Imuno-PET
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) testou, pela primeira vez em Portugal, a Imuno-PET, uma técnica...

Sónia Silva, aluna de doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), e também médica pneumologista e coordenadora da Pneumologia Oncológica no Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Leiria, destaca que a Imuno-PET pode vir a permitir «selecionar melhor os doentes no futuro para o tratamento mais indicado» e «impedir que se possa perder tempo, ou até mesmo o doente, com terapêuticas que não resultarão em resposta e controlo da doença».

A utilização desta técnica permite fazer uma avaliação de corpo inteiro do doente, sinalizando as zonas que estão afetadas pelo cancro e prevendo a resposta de doentes ao tratamento de imunoterapia, uma das terapêuticas mais promissoras utilizadas em doentes com cancro de pulmão em estádio avançado.

Atualmente, o cancro do pulmão é a «principal causa de morte por cancro no nosso país, tendo uma incidência crescente e sendo também um dos mais frequentes», contextualiza Sónia Silva. É também «mais agressivo e isso está muito relacionado com o facto de os doentes já chegarem com tumores em estados avançados, porque os estádios precoces, que são os operáveis, muitas vezes não dão sintomas», sublinha. Nestes casos avançados, a doença já não está apenas nos pulmões, mas em vários órgãos, o que corresponde ao estádio IV.

A utilização pioneira desta técnica está a decorrer no âmbito de um estudo clínico envolvendo o Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) e o Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), em colaboração com o ICNAS. O estudo surge no âmbito do projeto de doutoramento de Sónia Silva, orientado por Antero Abrunhosa, diretor do ICNAS, e por Carlos Robalo Cordeiro, diretor da FMUC.

Os ensaios clínicos desenvolvidos até ao momento têm sido realizados com doentes com diagnóstico de cancro do pulmão de não pequenas células (o mais prevalente), indicados para fazerem um tratamento de imunoterapia. Os doentes fazem todos os exames habituais e recebem o acompanhamento usual, realizando a Imuno-PET como uma técnica de diagnóstico extra. Sónia Silva destaca que o fator inovador deste exame reside no facto de «ter uma informação de corpo inteiro, de como toda a doença se comporta, além da biópsia e da habitual PET». Num primeiro caso clínico, já em curso, o doente está a responder bem: «a Imuno-PET fixa nos locais onde está a responder à terapêutica, estando concordante com a resposta que está a ter ao tratamento», destaca a doutoranda da Faculdade de Medicina da UC.

Sobre o contexto deste ensaio clínico, Sónia Silva explica que «nos últimos 15 anos, tem havido um boom de terapêuticas para o cancro do pulmão, com muitas terapêuticas inovadoras a surgir, que contribuem para a melhoria da qualidade de vida e sobrevida dos doentes, mas continua, mesmo assim, a precisar-se de mais», nomeadamente «selecionar melhor os doentes para os tratamentos mais adequados».

Paralelamente, espera-se que a Imuno-PET possa vir a contribuir também para a sequenciação terapêutica, permitindo a orientação relativamente à duração ideal do tratamento, por se tratar de um exame que, não sendo invasivo, nem causador de dor, é mais tolerável pelos doentes.

A Imuno-PET não vem substituir outros exames de diagnóstico – como a biopsia ou a habitual PET –, mas pode vir a funcionar como uma técnica complementar que vai ajudar a tornar o acompanhamento clínico do doente mais célere e eficaz ao permitir perceber a resposta à terapêutica.

Antero Abrunhosa salienta que «este estudo clínico tem sido possível graças à excelente colaboração existente entre o ICNAS, a FMUC, o CHUC e o CHL e à existência de uma equipa multidisciplinar envolvendo químicos, físicos, engenheiros, técnicos e médicos que trabalham em conjunto para tornar possível um projeto que liga a excelência da investigação à melhoria dos cuidados de saúde nos hospitais».

 

3 a 9 de outubro
A Semana Nacional do Aleitamento Materno, que se assinala de 3 a 9 de outubro, é uma iniciativa promovida pela World Alliance...

O serviço de Neonatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra associa-se a estas comemorações, unindo esforços para aumentar a consciencialização sobre a importância do aleitamento materno, através da entrega aos pais de um marcador de livro com a explicação do significado do Laço Dourado- Símbolo da Amamentação.

Com este tipo de iniciativas assegura-se que mães e suas famílias sejam incentivadas, envolvidas e apoiadas de uma forma mais próxima, adequada e eficaz para favorecer o estabelecimento bem-sucedido da amamentação e obter ganhos em saúde na vida das crianças, das mães, das famílias e da sociedade como um todo. Esta responsabilidade é ainda mais acrescida quando envolve recém-nascidos pré-termo internados em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais.

O lema da campanha deste ano é “Fortalecer a amamentação – educando e apoiando”. Este é um desiderato que convoca os países a concentrarem esforços para melhorar as práticas de amamentação, fortalecendo a criação e sustentação de ambientes favoráveis à amamentação para as famílias em todo o mundo, no sentido de concorrer para uma população mais saudável, uma vez que ainda se constata que, globalmente, os países têm um longo caminho a percorrer neste domínio, para proteger, promover e apoiar o aleitamento materno.

 

 

 

 

“1000 Dias de Aventura: da conceção aos 2 anos de vida do Bebé”
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira realiza de 10 a 15 de outubro|2022, a 16ª Semana do Bebé do CHUCB, sendo a...

Nesta iniciativa, que visa a promoção da natalidade e dos cuidados de saúde infantis da região, pretende-se ainda, consciencializar pais e cuidadores, para a importância de uma parentalidade afetiva e responsável, essencial à promoção da saúde na primeira infância.

Assim, a SB 2022 vai promover mais um programa de vulto, no qual se destacam os diversos workshops, ateliers, oficinas temáticas e pedagógicas, destinados a crianças, pais e educadores e dirigidos por especialistas reconhecidos na área do desenvolvimento infantil.

Das iniciativas com Inscrição GRATUITA, mas OBRIGATÓRIA destacamos as seguintes:

10 outubro | 15H30 - WORKSHOP DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL E SINAIS DE ALERTA (Auditório do CHUCB) / CAMINHADA PELA SAÚDE MENTAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA (CHUCB - Jardim do Lago). Destinatários: Pais, Educadores, Crianças e Público em Geral Inscrições em: https://chcbeira.up.events

15 outubro |16H00 - CERIMÓNIA RELIGIOSA DE ENCERRAMENTO DA SEMANA DO BEBÉ. Bênção e entrega de Oliveiras aos Bebés nascidos no CHUCB entre a 15ª e a 16ª edição da SB (11 out 2021 – 10 out 2022). Local - Igreja Paroquial da Boidobra. Confirmação de presença para: [email protected]

Integrado na Semana do Bebé deste ano, teremos ainda o XXXII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e Adolescência, que ocorrerá de 12 a 14 de outubro, associando-se a este no dia 15 de outubro o Colóquio da Revista Portuguesa de Pedopsiquiatria. A cerimónia oficial de abertura deste Encontro de âmbito Nacional realiza-se no dia 13 de outubro, às 10H30, no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde – UBI. Informações e inscrições neste Encontro em: https://www.appia.com.pt

Petição da APDP pelo acesso aos sistemas híbridos de perfusão sub-cutânea contínua com 17 mil assinaturas
Atualmente, estima-se que existam 8,4 milhões de pessoas com diabetes tipo 1 (DT1), um valor que deverá duplicar em 2040, para...

Diagnóstico atempado, acesso a bombas que automatizam a administração de insulina com a monitorização da glicose e um investimento na investigação, com vista à cura deste tipo de diabetes, são os pontos chave apontados pelos autores do estudo para diminuir o número de mortes associadas a esta doença.

“Temos uma oportunidade para salvar milhões de vidas nas próximas décadas, elevando o padrão dos cuidados (incluindo a garantia de acesso universal à insulina e a outros elementos essenciais) e aumentando a consciencialização relativamente aos sinais e sintomas da DT1, de forma a permitir uma taxa de 100% de diagnóstico precoce em todo o mundo", afirmam os autores do estudo.

A pensar nisto, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em conjunto com as unidades de saúde e um grupo de pais de jovens com diabetes tipo 1, lançou uma petição pública “pelo acesso aos sistemas híbridos de perfusão sub-cutânea contínua de insulina (bombas de insulina) e pela qualidade de vida das pessoas com diabetes tipo 1 em Portugal”. A petição, que já foi assinada por mais de 16 mil cidadãos, pode ser lida e assinada aqui.

“Quando olhamos para o futuro, rapidamente percebemos que estes números representam enormes encargos, tanto para as pessoas que vivem com diabetes tipo 1, como para toda a sociedade. A garantia da vida e da sua qualidade deve ser um direito de todos e a disponibilização de bombas de insulina híbridas é imperativa para que estas possam usufruir de uma melhoria significativa da sua qualidade de vida e da sua saúde”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

O sistema de bombas de insulina híbridas ou automáticas é já uma realidade em Portugal, “mas ainda não tem o alcance necessário e implica um valor incomportável para as famílias”, denuncia a petição, que acrescenta: “É revolucionário na medida em que melhora substancialmente a saúde das pessoas com diabetes, permitindo-lhes viver quase como se não tivessem diabetes. A utilização destas bombas pode proporcionar às crianças e jovens com diabetes melhor compensação, uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano. Este sistema contribui para uma melhoria significativa da qualidade de vida das crianças, mas também das suas famílias e outros cuidadores”.

O T1D Index permite medir quantas pessoas vivem com diabetes tipo 1, os anos de vida saudáveis que estas têm e o que pode ser feito para reduzir o seu impacto. Foi a primeira vez que a diabetes tipo 1 foi medida desta forma e nesta escala.

Em 2021, estimava-se um total de 8,4 milhões de pessoas com DT1 em todo o mundo. Destes, 18% tinham idade inferior a 20 anos, 64% tinham entre 20-59 anos e 19% tinham mais de 60 anos.

Na sequência de uma petição promovida pela APDP, foi aprovada, em Plenário da Assembleia da República, a concretização de um registo nacional da diabetes tipo 1. Contudo, este registo ainda não é feito em Portugal.

Opinião
O Dia Internacional do Idoso, que se comemora no dia 1 de outubro, é uma excelente ocasião para pens

A melhor maneira de chegar à idade sénior em boas condições físicas e psicológicas é a de investir na nossa saúde ao longo da vida, procurando solucionar problemas e comportamentos cuja resolução só depende de nós. É o caso do fumo do tabaco, da alimentação saudável e da prática de exercício físico.

Neste texto, vou referir-me, muito sucintamente, a dois temas de saúde dos idosos que não costumam ser muito abordados:

Sexualidade – a maneira como cada pessoa vive a sua sexualidade depende de um conjunto de factores, que incluem a idade, o género e a herança cultural. O avançar da idade vai condicionando incapacidades que vão surgindo, mesmo na ausência de doença, e a sua solução passa pela adaptação a essa nova realidade. Cabe aos membros de um casal, de acordo com as suas preferências e condição física, e mental, escolherem que tipo de relacionamento íntimo querem e podem ter. Nenhum dos membros do casal deve exigir ao outro aquilo que ele não consegue proporcionar ou exigir a si próprio desempenhos que já não está em condições de conseguir.

Diminuição da acuidade visual - existem várias doenças oculares que podem causar diminuição da acuidade visual, de que destaco a plesbiopia (ou vista cansada), as cataratas, o glaucoma e a degenerescência macular. Quase todas estas patologias surgem de uma forma insidiosa (a exceção mais evidente é o chamado glaucoma de ângulo fechado, que é uma emergência oftalmológica) e podem não ser valorizados pelo idoso, nem pela sua família ou cuidador. Os familiares e os cuidadores das pessoas mais idosas devem estar atentos a alguns comportamentos anómalos: começar a embater em móveis ou a derrubar objetos; falhar na tentativa de alcançar um objeto que quer segurar; cair ou andar de forma hesitante... Em complemento a estes conselhos, vou dar algumas dicas para familiares e cuidadores de idosos com diminuição da acuidade visual: mantenha “luzes de presença” acesas durante a noite, tanto no quarto de dormir como no caminho para casa de banho; providencie uma boa lente de aumento, de preferência com fonte de luz acoplada; se tiver escadas em casa, coloque uma fita adesiva, de uma cor que faça contraste com a cor do piso das escadas, antes do primeiro e no último degrau.

Estes e muitos outros temas da saúde do idoso estão tratados em mais pormenor no livro Saber Envelhecer – Uma viagem pela saúde dos seniores, que acabei de escrever e que podem encontrar nas bancas na segunda quinzena de outubro.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Candidaturas à 1ª edição decorrem até 31 de dezembro
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), com o patrocínio da Organon Portugal, lançou o Prémio “Saúde Cardiovascular na...

As candidaturas à 1ª Edição já se encontram abertas, e os interessados podem concorrer até 31 de dezembro. Todos os autores ou grupo de autores que desenvolveram um trabalho de investigação original nos domínios da prevalência, diagnóstico, prevenção ou tratamento das doenças cardiovasculares na Mulher, podendo incluir estudos clínicos ou outra tipologia de estudos, desde que previamente aprovados pelas entidades competentes, podem submeter os seus trabalhos em formato PDF através do e-mail: [email protected].

O Prémio “Saúde Cardiovascular na Mulher”, através da SPC, vai atribuir três mil euros ao trabalho de investigação vencedor: dois mil serão entregues no Congresso Português de Cardiologia de 2023, e os restantes mil euros após a publicação do trabalho numa revista ou jornal com peer-review.

Todos os trabalhos serão analisados por um Júri composto por três elementos de reconhecido mérito científico, nomeados pela Direção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, e a sua avaliação basear-se-á: na importância clínica abordada pelo trabalho, originalidade e robustez dos resultados.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, “atualmente, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte das Mulheres portuguesas. Com a criação do Prémio, a SPC pretende dinamizar e incentivar a investigação científica nesta área, de modo a contribuir para a progressão do conhecimento científico e garantir a melhoria da prestação dos cuidados de saúde às Mulheres”.

“Atender às necessidades de saúde das Mulheres e contribuir ativamente para a identificação de soluções que contribuam para a sua qualidade de vida. É este o compromisso que está na base do legado da Organon e que nos move a apoiar o lançamento de prémios como este, que contribuem para o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde e entidades desta área”, sublinha o Prof. Doutor Rui Mesquita, Medical Lead da Organon Portugal. 

Saiba mais sobre o Prémio aqui.

Dia Mundial da Música
São várias as situações que podem pôr em risco a nossa saúde auditiva, e ouvir música alta é uma del

A exposição inadequada à música pode, de facto, danificar irreversivelmente as delicadas células nervosas do ouvido interno, que começam a vibrar com intensidade excessiva. A perda auditiva pode prejudicar tanto a capacidade de fazer música quanto a capacidade de ouvir música, o que afeta a qualidade de vida e as interações sociais da pessoa em questão.

Os músicos adultos – independentemente do género de música que tocam – correm o risco de perda auditiva e mais de metade têm uma deficiência auditiva diagnosticada (1) . A história da música está repleta de artistas reconhecidos internacionalmente com problemas auditivos: de Beethoven a Sting, passando por Phil Collins e Gino Paoli.  O que não é surpreendente se considerarmos que o nível sonoro de uma orquestra sinfónica completa pode atingir os 110 decibéis, bem acima do ruído produzido por um metro em movimento (cerca de 90 decibéis) ou de um martelo pneumático (100 decibéis a uma distância de 3 metros), por exemplo.

É possível desfrutar da música em pleno, protegendo a audição:

  • Usar protetores auriculares, recomendados para músicos e outros profissionais ligados à produção musical e ao mundo do entretenimento. O som dos instrumentos ou dos altifalantes pode facilmente exceder 100dB e a longa exposição a este nível de som pode prejudicar a audição.  Os protetores auditivos para músicos permitem que estes profissionais desfrutem de toda a qualidade de som enquanto trabalham, ao mesmo tempo que se protegem dos riscos associados ao volume sonoro. 
  • Ficar longe das colunas do som. É nas saídas do som que o ruído atinge proporções maiores;
  • Estabelecer limites de volume para audição de música e vídeo jogos entre os 60 e os 85 decibéis, os limites considerados saudáveis pelos especialistas em saúde auditiva;
  • Não usar fones para ouvir música (ou outras situações de comunicação), de forma prolongada, mas sim pontual. A maioria dos fones que se encontram à venda possuem uma potência máxima de 90 a 120 decibéis, bem acima do volume máximo recomendado. A utilização prolongada de dispositivos móveis para ouvir música por parte da geração mais jovem resultou, nos últimos 15 anos, num aumento de 30% nos problemas auditivos. Um em cada cinco adolescentes tem algum tipo de problema auditivo (2).
  • Fazer pausas regulares. “Descansar” os ouvidos para prolongar as células que ativam o sistema auditivo.

 

Fontes:

1 Hearing loss high among musicians, Jody O'Callaghan (Massey University), Sunday Star-Times, 9 December 2012.

2 Addressing the prevalence of hearing loss, Organização Mundial da Saúde, 2018 p.10 https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/260336/9789241550260-eng.pdf?sequence=1&ua=1

Fonte: 
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Iluminação interna ajustada à taxa de utilização e ocupação dos serviços
A Lusíadas Saúde irá implementar um conjunto alargado de novas medidas para diminuir o consumo energético em todos os hospitais...

Já a partir do próximo sábado, a Lusíadas Saúde irá, entre outras ações, desligar a sinalética externa de todos os edifícios – nomeadamente a iluminação de carater informativo e/ou decorativo das fachadas, tais como lonas e estandartes publicitários – e a iluminação de jardins; ajustar permanentemente quer a iluminação interna à taxa de utilização e ocupação dos serviços quer o sistema AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado); garantir que todos os equipamentos sem utilização noturna são desligados (ex: Ecógrafos, RX, entre outros); e destacar equipas para controlo e monitorização das medidas definidas.

Esta iniciativa transversal ao Grupo, e à qual acrescem ações individuais das unidades de saúde, resulta de um rigoroso trabalho de identificação desenvolvido ao longo das últimas semanas com o envolvimento de diversas áreas corporativas e operacionais para salvaguardar não só o elevado nível de qualidade clínica, como também a segurança e o conforto dos Clientes.

Este posicionamento vem reforçar o plano de Sustentabilidade que, desde 2019, tem vindo a ser materializado em diversos projetos que garantem o equilíbrio entre as vertentes ambiental, social e económica. A Lusíadas Saúde continuará a reforçar este pacote de medidas para responder aos desafios atuais e futuros.

“A área da saúde é responsável por um intensivo consumo de energia, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Consciente do impacto ambiental da sua atividade, da crise geopolítica europeia e das consequentes dificuldades e perturbações no mercado mundial de energia, e tendo sempre presente o compromisso de reduzir a sua pegada ecológica e aumentar a consciencialização em torno deste tema, a Lusíadas Saúde defende a urgência da implementação destas iniciativas e, desde já, pede a compreensão dos seus Colaboradores, Clientes e Comunidade. Este é um caminho a percorrer em benefício de todos”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde.

 

01 de outubro - Dia Internacional de Consciencialização para a Hepatite C
A hepatite C é uma doença infeciosa que causa inflamação do fígado e é provocada pelo vírus da hepat

Desde 2015 que estão disponíveis novos fármacos para o tratamento da hepatite C, designados de antivirais de ação direta, que são altamente eficazes, com taxas de cura na ordem dos 97%.  Estes medicamentos são disponibilizados gratuitamente ao utente, muito bem tolerados e possuem poucos efeitos colaterais. A duração desta terapêutica é efetuada por períodos cada vez mais curtos, podendo a maioria dos doentes atingir a cura após 8 semanas.

Dado o elevado impacto desta doença, as Nações Unidas na sua Assembleia Geral de 2015 definiram na Agenda para 2030 vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nos quais incluíram a erradicação das hepatites como principais causas de morte até essa mesma data. Desde então, a Organização Mundial de Saúde tem emitido várias orientações para o atingimento deste objetivo, incluindo medidas ao nível da prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados aos doentes com hepatite C.

Dada a facilidade atual de tratamento, o esforço dos profissionais de saúde a nível mundial tem-se centrado no diagnóstico do maior número de indivíduos, com enfoque particular nos grupos de risco, e na agilização do acompanhamento, disponibilização e cumprimento do tratamento. Em Portugal, têm sido levadas a cabo várias ações de rastreio da população geral, estando inclusive disponíveis testes rápidos nalgumas farmácias comunitárias.

O acompanhamento comunitário de indivíduos em situação de exclusão social, inseridos em Programa de reinserção ou recuperação, frequentadores de Programas de Consumo Assistido de estupefacientes, etc., tem constituído uma prioridade e o trabalho desenvolvido entre os profissionais de saúde e as ONG que dão apoio a estes indivíduos tem resultado em ganhos significativos no cuidado aos mesmos, possibilitando um diagnóstico de proximidade e um acompanhamento ao longo do processo de tratamento.

Contudo, muito há ainda a ser feito. É também necessário consciencializar a comunidade e o poder político para estas problemáticas.

Se tem algum dos fatores de risco acima mencionados e nunca realizou o teste da hepatite C, fale com o seu médico! A hepatite C tem cura!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Fórum de Reflexão
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai realizar um Fórum de Reflexão sobre a temática “Cardiologia de...

O fórum de reflexão conta com a participação de responsáveis de laboratórios de hemodinâmica nacionais, bem como com os coordenadores das iniciativas APIC e antigos membros dos órgãos sociais da APIC, que vão abordar temas, tais como: “Treino e certificação”; “Via verde coronária e regimes de prevenção”; “Intervenção valvular”; “Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção”; e “APIC e CI – presente e futuro”. Consulte o programa completo aqui: https://bit.ly/3SH8pal

 

 

Programa Movimento 50+
No âmbito do Dia Mundial do Cancro Digestivo, amanhã 30 de setembro, o Grupo Ageas Portugal, a Médis e a Fundação Ageas alertam...

Durante a iniciativa, que decorreu de 30 de março a 31 de maio, foram realizados rastreios a 1883 indivíduos, com idades compreendidas entre os 45 e os 74 anos, na sua maioria mulheres (51%). A taxa de positividade foi de 6,1% no género feminino e 5,7% no masculino – e superior em comparação com a campanha de 2021. Em termos geográficos, Lisboa foi o distrito com maior número de rastreios realizados (826), seguido do Porto (310) e Setúbal (203). O distrito de Lisboa regista uma taxa de positividade de 7,5%, seguindo-se o distrito de Setúbal com 6,9%, ambos com taxas superiores à nacional. 

Patrícia Ramalho, Responsável do Programa Movimento 50+, refere que “O cancro colorretal é uma doença que se desenvolve de forma silenciosa, ou seja, assintomática, resultando em diagnósticos tardios e consequentes taxas de sobrevida muito reduzidas.  A duplicação da incidência em indivíduos com idade inferior a 50 anos, nos últimos 10 anos, também contribui para que continuemos a investir em iniciativas que sensibilizem os portugueses para a importância do rastreio e da prevenção. A nossa meta é melhorar a saúde dos portugueses, o caminho sabemos ainda é longo, mas campanhas como estas são um passo relevante nesse sentido. Queremos salvar vidas alertando para a importância da prevenção, da deteção precoce e do diagnóstico também precoce.”.

Sensibilizar para a deteção precoce do Cancro Colorretal é uma das principais missões deste Movimento, que já está a trabalhar para alargar os rastreios a partir dos 45 anos. Num dia dedicado ao Cancro Digestivo e face à resistência generalizada na adesão a esta campanha de rastreio, o Grupo Ageas Portugal, atento à necessidade de continuar a promover uma sensibilização recorrente que garanta um acréscimo da literacia em saúde e que culmine num maior envolvimento dos portugueses nestas ações.

 

Valor da recolha de pilhas e equipamentos elétricos usados reverte para o IPO Lisboa
O Electrão – Associação de Gestão de Resíduos junta-se este ano ao Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil ...

A campanha, que decorre até 31 de dezembro de 2022, tem como objetivo a recolha de, pelo menos, 100 toneladas de resíduos, que irão reverter num montante mínimo de 32 mil euros que o Electrão entregará ao IPO. A quantia atribuída será utilizada para aquisição de equipamentos médicos.

Todas as pessoas podem contribuir para o sucesso desta iniciativa entregando pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados em qualquer um dos 8 mil pontos de recolha da rede Electrão. Os locais de recolha podem ser consultados em www.ondereciclar.pt.

Na zona de Lisboa, no caso de grandes eletrodomésticos, pode ser solicitado o serviço de recolha ao domicílio através de um número de telefone gratuito (800 262 333). 

Também podem associar-se a esta campanha as empresas de todo o país, através da dinamização de ações internas para reunir pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados, solicitando a posterior recolha ao Electrão.

Os resultados da campanha “Todos pelo IPO” serão divulgados em fevereiro de 2023.

Para mais informações sobre a campanha consultar o site do Electrão ou o site do IPO Lisboa.

Proteger a saúde e o ambiente

As pilhas, baterias e os equipamentos elétricos usados, que não são corretamente encaminhados para reciclagem, constituem um problema grave para o ambiente e para a saúde humana, uma vez que à medida que se degradam vão poluindo o ar, o solo e a água pela libertação de componentes tóxicos nocivos. Assim, é imperioso que estes aparelhos sejam encaminhados para reciclagem em unidades especializadas para o efeito.

“Ao dar as mãos ao IPO, no âmbito desta campanha, o Electrão reforça a sua missão que é também a de proteger a saúde humana. Paralelamente, continuamos a pugnar pela defesa do ambiente e a promover o correto encaminhamento de pilhas, baterias e equipamentos elétricos para reciclagem”, sublinha o CEO do Electrão, Pedro Nazareth.

42% dos jovens com uma média etária de 14 anos
São já 42,2% os adolescentes no país com sintomatologia depressiva, segundo revelam os resultados da intervenção, no último ano...

De acordo com os dados obtidos, tendo por base uma amostra de 5440 jovens, com uma média etária de cerca de 14 anos e a frequentarem mais de 150 escolas de norte a sul de Portugal (incluindo a região autónoma da Madeira), 28,5% dos adolescentes expressaram indícios e manifestações de depressão moderados (13,3%) ou graves (15,2%), sendo que as raparigas manifestaram maiores vulnerabilidades dos que os rapazes.

De acordo com os dados obtidos, tendo por base uma amostra de 5440 jovens, com uma média etária de cerca de 14 anos e a frequentarem mais de 150 escolas de norte a sul de Portugal (incluindo a região autónoma da Madeira), 28,5% dos adolescentes expressaram indícios e manifestações de depressão moderados (13,3%) ou graves (15,2%), sendo que as raparigas manifestaram maiores vulnerabilidades dos que os rapazes.

Divulgados quarta-feira, em Coimbra, os resultados desta intervenção mostram, também, algo positivo: entre o diagnóstico de situação, as intervenções em contexto escolar (5 sessões) e a avaliação final, constata-se uma melhoria ao nível do bem-estar e do autoconceito, com uma associada diminuição da sintomatologia depressiva.

«Estão todos de parabéns», congratulou-se José Carlos Santos, ao intervir na sessão de abertura do XI Encontro Mais Contigo, realizado na ESEnfC, onde agradeceu «todo o trabalho desenvolvido pelas equipas locais, sobretudo dos cuidados de saúde primários, na implementação do programa».

«Temos sabido, pouco a pouco, de forma sustentável, solidificar o Mais Contigo e fazê-lo chegar, de forma responsável, a mais pessoas em mais regiões», notou o docente do ensino superior.

Para José Carlos Santos, «estes resultados aumentam a responsabilidade de todos: pais, professores, auxiliares, profissionais de saúde, autarquias e políticos», seja «pela proximidade e pelo olhar necessário, pelo saber escutar, pela capacidade de estar presente», ou «pelas respostas imediatas mais especializadas».

Coordenador do programa apela a sinergias entre vários ministérios

«Tudo isto fará sentido se a saúde mental, ultrapassada a pandemia, conseguir ser uma prioridade, tiver um planeamento nacional, mas não perdendo o olhar e práticas de proximidade», sustentou o coordenador do Mais Contigo, que disse acreditar «que o recente decreto-lei nº 113/2021 (que estabelece os princípios gerais e as regras da organização e funcionamento dos serviços de saúde mental) nos responsabiliza a todos nesta visão».

O enfermeiro José Carlos Santos voltou a alertar que o trabalho que tem sido desenvolvido «apela a uma maior necessidade de presença de profissionais de saúde mental nas escolas, sejam psicólogos ou enfermeiros de saúde mental, mas também de maior interligação entre a escola e as instituições de saúde».

«O estigma, os processos de negação, de vergonha, de medo, de incompreensão e de falsos conceitos estão ainda presentes e dificultam intervenções atempadas», advertiu o professor da ESEnfC.

Para José Carlos Santos, «as razões da existência do Mais Contigo são cada ano mais aprofundadas», sendo que «o impacto da pandemia, com mais procura de cuidados de saúde mental, com mais distúrbios de ansiedade, de sintomatologia depressiva e mais alterações comportamentais, reforçam a sua importância».

O coordenador do Mais Contigo salientou, ainda, a «dificuldade de prevenir os comportamentos suicidários, um comportamento complexo, multifacetado, onde as determinantes sociais têm um peso importante e onde a saúde é um dos interlocutores, mas está longe de ser o único, implicando medidas globais, criando sinergias entre os diversos ministérios, da Segurança Social, Emprego, Educação, Ensino Superior, Administração Interna e diversos organismos não governamentais».

Na sessão de abertura do XI Encontro Mais Contigo intervieram, ainda, a enfermeira diretora do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Áurea Andrade, a presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, Rosa Reis Marques, a representante da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, Ana Paula Monteiro, a representante da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, Ana Matos Pires, e o Presidente da ESEnfC, Fernando Amaral.

No último ano letivo, o programa Mais Contigo contou com a colaboração de 18 agrupamentos de centros de saúde das administrações regionais de Saúde do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo, do Algarve e do Norte. Que colaboraram nas intervenções realizadas em 69 agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas, 88 escolas e colégios.

Este projeto de âmbito nacional trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência.

O programa Mais Contigo é promovido em Portugal, desde o seu início, pela ESEnfC e pela ARS do Centro, com uma forte presença de enfermeiros do CHUC, contando já com múltiplos parceiros de norte a sul do país e nos territórios insulares.

A 1 de outubro na SIC Mulher
O Movimento S vai estrear, no dia 1 de outubro, pelas 10h na SIC Mulher, um programa para toda a família, promotor de bons...

Pedro Jorge, prestigiado mini-Master Chef, e também um adolescente a lutar contra o excesso de peso, por via de alguns hábitos alimentares incorretos e sedentarismo, será o principal rosto do programa. O mesmo incidirá, por um lado, na sua mudança pessoal (acompanhada por especialistas) e, por outro, na criação e ampliação de um movimento que se pretende que sirva de inspiração para muitos outros jovens e famílias portuguesas. Para isso, contará em cada programa com figuras públicas (artistas, influenciadores, apresentadores, Chefs de cozinha), onde terão o desafio de colocar os seus talentos ao serviço desta causa. Pode ser a fazer uma canção, uma dança, um vídeo motivacional, uma receita.

O 1.º episódio irá contar com a presença da família do ator Ricardo Pereira, com o Chef Nuno Queiroz Ribeiro, o Psicólogo Pediátrico Pedro Dias Ferreira, entre outros especialistas na área da saúde.

Nos restantes programas iremos ver figuras como Carolina Patrocínio, Virgul, Miguel Costa, Margarida Serrano, Tia Cátia, Ana Bravo, João Frizza, Isabel Zibaia Rafael, Ana Luísa de Castro, entre outros. 

Fora do ecrã, o MOVIMENTO S tem influenciado crianças e famílias através de um filme - DIMENSÃO S - que contou já com mais de 50.000 espectadores em 80 municípios de todo o país. No verão passado percorreu também cidades de Norte a Sul do País num Roadshow de sensibilização, com uma banda a atuar ao vivo e ações de diversas entidades e empresas que se juntaram a esta causa. 

O MOVIMENTO S tem o Alto Patrocínio do Presidente da República e conta com o apoio das Águas de Portugal, Porto Editora, CPE Clínicas, Oculista das Avenidas, Strong Tribe, Fundação BF. Já a comunicação está a cargo da agência Creative Minds.

“A Saúde Próxima de Todos”
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) anuncia a abertura das inscrições para o 14.º Congresso das Farmácias, que terá lugar...

Sob o lema “A Saúde Próxima de Todos”, o programa do evento visa promover um debate alargado acerca da proposta de valor das farmácias para a vida das pessoas e para o sistema de Saúde. “Transformar a Relação com as Pessoas”, “A Saúde Próxima de Todos” e “Desafios e Oportunidades para o Setor da Saúde” são os grandes temas em discussão ao longo dos trabalhos, que decorrerão em paralelo ao salão de farmácia Expofarma’23.

As inscrições efetuadas até ao dia 30 de novembro beneficiam do desconto do early bird. Os registos são feitos através do site www.14congressoanf.pt.

Submissão de resumos de pósteres científicos alargada até 15 de outubro

O prazo para submissão de resumos de pósteres científicos à 14.ª edição do Congresso das Farmácias foi prolongado até ao próximo dia 15 de outubro.

Estão consideradas três categorias distintas: Profissional, Investigação e Iniciação à Investigação (estudantes do último ano do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas).

Os pósteres serão divulgados no Congresso e, como habitualmente, haverá um espaço para comunicações orais referentes aos melhores trabalhos apresentados.

Os congressistas interessados podem consultar as Normas para Submissão e Apresentação aqui.

 

28 e 29 de outubro
A 13.ª Reunião Anual das Unidades de Acidente Vascular Cerebral (UAVC), organizada pela Sociedade Portuguesa do AVC, acontece...

“Pela primeira vez, decidimos acrescentar a componente virtual a este encontro, certos de que permitirá alargar a participação a muitos colegas de regiões mais afastadas, em particular das ilhas, sem esquecer o alcance a outros países de língua oficial portuguesa”, avança o Prof. Vítor Tedim Cruz, presidente da Direção da SPAVC e coordenador da 13.ª Reunião Anual das UAVC.

Os temas escolhidos para esta reunião de dois dias integram tópicos recorrentes de elevado interesse, como o modelo de tratamento do AVC em Portugal, a otimização das terapêuticas de reperfusão aguda e os alvos terapêuticos na prevenção secundária; mas também temáticas inovadoras, como é o caso da conferência sobre “O ensino da patologia vascular cerebral nas escolas médicas portuguesas” ou a comunicação de “Dados revelantes sobre o AVC em Portugal”. “A abrir a reunião, teremos a divulgação de ensaios clínicos multicêntricos em curso, o que constitui uma oportunidade para envolver mais centros portugueses na investigação em doença vascular cerebral. Convidamos todos a estarem presentes”, destaca o especialista.

Haverá lugar à apresentação de comunicações orais, na sessão “Casos clínicos problema”, após a seleção dos trabalhos candidatos, segundo as regras presentes nas normas de candidatura de trabalhos. Dia 16 de outubro é a data-limite para o envio de resumos.

“Acima de tudo, pretende-se criar um espaço para fomentar o diálogo e o debate multidisciplinar, com a partilha de experiências de diferentes UAVCs do nosso país, procurando uma melhoria contínua do funcionamento destes centros de tratamento dedicados aos doentes com AVC e a consequente melhoria dos cuidados prestados nesta área”, explica o Prof. Vítor Tedim Cruz.

O médico deixa o apelo a todos os interessados: “inscrevam-se para discutirmos novas evidências, aprendermos as melhores práticas de abordagem à patologia cerebrovascular, criarmos pontes entre UAVCs e, claro, revermos colegas num convívio profícuo e desejado”.

 

Análise
A Saúde tem sofrido uma pressão sem precedentes, muito por causa da falta de equilíbrio entre o aume

Mas afinal o que esperar da tecnologia quando o assunto é a saúde? Foi a esta questão que os oradores presentes na Feira do Empreendedor quiseram responder e a resposta parece ser cada vez mais clara: os cuidados de saúde tal como os conhecemos vão deixar de existir, graças a uma relação cada vez mais estreita entre ciência, saúde e tecnologia.

“A transformação digital não nos altera o negócio, permite-me é olhar de forma diferente o negócio. Quem pensa que é por digitalizar a sua empresa que vai passar a ter lucro, ou que vai passar a tratar melhor os clientes que lá vão, está completamente enganado”, explica Pedro Aguiar, CEO da AH Business, acrescentando: “Isto há uns anos era impensável, mas hoje sou eu quem decide o que faço com a minha saúde”.

“Sabemos que atualmente um dos principais polos de investimento é a longevidade e até há quem procure a eternidade. Mas as crianças de hoje podem ou não viver até aos 140 anos? Temos a tecnologia a favor, mas temos a saúde mental contra. Portanto, é perfeitamente possível, desde que saibamos tratar da nossa cabeça”, salienta ainda.

O tema da saúde mental ganha importância pelo impacto que tem em todas as empresas. “Temos 450 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial, a ter problemas de saúde mental. Isto interfere com as pessoas e com as organizações”, enumera, acrescentando que os altos níveis de stress estão cada vez mais evidenciados especialmente na área da saúde e este tem sido um dos maiores desafios pós-pandemia. Ganha, por isso, importância a possibilidade de os profissionais de saúde ficarem libertos de tarefas que podem ser feitas através da tecnologia, passando assim a ter mais tempo para outras funções e para conquistar o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal e familiar. Pedro Aguiar não deixa margem para dúvidas quanto à eficácia desta mudança: “A maioria do tempo destes profissionais é passada com papelada.”

Para o CEO da AH Business, “quanto mais clássico for o modelo, mais difícil. O crescimento da rentabilidade vai ser a medicina virtual”.

Também Filipa Machado Vaz, Manager na Deloitte, corrobora esta visão sobre o que se passa e se passará na saúde. É importante pensar que o paciente passa na verdade a ser consumidor. “Temos um doente que decide sobre a sua saúde em vez de deixar na mão do médico”, sublinha.

“Temos acesso a dados pessoais e conseguimos informação em tempo real e isto é crucial. Temos vários projetos a acontecer em saúde em Portugal e alguns permitem a monitorização diária, em real time, dos doentes e assim têm avisos. Todos esses dados já integram o processo clínico e o doente, quando chega ao hospital já tem a equipa toda pronta para o receber”, exemplifica.

Aumentar a eficiência e a qualidade nos serviços de saúde é a grande promessa e, acima de tudo, o que fará toda a diferença. Como explica Luís Rosado, Senior Researcher na Fraunhofer, “a tecnologia pode ter um papel crucial num ecossistema de saúde descentralizada, em temas como apoiar os médicos na sua tomada de decisão ou melhor o acesso dos doentes a rastreios e diagnósticos precoces. Na Fraunhofer, temos estado a trabalhar nesta direção e temos no nosso portfólio tecnologias que se baseiam no conceito de desenvolver soluções portáteis e acessíveis”. Falamos de tecnologias que permitem “expandir a acessibilidade e a cobertura quer de rastreio, quer de diagnóstico, para patologias específicas”.

“Temos clínicos e pacientes a interagir à distância e utilizamos estas tecnologias como forma de os conectar, de introduzir alguma inteligência e de garantir que temos sistemas de saúde que sejam eficientes”, acrescenta Francisco Nunes, também Senior Researcher na Fraunhofer.

De acordo com Luís Rosado, podemos todos contar com um objetivo muito claro: Conquistar cada vez mais “uma perspetiva holística do que a tecnologia pode fazer, garantindo que ela se enquadra em processos existentes, com boas práticas, e que dessa forma permite que tenhamos os cuidados de saúde que merecemos”.

Recorde-se que existem exemplos vários do que se tem vindo a conquistar na área da saúde. No caso dos diabéticos, por exemplo, podem esperar por um chip subcutâneo para que o diabético não tenha de se ‘picar’ todos os dias: “A saúde vai ser cada vez mais um produto desta evolução entre o médico e os engenheiros.”

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sensibilizar os portugueses para conhecerem o seu risco cardiovascular
A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), em parceria com a Novartis Portugal, lança hoje o projeto “Conversas pelo Coração”...

O projeto ganha forma num conjunto de conversas, que decorrem online, dirigidas à população em geral, em que um especialista em cardiologia e uma médica de Medicina Geral e Familiar abordam diferentes temas como: o risco cardiovascular, a importância de controlar o colesterol, o acidente vascular cerebral, a insuficiência cardíaca e a doença cardíaca.

Nesta primeira sessão, em que participam o presidente da FPC e cardiologista Manuel Carrageta, e a médica de Medicina Geral e Familiar, Rita Aguiar Fonseca (a anfitriã das Conversas pelo Coração), é abordado o risco cardiovascular, reforçando a mensagem de que todas as pessoas têm um risco de doença cardíaca, do qual devem estar cientes de forma a minimizá-lo. Por exemplo, controlar os níveis de colesterol e ter hábitos de vida saudáveis. Este tema será também abordado na perspetiva da prevenção secundária, no sentido de prevenir um novo evento cardiovascular, por exemplo AVC, em doentes que já passaram por essa ocorrência.

Em Portugal as doenças cardiovasculares têm um forte impacto na sociedade: a cada 15 minutos morre uma pessoa por doença cardiovascular. As doenças cardiovasculares têm também um impacto económico, representando um custo de 1.9 mil milhões de euros, 11% da despesa total de saúde. É por isso urgente, e absolutamente necessário, eleger a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças cardiovasculares como uma prioridade nacional.

“Todos temos a obrigação de cuidar da saúde do nosso coração, não só por nós e por aqueles que nos são mais próximos, mas também pelo impacto que a doença cardiovascular de cada um tem na sociedade. A prevenção das doenças cardiovasculares é possível, e está ao alcance de todos, através da adoção de hábitos de vida mais saudáveis. É importante que cada um tenha consciência do que pode fazer pela sua saúde e pela sociedade, e em que medida a sua saúde cardiovascular está em risco, como é que pode fazer essa avaliação”, esclarece o presidente da FPC, Manuel Carrageta.

A primeira “Conversa pelo Coração” acontece hoje, em direto no Facebook e YouTube da FPC, pelas 21h30, e conta com o apoio da Novartis.

 

Dirigido a alunos, famílias, professores e funcionários das escolas
Denominado “Ao teu lado - Programa de Promoção de Bem-estar Mental nas Escolas”, tem como objetivo preparar melhor as pessoas...

Lançado agora e a decorrer nos próximos quatro anos (2022 a 2026) em Portugal continental, o programa “Ao teu lado” é financiado pela Z Zurich Foundation, gerido pela Zurich Portugal e Missão Azul e implementado pela EPIS - Empresários Pela Inclusão Social em parceria com a Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo - Comportamental (UPC³) da Universidade de Coimbra.

O programa, que na fase de lançamento conta com mais de 100 escolas públicas inscritas, vai envolver mais de 42 mil alunos do 3.º ciclo, com idades entre os 12 e 15 anos, cerca de 800 professores e 2.105 famílias.

O programa “Ao teu lado” divide-se em duas fases. A primeira fase – que decorre no ano letivo 2022/2023 - compreende a realização de sessões de grupo com alunos, famílias, professores e funcionários das escolas, com vista à consciencialização sobre o bem-estar mental e a necessidade de estar alerta para entender os primeiros sinais e sintomas.

Na segunda fase - anos letivos 2023/2024, 2024/2025 e 2025/2026 - serão desenvolvidos programas de intervenção para dois grupos distintos: um para adolescentes e outro para professores. No caso dos adolescentes, o foco vai estar na promoção de estratégias de regulação das emoções, enquanto que para os professores, o objetivo vai passar pelo reforço das estratégias de regulação das emoções, mas na perspetiva desta profissão tão específica, promovendo o recurso a estratégias de regulação emocional adaptativas, na hora de enfrentar dificuldades emocionais ou problemas de relacionamento com os alunos.

Para além das ações nas escolas, ao longo dos quatro anos, a equipa dedicada ao programa “Ao teu lado” vai produzir conhecimento científico para posterior partilha com o público em geral. A avaliação do impacto e eficácia do programa integra um projeto de investigação plurianual que analisará as alterações mais relevantes ao nível da aquisição de competências de regulação de emoções e aumento do bem-estar emocional e da qualidade de vida. Com esta investigação será possível avaliar o efetivo aumento do bem-estar mental.

Opinião
No dia 29 de setembro celebra-se mais um Dia Mundial do Coração.

São 3 desígnios com um espectro e alcance de ação muito diferentes, mas com o propósito comum de tornar melhor o mundo em que vivemos, à escala global e individual, promovendo também a saúde cardiovascular.

“Usa o coração pela Humanidade”, alerta para o importante problema da equidade no acesso à saúde, mais premente nos países de médio-baixo rendimento (onde ocorrem 75% das mortes cardiovasculares) mas presente em todo o mundo, incluindo no nosso país. Também em Portugal o acesso aos cuidados de saúde tem assimetrias, como temos vindo a ser relembrados diariamente. O combate a essa desigualdade tem muitas frentes, mas podemos tentar fazer a nossa parte, como profissionais de saúde ou como cidadãos, promovendo uma organização mais colaborativa e aberta à comunidade das estruturas de trabalho onde estamos inseridos, ou participando em ações de divulgação e literacia em saúde e de voluntariado social.

“Usa o Coração pela Natureza” convoca-nos para a proteção do nosso planeta, fragilizado pela agressão constante a que o temos sujeitado e que se repercute em nós, os agressores, de variadas formas. A poluição aérea (responsável por 25% das mortes cardiovasculares e por várias doenças respiratórias, do enfisema ao cancro do pulmão) e as ondas de calor e frio extremos (causa de mortalidade e descompensação de muitas doenças crónicas) são duas consequências inegáveis do impacto da ação humana no seu ecossistema. Todos podemos contribuir para minimizar essa ação com pequenos gestos diários: preferir andar a pé ou de bicicleta em vez de usar veículos motorizados, optar por combustíveis mais ecológicos, reciclar e reduzir o desperdício e poupar água, por exemplo.

“Usa o Coração por ti” é uma chamada de atenção para o impacto que o stress psicológico (que pode duplicar o risco de enfarte do miocárdio) e os maus hábitos de vida a ele associados podem ter na saúde cardiovascular. Temos vivido tempos particularmente desafiantes desse ponto de vista e, por isso, torna-se ainda mais relevante promover hábitos de vida saudável em nós e nos que nos rodeiam. Aprender a lidar com o stress de uma forma positiva, fazer exercício físico regular, adotar uma dieta e hábitos de sono saudáveis e renunciar ao consumo de álcool e tabaco podem fazer muito pelo nosso coração e pela nossa saúde em geral.

Neste Dia do Coração, saibamos ouvi-lo com atenção para repensar o nosso estilo de vida e usá-lo para fazer escolhas mais sustentáveis, contribuindo para uma Natureza e Humanidade mais saudáveis e um mundo necessariamente melhor, para nós e para as próximas gerações.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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