Combate à má nutrição através aumento do consumo escolar de frutas e legumes
Aumentar o consumo de frutas e legumes na infância é o principal objetivo da iniciativa escolar «Heróis da Fruta» lançada em...

O relatório completo do estudo publicado esta manhã já está disponível simultaneamente nos sites oficiais da APCOI e do ISAMB.

Em declarações à imprensa, Raquel Martins, nutricionista e investigadora do ISAMB/FMUL conclui que os dados sugerem uma relação entre a distribuição gratuita de fruta e legumes nas escolas e a maior adesão aos comportamentos alimentares saudáveis e indica que “neste estudo Évora foi um dos distritos com maior percentagem de turmas com acesso gratuito a frutas e legumes na escola e foi também o distrito em que se observou a maior redução de crianças a não consumir diariamente hortofrutícolas, após a participação no desafio escolar Heróis da Fruta. Além disso, Évora foi o distrito que registou a maior redução de lanches pouco saudáveis, no final da intervenção. Por outro lado, Bragança foi o segundo distrito a reportar ter menor acesso gratuito a fruta e legumes na escola e foi também o único distrito onde se registou um aumento de crianças a não consumir hortofrutícolas diariamente na escola, no final da intervenção”.

Diferenças entre distritos e regiões

Relativamente à distribuição gratuita de frutas e legumes na escola, quer através do Regime Europeu de Fruta Escolar ou de outro mecanismo de apoio local durante o ano letivo 2021/2022, a frequência de acesso a nível nacional das turmas inquiridas situava-se nos 60,5%.

Faro foi o distrito onde se verificou a maior percentagem de turmas com acesso a fruta distribuída gratuitamente na escola (92,9%), seguindo-se de Braga (83,0%), Santarém (78,1%), Évora (70,8%), Viseu (68,0%), Leiria (66,2%), Porto (61,5%), Beja (60%), Aveiro (59,4%), Coimbra (52,0%), Setúbal (50,7%), Castelo Branco e Vila Real ambos com 50%, Madeira (47,8%), Lisboa (47,7%), Guarda (44,4%), Açores (41,7%), Portalegre (35,7%), Bragança (20,0%) e Viana do Castelo (9,1%).

O estudo também observou as diferenças entre os vários distritos e regiões relativamente aos alunos que não comiam hortofrutícolas diariamente antes da participação no desafio escolar Heróis da Fruta e as conclusões são preocupantes: Vila Real (39,0%), Évora (38,2%) e Beja (34,1%) foram as regiões com maior percentagem de crianças a não consumir fruta ou legumes todos os dias na escola. Seguindo-se o distrito de Viseu (32,5%), Bragança (29,3%), Guarda (27%), Faro (25,1%), Açores (24,5%), Portalegre e Coimbra (ambos com 23,5%), Braga (21,6%), Leiria (21,0%), Setúbal (19,2%), Porto (19,1%), Castelo Branco (19%), Lisboa (18,9%), Aveiro (13,6%), Madeira (10,6%), Santarém (9,1%) e por fim Viana do Castelo (8,8%).

Desafio escolar Heróis da Fruta ajuda escolas a mudar hábitos dos alunos

A equipa de investigadores do ISAMB/FMUL analisou também os efeitos da implementação do desafio escolar Heróis da Fruta no ano letivo 2021/2022 nas alterações de hábitos alimentares dos alunos e concluiu que, globalmente, após a participação neste projeto, a percentagem de alunos que não consumia diariamente fruta ou legumes na escola diminuiu de 19,6% para 6,9%.

Em todos os distritos e regiões verificou-se também uma redução do consumo diário de lanches escolares pouco saudáveis após a implementação do projeto, à exceção da região da Madeira e do distrito de Portalegre. A região dos Açores foi a que registou a maior diminuição da ingestão de lanches escolares pouco saudáveis com uma percentagem de 88,1%. Seguindo-se o distrito de Coimbra (67,5%), Braga (67,1%), Évora (62,7%), Setúbal (60,4%), Leiria (57,9%), Vila Real (55,3%), Porto (54,7%), Santarém (51,4%), Aveiro (48,9%), Lisboa (47,3%), Viseu (44,7%), Faro (42,1%), Beja (40,5%), Castelo Branco (39,7%), Guarda (38%), Bragança (30,4%) e finalmente o distrito de Viana do Castelo (26,4%).

Mário Silva, presidente da APCOI, refere que “estes resultados comprovam uma vez mais os efeitos positivos do método Heróis da Fruta no combate à má nutrição através aumento do consumo escolar de frutas e legumes e da redução da ingestão de alimentos menos saudáveis nos lanches das crianças que participam nesta iniciativa, comportamentos importantes para a prevenção da obesidade infantil e de outras doenças crónicas como a diabetes”, sublinhando ainda que “desde 2011 já participaram no desafio escolar Heróis da Fruta mais de 580 mil alunos de todos os distritos e regiões de Portugal, mas a meta é chegar a todas as escolas e crianças em Portugal” e concluiu que “as inscrições para o ano letivo 2022/2023 já estão abertas para todas as turmas de pré-escolar e 1º ciclo de estabelecimentos públicos ou privados e podem ser feitas gratuitamente em www.heroisdafruta.com até 31 de dezembro de 2022”.

Campanha “Contraceção, Eu Escolho”:
No dia em que se assinala o Dia Mundial da Contraceção é lançada a Campanha “Contraceção, Eu Escolho”, que pretende empoderar...

No âmbito desta iniciativa da Gedeon Richter, com chancela científica da Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC) e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), é lançada hoje a plataforma contracecaoeuescolho.pt, que reúne um conjunto de informações sobre cada um dos métodos contracetivos disponíveis, entrevistas a profissionais de saúde e, em breve, contará com um quizz que ajudará a perceber qual o método mais adequado a cada mulher nas diferentes fases da sua vida reprodutiva.

“Esta plataforma tem como finalidade disponibilizar informação sobre todos os métodos contracetivos, de forma a dotar cada mulher de mais conhecimento durante o processo de tomada de decisão sobre a sua contraceção. Pretende ainda incentivar as mulheres a avaliarem o seu método contracetivo e adequá-lo às diferentes fases da sua vida reprodutiva, enquanto sublinha a importância da partilha e proximidade com o profissional de saúde. Destaque para a contraceção sustentável do ponto de vista ambiental, uma preocupação crescente e que naturalmente também deve fazer parte deste processo de decisão”, afirma Fátima Palma, Presidente da SPDC.

Já para Vera Pires da Silva, da Comissão Coordenadora do Grupo de Estudos da Saúde da Mulher da APMGF, “quanto maior for o conhecimento sobre contraceção e respetivos métodos disponíveis atualmente, mais eficaz será a reflexão e a discussão com o profissional de saúde sobre a melhor opção a seguir. O método contracetivo deve adequar-se às características e estilo de vida de cada mulher. O diálogo é crucial para a escolha mais acertada.”

Com a crescente e necessária preocupação com as questões ambientais, também as hormonas sexuais são alvo de reflexão, sobretudo no que diz respeito ao seu impacto no meio ambiente. Atualmente há evidência que as elevadas concentrações de estrogénios têm forte impacto na natureza e na vida animal, uma vez que a sua presença nas excreções (seja por via da terapia hormonal ou da contraceção) tem um efeito de contaminação das águas e dos solos.

Uma preocupação refletida no Estudo Nest-C – realizado em Portugal e promovido pela Gedeon Richter com chancela da SPDC – que demonstrou que mais de metade das mulheres procura o seu médico no sentido de optar por uma pílula mais “amiga” do ambiente. Os dados do estudo revelam também uma crescente necessidade de diálogo com o profissional de saúde sobre o impacto negativo das hormonas nos ecossistemas naturais: 28% das mulheres já ouviram falar sobre as consequências negativas da contraceção nos recursos naturais, sendo as mulheres mais jovens as mais bem informadas. Neste sentido, a chamada “contraceção verde” é um dos temas em foco na plataforma contracecaoeuescolho.pt, com uma área inteiramente dedicada a esta temática.

Esta campanha conta ainda com uma ativação digital no Facebook e Instagram, com a participação da influenciadora Clara Não e, ainda, com conteúdos nas redes próprias da SPDC.

Meditação e yoga
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) disponibiliza sessões de relaxamento, gratuitas, aos seus profissionais...

Imbuídos do compromisso de cooperar para o bem-estar de todos os profissionais do CHUC, as sessões de relaxamento, meditação e yoga são agora destinadas a todos os profissionais acessíveis por via online, cujo link é enviado atempadamente para o endereço eletrónico profissional, a curto prazo, as sessões online serão alternando com sessões presenciais.

As pressões e tensões do quotidiano profissional afetam a condição emocional, física e mental, interferindo na qualidade de vida, fazendo com que os indivíduos enfrentem crescentes problemas decorrentes do stress. Os profissionais de saúde, não são uma exceção e com o decorrer da pandemia os sinais de ansiedade e stress têm vindo a aumentar e não devem ser desvalorizados.

Conscientes destes desafios, o nosso compromisso é proporcionar o melhor aos profissionais, fazendo a diferença na forma como encaramos a sua saúde e o seu bem-estar. Promover o bem-estar mental e físico dos profissionais de saúde é também contribuir para relações laborais mais saudáveis, melhor relacionamento com os utentes e aumento da qualidade na prestação de cuidados.

Sabe-se, hoje, que o stress afeta mais de 90% da população mundial, estando associado à ocorrência de diversas doenças como patologias metabólicas, cardiovasculares, gastrointestinais, distúrbios do crescimento, depressão, distúrbios reprodutivos e doenças infeciosas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades” sendo o stress uma das maiores ameaças. Com estas práticas, aprendem-se estratégias simples e eficazes de libertação do stress a que facilmente se pode recorrer como estratégia de revitalização do cérebro para recuperar da sobrecarga a que o organismo está submetido.

Saber ginasticar, exercitar e treinar o cérebro para libertação do stress é considerada uma mais-valia na performance dos profissionais do século 21.

30 de setembro
No próximo dia 30 de setembro, terá o lugar o Debate “Aspetos controversos no controlo epidemiológico das Doenças Infeciosas:...

“Num período de um (in)certo interregno na enorme pressão que a presente pandemia da COVID-19 provocou nos cidadãos e na sociedade, tal como nos profissionais de saúde e nas instituições prestadoras deste tipo de cuidados durante os últimos dois anos, pareceu importante à Organização deste evento analisar e discutir as suas implicações sobretudo na perspetiva dos princípios éticos”, revela a nota de imprensa.

“Tendo sido patente que imensas declarações de diverso teor foram feitas ao longo deste tempo, algumas delas focando aspetos daquela índole e que se concretizaram através da publicação da opinião individual de certas pessoas com formação académica distinta a propósito da pandemia provocada pelo novo coronavírus denominado de SARS-CoV-2, achámos que era o momento de fazer uma reflexão plural que fosse para além das circunstâncias específicas desta infeção em particular, mas que possibilitasse uma visão mais abrangente desta importante temática que, estamos em crer, ser em simultâneo, intemporal e premente”, acrescenta-se.

Para tal, juntou-se um painel essencialmente constituído por médicos, advogados, eticistas, investigadores e docentes, e algumas individualidades “que são essenciais à concretização dos objetivos que nos norteiam, no intuito de estimular uma discussão que se pretende posteriormente alargar aos órgãos do poder político e legislativo, porque a magnitude daquilo que é o fulcro sobre o qual nos iremos debruçar, deverá merecer da sua parte uma correspondente reflexão e eventual decisão, dado que novas pandemias virão fustigar futuramente a Humanidade e, como é lógico, a inovação científica e tecnológica não irá ficar suspensa, pelo que tudo deverá ser contextualizado de modo a compatibilizar, com coragem e bom senso, os vários aspetos fundamentais da vida do ser humano em sociedade: A liberdade individual e o bem coletivo, tal como o direito ao sigilo e o combate eficaz às ameaças da saúde pública, sem, contudo, jamais colocar em causa a intransigente defesa da humanização dos cuidados de que cada doente é sempre merecedor”.

 

 

Opinião
A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns e apresenta variabilidade no tipo de apresentação

Para existir um controlo da asma é crucial que os doentes adiram à terapêutica e assumam esse compromisso diariamente, a fim de prevenir sintomas e evitar as exacerbações. Contudo, este compromisso ainda é frequentemente, consciente ou inconscientemente, ignorado pelos doentes.

Atualmente, existem 334 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 700 mil no nosso país que sofrem de asma. Apesar de impactar um grande número de doentes, continua a existir um subdiagnóstico e subcontrolo da asma devido à desvalorização dos sintomas e ao desafio de adesão à terapêutica.

Mesmo em doentes já diagnosticados, estes têm uma perceção errada do seu estado clínico e não estão consciencializados das consequências nefastas que a ausência de tratamento acarreta na sua saúde. Para mudar este cenário é fundamental educar os doentes sobre asma e os objetivos terapêuticos no momento da consulta médica.

Em contexto de consulta, é importante empoderar o doente para que este tenha capacidade de gerir a sua doença. Numa era em que o empoderamento e autocuidado são chave para melhorar a qualidade de vida do doente, enquanto profissionais de saúde, está nas nossas mãos informar sobre a doença e fornecer todas as ferramentas necessárias para reconhecer os sinais precoces de agravamento da asma e saber como agir perante os mesmos.

Por ser uma doença crónica, a adesão à terapêutica é uma questão multidimensional, que requer um tratamento contínuo e um acompanhamento médico regular com vários momentos de avaliação e partilha. O tratamento da asma é feito preferencialmente através de medicação por via inalada, que é um aspeto fulcral na adequação da terapêutica ao doente. Importa esclarecer bem este pilar do tratamento e educar o doente para uma correta utilização do seu inalador, transmitindo-lhe confiança na terapêutica e segurança na sua eficácia de atuação.

Uma das grandes ambições nesta área passa pelo controlo da asma e eliminação de crises agudas. As crises ou exacerbações da asma apresentam-se como um episódio agudo ou subagudo de agravamento dos sintomas, que conforme a gravidade, pode constituir um fator de risco de mortalidade para o doente.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstraram que, em 2019, a asma causou a morte de 455 mil pessoas em todo o mundo. Sendo a asma, uma doença com tratamento seguro e eficaz, não pode continuar a ser uma causa de mortalidade para os doentes. Por isso, devemos apostar na prevenção dos sintomas, no diagnóstico e no tratamento precoces. Paralelamente a isto, devemos desmistificar as crenças no que diz respeito à medicação inalada e explicar as diferenças do tratamento de manutenção e de medicação de alívio.

O clínico tem uma responsabilidade acrescida e um papel fundamental na criação de mecanismos de alerta para detetar e ajudar os doentes com asma, cuja perceção de doença controlada não corresponde à realidade, de forma a evitar os riscos associados ao descontrolo da doença e às crises.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Exchange Hypophosphatemia 2022
Contando com a presença de vários palestrantes nacionais e internacionais, decorre hoje, 23 de setembro, no hotel Tivoli...

Este encontro, que conta com a coordenação e moderação da especialista em Nefrologia Pediátrica do hospital Dona Estefânia, pretende abordar questões como a gestão e o diagnóstico de doentes com Hipofosfatémia ligada ao cromossoma X (XLH).

O que é o Raquitismo Hipofosfatémico ligado ao X ou o paradigma no tratamento desta patologia estão entre os temas apresentados nesta sessão, que conta ainda com a colaboração da ANDO - Associação Nacional de Displasia Ósseas que traz à conversa a perspectiva de um doente com XLH .

Entre os oradores encontram-se os especialistas André Travessa, do Serviço de Genética Médica do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte; Cintia Correia, da Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Centro Hospitalar do Centro Hospitalar Universitário de São João; Clara Gomes da Unidade de Nefrologia Pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra; Helena Pinto da Unidade de Nefrologia Pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de São João; Marta Pereira do Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e Pedro Arango do Serviço de Nefrologia Infantil do Hospital Sant Joan de Déu, em Barcelona.

O raquitismo hipofosfatémico ou XLH (do inglês X-linked hypophosphatemia) é uma doença hereditária que cursa com perda renal de fósforo, levando a deformidade óssea. Trata-se de uma doença rara, progressiva e para toda a vida.

 

O espaço funciona na Clínica Médica do Porto e em regime de teleconsultas
Consulta em crianças, adolescentes, adultos e adultos mais velhos, perturbações da ansiedade, pânico, depressão, processos de...

Com o apoio de uma equipa multidisciplinar, o Centro de Bem-Estar Psicológico e Saúde Mental conta com a coordenação do Psicólogo Clínico, João Fernando Martins que considera que este é “um centro que se espera de excelência, com uma equipa de Psicólogos especializados na área clínica e da saúde, dotada de experiência e foco no acompanhamento clínico individual nos ramos da intervenção psicológica estruturada, intervenção em situações de crise e na promoção psicoeducativa do bem-estar psicológico”.

Este é um centro que, apostando no bem-estar do individuo, procura combater o estigma associado aos serviços de saúde mental, uma área que tem sido cada vez mais procurada numa perspetiva de prevenção e manutenção do equilíbrio emocional e psicológico. “A nível mundial, a figura do Psicólogo tem surgido com cada vez mais aceitação, compreendendo a sociedade que a atuação de um profissional destes não se limita apenas à sua intervenção na presença de uma perturbação mental, mas também na melhoria do seu bem-estar diário, de carácter preventivo, com vista a atuar antes do surgimento de perturbação, identificando e trabalhando trajetórias negativas que motivam o indivíduo a procurar ajuda mais cedo”, acrescenta o especialista.

Com uma clara aposta na formação de profissionais de saúde e de recursos humanos, o Centro de Bem-Estar Psicológico e Saúde Mental irá, ainda, ministrar sessões de formação de caracter psicoeducativo e para o desenvolvimento de competências Socio-Emocionais, quer em contexto laboral/empresarial, quer para o público em geral. Incindindo em áreas como a gestão de stress, a gestão emocional, comunicação interpares, controlo de conflitos, gestão de tempo e estratégias de comunicação persuasiva, entre outras, a oferta formativa procura dar resposta a um problema que é cada vez mais comum na sociedade e que tende a agravar-se com a instabilidade socioeconómica que se vive em todo mundo.

No contexto empresarial, para o coordenador de Centro de Bem-Estar Psicológico e Saúde Mental “não há dúvida que o bem-estar psicológico individual influencia a saúde das empresas. A instabilidade psicológica e emocional, relacionada por exemplo com problemas pessoais é algo que afeta não só o individuo como também todo o ambiente que o envolve, onde incluímos o familiar e laboral, gerando ansiedade, dificuldades no seu desempenho, nos relacionamentos e na gestão de eventuais conflitos”.

Segundo dados da Ordem dos Psicólogos, os problemas psicológicos e a consequente perda de produtividade a eles associados estão na origem de avultadas perdas económicas para as empresas, na ordem dos 3,2 mil milhões de euros por ano, o que, no entender de João Fernando Martins, reforça a importância dos serviços de saúde mental não só num momento pós desenvolvimento da perturbação, mas também numa perspetiva de prevenção, procurando mitigar potenciais danos psicológicos que possam vir a surgir.

“Digitalização dos Processos de Manutenção” e a “Função do Gestor de Edifícios”
Com os custos a subirem de forma exponencial, as exigências dos utilizadores a aumentarem e a elevada especialização do parque...

Aumentar a rentabilidade torna-se, por isso, fundamental para este setor e é aqui que a tecnologia e a transformação digital podem ser aliadas cruciais. É com o objetivo de encontrar soluções e debater como as soluções tecnológicas podem apoiar a função do Gestor de Edifícios que a F3M promove, na próxima terça-feira, 27 de setembro, em Braga, um encontro que pretende juntar especialistas nesta área.

Os profissionais irão abordar tópicos como o impacto da transição digital no setor, a importância da tecnologia, os desafios e o papel de um gestor de edifícios. Com esta iniciativa de participação livre, que tem início marcado para as 14h30, nas instalações da empresa, a tecnológica pretende impulsionar e acelerar a transformação digital daquela que é uma das áreas primordiais para qualquer empresa ou organização.

"O desafio da transformação digital na manutenção de equipamentos e instalações" será, assim, o tema da sessão, de acesso livre, que irá contar com a presença de Pedro Cardoso, consultor e gestor de edifícios, com uma vasta experiência em gestão e consultoria a empresas e entidades, e de António Rocha, responsável pela direção e coordenação estratégica da área de software de gestão de empresas da F3M.

O evento acontece numa altura em que a função do gestor de edifícios, seja o detentor ou mesmo o prestador de serviços, é desafiada por transformações e mudanças como o aumento geral dos custos, o crescimento e a especialização do parque instalado, as obrigações legais e a necessidade de satisfação dos utilizadores.

Além da partilha de conhecimento e experiências relacionadas com a função de gestão e manutenção de equipamentos e instalações, será ainda destacada a importância da tecnologia e o impacto de softwares especializados nos processos de manutenção.

Fundada em 1987, a F3M é uma das maiores empresas portuguesas especializadas em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A sua atividade está ligada à conceção, investigação, desenvolvimento, produção e implementação de software para mercados verticais (tais como Economia Social, Óticas, Têxtil e Saúde), complementando a sua oferta com o fornecimento de alguns dos principais ERP’s (Primavera e Sage), serviços de consultoria, formação certificada, soluções de infraestrutura TI, cibersegurança e telecomunicações.

 

29 de setembro
A Academia Linde Saúde vai organizar uma nova sessão online no dia 29 de setembro, às 20h00, centrada na abordagem “treatable...

Andrea Mateus, assistente hospitalar graduada em medicina interna do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), vai conduzir a sessão de aproximadamente hora e meia, aprofundando as treatable traits e a medicina personalizada, em particular na agudização da Doença Pulmonar Obstrutiva e na DPOC estável. A co-coordenadora do Grupo de Doenças Respiratórias do Serviço de Medicina Interna do CHUP e também sócia fundadora do Núcleo de Doenças Respiratórias da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna vai ainda abordar a passagem do doente com DPOC do internamento para ambulatório, especificando o modelo de organização de cuidados.

De acordo com Maria João Vitorino, diretora da Linde Saúde, “o objetivo passa por dar a conhecer as boas práticas de prestação de cuidados de excelência aos doentes com patologia respiratória, através de uma abordagem centrada no indivíduo e não na doença”.

Maria João Vitorino explica ainda que “estes eventos promovem a troca de experiências difundindo as boas práticas através da discussão de casos clínicos com foco na aprendizagem”.

Embora seja aberto a todos os profissionais de saúde interessados no tema, o evento dirige-se principalmente aos internos de formação específica em Medicina Interna.

O ciclo de eventos Difusão resulta de uma parceria entre a Academia Linde Saúde e o grupo InCHPira, que reúne profissionais de saúde do Serviço de Medicina do CHUP. Composto por oito sessões em formato digital, os eventos são orientados por médicos especialistas em Medicina Interna.

Em cada evento é apresentado um caso clínico tipificado, permitindo uma discussão saudável sobre a abordagem prática do dia-a-dia. Os temas das sessões são abrangentes, mas sempre focados na pessoa com patologia respiratória, incluindo o tratamento de suporte na insuficiência respiratória e as particularidades de diferentes patologias, sem esquecer a transversalidade dos cuidados paliativos.

Saiba o que é
Embora correspondam a dois processos distintos, ainda há quem ainda faça confusão entre o que é infl
Dor no joelho

O que é então a inflamação?

A inflamação é uma resposta do organismo a uma agressão - como um corte ou uma batida - ou à presença de um corpo estranho. No entanto, é importante referir que, em algumas situações, a inflamação pode partir do próprio sistema imunitário. Nestes casos, são as nossas células de defesa que agridem o corpo.

Durante o processo inflamatório, e com o objetivo de combater o dano, ocorre a dilatação dos vasos, aumento do fluxo sanguíneo e de outros fluidos corporais para o local lesionado, dando origem ao aparecimento de sintomas como:

  • Vermelhidão
  • Inchaço
  • Dor
  • Rubor
  • Aquecimento da área afetada.

A inflamação pode ser aguda ou crónica. Inflamação aguda é aquela que se instala rapidamente, por exemplo após um acidente onde ocorre lesão tecidual de forma súbita, desaparecendo ao fim de uns dias.

A inflamação crónica é aquela que se instala de forma lenta e insidiosa e que está associada, por exemplo, a doenças autoimunes.

O que é a infeção?

A infeção ocorre quando o organismo é agredido/invadido por agentes externos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Nesse processo, as células de defesa tentam combater os microrganismos, o que pode dar origem ao aparecimento de pus. No entanto, tendo em conta que as infeções se podem desenvolver em diferentes órgãos e sistemas, os sintomas podem ser muito variados. Algumas das manifestações mais frequentes são:

  • Febre;
  • Dor no local infectado;
  • Aparecimento de pus;
  • Dores musculares;
  • Diarreias;
  • Fadiga;
  • Tosse.

Como se trata a inflamação?

Para tratar a inflamação podem ser utilizados os anti-inflamatórios não esteroides (geralmente usados para tratar inflamações mais simples como inflamação de garganta ou dor de ouvido) ou anti-inflamatórios corticoides (aconselhados para situações mais graves ou inflamações crónicas).

Estes medicamentos são sempre prescritos pelo médico e têm como objetivo reduzir o desconforto e os efeitos do processo inflamatório.

No caso da infeção, é necessário saber qual o microrganismo que está na sua origem. Se se tratar de uma bactéria, será necessária a utilização de antibióticos. No caso de ser um vírus, o médico irá receitar um antivírico. Se se tratar de um fungo, o seu tratamento será feito com recurso a um medicamento antifúngico.

Se a infeção for provocada por um parasita, o médico irá receitar um antiparasitário.

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Alimentação saudável é a que nos mantém sem inflamação

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Carta aberta
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), em consonância com a missão que desempenha em Portugal, assinou...

“Esta carta, assinada por mais de 75 instituições de 30 países, reitera o apelo aos líderes para que estes considerem determinante a Cobertura Universal de Saúde e Prevenção, a Preparação e Resposta Pandémicas e o ponto médio de 2023 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirma Raúl de Sousa, Presidente da APLO.

Ao longo de décadas, o mundo assumiu um conjunto abrangente de compromissos ambiciosos na área da saúde, que prometiam um futuro saudável para todos, mas que invariavelmente não foram cumpridos.

Nesse sentido, priorizar uma abordagem de cuidados de saúde primários é condição necessária para poder impactar todas as comunidades e atender à grande maioria das necessidades de saúde das pessoas, ao longo das suas vidas. É necessário aprender com a pandemia COVID-19 e outras ameaças emergentes à saúde, que continuam a testar a nossa resiliência, mas importa também agir em função das mesmas com soluções, políticas e intervenções diretas e apropriadas, alicerçadas em sistemas de saúde fortes, potenciando equitativamente um maior bem-estar e prosperidade social e económica.

“Esta proposta sugere à ONU que enfrentemos os desafios do futuro norteados por uma ação que se distingue em 3 frentes: priorizar as pessoas que foram excluídas pelo sistema e não aquelas que já se beneficiam dele; assegurar cuidados de saúde de qualidade às comunidades em detrimento de exigir sacrifícios financeiros ou pessoais para obter um nível de vida saudável e, por último, conceber a CSP como um investimento - não um custo - para introduzir resiliência entre os pilares dos sistemas de saúde globais” conclui Raúl de Sousa.

Esta é uma carta aberta global e agregadora que exorta os líderes da ONU a considerar os cuidados de saúde primários, como o mote para mudar o presente com as aprendizagens do passado, na certeza de que gerações futuras nos agradecerão.

Carta aberta aqui: https://www.phc3for1.org/

Great Place to Work®
A AbbVie foi reconhecida como a segunda melhor multinacional para trabalhar na Europa e a primeira no setor biofarmacêutico....

A lista dos Melhores Lugares para Trabalhar na Europa é baseada nos programas locais de trabalho das empresas e em questionários confidenciais, de 1,4 milhão de funcionários de mais de 3.000 empresas, em 37 países da Europa.

Este é o sétimo ano consecutivo em que a AbbVie está no top 10 e o segundo ano como número dois. É um grande reconhecimento do seu compromisso duradouro e esforços contínuos para criar uma cultura na qual os funcionários prosperem e contribuam para uma verdadeira diferença na vida das pessoas.

“Proporcionar um ambiente confiável e um local de trabalho satisfatório, diversificado e inclusivo, significa muito para os colaboradores”, disse Pilar Marquez, Diretora de Recursos Humanos da AbbVie, na região da Europa.”

“Ficamos extremamente satisfeitos por ver a nossa Cultura reconhecida ano após ano. Continuaremos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que a AbbVie continue a ser um Great Place to Work por muitos anos”, afirma Célia Santos, Human Resources Director da AbbVie Portugal. 

A AbbVie é reconhecida como Great Place to Work em 17 países da Europa: Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia e Reino Unido.

A lista dos Melhores Lugares de Trabalho na Europa™ é publicada aqui: https://www.greatplacetowork.com/europe-2022

 

 

Entrevista
O Cancro da Cabeça e do Pescoço é já o 6º tipo de cancro mais comum na Europa, estimando-se que, na

Apesar de ser um dos tipos de cancro mais frequentes, a sociedade ainda está pouco sensibilizada para o Cancro da Cabeça e Pescoço, tanto que o seu diagnóstico chega, quase sempre, em fases avançadas da doença. Assim, para ajudar a entender em que consiste, pergunto: de que estamos a falar quando falamos de Cancro da Cabeça e Pescoço?

O cancro da cabeça e do pescoço, inclui os tumores malignos do aparelho aerodigestivo, ou seja, os tumores que ocorrem na cavidade oral (composta pelos lábios, língua, pavimento da boca, gengivas e palato, este, o vulgo “céu da boca”), para além dos que ocorrem na faringe e na laringe. Desde grupo, fazem ainda parte, os tumores com particularidades próprias e que se originam na cavidade nasal, nos seios perinasais, nas glândulas salivares e na glândula tiroideia

Do conjunto de tumores que integram este grupo, quais os mais frequentes e aqueles que à partida podem apresentar um pior prognóstico, quer no que diz respeito à sua sobrevivência, que à qualidade de vida pós-tratamento?  

O tipo histológico do cancro da cabeça e do pescoço mais frequente, cerca de 90%, é o carcinoma pavimento celular (CPC), e ocupa o 7º lugar em termos de incidência dos tumores malignos a nível mundial. O local mais frequente é a cavidade oral, seguido da laringe e depois os localizados na faringe. Será difícil generalizar quais os que têm pior prognóstico em termos de sobrevivência e de qualidade de vida para o doente, pois o que aqui é fundamental é o estadio em que a doença é detetada. Isto irá determinar a possibilidade de um tratamento cirúrgico com intenção curativa ou um tratamento de radioterapia com ou sem quimioterapia também com intenção curativa. Se este objetivo for atingido, a sobrevivência será maior e poderá se alcançar o objetivo máximo da cura da doença. Se a cirurgia for necessariamente mais invasiva ou a área a irradiar for grande, ainda que se obtenha uma resposta clínica e imagiológica completa (ou seja, desaparecimento do tumor primário e das adenopatias, gânglios cervicais, do pescoço), a morbilidade será maior. As sequelas do tratamento poderão comprometer a qualidade de vida do doente e assim teremos um sobrevivente que não consegue retornar à sua vida habitual, sociofamiliar e profissional.

De um modo geral, a que sinais devemos estar atentos? Quais as principais manifestações clínicas do Cancro da Cabeça e Pescoço?

Os sintomas de alerta variam consoante a área anatómica afetada, mas podem-se resumir em odinofagia (dor ao engolir), disfagia (dificuldade em engolir), disfonia (alteração na fonação, “voz rouca”), lesões visíveis na cavidade oral ou na orofaringe (úlceras, feridas, “aftas”, dor, manchas esbranquiçadas ou vermelhas) e/ou uma tumefação cervical. Confundem-se com inflamações ou infeções, pelo que a chave será sempre que persistam mais do que duas semanas, após um tratamento sintomático, deve ser procurado um especialista na área de otorrinolaringologista, estomatologista e cirurgia maxilo-facial, para observação e orientação.

Na sua opinião, por que motivo este tipo de cancro é, muitas vezes, diagnosticado em fases já avançadas? E que diferença pode fazer o diagnóstico precoce?

Infelizmente, apesar das campanhas efetuadas nos últimos anos verifica-se que quer a população em geral quer mesmo na própria comunidade médica existe um desconhecimento deste problema e, consequentemente, um atraso no envio dos doentes para um diagnóstico precoce da situação. Da mesma forma, os fatores de risco desta doença ainda não estão suficientemente “enraizados” de forma a serem praticados naturalmente pela população. 

Neste sentido, o que pode ser feito para aumentar o número de diagnósticos em fases mais precoces da doença?

Campanhas de sensibilização da população e atividades de formação para os cuidadores, pais e clínicos, sobretudo os médicos assistentes dos doentes, sejam de Medicina Geral e Familiar, sejam de Medicina Interna e outras especialidades.

Na sua opinião, como está a literacia dos portugueses quanto a este tema?

Por tudo o que já disse, a literacia sobre este assunto ainda é muito baixa e tem de ser rápida e eficazmente melhorada para bem de todos.

No que diz respeito ao tratamento, que opções terapêuticas existem para tratar o Cancro da Cabeça e Pescoço? E o que se pode esperar no futuro nesta área?

O tratamento dos tumores da cabeça e do pescoço envolvem várias modalidades, sendo um tratamento multidisciplinar que envolve cirurgia, muitas vezes com técnicas de reconstrução com a colaboração da cirurgia plástica, radioterapia e tratamento sistémico. Poderão intervir no tratamento todos ou parte das especialidades, em conjunto ou em sequência dependendo da situação clínica. O tratamento sistémico, da responsabilidade da Oncologia Médica subdivide-se em 3 tipos – quimioterapia, terapêutica alvo, (os agentes biológicos), e a imunoterapia. Nas últimas duas décadas tem havido larga investigação no campo de novas modalidades terapêuticas, inicialmente para tratamento da doença avançada, o que constitui um grande ganho de sobrevivência média dos doentes, pois as opções terapêuticas eram aqui muito escassas. Na realidade cerca de 50% das situações vêm a sofrer metastização à distância, ou seja, recaída da doença não só localmente, mas também em outros órgãos, sendo o pulmão o mais frequente. No futuro esperam-se avanços no tratamento das doenças em fases mais precoces, incluindo imunoterapia e agentes biológicos, isoladamente ou em conjunto com a quimioterapia, visando-se sempre um prolongamento do intervalo de tempo sem doença e da sobrevivência global dos doentes.

Que iniciativas podemos esperar no âmbito do 10º aniversário da Make Sense Week? E a quem pretendem chegar?

Durante a semana de 19 a 23 de setembro decorre a Campanha Make Sense que visa precisamente o propósito de sensibilização para a existência desta doença, o que significa, como pode ser evitada e da importância de um diagnóstico precoce da doença. Pretende-se chegar ao público em geral e ocorrerão iniciativas de natureza vária, desde entrevistas nos meios de comunicação social, ações de sensibilização em escolas e rastreios em vários hospitais.

Que mensagens-chave gostaria de deixar quanto a este tema?

Para finalizar e em moto de mensagem chave, desejo que esta semana seja produtiva conseguindo-se o objetivo de uma eficaz sensibilização da população sobre a importância de adoção de estilos de vida redutores de risco para esta doença, (abolição de hábitos tabágicos e de alcoolismo, controlo na exposição a pó de madeira e outras exposições profissionais, e ao vírus HPV), e estarem mais atentos aos sinais de alarme afim de procurarem ajuda atempadamente, de forma  a poder ser no futuro uma doença tratável com possibilidade de retorno a uma vida com qualidade, através do tratamento da doença em estádios precoces. Nas situações de doença associadas ao consumo de tabaco e ao álcool, que continuam no nosso país a ser a maioria, reforço que a abstinência tabágica e alcoólica é importante também durante o tratamento, assim como no período posterior, pois aumenta a possibilidade de sucesso da terapêutica e, por outro, reduz o risco de recorrência da doença e de aparecimento de outro segundo tumor primário em qualquer das localizações do aparelho aerodigestivo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Intervenção decorreu no Hospital Lusíadas Lisboa
O Grupo Lusíadas Saúde realizou, pela primeira vez em Portugal, uma cirurgia robótica de reparação valvular mitral. O...

Esta cirurgia atesta, uma vez mais, a aposta do grupo Lusíadas Saúde em procedimentos inovadores em linha com os mais elevados padrões internacionais e coloca Portugal na vanguarda da qualidade e excelência dos cuidados de saúde prestados.

“Esta intervenção em Portugal é um marco para o setor da saúde português e para o grupo Lusíadas Saúde. O recurso a cirurgias robóticas cardíacas - minimamente invasivas, e simultaneamente mais precisas e com menor tempo de recuperação para os doentes, - é agora uma realidade no Hospital Lusíadas Lisboa”, afirma Javier Gallego, Coordenador da Unidade de Cirurgia Torácica do Hospital Lusíadas Lisboa.

Com um número inferior de incisões, esta intervenção reduz as hipóteses de infeções no pós-operatório, tem cicatrizes mais pequenas e diminui o período de internamento.

 

Evento junta mais de mil participantes e especialistas nacionais e internacionais
A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) vai realizar entre os dias 28 e 30 de setembro, em Aveiro, o 5.º Congresso com o tema ...

A nível internacional vão marcar presença, entre outros, o professor da Universidade de Princeton e escritor Eldar Shafir (“pobreza e escassez mental”), a Directora da Investigação para a ética e sociedade na Microsoft Arathi Sethumadhavan (“o impacto da inteligência artificial na humanidade”) e a presidente da Associação Ucraniana de Psicologia Valeriia Palii (“uma psicóloga num país em guerra”).

O congresso vai ainda contar com debates sobre vários temas da atualidade, como a morte medicamente assistida (Sílvia Marina, Inês Godinho, José Manuel Pureza, Hugo Lucas, Miguel Ricou e José Manuel Pureza), o Rendimento Básico Incondicional (Francisco Guerreiro, Américo Nave, Porfírio Silva, Daniel Oliveira), a semana de 4 dias de trabalho (Samuel Antunes, Rui Leão Martinho, João Cerejeira e Liliana Dias), o aumento da pena máxima de prisão (António Ventinhas, Ricardo Barroso, Olga Cunha e Joana Cerdeira) ou prostituição: legalizar ou não (Alexandra Oliveira, Ana Lage Ferreira, Miguel Costa Matos, Goreti Cardoso e Márcia Oliveira).

O Bastonário da OPP Francisco Miranda Rodrigues e Miguel Poiares Maduro vão ainda participar numa PsiTalk com o tema “Queres mudar o mundo? Psicologia e políticas públicas”.

A importância da psicologia no combate à crise climática vai também ser abordada neste Congresso. Haverá uma empowertalk sobre “Cidades Sustentáveis: saúde, bem-estar e ambiente” e uma sessão prática sobre o psicólogo ativista no ambiente com Dalila Antunes.

A cibersegurança, a pobreza, o desporto, a sexualidade e os relacionamentos pós-covid e o jornalismo vão ser outros dos temas em discussão. Consulte todo o programa aqui.

À noite haverá ainda sessões de cinema abertas à comunidade e durante o dia os participantes do congresso podem visitar projetos na região, como a Cruz Vermelha de Aveiro ou a Escola Profissional da cidade.

A sessão de abertura vai contar com a presença do ministro da educação João Costa, o presidente da Câmara Municipal de Aveiro Ribau Esteves e o Bastonário da OPP Francisco Miranda Rodrigues.

Este vai ser um congresso sustentável, onde não haverá qualquer recurso ao papel. Será utilizada uma aplicação para se consultar o programa, gerir o agendamento de sessões e fazer questões aos oradores. O formato é também não convencional e as sessões vão decorrer em quatro espaços da cidade.

 

Maratona da Maternidade | 15 e 16 de outubro
O laboratório português BebéVida vai dinamizar uma nova edição da Maratona da Maternidade nos dias 15 e 16 de outubro, em...

Os principais objetivos da 6.ª edição da Maratona da Maternidade passam por incentivar a natalidade, depois de em 2021 a natalidade ter atingido um mínimo histórico desde que há registos, assim como promover o bem-estar físico e mental das famílias portuguesas. Paralelamente, a iniciativa tem, como habitual, um cariz solidário.

As famílias são desafiadas a realizar, individualmente ou em grupo, uma caminhada de 3 quilómetros num local à sua escolha, nos dias 15 ou 16 de outubro, e a partilhar uma fotografia desse momento nas suas redes sociais, identificando a @bebevida.pt e a @vidanorte.

Os participantes podem adquirir o Kit Maratona, que é opcional, pelo valor simbólico de 3€, dos quais 2€ revertem a favor da Associação Vida Norte, que apoia grávidas e bebés em situações de fragilidade nos distritos de Porto e Braga. O Kit Maratona inclui um saco-mochila, t-shirt, snack, água, ofertas de produtos, tais como discos de amamentação, biberão, chupeta, cremes, bem como vouchers de desconto em serviços dos vários parceiros do evento.

Para participar, as famílias devem inscrever-se até ao dia 12 de outubro no site da BebéVida, aqui. Ao inscreverem-se, as grávidas participantes ficam habilitadas a ganhar um cabaz de ofertas no valor de mais de três mil euros, composto nomeadamente por: serviço de criopreservação Plus BebéVida; uma ecografia Emocional 4D; uma mala de maternidade com produtos Uriage; uma almofada de amamentação Medela; um Kit INTIMINA; um pack Corine de Farme; um peluche e um bilhete familiar Sea Life; um esterilizador de biberões Philips; e um Kit Welcome to the World MAM.

Por que envelhecemos?
Todos tentamos encontrar o elixir da juventude para podermos viver cada vez mais e melhor.

O processo de envelhecimento é um processo complexo que resulta de uma série de alterações a vários níveis. Para prevenir o envelhecimento será que chega comer bem, fazer exercício físico e suplementar-se?

Sempre nos fizeram crer que se comermos bem, fizermos exercício e se tomarmos vitaminas vivemos mais e melhor. Será que é mesmo assim?

Hoje sabemos que podemos fazer muito mais e assumir uma atitude verdadeiramente ativa contra o envelhecimento acelerado, mas essencialmente contra o envelhecimento que nos torna doentes e incapazes.

A alimentação, a atitude e forma como vivemos, a exposição a substâncias tóxicas, radiações, a carga de microrganismos lactentes são factores que precipitam a expressão dos nossos genes e o envelhecimento não saudável.


 

Para que o processo de envelhecimento decorra de forma saudável, o nosso corpo tem de estar equilibrado. Quando tal não acontece, quando surgem desequilíbrios, especialmente ao nível da base (do terreno), leva a uma inflamação, relacionada com alterações imunitárias, que deve ser combatida uma vez que as doenças surgem em terrenos inflamados. A inflamação conduz a alterações da resposta do sistema imunitário. Um sistema imunitário inteligente é essencial para a nossa saúde e bem-estar.

Existem factores intrínsecos e extrínsecos a nós próprios que disturbam o nosso EU.

Os nossos genes podem manifestar-se de forma diferente de acordo com determinados fatores externos, tais como a alimentação e a forma como vivemos. Podemos tentar modificar alguns dos fatores que contribuem para o controlo da expressão dos genes. Uma atitude positiva no nosso dia-a-dia permitirá efetuar mudanças com um maior sucesso. O modo de vida, a forma como vivemos e o local onde vivemos influenciam a nossa saúde. Devemos reduzir/eliminar toda a exposição a tóxicos (como por exemplo, substancias toxicas, pesticidas, metais pesados, radiações, etc.).

A alimentação e o controlo dos défices micronutricionais através de uma suplementação adequada e personalizada, tem um papel determinante na nossa saúde, sendo que a alteração dos hábitos alimentares conduz a um menor risco de doença.

Por que envelhecemos?

Diminuição do tamanho dos telómeros

Os telómeros são complexos proteicos e ácidos nucleicos,  localizados nas extremidades dos cromossomas, para os proteger e dar-lhes estabilidade estrutural.

Quando as células se dividem, começam por duplicar o ADN, incluindo os telómeros. No entanto, a cópia do telómero é parcial e não completa, o que significa que esta estrutura proteica diminui o seu tamanho a cada divisão celular. Quando estes atingem uma determinada medida, a célula fica incapaz de se reproduzir (limite de Hayflick) e, então, origina erros que conduzem à sua própria morte, apoptose ou morte celular programada.

Nas células embrionárias é expressa uma enzima – a telomerase – capaz de reconstruir o telómero e permitir que a célula se divida. Cientistas defendem que ao administrarmos esta enzima, as células podem viver durante mais tempo, sendo por isso alvo de estudo em investigações dedicadas ao desenvolvimento de terapias anti- envelhecimento.

A clonagem da ovelha Dolly foi um dos primeiros estudos a demonstrar a relação entre o encurtamento dos telómeros e o envelhecimento precoce. As células utilizadas para a clonagem foram obtidas a partir da glândula mamária de uma ovelha adulta, o que significa que os telómeros dessas células eram menores. Após 6 anos de vida, a ovelha Dolly morreu devido a doença crónica e degenerativa nos pulmões.

Teoria dos radicais Livres

Alguns fatores como o stresse, a exposição a radiações, o tabaco, o álcool, poluição ambiental levam à produção de radicais livres – moléculas altamente reativas – que quando em excesso provocam stresse oxidativo, levando ao aparecimento de doenças e envelhecimento precoce por ligação a estruturas celulares.

De modo a diminuir o stresse oxidativo provocado pelos radicais livres podem ser utilizados antioxidantes, tais como Vitamina C, E, Zinco, Selénio, Resveratrol, que apresentam a capacidade de neutralizar os radicais livres.

Cientistas identificaram um novo marcador biológico para o envelhecimento, presente na urina. A concentração de 8-oxo-7,8-dihidroguanosina - ou 8-oxoGsn, resultante da oxidação do RNA, aumenta ao modo que envelhecemos, como consequência do aumento do stress oxidativo nas células.

Idade biológica versus Idade cronológica

Frequentemente se ouve dizer: ‘’Não aparenta a idade que tem, parece mais novo!’’. Esta frase remete-nos para dois conceitos. A idade cronológica (baseada na data de nascimento) e a idade biológica (baseada no estado de saúde do seu organismo). Existem pessoas em que a idade biológica é menor que a cronológica, outras pelo contrário. Qual será o segredo?

Desde sempre o homem procura descobrir o segredo para envelhecer jovem e saudável. Vários estudos analisaram o modo como determinados fatores externos ao homem, entre os quais a nutrição e a forma como vivemos podem controlar a expressão genética e nada tem a ver com alterações na sequência dos genes ou doenças genéticas. Está nas nossas mãos. Nunca é tarde para começar!

Como podemos interferir e inverter este processo?

Desde sempre o homem busca o elixir da juventude e a forma miraculosa de se manter jovem. Para além da correção dos terrenos metabólicos existem algumas substâncias que podem atuar diretamente no envelhecimento.

As substâncias milagrosas

Astragalus membranaceus

Astragalus membranaceus é uma erva usada em muitas formulações à base de plantas na prática de medicina tradicional chinesa (MTC), há mais de 2000 anos, que possui efeitos antioxidantes, imunoreguladores, anticancerígenos, anti-inflamatórios e diuréticos. Pesquisas farmacológicas indicam que uma molécula extraída da raiz do Astragalus membranaceus, denominada TA-65, é capaz de aumentar a atividade da telomerase, levando a um aumento do comprimento dos telómeros. Deve ser administrado cerca de 300 mg diariamente, em junção com a Vitamina D3 e Vitamina B9 (presentes em legumes de folha verde e frutos secos), uma vez que foi demonstrado que níveis elevados estavam associados a um aumento do comprimento dos telómeros, diminuindo o envelhecimento.

Senolíticos

Uma classe diversificada de moléculas, incluindo compostos senolíticos sintéticos e compostos naturais presentes em alimentos, foi sugerida como possuindo atividade senolítica, isto é, com alvo em células senescentes (células que não se dividem e que secretam substâncias pró-inflamatórias e pró-oxidantes). Destacam-se os tocotrienóis, a quercetina e a piperlongumina (substância presente na Pimenta-longa (Piper longum) como compostos naturais ricos em polifenóis e Dasatinib, Navitoclax, inibidores da HSP90 como compostos sintéticos. A acumulação de células senescentes, aumenta com a idade e promove a inflamação que caracteriza o envelhecimento, prejudicando a capacidade regenerativa das células e aumentando o risco de desenvolver doenças.

Exemplos a seguir - Estudar os povos com maior longevidade...

Hunza – na fronteira da Índia com o Paquistão, os habitantes de Hunza vivem, em média até aos 120 anos. As mulheres ainda procriam aos 65 anos, tomam banhos em água gelada, fazem exercício físico até aos 100 anos, comem muito pouco, cerca de 1500 calorias. Bebem água pura de nascente – ionizada, purificada, alcalina, ionizada, antioxidante e com maior poder de hidratação.

Salerno (Itália) – os habitantes desta aldeia, perto de Salerno vivem em média 100 anos, têm uma dieta mediterrânea, muita atividade física, ingerem poucas calorias.

Rumsa – povoação a norte da India, zona com abundante água pura e das mais famosas. A alimentação e modo de vida deste povo são adaptados à sua genética.

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Alimentação inteligente e biológica para viver mais e melhor

O que nos deixa doentes 

Dra. Alexandra Vasconcelos
Farmacêutica e Naturopata
Especialista em Medicina Natural Integrativa
Pós graduada em Nutrição Oncológica, Nutrição Ortomolecular e Medicina Integrativa e Humanista
Autora do Livro “ O segredo para se manter Jovem e saudável”
Diretora técnica das Clinicas Viver

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Semana da Mobilidade Europeia
No âmbito da Semana Europeia da Mobilidade (16 a 22 de setembro), a Cooltra alerta que tráfego rodoviário é a principal fonte...

Segundo um estudo do Global Health Institute (ISGlobal), em Lisboa, mais de 40,6% da população está exposta a níveis de ruído rodoviário superiores ao recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). De relembrar que a OMS recomenda que o nível médio de ruído registado em 24 horas não ultrapasse 53 decibéis.

Este estudo avaliou os níveis de ruído do tráfego rodoviário em 749 cidades europeias e o seu impacto na saúde. Os seus resultados, publicados na Environment International, mostram que cerca de 60 milhões de adultos foram expostos a níveis de ruído do tráfego rodoviário prejudiciais à saúde, dos quais 11 milhões ficaram muito irritados. O cumprimento das recomendações da OMS sobre ruído permitiria evitar, anualmente, mais de 3600 mortes por doença cardíaca isquémica.

Relativamente às principais capitais europeias, a percentagem da população exposta a níveis superiores ao recomendado varia entre 29,8% em Berlim e 86,5% em Viena, passando por 40,6% em Lisboa, 43,8% em Madrid ou 60,5% em Roma.

 A Cooltra sempre assumiu um forte compromisso com a sustentabilidade, através da promoção da mobilidade elétrica, ao qual está intrinsecamente associada uma preocupação com a poluição sonora. Neste âmbito e desde a sua criação, em 2006, que, nas 7 cidades onde está presente, já foram reduzidas 5 milhões de horas de ruído. Só em Lisboa, as scooters Cooltra, desde que chegaram à cidade em 2017, já contribuíram com uma redução de mais de 280 mil horas.

Desde o início de 2022, só pelas ruas de Lisboa, as scooters 100% elétricas Cooltra já foram usadas por mais de 173 mil pessoas e percorreram mais de 750 mil kms, uma distância que equivale a 18 voltas à Terra.

Assim, só este ano, na capital portuguesa, graças ao sistema elétrico com que todas as scooters estão equipadas, evitou a emissão de 60 toneladas de CO2, o equivalente a 1000 árvores plantadas.

 

 

Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros foi formalizada ontem
O Sindicato dos Enfermeiros – SE e o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPEnf) formalizaram esta manhã a...

“Com a criação formal da FENSE, nenhum dos dois sindicatos vai perder a sua autonomia estatutária, antes ganham nova força na negociação de matérias que são comuns às duas estruturas”, acrescenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros. “Em muitas situações, como o processo negocial que tem vindo a ser mantido com o Ministério da Saúde no último meio ano, não faz sentido manter negociações paralelas, com uma e outra estrutura, quando aquilo que defendemos e pretendemos ver resolvido é exatamente o mesmo”, justifica Pedro Costa.

A criação da FENSE resulta de um trabalho conjunto desenvolvido nos mandatos dos anteriores presidentes do SE e do SIPEnf – os enfermeiros José Correia Azevedo (SE) e Fernando Rodrigues Correia (SIPEnf). “Pretendeu dar-se uma outra força aos enfermeiros filiados nestas duas estruturas sindicais, uma vez que passamos a representar muito mais do que apenas os enfermeiros filiados no nosso sindicato”, acrescenta o presidente do SE. Na tomada de posse, os presidentes das duas estruturas sindicais recordaram ainda que “este ato da comissão instaladora da FENSE é o culminar de uma união com mais de 50 anos”.

“Não defendemos a unicidade sindical, nem o pensamento único, mas sim a liberdade e a diversidade de opiniões, sempre com o objetivo maior de defender o melhor para a enfermagem portuguesa”, salienta Pedro Costa. Já o presidente do SIPEnf, Fernando Mendes Parreira, acrescenta que “este compromisso hoje assinado não é mais do que o afirmar que nos respeitaremos e a nossa ação será orientada na defesa dos interesses dos enfermeiros pelos princípios da liberdade da democracia e da independência sindical”.

Conscientes dos desafios colocados às duas estruturas sindicais, e à enfermagem em geral, Pedro Costa defende que “há uma árdua tarefa que assumimos em mãos: queremos levar a bom porto o processo negocial mantido com o Ministério da Saúde, procurando acordar com a tutela algumas conquistas que já nos tinham sido garantidas pela anterior equipa ministerial”.

“Não desistimos e apelamos desde já ao novo ministro da Saúde para que rapidamente reagende a próxima reunião”, refere Pedro Costa, lembrando que “os enfermeiros tudo têm feito pelo SNS e pelos portugueses, por isso está na altura de vermos reconhecidos os nossos direitos, repostas algumas das conquistas que nos foram tiradas e, acima de tudo, é hora de voltar a valorizar a Enfermagem portuguesa”. Os enfermeiros portugueses, assegura, “estão cansados de estarem há 20 anos à espera de um sim do Governo”.

A FENSE pretende agora reforçar a sua base de suporte, com competência e seriedade, com vista à satisfação dos associados, assegurando as melhores condições de trabalho e a dignidade profissional.

Promover a bondade pode combater violência e Bullying
O Ispa – Instituto Universitário vai promover esta 5ªfeira, dia 22 de setembro, uma Conferência com o tema “Becoming kind:...

A Conferência enquadra-se no ciclo de conferências previstas para o ano letivo de 2022-23, que vão ter lugar nas instalações do Ispa-Instituto Universitário.

Por que razão há crianças que prejudicam outras, e crianças que revelam preocupação com os outros desde tenra idade?

A primeira infância é um momento de transformação e crescimento, o que torna fundamental promover o carinho e o compromisso durante esse período, bem como reduzir a agressão, a vitimização e a exclusão.

Tina Malti, que é também a atual presidente da Sociedade Internacional para o Estudo do Desenvolvimento Comportamental (ISSBD), vai apresentar resultados da sua investigação sobre como as dimensões da bondade se desenvolvem nos primeiros anos e como elas estão ligadas às orientações pró-sociais. Também estarão em foco ao longo da Talk, novos insights sobre o desenvolvimento de orientações gentis nas crianças, para além da empatia e do retorno positivo para a criança.

A psicóloga e investigadora tem dedicado a sua atividade a criar e testar intervenções que ajudem as crianças a superar os efeitos negativos da exposição ao trauma e à violência e a cultivar a bondade e os valores éticos.

Numa altura em que se discute o impacto do confinamento durante a pandemia de covid-19 na infância, os relatos de problemas emocionais e comportamentos agressivos têm sido uma constante. O Observatório Nacional de Bullying, em 2021, recebeu cerca de 82 denúncias de atos de bullying, praticados por crianças com uma média de idades de 13 anos.

Tina Malti é professora de psicologia e diretora fundadora do Laboratório de Desenvolvimento e Intervenção Sócio-emocional da Universidade de Toronto, bem como do Centro de Desenvolvimento Infantil, Saúde Mental e Política da mesma instituição. É a atual presidente da Sociedade Internacional para o Estudo do Desenvolvimento Comportamental (ISSBD). É também psicóloga clínica registada no Canadá e membro da Association for Psychological Science e da American Psychological Association (Divisão 7, Psicologia do Desenvolvimento, bem como da Divisão 53, Psicologia Clínica da Criança e do Adolescente).

 

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