Distinguir o que melhor se faz na Saúde em Portugal
Foram revelados esta 4ª feira, 12 de outubro, os vencedores da 11ª edição do Prémio Saúde Sustentável, uma iniciativa que junta...

O júri, composto por reconhecidas figuras representantes de várias áreas, deliberou e considerou, em 2022, reconhecer e premiar boas práticas e entidades em diferentes categorias.

A Associação Nacional de Farmácias foi a grande vencedora na Categoria Cuidados de Saúde Centrados no Cidadão, tendo a Menção Honrosa sido entregue aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E. O Centro Hospitalar Universitário de São João conquistou o terceiro lugar nesta categoria.

As Irmãs Hospitaleiras, Casa de Saúde da Idanha receberam a maior distinção na Categoria Inovação em Saúde. A Menção Honrosa foi atribuída ao Hospital de Cascais, Dr. José de Almeida. O terceiro finalista foi Centro Hospitalar Universitário do Algarve

O vencedor da Categoria Integração de Cuidados foi o ACeS Douro – Marão e Douro Norte, Unidade de Cuidados na Comunidade de Vila Real, tendo o Centro Hospitalar Universitário do Algarve recebido uma Menção Honrosa. O terceiro finalista desta categoria foi o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira – SESARAM e EPERAM.

Na Categoria Promoção da Saúde e Prevenção da doença, foi o Centro Hospitalar Universitário do Porto a alcançar o primeiro lugar. A Menção Honrosa foi entregue à Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e o terceiro lugar desta categoria foi atribuído à Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia

A Wellpartners foi a grande vencedora na Categoria Transformação Digital. Neste grupo, foram ainda distinguidos o Hospital Dr. Francisco Zagal com uma Menção Honrosa e o Instituto Português de Oncologia do Porto com o terceiro lugar na categoria.

Para além destes, o júri atribuiu também o Prémio Personalidade 2022 a Delfim Rodrigues, Coordenador do Programa Nacional de Implementação das Unidades de Hospitalização Domiciliária nos hospitais do SNS.

Helena Freitas, Country Lead da Sanofi Portugal, destaca a qualidade de todos as candidaturas, admitindo que “A escolha dos vencedores foi uma tarefa muito gratificante e inspiradora! Enquanto companhia, acreditamos que esta iniciativa é fundamental para continuar a incentivar as instituições a desenvolver mais e melhores projetos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e saúde de um maior número de pessoas e para uma área de saúde mais coesa e inovadora. Este ano, já na 11ª edição, a saúde baseada em valor foi o tema escolhido para o debate, porque na Sanofi acreditamos na importância de colocar o doente no centro da sua jornada, ao longo do processo da doença e compreendemos a necessidade de se abordar este tema com maior frequência. “

O Prémio Saúde Sustentável é já uma referência no panorama da saúde em Portugal, que mantém firme a sua missão de contribuir para o reconhecimento e a partilha do que de melhor se faz pela saúde a nível nacional.

Para mais informação, consulte: https://premiosaudesustentavel.negocios.pt/

No dia 18 de outubro
No Dia Mundial da Menopausa, dia 18 de outubro, é lançado no Hospital de São João o livro “Descomplicar a Menopausa”, o...

“É urgente deixar para trás o mundo onde estão escondidas de forma desajeitada as mulheres enquanto sujeitos de menopausa. O mundo «pula e avança» indiferente ao facto de embrulhar numa névoa inconveniente e fora de contexto uma fase da vida reprodutiva das mulheres que não depende da sua vontade, não pode ser evitada e tem tanta razão de ser como as outras. O Processo de Menopausa é bonito, é cheio de graça e desafiante. Faz parte da vida de qualquer mulher, como a puberdade, a menstruação, a gravidez ou o aleitamento. É preciso vivê-lo de forma natural, plenamente e de maneira informada”, defende a autora.

Com a revisão científica de Pedro Vieira Baptista, responsável pela unidade de trato genital do Hospital de São João, e de Maria Natália Mendes, psicóloga clínica da saúde com experiência em menopausa, o livro “Descomplicar a Menopausa” aborda as três fases do processo de menopausa, os efeitos mais comuns, porque se manifestam e como lidar com eles, bem como uma orientação abrangente sobre a variedade de tratamentos disponíveis, incluindo medicina tradicional e complementar.

Segundo os dados da PORDATA, estima-se que mais de um milhão e meio de mulheres portuguesas, cerca de 80% das mulheres em idade de menopausa, sofrem impactos da menopausa, como stress e exaustão, mudanças de humor, alterações no padrão de sono, confusão mental, baixa líbido, ondas de calor, suores noturnos e aumento de peso, sintomas que podem ser confundidas com doenças mais comuns.

Cristina Mesquita de Oliveira é licenciada em Ciências da Comunicação, com graduação em Marketing Farmacêutico, na Universidade Fernando Pessoa, e em Economics, Management and Health Financing, pela Universidade Nova de Lisboa. Trabalhou na Indústria Farmacêutica durante 34 anos, onde teve uma formação médica contínua em várias áreas científicas de medicina. É, também, fundadora da Comunidade de Saúde em Menopausa MMDP - Menopausa Divertida Portugal, que conta com mais de 35.000 mulheres portuguesas, a viver e trabalhar em território nacional e emigradas no mundo inteiro.

O evento de lançamento do livro decorre no Hospital de São João (HSJ), no Porto, às 15h, dirigida à comunidade de profissionais do HSJ e a convidados, e insere-se na 2ª Edição da Celebração da Semana da Menopausa, uma iniciativa organizada pela VIDAs - Associação Portuguesa de Menopausa com várias atividades de sensibilização e literacia para a menopausa.

Em 2022 #EverySpineCounts
A dor nas costas, uma condição mais prevalente do que o cancro, o Acidente Vascular Cerebral, a doença cardíaca, a diabetes e a...

O tema escolhido para 2022 enfatiza a diversidade da dor e da incapacidade causadas por problemas na coluna, bem como o impacto social e económico destas patologias, assim como a necessidade de garantir o acesso a tratamentos adequados. Atualmente há cerca de 540 milhões de pessoas no mundo que sofrem de dores nas costas e esta continua a ser a principal causa de anos vividos com incapacidade.

“Viver com dores ou lesões nas costas acarreta vários desafios para quem delas sofre e diminui substancialmente a qualidade de vida, podendo até significar faltas frequentes ao trabalho. É crucial alertar para esta condição e garantir o acesso ao tratamento adequado, sem o qual a dor se pode tornar crónica ou a deformidade permanente”, alerta Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador nacional da Campanha Olhe Pelas Suas Costas.

O Dia Mundial da Coluna, uma iniciativa da Aliança Global para a Saúde Musculoesquelética organizada pela Federação Mundial da Quiroprática, assinala anualmente a importância da saúde e do bem-estar da coluna. Tem como objetivos promover a atividade física, a postura correta, o levantamento de pesos responsável e as condições de trabalho saudável, alertando para a falta de cuidados em algumas regiões do mundo.

“Mesmo em países desenvolvidos, como Portugal, esta é uma patologia que resulta num impacto enorme a nível psico-socioeconómico”, explica Bruno Santiago, acrescentando: “É imperativo olhar pelas suas costas, através de cuidados essenciais como evitar inatividade física, não sobrecarregar a coluna com peso e adotar hábitos de vida saudáveis, como não fumar ou praticar uma alimentação equilibrada.”

A patologia da coluna vertebral, que afeta cerca de 150 mil portugueses, é hoje a principal causa de anos vividos com incapacidade em todo o Mundo. Cerca de 80% da população terá pelo menos uma crise de dor nas costas ao longo da sua vida. Estes são episódios habitualmente benignos, resolvendo-se espontaneamente, através de medicação ou de outros cuidados. No entanto, se a dor for persistente ou afetar a perna ou o braço, é importante procurar ajuda do médico assistente para um diagnóstico e tratamento adequados.

“Em alguns casos, a cirurgia é o tratamento indicado, sendo que, hoje em dia, é já possível realizá-la de forma pouco invasiva, através da evolução tecnológica que se tem registado nesta área. Muitas vezes, o doente recebe alta nas primeiras 24h, sendo esta uma cirurgia extremamente segura e com risco de complicações muitíssimo baixo”, remata.

Segundo um estudo publicado na revista científica The Lancet, embora reconhecida como um importante desafio socioeconómico e de saúde, com expectativa de aumento na prevalência, a dor lombar continua a ter um enorme potencial de melhoria tanto no  diagnóstico como nos tratamentos. Já os futuros estudos sobre dor lombar devem concentrar-se em melhorar a precisão e objetividade das avaliações diagnósticas e desenvolver algoritmos de tratamento que considerem fatores biológicos, psicológicos e sociais únicos.

As dores nas costas podem afetar qualquer um dos segmentos da coluna e a intensidade, a frequência e as características destas são variáveis. Existem três tipos de dores: cervicalgia, dorsalgia e lombalgia, consoante a área do tronco afetada, sendo esta última a mais comum.  

Ainda este mês, a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai realizar o seu XI Congresso, entre os dias 27 e 29 de outubro, no Tivoli Oriente, em Lisboa. O evento destina-se a médicos especialistas no tratamento das doenças da coluna vertebral e tem como objetivo abordar temas atuais e de interesse a todos os participantes, incluindo as patologias mais frequentes e a inovação e novas tecnologias relacionadas com o tratamento cirúrgico.

Entrevista | Dra. Ana Magriço
Estima-se que cerca de metade dos casos de deficiência visual diagnosticados, em todo o Mundo, podia

Dados do Relatório Mundial sobre a Visão, publicado em 2019, demonstram que, globalmente, pelo menos, 2,2 mil milhões de pessoas têm uma deficiência visual. Destas, estima-se que cerca de metade vive com uma condição que podia ter sido evitada ou que ainda não foi devidamente tratada. Assim sendo, começo por lhe perguntar, no que diz respeito ao nosso país, se nós, portugueses, estamos devidamente despertos para as doenças ocular e os cuidados com a visão?

Os portugueses preocupam-se com a saúde da visão, mas muitos não cumprem as avaliações recomendadas pelo médico oftalmologista para uma boa saúde ocular. Em causa pode estar o facto de se sentirem bem e também porque quando não se sentem, o acesso aos cuidados de saúde poder ser difícil. Assim, muitas pessoas acabam por se limitar a comprar óculos, perdendo a oportunidade do diagnóstico atempado de muitas doenças oculares. É importante salientar que ter uns bons óculos graduados não significa ter uma boa saúde ocular.

Quais as principais patologias que estão a ameaçar a saúde da visão dos portugueses?

Nas crianças destacamos a ambliopia, vulgarmente conhecida como “olho preguiçoso”. Pode ocorrer se a necessidade do uso de óculos não for diagnosticada atempadamente.

A partir dos 40 anos, as patologias mais comuns são o glaucoma e a retinopatia diabética, duas das principais causas de cegueira evitável (quando diagnosticada e tratada precocemente). Quando falamos em doenças evitáveis, o que pretendemos dizer é que existe forma de prevenir a progressão e evitar que cheguem a um estado avançado, muitas vezes, irreversível.

No caso da retinopatia diabética é uma manifestação ocular da diabetes, na qual é necessário controlar o melhor possível os níveis de açúcar no sangue desde as fases iniciais da doença. Já o glaucoma, provoca a morte acelerada das células do nervo ótico e não apresenta sintomas detetáveis até uma fase muito avançada da doença, sendo diagnosticado apenas em consulta com um médico oftalmologista que avalia as alterações suspeitas do nervo ótico, do olho e a pressão intraocular.

A partir dos 60 anos, é fundamental estar atento aos sinais e sintomas da Degenerescência Macular da Idade (DMI) que causa uma alteração da visão central e às cataratas que provocam uma diminuição da visão inicialmente para longe. Duas doenças oculares relacionadas com a idade que também podem levar à cegueira no seu estadio avançado.

Em que consiste a retinopatia diabética? Quais os sinais de alerta? Tem tratamento?

A retinopatia diabética é uma lesão da retina (estrutura, localizada na parte posterior do olho, que contém as células que recebem as imagens e as transmitem ao cérebro) provocada pela diabetes, sendo uma das principais causas de cegueira. Para evitar a cegueira é fundamental controlar o melhor possível os níveis de açúcar no sangue desde as fases iniciais da doença. Inicialmente, os efeitos na visão podem ser mínimos, mas a visão pode agravar gradualmente. Pode verificar-se visão turva, visão com alterações periódicas (de borrada para clara e vice-versa), visão prejudicada devido a manchas escuras que flutuam na visão…

Relativamente ao tratamento da retinopatia diabética, este é definido conforme o estadio da doença e tem como objetivo retardar a sua progressão e recuperar a visão para proporcionar ao doente uma melhor qualidade de vida. Na fase inicial da doença, o tratamento indicado é a

monitorização regular com um médico oftalmologista e uma articulação importante com o doente e o endocrinologista de forma a alterar estilos de vida e controlar todos os fatores de risco cardiovasculares com o objetivo de controlar os níveis de açúcar no sangue e evitar que outros fatores de risco contribuam para o agravamento da retinopatia.

Em casos mais graves, pode ser necessário realizar injeções intravítreas (dentro do olho), procedimentos com laser ou cirurgia.

E o glaucoma? Quais as principais causas, manifestações clínicas e tratamento?

O glaucoma é uma doença ocular grave em que a perda de visão é consequência da morte das células do nervo ótico (estrutura que liga o olho ao cérebro occipital e que conduz as imagens da retina até ao cérebro). É, habitualmente, assintomática nas fases iniciais e é considerado uma das principais causas de cegueira irreversível, ou perda grave de visão, quando não é diagnosticado e tratado de forma atempada e adequada. É uma doença que evolui silenciosamente e que, apesar de não apresentar sintomas (ardor, picadas ou outra queixa), pode ter outro tipo de manifestações como quedas sem causa aparente ou o chocar com objetos que não tinha reparado e se encontram no seu espaço visual.

O tratamento permite atrasar ou idealmente impedir a progressão do glaucoma e implica a diminuição da pressão intraocular, muitas vezes aumentada nesta doença. No entanto, o que se perdeu da visão já não se recupera. Para tratar esta patologia pode-se recorrer a colírios, laser ou cirurgia.

Relativamente à degenerescência macular da idade, em que consiste e como pode ser prevenida? Quais os sinais de alerta?

A degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) é uma doença que afeta a mácula e, nas suas fases mais avançadas, pode

impedir a pessoa de ler, conduzir, ver televisão, ver as horas ou o rosto das pessoas com quem interage.

Nas suas formas iniciais, a DMI pode passar despercebida, pois os sintomas são muito ténues ou nulos. Alteração na perceção dos contrastes ou das cores que, na maioria das vezes, são quase impercetíveis para o doente. Este é um dos principais motivos pelo qual se aconselha um exame oftalmológico anual a partir dos 50 anos, no qual será possível observar alterações na área macular do olho.

Apesar de ter uma grande carga genética, é possível reduzir o risco de ter a doença e de evitar a perda de visão através da prevenção. Para apostar na prevenção é fundamental seguir alguns cuidados como não fumar, ter uma dieta rica em frutas vegetais e legumes, assim como ir regularmente ao médico oftalmologista. Quando for necessário, o especialista poderá ainda prescrever vitaminas e antioxidantes ao doente.

Sendo uma das causas de redução ou perda de visão, a catarata ocular é uma doença dos olhos muito comum. Mas será que estamos devidamente sensibilizados para esta patologia? O que precisamos saber sobre esta doença? Qual o tratamento? Há forma de prevenir?

As cataratas são muito frequentes na população idosa e representam uma das principais causas de cegueira em todo o mundo. Apesar de as pessoas terem noção de que existe uma doença chamada “catarata”, creio que não estão totalmente consciencializadas das suas consequências e de como o adiamento do diagnóstico e tratamento podem fazer a diferença no prognóstico.

A lente natural interna do nosso olho chama-se cristalino. Quando temos catarata, esta lente que costuma ser transparente torna-se opaca e fica baça, passando a designar-se por catarata. A probabilidade de ter esta patologia aumenta com a idade e podemos afirmar que, a partir dos 70 anos, cerca de 50% da população tem catarata ou já foi operada.

As pessoas com catarata começam por notar perda de nitidez nos pormenores, tendo dificuldades crescentes a ler legendas, avisos ou mesmo identificar pessoas ao longe.

Na ausência de tratamento a doença vai evoluir lentamente para uma lente opaca até ficar branca e causar cegueira, que pode ser reversível com cirurgia.

O único tratamento eficaz é efetivamente a cirurgia que consiste na remoção da lente natural opacificada e na implantação de uma nova lente que a vai substituir.

Que outras patologias é importante dar a conhecer, no âmbito deste tema?

Além das patologias mais graves, existem outras não menos importantes e que é essencial conhecer também. Por exemplo, a presbiopia, muito conhecida por “vista cansada”. A vista cansada é um problema natural que um dia vai afetar toda a população. Tal acontece devido à potência variável da lente interna do nosso olho que vai diminuindo ao longo dos anos e, habitualmente, entre os 40 e os 50 anos deixa de ser suficiente para podermos ver bem letras pequenas a curtas distâncias. Esta é uma fase de eleição para ir regularmente ao médico oftalmologista, uma vez que existem diversas causas de diminuição da visão e este especialista tem o conhecimento adequado para tratar e receitar óculos indicados para a compensação da presbiopia.

É importante reforçar que apesar de o uso de óculos melhorar a visão, tal não significa que não possam surgir outros riscos ou problemas, pelo que se recomenda a avaliação e acompanhamento regular de um médico oftalmologista.

De um modo geral, quando devemos consultar um médico oftalmologista?

O recomendado é ir uma vez por ano ao médico oftalmologista, caso não haja a manifestação de sintomas ou histórico familiar de alguma condição ocular específica. Essa recomendação aplica-se desde a adolescência e permanece até a velhice.

Em casos de bebés recém-nascidos é importante fazer a avaliação visual, pois permite a prevenção precoce de doenças e problemas permanentes da visão, tais como estrabismo, glaucoma e até mesmo o retinoblastoma, que, embora seja um cancro ocular raro, é mais comum em recém-nascidos.

Em crianças até aos 12 anos, o ideal é ir às consultas de oftalmologia uma vez por ano para detetar possíveis problemas da visão e evitar que estes interfiram no desempenho escolar.

Já em pessoas idosas, com doenças oculares ou grupos de risco, pode ser recomendado ir a consultas mais vezes ao ano. Em causa está o facto de ser necessário um maior acompanhamento do caso para que o doente tenha mais qualidade de vida e possa prevenir a progressão das doenças oculares que tenha.

Em matéria de prevenção, que cuidados devemos todos ter – tenhamos ou não uma boa visão – para a manutenção de uma boa saúde visual?

Existem vários cuidados que devemos ter para manter uma boa saúde visual e que garantem mais qualidade e conforto para a nossa visão, tais como:

  1. Dormir no mínimo oito horas por dia – o sono e o cansaço influenciam quer o nosso corpo, quer os nossos olhos. Dormir menos horas do que as necessárias pode causar vermelhidão, vista cansada e inchaços.
  2. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas – As bebidas alcoólicas produzem resíduos tóxicos que favorecem o envelhecimento precoce das células oculares. Além disso, o álcool causa desidratação, afetando também os olhos.
  3. Ter uma alimentação rica em vegetais e frutas – A ingestão de vegetais verdes escuros é indicada, uma vez que estes fornecem vitaminas benéficas para a retina.
  4. Proteger os olhos da radiação UV – É importante utilizar óculos com 100% de proteção UV para prevenir o envelhecimento precoce das células da retina e diminuir o risco de desenvolvimento de cancros oculares e palpebrais, de doenças degenerativas da retina ou catarata.
  5. Usar colírios lubrificantes, comummente designados por “lágrimas artificiais” – A hidratação dos nossos olhos é fundamental para evitar irritação, ardor e vermelhidão ocular.
  6. Se precisar de óculos graduados, deve usá-los como indicado pelo médico oftalmologista e prevenir sintomas que afetam a sua rotina e qualidade de vida, como diminuição da visão, dores de cabeça e cansaço ocular.
  7. Ir regularmente às consultas de oftalmologia - O médico oftalmologista irá avaliar a qualidade da visão e a saúde ocular, além de atualizar os óculos, quando necessário.

No âmbito do dia Mundial da Visão e da campanha #AdoroOsMeusOlhos, que mensagens ou ideias-chave gostaria de deixar?

A campanha #AdoroOsMeusOlhos tem como principal objetivo contribuir para dar a conhecer melhor algumas das doenças oftalmológicas mais frequentes, empoderar a sociedade civil a ser mais interventiva e ajudar a mudar o paradigma das doenças oculares e visuais em Portugal.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Diagnóstico atempado é a melhor forma para evitar perda de visão
A propósito do Dia Mundial da Visão, que se assinala hoje, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta para...

O número reduzido de encaminhamento de pessoas com diabetes e retinopatia para consultas de oftalmologia prova a importância dos programas continuados de rastreios. Este acompanhamento anual feito em contexto de proximidade permite que as pessoas realizem o rastreio na sua unidade de saúde, evitando deslocações e gastos desnecessários. Este tipo de programas contribuem para uma maior eficiência dos sistemas de saúde.”, explica João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP.

A vigilância dos olhos das pessoas com diabetes é fundamental, sendo a única forma de preservar a visão. A APDP realiza, em colaboração com a ARS Lisboa e Vale do Tejo, rastreios de proximidade da retinopatia diabética há cerca de 20 anos, em unidades de cuidados de saúde primários, abrangendo cerca de 50 mil pessoas com diabetes em 2021, o que equivale a 200 mil fotografias realizadas ao fundo do olho.

Para José Manuel Boavida, presidente da APDP, “seria fundamental o alargamento deste programa às regiões que se encontram sem rastreio. A APDP está sempre disponível para colaborar e tem o conhecimento e as condições necessários para o tratamento atempado, o que nem sempre acontece noutros locais. Só um diagnóstico atempado pode evitar perda de visão”.

A retinopatia diabética é uma complicação que surge, muitas vezes, sem queixas, podendo existir doença grave sem que haja diminuição da visão ou qualquer tipo de sintomas.

O rastreio da retinopatia diabética é feito de uma forma simples, através de fotografias ao fundo do olho (retinografia). Permite detetar as alterações da diabetes no olho e encaminhar a pessoa para a consulta de oftalmologia em caso de necessidade.

 

 

Centro Hospitalar do Médio Tejo
O médico e candidato a Bastonário da Ordem dos Médicos, Rui Nunes, considera no mínimo estranho que o diretor do Serviço de...

De acordo com o também professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, “os motivos apresentados pela administração do CHMT são incompreensíveis, até porque estamos a falar de um médico que contribuiu, e muito, para um aumento de produção do seu serviço, não só em termos tecnológicos, mas também ao nível da implantação de dispositivos médicos e de consultas”. Mais estranho ainda, salienta Rui Nunes, “é que esta decisão seja tomada com a oposição da diretora clínica, a responsável pelas decisões médicas do centro hospitalar”.

O médico David Durão, recorda o candidato a bastonário, foi colocado como diretor de serviço através de um concurso público, que abrangeu a realização de um projeto de gestão para o serviço de Cardiologia e que foi avalizado por este Conselho de Administração.

“A dificuldade na contratação de prestadores externos para a urgência do CHMT não pode, de modo algum, ser imputado ao diretor de serviço, dado que esta é, desde logo, uma responsabilidade a cargo do conselho de administração”.

Rui Nunes lamenta toda esta situação e apela à intervenção do Ministro da Saúde, para “pôr cobro a uma situação que nos parece de todo invulgar”. Em última análise, explica o candidato a bastonário da Ordem dos Médicos, “a responsabilidade final é do ministro da Saúde, a quem cabe nomear e destituir os conselhos de administração de cada unidade hospitalar e zelar pelo normal funcionamento das instituições”.

Não obstante, Rui Nunes já manifestou total solidariedade ao médico David Durão, que está a ser alvo de uma situação que considera “inaudita, sobretudo, depois de todo o trabalho que fez no sentido de valorizar o serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo”. “Infelizmente, são este tipo de situações que contribuem para gerar maior desânimo entre os médicos e, em muitos casos, conduzem ao seu abandono do Serviço Nacional de Saúde”, acrescenta o médico e candidato a bastonário da Ordem dos Médicos.

Projeto liderado pela Universidade Católica Portuguesa (no Porto)
Por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, assinalado a 16 de outubro, o projeto europeu RADIANT – liderado pela Universidade...

Segundo dados do relatório de 2022 da ONU, o número de pessoas afetadas pela fome em todo o mundo subiu para 828 milhões em 2021, devido a fatores como as mudanças climáticas e à crise alimentar – tendo estes sido amplificados pela pandemia e guerra na Ucrânia. É neste sentido que o projeto RADIANT pretende contribuir para a inversão desta realidade através da promoção de alimentos subvalorizados.

O projeto RADIANT adota a abordagem da ‘Teoria da Mudança’, através da exploração de variedades tradicionais que permitem a sustentabilidade ambiental, promovem a saúde humana, bem como combinam a neutralidade climática e a resiliência do sistema agrícola através da redução da emissão de gases e efeito de estufa; prosperidade de sistemas de cultivo em ambientes hostis e solos pobres; maior resiliência ambiental e a qualidade das culturas; uso eficiente de água e de nutrientes essenciais e crescimento local como uma forma culturalmente aceitável de realizar a diversidade nutricional.

“Visamos promover a diversificação das culturas agrícolas, a preservação ambiental e da agrobiodiversidade e o desenvolvimento económico justo, por meio da valorização de variedades tradicionais”, defendem os responsáveis pelo projeto.

“Tem-se verificado uma utilização restrita deste tipo de culturas devido ao paradigma de alimentos e sistemas industriais globalizados. A globalização está a tratar o mundo como um único país sem diferenças, resultando numa disponibilização, a nível mundial, do mesmo tipo de produtos agrícolas”, acrescentam.

“Realizing Dynamic Value Chains for Underutilised Crops”, é coordenado pela Universidade Católica Portuguesa (no Porto), envolve 29 entidades de 12 países – Portugal, Eslovénia, Reino Unido, Hungria, Espanha, Grécia, Itália, Alemanha, Irlanda, Bulgária, Países Baixos e Chipre. É ainda Parceiro da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Podem ser consultadas mais informações através do site oficial RADIANT, bem como das redes sociais do projeto: InstagramFacebookLinkedIn e Twitter.

 

STADA Health Report 2022
É inquestionável que a população adulta Portuguesa tem encontrado dificuldades nos últimos dois anos e muitas são as críticas...

O mesmo estudo demonstra também que a confiança nos profissionais de saúde tem diminuído, mas é comparativamente mais elevada, sendo a comunidade científica aquela na qual os Portugueses depositam a maior confiança. Esta confiança coloca Portugal no TOP dos países que mais confiança depositam nos investigadores e cientistas.

A deterioração da Saúde Mental

A deterioração da Saúde Mental é outro fator que levanta alguma preocupação quando analisamos os resultados do estudo. Quase metade dos adultos portugueses (47%) relatam que os seus níveis de stress se agravaram desde o início da pandemia. Esta é a segunda maior proporção nacional no inquérito, acima da média do estudo de 37%, tendo o stress aumentado mais apenas em Itália (53%).

Do mesmo modo, mais de um terço (35%) dos adultos em Portugal queixaram-se de uma saúde mental mais debilitada durante a pandemia - apenas na Áustria (37%) este valor foi mais elevado. Ao mesmo tempo, 35% dos adultos portugueses sentiram que o seu bem-estar físico se tinha agravado durante a pandemia, a proporção nacional conjunta mais elevada, juntamente com os checos e os polacos.

Uma proporção semelhante (32%) dos portugueses sustentava que a sua qualidade de sono tinha diminuído desde o início da pandemia. Apenas em Itália, Polónia e Espanha esta proporção foi mais elevada. Quando comparado com os restantes países que compõe o estudo, percebemos que apesar desta percentagem ser elevada, é ainda assim, inferior à média Europeia (59%).

Apesar destes desafios, a população portuguesa não está claramente preparada para aceitar simplesmente um declínio no seu bem-estar. Pelo contrário, as pessoas procuram o apoio especializado de profissionais de saúde.

Procura de aconselhamento médico e farmacêutico

Dois em cada cinco adultos portugueses (40%) disseram ter pedido mais aconselhamento ao seu médico de clínica geral ou a outro profissional de saúde nos últimos 12 meses - o total nacional mais elevado do Relatório de Saúde STADA 2022. A média europeia era muito mais baixa, com 25%. Além disso, 15% dos portugueses procuraram mais aconselhamento nas farmácias, atrás apenas da Sérvia, Espanha e França a este respeito.

Na saúde mental em particular, a amostra representativa de 1.997 adultos portugueses estava disposta a procurar ajuda profissional. Cerca de três em cada cinco (59%) disseram que iriam consultar um psiquiatra ou psicólogo. Apenas em Espanha (62%) esta proporção foi mais elevada. Os portugueses estão também entre os que mais se esforçam por falar da sua saúde mental com um clínico geral; quase metade (48%) fá-lo-ia, com pontuações mais elevadas apenas na Bélgica (52%) e em França (49%).

"Embora seja preocupante confirmar a deterioração do estado de saúde física e mental da população portuguesa nos últimos dois anos, é encorajador confirmar a elevada confiança nos profissionais de saúde”, comenta Ana Ferreira, diretora-geral da STADA Portugal.

Os portugueses são muito recetivos às tecnologias nos cuidados de saúde

A população adulta portuguesa está também na vanguarda da adoção de soluções tecnológicas de saúde. Quase uma em cada cinco (19%) pessoas em Portugal utiliza tais aplicações para partilhar informação com o seu médico, a proporção mais elevada no Relatório de Saúde STADA 2022, para o qual a média neste ponto era de apenas 11%. Um quarto dos adultos portugueses (25%) diz utilizar aplicações de saúde para monitorizar o seu bem-estar mental; esse total só é igualado em Itália. Apenas 9% dos portugueses dizem que simplesmente não conhecem tais aplicações, dando aos portugueses o mais alto nível de conhecimento das aplicações de saúde entre todos os 15 países abrangidos pelo Relatório de Saúde STADA 2022.

Além disso, os adultos portugueses são os mais abertos na Europa à ideia de consultar um médico à distância por webcam - 86% estariam geralmente abertos à ideia, em comparação com uma média de 64%. Metade dos adultos portugueses (51%) citou a hipótese de poupar tempo em viagens e de espera para consultar um médico, muito superior à média europeia de 32% como o total nacional mais elevado para esta opção de resposta.

Tecnologia desenvolvida pela Ecoxperience, uma spin off da Universidade de Coimbra
O projeto de biotecnologia EcoX foi distinguido, ontem, com o prémio Born from Knowledge (BfK) Awards, atribuído pela Agência...

O conceito valoriza um resíduo, o óleo alimentar usado, que provoca graves danos nas nossas casas, na rede pública, nos solos, nos meios aquáticos e clima. Um litro de óleo alimentar usado é suficiente para contaminar um milhão de litros de água, quantidade suficiente para a sobrevivência de uma pessoa durante 40 anos, segundo dados da associação ambientalista Quercus.

Reaproveitar produtos que já tiveram outra vida e que são transformados em valor acrescentado é a filosofia que está na base da transformação do óleo alimentar usado em detergentes ecológicos, uma ideia única a nível mundial. O EcoX permite reduzir em 50% a extração de recursos naturais para produzir os mais diversos produtos de limpeza, que apesar de comprovadamente seguros não foram testados em animais. Os óleos alimentares não devem ser deitados no ralo da pia ou sanita, mas encaminhados para sistemas de recolha adequados. Com projetos ecológicos como o EcoX contribui-se para a consciencialização desta problemática e recolha tanto na rede pública como nos oleões colocados nas lojas parceiras. As soluções desenvolvidas já testadas em laboratório permitem que possam ser utilizados diferentes óleos como o vegetal, de amendoim, girassol, soja, de milho e azeite.

A reutilização das embalagens EcoX através da venda a granel nas lojas parceiras é outra das vantagens, na medida em que reduz significativamente a produção dos resíduos relacionados com as embalagens de plástico. O granel surge também como um fator de prevenção da produção de “lixo”, permitindo aos consumidores escolher a quantidade de produto de que precisam, abdicando de quantidades pré-definidas e que nem sempre correspondem às necessidades individuais ou familiares. O projeto criou uma embalagem com 50% de plástico reciclado para que possa ser reutilizada vezes sem conta poupando na carteira do consumidor e protegendo o ambiente. As embalagens depois de usadas são higienizadas, qualificadas, voltam a ser cheias e colocadas no mercado.

“Este projeto cria impacto em diversos níveis, como a diminuição do uso de embalagens, o incentivo à reciclagem do óleo alimentar usado, maior acesso à informação e contribuição para sensibilizar os consumidores de modo a provocar mudanças comportamentais que se traduzem num estilo de vida mais sustentável no âmbito social, ambiental e económico. É com grande orgulho que a Agência Nacional de Inovação distingue projetos que contribuem para um futuro melhor”, sublinha João Borga, administrador da ANI. 

Os números da Ecoxperience mostram o alcance deste produto inovador que já permitiu reciclar 24.000 litros de óleo alimentar usado e evitar o uso de 113 882 embalagens single-use. O detergente ecológico é comercializado em 200 pontos de venda e já foram comercializadas 257 toneladas essencialmente a granel.

Esta edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola, com o mote “O futuro nasce da sustentabilidade”, em linha com as prioridades nacionais e europeias de apoio à inovação no setor e com a estratégia do Crédito Agrícola, atribui prémios em quatro categorias: Digitalização e Automação; Economia Circular e Biotecnologia Sustentável; Alimentação, Nutrição e Saúde e Promoção da Inovação.

 

 

Dia Mundial da Visão
Hoje, dia 13 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Visão, uma data que nos relembra o quão importa

Os olhos são uma parte essencial do corpo que, devido a um mundo cada vez mais digital, estão mais expostos a ecrãs de vários aparelhos como o computador, telemóveis ou tablets, seja em casa, no trabalho ou na escola. 

Muitas doenças podem ser prevenidas, mas é bastante comum dar-se apenas atenção aos olhos quando se sente algum sintoma ou desconforto. Para além dos exames visuais regulares, que são um fator chave na prevenção e na deteção de distúrbios oculares, é necessário ter alguns cuidados diários. A cadeia de óticas francesa ALAIN AFFLELOU sugere algumas dicas para adotar no dia-a-dia: 

  • Ter uma alimentação saudável 

É a partir de uma boa alimentação que se consegue obter diversos nutrientes – como a ómega3, o zinco e a vitamina c – que desempenham um papel importante para prevenir várias doenças oculares. 

  • Não fumar 

Não é segredo que o tabaco é prejudicial à saúde, mas nem muita gente sabe que também é prejudicial à visão causando irritação, vermelhidão e até secura. 

  • Utilizar óculos escuros durante todo o ano (com proteção uva/uvb) 

Os raios solares UVA e UVB agridem os olhos e tendem a causar problemas de visão provocando desde pequenas queimaduras na córnea, a camada transparente que fica na frente do olho, até danos no cristalino, a lente natural que nos ajuda a focar os objetos. Até nos dias mais nublados podemos ser afetados pelos raios UVA e UVB por essa razão, mais que um acessório de moda, os óculos de lentes escuras são um elemento imprescindível a utilizar durante todo o ano para uma boa saúde visual. 

  • Pausas de descanso no trabalho  

É essencial fazer pausas ao longo do dia, principalmente quando se trabalha muitas horas à frente do computador pois a atividade favorece a diminuição de lubrificação dos olhos. É recomendado que faça uma pausa de 15 minutos a cada duas horas, isto dará aos olhos a oportunidade de descansar e de se hidratar. 

  • Lubrificar os olhos 

Quando estamos no computador a trabalhar, acabamos por não piscar os olhos tantas vezes como deveríamos, tornando os olhos mais secos e cansados. Hoje em dia, é possível recorrer a lubrificantes para hidratar os olhos, mas atenção, sempre com a recomendação de um médico ou farmacêutico. 

  • Fazer uma pausa dos aparelhos eletrónicos 

Como foi referido acima, vivemos cada vez mais num mundo digital, e por essa mesma razão é quase inevitável não estarmos constantemente em frente a um ecrã. Mas dissemos quase! Sempre que não estiver a trabalhar no computador aproveite para descansar os olhos e fuja dos ecrãs evitando utilizar telemóveis e tablets. Faça um passeio ao ar livre, leia um livro ou aproveite até para aprender uma receita nova. 

Por fim, o diagnóstico precoce é fundamental na prevenção de certas doenças que podem atingir proporções irreversíveis, como a perda visual total.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“A tua Vida Importa-nos” é o mote da iniciativa
Para a celebração do Dia Internacional de Sensibilização pelos Cuidados Paliativos Pediátricos, que se comemora anualmente nas...

Trata-se de uma ação que é levada a cabo no Hospital Pediátrico anualmente, desde 2017 e que conta ainda com a colaboração de crianças, famílias e diversos profissionais, mostrando a relevância que, de forma progressiva, os Cuidados Paliativos Pediátricos têm assumido na Região Centro, e no CHUC em particular.

Sinalize-se a este propósito que, desde o ano de 2021, o CHUC alargou a sua atividade nesta área, através da criação da Equipa Domiciliária de Suporte em Cuidados Paliativos Pediátricos, fruto de financiamento pela Fundação La Caixa.

Serão levadas a cabo outras iniciativas ao longo das próximas semanas com o objetivo de desenvolver a consciencialização sobre os cuidados paliativos, nomeadamente um evento de celebração do primeiro ano de financiamento pela Fundação La Caixa da equipa Domiciliária em Cuidados Paliativos Pediátricos e o lançamento da página de Facebook.

A exposição #HatsOn4CPC será inaugurada no dia 14, sexta-feira, pelas 12h, no átrio do Hospital Pediátrico.

 

 

 

Ana Zanatti, José Figueiras e Mafalda Ribeiro
O apresentador José Figueiras, a escritora Margarida Rebelo Pinto, as atrizes Ana Zanatti e Joana Barrios, a consultora em...

Com o objetivo de alertar os portugueses para a importância de cuidarmos dos nossos olhos, esta campanha da SPO surge para dar a conhecer melhor algumas das doenças oftalmológicas mais frequentes e empoderar a sociedade civil a ser mais interventiva e ajudar a mudar o paradigma das doenças oculares e visuais em Portugal, com a ajuda dos médicos oftalmologistas.

“Todas as pessoas que, à semelhança destas figuras bem conhecidas dos portugueses, adoram os seus olhos, devem conversar com um médico oftalmologista regularmente”, refere o Professor Rufino Silva, atual Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

A Campanha #AdoroOsMeusOlhos inclui outdoors, presença digital e um spot de vídeo, no qual as figuras públicas assumiram adorar os seus olhos. Criada a partir da iniciativa internacional “Love Your Eyes”, à qual a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) se associou, a iniciativa tem o compromisso de contribuir para mudar o paradigma das doenças oculares e visuais em Portugal.

A campanha vai viver no site www.adoroosmeusolhos.pt, onde estão disponíveis depoimentos de médicos oftalmologistas e notícias de imprensa sobre várias doenças oftalmológicas, tais como a retinopatia diabética, o glaucoma, a degenerescência macular da idade (DMI), a ambliopia (“olho preguiçoso”), a catarata e a presbiopia (“vista cansada”).

 

 

 

Dia Mundial da Trombose
A 13 de Outubro assinala-se o Dia Mundial da Trombose, criado pela Sociedade Internacional de Trombo

O Tromboembolismo Venoso é uma doença que se caracteriza pela formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas do corpo, mais frequentemente das pernas, que podem interromper a circulação de sangue – Trombose Venosa Profunda, mas que também podem libertar-se e viajar até aos pulmões, ficando presos nos pequenos vasos capilares pulmonares – Embolia Pulmonar.  Trata-se de uma doença potencialmente fatal e que pode afetar pessoas em todas as idades.

Embora existam vários fatores de risco para o desenvolvimento de Tromboembolismo Venoso, o mais significativo é o internamento hospitalar – até 60% dos casos de Tromboembolismo Venoso ocorrem durante ou até 90 dias após o internamento, sendo a principal causa de morte hospitalar prevenível. Por esse motivo, é importante também sensibilizar os profissionais de saúde para a avaliação sistemática do risco trombótico de cada doente, nomeadamente em doentes submetidos a intervenções cirúrgicas, e para a adoção de estratégias terapêuticas preventivas, quer farmacológicas (medicamentos anticoagulantes) ou mecânicas (como meias de compressão elástica). Para além da hospitalização, existem outros fatores risco para o Tromboembolismo Venoso, como por exemplo a idade > 60 anos, a história familiar de Tromboembolismo Venoso, as neoplasias, o traumatismo, a imobilização prolongada, a terapêutica anti-concepcional ou a gravidez. 

Os sinais e sintomas de Tromboembolismo Venoso mais frequentes são apresentar uma das pernas inchada, vermelha e quente nos casos de Trombose Venosa Profunda, e falta de ar, dor no peito e palpitações nos doentes com Embolia Pulmonar. O tratamento pode diferir, mas envolve habitualmente medicamentos que dissolvem os coágulos sanguíneos que se formaram e que previne a formação de novos coágulos – medicamentos anticoagulantes.

Concluindo, é essencial saber que o Tromboembolismo Venoso pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade, género ou etnia, e por isso todos devem conhecer o seu risco para desenvolver esta doença e questionar os profissionais de saúde sobre medidas de prevenção - manter um estilo de vida saudável e evitar o sedentarismo são algumas das medidas essenciais a tomar. Caso desenvolva sinais ou sintomas sugestivos de Tromboembolismo Venoso, deve procurar ajuda médica imediata para não atrasar o diagnóstico e para que se inicie o tratamento o mais precocemente possível, para esta doença potencialmente fatal.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um grupo de cientistas suecos e noruegueses demonstrou, num novo estudo, que é possível manter vivas as células do organismo...

Todas as células do organismo têm uma esperança de vida, que é possível prolongar, segundo um novo estudo realizado por uma equipa de investigadores suecos e noruegueses. O estudo, que está publicado na reputada revista internacional Nutrients, focou-se no comprimento dos telómeros, um reconhecido método de avaliar o tempo que resta à célula. Os cientistas estudaram igualmente vários marcadores do envelhecimento, que confirmaram os resultados.

Aumento do comprimento dos telómeros, com selénio e Q10

Mediante a administração de suplementação, com selénio e coenzima Q10 ou com placebo, a um grande grupo de idosos – homens e mulheres saudáveis – os cientistas puderam concluir, com base no comprimento dos telómeros, que havia diferença significativa entre os dois grupos.
Os participantes do grupo que tomou os dois suplementos, BioActivo Selénio e BioActivo Q10 Forte, tinham telómeros mais compridos do que os participantes que tomaram placebo. Por outras palavras, a toma das duas substâncias associadas prolongou a vida das células, o que pode ter um impacto significativo na velocidade do envelhecimento.

Deterioração mais lenta das células

Os genes estão dispostos ao longo de moléculas de ADN bicatenárias, espiraladas, denominadas cromossomas. Na porção terminal dos cromossomas encontram-se os telómeros, que protegem o ADN contra desgaste ou emaranhamento. Podem comparar-se às peças de plástico que protegem as pontas dos atacadores. De cada vez que a célula se divide, os telómeros ficam ligeiramente mais curtos. A seu tempo, ficam tão pequenos que a célula deixa de conseguir dividir-se e morre.

Ao que tudo indica, o selénio e a coenzima Q10 conseguem proteger os telómeros, ao retardar o processo de encurtamento, pelo que duram mais.

Stress oxidativo e inflamação

“O ser humano está sujeito ao envelhecimento, sendo que o aumento do stress oxidativo e a inflamação aceleram o processo, especialmente em situações de falta de selénio e Q10. Contudo, se as pessoas com baixos níveis destes dois compostos tomarem um suplemento, o envelhecimento pode ser retardado”, diz o reputado investigador, o Professor Urban Alehagen, cardiologista do Hospital Universitário de Linköping, na Suécia.

O estudo recente consistiu em analisar amostras de sangue que a equipa de cientistas recolheu, com regularidade, de mais de 443 participantes no estudo, por um período de cinco anos, como parte do estudo principal, KiSel-10, que foi publicado em 2013, na publicação International Journal of Cardiology. Neste caso, puderam observar que os participantes que tomaram selénio e coenzima Q10 tinham uma taxa de mortalidade cardiovascular 54 por cento inferior, comparativamente ao grupo placebo.
Normalmente, a doença cardiovascular é a causa principal de morte na idade avançada. Estas constatações despertaram o interesse dos cientistas para procurar uma explicação, pelo que deram início a uma análise sistemática do grande número de amostras de sangue que se encontravam armazenadas em frigoríficos especiais.

Contrariam alterações biológicas

Desde a publicação do estudo principal em 2013, foram realizados mais de 20 estudos de seguimento. Na maior parte destes estudos, os cientistas observaram – pela avaliação de vários biomarcadores – que, ao que tudo indica, o selénio e a coenzima Q10 contrariam algumas das alterações biológicas que, normalmente, estão associadas ao processo de envelhecimento.

No estudo mais recente, que é o 23º sub-estudo, o ponto central foi o comprimento dos telómeros e vários biomarcadores específicos que reflectem a velocidade a que envelhecemos. E, mais uma vez, a equipa de cientistas demonstrou que o selénio e a coenzima Q10 em associação parecem contribuir para a saúde e qualidade de vida das pessoas mais velhas.

A insuficiência de selénio é generalizada

“Até agora, observámos que os dois compostos têm impacto positivo na fibrose, um fenómeno associado ao envelhecimento cardiovascular. Estudámos igualmente outros marcadores e pudemos observar que há relação entre o aporte de selénio e a idade biológica”, esclarece o Professor Alehagen. O aporte médio de selénio em vastas regiões da Europa é relativamente baixo, porque há pouco selénio no solo agrícola comparativamente a outras regiões do mundo.

Os estudos mostram que precisamos de mais de 100 microgramas de selénio por dia, mas o aporte médio é menos de metade deste valor.

Fonte: “Selenium and Coenzyme Q10 Intervention Prevents Telomere Attrition, with Association to Reduced Cardiovascular Mortality—Sub-Study of a Randomized Clinical Trial”, Nutrients 2022, 14, 3346.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

16 de outubro
O FIC.A - Festival Internacional de Ciência (www.fica.pt) recebe no dia 16 de outubro, entre as 16h15 e as 17h45 (Auditório...

A sessão conta com a participação de Luís Campos (Especialista em Medicina Interna, Presidente da Comissão de Qualidade e Assuntos Profissionais da Federação Europeia de Medicina Interna, Comissário do Plano Nacional de Saúde 2021-2030), Isabel Saraiva (Presidente da Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas), Rui Dias (Professor Catedrático na Escola de Ciências e Tecnologia, Especialista em Geologia Estrutural e Tectónica) e Guilherme Monteiro Ferreira (Diretor de Acesso ao Mercado e Assuntos Externos da GSK). A moderação fica a cargo de Susana Paixão (Especialista em Saúde Ambiental e Presidente da Federação Internacional de Saúde Ambiental).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) equipara o problema da poluição atmosférica a outros riscos para a saúde global, como uma dieta pouco saudável e o tabagismo. Estudos recentes apontam a exposição à poluição ambiental como a causa de sete milhões de mortes prematuras por ano, resultando na perda de muitos mais milhões de anos de vida. Por seu lado, a Agência Europeia do Meio Ambiente, estima que a poluição esteja associada a mais de 10% dos casos de cancro na Europa. Na União Europeia, 2,7 milhões de pessoas são diagnosticadas com cancro a cada ano e 1,3 milhão morrem devido a esta patologia. O continente europeu, que representa menos de 10% da população mundial, regista quase um quarto dos novos casos e um quinto das mortes.

Enquanto especialista em Medicina Interna, Luís Campos afirma que “as alterações climáticas e a degradação dos ecossistemas já estão a ter um impacto significativo na saúde das pessoas. O maior estudo do mundo sobre mortalidade global relacionada com o clima concluiu que, mais de cinco milhões de mortes em excesso por ano, podem ser atribuídas a temperaturas anormalmente extremas, sendo a poluição atualmente responsável por aproximadamente 9 milhões de mortes anuais, o equivalente a uma em cada seis mortes em todo o mundo. É urgente falar destes assuntos a uma só voz, para que nos façamos ouvir, difundir o muito que já está a ser feito a nível de muitas organizações e agregar as instituições relacionadas com saúde neste objetivo comum”.

Isabel Saraiva, Presidente da Associação Respira, assume particular preocupação com a poluição atmosférica e sublinha que “de acordo com a Agência Europeia do Ambiente, a poluição atmosférica causou, em 2019, a morte prematura de 364.200 pessoas na União Europeia. Em Portugal, nesse ano, só a exposição a partículas finas provocou 4900 mortes prematuras. Se, por um lado a ciência vai fazendo várias conquistas no tratamento das doenças respiratórias, por outro, a poluição vai-nos tirando anos e qualidade de vida. É tempo de agir com firmeza para que todos possamos respirar melhor, hoje e, sobretudo, no futuro”.

Por seu lado, Guilherme Monteiro Ferreira, defende que “a GSK, enquanto empresa de ciência e inovação das ciências da saúde, sente uma responsabilidade acrescida na resposta ao desafio global das alterações climáticas. É fundamental para o nosso propósito ajudar a proteger e restaurar a saúde do nosso planeta, para cuidar e melhorar a saúde das pessoas”.

Opinião
Assinala-se, a 13 de outubro, o Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático.

Embora não tenham cura, os avanços na ciência, particularmente desenvolvidos nesta área, levam a que grande parte dos casos de cancro da mama metastático possa ser tratada como doença crónica. Ou seja, a pessoa terá de conviver com a doença, que passará a ser controlada através de terapêutica, tal como acontece com outras patologias crónicas como diabetes ou hipertensão.

O cancro da mama metastático tem maior incidência nas mulheres a partir dos 45 anos. Uma altura em que as suas vidas profissionais e familiares são tendencialmente mais ativas e muito exigentes. Receber um diagnóstico de cancro de mama metastático será, provavelmente, um dos seus maiores desafios. Nesta fase, é essencial o apoio da família, dos amigos e dos colegas de trabalho. Só assim poderão fazer a gestão da doença e ultrapassar os obstáculos que com ela chegarão.

O apoio no plano pessoal poderá ser assegurado pela família e dos amigos, fundamentais em todo o processo. Já no contexto profissional, a equipa de trabalho poderá dar um importante contributo através da adoção de medidas simples como a adaptação de objetivos ou de horários, ou mesmo no ajuste das funções desempenhadas pela sobrevivente.

Também fundamental, será a manutenção de um estilo de vida saudável seja através de uma dieta equilibrada, da prática regular de exercício físico (adaptado às suas limitações) e da realização de atividades estimulantes do ponto de vista cognitivo.

Informe-se

A par dos apoios acima citados, o contacto com pares e profissionais de saúde pode ser essencial para o controlo e para o convívio com a doença. Partilhar conhecimento, relatar e ouvir outras experiências e desenvolver relação com quem está “no mesmo barco” podem ser importantes pilares na gestão das emoções e da evolução da doença.

Existem múltiplos grupos compostos por doentes ou voluntários que podem ajudar sobreviventes e familiares a encontrar suporte e compreensão. Existem, também, portais onde se pode encontrar informação fidedigna e assim recuperar o controlo.

O guia “Eu e o Cancro da Mama”, disponível em www.eueocancrodamama.pt, responde a perguntas frequentes sobre diagnóstico, tratamento, emoções, saúde, relacionamentos ou trabalho, num formato prático e em linguagem acessível. Tal como noutros portais verificados e validados por especialistas, pode ser um grande aliado ao longo de todo o processo.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade de Coimbra
Uma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) está a conduzir uma investigação para testar e encontrar novos alvos e...

 

A investigação em curso pretende encontrar novas respostas para combater os efeitos secundários deste traumatismo, como também prevenir as alterações causadas por um trauma, como mudanças comportamentais (perdas de memória, alterações de humor, dificuldades de aprendizagem e concentração) e cerebrais (nomeadamente, perda de massa branca e diminuição de volume).

O estudo pretende vir a identificar terapias mais eficazes dado que «um dos grandes problemas do traumatismo crânio-encefálico é a falta de uma terapia eficaz e direcionada contra os seus efeitos negativos», explica Ricardo Leitão, investigador do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB) da Universidade de Coimbra e investigador responsável do projeto “Infiltração de neutrófilos através da barreira hemato-encefálica no traumatismo crânio-encefálico: papel da CXCL8”.

O investigador da UC adianta que «as terapias usadas na atualidade focam-se em tratar os efeitos secundários do trauma (como o edema, a inflamação, as convulsões, e o aumento da pressão intracraniana), mas apesar destas terapias diminuírem os efeitos pós-trauma, e consequentemente melhorarem a vida de doentes após saída do hospital, alguns pacientes desenvolvem consequências comportamentais e alterações cerebrais significativas, meses ou anos após o evento traumático».

Ricardo Leitão adianta que, na Europa, o traumatismo crânio-encefálico «conta anualmente com 2,5 milhões de novos casos e resulta em cerca 100 000 mortes por ano, tendo um grande impacto socioeconómico e afetando não só aqueles que sofrem o trauma, como também os cuidadores e as pessoas que rodeiam quem é diagnosticado com esta patologia».

Para encontrar novas terapêuticas, a equipa de investigação vai usar modelos de culturas celulares para testar e avaliar a forma e os mecanismos usados pelos neutrófilos (células que integram o sistema imunológico, que têm um papel determinante na defesa do corpo contra focos inflamatórios e infeciosos) para migrarem da corrente sanguínea para o cérebro. Paralelamente, vai ser estudado o papel de uma proteína que está envolvida neste processo de invasão dos neutrófilos, uma vez que tem sido associada a um pior prognóstico e/ou a maior probabilidade de morte após um traumatismo crânio-encefálico.

A investigação é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e está a ser conduzida por uma equipa composta por Ana Paula Silva, Ana Raquel Santiago e Inês Baldeiras, investigadoras e docentes da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC); por Mónica Zuzarte, investigadora do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia da Universidade de Coimbra e do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR) e por Maria João Leitão, estudante de doutoramento da FMUC. Conta ainda com a colaboração de dois neurocirurgiões do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), José Luís Alves (coinvestigador responsável pelo projeto) e Marcos Barbosa, também professores da Faculdade de Medicina da UC.

Na próxima segunda-feira, dia 17 de outubro, assinala-se o Dia Mundial do Trauma, efeméride que procura alertar para a crescente ocorrência de acidentes e lesões que causam mortes e incapacidade em todo o mundo, e a sensibilizar a população para a necessidade de prevenir estes problemas. Para Ricardo Leitão, sendo o traumatismo crânio-encefálico uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo, a celebração desta data tem a missão de «enfatizar a importância de salvar e proteger vidas durante os momentos mais críticos. Além disso, é também um dia para fornecer educação sobre como evitar lesões traumáticas e mortes, e sobre a investigação básica e translacional que se faz nesta área pelo mundo fora».

15 de outubro
É um tema – ainda frequentemente – tabu. Mas, por causa da paragem profissional que a pandemia ditou a muitos artistas, e das...

Ergonomia e saúde, ansiedade e performance, formação musical e ensino saudável, a condição auditiva dos músicos e técnicas de mindfulness na aprendizagem de instrumentos são alguns dos temas que conduzirão à plateia profissionais de música, estudantes, professores, especialistas de saúde e demais interessados pelas áreas em debate.

Organizado pelo Departamento de Música e Saúde deste espaço multicultural, que engloba uma unidade hoteleira com especial predileção pela cena musical, o encontro fará um raio-x à realidade física, mental e auditiva dos músicos, bem como ao ensino saudável na formação de instrumentistas.

Para fazer o diagnóstico da especialidade e apontar caminhos, em Portugal, as 1.ª Jornadas de Música e Saúde do M.Ou.Co. reúnem um lote de profissionais com trabalho profícuo no atendimento de artistas e em diversos domínios (fisioterapia, ergonomia, audiologia, psicologia e musicologia), entre os quais pós-graduandos da Universidade de Aveiro, bem como professores da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo e da Católica do Porto.

Graças ao reconhecimento da necessidade de uma abordagem especializada e sistematizada sobre a prevenção de problemas e a promoção da saúde e bem-estar dos músicos, “assiste-se um pouco por todo o mundo ao desenvolvimento de várias redes de conservatórios e escolas de música e artes voltadas para o ensino saudável”, lembra Flora Vezzá, coordenadora do evento e responsável pelo Departamento de Música e Saúde do M.Ou.Co., que tem na Clínica da Performance a sua face mais visível.

“A saúde e a longevidade dos performers no exercício de sua arte requerem não apenas a adequação dos cuidados de saúde que lhes são prestados, por profissionais que conheçam e considerem suas necessidades específicas, mas também - e talvez de forma fundamental - atenção à sua formação, para que a construção da saúde ocorra juntamente com a aquisição das habilidades necessárias à performance”, sublinha Flora Vezzá.

Esta doutorada em Saúde Pública e especialista em Fisioterapia Preventiva e Ergonomia (orientada para o desempenho musical) assevera que o atual contexto fornece a rampa certa para o “desenvolvimento de formações orientadas para a capacitação de profissionais de saúde, mas também para a dos próprios performers em todas as suas valências: artistas profissionais e amadores, iniciantes e proficientes”.

A excelência requer do artista dedicação, prática constante e a capacidade física para a recriação do gesto a cada performance, enuncia a mesma responsável, enfatizando que, “quando um problema de saúde afeta o seu desempenho, o apoio de profissionais que estejam cientes das exigências da sua atividade é fundamental”.  O que significa que abordagens especializadas que ofereçam técnicas de tratamento e recomendações adequadas às habilidades tão especiais desenvolvidas na performance podem ser a diferença entre uma recuperação plena e rápida, com retorno ao nível de desempenho anterior. Ou dificuldades e prejuízos no desempenho a médio e longo prazo.

A jornada, que arranca às 14h00 do próximo dia 15, termina com um concerto comentado, às 19h00, sob dinamização de Dreamweapon, o projeto musical psicadélico liderado por André Couto (ex-10000 Russos), que usa sintetizadores, vozes, efeitos, drones e loopstations na criação de experiências envolventes e imersivas. Ao encontro da herança deixada por nomes como Angus Maclise, Tony Conrad ou Spacemen 3.

O minimalismo, a repetição, o mantra, auxiliados pela indução provocada por efeitos de luz estroboscópicos, costumam ser a base para o improviso de Dreamweapon em palco, e, este, a ferramenta para a transcendência.

Testes Globais de Coagulação (Testes Viscoelásticos)
O médico especialista de Patologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), João Mariano Pego, aceitou,...

“Os testes viscoelásticos são testes que fornecem informação global sobre a dinâmica do desenvolvimento, estabilização e dissolução dos coágulos que refletem a hemóstase in vivo”, explica João Mariano Pego. E prossegue dando nota que “estes testes podem contribuir para avaliar riscos e fenómenos hemorrágicos e trombóticos, portanto, úteis em diversas situações, nomeadamente: traumatismo, grande cirurgia (incluindo cirurgia de transplantação hepática, cirurgia cardíaca, entre outras), gravidez, avaliação da função plaquetária, perturbações hipercoaguláveis, coagulopatia associada à COVID-19, coagulação intravascular disseminada, investigação de indivíduos com uma doença hemorrágica não classificada, entre outros”.

O grupo de peritos de que agora também faz parte o médico do CHUC, João Mariano Pego, inclui mais cinco médicos, dois dos Estados Unidos, um da Austrália, um da Inglaterra e um da Irlanda.

 

Dia Mundial da Coluna tem como objetivo incentivar a prevenção de lesões na coluna
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) alerta a população para a importância de cuidar da saúde da...

Este ano, o Dia Mundial da Coluna tem como objetivo incentivar a prevenção de lesões na coluna, com a prática do exercício físico e a melhoria da postura. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 1 em cada 4 adultos não é ativo o suficiente.

“Mundialmente, 8 em cada 10 pessoas têm ou vão ter dores na coluna vertebral. As dores nas costas continuam a ser um dos principais motivos que leva a população a ir ao médico, pela enorme incapacidade que provocam. Estas dores acabam por ter um efeito profundo na saúde da pessoa, impossibilitando-a de realizar as diversas atividades do seu dia a dia”, explica Nuno Neves, presidente da SPPCV.

Sublinha também: “A maior parte da população portuguesa não dá a devida importância à saúde da sua coluna, até aparecerem os primeiros sintomas. Para prevenir que tal aconteça, é necessário cuidar do nosso corpo, através da prática de atividade física, da adoção de uma alimentação saudável, da diminuição dos esforços e da melhoria da postura.”

A lombalgia, a escoliose, a hérnia discal, a doença discal degenerativa e a espondilose são algumas das principais doenças que afetam a coluna.

 

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