Dia Mundial dos Avós assinala-se a 26 de julho
Cerca de um em cada 15 portugueses com mais de 80 anos padece de estenose aórtica, uma das doenças c

A estenose valvular aórtica caracteriza-se por uma situação em que a válvula aórtica fica progressivamente mais rígida. Desta forma, a sua abertura plena fica comprometida, criando um obstáculo à saída do sangue do coração para o corpo. No entanto, caso esta doença surja em pessoas mais novas, a causa mais usual é um defeito congénito que afeta a válvula, como é o caso de uma válvula com apenas duas cúspides em vez das três habituais ou com uma forma de funil anormal.

As pessoas que desenvolvem esta doença, motivadas por um defeito congénito, podem não apresentar sintomas até à idade adulta. Ainda assim, os principais sintomas associados são aperto no peito (angina) durante o esforço, fadiga, falta de ar e desmaio. Após o início dos sintomas, os doentes com estenose aórtica grave apresentam uma  sobrevivência de apenas 50 por cento em dois anos, e de 20 por cento, em cinco anos, caso não substituam a válvula aórtica.

A estenose aórtica, sendo uma doença grave quando não é detetada atempadamente, aumenta o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou morte. Como tal, identificar e controlar os fatores de risco são práticas importantes. O diagnóstico é realizado através de um exame físico — auscultação — e de um ecocardiograma, sendo este último a melhor opção para avaliar a gravidade da doença. Nas pessoas assintomáticas é ainda aconselhada a realização de um teste de esforço. A deteção precoce da estenose aórtica reduz as admissões hospitalares e representa tempo e qualidade de vida ganhos!

Relativamente ao tratamento mais adequado, a escolha do mesmo é feita através de uma equipa multidisciplinar com médicos de diferentes especialidades, que passa pelo implante de uma nova válvula cardíaca, através de um cateter introduzido por uma artéria (geralmente na virilha), sem necessidade de parar o coração. Esta técnica minimamente invasiva é, para muitos especialistas, o grande avanço da cardiologia dos últimos 20 anos.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
A medicina, seja convencional ou complementar, é feita de pessoas e para pessoas.

No entanto, no tratamento homeopático esta relação médico-doente é especialmente importante. A Homeopatia é uma terapia individualizada, considera que cada indivíduo é único, tanto nas suas características, como nas condições de vida. Assim, todo este contexto deve ser levado em consideração quando terapêuticas são prescritas ou recomendadas. A terapia homeopática permite tratar o doente e não a doença, estando este no centro da abordagem. Desta forma, cada tratamento homeopático pode ser personalizado, mesmo ao nível sintomático.

Os medicamentos homeopáticos são prescritos ou aconselhados por profissionais de saúde, como médicos e farmacêuticos, que supervisionam o tratamento, garantindo a sua relevância e a segurança dos doentes. As soluções homeopáticas atuam na maioria das patologias comuns, abrangendo um grande leque de especialidades, como Otorrinolaringologia, Ginecologia, Pediatria, Dermatologia, etc. Entende-se, assim, o facto de não haver um modelo único na utilização destes medicamentos.

Assim, a relação médico-doente está no centro do tratamento homeopático, pois os doentes partilham os seus sintomas e o profissional de saúde, de acordo com o historial clínico e a sua sensibilidade, prescreve um tratamento adequado à situação em particular. Esta prescrição ou recomendação pode fazer frente a uma situação repentina e momentânea, tendo a duração de alguns dias, ou a uma situação recorrente, havendo uma adaptação da terapêutica para que seja mais longa. Em qualquer caso, através da relação médico-doente, tem-se sempre em conta a forma específica como cada doente reage à doença, havendo uma personalização das soluções.

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Consórcio liderado para Universidade de Coimbra
Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) lidera um consórcio que acaba de obter um financiamento de cinco milhões de euros,...

O financiamento agora obtido destina-se ao projeto de investigação “OneAquaHealth - Protecting urban aquatic ecosystems to promote One Health”. Ao longo dos próximos quatro anos, o consórcio, que reúne 13 parceiros de 10 países – além de Portugal, participam Espanha, França, Itália, Áustria, Suíça, Bélgica, Noruega, Grécia e Israel –, vai estudar a ligação entre a saúde dos ecossistemas aquáticos urbanos e a saúde humana.

A líder do consórcio, Maria João Feio, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), explica que o objetivo do projeto é «demonstrar que a saúde dos ecossistemas de água doce e a saúde e o bem-estar humano em contextos urbanos estão altamente interligados, e que a melhoria de um resulta na melhoria do outro».

Para isso, destaca a investigadora da FCTUC, o OneAquaHealth pretende «selecionar os melhores indicadores que possam avaliar esse equilíbrio e o risco de doenças associadas à degradação dos ecossistemas ribeirinhos urbanos e da sua fauna e flora», acrescentando que o projeto visa ainda «fornecer ferramentas que permitam estabelecer as decisões mais adequadas e oportunas com base em alertas precoces e as melhores formas de gerir os ecossistemas aquáticos urbanos no contexto da saúde global nas cidades e das alterações climáticas».

Este consórcio assume um caráter interdisciplinar, juntando empresas, universidades e centros de investigação nas áreas da ecologia, saúde humana, veterinária, ciências sociais, comunicação, informática e artes. Em Portugal, a empresa parceira é a SHINE2Europe.

 

 

 

 

Saúde íntima feminina
Muitas mulheres sentem-se mais cansadas durante a menstruação, e é algo que se acentua com a chegada

Para além do aumento da temperatura, existem outros fatores que podem causar cansaço menstrual:

  • Fatores hormonais

Porque é importante considerar as hormonas, tais como estrogénios ou progesterona, quando se fala de cansaço menstrual? O estrogénio é uma hormona anabólica, e o anabolismo é um processo de construção de algo: requer energia, pelo que os seus níveis de energia estão no seu auge e quando o estrogénio começa a cair, a progesterona começa a aumentar lentamente. A progesterona é uma hormona catabólica, e o catabolismo simboliza a quebra de moléculas, pelo que este processo dá descanso ao seu corpo.

  • Inflamação e cólicas

Os níveis de agentes inflamatórios e as suas flutuações tendem a aumentar durante a menstruação. Quando combinadas com as hormonas, podem causar cólicas, que são muito comuns entre as mulheres: até 95% das mulheres menstruadas sofrem de cólicas que podem ser tão fortes que se pode sentir exausto apenas pelo desconforto, causando tonturas e fadiga.

  • Anemia

A menstruação é acompanhada de perda de sangue e se o seu fluxo for pesado pode levar a anemia. Com anemia, o corpo não tem glóbulos vermelhos suficientes, que transportam oxigénio para todas as células do corpo, e isto pode levar à exaustão.

  • Tensão Pré-menstrual (SPM)

A TPM afeta até 85% das mulheres que têm o período, e 2-10% apresentam sintomas tão graves que podem ser incapacitantes. A isto chama-se distúrbio disfórico pré-menstrual (TDPM) e as suas causas são desconhecidas. Pode sentir-se cansada e ter sintomas como irritabilidade, ansiedade, sensação de desespero, alterações de humor, problemas de sono, entre outros.

Como gerir o cansaço menstrual?

Antes de mais, avaliar a gravidade dos sintomas, quanto tempo duram e quanto afetam o quotidiano, e tentar contrariar os sintomas com hábitos saudáveis.

  • Dieta

Hábitos alimentares saudáveis são o primeiro passo para nos sentirmos melhor. Os alimentos com muito açúcar provocam um aumento dos níveis de energia, mas a queda é intensa. Portanto, comer vegetais, beber muita água e ser regular com os horários das refeições é o melhor para estes casos.

  • Exercício

Trata-se de incorporar rotinas de exercício na rotina diária, não importa o quê, pode ser um passeio, praticar yoga ou mesmo adicionar exercícios de alta intensidade, como correr ou andar de bicicleta.

  • Saúde mental

embora exija muito trabalho, a saúde mental é essencial para a saúde física. Para o ajudar nesta área, alguns minutos do seu dia para meditar ou relaxar podem fazer a diferença.

Se os sintomas de fadiga persistirem

Pode haver um problema subjacente, se nada estiver a ajudar a reduzir a sensação de exaustão. Consulte o seu médico. Lembre-se de que a sua saúde física e psicológica é primordial.

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Com o objetivo de promover a saúde mental
A próxima edição do Campo de Férias da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) realiza-se entre os dias 31 de...

“A diabetes é uma doença que muitas vezes leva ao isolamento e até ao estigma face ao jovem que a tem. Isto prende-se com o desconhecimento que existe sobre a doença nas camadas mais jovens”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Ao aliar a troca de experiências à diversão, a associação pretende mostrar a estas crianças que não estão sozinhas e que é possível ter uma vida normal através da correta gestão da diabetes. É um momento para conhecerem outros jovens com diabetes tipo 1, cultivando amizades baseadas na entreajuda e compreensão.

“O trabalho de sensibilização que continuamos a fazer junto da população tem servido para diminuir esta incompreensão face à diabetes, mas a verdade é que ainda há um longo caminho a percorrer. Esta semana serve de complemento a tudo o que tem sido alcançado, promovendo a saúde mental dos jovens que lidam com diabetes, que percebem que não são os únicos e aprendem a viver com a doença”, acrescenta o presidente da APDP.

Mas os benefícios não ficam por aqui. “Esta é também uma excelente oportunidade para a equipa de saúde da APDP, que aproveita a oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre a doença, observando o dia-a-dia de quem com ela vive”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, acrescentando: “enquanto ensinamos os jovens a atuar em situações concretas, promovendo a sua autonomia, estamos também a aprender com eles”.

Os campos de férias da APDP são organizados desde 1997 e destinam-se a jovens com diabetes tipo 1 entre os 13 e os 17 anos. Este ano reúne 24 jovens, que, durante uma semana, irão praticar atividades lúdicas e desportivas, aprendendo a gerir a sua doença em paralelo.

Atual bastonário, Miguel Guimarães, será o primeiro coordenador desta nova estrutura
O médico Rui Nunes, candidato a Bastonário da Ordem dos Médicos, propõe-se criar um órgão superior, de cariz consultivo e...

No entender do candidato, este órgão irá desempenhar um papel fundamental na tomada de decisões por parte do bastonário. “Há temáticas muito sensíveis na área da Medicina e da Saúde que exigem especial cuidado na forma como são abordadas pela Ordem dos Médicos e pelas tomadas de posição”, sustenta Rui Nunes.

O candidato recorda que o próprio atual bastonário se fez rodear dos seus antecessores “quando a Ordem dos Médicos foi instada a tomar uma posição sobre a temática da eutanásia”. “Pela sua complexidade e polémica, até no seio dos médicos, é fundamental que o bastonário seja aconselhado por quem o antecedeu no cargo”, acrescenta. Também por isso, assevera Rui Nunes, “faz todo o sentido que o primeiro coordenador deste órgão consultivo seja o atual bastonário, Miguel Guimarães, desde logo por ter bem presentes todos os dossiers”.

A definição de novas estratégias na Medicina, de propostas de fundo para a área da Saúde e, em particular, para o Serviço Nacional de Saúde, são algumas das áreas fundamentais onde este Conselho Consultivo pode desempenhar um papel central. “Será uma espécie de Conselho de Estado como aquele que aconselha o Presidente da República”, explica Rui Nunes.

O Conselho Consultivo da Ordem dos Médicos não terá qualquer poder executivo, mas “será absolutamente fundamental na tomada de decisões”. “Estamos a falar de pessoas, como os bastonários, que foram reconhecidas pelos médicos como os melhores dos melhores, e que por todo o seu estatuto, todo o seu conhecimento, são uma opinião muito importante e que deve sempre ser ouvida pelo bastonário em funções”, adianta Rui Nunes.

Para além dos ex-bastonários, Rui Nunes pretende que também façam parte deste órgão consultor três figuras de relevo da Sociedade Civil, com vasta experiência na área da Saúde e com uma fundamentada opinião. “Não é vulgar a Ordem dos Médicos ouvir personalidades, que não sejam médicas, a opinar sobre temas mais delicados ou fraturantes na área da saúde, mas eu considero que a democracia se faz também com a transversalidade de opiniões, e estas serão certamente uma mais-valia na tomada de decisões”, conclui Rui Nunes.

Medida pode colocar a saúde da visão em risco
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), alerta a população portuguesa para o perigo que representa a...

Este apelo surge no seguimento de uma empresa do Texas ter sido multada em trezentos mil dólares por substituir lentes de contacto prescritas por optometristas por outras lentes de contacto. Esta não foi a primeira vez que o Departamento de Justiça e Comissão Federal de Comércio atuaram e aplicaram multas a vendedores online e retalhistas pela substituição de dispositivos médicos prescritos por optometristas.

Segundo a representante da Associação Optométrica do Texas, a empresa em causa substituía a lente de contacto prescrita pelo optometrista, de forma profissional e assegurando precisão e segurança, pela sua lente genérica.

A APLO reforça que a prescrição de dispositivos médicos por optometristas é uma garantia de segurança e eficácia para o utente. É suportada através de uma consulta com vários exames de diagnóstico, meios complementares e terapêutica, realizados e interpretados por profissionais com, no mínimo, o grau de licenciatura em Optometria.

Os optometristas, além de realizarem mais de dois milhões de consultas anualmente, são responsáveis por mais de 70% das prescrições, tanto para óculos como para lentes de contacto, em Portugal. São profissionais especializados na área da saúde da visão, com formação profunda e exigente, e uma grande experiência no tratamento e cuidado dos seus utentes.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a deficiência visual e cegueira representa o maior grupo de todas as deficiências em Portugal, com mais de 164 mil portugueses a necessitarem de cuidados. A estes, acrescem os mais de cinco milhões de utilizadores, de dispositivos médicos oftálmicos vulgarmente designados por óculos, lentes de contacto, lupas e instrumentos de baixa visão.

“Visto serem condições visuais que afetam um grande número de pessoas, a preocupação e cuidados com as mesmas devem ser proporcionais”, sublinha a associação deixando o apelo: “Proteja-se, defenda a sua saúde, confie no seu optometrista e siga as prescrições originais. Esteja atento a possíveis alterações por parte de outros. Cuide de si e da sua visão”.

Donativo farmacêutico
A TEVA Portugal anunciou hoje ter realizado uma doação de fármacos ao Hospital Psiquiátrico de Kiev, na Ucrânia. O pedido,...

“Enquanto empresa farmacêutica líder temos como missão fornecer tratamento a todos os doentes que dele necessitam. Preocupamo-nos com a saúde e segurança dos doentes e das pessoas afetadas pela guerra na Ucrânia, pelo que continuaremos disponíveis para prestar o nosso apoio através da doação dos nossos produtos”, afirma Marta González Casal, diretora geral da TEVA Portugal.

A Teva Pharmaceuticals tem uma longa história de responsabilidade social empresarial, e é o maior fornecedor mundial em volume de donativos farmacêuticos. Em março deste ano, a companhia doou mais de 10 milhões de euros, em produtos médicos essenciais para apoio a refugiados ucranianos.

 

 

“WeCare-MedicalCannabis”,
Tilray Brands, Inc. (“Tilray” ou a “Empresa”) (Nasdaq: TLRY; TSX : TLRY), empresa líder mundial no sector da canábis e bens de...

WeCare-MedicalCannabis partilha conteúdos sobre canábis medicinal baseados na evidência, adaptados para profissionais de saúde, cuidadores e doentes. Faculta informação necessária para uma tomada de decisão informada sobre a canábis medicinal. A plataforma foi concebida para servir como um recurso único e abrangente de conhecimentos médicos sobre canábis medicinal, e está agora disponível na Europa em Inglês e com conteúdos localizados, em Alemão, Francês e Português.

Sascha Mielcarek, Diretor Executivo da Tilray na Europa, afirmou: "Como pioneiros globais no futuro da canábis medicinal, estamos conscientes da falta de acesso à educação, baseada em evidência, sobre canábis para fins medicinais. A WeCare-MedicalCannabis foi criada para colmatar essa lacuna e partilhar os recursos necessários para ajudar os pacientes, cuidadores e profissionais de saúde com a informação de que necessitam para tomarem decisões informadas sobre a canábis medicinal. À medida que a legalização da canábis continua a expandir-se por toda a Europa, a Tilray Medical dedica-se a ajudar a fornecer informação de confiança para todos aqueles que estão interessados em aprender mais sobre canábis medicinal". 

A Tilray Medical continua a trabalhar com as principais associações de doentes e sociedades médicas, fornecendo valor às pessoas afetadas pelas mudanças no panorama médico, e que servem na vanguarda das iniciativas de saúde global. Ao fornecer acesso a plataformas educacionais como a WeCare-MedicalCannabis, a Tilray Medical continua a ser pioneira no futuro da canábis medicinal.

Para mais informações, visite as nossas plataformas globais na WeCare-MedicalCannabis AlemanhaWeCare-MedicalCannabis França,  e WeCare-MedicalCannabis Portugal.

 

 

Stress e excesso de trabalho são as principais causas dos problemas de sono
Mais de metade dos portugueses (61%), entre os 18 e os 69 anos de idade, sofre de perturbações do sono. Destes, apenas três em...

Os distúrbios do sono podem ser causados por insónias, sensação de não descansar, acordar várias vezes durante a noite, demorar a adormecer, acordar muito cedo ou sentir uma sensação constante de jet lag.

As perturbações do sono são, maioritariamente, resultantes do “stress”, das “obrigações do quotidiano” e do “excesso de trabalho” e, entre as faixas etárias inquiridas, são os adultos quem mais diz sentir esta responsabilidade a nível profissional. Os idosos indicam a “idade” e a “redução da atividade física” como responsáveis por estas perturbações. Já quem está agora a iniciar a vida laboral, caracterizada por mudanças e exigências a nível profissional e pessoal, diz sentir que as “relações pessoais”, as “obrigações do quotidiano” e o “stress” são os fatores desencadeadores de distúrbios do sono. “Ter atravessado ou estar a atravessar uma fase difícil” são também indicados como motivos de distúrbios do sono1.

Ainda que os fatores de perturbações do sono variem de acordo com a faixa etária e fase da vida dos indivíduos, o “stress” e o “excesso de trabalho” são apontados como as principais causas de insónias. 72% destas pessoas confessa registar problemas de sono "algumas vezes por mês”, o que provoca “falta de energia” e “sensação de cansaço extremo”1.

Entre os indivíduos que dizem não adquirir produtos indicados para os problemas de sono, 54% aponta como principal motivo o “medo de que causem dependência”. Apesar de não se verificar um padrão de utilização regular destes produtos, 60% dos indivíduos que os adquirem, afirmam que começaram a fazê-lo, nos últimos dois anos, por recomendação do “médico de família” ou do “farmacêutico”, na procura de um sono de qualidade.

O estudo revelou ainda que aqueles que procuram soluções farmacêuticas tentam também cuidar do seu bem-estar. 41% diz ter “cuidado com a alimentação” e 38% afirma “praticar desporto”. Estes valores contrastam com os 46% de indivíduos que, além de não adquirirem produtos indicados para os problemas do sono, dizem “não fazer nada em específico” para contornar estes distúrbios.

A importância de um sono de qualidade

Ter um sono de qualidade é sinónimo de bem-estar físico e psicológico, permitindo que o organismo tenha o devido descanso e seja capaz de recuperar energia para um novo dia. Dormir bem contribui para o fortalecimento do sistema imunitário e melhora a concentração, o humor e a produtividade. Devido ao ritmo de vida acelerado e ao stress do dia-a-dia, insónias e dificuldade em ter um sono de qualidade são cada vez mais frequentes, com consequências ao nível emocional, psicológico e físico.

Hábitos a adotar para um sono de qualidade:

  • Preparar o espaço de sono para que seja confortável;
  • Criar e respeitar os horários de sono (7h a 9h de sono diário);
  • Adotar uma rotina de dormir, com atividades que permitam que o cérebro vá desacelerando horas antes de deitar;
  • Praticar exercício físico;
  • Evitar comportamentos que possam comprometer a qualidade do sono, como sestas ao longo dia, utilização excessiva de ecrãs à noite, refeições pesadas e ingestão de bebidas estimulantes ou alcoólicas.

 Se estas medidas não forem eficazes, podem ser recomendados indutores de sono como um indutor do sono à base de doxilamina, eficaz e seguro.

Entrevista | Dr. Luís Cunha Miranda
De acordo com o mais recente estudo dedicado às Doenças Reumáticas – o EpiReuma – 53% da população p

Estima-se que, em Portugal, mais de metade da população adulta sofra de doenças reumáticas. Qual a sua prevalência? E o que explica o crescente aumento do número de casos nos países desenvolvidos, sobretudo nas faixas etárias mais jovens? 

Em Portugal através de um estudo recente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia o EpiReuma calculou-se que 53% da população tem pelo menos uma das mais de 200 doenças reumáticas. existentes A prevalência de algumas doenças tem vido a aumentar muito por causa da alteração dos hábitos alimentares, com a obesidade e com o sedentarismo. Já não é raro vermos em idades cada vez mais jovens a presença por exemplo da osteoartrose que muitas das vezes se associa ao envelhecimento.  Sem dúvida que a patologia mais prevalente são as dores da coluna, especialmente da coluna lombar.

Os dados disponíveis mostram também que a artrite reumatoide, por exemplo, atinge três vezes mais mulheres do que homens. Como se caracteriza esta doença e quais os principais sintomas?

A artrite reumatoide é uma doença reumática sistémica imunomediada. Tal significa que pode atingir outros órgão e sistemas para além do músculo-esquelético e que muitas das vezes encontramos uma alteração imunitária com a presença de anticorpos. O quadro caracteriza-se pela presença de dores articulares envolvendo preferencialmente mãos, punhos, pés, mas podendo atingir muitas articulações de forma simétrica e que predominam no final da noite e manhã a chamada dor de características inflamatórias. Associa-se edema (inchaço) das articulações envolvidas com a presença de calor e vermelhidão nas articulações. Temos igualmente a presença de rigidez matinal, ou seja, a sensação de prisão ou limitação das articulações de manhã que se prolonga mais do que 30 a 45 minutos com melhoria posterior das articulações. O quadro apesar de variável mantém-se cronicamente muita além das 6 semanas. Tal como afirmei outros órgão e sistemas podem em qualquer ponto da doença aparecer.

É importante nunca negligenciar dores articulares que perduram no tempo e que atingem uma ou várias articulações, especialmente se acompanhada de ritmo inflamatório (no final da noite e manhã) e com alterações articulares.

Quais as causas associadas?

Não são conhecidas as causas do aparecimento da Artrite Reumatoide, mas sabemos que fatores ambientais em que o tabaco tem o maior destaque, uma predisposição genética e há quem discuta o papel de algumas infeções crónicas.

Quais os tratamentos indicados para artrite reumatoide? Que inovações têm surgido nesta área?

Hoje em dia não só temos um maior conhecimento acerca de como tratar os doentes com AR mas igualmente um conjunto alargado de medicamentos muitos deles inovadores e recentes que deve ser inserido numa estratégia partilhada entre o doente e o Reumatologista que o segue. Há cerca de 20 anos com o aparecimento das terapêuticas biológicas ou biotecnológicas pudemos começar um plano cujo objetivo é a remissão (ausência de sintomas) ou a baixa atividade da doença. Múltiplas medicações biotecnológicas foram sendo lançadas com resultados cada vez mais promissores. Mais recentemente ficaram disponíveis uma nova classe de medicamentos chamados os inibidores da JAK Kinase que não sendo medicamentos biotecnológicos partilham com estes algumas das características e com resultados sobreponíveis e em alguns casos melhores. De referir que os inibidores das JAK Kinase são medicamentos orais ao contrário dos biotecnológicos que são injetáveis.

Que fatores podem condicionar o agravamento da doença?

Sem dúvida que uma das principais causas de gravidade da AR é sem dúvida o diagnóstico tardio e o não seguimento por parte da Reumatologia. É fundamental que o diagnóstico seja feito o mais rapidamente possível e que o doente tenha acesso á especialidade de Reumatologia.  O não cumprimento da estratégia terapêutica falhando medicações e um mau seguimento com análises e consultas irregulares podem não só determinar uma maior gravidade da doença, mas igualmente aumentar a possibilidade de efeitos adversos.

De um modo geral, quais as principais complicações associadas a esta patologia?

A incapacidade e a destruição articular com erosões são de forma mais imediata as principais complicações da AR. Mas o atingimento do pulmão, do coração, do olho entre outros atingimentos sistémicos são complicações que sendo mais raras podem complicar a artrite reumatoide ao longo da evolução da doença.

Qual o seu impacto na saúde feminina?

A doença pode impactar de forma semelhante ambos os sexos, contudo no caso da mulher questões como a fertilidade, a gravidez e amamentação ou ainda a capacidade de cuidar dos filhos ou de manter o emprego são situações que penalizam mais as mulheres. Sabemos que as mulheres com AR ficam desempregadas mais facilmente que os homens com a mesma doença.

A patologia pode afetar a fertilidade da mulher, por exemplo? Que mitos existem quanto a esta matéria?

Sabemos que sendo uma doença inflamatória crónica essa mesma inflamação tem um impacto na fertilidade diminuindo-a. Contudo um dos maiores mitos que lutamos diariamente é que as mulheres com AR e outras doenças reumáticas não podem ou não devem ser mães. Deve existir uma estratégia conjunta entre a doente com AR e o seu Reumatologista que permita que esse objetivo possa ser conseguido. Tal passará na escolha do timing para uma gravidez bem como que medicamentos devemos manter ou retirar para que se possa atingir tal objetivo.

No que diz respeito à gestação, ainda que durante a gravidez seja normal existir um período de remissão, caso exista um agravamento da condição, a medicação pode afetar negativamente a gravidez? Quais os cuidados a ter?

A gestação deve ser conseguida em período de remissão ou baixa atividade da doença sendo que alguns medicamentos podem ser mantidos durante a gravidez, incluindo alguns biotecnológicos, e mesmo aumentados em caso de agravamento da doença e outros como por exemplo um dos medicamentos mais utilizados, o metotrexato, deve ser retirado alguns meses antes de se pensar numa potencial gravidez pois tem a capacidade de induzir malformações no feto.

Assim é fundamental uma estreita relação médico doente e uma estratégia que minimize o risco de complicações durante todo o processo de gestação.

É possível amamentar sem riscos?

Existe a possibilidade de amamentar, mas tal depende da escolha dos medicamentos que não passam para o leite materno e tal deve ser discutido entre o reumatologista e a doente com AR.

Para terminar, que mensagem gostaria de deixar a todas a mulheres que sofrem de AR?

A mensagem só pode ser de esperança. Hoje em dia a AR, salvo raras exceções, é uma doença que podemos controlar e cujo objetivo tem de ser a remissão e com isso a ausência de sintomas ou a baixa atividade. Temos estratégias de seguimento e de tratamento que nos colocam, ao reumatologista e aos doentes com AR, uma responsabilidade acrescida de devolver ao doente uma vida muito próxima do normal quer em termos físicos e mentais, mas igualmente de expectativas de vida para si e para a sua família. Precisamos claramente de mais e melhor acessibilidade à consulta de Reumatologia e com isso talvez possamos mudar a vida daqueles que ainda vivem em dor e em incapacidade. Ás mulheres com AR devemos por um lado realçar a sua capacidade de luta diária, mas igualmente a esperança que a doença não as deva definir enquanto pessoas, mas sim os seus sonhos e sucessos.

Nota: 
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Julho: o Mês da Consciencialização para as Hepatites
A Hepatite caracteriza-se por uma inflamação das células do fígado, podendo apresentar várias etiolo

A Hepatite B é considerada a mais perigosa e grave, afetando milhões de pessoas em todo o mundo, podendo tornar-se crónica e evoluir cirrose hepática e para cancro do fígado. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em todo o mundo, vivem com este tipo de Hepatite 296 milhões de pessoas e causou a morte em 2019 a 820 mil pessoas. Em Portugal, a Hepatite B afeta cerca de 1 a 1,5 por cento da população. Apesar de ser grave, pode ser prevenida através da vacinação, tendo uma eficácia de cerca de 95 por cento.

A Hepatite C evolui com muita frequência para formas crónicas. Estima-se que existam entre 50 a 100 mil doentes em Portugal a maioria por diagnosticar. Os principais afetados são os consumidores de drogas injetáveis e as pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992. Pode evoluir para doença hepática grave e é, em Portugal, a principal origem do cancro do fígado (60 por cento dos casos) e uma das mais importantes causas de cirrose (25 por cento dos casos).

No entanto, além dos vírus, existem outras lesões do fígado, como é o caso das alterações do sistema imune — o sistema de defesa do organismo (a chamada Hepatite autoimune), ou a gordura no fígado, algo cada vez mais prevalente na sociedade, com números crescentes também em números de doença hepática.

Uma vez que o fígado é um órgão com uma grande importância e função no sistema digestivo, caso exista inflamação, pode dar origem a várias complicações. A gravidade e o prognóstico da Hepatite variam consoante o tipo de Hepatite e as comorbilidades já existentes.

Porém, estas são doenças evitáveis e tratáveis, e, no caso da Hepatite C, existe cura. Atualmente, a taxa de cura para a Hepatite C situa-se em 96 por cento, sendo fundamental que o diagnóstico seja feito atempadamente. Os medicamentos pretendem inibir a multiplicação do vírus da Hepatite B ou eliminar a multiplicação do vírus da Hepatite C e, desse modo, reduzir as lesões causadas ao fígado.

Os sinais e sintomas de Hepatite dependem de vários fatores, nomeadamente a gravidade da doença, mas a maioria dos doentes apresenta fadiga, náuseas, falta de apetite, icterícia, urina escura e fezes claras.

Ainda assim, alguns tipos de Hepatite podem não provocar sintomas durante largos períodos de tempo, mesmo na presença de inflamação do fígado.

O diagnóstico de Hepatite é feito através dos sintomas indicados pelo doente e, ainda, da realização de exames complementares. As análises ao sangue são, por norma, a maneira mais comum de diagnosticar a Hepatite, porém, pode ser necessário complementar com ecografia abdominal, TAC ou ressonância magnética, para verificar se existem outras lesões.

Além disso, é aconselhado que sejam alterados os hábitos alimentares e as rotinas do doente, como, por exemplo, evitar bebidas alcoólicas, repousar e manter um peso saudável.

Na maioria das vezes, o tempo é o melhor amigo do tratamento das Hepatites. Não adie a consulta ao médico. Cuide do seu fígado.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Dois estudos apresentados recentemente no congresso da Sociedade Europeia de Reprodução e Embriologia Humana (ESHRE) confirmam...

Embora existam muitos estudos sobre a influência da idade materna nas questões obstétricas, gestacionais e perinatais, pouco se sabia, até agora, sobre o envolvimento da idade paterna. Segundo os investigadores, os resultados podem levar a uma revisão da idade considerada “avançada” para a paternidade, atualmente nos 40 anos. 

Os dois estudos – intitulados “Paternal age does not affect obstetric and perinatal outcomes in IVF or ICSI cycles with autologous oocytes” e “Paternal age is significantly related with the type of delivery and the sex of the newborn in IVF or ICSI cycles with donated oocytes” – foram liderados pela investigadora Ana Navarro, da Fundação IVI, e apresentados durante o congresso da ESHRE, que se realizou em Milão, entre os dias 3 e 6 de julho. O objetivo era perceber se o sémen de um homem com idade paterna avançada afetava a saúde obstétrica das mulheres durante a gravidez, assim como o tipo de parto e a saúde do recém-nascido, e ainda como é que esta influência ocorria. 

"Tivemos em conta uma série de indicadores de saúde na gravidez e perinatal, como a diabetes gestacional, hipertensão, peso da criança, tipo de parto, circunferência craniana ou admissão em cuidados intensivos após o nascimento. Concluímos que a idade paterna não afeta os resultados obstétricos e perinatais nos tratamentos de reprodução assistida com os próprios ovócitos ou com os de doadoras. Neste momento, e apesar de vários estudos sugerirem o limiar para considerar a idade paterna 'avançada' aos 40 anos, acreditamos que é conveniente rever este limite de acordo com os resultados atuais", explica o Dr. Nicolás Garrido, diretor da Fundação IVI e supervisor dos estudos. 

Especificamente, as investigações analisam se há uma perda na qualidade do sémen ou um declínio na fertilidade masculina com a idade que possa influenciar os resultados obstétricos e perinatais. Após a análise ajustada, considerando a idade materna entre outras variáveis, os resultados não foram estatisticamente significativos no caso de tratamentos com ovócitos próprios.  

"Uma das razões para esta diferença entre homens e mulheres é puramente biológica: nos homens a espermatogénese ocorre constantemente, ou seja, todos os dias novas células são geradas. Pelo contrário, a mulher tem os folículos nos ovários e carregam os seus óvulos toda a vida. E, obviamente, isso influencia as características da fertilização e tudo o que ocorre depois", acrescenta a investigadora Ana Navarro. 

Uma das vantagens da investigação realizada com a doação de óvulos é que permite que o fator feminino seja padronizado, uma vez que os perfis são muito semelhantes (idade, sem histórico de problemas de saúde, etc.). Neste caso, na análise das gestações com ovócitos doados, observou-se uma pequena variação no tipo de parto de cesariana e no sexo do recém-nascido vivo, que se manteve significativo após a análise ajustada. Porém, os investigadores consideram que não é clinicamente relevante, uma vez que o tipo de cesariana, por exemplo, é uma variável que influencia decisões pessoais ou médicas na realização de um parto. 

"Nas idades paternas acima dos 40 anos são os problemas médicos associados ao envelhecimento que tornam a qualidade do sémen não ótima e que podem levar a um risco um pouco maior de doenças no bebé, embora sejam muito raros. A fertilidade masculina é um campo ainda pouco conhecido em matéria científica, daí que seja necessário continuar a investigar dia após dia para enfrentar os desafios que apresenta", conclui o Dr. Nicolás Garrido. 

Portugal desenvolveu um projeto premiado pelo World Economic Forum de VBH na área da oftalmologia
A avaliação dos hospitais por parte dos doentes é determinante para melhorar a prestação de cuidados em saúde. O Health Cluster...

Só alterando a gestão hospitalar iremos mudar o setor da saúde. A implementação do VBH na área da oftalmologia permitiu ter uma análise da qualidade dos cuidados prestados com consequente aumento da eficiência e eficácia.

Os resultados apurados no último ano, permitem verificar que mais de 90% dos doentes apontam ter tido melhorias significativas na sua capacidade visual após cirurgia e apenas em 1% dos casos é reportada uma complicação. Em Portugal as pessoas sujeitas à cirurgia às cataratas são na sua maioria mulheres (58%) e têm em média 73 anos.

Este projeto, do Health Cluster Portugal, é muito importante porque, sendo a catarata uma patologia inevitável com a idade e que afeta de forma muito negativa a qualidade de vida de um grande número de cidadãos, permite uma avaliação do impacto dos cuidados prestados pelos diferentes operadores de saúde em termos de qualidade e de custos. O doente passa a ter acesso a informação que lhe permite escolher o prestador de cuidados que melhor resultado em termos de tratamento disponibiliza. 

O coordenador do projeto e membro da direção do HCP, Prof. Joaquim Murta, realça que “a implementação de modelos de VBH permite que os serviços de saúde específicos sejam concentrados em instituições que forneçam, realmente, cuidados de saúde de elevado valor. Este valor deve ser definido em termos de outcomes de saúde, avaliados e diferenciados de forma contínua, com informação permanente aos profissionais de saúde e população em geral, com o objetivo principal de melhorá-los, reduzir os custos ou ambos, determinando, a curto prazo, a possibilidade de uma escolha esclarecida do doente sobre onde melhor realizar a sua cirurgia ou tratamento com consequente melhoria clara da sua qualidade de vida. Com esta nova abordagem será possível assegurar a sustentabilidade do sistema de saúde a longo prazo e melhorar os resultados de saúde para os doentes.”

Os médicos oftalmologistas, Nuno Alves e Nuno Campos, da CUF, também sublinharam que “este projeto é muito importante porque permite objetivar de forma inquestionável a qualidade da cirurgia de catarata que é realizada em vários centros cirúrgicos em Portugal, proporcionando ao mesmo tempo um poderoso instrumento aos doentes, de confirmação desse mesmo rigor, e da constante atualização e modernidade da Oftalmologia Portuguesa”.

A cirurgia da catarata tem evoluído em termos de procedimento de forma muito acentuada nos últimos anos, é a mais realizada em todo o mundo e é muito impactante na qualidade de vida dos cidadãos: permite corrigir a visão de longe, intermédia e de perto, bem como o astigmatismo.

Iniciativa Trees for New Employees
A LEO Pharma, empresa farmacêutica líder em Dermatologia médica, através da sua iniciativa de responsabilidade social e...

A iniciativa, que teve início em 2020, pretende dar as boas-vindas aos novos colaboradores, através da plantação de dez árvores por cada novo colaborador que integre a empresa em qualquer país do mundo. Desde o começo da iniciativa, a LEO Pharma Portugal já contribuiu para a plantação de 20 árvores.

De acordo com Nuno Brás, Diretor Geral da LEO Pharma Ibéria “esta iniciativa integra a aposta estratégica na sustentabilidade levada a cabo pela LEO Pharma em todo o mundo. A LEO Pharma está totalmente comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e estamos empenhados em contribuir para o desenvolvimento das comunidades locais enquanto limitamos o impacto das alterações climáticas”. 

A plantação de árvores no Gana conta com o apoio da associação Growing Trees Network, que garante a colaboração com as aldeias e as comunidades locais. As árvores plantadas são de fruto o que, além de possibilitar a reflorestação de determinadas áreas geográficas, estimula o compromisso das comunidades locais com o tratamento e manutenção das árvores e a apanha da fruta, dando-lhes também a possibilidade de vender os excedentes e usufruir de uma fonte de rendimento adicional. 

 

 

Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação assinala-se a 20 de julho
No âmbito do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, que se assinala a 20 de julho, Cristina Jorge, Presidente da...

Apesar de a atividade da transplantação estar dependente de órgãos disponíveis e de a procura continuar a ser muito superior à oferta, “para que ocorra a colheita de órgãos de um potencial dador tem de existir muita organização e profissionais motivados para a transplantação”, refere a Presidente da SPT, esclarecendo que “a escassez de recursos humanos na saúde e em especial na área da colheita e da transplantação também condicionam o resultado desta atividade”. Neste contexto, a especialista em nefrologia lamenta que muitas equipas estejam minimizadas e a trabalhar no limite das suas capacidades.

Neste contexto, para comemorar o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, o IPST e a SPT juntam-se para promover uma reunião no dia 20 de julho, subordinada ao tema “Sustentabilidade da doação e transplantação” envolvendo representantes de organizações relevantes do panorama nacional da transplantação, representantes de associações de doentes e outras entidades e profissionais de saúde envolvidos na colheita e transplantação de órgãos.

Cristina Jorge explica que, como a própria palavra indica, ‘sustentabilidade’ diz respeito ao modelo de sistema que tem condições para se manter ou conservar. “Para mantermos a atividade da transplantação, devemos divulgar e explicar a importância da colheita e da transplantação de órgãos na sociedade, apelar e enaltecer o altruísmo da dádiva em vida e promover e acarinhar os profissionais envolvidos nesta atividade, frisando a necessidade de lhes conceder boas condições para o exercício desta tão nobre área da medicina”.

Adicionalmente, na ótica da Presidente da SPT, os dadores e as suas famílias devem ser recordados e reconhecidos como essenciais para que a transplantação de órgãos se possa manter. Por outro lado, aos candidatos a transplante e aos doentes transplantados devem ser oferecidas as melhores condições de avaliação e seguimento. Neste sentido, Cristina Jorge defende “a possibilidade de flexibilização do pedido de exames a estes doentes, para além da Unidade Hospitalar onde são seguidos, a promoção do seu acompanhamento também por vídeo ou teleconsultas e de proximidade junto da sua área de residência”.

Relativamente a ações futuras, para aumentar a capacidade de colheita, “além do dador em morte cerebral e do dador em paragem cardiocirculatória não controlada, já em curso, deve também ser avaliada a possibilidade da colheita em dadores em paragem cardiocirculatória controlada, à semelhança do que acontece já noutros países como no nosso país vizinho”, aponta a nefrologista.

De acordo com dados do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), após a reorganização da atividade dos hospitais provocada pela pandemia, em 2021 a doação e transplantação de órgãos, tecidos e células aumentou em Portugal, comparativamente a 2020. A doação de órgãos de dador falecido registou um aumento de aproximadamente 19%, com mais 49 dadores, tendo-se verificado ainda um aumento de 12% da atividade da transplantação, com mais 86 órgãos transplantados em 2021.

A pandemia teve impacto na redução do número de transplantes, consequência da suspensão da atividade não urgente nos períodos mais críticos da pandemia. Esta situação provocou um atraso, não só na realização de exames e consultas necessárias ao estudo dos potenciais recetores para transplante, como também na sua inclusão em Lista Ativa.

Influenciadoras Mariana Machado, Catarina Rochinha e Tânia Graça juntam-se a esta causa
Durante o mês de julho, mês da consciencialização para os miomas uterinos, vai decorrer o movimento “EU VISTO BRANCO”,...

O Movimento “EU VISTO BRANCO” pretende quebrar o silêncio das mulheres que sofrem com esta doença, sensibilizando para os principais sintomas associados aos miomas uterinos, bem como alertar para o fator mais comum entre as mulheres que sofrem desta doença – o sofrimento em silêncio.

O vestido branco é internacionalmente associado aos miomas uterinos, uma vez que a maioria destas mulheres não gosta de usar branco devido às hemorragias menstruais abundantes relacionadas com a doença.  Assim, neste mês, o movimento “EU VISTO BRANCO” visa passar uma mensagem de esperança e de força a todas as mulheres que sofrem diariamente com esta doença, para que quebrem o silêncio e procurem ajuda médica.

Este movimento estará presente nas redes sociais Facebook e Instagram, com diferentes protagonistas. As influenciadoras Mariana Machado, Catarina Rochinha e a Psicóloga e Sexóloga Tânia Graça irão desafiar os seus seguidores a apoiar esta causa no Instagram, ou através da partilha da foto para a sua rede, ou de uma publicação com uma foto sua de meio corpo ou corpo inteiro vestidas(os) de branco, acompanhados pelo hashtag #euvistobranco.

Os profissionais de saúde também irão convidar as respetivas comunidades, de forma a existir um maior número de partilhas do Movimento “EU VISTO BRANCO”.

A plataforma da campanha “WTF: Mulheres que falam de miomas” reúne um conjunto conteúdos, que visam informar as mulheres sobre esta doença. Em julho, serão atualizados os conteúdos com vídeos de gestão de dor com exercícios dirigido às mulheres que sofrem com esta patologia.

Estima-se que cerca de dois milhões de mulheres em Portugal tenham miomas uterinos, com sintomas que englobam hemorragias, dor e perturbação na vida sexual da mulher, levando muitas vezes ao absentismo laboral. Existe um forte impacto na saúde psicológica da mulher, havendo ainda uma grande dificuldade em exteriorizar o sofrimento diário associado à doença.

O movimento “EU VISTO BRANCO” e a plataforma “Mulheres que falam de miomas” são iniciativas com o apoio da Gedeon Richter.

Recomendações
O verão está aí e com ele chegam os mergulhos na praia e na piscina.

No verão, aumentam os casos de otites externas, sendo que a doença incide principalmente nos mais novos. Os sintomas mais comuns são comichão, dor intensa, febre e, no limite, alguma secreção (pus).

A otite, depois de diagnosticada, tem de ser devidamente tratada. O tratamento, normalmente, é feito através de analgésicos e anti-inflamatórios, dependendo sempre do grau de severidade da infeção. Na prevenção, desta e de outras infeções, é extramente importante:

  • Evite estar muito tempo dentro de água. A pele do ouvido é extremamente fina e, no caso de existirem microfissuras, existe uma maior propensão à infeção.
  • Cuidado com os protetores de banho (tampões). Os protetores auditivos podem ser uma boa opção, por um lado – por outro, caso não sejam adequados para o seu ouvido, pode ser um habitat de organismos inflamatórios.
  • Não retirar a cera dos ouvidos. O ouvido produz naturalmente cera para sua proteção. Esta forma uma barreira contra microrganismos; uma vez retirada, ficamos desprotegidos e mais expostos a traumas, ressecamento e bactérias.
  • Limpe adequadamente a água que entrou no ouvido. Limpe superficialmente com uma toalha. Deite-se de lado e mexa, cuidadosamente, o lóbulo da orelha, para cima e para baixo.
  • Não mergulhe bruscamente. Quando o mergulho é demasiado intenso, o ouvido fica sujeito a uma maior alteração de pressão.
  • Verifique a qualidade da água. Não frequente sítios com água poluída.
  • Não se automedique. Vá ao médico. O aconselhável é sempre ser visto por um especialista.

Pequenos gestos podem fazer uma grande diferença na hora da prevenção. A limpeza adequada e cuidadosa pode ser o ingrediente chave para evitar situações incómodas imediatas e futuras. Cuide dos seus ouvidos, em qualquer altura, mas tome especial atenção no verão – desfrute, descanse e evite preocupações.

 

 

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto responde à situação de emergência humanitária
Para responder às necessidades das pessoas ucranianas que vivem com VIH, hepatites virais e/ou tuberculose, que chegam a...

O projeto promove a partilha de informação sobre as respostas existentes no nosso país e pretende contribuir para o empoderamento e capacitação tanto da comunidade ucraniana, como das entidades que lhe prestam apoio em Portugal, nos países de trânsito (Polónia, Hungria, Moldávia, Roménia e Eslováquia) e no país de origem (Ucrânia).  O objetivo é que as pessoas ucranianas que pretendem vir para o nosso país à procura de refúgio sejam informadas sobre os seus direitos no acesso aos cuidados de saúde em Portugal, desde o país de origem, nos de trânsito e nas organizações de acolhimento em território nacional, facilitando o processo de acolhimento e de integração.

Ricardo Fernandes, Diretor-Executivo do GAT, afirma que “este projeto piloto pretende trabalhar na produção, tradução e disponibilização de um guia informativo para a comunidade ucraniana sobre prevenção, acesso e funcionamento dos cuidados de saúde em Portugal na área das infeções pelo VIH, hepatites virais, tuberculose e outras IST. Ambiciona também prestar apoio direto, em ucraniano e inglês, bem como acompanhamento individualizado nas idas às consultas hospitalares, realização de exames e acesso à medicação”.

Na primeira fase de implementação do projeto foi elaborado um mapeamento das várias entidades que prestam apoio a refugiados ucranianos, em Portugal e ao longo do seu trajeto migratório. Posteriormente, está prevista a realização de sessões de informação e de capacitação virtuais para reforçar o conhecimento sobre saúde pública às entidades mapeadas. Estas sessões vão abordar áreas como literacia em saúde, direitos de proteção à saúde, instrumentos jurídico-legais e resposta às necessidades sociais, combate ao estigma e à discriminação, e tratamentos existentes, incluindo informação sobre substituição opiácea.

Atualmente, o GAT já prestou apoio direto e individual na ligação ao SNS e acesso a tratamento a mais de 15 pessoas ucranianas recém-chegadas a Portugal.

O GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, organização não-governamental sem fins lucrativos na área da saúde pública, promove serviços adaptados às necessidades das pessoas migrantes que vivem ou que estão em risco acrescido para a infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), hepatites virais, tuberculose e outras infeções sexualmente transmissíveis (IST) em Portugal.

Universidade de Coimbra
A dor crónica e as novas abordagens terapêuticas a esta patologia vão estar em debate na próxima sexta-feira, dia 22 de julho,...

Este encontro de especialistas insere-se nas atividades que têm sido desenvolvidas no âmbito do projeto “iACT with Pain: an ICT-delivered intervention for self-management of chronic pain”, que está a ser desenvolvido, desde 2017, pelo Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC).

Ao contrário da Terapia Cognitivo-Comportamental Clássica, que se foca na redução dos sintomas psicopatológicos, as Terapias de Terceira Geração focam-se na função desses sintomas, e na alteração da relação das pessoas com eles. Outro fator diferenciador das Terapias de Terceira Geração é a inclusão de exercícios experienciais (por exemplo, baseados no mindfulness). No caso do projeto iACTwithPain, as sessões terapêuticas focam-se no desenvolvimento de aceitação da experiência interna e no desenvolvimento de uma relação compassiva com o eu, para que as escolhas do dia a dia se aproximem de uma vida alinhada com os valores de cada pessoa.

A coordenadora do projeto e docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Paula Castilho, adianta que este encontro «vai permitir a contextualização multidisciplinar da dor crónica, discussão e partilha de abordagens terapêuticas implementadas através das novas tecnologias de informação e comunicação, uma reflexão integradora de experiências de experts no tratamento da dor crónica, e por fim serão apresentados os contributos do projeto iACTwithPain».

O evento científico vai contar com várias mesas redondas para debater temas como "Dor Crónica e Programas Baseados na Aceitação e Compaixão", "e-Health: Expectativas vs. Realidade" ou ainda "Contributos do programa iACTwithPain". Vai contar ainda com a participação de Maria Karekla, professora da Universidade de Chipre, que vai dedicar a sua comunicação à terapia da aceitação e compromisso no contexto da doença crónica. 

De recordar que, no âmbito do projeto “iACT with Pain: an ICT-delivered intervention for self-management of chronic pain”, foi lançado o “iACT with Pain”, um programa criado para promover o desenvolvimento de competências de autogestão da dor e de autorregulação emocional, diminuindo o impacto da dor crónica e contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem desta patologia.

O encontro científico vai decorrer online, entre as 09h30 e as 17h00, e ainda tem as inscrições abertas.

O registo para participação deve ser feito através do endereço https://forms.gle/eZY4E6bWkzzi29ci9.

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