risco portuguesa Faber, bem como da Elkstone Capital e da SciFounders, entre outros investidores, e vai permitir à startup acelerar a sua estratégia de reforço da sua equipa, bem como completar os ensaios clínicos.

A Luminate Medical foi criada em 2018 pela investigadora portuguesa Bárbara Oliveira, pelo professor Martin O’Halloran e por Aaron Hannon quando estavam a fazer a investigação de dispositivos médicos na Universidade Nacional da Irlanda. Após o desenvolvimento de estudos pré-clínicos e clínicos com voluntários, a startup foi financiada pelo acelerador americano Y Combinator em 2021 e, mais tarde, pelo Fundo de Inovação Tecnológica Disruptiva da Irlanda.

Atualmente, a startup está a desenvolver o seu primeiro produto, o dispositivo Lily, um dispositivo portátil que, com a sua tecnologia inovadora, protege os folículos capilares dos efeitos da quimioterapia sem criar desconforto para o paciente. Os dispositivos atuais para evitar a queda de cabelo utilizam a terapia de arrefecimento do couro cabeludo, o que requer que os pacientes permaneçam na clínica durante horas após o tratamento sob temperaturas extremamente frias para evitar que a quimioterapia ataque os folículos capilares. A Luminate Medical desenvolveu e patenteou uma nova abordagem de terapia de compressão, que permitirá ter uma solução portátil, confortável e eficaz para evitar a queda de cabelo. O dispositivo Lily permite que os pacientes acedam ao tratamento da queda de cabelo e elimina a necessidade de os pacientes permanecerem na clínica após o tratamento.

A Luminate Medical, que participou no Y Combinator S21 (São Francisco), pretende utilizar o financiamento captado na ronda para completar os ensaios clínicos do seu dispositivo Lily na Europa e nos Estados Unidos em 2022 e 2023, bem como para acelerar a expansão da sua equipa de I&D com vagas em engenharia biomédica, análise de elementos finitos e em conceção de dispositivos médicos, estando atualmente a recrutar em Portugal. Os locais dos ensaios clínicos do produto incluem a sede da startup em Galway, na Irlanda, e, com base nestes dados clínicos, a startup irá avançar junto da FDA para a autorização do produto em 2023.

“A nossa missão é revolucionar a experiência do utilizador dos cuidados de saúde. Fazemo-lo através da criação de dispositivos médicos com uma abordagem de ‘paciente-primeiro’ e focados nas necessidades que verdadeiramente interessam aos pacientes. Esta ronda de financiamento irá permitir-nos completar os ensaios clínicos do nosso dispositivo inovador Lily e acelerar o seu lançamento no mercado e o impacto no paciente em 2024", afirma Bárbara Oliveira, Co-fundadora e CTO da Luminate Medical.

"Além de alcançarmos estas metas, continuamos a expandir a nossa equipa de classe mundial de I&D na Europa, com várias vagas disponíveis em engenharia, regulamentação e qualidade. Estamos ativamente à procura de candidatos em Portugal que queiram acelerar a sua carreira em engenharia biomédica e ajudar a tornar realidade a nossa visão de cuidados de cancro centrados no paciente".

“A nossa convicção na missão da Luminate Medical assenta na forma como a equipa antevê a utilização de dados para resolver um problema que tem sido ignorado pela indústria tradicional de dispositivos médicos. A melhoria da qualidade de vida e dos cuidados dos doentes com cancro ao longo do seu tratamento é um campo subestimado onde o desenvolvimento tecnológico avançado pode acrescentar muito valor", salienta Sofia Santos, Partner da Faber.

A Luminate Medical está atualmente a recrutar Engenheiros de I&D para se juntarem à equipa no seu escritório em Galway, e antecipa a expansão do número de colaboradores nos Estados Unidos no final de 2023, com a autorização regulamentar neste mercado.

Até ao dia 15 de julho
A data limite para o envio de candidaturas ao Programa Global de Financiamento When Cancer Grows Old, da Sanofi, foi prolongada...

A Sanofi reforça o seu compromisso na área de oncologia com a nova edição do Programa Global de Financiamento When Cancer Grows OldTM, que visa apoiar financeiramente 20 organizações sem fins lucrativos que desenvolvam projetos ou atividades focados nos doentes oncológicos sénior e que os ajudem a enfrentar os desafios do envelhecimento e do cancro e a melhorar a sua jornada.

O prazo de candidaturas foi prolongado e agora as instituições podem enviar as suas candidaturas até ao dia 15 de julho, em língua portuguesa, aqui.

Desde o seu lançamento em 2020, a Sanofi já financiou cerca de 50 entidades, 5 das quais portuguesas, que apresentaram iniciativas para dar resposta aos desafios vividos pelas pessoas com cancro, cuidadores e comunidade em geral.  O cancro é uma patologia crescente, estimando-se que em 2050 o número de pessoas com mais de 60 anos com a doença duplique; só em 2020, quase 10 milhões de pessoas com mais de 65 anos em todo o mundo foram diagnosticadas com cancro – o maior número de novos diagnósticos de cancro nesse ano. A falta de aposta na melhoria de uma realidade onde mais idosos vivem com cancro pode ter um impacto considerável nos sistemas de saúde, que já veem o seu limite ultrapassado.

 De acordo com Francisco Rocha Gonçalves, Head of Market Access, Public Affairs & Trade, “Com este programa, queremos desafiar as instituições portuguesas que fazem um trabalho meritório nesta área a apresentarem as suas iniciativas com vista ao seu reconhecimento e divulgação enquanto boas práticas. Este ano, serão selecionados até 20 projetos para receber um total de cerca de 200 mil euros em financiamento. As contribuições fornecidas podem variar de acordo com a escala da proposta apresentada e o financiamento médio fornecido será de até 10 mil euros para cada contribuição. A contribuição solicitada e fornecida não pode exceder 25% da receita anual estimada de uma organização.”

 

 

 

 

 

A criatividade precisa ser trabalhada constantemente
"O processo de criatividade foi a base para criar a sociedade humana conforme a concebemos num

Assim é definida a importância da criatividade para o desenvolvimento humano pelo artigo "A criatividade precisa ser trabalhada constantemente, com treinos e desafios para desenvolver suas habilidades", escrito pelo neurocientista e biólogo Fabiano de Abreu e publicado pela  Fédération Internationale d’Education Physique - FIEP.

O estudo apresenta as partes do cérebro responsáveis pela criatividade, entre elas destaca-se o papel do córtex frontal - considerado o centro da criatividade pelas suas funções relacionadas com a memória e planeamento - e do hipocampo - responsável por correlacionar informações para criação de novas ideias.

 O processo do pensamento criativo também é abordado pelo artigo que o correlaciona à capacidade imaginativa do cérebro.

 "O pensamento criativo é apoiado em parte por nossa capacidade de imaginar o futuro — nossa capacidade de visualizar experiências que ainda não ocorreram. Desde planear o jantar até imaginar as próximas férias, confiamos rotineiramente na nossa imaginação para imaginar como será o futuro, a mesma região do cérebro que nos permite imaginar um futuro também está envolvida na lembrança do passado: o hipocampo."

É possível estimular a criatividade?

A resposta é sim! De acordo com Fernando de Abreu a criatividade pode ser estimulada utilizando alguns hábitos simples.

"Uma boa alimentação e exercícios físicos que são importantes e basais, um menor uso de redes sociais e tecnologia imersiva, mais interação física com o real, assim como mais conhecimento, maior ginástica cerebral com técnicas de memorização e uso da lógica, controlo da ansiedade”, entre outros são essenciais para a nossa capacidade criativa." 

Qual a relação entre inteligência e criatividade?

Segundo o artigo, as regiões do cérebro responsáveis pela criatividade são mais desenvolvidas em pessoas com um Q.I. elevado, no entanto, a intensidade da criatividade não tem relação com a quantidade de inteligência, sendo a personalidade um fator mais determinante no processo criativo.

"Para ser criativo tem que ser inteligente, mas o tamanho da criatividade não tem relação com o tamanho do QI. Pessoas de alto QI tendem a ser mais criativas, mas a criatividade que consolida e transforma, tem relação com a personalidade. Tendo que unir ambos os fatores, inteligência e personalidade, somado ao conhecimento, experiência e nuances que não interfiram no cognitivo para um melhor processo criativo."

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
4 de julho
“A Saúde da fêmea através das Espécies” é o tema da conferência Zoobiquity que vai decorrer pela primeira vez em Portugal, a 4...

No âmbito desta conferência, vai ser também lançada a versão portuguesa do livro “Zoobiquity”, que terá lugar no Museu de História Natural e da Ciência, no dia 4 de julho, às 18h15.

A conferência conta com Barbara Natterson-Horowitz como keynotspeaker, cardiologista, professora na Harvard Medical School, David Geffen School of Medicine (UCLA) e Harvard Department of Human Evolutionary Biology, nos Estados Unidos. Autora reconhecida pelo New York Times, vai abordar o tema “Porquê Zoobiquity?”, focando a importância da abordagem entre espécies para a medicina e as perspetivas veterinárias e evolutivas.

Segue-se a apresentação de Laurentina Pedroso, Médica Veterinária e Provedora do Animal e Miguel Ângelo Carmo, Procurador da República, sobre “A Ligação entre Violência Doméstica e Violência sobre os Animais”.

Neste primeiro painel da conferência será ainda abordado o tema “A Doença Cardiovascular nas Várias Espécies: Uma Ameaça Tansversal”, com a participação do médico Fausto Pinto e do médico-veterinário Luís Lima Lobo, com moderação de Barbara Natterson-Horowitz.

O segundo painel é dedicado à Saúde Feminina e Ambiente e conta com as intervenções de vários especialistas nacionais e internacionais da medicina veterinária e da medicina, Ricardo Assunção, Conceição Peleteiro, Joaquim Henriques e Luís Costa. Alexandre Lourenço, Médico, e João Correia, Biólogo Marinho, abordarão também neste painel o tema “Fenómenos de Intersexo através das Espécies”, numa apresentação conjunta com os Médicos Veterinários Rita Payan e George Stilwell.

“A Fertilidade e Infertilidade através das Espécies”, é um dos temas que demarca o programa desta conferência, colocando em destaque o debate sobre “A Importância dos Bancos de Germoplasma na Medicina de Conservação”, por Elisabete Silva (Bióloga), Luís Telo da Gama (Médico Veterinário) e Teresa Almeida Santos (Médica).

Da parte da tarde, segue-se a intervenção do Médico Veterinário Diogo Guerra, dedicado ao tema “O Papel da Anatomia Comparada em Ilustração Médica”, e a apresentação “A Microbiota e a Saúde Feminina”, por Elsa Duarte, Médica Veterinária e Diogo Pestana, Biólogo.

O último painel da conferência é dedicado à reflexão “Repensar a Educação Médica - Médicos e Médicos-Veterinários do Séc XXI”, por Filipa Ceia (Médica e Médica Veterinária), Fausto Pinto (Médico), Frank Rühli (Médico), Laurentina Pedroso (Médica Veterinária), Margarida Simões (Médica Veterinária) e Rui Caldeira (Médico Veterinário).

As Conferências Zoobiquity são eventos transdisciplinares que reúnem peritos em medicina humana e medicina veterinária, biologia da vida selvagem, conservação e biologia evolutiva e ecologia comportamental, de forma colaborativa, para responderem aos desafios da investigação, da clínica e saúde pública, criando uma maior consciencialização sobre a natureza da saúde e da doença. Os humanos e os animais não humanos partilham uma vulnerabilidade ao cancro e a distúrbios cardiovasculares, neurológicos, endócrinos, hematológicos, reprodutivos e outros, no entanto, a colaboração entre os campos humano e animal tem sido limitada.

Encontrar e entender as vulnerabilidades que partilhamos com outras espécies permite traduzir essas informações em estratégias de prevenção, controlo e tratamento para melhorar a vida de humanos, dos outros animais e do planeta.

Candidaturas até 3 de julho
Numa altura em que as fragilidades do Sistema de Saúde em Portugal voltaram à ordem do dia, o Prémio Best Ideias in Healthcare...

A Ordem dos Médicos juntamente com a NTT DATA Portugal, parceiras e promotoras do Prémio Best Ideas in Healthcare, apelam à participação de todos no desenvolvimento de novas soluções que favoreçam o futuro da saúde em Portugal, lembrando que a sociedade é a principal alavanca de mudança.

A iniciativa visa a constituição de equipas multidisciplinares que juntem profissionais de saúde a especialistas de outras áreas (e.g. engenheiros, investigadores, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos auxiliares e área similares), de forma a que a diversidade de conhecimentos se conjugue para melhorar a qualidade dos serviços de saúde e tire pleno proveito da vertigem do desenvolvimento tecnológico.

As candidaturas encontram-se abertas até dia 03 de julho, através do site bestideas-healtcare.pt, a cidadãos nacionais ou estrangeiros, tendo apenas de estar integrados em grupos de trabalho de dois a cinco elementos e incluir, entre eles, um médico inscrito na Ordem dos Médicos.

Após o término do período de candidaturas, segue-se a seleção das 10 ideias finalistas, que terão de fazer um pitch, num vídeo de dois a cinco minutos, que ficará disponível no site da Ordem, pelo período de um ano.

A equipa vencedora será escolhida por um júri qualificado, que terá em conta a solidez da ideia e dos argumentos que a sustentam, assim com a exequibilidade da sua aplicação. O vencedor receberá um prémio de 7.500 euros e uma bolsa de horas de consultoria da NTT DATA Portugal.

 

 

Esclarecimento
As reuniões desenvolvidas na passada sexta feira, 24 de junho, entre o Ministério da Saúde e os sindicatos dos enfermeiros, “na...

Em comunicado, faz saber que “o que se pretende é que as situações que devam ser consideradas sejam contempladas no diploma a aprovar”.

No que respeita às soluções, sublinha-se que foi acordado com as estruturas sindicais, quer na reunião anterior quer nas que tiveram lugar hoje, que estas “resultariam do trabalho conjunto a desenvolver”.

De acordo com o Ministério da Saúde, “o processo negocial continua a decorrer. Neste sentido, esclarece-se que em momento algum foi referida a data em que produziam efeitos as soluções a encontrar, até porque é em sede de elaboração dos normativos que essa matéria será regulada, salienta-se, sempre em função das situações que venham a ser abrangidas”, pode ler-se no comunicado.

 

 

Medicina humana e Medicina veterinária
A palavra não existia, mas a cardiologista Barbara Natterson-Horowitz e a escritora científica Kathryn Bowers apelidaram de...

Neste contexto, surgiram as Conferências Zoobiquity - eventos transdisciplinares que reúnem peritos em Medicina humana e Medicina veterinária, Biologia da vida selvagem, Conservação e biologia evolutiva e Ecologia comportamental que, de forma colaborativa, res-pondem aos desafios da investigação, da clínica e saúde pública, criando uma maior consciencialização sobre a natureza da saúde e da doença.

A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) e a Ordem dos Médicos (OM) estão a organizar a primeira Conferência Zoobiquity em Portugal, que irá decorrer no dia 4 de julho de 2022, na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa e que tem como tema central Female Health Across the Tree of Life - A Saúde Feminina através das Espécies.

Ao longo do dia, vão ser debatidas novas abordagens para encontrar soluções inovadoras para os problemas mais desafiadores da saúde física e mental, até à mudança social.

Existirá ligação entre Violência Doméstica e Violência sobre os Animais?

Esta será uma das questões levantadas na conferência; a ameaça das doenças cardiovas-culares, o cancro, a fertilidade são outros temas em que humanos e animais não humanos partilham vulnerabilidade; no entanto, a colaboração entre os campos humano e animal tem sido limitada.

A conferência vai, por isso, contar com a presença de especialistas nacionais e internacio-nais nas referidas áreas e que juntos pretendem encontrar e entender estas e outras vul-nerabilidades que partilhamos com outras espécies, para depois traduzir essas informações em estratégias de prevenção, controlo e tratamento para melhorar a vida de humanos, dos outros animais e do planeta.

No período da tarde, será realizada uma visita ao Museu de Ciência e História Natural e à exposição Illustrare: viagens da ilustração científica em Portugal - seguida por uma con-versa acerca da diapausa, cancro da mama, contaminação ambiental, fertilidade e lacta-ção através das espécies e recorrendo a espécimes que existem no Museu; esta con-versa decorre no Amphiteatro & Laboratório Chimico onde será depois lançada a versão portuguesa do livro Zoobiquity/Zoobiquidade com a presença das autoras Barbara Natter-son-Horowitz e Kathryn Bowers.

 

25 e 26 de junho
Organizado pela ANDO Portugal conta já com 4 edições, realizadas em diferentes cidades do país, e te

 O que esperar do 5º Encontro ANDO?

Esta 5ª edição decorrerá em Guimarães no fim de semana de 25 e 26 de junho. Entre participantes, palestrantes e convidados, esperamos receber cerca de 100 pessoas vindas de todos os pontos do país, continental e ilhas, e internacionais, de Espanha e dos EUA. Como Encontro familiar, receberemos mais de 25 crianças, que terão diversas atividades promovidas pela Casa da Juventude de Guimarães. O primeiro dia terá lugar no Auditório Nobre da Universidade do Minho, Campus de Azurém, e contará com sessões informativas e científicas relacionadas com as displasias ósseas. A dor orofacial, qualidade de vida, transição da idade jovem para a adulta e opções reprodutivas nas displasias ósseas são alguns dos temas a apresentar.

O dia seguinte terá lugar na Escola Secundária Francisco de Holanda com foco na atividade física e desporto adaptado, com possibilidade de avaliação de alguns componentes de capacidade física e outros workshops em paralelo.

Antes da abertura do Encontro, durante a manhã do dia 25 junho, será realizado um circuito cultural que incluirá uma visita guiada ao Centro Histórico da Cidade, Património Mundial UNESCO, seguindo-se uma visita ao Paço dos Duques.

A direção da ANDO agradece profundamente todo o apoio à organização do Encontro, concedido pela Câmara Municipal de Guimarães, Universidade do Minho, Escola Secundária Francisco de Holanda, Casa de Juventude de Guimarães e patrocinadores.

O nosso bem-haja!

Saiba tudo sobre o 5º Encontro ANDO aqui

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conferência dos Oceanos de 27 de junho a 1 de julho
No dia 27 de junho (10h30 – 16h30), o programa de Literacia do Oceano do Ministério da Economia e Mar, Escola Azul, vai receber...

Uma feira de demonstração, workshops, talks, música, marchas, debates, atividades para todas as idades, jogos e muitas surpresas, sempre tendo o Mar como tema central. Numa altura em que se inicia em Lisboa a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (27 de junho a 1 de julho), o evento “A Criar Gerações Boa Onda” vai destacar a capacidade criativa e mobilizadora da comunidade Escola Azul e assinalar a importância fulcral da Literacia do Oceano para a Década do Oceano e para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (Proteger a Vida Marinha).

A partir das 13h, uma comitiva liderada pelo Ministro da Economia e Mar, António Costa Silva, pelo Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, pelo Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, e pela Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, irá conhecer o magnífico trabalho que escolas e entidades parceiras têm realizado em torno do Oceano e almoçar com os alunos embaixadores do programa Escola Azul.

A Escola Azul é um programa educativo do Ministério da Economia e Mar que abrange mais de 55.000 alunos, 5.000 professores e 321 escolas espalhadas por todo o país.

Para mais informações, visite https://escolaazul.pt/escola-azul/novidade/a-criar-geracoes-boa-onda e consulte o programa anexo.

Este evento coincide com o dia inaugural da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas e acontece apenas dois dias antes da Escola Azul ser uma das signatárias de uma declaração conjunta com outras redes de Literacia do Oceano. Neste charter é assumido um compromisso em desenvolver estratégias e linhas comuns para a implementação de Literacia do Oceano nas escolas a nível europeu. Será assinado por várias entidades internacionais com o intuito de comprometer a Europa a promover uma sociedade mais sustentável e mais Azul. A cerimónia de assinatura terá lugar no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa (29 de junho, 14h).

 

 

Enfermeiros também não vão ser prejudicados por ausência de avaliação
O Sindicato dos Enfermeiros – SE obteve esta manhã, em mais uma ronda negocial com o Ministério da Saúde, que todas as medidas...

A reunião decorreu esta manhã e, de acordo com Pedro Costa, “tem concretizado alguma da vontade que a tutela manifestou para começar a resolver problemas antigos da enfermagem em Portugal”. “Segundo a Secretária de Estado da Saúde todas as medidas que estão a ser negociadas, e venham ainda a sê-lo no decurso do processo negocial, vão ter aplicação retroativa a 2004 e, como prometido em reunião anterior, serão para todos os enfermeiros, independentemente do vínculo”.

Recorde-se que já na última reunião com a Secretária de Estado da Saúde, Maria de Fátima Fonseca, ficara decidido que as medidas acertadas com os sindicatos são para aplicar a todos os enfermeiros, quer tenham um vínculo de Contrato Individual de Trabalho ou um Contrato de Trabalho em Funções Públicas. Uma medida que o presidente do SE considera fundamental para “eliminar as diferenças inaceitáveis que existem entre as duas modalidades de vinculação na Administração Pública”.

No decurso da reunião desta manhã, a Pedro Costa enfatiza que “ficou acertado que no processo de revisão da avaliação e da reposição de pontos decorrentes da mesma, nenhum enfermeiro será prejudicado por falta de avaliação, quer tenha sido por responsabilidade sua ou da entidade onde presta serviço”. “É um aspeto muito positivo, pois são inúmeros os casos de enfermeiros que têm sido sucessivamente avaliados, mas cujo processo burocrático não é finalizado, representando perdas significativas em termos de evolução e progressão na carreira”, justifica Pedro Costa.

Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros este é o caminho que a tutela deve seguir. “Sabemos que há muitos problemas no setor da Saúde e, em particular no Serviço Nacional de Saúde, mas é preciso começar a resolvê-los”. “Continuar a adiar a procura de soluções só irá ter como reflexo aquilo a que temos assistido nas últimas semanas, com sucessivas urgências obstétricas a serem encerradas por falta de profissionais de Saúde”, acrescenta o presidente do SE.

No que aos enfermeiros diz respeito, frisa Pedro Costa, “a resolução de problemas com mais de 20 anos é o caminho certo para a valorização da profissão, para valorização da carreira e para manter os enfermeiros motivados para continuar a trabalhar no SNS”.

Trauma obstétrico entre as principais causas
Atinge 2% da população mundial, sendo mais frequente entre as mulheres, no entanto, raramente ouvimo

A Incontinência fecal

De acordo com o especialista a incontinência fecal consiste “na perda involuntária de fezes líquidas ou sólidas com uma regularidade mensal”, incluindo urgência defecatória.

Um problema que afeta, sobretudo, o sexo feminino acima dos 70 anos. Entre as principais causas, o cirurgião destaca “o trauma obstétrico e a maior fraqueza do pavimento pélvico”.

Outras causas incluem os traumatismos ou as alterações anatómicas e funcionais provocadas por cirurgias, alterações da motilidade intestinal e doenças degenerativas que provoquem alterações da força e sensibilidade.

Diagnóstico e tratamento: primeiro neuromodulador foi implantado há 20 anos

Segundo António Manso, “o diagnóstico é clínico, mas existem vários exames necessários para o estudo da incontinência fecal para identificar as causas e qual o melhor tratamento”.

Quanto ao tratamento, o especialista explica que “se existir um defeito anatómico do reto ou do aparelho esfincteriano anal significativo que possa ter impacto na continência este deve ser corrigido em primeiro lugar”. Depois, única opção válida é a Estimulação Nervosa Sagrada, sublinha.

Esta opção terapêutica “consiste em colocar um elétrodo nas raízes sagradas de S3/S4 e depois, através de corrente elétrica, por meio dum pequeno gerador semelhante a um pacemaker cardíaco, fazer uma estimulação elétrica nervosa. Estes são os nervos responsáveis pela enervação pélvica e da musculatura anal. Pelo aumento do tónus muscular pode existir aumento da continência, mas também existe um efeito no sistema autónomo que aumenta a sensibilidade anorretal, afetando o funcionamento intestinal”.

Estando indicada para “todos os doentes sem deformidades anatómicas importantes e com incontinência fecal significativa e impactante na qualidade de vida”.

O primeiro procedimento do género foi realizado há 20 anos e representou um passo importante no tratamento da Incontinência Fecal que até aqui não disponha de qualquer opção terapêutica. Segundo António Manso, já há “mais de 200 doentes tratados e com uma centena e meia de doentes com neuromodulador implantado”.

Incontinência fecal tem um impacto social e económico importante

De acordo com o especialista, a incontinência fecal (IF) pode ser devastadora e com efeitos na vida diária. “A incapacidade de controlar os hábitos intestinais resulta na perda de confiança, do autorrespeito e da compostura. Essas consequências são agravadas pelo estigma social associado à IF e ao sigilo normalmente associado à condição”, explica.

No que diz respeito ao seu impacto económico, embora este inclua “custos diretos (produtos de higiene pessoal, consultas ambulatoriais, testes de diagnóstico e custos médicos e cirúrgicos) e indiretos (perda de produtividade e alterações necessárias nos hábitos de vida)”, não é fácil de medir. “Como é uma doença é crónica, torna-se difícil medir o impacto económico, principalmente porque a eficácia dos tratamentos pode diminuir com o tempo e os dados disponíveis sobre os custos diretos e indiretos são extremamente limitados”, sublinha.

De modo a minimizar este impacto, António Manso, considera que “devia existir uma maior divulgação das terapêuticas para incontinência fecal, porque, pela minha experiência, é uma patologia desconhecida para muitos e relativamente à qual os doentes normalmente têm receio de procurar ajuda”.

Não havendo forma de a prevenir, a não ser evitando o trauma obstétrico e o traumatismo cirúrgico nas cirurgias que envolvem o complexo esfincteriano anal, é importante que se tome consciência de que este problema existe, é mais frequente do que supomos, mas tem tratamento.

Artigos relacionados:

Incontinência Fecal é mais comum do que se pensa

Reabilitação pélvica: o que é?

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto da Fundação Champalimaud
O meduloblastoma é um dos tumores cerebrais malignos mais comuns nas crianças e é sobre ele que incide o projeto de...

O trabalho, a que as investigadoras deram o nome de BALANCE, tem como objetivo “descobrir até que ponto o cérebro em desenvolvimento é plástico e capaz de compensar as perturbações causadas pela formação de um tumor, mantendo o seu desenvolvimento e a função normais”. E, segundo as especialistas nele envolvidas, irá “fornecer os primeiros insights sobre os mecanismos compensatórios usados pelo cérebro em crescimento para garantir um correto desenvolvimento”, limitando os efeitos do tumor. Mecanismos que “podem levar ao encolhimento do tumor, abrindo caminhos promissores para o desenvolvimento de novos tratamentos para doentes pediátricos”.

Ao todo, foram submetidos vinte e seis projetos, sendo a edição com maior número de candidaturas ao Prémio, facto que traduz a qualidade da investigação feita em Portugal, mas “que é preciso apoiar e promover, uma vez que se pode traduzir em passos muito importantes na luta contra o cancro”, confirma Ana Raimundo, presidente do júri do Prémio.

Maria do Céu Machado, que inicia o seu trabalho enquanto presidente da Fundação AstraZeneca, reforça a importância deste tipo de investigação, sobretudo numa área como a da oncologia, onde têm sido grandes os avanços ao nível da prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro. “Projetos de investigação como este podem vir a ter um impacto importante na prática clínica. E é importante também reconhecer que, em Portugal, se faz - e se pode fazer ainda mais - investigação de qualidade.”

Os projetos candidatos ao Prémio “FAZ Ciência” foram avaliados por uma Comissão de Avaliação composta por cinco especialistas na área da Oncologia: Ana Raimundo, ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia e presidente do júri; Bruno Silva-Santos, vice-diretor do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; Cláudia Vieira, vogal da Sociedade Portuguesa de Oncologia e investigadora do Centro de Investigação do IPO do Porto; José Carlos Machado, vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) e Nuno Bonito, vogal da Sociedade Portuguesa da Sociedade Portuguesa de Oncologia e coordenador de Equipa Multidisciplinar de Cancro Digestivo do IPO de Coimbra.

 

 

Perturbação de Personalidade
O transtorno de Borderline é considerado por muitos como “a doença do século”.

O psicólogo e hipnoterapeuta, Romanni Souza, respondeu a 5 das principais dúvidas sobre o transtorno. Confira:

  1. Transtorno bipolar e borderline são a mesma coisa?

Não. O psicólogo afirmou que o transtorno borderline é diferente do transtorno de bipolaridade. No entanto, e uma vez que a instabilidade emocional é um dos principais sintomas, eles podem ser confundidos, mas existem diferenças. “As alterações de humor acontecem mais rapidamente. Diferente do transtorno bipolar, onde as alterações de humor podem levar até meses para acontecerem, entre uma e outra, na pessoa com borderline é perceptível que, às vezes, no mesmo dia, já existam estados maníacos, estados de euforia e de agressividade, por exemplo”, disse.

  1. A pessoa com borderline é de difícil convivência?

Sim. Para o especialista, a pessoa com esse transtorno tende a ter uma dependência emocional ainda mais forte, se comparado a outras doenças. “Muitas vezes, o ‘borderliner’ pode conhecer um novo amigo num dia e já dizer que aquele é o seu melhor amigo e depois simplesmente desaparecer. Ele também se sente rejeitado por pessoas próximas, como se o outro tivesse que suprir aquele vazio que ele sente. Diante disso, esses picos e oscilações de humor dificultam ainda mais a convivência”, afirmou.

  1. É possível ajudar uma pessoa próxima com esse tipo de transtorno?

Sim. De acordo com Romanni, é necessário entender que a pessoa com borderline não tem os comportamentos característicos porque ele quer ou porque gostaria de ser assim, pois se trata de um transtorno psicológico. “As amídalas, uma estrutura dentro do nosso cérebro, no transtorno borderline, é uma estrutura menor do que em outros cérebros. Percebe-se ainda, que outras regiões do cérebro também são menores do que as de um cérebro saudável. Esse pico de oscilações das emoções não são só uma questão de fazer isso porque quer, e sim a condição daquela pessoa. O principal é ajudar a pessoa a procurar ajuda especializada”, contou.

  1. O transtorno de boderline é genético?

Conforme Souza, alguns casos têm a ver com genética e outros, com o histórico de vida da pessoa. “Percebe-se que pessoas que sofreram traumas ou abusos durante a infância têm maiores chances de desenvolver o transtorno. Assim como pessoas que têm parentes com a síndrome, também têm uma suscetibilidade maior. Se a pessoa tem um irmão com borderline, por exemplo, ela tem até cinco vez mais probabilidades de também desenvolvê-lo”, explicou.

  1. Pessoas com borderline são mais suscetíveis a desenvolver vícios?

Sim. De acordo com o hipnoterapeuta, pela alta impulsividade, a pessoa com esse transtorno acaba tendo atitudes extremas, como se envolver com drogas ou outros vícios, como o de depender de outra pessoa.  

Por fim, Romanni Souza reforçou que o transtorno tem tratamentos eficazes e que a pessoa que o possui pode viver normalmente e com sintomas controlados, desde que procure o autoconhecimento e, claro, apoio médico/terapêutico. 

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Curso de ecocardiografia em formato B-learning
Numa sinergia entre a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI), a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e a CUF...

O “Echo Crit Level I” está especialmente desenhado para quem está a dar os primeiros passos nesta área, com um plano curricular que permite a aquisição de ferramentas para a gestão do doente crítico, seja em contexto de urgência médica, de cuidados intensivos, de diagnóstico ou perante a necessidade de monitorização hemodinâmica. 

Os módulos on-line são constituídos por aulas teóricas curtas e vídeos de demonstração da metodologia de aquisição da imagem. Após conclusão das aulas teóricas os formandos podem realizar a sessão Hands-on (componente prática) - um dia de treino intensivo, agendado para 16 de setembro, no Centro de Simulação da CUF Academic Center, no Hospital CUF Tejo.

As inscrições podem ser realizadas através deste link, onde também é possível consultar o programa. 

 

Maior a ameaça, maior a sintonia
Quem diria que as moscas que volta e meia aparecem a zanzar junto da taça da fruta são animais sociais! Quem diria que, quando...

Investigadores do Laboratório de Neurociência Comportamental na Fundação Champalimaud, em Portugal, dedicam-se ao estudo de como o contexto social influencia a resposta do indivíduo a uma ameaça.

No passado, demonstraram que, quando em grupo, as moscas-da-fruta confrontadas com uma ameaça inescapável diminuem as suas defesas relativamente a quando estão sós. Observaram ainda que se as outras moscas páram, o indivíduo também pára; quando o grupo começa novamente a mover-se, o indivíduo também volta a mexer-se. Estar em sintonia com as outras moscas à sua volta parece assim trazer segurança.

No seu mais recente artigo, agora publicado na Frontiers in Ecology and Evolution, investigadoras deste laboratório revelam que, face a uma ameaça, as reações de uma mosca- da-fruta, no seio de um grupo, dependem do nível da ameaça. No início do estudo as opiniões dividiam-se: por um lado, havia quem achasse que na presença de uma ameaça maior, a mosca prestaria menos atenção ao grupo, porque iria focar a sua máxima atenção na evidência direta da ameaça; por outro, havia quem considerasse que, perante uma ameaça maior as moscas prestariam mais atenção ao meio que as rodeia, incluindo o comportamento das outras moscas.

Para conseguirem medir a resposta de uma mosca, na presença das mesmas pistas sociais, mas sob níveis de ameaça diferentes, Clara Ferreira e Marta Moita, investigadora de pós-doutoramento e investigadora principal, respetivamente, desenharam uma engenhosa experiência.

Esta experiência envolveu, por um lado, um conjunto de moscas manipuladas geneticamente por forma a não conseguirem ver o estímulo que foi usado como ameaça (um círculo escuro que se vai aproximando do indivíduo) e, por outro, um grupo de moscas com um tipo de neurónios do sistema visual que tinha sido ativado através da optogenética (uma técnica que combina a luz e a genética, capaz de ativar e desativar neurónios). Isto permitiu submeter a mosca a diferentes estímulos sociais sem que estes fossem afetados pelo nível da ameaça.

Os resultados foram claros, para níveis de ameaça mais elevados, as moscas respondem mais à evidência social, transmitida pelo grupo. Para Clara Ferreira, isto faz todo o sentido: “Sabemos que a resposta de imobilização perante a ameaça é energeticamente dispendiosa, pelo que é da máxima importância limitar esta resposta ao estritamente necessário. A sintonia com os outros animais permite que o indivíduo responda rapidamente à ameaça e consiga regressar à normalidade o quanto antes.”

Marta Moita conclui, “No futuro gostaríamos de explorar melhor esta ideia. Ou seja, perceber de que forma a sintonia entre animais num grupo permite uma resposta mais ajustada à ameaça e quais os mecanismos neuronais subjacentes a essa sintonia."


Imagem e legenda: O engenhoso set up que permitiu responder à pergunta - Qual a resposta da mosca ameaçada (ponto azul) quando rodeada por moscas que não vêem a ameaça e continuam a mover-se (cruz vermelha) e moscas que são imobilizadas com recurso à optogenética (círculo vermelho)?

Manuel Abecasis
As jornadas anuais da APCL, este ano na sua 3ª edição, terão lugar a 24 de junho de 2022.

Aliás, desde a 1ª edição tem sido esta a nossa via de comunicação pelo que os intervenientes e os nossos participantes não estranharão que assim seja.

Preparámos um programa que será certamente muito atraente para todos, doentes, familiares, amigos e cuidadores e seguramente para aqueles que connosco nelas colaboram.

Os temas abordados são abrangentes, abordando o mieloma múltiplo, linfomas no geral e linfomas cutâneos em particular, leucemias agudas e leucemia mieloide crónica.

Haverá um debate com representantes da Direção Geral de Saúde, na pessoa do Director Nacional para as Doenças Oncológicas, Dr. José Dinis, do Infarmed com a Dr.ª Margarida Oliveira (projecto INCLUIR) e do Dr. Fernando Leal da Costa, director do Departamento de Hematologia do IPO de Lisboa, sobre o impacto da pandemia nos cuidados de saúde aos doentes hemato-oncológicos.

Haverá ainda uma apresentação dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) sobre a transformação digital no Serviço Nacional de Saúde, feita pelo seu presidente Dr. Luís Goes Pinheiro.

Uma novidade é a sessão do Dr. Jorge Coutinho sobre a importância de uma abordagem motivacional como suporte para ajudar os doentes e cuidadores no lidar diariamente com o desafio do diagnóstico.

Contamos com a participação ativa de vários doentes nas diversas sessões e com a colaboração da Dr.ª Luisa Ameida, assistente social no IPO de Lisboa.

A sessão sobre mieloma terá apresentações pelas Profªs Catarina Geraldes e Cristina João (Hospitais da Universidade de Coimbra e Fundação Champalimaud) e Dr. Rui Bergantim (Hospital de S. João).

Nas leucemias agudas destacamos a colaboração do Dr. Manuel Brito (H. Pediátrico de Coimbra) e Dr.ª Fernanda Trigo (H. S. João), e na leucemia mieloide crónica com a Dr.ª Francesca Pierdomenico (IPO Lisboa). Já nos linfomas contamos com a Dr.ª Mariana Cravo (IPO Lisboa) nos linfomas T cutâneos e a Dr.ª Daniela Alves (H. Santa Maria) nos linfomas em geral.

Em diversas sessões participam doentes que nos transmitem as suas experiências e nunca é demais realçar essa participação, afinal são a razão de ser da APCL.

Finalmente, a encerrar uma apresentação sobre novas terapias celulares, focada no tratamento com células “CAR T”, já disponíveis em Portugal, a ser feita pela Dr.ª Gilda Teixeira (IPO Lisboa), contando ainda com a colaboração de uma doente.

Uma palavra de agradecimento aos nossos patrocinadores da indústria farmacêutica cujo apoio desinteressado mais uma vez permite a realização deste evento.

À semelhança dos anos anteriores, o programa detalhado pode ser consultado no site da APCL, sendo as inscrições gratuitas, mas necessárias para o acesso aos conteúdos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Agilizar o trabalho médico e de enfermagem
O Serviço de Urgência Pediátrica em colaboração com o Serviço de Medicina Intensiva Pediátrica e o apoio do Serviço de Sistemas...

"A aplicação sugere as doses dos fármacos de emergência adaptadas ao peso do doente, as diluições para os respetivos fármacos, fornece os valores normais dos sinais vitais tendo em conta a idade e indica os dispositivos médicos que melhor se poderiam adaptar ao doente.", explica Ruben Rocha, diretor do Serviço de Urgência Pediátrica do CHUSJ.

Segundo o médico especialista, "a aplicação fornece, ainda, aos profissionais uma lista de algoritmos para as situações mais frequentes encontradas na Emergência Pediátrica. Funciona com recurso a dois ecrãs, onde são projetadas as doses dos fármacos, os sinais vitais normais e os algoritmos."

A implementação deste projeto contou com a oferta de dois televisores e um computador por parte da Associação de Voluntariado do Hospital São João (AVHSJ).

 

Páginas