Opinião
O dia 14 de fevereiro assinala o Dia Nacional do Doente Coronário, data esta instituída pela Fundaçã

A doença das artérias coronárias é responsável por um grande número de mortes e hospitalizações em Portugal, estando intimamente relacionada com a elevada prevalência de hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipercolesterolémia, obesidade e tabagismo na população. Todos estes fatores de risco interagem entre si para promoverem o processo de aterosclerose que leva à obstrução das artérias coronárias, aumentando assim o risco de angina de peito e de enfarte agudo do miocárdio. Trata-se de uma doença crónica progressiva ao longo da vida, pontuada por agudizações que podem ser fatais.

O processo de aterosclerose não é específico da doença coronária sendo partilhado com patologias como o acidente vascular cerebral, doença arterial periférica e a doença renal crónica, por exemplo. Assim, se sofre de uma ou mais destas patologias encontra-se em risco de doença coronária e deve consultar o seu médico para saber como se proteger.

De facto, o controlo dos fatores de risco na população em geral, visando os alvos preconizados pelas linhas orientadoras nacionais e internacionais, permite reduções significativas na morbimortalidade por doença coronária.

Olhando a doença coronária de outra perspetiva, importa não esquecer que esta constitui um dos principais fatores de risco para insuficiência cardíaca, um verdadeiro problema de saúde pública em Portugal. A insuficiência cardíaca constitui a principal causa de internamento acima dos 65 anos, tem uma sobrevida estimada de 50% a 5 anos e é responsável por elevados custos em saúde, nomeadamente em internamentos.

Proteger o seu coração começa por si.

Informe-se sobre o que é a doença coronária, quais os sintomas e quando pedir ajuda, nomeadamente através da linha 112. Lembre-se ainda que há muito que está nas suas mãos para proteger o seu coração. A adoção de um estilo de vida mais saudável, evitando o tabagismo, com prática de exercício físico regular e com uma dieta variada pobre em sal e gorduras, bem como adesão aos fármacos prescritos pelo seu médico poderão fazer a diferença. Não falte às suas consultas e prepare-as levando consigo toda a medicação que se encontra a fazer.

No dia 14 de fevereiro, proteja o seu coração e guarde-o para o seu Valentim.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação de Profissionais Licenciados de Optometria realizou a tradução do documento
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), entidade de utilidade pública, traduziu para português a...

O Guia tem como principal objetivo incluir os cuidados para a saúde da visão no âmbito da cobertura universal de saúde, que prevê que todos os indivíduos devem receber os cuidados para a saúde da visão que necessitam, com qualidade e sem sofrer de dificuldades financeiras.

A proposta da OMS apresenta várias estratégias que fornecem apoio prático aos Estados Membros no planeamento e implementação de cuidados para a saúde da visão integrados centrados nas pessoas.

“Foi com um enorme orgulho que a Associação de Profissionais Licenciados de Optometria auxiliou a OMS na tradução deste guia, que constitui uma ferramenta valiosa para os governos, mas também para prestadores de serviços de saúde e outros parceiros relevantes de todos os países lusófonos, que diariamente trabalham pelo desenvolvimento dos cuidados para a saúde da visão” afirma Raúl de Sousa, Presidente da APLO. O documento da Organização Mundial da Saúde está disponível em "Cuidados para a Saúde da Visão nos Sistemas de saúde: Guia para a Ação".

 

 

 

13 de março
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), com o apoio do Sommer Cook, vai promover um workshop de culinária centrado...

O workshop tem como objetivo ajudar os doentes hemato-oncológicos, familiares, cuidadores e profissionais de saúde relacionados, a aprofundar o seu conhecimento nutricional em contexto de doenças hemato-oncológicas, esclarecendo todas as dúvidas inerentes.

Diana Alexandre e Inês Almada Correia, nutricionistas, conduzem a primeira parte do workshop fazendo uma introdução teórica à nutrição. Por sua vez, o Chef Pedro Sommer e o Chef Leandro Batista vão partilhar receitas e sugestões nutricionalmente equilibradas e saborosas.

Esta é mais uma iniciativa promovida pela APCL que pretende criar um espaço de partilha de informação e experiências relevantes para pessoas que vivem ou lidam com doenças hemato-oncológicas.

A participação é gratuita e a inscrição deve ser efetuada até dia 9 de março, através do email [email protected] ou do contacto telefónico, 213 422 205.

 

Ambulatório
Dando continuidade ao seu compromisso com o bem-estar psicológico para uma melhor saúde, a Médis passou a disponibilizar uma...

Para responder às necessidades dos portugueses nesta área, a seguradora de saúde do Grupo Ageas Portugal defende uma abordagem holística e acrescenta aos serviços que já tinham disponíveis para a Saúde Mental, novas respostas na prevenção, promoção e no tratamento.

A juntar aos serviços que sempre fizeram parte da proteção nesta área como a Linha Médis, o Médico Assistente Médis, acesso a Psicólogos e a consultas de psiquiatria e mais recentemente o Médico Online, a seguradora lança uma cobertura específica para a Saúde Mental, que se diferencia por limites claros de consultas/sessões e dias de internamento, particularmente relevante no cenário atual de subidas de preço face à inflação, disponibilizando o acompanhamento continuo necessário para prevenir ou tratar a doença mental e promover a saúde mental.

Para Teresa Bartolomeu, Responsável da Oferta de Saúde do Grupo Ageas Portugal “este é um problema de saúde com grande impacto na população portuguesa e para o qual é urgente criar respostas. A responsável avança ainda que “por não serem consideradas doenças físicas, a Saúde Mental fica habitualmente para segundo plano, colocando em risco a sua prevenção e respetivo tratamento. A Médis decidiu apostar numa resposta abrangente, e investir nesta área de uma forma estratégica, assegurando-a como um dos pilares fundamentais para uma boa saúde, pois a saúde física e mental complementam-se”.

Para a melhoria da resposta na Saúde Mental a Médis conta com a colaboração da Ordem dos Psicólogos reforçando o seu compromisso na criação de uma proteção diferenciadora. A seguradora acrescenta também ao seu portefólio consultas de psicologia (nas diversas áreas de atividade) e psiquiatria online, através da sua app, garantido que mais pessoas conseguem aceder a estas especialidades mesmo à distância.

No site da Médis, há ainda um espaço exclusivamente dedicado à Saúde Mental, com conteúdos sobre promoção da saúde mental, deteção precoce e tratamento, bem como ferramentas de autoavaliação na área da saúde mental e bem-estar. Para a marca, é igualmente prioritário fomentar a literacia em Saúde Mental, sobretudo junto das faixas etárias mais jovens, alertando desde cedo para as problemáticas de foro psicológico.

Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS)
O Prémio de Investigação Noémia Afonso, promovido pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), tem as candidaturas a decorrer...

Os trabalhos apresentados serão avaliados pela sua investigação de natureza interdisciplinar, pela sua contribuição na melhoria da intervenção clínica e pelo real impacto no desenvolvimento científico, através de critérios como a originalidade e grau de inovação, exequibilidade e potencial impacto na prática clínica ao nível do cancro da mama.

De acordo com o presidente da SPS, José Carlos Marques: “a SPS não tinha nenhum prémio desta natureza que pretendesse estimular a investigação, pelo que este é mais um passo em prol da promoção da interdisciplinaridade entre as várias especialidades médicas na área do cancro da mama.”

“Este Prémio surge como uma oportunidade de homenagear a nossa colega Noémia Afonso, membro ativo da Sociedade que nos deixou de forma prematura, uma oncologista muito respeitada entre os seus pares. O prémio com o seu nome foi uma forma de perpetuar a sua memória”, acrescenta José Carlos Marques. E conclui que “estamos muito esperançados e otimistas de que vamos ter boas candidaturas.”

Os participantes podem submeter a sua candidatura até 31 de maio através do preenchimento de um formulário na página da SPS.

O grande vencedor desta distinção irá receber 20 mil euros para apoio ao desenvolvimento do projeto, e será anunciado nas XX Jornadas de Senologia, em maio de 2023. Pode consultar o regulamento.

Distribuidores já asseguraram a entrega de 141.840 kits de medicação
A ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos anunciou hoje pretender replicar a outras unidades hospitalares o programa...

Este projeto, desenvolvido em parceria com CHULC e as farmácias comunitárias, já existe há cerca de três anos e surgiu para dar resposta à necessidade de acesso em proximidade à terapêutica hospitalar por parte dos utentes do hospital. Através desta iniciativa, os doentes passaram a poder levantar os medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde hospitalares nas farmácias comunitárias mais próximas da sua área de residência, evitando, assim, que tenham de se deslocar às unidades do CHULC onde são acompanhados.

Segundo os dados mais recentes apresentados por esta associação, desde que este projeto foi implementado os distribuidores farmacêuticos asseguraram a entrega de 141.840 kits de medicação em 1.772 farmácias comunitárias distribuídas por todo o país, livremente selecionadas pelos utentes, dos quais 32.983 kits correspondiam a terapêutica de cadeia de frio.

Nuno Flora, Presidente da ADIFA, sublinha que “Este programa de dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade aos doentes já deu provas do impacto positivo que tem nas pessoas e no Sistema Nacional de Saúde. Basta analisar os números de doentes beneficiados por este sistema e de kits de medicamentos entregues para perceber que este projeto, devido a uma articulação entre os distribuidores farmacêuticos, farmácias comunitárias e centros hospitalares, permitiu reduzir as distâncias de deslocação dos utentes e seus cuidadores às unidades hospitalares, melhorar o acesso, e aumentar os níveis de comodidade e satisfação quanto à dispensa de medicação necessária ao controlo das suas patologias.”

Com base neste caso de sucesso, entende a ADIFA que o Governo deve reafirmar a prioridade na implementação de sistemas de acesso em proximidade de medicamentos nas farmácias, para que este exemplo seja seguido noutros centros hospitalares, com a logística assegurada pelos distribuidores farmacêuticos de serviço completo ao abrigo das Boas Práticas de Distribuição.

 

Desenvolvimento de competências pessoais, sociais, de integração cívica e cidadã
O Projeto SURE (Skills for Unimputable Social Rehab) é um projeto do Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) de Psiquiatria...

Pedro Renca, Enfermeiro Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria do CHUC tem a Coordenação Técnica do projeto e dá nota de que “o projeto SURE teve início em dezembro de 2022, tem a duração de 16 meses, assumindo o CHUC o papel de líder na parceria com a instituição Parc Sanitari San Joan de Deu (PSSJD) em Espanha pretendendo-se, deste modo, transformar as competências comportamentais e sociais desenvolvidas no processo de reabilitação de cada instituição envolvida em competências técnicas e proporcionar a sua utilização pelos restantes técnicos envolvidos.

Ana Dias, Administradora Hospitalar e elemento da coordenação geral, prossegue referindo que se trata de um “projeto que tem por base três eixos fundamentais: apoiar a inserção social e cidadania da pessoa inimputável utilizando estratégias educativas e formação não formal; facilitar o uso corrente de meios de comunicação digitais e adotar e reforçar comportamentos de sustentabilidade ambiental. Com este projeto pretende-se gerar oportunidades para os doentes inimputáveis desenvolverem competências pessoais, sociais, consciência moral e ética, com vista à re(habilitação e reintegração social com a participação ativa na sociedade, contribuindo para as prioridades “Inclusão Social”, “Valores Comuns e Participação Cívica”, “Percursos de Melhoria de Competências” e abordagem dos tópicos Desenvolvimento de Competências Chave”, “Competências Digitais” e “Ambiente e Alterações Climáticas”. É também desígnio deste projeto iniciarmos um processo de colaboração internacional tendo em vista elaborar um Plano de Educação Não Formal que será a base da criação de uma metodologia comum de estratégias educativas para o treino de competências em doentes inimputáveis, a ser desenvolvida em futura colaboração entre estas e outras partes em Programa ERASMUS+.”

Eleonora Santos, Terapeuta Ocupacional, explica que “os grupos alvo do Projeto SURE são: a) os aprendentes que em simultâneo reúnam os seguintes critérios: 1) Pessoas adultas; 2) Pessoas em regime hospitalar psiquiátrico; 3) Pessoas em regime penitenciário ou não, mas com a classificação de doentes inimputáveis; 4) Pessoas sujeitas a treino de competências pessoais, sociais, de integração cívica e de desenvolvimento de consciência moral e ética; b) Beneficiários diretos do Projeto os técnicos que trabalhem com o grupo-alvo, nomeadamente Educadores Sociais, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos e Enfermeiros e as organizações participantes do projeto; c) Beneficiários indiretos os técnicos e as pessoas que queiram seguir e aplicar as práticas desenvolvidas pelo Projeto. Deste modo, irão desenvolver-se ações para incrementar e reforçar competências pessoais, usar meios de comunicação digitais, ter consciência ambiental e apoiar a inserção social e cidadania da pessoa inimputável, elaborar um Guião para um Plano de Educação Não Formal para pessoas inimputáveis, realizando diversas reuniões de coordenação e técnicas de intercâmbio institucional, assim como diversas ações de disseminação do projeto junto da instituição e comunidade regional. “

O Enfermeiro gestor em funções de direção, Fernando Gomes, refere que “no final da implementação do projeto, esperam-se resultados sobretudo a dois níveis: 1. a nível individual, reforço das competências das pessoas inimputáveis, promovendo a sua inserção social, o seu equilíbrio emocional e a sua saúde, dando-lhes oportunidade para evoluírem em temas digitais e ambientais. 2. A nível grupal / regional, apoiar o desenvolvimento e a integração dos grupos inimputáveis, para consolidação dos valores democráticos, a inclusão e a igualdade, em todas as regiões da União Europeia, desenvolvendo metodologias de educação não formal, sustentáveis, reforçando a transição digital e climática.”

Dia Internacional da Epilepsia
A epilepsia é um distúrbio neurológico no qual as atividades cerebrais se tornam anormais, causando

“A variedade de possibilidades de tratamento é muito maior agora”, começa por dizer Van Gompel. “Nós melhorámos muito os resultados nesta área. Acho que é importante explorar as opções de tratamento porque elas podem ter um impacto bastante significativo na vida das pessoas com epilepsia.”

Segundo o especialista, algumas pessoas precisam de tratamento ao longo de toda a vida para controlar as convulsões, “enquanto para outras, as convulsões param de acontecer em algum momento. Para algumas crianças com epilepsia, a doença pode desaparecer com a idade”.

Os medicamentos para epilepsia melhoraram e continuam a ser a forma mais comum de tratamento.

A cirurgia para remover a parte do cérebro que causa as convulsões ainda é uma opção de tratamento importante para os casos em que a doença não é controlada com medicamentos. Nos últimos anos, foram desenvolvidas novas opções de tratamento para epilepsia, incluindo opções minimamente invasivas. 

Os tratamentos mais recentes incluem:

Estimulação cerebral profunda. É feita por meio do uso de um dispositivo colocado permanentemente dentro do cérebro. Esse dispositivo liberta sinais elétricos programados regularmente que interrompem a atividade indutora das convulsões. Esse procedimento é orientado por ressonância magnética. O gerador que envia o sinal elétrico é implantado no tórax.

Neuroestimulação responsiva. Esses dispositivos implantáveis podem ajudar a reduzir significativamente a frequência da ocorrência das convulsões. Os dispositivos de estimulação responsiva analisam padrões de atividade cerebral para detetar convulsões logo no início e libertam uma carga elétrica ou um medicamento que interrompe a convulsão antes que ela provoque algum comprometimento. Pesquisas mostram que essa terapia tem menos efeitos colaterais e pode aliviar as convulsões a longo prazo. O dispositivo é colocado no crânio. 

Terapia térmica intersticial a laser (LITT). Essa opção é menos invasiva do que a cirurgia ressetiva. A terapia usa um laser para identificar e destruir uma pequena porção de tecido cerebral. Uma ressonância magnética é usada para orientar o laser.

Cirurgia minimamente invasiva. Novas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como o ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética, mostram-se promissoras para tratar convulsões, apresentando menos riscos do que a tradicional cirurgia cerebral para a epilepsia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Área fustigada pelos incêndios em Seia
“A Conexão que inspira Sustentabilidade” é o nome da mais recente iniciativa de responsabilidade social da Linde Saúde, empresa...

“Contribuir para a qualidade do ar que respiramos é cuidar do nosso planeta, é cuidar da nossa saúde. Esta iniciativa, em que saúde e sustentabilidade se unem, está alinhada com as nossas preocupações ambientais e com o nosso compromisso de melhorar as condições das comunidades onde vivemos e atuamos. Como tal, além de envolver os nossos colaboradores, esta ação irá envolver a comunidade local.”, refere Maria João Vitorino, Diretora da Linde Saúde.

Ao se registarem gratuitamente na LISA® App e Portal até ao dia 24 de fevereiro, os utentes acompanhados pela Linde Saúde estão a contribuir para o objetivo das 2 mil árvores a serem plantadas no concelho de Seia.

A ação de plantação vai acontecer no dia 25 de fevereiro em parceria com os Projetos ProNatura e Tree-Nation, e também com o apoio da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), Câmara Municipal de Seia e da União de Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros.

A LISA® App e Portal é a área digital exclusiva de quem é acompanhado pela Linde Saúde. Acessível a partir de telemóvel, tablet ou computador, permite o acesso e a gestão da informação de tratamento. De forma rápida e segura, promove a autonomia e a capacitação para a saúde, ao disponibilizar dados de evolução do tratamento, conteúdos educativos, entre outras funcionalidades.

Presente em Portugal há mais de 35 anos, a Linde Saúde dedica-se à prestação de cuidados respiratórios domiciliários, reabilitação respiratória, telessaúde e telemonitorização. É pioneira a nível nacional na telemonitorização de pessoas com doença respiratória e cardíaca e, no âmbito da sua atividade, disponibiliza plataformas digitais exclusivas, dirigidas a utentes e profissionais de saúde, reforçando a proximidade entre eles.

Dia 15 de fevereiro
No próximo dia 15 de fevereiro assinala-se em todo mundo o Dia Internacional da Criança com Cancro. Foi criado em 2002 pela...

Todos os anos são diagnosticados em Portugal 350 novos casos de cancro em crianças. Os especialistas defendem que o diagnóstico precoce é fundamental, permitindo salvar 8 em cada 10 crianças.

O grupo de Educação de Infância do Hospital Pediátrico (HP) vai assinalar o Dia Internacional da Criança com Cancro, no 15 de fevereiro, aliando esta data ao Dia Mundial do Doente que se assinalou no passado dia 11 de fevereiro, com algumas atividades de animação que decorrerão nos períodos da manhã e da tarde, no HP.

No período da manhã do dia 15 de fevereiro, pelas 10,30h, haverá a visita dos Doutores Palhaços e no período da tarde, pelas 15h, 10 personagens do imaginário infantil da Animadora Mafarrica percorrerão os serviços do Hospital Pediátrico, levando momentos de muita animação e cor às crianças que se encontram internadas.

 

“Criar respostas mais especializadas para os idosos”
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar o Curso de...

“O envelhecimento populacional é um fenómeno demográfico com repercussão nos serviços de saúde, verificando-se aumento crescente do número de idosos nas Enfermarias de Medicina, nas Consultas Externas e nos Serviços de Urgência e os profissionais de saúde sentem cada vez mais a necessidade de dar uma resposta mais especializada aos idosos” afirma Sofia Duque, Coordenadora do NEGERMI.

Os doentes idosos apresentam frequentemente várias síndromes geriátricas, condições que habitualmente são subdiagnosticadas na abordagem médica tradicional apesar do enorme impacto na qualidade de vida da pessoa idosa.

São exemplos destas condições a instabilidade e quedas, a imobilidade, a incontinência urinária e fecal, a deterioração cognitiva, a iatrogenia, a malnutrição, a depressão, entre outras. Por outro lado, a pessoa idosa apresenta simultaneamente problemas de natureza económica e social. De forma a otimizar a abordagem da pessoa idosa é necessária uma avaliação holística.

“Como a formação em Geriatria ainda não faz parte da formação pré- e pós-graduada de forma generalizada, este curso é de facto uma mais-valia para todos aqueles que diariamente tratam e cuidam dos idosos” conclui Sofia Duque. Salienta ainda a mais-valia que constitui a oportunidade de durante 1 dia, presencialmente e em grupos pequenos de formandos, se discutirem entre pares, casos clínicos baseados em doentes reais. A discussão será interativa e informal, permitindo aplicar na prática os conhecimentos adquiridos na componente teórica. Todos os formadores são médicos internistas com competência em Geriatria e trabalhando há vários anos com doentes idosos e aplicando a Avaliação Geriátrica Global.

O curso destina-se a Médicos Internos ou Especialistas de Medicina Interna, Médicos de outras especialidades, Médicos da Formação Geral, Alunos de Medicina e outros profissionais de saúde que prestem cuidados a pessoas idosas.

Esta formação é composta por 3 módulos online e 1 presencial! Os módulos online são nos dias 3, 6 e 8 de março de 2023. O módulo presencial é no dia 11 de março, em Lisboa. Pode realizar a sua inscrição nos módulos online, ou no curso completo (3 módulos online + 1 presencial).

Inscrições em: https://www.spmi.pt/curso-de-introducao-a-geriatria/

Opinião
Sabemos que a ajuda internacional e humanitária começou a chegar a algumas zonas afetadas pelos sism

Nos primeiros três meses após uma catástrofe (fase aguda), poderemos assistir a reações emocionais extremas, que apesar da sua expressão “tão marcada”, pode servir de alavanca para a fase seguinte, onde muitas destas pessoas vão conseguir (pelos recursos internos e externos) fazer uma integração e ajustamento (e superação) à situação em que vivem e a tentativa de reconstrução “da vida”.

O trauma psicológico causado por uma catástrofe natural, com milhares de vítimas e de tão grande destruição provoca, em muitas pessoas, sofrimento psicológico - o sentimento de insegurança, o medo da morte, a falta de controlo do ambiente que me rodeia, as perdas materiais, a perda de pessoas significativas (luto) tem um impacto muito negativo a nível psicológico, emocional e social. Sabemos que muitas destas pessoas, desenvolverão quadros psicopatológicos e de doença mental, por exemplo, Perturbação de Stress Pós-Traumático. No âmbito da Psicologia de Emergência, existem ferramentas práticas que podem ajudar estas vítimas e, não resolvendo todas as necessidades, podem, ainda assim, contribuir entre outras coisas, para a diminuição do surgimento de quadros psicopatológicos futuros. A intervenção psicológica em crise e catástrofe e os primeiros socorros psicológicos têm-se mostrado benéficos, tanto em crianças como em adultos que foram expostas a eventos críticos potencialmente traumáticos (e que necessitam de apoio psicológico e social), contribuindo para uma estabilização emocional, para um funcionamento mais adaptativo, gestão/redução do stress inicial, capacitação para o desenvolvimento de estratégias a curto e médio prazo para lidar “com o embate” emocional que a vivência de um evento desta natureza representa na vida destas pessoas.

As pessoas capacitadas, no âmbito dos primeiros socorros psicológicos, começam por observar e ouvir, comunicam de forma eficaz e salvaguardam a dignidade, cultura e as capacidades da pessoa que está a ser assistida. Vão estabelecer uma ligação humana empática - de forma não intrusiva - devem promover a segurança, desde o primeiro momento e providenciar conforto físico e emocional – a possível; devem orientar e acalmar vítimas com reações intensas; ajudam os sobreviventes a comunicar as necessidades e preocupações imediatas e recolhem a informação necessária; oferecem ajuda prática e informação às vítimas; vão conectar as vítimas, assim que possível, à sua rede social de apoio, incluindo família, amigos, vizinhos, e recursos comunitários; tentam promover o coping adaptativo e que as vítimas tenham um papel ativo na sua recuperação e fornecem estratégias que as ajudem a lidar de forma mais eficaz com o impacto psicológico do incidente no imediato e no futuro.

Importante também é que a nível local, pessoas influentes nestas comunidades – com a capacitação necessária - possam ter um papel “nesta recuperação” a curto e médio prazo – A rede de apoio local e comunitário, poderá organizar-se e criar grupos de suporte “onde se acolham, ajudem e acompanhem as vítimas”. Permitindo ainda, o encaminhamento para serviços especializados, ajudar em processos de luto prolongado, identificar sinais/sintomas psicopatológicos persistentes (…).

O “embate psicológico” de eventos traumáticos, pode ser muito violento, no que respeita ao sofrimento psicológicos, as perdas são enormes (reais e simbólicas). A rede de suporte (sentida) e a comunidade, podem ser a “almofada” nestas situações. E a promoção destas redes, pode caber-nos, a todos nós.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial do Doente assinala-se a 11 de fevereiro
A B. Braun vai lançar o livro “Alimentação Saudável para Ostomizados”, um guia com mais de 50 receitas adaptadas para os...

A nutrição e alimentação adequadas desempenham um papel fundamental nos doentes ostomizados. “Pretende-se com este guia e com estas receitas, ajudar a generalidade dos doentes ostomizados a encontrar a resposta a algumas das suas dúvidas e dificuldades. Os efeitos dos alimentos no organismo variam de pessoa para pessoa pelo que, gradualmente, o próprio doente conseguirá compreender e gerir a sua própria alimentação, possibilitando-lhe obter menos efeitos indesejáveis. Importa cada doente estar atento aos sinais e sintomas e solicitar o apoio aos seus profissionais de saúde, sempre que necessário”, explica Tânia Furtado, a nutricionista que colaborou nesta iniciativa.

E acrescenta: “Pretende-se que a alimentação seja o mais variada, saudável e equilibrada possível, podendo ter de ser ajustada de acordo com a sintomatologia que o doente apresente. Este livro deve servir de orientação, para que o doente saiba exatamente que alimentos deve consumir nas primeiras semanas após a cirurgia e, no futuro, que alimentos deve preferir ou evitar, de acordo com o funcionamento do seu trânsito intestinal”.

O livro vai ser apresentado durante o Congresso Nacional de Estomaterapia, que se realizará nos dias 24 e 25 de fevereiro, em Peniche.

A ostomia é um orifício criado na parede abdominal, através de cirurgia, em que o intestino é trazido à pele. É através deste orifício, designado por estoma, que se dá a eliminação das fezes para o exterior, especificamente, para um dispositivo próprio (bolsa coletora), que é colado na pele, em redor do estoma.

Através da alimentação é possível otimizar o estado nutricional, prevenir e tratar défices nutricionais e facilitar a regularização do trânsito intestinal.

Dia 11 de fevereiro
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) promove algumas iniciativas para comemorar o Dia Mundial do Doente, que...

O Gabinete de Humanização Hospitalar dirigiu uma mensagem de esperança para assinalar esta data e alargou a possibilidade de o doente poder estar acompanhado por duas visitas, se as circunstâncias específicas o permitirem, no período das 14h às 18h de sábado, dia 11 de fevereiro. Neste mesmo dia, haverá celebração da eucaristia pelas 11,30h, na capela dos Hospitais da Universidade de Coimbra, para os doentes que queiram e possam estar presentes.

O Grupo de "Literacia para a Segurança dos Cuidados de Saúde de Enfermagem" do CHUC associa-se a esta efeméride, que este ano tem enfoque na garantia do acesso a cuidados de saúde de qualidade, com a publicação do e-book "Literacia em Saúde, Um desafio Emergente - A Literacia em saúde e a qualidade dos cuidados em Enfermagem" reconhecendo, assim, a temática da Literacia em Saúde como uma das determinantes fundamentais para este propósito.

Neste Dia Mundial do Doente, o CHUC deixa uma mensagem de esperança e solidariedade a todos os doentes e o desejo de rápidas melhoras. Congratula-se, também, com os profissionais de saúde que todos os dias prestam cuidados de saúde ao doente, tendo como valor principal a humanização e o respeito pela Pessoa.

O Dia Mundial do Doente foi instituído em 1992 pelo Papa João Paulo II com o objetivo de sensibilizar a sociedade, em geral, para a necessidade de apoiar e ajudar todas as pessoas doentes.

 

Nova delegação dará apoio em proximidade a cerca de 2 000 médicos dentistas da região
A partir deste sábado, a Região Centro passará a contar com uma delegação da Ordem dos Médicos Dentistas. O bastonário Miguel...

Cumpre-se, assim, uma aspiração antiga de dotar a região com as necessárias condições de representação institucional, dando maior apoio aos cerca de 2 000 médicos dentistas que exercem a sua atividade profissional no Centro do país (500 dos quais no distrito de Coimbra).

"Dando continuidade à estratégia de aproximação dos órgãos sociais à classe, o Conselho Diretivo decidiu criar uma estrutura de apoio para os médicos dentistas que exercem no Centro do país. A opção de Coimbra está relacionada com a sua centralidade e com o facto de albergar um polo estratégico no ensino, na inovação e na investigação, que é dinamizado pela Universidade de Coimbra (na qual se insere a formação em medicina dentária)”, explica o bastonário da OMD, Miguel Pavão.

Para Salomão Rocha, representante da Região Centro no Conselho Diretivo da OMD, “a criação de um espaço físico da OMD na Região Centro nasce da intenção de descentralizar a atividade da OMD e da necessidade de dar uma resposta de maior proximidade aos associados desta área geográfica, que é a única que não tem uma estrutura instalada. Coimbra dispõe de boas acessibilidades, que facilitam a interligação com os restantes distritos da região, dando a oportunidade aos médicos dentistas de contactar presencialmente com a OMD, sem terem a necessidade de se deslocarem ao Porto ou a Lisboa”.

 

 

 

 

 

Perturbação do funcionamento do cérebro
A cirrose hepática é a fase final de agressões continuadas ao fígado, como por exemplo no consumo re

A encefalopatia hepática está relacionada com a inflamação e a lesão do fígado, que por sua vez leva a alterações no sistema nervoso, principalmente pela acumulação de substâncias tóxicas que o fígado não conseguiu eliminar do sangue, pelo seu funcionamento estar comprometido. Esta consequência pode surgir de forma silenciosa e progredir para uma sintomatologia debilitante, que vai impactar a personalidade e comportamento do doente no dia a dia. É possível manifestar-se através de:

  • Desorientação mental;
  • Raciocínio lento;
  • Esquecimentos constantes;
  • Sonolência;
  • Tremores;
  • Problemas na coordenação motora;
  • Perturbações no sono;
  • Coma (nos quadros clínicos mais graves e com prognóstico reservado).

É essencial que seja feito um exame clínico que despiste a causa das alterações neurológicas e se avalie a gravidade da perturbação. Deve haver uma mobilização de esforços por parte do cuidador e profissional de saúde, especialmente nos casos graves em que a fragilidade mental é substancial e muitas vezes negligenciada pelo portador.

Apesar de passarem despercebidos, os sinais de alerta como apatia no discurso, irritabilidade, agressividade e condução de forma perigosa, por parte de doentes hepáticos, devem constituir um motivo para procurar ajuda médica. Os sintomas não devem ser em nenhuma instância ignorados, uma vez que a probabilidade de reversão rápida e definitiva diminui em atuações tardias.

No que diz respeito ao tratamento da encefalopatia hepática, este não é isolado, uma vez que está intimamente interligado com a própria terapêutica das doenças hepáticas. Portanto, o processo que trave a progressão deste tipo de patologias deve ser delineado pelo hepatologista e adaptado às características de cada caso. Os estádios mais avançados normalmente necessitam de medicação.

Ainda assim, é de reforçar que os comportamentos alimentares, nomeadamente a eliminação dos hábitos nocivos, através da adoção de uma dieta equilibrada que reduza o consumo de comida processada, gorduras e bebidas alcoólicas, é uma das recomendações principais, tanto na fase de tratamento, como na prevenção das doenças hepáticas e da sua sintomatologia.

Cuide da sua saúde e mente, priorizando um estilo de vida saudável que contemple um acompanhamento regular do seu médico de confiança.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Juramento é realizado por 63 novos médicos dentistas
Viseu recebe este sábado, dia 11 de fevereiro, pelas 16h00, na Aula Magna do Instituto Politécnico, a terceira e última...

Os novos membros da OMD formados na região Centro vão selar o pacto de servir os doentes e respeitar a ciência, perante familiares e amigos, marcando o compromisso e a responsabilidade do que verdadeiramente significa ser médico dentista.

“Este momento simbólico do Juramento do Compromisso de Honra vem reforçar a importância da necessidade de uma medicina verdadeiramente humanizadora. Os valores éticos e humanos devem persistir na medicina dentária e a OMD é a salvaguarda para esse fim”, sublinha o bastonário da OMD, Miguel Pavão. 

Os jovens recém-inscritos na OMD vão receber o diploma de médico dentista e farão o Juramento do Compromisso de Honra, que tem a sua génese no Juramento Hipocrático, escrito há mais de 2.500 anos na Grécia Antiga. Este ato simbólico é o ponto alto do evento, afirmando-se como um marco no percurso profissional dos médicos dentistas que se comprometem a servir e a respeitar o doente, a ética e a deontologia profissionais, e a guardar o máximo respeito pela humanidade e pela ciência, num pacto com a verdade, o rigor, a autonomia e o sentido do dever.

A OMD aproveitará, ainda, a oportunidade para homenagear os médicos dentistas com mais de 30 anos de prática clínica, atribuindo-lhes uma medalha. Estes médicos poderão também formalizar ou reiterar o seu Juramento. Estão inscritos para esta cerimónia 10 médicos dentistas.

Nas duas primeiras cerimónias (Porto e Lisboa) participaram, no seu conjunto, mais de 400 médicos dentistas, acompanhados por familiares e amigos.

Opinião
O Dia Mundial do Doente, criado em 11 de fevereiro de 1992, é dedicado às pessoas doentes e a todos

É a nossa missão contribuir para um serviço nacional de saúde mais organizado, próximo do doente, acessível, ajustado às novas necessidades e anseios, que dignifique o doente e o profissional.

Neste contexto, devemos recordar a capacidade que tivemos para nos reorganizarmos em tempos de pandemia e que ultrapassámos com dignidade. Devemos também reconhecer os progressos que o nosso sistema de saúde tem conseguido, evoluindo para novas formas de organização e de prestação de cuidados de saúde, que compreendem as necessidades e as preferências do doente. Exemplo disso é a hospitalização domiciliária, que permite ao doente internado um regresso mais precoce ao domicílio mantendo os cuidados clínicos. Do mesmo modo, as unidades de cuidados paliativos, com ou sem equipas ao domicílio, e as unidades de cuidados continuados com as suas diferentes tipologias, transformaram nos últimos anos a assistência aos doentes, sobretudo aos mais frágeis. Há também novas formas de consulta, chamando a atenção as ferramentas informáticas que facilitam a comunicação entre doentes e médicos. Certamente que tudo isto ainda é insuficiente, como podem comprovar, nomeadamente os internistas na sua atividade clínica diária.

Se a doença fragiliza e nos torna vulneráveis, ela agiganta-se quando envelhecemos e por isso não posso deixar de aproveitar ainda este dia, para relembrar a necessidade de melhorarmos os cuidados aos idosos e de quem deles cuida. Constatamos que muitas famílias querem cuidar do seu familiar idoso doente, mas não conseguem. Poucas são as famílias que não querem prestar esses cuidados e em menor número são aquelas que os abandonam, contudo infelizmente, há quem não tenha ninguém. Impõe-se por isso que os cuidados prestados aos idosos, desde o centro de saúde ao hospital, passando pelos lares e unidades de cuidados continuados, tenham os recursos humanos disponíveis, ajustados e qualificados para dignificarem quem envelhece.

Por último e porque é notícia frequente, não posso deixar de falar do trabalho em urgência. Tendo tido a oportunidade de dirigir um serviço de urgência durante 10 anos, conheço bem os desafios que estes encerram. A atividade clínica em urgência é sentida como um esforço pouco reconhecido, causa desgaste nos profissionais e deixa pouco tempo para outras áreas da atividade clínica. Quando tentamos perceber os motivos para o insucesso dos serviços de urgência verificamos que os problemas estão a montante e a jusante o que não é nada de novo, nem nada que não seja conhecido há muito tempo. O que queremos quando estamos doentes? Conseguir agendar rapidamente uma consulta, sermos tratados e orientados em tempo útil. Se garantirmos isto aos doentes, o serviço de urgência ficaria limitado ao seu objetivo: o atendimento do doente com risco iminente de vida ou perda de função vital. É para estes doentes que as equipas médicas que aí trabalham estão dimensionadas e preparadas.

A conjugação e a coordenação dos esforços entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares, referindo em particular os Médicos de Medicina Geral e Familiar e os Médicos de Medicina Interna, ambos com capacidade para gerir o doente adulto nos seus diferentes níveis de cuidados, determinará uma melhor e mais adequada orientação dos doentes. Apesar das deficiências estruturais e organizacionais que existem e que são sentidas por todos, acreditamos pelo que já conseguimos, que estas serão certamente ultrapassadas.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
A neurociência é a parte da ciência que estuda o sistema nervoso, principalmente o cérebro. Entender o sistema nervoso humano e...

Um bom funcionamento do sistema nervoso consiste numa boa conexão entre neurónios, dendritos, corpo celular, axónios e fenda sináptica. Quando a conexão do SNC falha, promovem-se alterações demonstradas pela ausência, redução ou excesso de neurotransmissão ou tempestades elétricas. “Estudos apontam que 1 a cada 5 pessoas pode apresentar doença mental durante a vida e aproximadamente 4% da população sofre de transtorno mental crónico grave”, detalha o neurocientista.

Atualmente, a depressão tem sido considerada o grande mal que afeta a sociedade civil. A Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que, no mundo todo, cerca de 350 milhões de pessoas convivem com a depressão. “Essa doença está classificada entre as doenças degenerativas que desenvolvem mortes prematuras”, afirma Fabiano de Abreu. Para o especialista, a depressão não é um problema nos neurotransmissores e sim um problema anatómico do cérebro, que prejudica o funcionamento dos neurotransmissores. “O cérebro é plástico, logo, traumas ou impactos constantes no humor podem moldá-lo de maneira prejudicial”, explica.

A depressão é caracterizada por uma aflição orgânica, psicológica, ambiental e espiritual. É uma espécie de angústia que impacta diretamente no humor e é seguida por perda de interesse, de prazer e alegria na vida. “Com a angústia e a aflição, a pessoa desenvolve dores físicas e psicológicas, gerando um ciclo de sofrimento tão intenso que parece não ter fim”, relata o especialista.

Fabiano alerta ainda para os conceitos pré-concebidos sobre a doença. “O paciente depressivo é, muitas vezes, visto como um preguiçoso ou acomodado pelas pessoas que estão próximas a eles. Ou seja, ao invés de receber socorro, recebem mais uma dificuldade para driblar”. É importante ressaltar que, sem o devido tratamento e atenção médica de qualidade, os pacientes apresentam recaídas e um ciclo de euforia e retorno do quadro depressivo até pior do que o anterior.

Por isso, compreender os aspetos neurobiológicos dos transtornos mentais são importantes para a aproximação da neurociência e da psiquiatria. “Ainda é necessário avançar em tratamentos melhores, mais rápidos e eficientes”, opina o neurocientista. Estudos de terapia como a EDMR, que estimula o cérebro a processar memórias perturbadoras, estão a ganhar espaço no tratamento para alívio dos sintomas. “Vários aspetos estão a ser compreendidos pelos clínicos e cientistas, permitindo uma melhor compreensão do estado crítico nos transtornos de humor e abrindo caminhos para a busca de técnicas mais eficazes de diagnóstico, tratamento, prevenção suicídio e eventuais sequelas cognitivas”, afirmou o neurocientista num estudo publicado pela Revista Multidisciplinar Ciência Latina, que atende todos os países latino americanos.

O estudo sobre o tema foi realizado com apoio da Logos University International, liderado pelo Dr. Fabiano de Abreu e pelo neuropsiquiatra Dr. Francis Moreira da Silveira, além de contar com o auxílio do Dr. André Leandro K. Castanhede, Dr. Paulo Fernando Lopes Dias Alves e Margieli dos Reis Alves.

CaixaImpulse Inovação
A Fundação “la Caixa” apresentou ontem o CaixaImpulse Inovação, um novo programa com o qual visa reforçar o seu...

Em 2023, um painel de especialistas e profissionais da área das ciências da vida e da saúde irá selecionar até 25 novos projetos de ambos os países, aos quais a Fundação “la Caixa” irá conceder até 5 milhões de euros para que façam chegar as suas inovações ao mercado e, portanto, aos doentes que delas necessitem. Os investigadores interessados poderão apresentar os seus projetos a este concurso entre 13 de fevereiro e 30 de março através do seguinte link. 

Neste novo concurso, os projetos selecionados poderão percorrer um itinerário de financiamento de até três fases. Os investigadores poderão aceder ao Programa em qualquer uma destas fases, em função do nível de maturidade do seu projeto e, após alcançarem metas específicas de desenvolvimento e terem sido sujeitos a uma avaliação por parte da Comissão de Avaliação, poderão avançar para fases posteriores com maior financiamento. No total, um projeto poderá receber até 700 000 euros se percorrer o itinerário todo. 

Estes apoios vão na esteira do compromisso com a inovação que a Fundação “la Caixa” mantém desde 2015. Foi nessa altura que criou o primeiro programa (concursos Validate e Consolidate), que concedeu 18 milhões de euros a um total de 173 projetos, 17 deles portugueses, que deram origem à criação de 39 spin-offs. Por seu turno, estas empresas atraíram mais de 34 milhões de euros de outras fontes de financiamento. «É imprescindível apoiar os cientistas e investir em inovação para poder transformar os avanços que os investigadores alcançam nos seus laboratórios em melhorias efetivas para a saúde das pessoas», salientou Antonio Vila Bertrán, diretor-geral da Fundação “la Caixa”. 

O concurso é realizado em colaboração com a Caixa Capital Risc, uma das principais investidoras de venture capital em Espanha, com mais de 20 anos de experiência. Através do fundo especializado Criteria Bio Ventures, investe na área da biotecnologia e das ciências da vida, dando apoio a empresas inovadoras que dão resposta a necessidades médicas não satisfeitas. A Caixa Capital Risc faz parte da CriteriaCaixa, a holding que gere o património empresarial da Fundação “la Caixa”. 

Além disso, em Portugal, este concurso conta com a parceria da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que financia um dos projetos portugueses selecionados. 

Desde 2015, as equipas dos projetos selecionados nos concursos Validate e Consolidate receberam também 1000 horas de formação e mais de 4000 horas de mentoria e consultoria, que não só lhes permitiram validar a proposta de valor dos seus ativos, mas também adaptá-la no sentido de maximizar as probabilidades de sucesso da transferência. 

«Nos últimos anos, o ecossistema da inovação sofreu grandes mudanças, por isso queremos adaptar-nos promovendo o CaixaImpulse Inovação, que terá um alcance maior, será mais flexível e oferecerá mais financiamento e um acompanhamento especializado adaptado às necessidades de cada iniciativa», explicou Ignasi López, diretor da Área de Relações com Instituições de Investigação e Saúde da Fundação “la Caixa”. 

A aprendizagem retirada da experiência dos investigadores que passaram pelo concurso anterior permite agora criar o CaixaImpulse Inovação, que irá reforçar alguns dos maiores ativos descritos pelos participantes, como a mentoria e o acompanhamento por especialistas internacionais das várias áreas do ecossistema da inovação. O acompanhamento que, até agora, podia durar dois anos passa a ser de até seis anos, nos casos em que o projeto aceda ao Programa na primeira fase, isto é, nos casos em que seja acompanhado desde a ideia inicial até ao licenciamento do produto ou à obtenção de financiamento de outras fontes. 

Nas palavras de José Luis Cabero, consultor e mentor de projetos de inovação no CaixaImpulse, antigo CEO da AELIX Therapeutics e VP da AstraZeneca, «os mentores e a formação têm como objetivo principal contribuir para identificar e sustentar o que a inovação alvo da proposta pode oferecer em comparação com que está a ser utilizado atualmente ou com o que está a ser desenvolvido a nível mundial. Como mentor, contribuo para que se tenha consciência dos recursos necessários e dos tempos de desenvolvimento, que costumam estar muito acima das estimativas do empreendedor». 

Além do apoio sob a forma de horas de mentoria e consultoria, os investigadores receberão formação especializada durante quatro semanas, repartidas entre Barcelona e Madrid, sobre temas como transferência de tecnologia, legislação sobre propriedade intelectual, apresentação a investidores e celebração de acordos comerciais. 

Casos de sucesso 

A Fundação “la Caixa” apoiou projetos portugueses em concursos de inovação anteriores. Entre os projetos selecionados encontra-se o de Lorena Diéguez, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) de Braga. Lorena Diéguez está a desenvolver um sistema microfluídico chamado RUBYchip(TM), que permitirá fazer o diagnóstico de um doente através de biopsia líquida, um teste de laboratório realizado a uma amostra não sólida, principalmente de sangre, que visa identificar células cancerosas num tumor ou em pequenos fragmentos de ADN, ARN ou outras moléculas que as células tumorais libertam nos fluidos corporais. Esta técnica de diagnóstico representa um avanço significativo relativamente à tradicional biopsia de tecidos, na medida em que pode facilitar o diagnóstico da doença metastática e permitir prever uma possível resistência a um tratamento, o que possibilitaria a escolha de um novo regime terapêutico com maior probabilidade de sucesso. Para avançar no seu desenvolvimento pré-clínico, foi constituída a empresa Rubyanomed, Lda. em 2021. 

Outro projeto de investigação apoiado pela Fundação “la Caixa” é o projeto liderado por Inês C. Gonçalves, do INEB – Instituto Nacional de Engenharia Biomédica. As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) são um problema grave para os sistemas de saúde no mundo inteiro. Só na Europa, provocam 25 000 mortes por ano. A principal causa das IACS são dispositivos médicos contaminados, sobretudo cateteres. É neste contexto que Inês Gonçalves está a desenvolver o SmartCap, uma tampa inteligente para a esterilização de cateteres. Esta tampa para cateter integrada e reutilizável tem uma vareta de esterilização fotoativada que é introduzida no cateter e evita infeções bacterianas sem induzir resistência microbiana. O objetivo dos investigadores deste projeto é otimizar a tecnologia SmartCap e introduzi-la no mercado. Recentemente, foi constituída a spin-off Go Antimicrobial Technologies, Lda. para avançar no desenvolvimento da tecnologia e captar financiamento adicional. 

Objetivo: criar o maior impacto social possível 

Conseguir que o produto da investigação saia do laboratório e chegue aos doentes sob a forma de soluções capazes de contribuir para melhorar a sua saúde é um dos objetivos da Fundação ”la Caixa”. 

O concurso CaixaImpulse Inovação vem complementar os esforços envidados pela Fundação ”la Caixa” noutros programas estratégicos de inovação, levados a cabo em Portugal, para promover a criação de novos produtos, serviços e empresas relacionados com as ciências da vida e a saúde. 

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